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Auflage | 23.522 Exemplare (CIM 2017)Leserschaft im letzten Erhebungszeitraum | 32.841 portugiesische Leser, d.h. 41% der portugiesischen Bevölkerung 15+(Studie Quest KPI März 2018, auf Portugiesisch durchgeführt)
GRÖSSTE PORTUGIESISCHSPRACHIGEWOCHENZEITUNG
32.841portugiesische
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Marco Godinho
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Luxemburgo na
Bienal de Veneza
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Ab 04.06.2018
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Elisabete Soares, presidente da CCPL
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“Não estamoscá pararoubar nadaa ninguém”
Oseu jornal em língua portuguesa no Luxemburgo O 11 de julho de 2018 O Desde 1970 O No 28 O 1 E
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Construção civilComeçam hoje asreuniões de conciliação
Saiba como vãofuncionar asmini-creches
Morte de Puto GResponsáveis do lagodescartamresponsabilidade
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PREISE CONTACTO 201990
Preise > 2019
Seit 1970 ist die Wochenzeitung Contacto das Referenzmedium und die führende Informationsquelle der portugiesischsprachigen Bevölkerung des Landes. Dank ihrer engen Beziehung zu ihren Lesern berichtet die Zeitung auf Portugiesisch über aktuelle Ereignisse in Luxemburg und in Portugal mit analytischen und meinungsbezogenen Inhalten.
Erscheinungsweise: wöchentlich (Mittwoch)
Verteilung: über Post Luxembourg via Abonnements an alle portugiesischsprachigen Haushalte. Seit Oktober 2017ebenfalls am Zeitungskiosk erhältlich.
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Die Zeitung der Portugiesischsprachigen des Landes.
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der Leser sind zwischen 25 und 49 Jahre alt
48%der Portugiesischsprachigen zwischen 35-49 Jahren werden erreicht (Reach)
72%
Eine junge und aktive Leserschaft
32.841 portugiesische Leser pro Woche (41% der Gemeinschaft)
Redaktionelle StrukturDestaque / Focus
Opinão / Meinungsbeiträge
Luxemburgo / Luxemburg
Entrevista / Interview
Economia / Wirtschaft
Internacional / International
Cultura / Kultur
Desporto / Sport
Viver / Leben
Comércio et Classificados / Handel und Kleinanzeigen
Classificados / Kleinanzeigen
der portugiesischsprachigen Haushalte mit Kindern/ Jugendlichen werden erreicht (Reach)
44%
Leserschaft im letzten Erhebungszeitraum 32.841 Portugiesen
PREISE CONTACTO 2019 91
Die Zeitung der Portugiesischsprachigen des Landes.
Preise > 2019
Redaktionelles Umfeld
Standardformate
Module Format Spalte/mm Preis Module Format Spalte/mm Preis
M1 5 Sp. (251) ≈ 376 2.981 € M9 5 Sp. (251) ≈ 150 1.192 €
M2 5 Sp. (251) ≈ 188 1.490€ M10 2 Sp. (98) ≈ 348 1.103 €
M3 3 Sp. (149) ≈ 158 751 € M11 3 Sp. (149) ≈ 348 1.654 €
M5 2 Sp. (98) ≈ 120 384 € M14 2 Sp. (98) ≈ 100 318 €
M6 4 Sp. (200) ≈ 283 1.796 € M26 2 Sp. (98) ≈ 150 475 €
M7 5 Sp. (251) ≈ 50 397 € M27 3 Sp. (149) ≈ 120 570 €
M8 5 Sp. (251) ≈ 100 795 € M28 3 Sp. (149) ≈ 211 1.004 €
4 DE ABRIL DE 2018 4 DE ABRIL DE 2018
12 Entrevista Entrevista 13
Ricardo Araújo Pereira
“Que uma porta-vozpasse a ser porta-vozaparece-me uma estupideza”Deixou a salvação do mundo para aMiss Universo. Só sobrava a genialidadeatormentada ou a engorda. Como não tinha qualificações para a primeira, optoupela segunda, garante RAP em entrevista por e-mail.
C onsta que as pessoasque têm um grandemartelo acham que to-dos os problemas sãopregos. Nesse sentido,os humoristas podem
ter uma sensibilidade mais apu-rada sobre questões de liberdade,e provavelmente algumas mulhe-res feministas uma atenção maisalerta para palavras que eventu-almente as discriminem. Sendocerto que as palavras não são pe-dras, mas têm uma importânciadecisiva na forma como pensa-mos e orientamos a nossa vida,conversámos por e-mail com al-guém que vive delas: RicardoAraújo Pereira, que recentementefez sair “Reaccionário com dois cês– Rabugices sobre os novos puri-tanos e outros agelastas” (novem-bro de 2017) – Tinta da China.Faça-se então a luz.
O riso serve para alguma coisa?No sentido em que uma esfre-
gona serve para alguma coisa, não,não me parece que sirva. Dançarserve para alguma coisa? Parece-me que o riso integra aquele gru-po de coisas importantes que não“servem” para nada. Como a ami-zade, por exemplo.
O que o levou a decidir-se por estacarreira sinuosa?Dois motivos bastante egoís-
tas: primeiro, porque me pagam;segundo, porque gosto de ver oque acontece a uma pessoa quan-do ela ri.
Uma opinião contestável: as sériesdos Gato Fedorento na SIC Radicaleram geniais. Acha que, desde aí,cresceu ou engordou?Espero ter engordado. O meu
projecto sempre foi o da engor-da. Deixei a salvação do mundopara a Miss Universo e a rebeldiaartística para as estrelas de rock.Só sobrava a genialidade ator-mentada ou a engorda. Como não
tinha qualificações para a pri-meira, optei pela segunda. Achoque fiz bem.
O humor é um exercício complicadono fio do arame. O que pode sercomédia para uns pode ser tragé-dias para outros?Claro. É possível que a comé-
dia seja uma modalidade especi-al de tragédia. E há pessoas queaceitam rir das tragédias dos ou-tros mas não das suas. Não sa-bem o que perdem.
Hoje-se fala-se muito das fakenews a propósito das redes sociais.As notícias são mais fake que nopassado ou isso também é uma fa-ke new?Talvez as notícias sejam tão fa-
ke como no passado mas tenhamagora uma divulgação mais rá-pida e ampla do que nunca. Umamaneira de mitigar o problemaera os media tradicionais faze-rem o seu trabalho de mediado-res e fiscalizadores dos novosmedia. Infelizmente, parecem to-mados por uma tecnofilia que osleva a reproduzir falsidades. Umaaldrabice publicada na internet,à qual se pode aceder através dezingarelhos todos modernos, temum prestígio que as aldrabicespublicadas em panfletos não ti-nham. Provavelmente porque opapel não provoca deslumbra-mento saloio.
Além de o Benfica poder não ga-nhar o campeonato há algo que oindigne a sério e o leve acomprometer-se?Sim, claro. Tentativas de res-
tringir a liberdade, por exemplo.Gente autoritária aborrece-memuito e a liberdade dá-me jeito. Atéporque preciso dela para traba-lhar.
Foi comunista. Quais as razões queo levaram a ser, e quais as razõesque o levaram a deixar de ser?
Inscrevi-me como militante doPCP na sequência de uma derrotabastante dura do partido numaseleições autárquicas. Eu achava (eainda acho) que o PCP desempe-nha um papel importante na so-ciedade portuguesa. Há alguns te-mas políticos que me interessamacima de outros. Entre esses es-tão a distribuição da riqueza e os
direitos dos trabalhadores. Nes-sas matérias, o PCP é o partido doqual me sinto mais próximo. Saí,entre outras coisas, porque nãotenho feitio para a militância par-tidária. Não se preocupe porque oPCP não perdeu nada.
Considera que se tornou mais con-servador com o tempo em matériascomo o politicamente correcto esobre a discriminação de algunssectores da população?A sua pergunta parece assen-
tar em três pressupostos com osquais não concordo: primeiro,que a minha posição sobre o po-liticamente correcto mudou – nãoé verdade; segundo, que todas ascríticas ao politicamente correctosão conservadoras – não são; ter-ceiro, que criticar o politicamen-te correcto equivale a ignorar ouaté a apoiar a discriminação dealguns sectores da população –não equivale. Podemos mesmoargumentar – como faz Slavoj Zi-
zek [filósofo esloveno] – que opoliticamente correcto acentua adiscriminação. Seria uma con-versa longa, até porque teríamosde começar por definir “politica-mente correcto”, o que é traba-lhoso. Recentemente, em Portu-gal (e, há uns 10 anos, em In-glaterra e nos EUA), avançou-secom uma definição bastante ex-
cêntrica: o politicamente correc-to é mera boa educação. No en-tanto, nem os proponentes destadefinição parecem concordar comela. Se o politicamente correctofosse mera boa educação, os crí-ticos do politicamente correctoseriammeramentemal-educados.Ora, não é assim que costumamser apelidados.
Sendo a língua algo que preexiste anós, e que de alguma forma podeexpressar algumas relações de for-ça, por que razão é tão alérgico aqualquer conversa que leve à alte-ração de algumas das suas formaspara se tornar mais inclusiva?Não sei onde foi buscar que sou
alérgico a qualquer conversa queleve à alteração de aspectos dalíngua. Só sou alérgico às alte-rações ridículas. Por exemplo,por volta de 1980, toda a im-prensa designava Maria de Lour-des Pintasilgo como “a primeiro-ministro”. Não fazia sentido. Ha-
via que alterar – até porque, deacordo com uma coisa chamadagramática, é “a primeira-ministra” que se diz. Aqui hátempos, não sei se se recorda,discutiu-se em Portugal o casa-mento entre pessoas do mesmosexo. Do lado de quem estavacontra surgiu um último argu-mento desesperado: “Muito bem,podem casar, mas não lhe po-dem chamar “casamento”. In-ventem a vossa própria palavra”.A proposta foi criticada – e bem– por resultar na segregação daspessoas. Inclusão é partilharmosas mesmas palavras; arranjar pa-lavras próprias só para um gru-po é remetê-lo para um gueto. Te-mos uma língua comum, que épropriedade de todos. Os meusamigos e eu resolvemos imagi-nar que palavra poderia desig-nar o casamento entre pessoas domesmo sexo. Optámos por “es-vrenhéc”. O Fernando pedia amão do Mário em esvrenhéc.Dancei muito no esvrenhéc daCarla e da Susana. A deputadaIsabel Moreira achou que o sket-ch sublinhava tão bem o absur-do da proposta que o citou noPrós e Contras. Entretanto, pas-saram anos. Dizer “Boa tarde atodos” passou a ser potencial-mente ofensivo. Deve dizer-se“Boa tarde a todos e a todas”. NoBrasil, um passo à nossa frente,a filósofa Márcia Tiburi acaba depublicar o livro “Feminismo emcomum: para todos, todas e to-des”, incluindo assim as pessoasnão-binárias. Mas nos EUA, umpasso à frente do Brasil, chegou-se à conclusão de que as pessoasnão-binárias são não-binárias devárias maneiras. Por isso, a Uni-versidade do Wisconsin (entreoutras) divulgou junto dos seusalunos uma lista de pronomespara que cada um possa esco-lher aquele com o qual mais seidentifica.(continua na página seguinte)
“[Temas políticos como] a distribuiçãoda riqueza e os direitos dostrabalhadores interessam-me acima deoutros. Nessas matérias, o PCP é opartido do qual me sinto mais próximo.”
Foto: Estelle Valente
25 DE JULHO DE 2018 25 DE JULHO DE 2018
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M achado de Assis decidiu co-meçar as “Memórias Póstu-mas de Brás Cubas”, narradaspor um morto, pelo fim. Já es-ta história, que começou 11anos antes do nascimento do
grande escritor brasileiro, vai começar peloprincípio. E para isso há que recuar quasedois séculos.Estávamos em 1828 quando o luxembur-
guês Nicolas Bley embarcou com a mãe numnavio com destino ao Brasil. No barco se-guiammais 12 famílias alemãs, a maioria deTrier ou de aldeias vizinhas. Nascido emFeulen, no Luxemburgo, Nicolas tinha então20 anos e era um dos primeiros a deixar opaís em busca de melhores condições de vi-da.A penosa viagem por mar, da Alemanha
até ao Rio de Janeiro, durou “três meses e oi-to dias”. O objetivo destes emigrantes eraobter terras, prometidas a colonos que acei-tassem desbravar e povoar o território. Masas promessas acabaram por não se cumprir.Nos arquivos da igreja de Rio Negro, na fron-teira do Estado do Paraná com Santa Catari-na, recordam-se as agruras por que passa-ram estes pioneiros. Foram “lançados emmeio de um sertão medonho todo povoadode feras, e sem o mínimo recurso pecuniá-rio”. “Vendo que lhes faltavam com as pro-messas”, tiveram de lutar para “não deixarmorrer de fome as pessoas que lhes eram ca-ras”.Nicolas Bley descreveu esses duros tem-
pos num caderno. Fala dos sofrimentos deviver num “sertão inóspito, sem estradas,sem guia e sem dinheiro, face a face com amiséria”. O luxemburguês sobreviveu “aosíndios selvagens que infestavam aquelas pa-ragens”, desbastou mato para cultivar terrase escapar à fome, mas continuava sem di-nheiro para bens essenciais, como roupas.“Lá me fui em procura de salário, fazendouma viagem de nove léguas, encontrandoentão serviço. Mas que serviço, Santo Deus.Tirar pedras em uma pedreira mediante o sa-lário de 240 réis por dia. Depois de algunsmeses consegui reunir as economias que omeu parco salário permitiu”. Com estas pou-panças, comprou à alemã com quem casaraentretanto “um corte de vestido de chita”.O casamento do luxemburguês foi o pri-
meiro sacramento que se celebrou na igrejada nova colónia germânica de Rio Negro.Com as economias, o luxemburguês abriuum estabelecimento comercial, conta-se
num Dicionário Histórico e Geográfico sobrea região. Também fez os primeiros levanta-mentos topográficos, “pois fora estudanteem Luxemburg [sic] dessa arte”, e “plantouos primeiros vinhedos”. Vem tudo contadona monografia “Genealogia da FamíliaBley”, escrita em 1979 por um bisneto do lu-xemburguês, Waldemiro Bley Junior, mem-bro do Instituto Histórico e Geográfico doParaná. O livro retraça a história do pioneiroluxemburguês que fundou a cidade de RioNegro e da prole que deixou – nove filhos,51 netos e 16 bisnetos. Uma placa da pre-feitura daquela localidade, inaugurada noano passado, recorda “o pioneiro” da emi-gração luxemburguesa.
Regresso a casaPassados 190 anos desde a data em que otetravô luxemburguês deixou o Grão-Ducado, Flavia Bley está sentada num caféna capital luxemburguesa. A brasileira tam-bém foi pioneira, mas no sentido inverso.Flavia foi uma das primeiras a obter o pas-saporte luxemburguês ao abrigo da lei da
nacionalidade do Grão-Ducado, que permi-te recuperar a cidadania de antepassadosluxemburgueses nascidos antes de 1900.“Das oito mil pessoas da minha família, fuia primeira, sim”, brinca. “O meu tetravôabriu caminho de facão lá no mato, e euabri caminho aqui no Luxemburgo: comofazer o processo e como se registar na co-muna”.Com várias nacionalidades na árvore
genealógica, Flavia já tinha tentado obterum passaporte que lhe franqueasse a en-trada na Europa. “Vi a lei da Polónia, nãodava certo, vi a lei da Alemanha, não davacerto. Mas eu fui atrás e descobri que quemtem um antepassado luxemburguês nas-cido antes de 1900 tem direito à cidadaniado país”.Em setembro de 2014, chegou a respos-
ta positiva do Consulado do Luxemburgo
em São Paulo, e Flavia não perdeu tempo aespalhar a notícia. “Só de primos, do ladodo meu avô e da minha avó, surgiram 83pessoas. Aí, eu falei: vou fazer a cidadaniapara vocês, porque encontrei o caminho”.Entretanto descobriu um site de outro des-cendente de luxemburgueses, os Weber.Como uma bola de neve, os pedidos foram
aumentando e ameaçam bater o recordeeste ano. É que o artigo que permite a re-cuperação danacionalidade só vai estar emvigor até dezembro. “Agora recebo 40 con-tactos por dia no messenger, porque os jor-nais no Brasil estão falando que é a últimachance para ser luxemburguês”, conta.Em 2015, Flavia trocou Curitiba pelo
Grão-Ducado. A fazer doutoramento naUniversidade do Luxemburgo, obtevetambém a autorização para ser consultoraem processos de nacionalidade. “Os brasi-leiros não falam francês nem alemão, e eusinto que sou mais uma ponte”. Trata dapapelada e acompanha-os “quando fazemo pedido no Biergercenter [loja do cida-dão]”, que tem de ser apresentado presen-cialmente. Flavia cobra cem euros por pes-soa e já fez o processo de mais de uma cen-tena de famílias, incluindo clientes famo-
sos, como Malu Mader. A estrela das no-velas brasileiras descende em linha diretade uma filha de Nicolas Bley, Maria Bley,que casou com Martim Mäder. “Eu sabiaque ela era minha prima por causa do livroque o meu tio escreveu. Cresci vendo tele-visão e dizendo: ’Aquela mulher é minhaprima’[risos]”.A atriz ligou-lhe a pedir ajuda para obter
a nacionalidade luxemburguesa e veio aoGrão-Ducado há 15 dias fazer o pedido.“Caminhando na rua, muitos portuguesesparavam, porque a conheciam”, conta Fla-via. O processo da atriz está agora pen-dente da aprovação do Ministério da Justi-ça, que pode levar até dez meses no total.“Em janeiro oumarço ela volta para fazer opassaporte”, diz Flavia.
Passaporte luxemburguês: de objeto“chique” a tábua de salvação
A corrida ao passaporte luxemburguês nãosurpreende, num país em que 43% da po-pulação quer emigrar, segundo uma son-dagemdo instituto brasileiro Datafolha. Noano passado, o passaporte luxemburguêsfoi emitido a 249 brasileiros descendentesde luxemburgueses, segundo o Ministérioda Justiça do Luxemburgo. Este ano, os pe-didos já vão em 521. Os brasileiros são aterceira nacionalidade com mais pedidosde recuperação de cidadania, depois defranceses (973) e belgas (540).Mas nem todos os que pedem o passa-
porte luxemburguês querem deixar o país.“Tem famílias de classe média alta, combastante poder aquisitivo. Para a maioriaé uma coisa chique poder entrar emMiami com passaporte luxemburguês, semprecisar de visto. É um objeto de luxo”,
garante Flavia. Também há quem queira“deixar uma porta aberta” para os filhos enetos. E depois, há os que batem com aporta. “Eles falam: ’Não tem mais nadapara mim no Brasil, quero ir embora’, queé mais ou menos como eu me sentia”,conta Flavia. “O Brasil sofre uma crise deesperança. Nem é crise política, é desilu-são: de um jeito não dava certo, no opostofoi uma roubalheira, e o brasileiro estáindo embora”. Os destinos preferidos sãoos Estados Unidos e Portugal, mas oGrão-Ducado também atrai muitos. O pro-blema é que,mesmode passaporte namão,não é fácil conseguir residência no Lu-xemburgo. “Você é um turista, tendo ou
não a nacionalidade. Só se torna residentecom um endereço, mas para isso é precisoum contrato de trabalho”, explica. “Eu fa-lo para eles: conseguir a nacionalidade nãoé nada, o problema é conseguir um ende-reço”.
O negócio dos passaportesO cônsul do Luxemburgo em São Paulo, JanEichbaum, disse ao Contacto que já tratoumais de mil processos de descendentes deluxemburgueses nos últimos três anos. “Édifícil mapear quantos há, mas ainda de-vem existir duas mil pessoas que estão a fa-zer o processo sem passar pelo Consulado”,calcula.
A corrida ao passaporte luxemburguêstambém originou oportunidades de negó-cio: no Brasil, surgiram empresas e advo-gados “que fazem essa parte burocrática”.“Tivemos muitas reclamações de pessoasque dizem que as empresas cobram muitocaro, passando informações às vezes erró-neas. Mas noutros casos o processo tam-bém andou muito bem”, garante o cônsul.Passando pelo Consulado, o processo custaentre 130 e 250 euros, segundo Eichbaum.Muitos só descobriram agora que são
descendentes de luxemburgueses. “Nessaépoca, vieram emigrantes da Alemanha, daSuíça e do Luxemburgo, e eram todos cha-mados de alemães, porque falavam alemão.Então, muita gente só descobriu que eradescendente de luxemburgueses nos últi-mos cinco, seis anos”.As notícias na imprensa brasileira têm le-
vado a um aumento da procura. Até porquenão é preciso fazer o teste de luxemburguêsexigido para a naturalização. Tal como osfranceses e belgas que recuperam a nacio-nalidade, poucos sabem dizer mais do que“Moien” (“bom dia”, em luxemburguês).Não é o caso de Flavia Bley. Quatro noi-
tes por semana, tem aulas de francês e lu-xemburguês. “Eu amo luxemburguês. Nasala de aula todos querem a nacionalidade.Eu sou a única que já tenho, e estou fazen-do porque amo”.
Paula Telo Alves
MaluMader, que os portugueses conhecem das telenovelasbrasileiras, pediu este mês a cidadania luxemburguesa.Não é caso único. A atriz brasileira é uma das descendentesdo luxemburguês Nicolas Bley, pioneiro da emigraçãoluxemburguesa para o Brasil, em 1828. Centenas debrasileiros que descendem de luxemburgueses estão a pediro passaporte do Grão-Ducado, ao abrigo de uma disposiçãoque chega ao fim este ano. A mulher que acendeu o rastilhochama-se Flavia Bley e já ajudou mais de uma centena defamílias a conseguir o cobiçado passaporte.
A atriz brasileira Malu Mader veio ao Luxemburgo para pedir opassaporte luxemburguês e tirou uma selfie com a prima Flavia Bley.
MaluMader pede passaporteluxemburguês. E não é a única.
“Para a maioria é uma coisa chique poder entrarem Miami com passaporte luxemburguês, sem
precisar de visto. É um objeto de luxo.”
Flavia Bley é descendente doluxemburguês Nicolas Bley, que
emigrou para o Brasil em 1828. Abrasileira foi uma das primeiras aobter a cidadania luxemburguesa.
Foto: Chris Karaba
Em buscade apelidosluxemburgueses“O primeiro ministro de Lu-xemburgo se chama XavierBettel… Tenho Xavier no meusobrenome. É possível pesqui-sar se há possibilidade de ob-ter cidadania de Luxembur-go?”. Esta é uma das muitasperguntas que inundam osblogues e as páginas do Face-book dedicadas à recuperaçãoda nacionalidade luxembur-guesa. Mas se ter o nome pró-prio do primeiro-ministro lu-xemburguês não permite, cla-ro, o acesso à nacionalidade,há apelidos que franqueiam oacesso ao passaporte luxem-burguês. Bley pode ser a famí-lia com mais pedidos, mas nãoé a única. Também há os May,os Mombach, os Colling, osBourscheid, os Stresser, osVilwert ou os Entringer, nosprocessos que chegam ao Mi-nistério de Félix Braz, o minis-tro da Justiça de origem portu-guesa.Santa Catarina, Paraná e São
Paulo são os estados com maisdescendentes de luxembur-gueses emigrados no séculoXIX. Esta primeira vaga deemigração inspirou mesmo umromance do escritor luxem-burguês Guy Helminger,“Neubrasilien”. Publicado em2010 na Alemanha, conta ahistória de Josette, que tentaemigrar para o Brasil em 1828com um grupo de agricultoresluxemburgueses. O romanceparte de uma história verda-deira: luxemburgueses quevenderam tudo o que tinhampara comprar uma passagempara o Brasil, mas foram for-çados a regressar sem teremsequer embarcado, após umdecreto imperial limitar a en-trada de novos colonos. Na mi-séria, acabariam por ter de vol-tar ao Luxemburgo e ir viverpara terrenos cedidos pelo Go-verno na atual aldeia de Gre-vels, que ganhou o cognome de“Néi-Brésil” (Novo Brasil).EmMinas Gerais, tambémhá
descendentes de emigrantes doLuxemburgo que foram traba-lhar na indústria siderúrgicaBelgo-Mineira, comprada pelaluxemburguesa Arbed em1921. Uma saga que inspirou oromance “A dama e o luxem-burguês”, do escritor brasileiroMarc André Meyers, ele pró-prio descendente de luxem-burgueses. O romance foi edi-tado no Luxemburgo com o tí-tulo “D’Amour et d’Acier”, pe-las edições Saint-Paul. O tematambém está a ser estudadopela historiadora DominiqueSantana, filha de pai portu-guês e mãe brasileira, a fazerdoutoramento na Universida-de do Luxemburgo e a prepa-rar o documentário “A colónialuxemburguesa”. P.T.A.
7 DE MARÇO DE 2018 7 DE MARÇO DE 2018
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Q uando se perguntapor que razão se as-sinala o Dia Interna-cional da Mulher e hájornadas internacio-nais de mulheres co-
mo a que está agendada para aPlace d’Armes esta quinta-feira, apartir das 12h15, uma das res-postas possíveis é: porque aindaacontecem histórias como esta emEspanha. Uma jovem publicitáriacandidata-se a um emprego numaagência de comunicação e envia oseu currículo. Na resposta é sur-preendida com a seguinte men-sagem: “Olá Carla. Obrigada peloteu CV. Neste momento estamosnum processo de seleção mas es-tamos à procura de um rapaz por-que as contas com que vai traba-lhar são a Carglass e a Coca-Cola.E acredita, precisam de um ho-mem que aguente o ritmo, as vi-sitas, que saiba de produção.“Mas ficamos com o teu históricoprofissional para o caso de termosalguma necessidade futura. Obri-gado e muita sorte!” – esta foi aresposta da Impulsa Comunica-ción, tal como a relatou a im-prensa espanhola.O caso não acabou ali e iria ga-
nhar outra dimensão. Carla For-cada partilhou o e-mail através darede social Twitter e comentou:“Incrível que ainda existam em-presas que não apoiem a igual-
dade de género no ambiente detrabalho.” Face às centenas dedemonstrações de contestação, aprópria Coca-Cola e a Carglass re-agiram, demarcando-se do as-sunto, mas pedindo desculpa pe-la forma como Carla fora tratada.Ao ABC, Pere Téres, da ImpulsaComunicación, lamentaria o mal-entendido, afirmando que a em-presa “em nenhuma circunstân-cia aceita a discriminação”.Certo é que, após dez anos de
descidas ligeiras, o último relató-rio do World Economic Forum de-tetou a primeira subida nas desi-gualdades à escala mundial. NoLuxemburgo, os problemasdistribuem-se por variados seto-res e o Contacto procurou, juntode várias associações de defesados direitos das mulheres, res-postas a questões como quais osdesafios mais importantes na so-ciedade luxemburguesa relativosà igualdade de género e a ques-tões como a violência doméstica,o assédio sexual, entre outros.Anik Raskin, responsável do
Conselho Nacional das MulheresLuxemburguesas (CNFL), res-pondeu que “a violência de géne-ro continua a ser uma prioridade,mas é preciso não esquecer áreascomo o mercado de trabalho (se-gregações), a tomada de decisõespolíticas e económicas, o sexismocomum, a prostituição, também
ela uma forma de violência ou aprecariedade”.Nathalie Morgenthaler, do Cen-
tro para a Igualdade de Tratamen-to (CET), falou em “diferenças detratamento em relação à materni-dade; diferenças de salário ou es-téreotipos degradantes”.Pelo lado do CID-Femmes, Ch-
rista Brömmel indicou: “Cada pro-blema é importante por si: a vio-lência (sexual ou doméstica) é umdesafio, sobretudo em função doindivíduo atingido, é inadmissívelque haja violência contra umapessoa pelo facto de ser uma mu-lher. Muitas vezes juntam-se ou-tros eixos de discrimanção como aorientação sexual, a deficiência, aorigem, por exemplo: vulnerabili-dade acrescida para uma lésbicaque seja deficiente.” Além disso, aativista recorda: “Como platafor-ma de ação que engloba duas de-zenas de organizações desde2011, em cada ano temos aborda-do um tema importante: violência;mercado de trabalho e emprego;espaço público; imagem estereo-tipada da mulher; as mulheres re-fugiadas; a precariedade das mu-lheres. Em todos estes temas hámuitos progressos a fazer.”
A diferença salarialSobre a diferença salarial de 5,5%no Luxemburgo e de 16,3% à es-cala europeia, Raskin considera
ser necessária “a obrigação de pla-nos de igualdade entre mulheres ehomens”, mas também “formaçãoe dotações sérias no caso dos de-legados de pessoal, regras trans-parentes definidas por especialis-tas emmatéria de género”.Morgenthaler revela que são ne-
cessários, por exemplo, “maior
sensibilização, promoção e lutacontra estéreotipos e mais con-venções coletivas de trabalho”.Brömmel traça uma análise
abrangente: “É necessária maistransparência nas carreiras, nasfunções e suas valorizações, nossalários, nos prémios. Não se podeperder de vista as disparidades porsetor (diferença salarial quase ze-ro na Função Pública e afins; taxamais importante no setor privado).Deve combater-se de modo maisativo a segregação horizontal evertical no mundo laboral. Nãodesistir das políticas de concilia-ção da vida profissional e privada
e adaptá-las a situações cada vezmais flexibilizadas no mercado deemprego. Formar delegados emigualdade nas empresas, exigir aigualdade salarial nas convençõescoletivas com obrigação de resul-tados – vamos ver se a nova lei po-de melhorar a situação!”Embora a lei luxemburguesa de
dezembro de 2016 estabeleça pu-nições para os empregadores quenão respeitem a igualdade salari-al, o ITM tem apenas uma queixaem análise e nenhum processoaberto sobre a questão. Anik Ras-kin diz que, “em geral, o Luxem-burgo apresenta poucas queixasno campo da discriminação emgeral”. Porquê? “Não há estudoscientíficos sobre as razões, maspodemos supor que está relacio-nado com a dimensão do país. Aspessoas discriminadas preferem,talvez, evitar a situação de discri-minação, por exemplo, mudandode trabalho em vez de se coloca-
rem ’na vitrina’ enquanto vítimasde discriminação.”“Penso que muita gente não tem
conhecimento disso”, comentaNathalie Morgenthaler. “É poucohabitual comparar salários no Lu-xemburgo. O CET envia sempre osqueixosos ao ITM para estes casos,porque lhes cabe verificar se a de-sigualdade aconteceu. Infeliz-mente, não sabemos se o fazem.”Para Christa Brömmel, “há difi-
culdade em provar que um colegaganha mais pelo mesmo trabalhoou equivalente devido à cultura deconfidencialidade relativa aos sa-lários. E existe também a dificul-dade de comparar porque o salárioengloba prémios e outras vanta-gens. No setor privado há ainda anegociação salarial: as mulheresexigem um salário menos signifi-cativo do que os homens em iníciode carreira segundo a ideia de queuma mulher negoceia menos ouaceita mais facilmente esse salá-rio. Os meios limitados do ITM e odesconhecimento provável destalei entre as assalariadas tambémcontribui e nunca é fácil desenca-dear um processo jurídico, sobre-tudo quando se trabalha a tempoparcial em setores com baixos sa-lários e/ou pouco sindicalizados.”
Reformas imprescindíveisEmbora saliente que “seria pre-cisa uma análise séria e profissi-
O longo caminhopara a igualdadeA luta pela igualdade de género trava-se em diversas áreas e as discriminaçõessubsistem. Antes do Dia Internacional da Mulher, o Contacto procurou sabermais sobre o que tem sido feito e o que falta fazer para que a sociedade sejamais justa. E confirmou que se andou muito para aqui chegar, mas há aindamuito para melhorar.
onal a todo o arsenal legislativopara poderem ser identificadostodos os preconceitos de géneroque persistem e elminá-los”, Ras-kin elenca uma lista de reformasque considera fundamentais:“Partilha dos direitos a pensão emcaso de divórcio; individualiza-ção do sistema das pensões; in-dividualização fiscal; adoção dosistema nórdico no caso da pros-tituição; adoção de quotas no do-mínio económico; reforma da leisobre o sexo sub-representado nocaso da tomada de decisão polí-tica; publicidades sexistas; etc.”Morgenthaler sintetiza: “Falta
legislação no domínio das pesso-as transgénero e intersexuais. Emgeral, as leis são boas, mas preci-sam de ser aplicadas. Assim, umaproposta de emprego discrimina-tória não é sancionada peloADEM, embora a lei preveja san-ções.”Segundo Christa Brömmel, “é
preciso aplicar a lei e, enquantoEstado, dar os meios para que oscidadãos façam valer os seus di-reitos.” E deixa uma pergunta:“Sensibilizar e informar sobre alei e os direitos existentes tam-bém é importante: por que razãonão se faz uma análise dos avan-ços obtidos após algum tempo e,caso seja necessário, cuidar deajustar alguma coisa?”
Paulo Jorge Pereira
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Após dez anos de subidas ligeiras,o relatório do World Economic Forumvoltou, em 2017, a registar retrocesso
no capítulo da igualdade.
Redução de diferençasvale cinco biliõesUm estudo da consultora PricewaterhouseCo-opers, divulgado este mês e citado pela agên-cia Bloomberg, estima em seis triliões de dóla-res (4,9 biliões de euros) o crescimento do PIBnos países da Organização para a Cooperação eDesenviolvimento Económico (OCDE) caso fos-sem resolvidas as diferenças salariais entre ho-mens e mulheres no mercado de trabalho.O documento indica que o panorama seria
melhor desde que a atual diferença salarial mé-dia, um pouco acima dos 16%, diminuísse atéaos 13%, conforme sucede na Suécia. Com“mais participação de mulheres no mundo la-boral, mais iniciativas de empreendedoras e apassagem de mais elementos femininos paratrabalhos com salários mais elevados”.Uma verba de 180 mil milhões de libras
(201,5 mil milhões de euros) é o montante aque equivaleria uma mudança deste tipo, porexemplo, no Reino Unido.
O exemplo islandêsà frente dos outrosNos primeiros dias de 2018, a Islândiatornou-se um exemplo ao aprovar legislaçãoque impede o pagamento de saláriosdiferenciados em relação a funções idênticas.No texto do país nórdico prevê-se que em-presas, sejam privadas ou de índole gover-namental, com pelo menos 25 funcionários,sejam obrigadas a ter um certificado queatesta as respetivas políticas de igualdade degénero na área salarial. Em caso de incum-primento, a legislação islandesa aplicarámultas.O texto legislativo mereceu aprovação ain-
da em 2017 por iniciativa do Executivo decentro-direita e também da oposição, numcontexto em que a composição do Parlamen-to (deputados e rede de funcionários) tempraticamente metade demulheres.A meta da Islândia é acabar com as desi-
gualdades de cariz salarial até 2020.
Participação políticaem lento crescimentoA participação política de mulheres no Lu-xemburgo tem registado, ao longo dos anos,um lento crescimento. De acordo com o Con-selho Nacional das Mulheres Luxemburgue-sas, tendo por base o seu Observatório sobrea participação política nas eleições autárqui-cas de 2017, havia 105 comunas em causacom 3.575 candidatos (1.279 mulheres e2.296 homens). Deste universo, os eleitoresescolheram dar a sua confiança a 277 mu-lheres e 842 homens. O Observatório chamaa atenção no sentido de que a taxa do setor fe-minino corresponde a 35,78%contra 64,22%de candidatos masculinos, ficando abaixodos 40% de quota que devem ser, de acordocom a legislação, respeitados nas próximaseleições legislativas.Quanto à taxa de mulheres eleitas situa-se
nos 24,75% (75,25% de homens), algo queestá muito distante de representar, segundodestaca o Observatório, a realidade da popu-lação no Luxemburgo, composta por cerca demetade demulheres.
Poder e empresasentre fatores-chaveNo contexto da União Europeia, é no plano dopoder que se observa maior distância entre ho-mens e mulheres. O estudo Gender Equality In-dex do European Institute for Gender Equality(EIGE) analisa campos como trabalho, dinhei-ro, conhecimento, tempo, saúde e poder, con-cluindo que as maiores diferenças se registamnesta última área.O documento refere baixas percentagens de
mulheres nos ministérios (26,8%), nos parla-mentos (27,7%) e nas assembleias regionais(28%). O Luxemburgo não contraria esta ten-dência, uma vez que, entre 60 deputados noParlamento, 16 são mulheres, ou seja, 26%.Também no campo da economia os números
são largamente desfavoráveis às mulheres. São21,7% em lugares de topo das empresas e ape-nas 19,4% nos bancos centrais. O panoramamelhor um pouco quando se trata de fontes fi-nanciadoras de pesquisa (39,9% de mulheresem lugares de decisão), mas baixa em empre-sas públicas (32,2%) e nas instituições nacio-nais olímpicas (apenas 13,6%).
5,5 Esta é, em percenta-gem, a diferença sa-larial no Luxembur-go entre homens emulheres, enquantoa média europeia sesitua nos 16,3%.Outros casos: Ale-manha, 22%; Áus-tria, 21,7%; ReinoUnido, 20,8%.
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13 DE JUNHO DE 2018
28 Comércio & Classificados
Brasserie Pic-Pic
Petiscos portugueses e bebidas frescas para assistir aos jogos do Campeonato do Mundo
Mundial à mesaA Brasserie Pic Pic convida to-dos os seus clientes e amigospara assistirem descontraida-mente aos jogos do Mundialenquanto se deliciam com umasfantásticas tapas portuguesas,umas bebidas frescas e umacarta de vinhos bem recheada.
Com uma oferta muito variada, ser-viço rápido e uma decoração ‘urbanfashion’, este espaço é, sem dúvida,um excelente local para assistir aosjogos do mundial ou para uma rá-pida escapada para almoçar na ca-pital, em Howald.
“Para os nossos clientes que ve-nham assistir aos jogos do mundialpreparámos, para além dos écransde televisão, umas tábuas de pre-sunto e queijo, uns pica paus, unshambúrgueres, umas sardinhas e pa-ra acompanhar uma cerveja Boffer-ding bem fresquinha”, explica Joãoda Costa, proprietário do espaço. Asfrancesinhas também são uma es-pecialidade da casa, ou não fosse oproprietário João da Costa, naturaldo norte de Portugal.
Bastante conhecido pela varie-dade de hambúrgueres, sendo de sa-lientar o “Eder” em homenagem aoherói do futebol no Euro, o Pic Pictem sempre à escolha 4 pratos do
dia e uma entrada, como por exem-plo melão com presunto, picanha,alheira, francesinha ou entrecosto.A cozinha é bastante variada, comfusões originais da gastronomia por-tuguesa e francesa, sem esquecer al-gumas especialidades tradicionaisda região.
Aberto já há 12 anos, o Pic Pictornou-se um ponto de encontro ànoite para assistir aos jogos de fu-tebol, acompanhados de uns bonspetiscos e de uma cerveja bem fres-ca, ou de um vinho português, sen-
do que a cozinha se encontra abertaaté às 22h.
Num ambiente completamente di-ferente daquele que encontra aomeio-dia, ao jantar a atmosfera émais intimista (excetuando as noi-tes de futebol), e propícia a sabo-rear alguns dos pratos mais casei-ros como o arroz de tamboril, a açor-da de bacalhau e de camarão, a sa-pateira recheada ou as gambas comalho.
Para além das soirées ‘foot’, comtransmissão dos principais jogos em
ecrã gigante, as noites temáticastambém podem ser de fado ao vivo,com um bacalhau à casa, ou aindaum espetáculo de sevilhanas, comuma paella no menu.
Outra das particularidades destacasa é o facto de a cozinha estarsempre aberta durante o dia, mes-mo entre as refeições. Assim se tor-na possível petiscar, num ‘af-terwork’ entre colegas e amigos,umas pataniscas de bacalhau, umatábua de tapas ou a famosa tarteflambée. Patrícia Marques
Brasserie Pic-Pic15, rue des Silas, HowaldT. 26 29 62 [email protected]: Pic Pic Tapas BarAberto de segunda a sexta feira, das10h às 23h. Cozinha aberta das 12hàs 22h. Encerra ao fim de semana.Para almoçar convém reservar comantecedência.Advertorial: www.regie.lu
A equipa do Pic-Pic. Uma das especialidades da casasão os hambúrgueres.
Op der Gare
Não perca o Mundial no ‘Op der Gare’ em Lintgen e no ‘Op der Gare II’ em Medernach
Comida caseira portuguesaO restaurante ‘Op der Gare’em Lintgen está tão concorridoe tem tanto sucesso que levouAntónio Lima Martins a abrirum segundo restaurante, o ‘Opder Gare II’, em Medernach, emoutubro do ano passado, a pou-co mais de 15 kms de Lintgen,de forma a satisfazer todos osclientes que não conseguem ar-ranjar mesa no ‘Op der Gare’.
António Lima Martins viu assim umaoportunidade de negócio que nãopodia deixar escapar. “Pelo facto deo meu restaurante em Lintgen estarquase sempre completo, apesar dastrês salas que temos, pensei em ex-pandir o negócio e aproveitar o meuknow-how na restauração, para alar-gar o negócio, mas também foi umaforma de satisfazer os meus clientesdado que o meu primeiro restau-rante, o ‘Op der Gare’ em Lintgencostuma estar sempre cheio. E as-sim os clientes que não arranjammesa em Lintgen sempre podemdeslocar-se até Medernach e de-gustar as saborosas iguarias que fa-zemos diariamente para os nossosclientes”, refere orgulhoso o pro-prietário .
Com efeito, ambos os restauran-tes são já sobejamente conhecidospelas iguarias portuguesas mas tam-
bém servem especialidades france-sas e luxemburguesas. Nas especi-alidades portuguesas é de salientar,nas carnes, a ‘espetada terra e mar’(servida apenas em Medernach queinclui tamboril, gambas e um me-dalhão de carne de vaca), o bife à ca-
sa, o ‘medalhão Mestre Hotel’ ou afamosa carne de porco à alentejana.Já nos peixes, além dos vários pra-tos de bacalhau, serve-se polvo à la-gareiro, lulas grelhadas, dourada,salmão grelhado, robalo, entre ou-tros pratos.
Nas especialidades francesas eluxemburguesas é de realçar o ‘bou-chée à la reine’ (fabrico próprio), a‘wäinsaucisse’ e o ‘jarret de porc’.
Com um prato diário por 9,5€composto por uma entrada e um pra-to de peixe ou de carne, ambos osrestaurantes têm uma longa e vari-ada carta onde é possível provartambém diferentes pratos de baca-lhau, como por exemplo o bacalhau
à lagareiro, bacalhau à Brás, baca-lhau à moda da casa e o bacalhaucom natas. A garrafeira é igualmen-te variada, dispondo de seleção ricade vinhos portugueses das regiõesdo Douro, Dão e do Alentejo.
Ambos os restaurantes estão pre-parados para receber os jogos doMundial pois têm várias televisõesà disposição nas diferentes salas. Osrestaurantes têm uma grande capa-cidade de salas para receber tam-bém festas de grupos e de empre-sas. O Op der Gare em Lintgen dis-põe ainda de uma agradável espla-nada no exterior (coberta e aberta)com capacidade para 140 pessoas.
Patrícia Marques
“São conhecidos pelasiguarias portuguesasmas também servemespecialidadesfrancesas eluxemburguesas.”
Op der GareT. 32 98 69www.opdergare.luFB: Café Restaurant Op der GareOp der Gare II24, rue de LarochetteL-7661 Medernach.Tel.: 26 87 35 56www.opdergare2.luFB: Op Der Gare IIHorários de funcionamento: os res-taurantes estão abertos todos os di-as exceto à segunda-feira à noite (Opder Gare) e à terça-feira (Op der Ga-re II).Advertorial: www.regie.lu
Op der Gare II em Medernach. Espetada de tamboril e gambas. Polvo à lagareiro.
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PREISE CONTACTO 2019 99
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Auslieferung Maße Rotation Dauer Preis
Banner Alle Endgeräte 728 ≈ 90 Exklusivität 3 Tage 300 €
Alle Preise in Euro, zzgl. MwSt. und Produktionskosten.
2.674 AbonnentenVersand 2 Mal täglich
8 und 16 Uhr
Sponsoring NewsletterQuelle: Mailchimp September 2018
Technische Vorgaben > 2019
Formate
Verarbeitungsfähige Dateiformate (Macintosh und PC-Windows): HTML5, JPEG, GIF, PNG & 3rd party tag.Poids : 80KB.
HTML5 / Richmedia:Erstmaliger Download 2,2 MB progressiver Download. Es wird dringend empfohlen, HTML5 responsive zu verwenden. Bitte liefern Sie auch statisches Material im GIF- oder JPEG-Format mit.
HTTPS-Konformität: Um konform zu sein, muss der gesamte Datenverkehr auf „https“ abgewickelt werden. Dazu zählen auch 3rdParty-Tag und externe Downloads.
Ton– Der Ton muss am Anfang einer Animation oder eines Videos
immer deaktiviert sein.– Der Ton kann durch Klicken auf den Ton-Button oder die
Mouseover-Funktion aktiviert werden.
INREAD – Video-Datei
– Auflösung: max. 1920*1080 – min. 640*360
– Max. Dateigröße: 200MB
– Videoformate: mov, flv, mpeg4, avi, usw.
– Länge: 30 Sek. max.
– Seitenverhältnis: 16:9 (4:3 nicht unterstützt)
– Codec: alle Video Codecs-Formate, außer: ProRes 4444, HDV 720p60, Go2 Meeting 3 & 4, ER AAC LD, REDCODE
Drittanbieter-TagsDrittanbieter-Tags sind mehrheitlich zulässig, eine detaillierte Liste ist auf Anfrage erhältlich.
Fristen– Buchung und Abgabe des Materials: 4 Werktage vor dem
gewünschten Beginn der Kampagne.
– 7 Werktage im Fall von Rich-Media-Formaten (Expand, Floating, Audio, Video usw.).
REGIE.LU S.A. behält sich das Recht vor, Datenträger oder Datenübertragungen zurückzuweisen, die nicht den Anforderungen entsprechen, oder aber den zusätzlichen Arbeitsaufwand in Rechnung zu stellen.
DatenübermittlungE-Mail : [email protected]
Contacto.lu / Radiolatina.lu
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