Full Time
Pedro Mariano:
a herança de uma estrela
Fórmula 1Foi dada a largada!Confira a relação de campeões de 1950 até 2014
Lixo zero é possível?
Entrevista exclusiva com Francisco
Biazini Filho
Mulheres: o sexo frágil mostrando-se forte
A rainha dos baixinhos fala sobre sua mudança para a Record
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EditorialExpediente
Ano 2 • Abril 2015 • nº 32
Publisher e DiretoraRegina Imperatore [email protected]
Jornalista ResponsávelJuliana Martins - MTB 57.882 [email protected]
Direção de Arte, Diagramação ePublicação Digital Cristiana Lacutissa - CLStudio - [email protected] PublicitáriaCaroline [email protected]
Fotografia - Caroll Fernandes [email protected] Complementares: DreamstimeCapa: Blad Meneghel
Comercial: Ana Paula Dutra | Oscar Shrappe Neto
Assessoria JurídicaDra. Benicia Hiss | [email protected]
Comercial e atendimento ao leitor: [email protected]
Curculação: Granja Viana, Embu das Artes, Cotia, Caucaia do Alto, Vargem Grande Paulista, Ibiúna, São Roque, Raposo Tavares.
Os conceitos emitidos nos artigos assinados e dos entrevistados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não expressam necessariamente a opinião da Editora. O conteúdo dos anúncios são de inteira responsabilidade dos anunciantes. O conteúdo desta publicação não pode ser reproduzido ou utilizado para quaisquer finalidades e interesses, seja impresso, digital ou em formato de vídeo, sem a consulta e devida autorização registrada pela equipe da revista. A inclusão do nome de colaboradores não implica em vínculo empregatício.
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A Revista FULL TIME é uma publicação mensal da Editora Imperatore Ltda
Crise? Como sair dela?Tudo começa com mudança de atitudes, visão, coragem e criatividade....
Estas são algumas armas para driblar e crescer na crise.
Nesta edição especial, mudamos nossa série de capas, atendendo a pedidos
de leitores, anunciantes, parceiros e amigos... nos reinventamos também.
Uma personagem controversa, Xuxa é amada não só pelos brasileiros, como
também por nossos vizinhos argentinos, que demonstram muito carinho pela
Rainha dos baixinhos e ninguém pode negar que e,la é uma das maiores cele-
bridades da televisão brasileira. Confira a entrevista onde ela fala sobre a mu-
dança de emissora, e muitas novidades para seus fãs.
Ainda falando em famosos, leia a entrevista de Pedro Mariano, nos contan-
do sobre sua carreira, sua mãe Elis Regina, e porque escolheu a Granja Viana
para morar
Também em ritmo de inovações, iniciamos uma nova seção, pretendendo
trazer mulheres especiais, mães, donas de casa, empresárias, guerreiras, con-
tando sua história de vida e seus exemplos, demonstrando que mulher não é o
sexo frágil! Como define Denise, nossa entrevistada desta edição: fragilidade é
um estado de espírito.
Falamos também sobre a temporada da Fórmula 1 de 2015, trazendo uma
tabela com os pilotos vencedores desde 1950, para ler e guardar!
Em nosso Eco Caderno, conheça o Instituto Lixo Zero, e as possibilidades
de negócios sustentáveis com resíduos. Ganhar dinheiro ajudando o planeta,
uma ótima opção!
E muito mais, como sempre.
Deixamos o texto genial de Albert Einstein, para reflexão.
“Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo.
A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque
a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da
noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as gran-
des estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar “superado”.
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento
e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise
da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de
encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios,
a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que
se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela
é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma
vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para
superá-la”. Albert Einstein.
Boa leitura
Regina Imperatore
6 Full TimeM A G A Z I N E
Ter ou Ser? Claro que isso tudo que citei acima é bom, traz conforto,
segurança e massageia o ego, mas e o “ser” onde está? Onde
está a essência de tudo que gerou o “ter”?
Há alguns dias essas duas palavras vêm martelando à mi-
nha mente e concluo (de acordo com o que observo no com-
portamento das pessoas) que hoje para ser aceito você preci-
sar “ter”, só assim as pessoas te olham, te avaliam e te aceitam.
Mas e depois?
Depois de ser aceito, ser perfeito nas redes sociais, com os
amigos, até com a família, o que o “ser” aí dentro te fala? Se
o seu “ser” estiver alinhado e em paz com o seu “ter”, ótimo,
mas e se não?
Uma das observações que faço como coach é no momento
da prospecção de um novo cliente. O coaching é um serviço
então, intangível e percebemos como as pessoas resistem em
investir em si mesmas, como temem trocar o “ter” pelo “ser” e
acabam por viver anos num emprego que não gostam, numa
relação destrutiva, num atrofiamento cerebral (porque, se
você não adquirir novos conhecimentos e novas habilidades,
ele atrofia mesmo) e, quando se dão conta, a vida passou e o
que o seu “ser” adquiriu? Mágoas, procrastinação, medo, arre-
pendimento... O carro fica velho, a roupa acaba, o celular fica
“ultrapassado” e o seu conhecimento? O que acontece com ele
no decorrer dos anos?
Responda essas perguntas a si mesmo e veja se vale a pena
“ter” para “ser” ou “ser” para “ter”.
Juliana Graff - Coach e treinamentos corporativos - www. julianagraff.com.br - (11) 98363-2869
Vivemos hoje num
mundo onde o “ter” é
o mais importante... Ter
o melhor carro, ter as
melhoras roupas, ter a
melhor casa e ter acesso
ao que há de melhor.
6
Coaching
8 Full TimeM A G A Z I N E
Escolhemos mulheres guerreiras e
Denise do Nascimento, nossa primeira entrevis-
tada, é uma delas. Casada e mãe de Renan (24)
e Bárbara (18), essa professora e especialista em
energias renováveis venceu um câncer, aprendeu
que na simplicidade da vida está o segredo, de-
fende que a educação é a maior contribuição para
tudo e hoje luta por um mundo mais justo e equi-
librado. Para ela, que está em busca de inovação
nas questões ambientais, fragilidade nada mais é
do que um estado de espírito.
Fragilidade é um estado de espírito
Denise por Denise é...
Uma mulher persistente, focada no autoconhe-
cimento e a fim de inovar nas questões ambientais.
Qual sua profissão?
Sou professora e especialista em Energias Reno-
váveis. Pós-graduada na área. Atualmente sou exe-
cutiva da GPE, Green Power Energy.
O que faz lá?
Atuo na constante busca de soluções para o
Mulheres
Damos início a uma série de entrevistas com pessoas do chamado
“sexo frágil”. Mas que de frágil, não há nada. Como já disse Erasmo
Carlos em sua música:
“Dizem que a mulher
é o sexo frágil
Mas que mentira
absurda!
Eu que faço parte da
rotina de uma delas
Sei que a força está
com elas”
meio ambiente, faço consultoria em eficiência
energética, além de administrar a empresa. Atuo na
popularização do uso das energias limpas. Como
executiva, busco regulamentações de leis com-
plementares para incentivar a redução de custos
destas tecnologias. Logo, o trabalho nesta área é
amplo e exige grande esforço. Por exemplo, IPTU
VERDE. Aqui na região, estou lutando para viabilizar
o projeto de lei por iniciativa popular.
Como conciliar as vidas profissional e fami-
liar?
Trabalho desde os 16 anos, tive meus filhos
aos 22 e aos 28, sempre trabalhando. Desde jovem,
sonhava em ser mãe. Esse processo aconteceu de
forma prazerosa e programada, pois mesmo traba-
lhando e muitas vezes estudando ao mesmo tem-
po, sempre fui organizada com tudo. Cuidar do lar,
do preparo dos alimentos e da educação dos meus
filhos me impulsionava mais para o crescimento
pessoal e profissional.
O que, para você, representa ser mulher?
Ser mulher é ser plural. A mulher consegue mi-
lagres. Ela tem o poder de edificar. Se tiver cons-
ciência disso, vai fazer a escolha certa e crescer
muito, além de fazer crescer quem estiver ao seu
redor, desde que ela consiga transmitir estes va-
lores. Mesmo quando errar, não desistir e menos
ainda se culpar. Se amar para amar. Se cuidar para
cuidar.
Considera mulher o sexo frágil?
Não. Ela é parte integrante super ativa da so-
ciedade e sua capacidade se confirma porque tem
condição de realização equivalente aos homens.
Nós, mulheres, somos mais humanizadas em nos-
sas decisões e ainda possuímos a exclusividade de
gerar vida. Não gosto de estereótipos. Hoje existem
mulheres que são altas executivas, pilotos, mecâni-
cas ou pedreiras extremamente competentes, for-
tes e femininas. Fragilidade é um estado de espírito!
Qual o papel da mulher na sociedade?
O mundo evoluiu bastante e a mulher contem-
porânea almeja conhecimento, sucesso profissional
e está quebrando paradigmas. Temos conseguido
destaques com louvor e muitas de nós estamos
melhorando nosso país, mesmo ainda vivendo o en-
frentamento de uma cultura machista. Temos gran-
de capacidade resolutiva em qualquer setor. Somos
maioria no eleitorado, 53% dos usuários da internet,
40% dos lares brasileiros são de total responsabili-
dade destas guerreiras, quando não tem forte pre-
sença na renda familiar. Apresentamos qualidades e
competência no desempenho profissional. Em con-
trapartida, no mundo político nossa atuação ainda é
acanhada. Ainda hoje a mulher continua sendo víti-
ma de abusos e de violência doméstica. Mesmo com
leis bem redigidas, mas pouco exequíveis. Como
pode?
Já sofreu algum preconceito por ser mulher?
Sim e me causou danos de difícil reparação. Eu
trabalhava como gerente para a maior multinacional
de cosméticos do mundo, tendo que cumprir me-
tas abusivas, com dedicação integral. Então, aos 38
anos, fui acometida por um câncer de mama bastan-
te agressivo, o que me fez parar de um minuto para
o outro. Nessa “parada”, tudo mudou. O processo
árduo e agressivo de tratamento me fez repensar a
vida. Ao voltar de licença médica, fui demitida ainda
no meio do tratamento que é contínuo. Fui vitimada
duas vezes: a primeira pela doença e a segunda por
ser discriminada pela empresa que “defende” a ban-
deira da prevenção do câncer de mama, que tem,
inclusive, um instituto pela causa. Fiquei prejudicada
com essa segregação e por descobrir que fui objeto
de uso, que fui descartada de acordo com interesses
sórdidos de quem dorme e acorda pensado em ci-
frão. Lamentável.
O que pensa sobre o meio ambiente?
Eu sempre fui cuidadosa com os excessos. Gosto
do que é bom, do que tem qualidade, de conforto e
10 Full TimeM A G A Z I N E
requinte com simplicidade, mas tudo isso pode ser
vivido de forma saudável e sustentável. Eu adquiri
consciência “verde” mais fortemente quando iniciei
o tratamento de saúde. Sempre tive sede de apren-
der e recebi incentivo em casa para ir me especializar
na área de energias renováveis. Me envolvi com a
questão do meio ambiente. Aprendi que na simpli-
cidade podemos auxiliar o próximo e que podemos
colaborar com a preservação do planeta com ações
quase ínfimas. É democrático e depende intrinseca-
mente de nós formarmos juízo.
Estamos no caminho certo para um mundo
mais humano? O que falta para chegarmos lá?
Acho que falta muita coisa. Em se tratando de
Brasil, aqui morrem mais pessoas vítimas de violên-
cia do que em países em guerra. Existe um desres-
peito institucionalizado. Nos hospitais, no trânsito, a
corrupção e negligência de muitos políticos expõem
e ceifam veladamente a vida de muitos brasileiros
precocemente. Sem contar que sofremos muitos da-
nos causados pela ação (ou falta dela) do homem.
Desmatamentos, poluição, uso irracional da água,
degradação da biodiversidade e a especulação imo-
biliária gananciosa causam o visível colapso urbano
com prejuízos intangíveis. Em Cotia, há uma quan-
tidade absurda de condomínios sendo construídos
e na contramão desse crescimento desenfreado,
baixíssima estrutura na rede de energia, água, trans-
porte, educação, saúde e segurança. Deste ponto de
vista, fica impossível falar que estamos evoluindo.
Qual sua contribuição para o mundo?
Defendo que a educação é a maior contribuição
para tudo. A pessoa que tem educação tem humilda-
de, consciência, opinião, atitude, cooperação, sabe
votar e por aí vai. Não há nada que se estruture se
não houver educação como base. Falando de ações
práticas, sinto orgulho em dizer que não desperdiço
nada. Trato os materiais descartáveis com a enge-
nharia reversa, reciclo tudo o que for possível. Mas
minha maior contribuição está na vida profissional,
em que posso colaborar na viabilidade da utilização
das energias renováveis.
Qual conselho daria para aquela mulher que
deseja vencer na vida?
Vencer na vida é um conceito que pode variar.
Para mulheres muito simples, fazer uma faxina para
ganhar dinheiro e, com isso, comprar alimento para
um filho é uma vitória gigantesca. Para outras, estar
à frente de uma grande empresa poderá ainda lhe
parecer pouco. Então observem a
subjetividade do conceito, por isso
volto a falar em estado de espírito.
Uma mulher vencedora olha para
si, enxerga seus valores, entende
que os desafios são constantes e
vencer significa enfrentar as ad-
versidades do dia a dia sem medo.
Somos conhecidas por gerar vida,
qual seria vitória maior que essa?
Então, vamos lá mulheres! Fazer a
grande diferença, o bem e, assim,
darmos a nossa contribuição para
um mundo melhor, mais justo e
equilibrado!
Mulheres
12 Full TimeM A G A Z I N E
O amor nos dias de hoje!Reflexões
O que é o Amor? Encontramos infinitas ex-
plicações, das mais variadas que, ao meu ver, são
tentativas de compreendê-lo. AMOR mesmo, com
todas as letras em maiúsculas, é um sentimento raro,
forte e potente; impossível de ser explicado, classi-
ficado ou compreendido. É apenas vivido e sentido.
Tema para muitos filósofos, poetas, músicos,
compositores, sociólogos e qualquer ser humano
comum, como eu e você. Shakespeare parece-
me mais conhecido, apesar de ser um dos mais an-
tigos poeta e dramaturgo. Questiono: será mesmo
que, com suas poesias e peças teatrais, conseguiu
desvendar o mistério do AMOR? Creio que ainda
não chegamos num consenso e, talvez, nunca che-
garemos; pois o AMOR ou o uso da de sua palavra,
está sofrendo um adoecimento, fruto da decadência
cultural que vivemos.
Por isto trouxe este assunto tão complexo e pro-
fundo que intriga a todos nós. Adoecimento? Sim,
pois o AMOR Pós-Moderno ou Contemporâneo (já
não sei mais como chamá-lo) mais se parece com
arroz e feijão do que com seu significado próprio.
Talvez, com uma farofinha, ficaria até melhor!
Em latim, o AMOR significa “semear”. Sua ori-
gem mais remota se refere a “cavar a terra e plantar.”
Eis aqui a minha indignada reflexão: o que estamos
semeando? O que estamos plantando? O que esta-
mos cavando? Ah, esta eu sei responder: nosso pró-
prio buraco, cada vez maior e sem fim!
A campanha do McDonalds, lançada em 2003,
que tinha como slogan “Amo Muito Tudo Isso”, per-
petua em nossa cultura até hoje. Sim, eu o culpo,
porque foi uma simples estratégia de marketing que
contribuiu para a decadência ou esvaziamento da
palavra AMOR!
Amo muito qualquer coisa é uma normalidade
em nossa linguagem. “Amo muito chocolate; amo
esta música, amo este prato, amo esta bolsa, amo
este vestido, amo a cor deste batom, amo esta gra-
vata, amo beber, amo comer, amo dançar, amo dor-
mir, amo joias, amo dinheiro, amo presentes, amo
salto alto, amo fazer compras, amo maquiagem, amo
meu celular, amo, amo, amo... só amo, sempre amo
e amo só as coisas” são expressões que eu já ouvi! O
AMOR se coisificou! Repare nas redes sociais, estão
impregnadas pela expressão: #amo...
Uma vez que amamos muito tudo isso, realmen-
te não há espaço para o AMOR VERDADEIRO. Que-
ro dizer, aquele que se refere à sua origem, ao seu
sentido original. É bem mais fácil amar um batom do
que uma pessoa! E por conta disto, perdemos tam-
bém o próprio amor!
Mario Vargas Llosa, filósofo e escritor peruano
fala, em seu livro “A civilização do espetáculo”, so-
bre a metamorfose da palavra cultura, defendendo
a ideia de que a mesma se transformou; porém, não
rumo a um sentido positivo. Deixou de ser cultura de
verdade, esvaziou-se, evoluiu para um sentido sem
significado. Ocorreu o mesmo com o AMOR: esva-
ziou-se e se perdeu!
Amar deixou de ser um sentimento nobre, como
já fora citado em décadas passadas. Ficou fácil de-
mais AMAR. Qualquer coisa que encanta nossos
olhos, que eleva nosso status, que nos enfeita, que
faz com que chamemos a atenção é AMOR!
Que pena! Isto só nos mostra que não só a cultu-
ra e o amor esvaziaram-se. O Ser Humano também!
Ssmaia Abdul, Pessoa e Psicóloga Narrativa, Especialização Internacional em Práticas Colaborativas, Criadora de grupos Colaborativos, Nova Scribe, Escritora por Paixão, Pós-Graduanda em Jornalismo Literário (2015) e que ama escrever, mas luta pela construção de uma cultura em ascendência! [email protected]/ssmaia.abdulhttp://wescribe.co/u/ssmaia-abdul/profile
14 Full TimeM A G A Z I N E
Entrevista
“Quando
acredito que
tem que ser de
um jeito, tem
que ser!”
O que vêm à sua cabeça após passar um pe-
ríodo longe da televisão? Como você está se sen-
tido agora com a mudança?
Estou repleta de felicidade! Ainda mais ao ser
recebida desta maneira, depois de um namoro de
quase dois anos. Sou muito turrona quando se trata
de mudança. Quando acredito que tem que ser de
um jeito, tem que ser! Que bom que eu tive a opor-
tunidade de conhecer o Marcelo Silva – Vice-Presi-
dente Artístico da Emissora. Estou na Record porque
eu o conheci, mas no meio do caminho fui avisando
que não daria certo essa parceria, ao invés de di-
zer ‘oi, tudo bem?’. Nem sentei pra conversar com
ele... Quando eu o conheci melhor, ele me explicou
e depois de alguns segundos, comecei a dizer ‘en-
tão quando eu fizer e nós formos fazer’... Já come-
cei a pensar na frente! É bom receber este carinho e
essa energia. Tenho certeza que, assim como eu fui
feliz na Manchete e também na Rede Globo, serei
muito feliz na Record. Quero trazer felicidade para
todo mundo. Agradeço muito a Record por acredi-
tarem em mim e darem a oportunidade de fazer o
Repleta de felicidade
que eu quero, o que desejo, o que eu sonho e ain-
da assinarem embaixo. Na hora de deitar, fico com
olhos esbugalhados tendo muitas ideias. Já tenho
na cabeça quase tudo que eu quero fazer. Estou es-
crevendo feito louca. O que se passa é muito difícil
e até mesmo neste momento, porque até então a
minha ficha não caiu totalmente. Record?! (Risos) É
difícil ainda sabe?! Imagina, tanto tempo sem poder
falar o nome e agora... (Risos) É diferente! Por isso
não sei explicar sobre este sentimento. Comecei na
televisão com 20 anos, estou com 52 de idade, são
bem dizer 32 anos de profissão, sendo que 29 são
na Rede Globo. É difícil porque quando eu saí da
Manchete, onde fiquei dois anos e meio, já era com-
plicado. Eu não fazia ideia de assinar contrato e nem
falar com os diretores, mas quando eu vi o Russo,
que estava no Chacrinha... caramba! Eu realmente
estava na Rede Globo. Quando cheguei na Record e
vi o emblema da emissora, eu falei “Caramba! Estou
na Record né?!”. Neste momento é muito importan-
te ter os fãs perto de mim, porque me sinto mais
à vontade, mais em casa. Acredito que a mudança
Assim está Xuxa que, de volta à televisão em uma nova casa, se diz mais feliz e pronta para a descoberta de novos desafios. Depois de viver uma história longa com a Rede Globo, a Rainha dos Baixinhos cria novos laços com a Record e promete continuar não só fazendo o que mais ama na televisão, mas usar a liberdade que ganhou para criar um programa com sua personalidade. Nesta entrevista, prepare-se para entrar no universo dessa loira, que fez sua história na televisão brasileira e mesmo com anos de carreia, trilha um novo caminho em busca de desafios. Sua vida “de platinada, será mais colorida agora”.
XUXA
16 Full TimeM A G A Z I N E
talvez leve um pouco mais tempo e demore
para cair a ficha, mas estou muito feliz. Te-
nho certeza de que a casa vai me dar todas
essas possibilidades. O resultado, a partir de
agora, será algo positivo, porque tem uma
energia muito boa. Perguntei se eles (Record)
iam me deixar trazer crianças, idosos, bichos,
se eu podia pegar qualquer coisa da internet,
eles disseram que sim! Perguntei se eu podia
fazer entrevistas demoradas, eles disseram que
sim! Fiquei até assustada! Mas a ficha ainda não caiu,
m a s de platinada será colorida agora.
O que a fez mudar de casa depois de tanto tempo? Em que
momento começou a conversar com a Rede Globo?
Eu conversava com a Rede Globo sobre tudo. Aliás, eles sabiam
sobre absolutamente tudo! Inclusive, meus encontros com o Mar-
celo. Não fiz nada escondido! Eu lia tanta notícia de que eu estava
fazendo isso ou aquilo... Eu não estava fazendo nada! Estava na mi-
nha! As pessoas me colocaram em tantos canais, não teve um dia
que eu deixei de conversar com o pessoal. É muito doido! O que
mais me motivou é o fato de eu poder fazer o que eu quero e gosto
de receber o aval da casa. Inclusive falei para eles e, como todo
mundo sabe, a minha vontade é fazer algo inspirada na apresenta-
Entrevista
Tenho certeza
que, assim como
eu fui feliz na
Manchete e
também na Rede
Globo, serei muito
feliz na Record.
Quero trazer
felicidade para
todo mundo.
dora Ellen DeGeneres, mas não é copiar o projeto ou
fazer igual. Depois de um ano e três meses, eu ainda
estava querendo convencê-los de que não daria cer-
to. Quando terminamos a reunião, eu disse na hora
que estava dentro. Eu estava precisando e com muita
vontade de desenvolver novos projetos.
O que você pode adiantar a respeito deste
novo projeto? Como será o formato do seu pro-
grama?
Vou me reunir com pessoal para começar a mon-
tar a equipe. Sem equipe, não tenho como falar sobre
o programa. Eu não tenho nem diretor. A vontade
do Marcelo é que o programa esteja no ar daqui a
uns dois ou três meses. É impossível, porque sou uma
pessoa muito exigente, mas ele prometeu que, as-
sim que a equipe estiver montada, afinada e falando
todo mundo a mesma língua, vai sair. Se vai ser diário
ou semanal, não posso dizer. Sabe quando você tem
uma colcha de retalhos e com muitos detalhes para
serem colocados? Eu quero que tenha participação,
interatividade da plateia, brincadeiras, músicas, en-
trevistas, o que estiver acontecendo diariamente ou
semanalmente. O programa terá essa possibilidade,
mas acima de tudo é eu me sentir feliz e me divertin-
do. Ninguém faz um programa sem uma equipe. O
Marcelo já comentou sobre algumas pessoas e eu te-
nho a possibilidade de escolher alguns profissionais
da Record, mas se eles acharem que pode ser outras,
também quero. Até porque não sei qual a disponi-
bilidade desses profissionais. Eu ainda não conheço.
Precisamos da equipe X. Ele comentou também que,
caso eu não aceitasse o convite naquele momento,
não teria problema, porque o projeto que eles ti-
nham seria só meu! Eles me aguardariam, se fosse
necessário.
A Rede Globo completa 50 anos e você faz
parte da história da emissora. Em algum momen-
to pesou na sua decisão? Você espera que seja
lembrada quando acontecer as homenagens? Ou
acredita que será simplesmente ignorada pelo
fato de não estar mais na casa?
Eu tenho uma história com a emissora de mui-
tas boas lembranças, de muitos programas. Não vou
apagar e não tem como, só porque eu mudei de
emissora. Não acho legal alguém falar mal da casa,
onde eu vivi esse tempo todo. Não quero que fale
18 Full TimeM A G A Z I N E
e não aceito. O que eles vão vir a fazer não posso
falar. Posso dizer sobre a história que eu pretendo
criar na nova casa... Estou focada no que vou fazer
daqui para frente na Record. Para você ficar sabendo,
eu fiz um programa na Telefé, na Argentina, durante
dois anos. Eles estão completando 25 anos e me cha-
maram para participar. Depende muito da vontade
de quem estará montando essa história. Eu não faço
mais parte da Telefé, e inclusive existem pessoas que
também estão em outras emissoras e foram convi-
dados também. Vai depender de cada um que vai
contar essa história.
Ficou alguma mágoa da Rede Globo?
Ficou tanta coisa boa que eu vivi lá! Não tem
como ter mágoa de uma casa que me deu tanto... Eu
aprendi muito, fiz vários programas durante anos. Fiz
‘O Show da Xuxa’, ‘TV Xuxa’, ‘Xuxa Hits’, ‘Xuxa Parque’
e Xuxa isso ou aquilo... Como eu posso ter mágoa?
Tenho tanta história. A gente tem mágoa quando
acontece algo... Eu tenho muitas lembranças, fiz mui-
tos amigos que disseram que mesmo eu vindo pra
cá, estarão ligadinhos me vendo...
Nós sabemos que você tem muito apoio, inclu-
sive do Junno Andrade seu namorado. Quem mais
esteve ao seu lado neste momento de decisão?
Na minha casa eu tenho uma torcida muito gran-
de da minha mãe Alda e da minha filha Sasha. Ela
fala o tempo todo que quer me ver bem e feliz. As
pessoas que trabalham comigo... quando terminei
a reunião, a Mônica que foi a primeira pessoa que
começou a trabalhar comigo, que me conhece só de
olhar para mim, disse que estava vendo um brilho
no meu olhar. A torcida foi muito grande porque me
viram com um brilho, com vontade de fazer e acon-
tecer. A minha filha, quando chegou, disse que eu
estava linda e perguntou como foi a reunião com
aquele jeitinho dela. Quem estava muito próximo de
mim viu como eu fiquei feliz. Aliás, antes da reunião,
eu estava meio down, mas mudei depois que eu co-
nheci o Marcelo. Ele é o responsável por eu estar na
Record, porque ele viu em mim o valor com muita
verdade. O Walter Zagari – Vice-Presidente Comer-
cial, disse que eu vou ficar muito mais tempo nesta
emissora do que na anterior... [Risos] Não sei se vou
conseguir, mas estamos juntos!
Com carreira longa na televisão brasileira, o
que ainda é desafiante pra você?
Mudar de uma casa para outra, onde você não
conhece, é um desafio. Muitas pessoas me pergun-
tam por que depois de tanto tempo na profissão,
não fico quietinha em casa. Minha vontade, e foi até
uma das conversas que tive, é se eu poderia fazer
um programa ao vivo. Eu não sei, mas se for será um
desafio deixar o microfone na minha mão do jeito
que eu falo...
Você construiu uma relação muito boa com o
mercado publicitário. Você já sentiu a receptivi-
dade das marcas?
Fiz um pedido para o Walter, onde tenha mer-
chandising legal, onde eu possa conhecer os produ-
tos. Sou uma pessoa um pouco chata quanto a isso.
Preciso realmente conhecer antes. Comentei que não
pode ser cigarro, bebida e nem carne vermelha, por-
que nem meu cachorro come. O resto pode.
O slogan da Record diz: ‘Aberto para o novo’.
O que a Xuxa tem de novo?
Tirando a idade velha... nestes últimos quatro ou
cinco anos, eu estava bastante presa, mas estou solta
e aberta. Para mim, já é algo novo e estou aberta
para fazer o que quero, que é fantástico... Não posso
falar essa palavra, agora é um ‘espetáculo’ (Risos). O
fato de eu poder fazer o que eu quero já abriu minha
cabeça para muitas novidades. Não sei quem inven-
tou aquele negócio de que eu estava procurando
emprego. Eu adorei! É tão bom! Eu ria tanto e foto-
grafei tudo que saiu. Que maravilha! Quem inventou
tem que vir trabalhar comigo. Essa pessoa é muito
boa. Quero estar muito antenada com tudo que há
de novo por aí. Quando você trabalha numa casa
Neste momento
é muito
importante ter
os fãs perto de
mim, porque
me sinto mais à
vontade, mais
em casa.
Entrevista
Por trás das câmerasHá 25 anos, Xuxa mantém a Fundação Xuxa Meneghel que, em toda a sua história, teve um importante papel na vida de meninos e meninas por todo o Brasil por meio de campanhas, redes de mobilização social, projetos e um forte trabalho de incidência política para influenciar na formulação de políticas públicas que garantam à infância e à juventude seus direitos. Com sede na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a instituição realizou cerca de 200 mil atendimentos, desenvolvendo um trabalho integrado de educação, cidadania e participação infanto juvenil, com apoio às famílias, incentivo ao desenvolvimento comunitário, capacitação profissional e geração de trabalho e renda. E entre os princípios institucionais, estão práticas e atitudes sustentáveis.Ao longo desses 25 anos, a instituição investiu em diversas ações e projetos. O trabalho desenvolvido foi, inclusive, reconhecido pela Brazil Foundation, organização não governamental que estimula iniciativas na sociedade brasileira. Em noite de gala, no início de fevereiro, a Fundação foi homenageada por sua atuação no campo social com crianças, jovens e adolescentes. Xuxa acredita muito no poder das crianças para mudar o destino do planeta. Tanto que, na Rio +20, foi criado o Projeto +Criança, que deu origem à Rede +Criança, constituída por meninos e meninas das diversas regiões brasileiras que desenvolvem ações para uma vida sustentável. Desta Rede, surgiu o livro “Brasil das Crianças”, lançado em novembro e que traz a visão das crianças brasileiras sobre sustentabilidade e as possibilidades de participação delas em questões que afetam as suas vidas. Essa diversidade é mostrada sob a ótica cultural, educacional e social por meio de fotografias e textos dos locais visitados pelo projeto.
onde pode fazer acontecer, é muito mais rápido. Quando tem
um comitê, muita gente para aprovar, quando percebe já ficou
velha, entendeu?!
Você comentou da importância dos fãs na sua vida.
Qual será o papel deles nesta nova trajetória?
Eles sabem o quanto são importantes pra mim. É até difícil
mensurar, porque eles têm nome e sobrenome. Não aquela fra-
se pronta ‘I Love You’. Amo meus fãs. Digo para a pessoa certa
e todo mundo sabe disso. A minha relação é de muita verdade.
A partir desse momento que estou vivendo algo diferente, vou
precisar muito mais deles do que imagina. É muito difícil fazer
um recomeço, quando a gente não tem por perto as pessoas
que gostamos. Tê-las próximas será o primeiro passo e o se-
gundo é uma boa equipe.
20 Full TimeM A G A Z I N E
Educação
Um empreendimento global para crianças
entre 4 e 14 anos invadiu o subsolo de um shopping
center de São Paulo nestas férias. Prometendo
mais do que fantasias a um preço “camarada” de
100 reais por criança e 50
por adulto, esse parque de
diversões coloca empresas
e produtos em contato
direto com crianças, com
a clara intenção de criar
consumidores fieis a marcas
“do berço ao túmulo”, como
dizem os publicitários.
O parque vai além do
conceito de diversão pro-
priamente dito e traz, na origem, a ideia de apren-
dizagem pela brincadeira, orgulhosamente chamada
de “edutenimento”. Criado em Santa Fé, no México,
no final da década de 1990, e inicialmente conhe-
cido como cidade das crianças, o Kidzania é hoje
uma marca global presente em mais de 15 cidades
do globo, contabilizando um número superior a 10
milhões de visitas. Nessa inocente brincadeira de faz
de conta o mercado internacional percebeu, desde
2006, uma maneira lucrativa de envolver crianças e
torná-las leais a marcas, que ali se espalham de for-
ma nada comedida.
Em recente depoimento à The New Yorker, o
mexicano Xavier López Ancona, criador do em-
preendimento, diz explicitamente que o parque, em
Cidade idealChega ao Brasil parque de diversões global que, em
nome de “aprendizagem”, sugere limitar vida à lógica das
empresas e marcas corporativas.Por Lais Fontenelle
“Deve ter alamedas verdesA cidade dos meus amores
E, quem dera, os moradoresE o prefeito e os varredores
E os pintores e os vendedoresAs senhoras e os senhores
E os guardas e os inspetoresFossem somente crianças”
“A cidade ideal”, de Chico Buarque
formato de cidade, é uma potente plataforma para
se criar lealdade às marcas nessa sociedade de con-
sumo. A ideia original vendida nesse espaço é ser um
parque educacional indoor que oferece, às crianças
e seus pais, um ambiente supostamente seguro que
permite à garotada exercitar comportamentos adul-
tos da vida urbana – de forma autônoma e indepen-
dente. Tudo isso, segundo seus criadores, fazendo o
que há de mais divertido e importante na natureza
infantil – que é brincar.
Sabe-se, porém, que o brincar, como uma ex-
periência singular de linguagem da criança, é uma
potente forma de socialização, exercício de cidada-
nia, elaboração de conflitos, além de um exercício
de comportamento futuro – mas somente quando a
criança é autora de suas brincadeiras e escolhe onde,
quando, com quem e como irá brincar. No Kidza-
nia as crianças brincam de piloto, jornalista ou en-
genheiro em trocas sociais e afetivas mediadas pelo
consumo e troca monetária. A ideia de ingresso no
parque é “pegue seu dinheiro, faça mais dinheiro e
gaste como desejar”.
Visualmente, o espaço é uma cidade construída à
escala das crianças, com prédios, ruas pavimentadas,
veículos e até uma linguagem e economia próprias.
Porém, o mais impressionante ali não é a verossimi-
lhança com as cidades, mas a integração do mundo
real através das marcas expostas, que patrocinam as
empresas da cidade e suas atividades.
O discurso falacioso é de que a autenticidade
melhora a experiência e que as crianças aprendem
de forma interativa com as melhores pessoas que
lhes podem ensinar sobre poupança e investimen-
to – um banco, por exemplo. Encontramos ali, além
de bancos e redes de fastfood, agências de correios,
hospital ou até mesmo uma unidade da Unicef.
A relação das crianças com as cidades deveria
ser, sem dúvida, enaltecida e privilegiada na contem-
poraneidade, principalmente pelas famílias e escolas,
pois “a rua é uma aula, uma lousa”, como bem ob-
servou o professor espanhol Jaume Martinéz Bonafé.
Um lugar onde se escrevem e se exercitam valores,
saberes e histórias a partir das relações que ali se
estabelecem. Portanto, em vez de privilegiarmos a
construção ou até mesmo passeios em espaços pri-
vados para as crianças exercitarem sua autonomia e
independência, faz-se urgente um olhar mais cuida-
doso para as cidades e espaços públicos para que
esses, sim, sejam mais amigos das crianças.
Somente nas cidades reais, com suas contradi-
ções pulsantes, é que somos capazes de nos afetar,
nos relacionar e assim transformar realidades. É so-
mente a partir da vivência plena de uma vida na pólis
que somos capazes de exercitar nossa cidadania e
entender completamente o significado de comu-
nidade, cuidado, troca e brincadeira. Esse tipo de
experiência não pode acon-
tecer em cidades planejadas
à escala das crianças com a
intenção, clara, de cooptar
pequenos consumidores e
fidelizá-los às marcas.
Faz-se urgente, então,
devolver as crianças às ruas e
as ruas a elas, além de deslo-
carmos a aprendizagem para
fora de espaços privados e
das instituições de ensino,
como bem postulou Bonafé.
Faço aqui uma convocação
a urbanistas, engenheiros,
prefeitos, secretários, comu-
nicadores, a toda a socieda-
de civil, para refletir não so-
mente sobre esse parque de diversões e o que ele
de fato vende, mas também sobre as mensagens
que as cidades reais passam para as crianças desde
a mais tenra idade. Assim como Chico Buarque, na
letra de A Cidade Ideal, deveríamos todos cantar por
cidades mais humanas e sustentáveis.
Lais Fontanele – psicóloga – Instituto Alana [email protected] | http://outraspalavras.net/
22 Full TimeM A G A Z I N E
Educação
Benefícios do malabarismo
Atualmente, o interesse por conhecer e pra-
ticar o malabarismo tem crescido muito. Entre as
crianças e adolescentes é ainda maior. O malabaris-
mo está inserido nas atividades extracurriculares de
muitas escolas; outras são próprias para aprender o
malabarismo e outras atividades do circo, eventos
para malabaristas, grupos que se encontram para
trocar técnicas e treinar… e a cada novo dia, novas
pessoas efetivamente ingressam nessa modalidade.
E os benefícios são grandiosos para o desenvolvi-
mento do corpo e mente do praticante.
Malabarismo é um jogo, um desafio para qual-
quer um! É muito benéfico para crianças e jovens,
pois promove o desenvolvimento da concentração,
da coordenação motora e equilíbrio. Também pode
ser praticado por pessoas dentro do que, carinhosa-
mente, chamamos de ‘melhor idade’, desenvolvendo
agilidade e trabalhando como fisioterapia os
movimentos musculares de braços e per-
nas.
O malabarismo pode ser praticado
pela manhã para acordar os sentidos,
também pode ser praticado à tarde para
Descubra o quanto você tem a ganhar
com a prática constante das atividades do
malabarismo. Malabarismo é uma arte, uma
fascinação, relaxa e pode ser praticado por
qualquer um.
relaxar ou até mesmo para aliviar o stress do dia-a-
dia. A prática constante relaxa a mente e trabalha o
foco ocular. Também pode ser usado antes de uma
reunião importante, nos intervalos das atividades
diárias, sozinho a qualquer tempo ou em grupo. É
uma ótima atividade social e colabora nos trabalhos
em equipe.
Logo que se começa a exercitar essa prática, o
corpo e a mente são rapidamente estimulados. Au-
mentando a habilidade da concentração, ajuda a
transpor situações difíceis, faz esquecer mágoas e
deixa o praticante com mais energia. O malabarismo
estimula o lado direito do cérebro, aumentando a
agilidade mental e a criatividade.
Malabarismo é uma festa, proporcionando di-
versão, um grande show e criando uma ótima at-
mosfera. Pode ser praticado em casa, na escola ou
até mesmo no trabalho. É inegável o trabalho saudá-
vel que o corpo pratica, além da diversão proporcio-
nada pela sua prática.
Principais Benefícios:
Faculdades Intelectuais
Trabalho da Concentração e foco; Desen-
volvimento da Coordenação; Ganho de Ritmo,
tempo e equilíbrio; Aumento da percepção es-
pacial e ganho nos reflexos; Aumento da pro-
dução inventiva.
Faculdades Psicológicas
Motivação; Aumento do potencial muscu-
lar; Trabalho na flexibilidade muscular; Meca-
nismo de diversão; Desenvolvimento da con-
fiança pessoal e trabalho em equipe.
www.artesdocirco.com.br/picadeiro-artes-do-circo
24 Full TimeM A G A Z I N E
Eco Caderno
Você sabia que em torno de 1 bilhão de pessoas
em todo o mundo passam fome? E mais, você sa-
bia que em torno de um
terço de todo o alimento
produzido acaba por se
tornar lixo? Pois é, estes
dados estarrecedores não
deixam dúvidas: precisa-
mos desenvolver formas
melhores de consumir ali-
mentos sem desperdício,
ao passo em que também
precisamos criar melhores
maneiras para tentar er-
radicar a fome em nosso
planeta.
Foi pensando nisso
que o vice-presidente do
Instituto Alana, Marcos
Nisti, idealizou em co-au-
toria com Paulo Kress, do
Contra o desperdício de alimentos
Grupo Egeu, o projeto “Satisfeito”, criado com o ob-
jetivo de alertar as pessoas sobre o desperdício de
alimentos, ao mesmo tempo em que oferece ajuda
a crianças carentes. O projeto conta com o apoio do
apresentador Serginho Groisman e dos atores Paola
Oliveira e Jonas Bloch.
Como funciona? Nos restaurantes participantes
do Satisfeito, o cliente tem a opção de pedir pratos
denominados “Satisfeito” (ou SF). Estes são produ-
zidos em uma porção reduzida (2/3 do tamanho do
prato original), mas você paga o mesmo preço. O
que o restaurante economizar em comida é transfe-
rido em dinheiro para organizações que trabalham
pela segurança alimentar de crianças. Outras solu-
ções de “Pratos Satisfeito” têm sido criadas pelos
restaurantes participantes e a economia gerada é
repassada 100% para organizações que combatem
a fome de crianças.
“Satisfeito”, pelo fim dos desperdícios e por um
mundo mais sustentável...em todos os aspectos! Sai-
ba mais em www.satisfeito.com e faça sua parte!
Conheça o Projeto Satisfeito, campanha contra o
desperdício de alimentos em restaurantes.
Praticamente todos os estados brasileiros apre-
sentaram taxas de desmatamento acima de 100 km²
anuais nos últimos anos. Este foi um dos resultados
encontrados pela Avaliação Nacional de Risco do
Brasil, mapeamento inédito das atividades florestais
no país, realizado pelo FSC Brasil.
O documento, que cruza dados de fontes públi-
cas e privadas, tem como objetivo identificar riscos
da exploração ilegal de madeira e servir de instru-
mento para melhorar o planejamento de políticas
públicas e iniciativas privadas para a conservação
florestal. E levou em conta cinco aspectos: explora-
ção ilegal de madeira, violação dos diretos humanos,
exploração em áreas de alto valor de conservação,
exploração de florestas sendo convertidas em plan-
tações e transgênicos.
Infelizmente, o levantamento indicou que ainda
Extração ilegal de madeira ainda é realidade no Brasil
há muito a ser feito no
país. “A ilegalidade ain-
da é uma realidade no
Brasil”, afirma Fabíola
Zerbini, secretária-exe-
cutiva do FSC Brasil. “E
a conversão de matas
nativas se mostra mui-
to presente”. A região
norte é onde esta situa-
ção é mais alarmante,
sobretudo porque este
é o lugar em que ainda há maior extensão de re-
manescentes de floresta nativa no país. Nas demais
regiões, há maior concentração de florestas planta-
das, o que facilita o monitoramento e a certificação
das mesmas.
26 Full TimeM A G A Z I N EFull TimeM A G A Z I N E
Triste realidade: carne de cavalo continua a ser produzida
e consumida
O assassinato de equinos para consumo se tornou manchete
no mundo em 2013, quando foi descoberto que grandes marcas
de alimentos, especialmente no Reino Unido e Europa, vendiam
produtos contendo carne de cavalo como se fossem de carne bo-
vina. O episódio causou escândalo e chamou atenção para um fato
não tão conhecido: apesar de estar tradicionalmente fora do menu
ocidental, cavalos, asnos, mulas e outros equinos são regularmente
mortos para fins alimentares em muitos países.
Segundo a Humane Society International, os países que mais
matam equídeos para consumo são Mongólia, Rússia, Cazaquistão,
México e a China. Só este último matou, em 2012, mais de 1,6 mi-
lhão desses animais para o consumo humano.
O cavalo pode estar fora do prato do brasileiro, mas nem por
isso está seguro por aqui. O país tem uma longa tradição de pro-
duzir carne de cavalo para exportação, embora a indústria tenha
diminuído fortemente nas últimas décadas: entre 1960 e meados
da década de 70, a produção por vezes ultrapassava mais de meio
milhão de animais mortos; em 2012, foram menos de 180 mil. O
Brasil é um dos maiores exportadores de carne de cavalo para a
União Europeia - seus maiores clientes são Itália e Bélgica, que
também reimportam o produto para outros lugares.
Em 2010, o grupo belga de direitos dos animais Gaia fez uma
campanha para denunciar o sofrimento de cavalos de produção
no Brasil e no México. Assista ao vídeo produzido pelo grupo (em
francês): https://vimeo.com/25718236
Eco Caderno
Brasil está entre os dez países que mais investem
em energia limpa
Depois de dois anos em queda, os inves-
timentos globais em energias limpas aumen-
taram 17% em 2014 - US$ 270 bilhões ano
passado, contra US$ 232 bilhões em 2013. As
informações são de um relatório do Progra-
ma das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma), divulgado em 31 de março.
Segundo o documento, o aumento foi pu-
xado pela expansão das instalações solares na
China e no Japão e dos projetos eólicos em
alto mar na Europa. Além disso, o Brasil figu-
ra entre os dez países que mais investiram no
setor.
A China foi de longe a maior investidora
em energia renovável no ano passado — um
recorde de US$ 83 bilhões, aumento de qua-
se 40% em relação a 2013. Os Estados Unidos
ficaram em segundo lugar, com US$ 38,8 bi-
lhões em investimentos, aumento de 7%. Em
terceiro, o Japão, com US$ 35 bilhões e cres-
cimento de 10%. Um boom em energia eó-
lica em alto mar na Europa resultou em sete
projetos de US$ 18,6 bilhões. Enquanto isto,
o Brasil investiu US$ 7,6 bilhões e figura entre
os dez países que mais aplicaram no setor (7ª
posição).
Energias solar, eólica, de resíduos e ou-
tras fontes renováveis foram responsáveis por
gerar 9,1% da eletricidade global, contra 8,5%
em 2013. Como em anos anteriores, o merca-
do em 2014 foi dominado por investimentos
recordes em energia solar e eólica, que repre-
sentaram 92% do total de energias renováveis.
www.ecodesenvolvimento.org/
Os biohackers e vega-
nos Ryan Pandya e Perumal
Gandhi estão trabalhando na
elaboração de uma mistura à
base de plantas que é quase
idêntica em composição ao
leite de vaca. Para conseguir
isso, de acordo com informa-
ções de The Washington Post,
eles foram longe na modifica-
ção de óleo de girassol, para
que ele possa assumir uma
composição estrutural semelhante a das gorduras
do leite, substituindo lactose por galactose, açúca-
res quase indistinguíveis, e cultura de levedura para
liberar caseína, uma proteína do leite animal natural.
Se for bem sucedido, o processo que eles desen-
volveram pode algum dia ser usado para extrair um
vasto leque de produtos
lácteos, como queijo, man-
teiga e iogurte.
A dupla, ambos com
experiência em bioenge-
nharia, são os co-fundado-
res da Muufri, uma start-up
com sede em San Fran-
cisco, que espera formar
a ideia de leite fabricado
em laboratório como uma
alternativa mais humana e
ética para os consumidores. Financiado pelo progra-
ma Singularity University’s Synthetic Biology Acce-
lerator, eles passaram meses em um laboratório da
Universidade College Cork, na Irlanda, onde estão
próximos de desenvolver um lote protótipo, que é
100% livre de animais.
28 Full TimeM A G A Z I N EFull TimeM A G A Z I N E
Eco Caderno
Isso é possível! É o que explica o empreendedor
em resíduos e reciclagem Francisco Luiz Biazini Filho
que, nesta entrevista exclusiva, fala sobre a importân-
cia da reciclagem e o que é preciso para chegarmos
ao lixo zero. Ele, que é sócio-proprietário da Rede-
resíduo e representante do Instituto Lixo Zero Brasil
em São Paulo, defende que devemos nos espelhar na
natureza. “Onde, como dizia Lavoisier, nada se cria e
nada se perde, tudo se transforma”, diz.
com resíduos
O que é ser um empreendedor de resíduos e
reciclagem?
Um visionário que percebeu a oportunidade de
trabalhar com algo que poucos veem como “lucra-
tivo”. Ele produz mais valia do lixo, do descartável,
daquilo que ninguém quer ter ou ver. Este visionário
tem, além de gerar empregos, lucro, uma função so-
cial fundamental para o equilíbrio de nossa socie-
dade. Na base de tudo, é um empreendedor social.
Quais os desafios deste mercado?
Atribuir a quem gera os resíduos a responsa-
bilidade de arcar com os custos de destinação ou
tratamento do lixo. A Política Nacional de Resíduos
Sólidos (lei nº 12.305/10) prevê isso. O grande desa-
fio é fazer ela “pegar”.
Em sua opinião, qual é a importância da reci-
clagem do lixo?
Reciclar é poupar recursos do planeta e aumen-
tar a vida útil dos aterros. É mais saúde, mais água,
mais energia e recursos minerais para todos. Reci-
clar gera 30 vezes mais empregos do que enterrar
os materiais recicláveis. Portanto, trata-se de uma
atividade fundamental para a perenidade de nossa
sociedade com qualidade de vida.
O que é a REDERESÍDUO?
Nossa plataforma começou a ser criada quando
a PNRS era apenas um sonho e sua base se preo-
cupava com a viabilidade logística a partir da con-
solidação de lotes virtuais e a economia que estes
processos permitem aos sistemas de logística. Nes-
te período, tratávamos os lotes de resíduos como
oportunidades e promovíamos as negociações entre
geradores e recicladores. A partir de 2010, fomos
incorporando processos e tecnologias, com inves-
timentos próprios e recursos do CNPq, FAPESP e
SEBRAE, para atendimento aos aspectos da PNRS e
da logística reversa pós-consumo que diversos seto-
res econômicos deverão implementar nos próximos
anos. Também nos preocupamos em conhecer me-
lhor e adaptar a plataforma para mercados horizon-
tais como a construção civil, pelo seu alto potencial
de ganhos com a reciclagem de seus resíduos.
Como funciona este sistema?
Desenvolvemos uma ferramenta para oferecer
uma solução personalizada para tratamento, reuso,
reciclagem e destinação final de resíduos sólidos in-
dustriais, de forma a integrar tecnologias de infor-
mação, logística e conhecimento técnico na área de
resíduos sólidos que está baseado em um servidor de
dados, tendo como principal forma de acesso um por-
tal da internet. Incorporamos na plataforma rotinas e
processos para atender aos diversos atores da ges-
tão de resíduos: geradores que podem vender, trocar,
doar ou destinar seus resíduos ou contratar serviços;
recicladores que podem utilizar resíduos como ma-
téria-prima; empresas de tratamento e disposição
final que podem oferecer serviços diretamente aos
interessados; transportadores que são notificados au-
tomaticamente das oportunidades e podem otimizar
rotas, atuar na logística reversa e acessar os mapas
das oportunidades; gestores das Redes (departamen-
tos de meio ambiente corporativos, prefeituras, as-
sociações de empresas ou outras organizações) que
podem controlar requisitos, mitigar riscos e coletar
dados para embasar indicadores e métricas.
Essa iniciativa tem dado certo?
Nosso primeiro cliente, em 2011, foi a construto-
ra Camargo Corrêa. A empresa já vendia os materiais
recicláveis, mas ao longo de quatro anos de opera-
ção aumentou seu faturamento, acima do planeja-
do com esta prática. Foram R$ 2,5 milhões a mais
do que conseguia anteriormente, além de destinar
cerca de 65% dos materiais gerados a partir de suas
obras para materiais para reciclagem.
Qual o panorama atual deste mercado?
Percebemos que a cada dia que passa há uma
maior disposição das empresas em investir na reci-
clagem para poupar recursos e o surgimento de uma
geração de gestores mais conscientes e mais preo-
cupados com a sustentabilidade, gerando demanda
e mais oportunidades de negócios. Muitas empresas
estão se aprimorando e melhorando suas práticas
e novas empresas estão surgindo para atender aos
novos requisitos trazidos pela legislação. Na cons-
trução civil, que responde por metade (ou mais) dos
resíduos gerados em uma cidade, o ritmo de melho-
ria é mais lento, mas já percebemos iniciativas inte-
ressantes acontecendo. As construtoras maiores es-
tão muito bem estruturadas. No entanto, respondem
por menos de 20% dos resíduos, sendo que a grande
maioria do entulho é gerada nas reformas e obras
autogeridas. Este mercado ainda está engatinhando.
30 Full TimeM A G A Z I N E
Números apontam que, no Brasil, são enter-
rados R$ 11 bilhões por ano em material reciclá-
vel, sendo mais de R$ 2,5 milhões corresponden-
tes a resíduos plásticos, que são recicláveis de
alguma forma.
E gastamos mais de 24 bilhões por ano para
enterrar todo este dinheiro! Um absurdo! Precisa-
mos educar as pessoas para que elas entendam que
reciclar é não jogar dinheiro fora. Uma latinha de
alumínio vale quase o mesmo que uma moeda de 5
centavos, uma garrafa de PET também. Quem de nós
joga moedas na rua? Não há justificativa alguma em
se jogar fora recicláveis.
Como mudar a atitude das pessoas, relativa-
mente à reciclagem?
Um argumento que estamos usando nas empre-
sas é que, além de economizar na destinação de re-
jeitos e gerar receita com os recicláveis, as empresas
respeitam a legislação em vigor e podem colocar em
seus resultados os benefícios indiretos, as externali-
dades positivas geradas pela reciclagem. Entre eles,
estão os benefícios econômicos, que são a diferen-
ça entre os custos da produção pri-
mária e os custos da reciclagem; os
benefícios ambientais advindos da
economia de energia, redução da
emissão de GEEs, créditos de carbo-
no, redução do consumo de água e
preservação da biodiversidade e os
benefícios de gestão com a econo-
mia em coleta e economia em ater-
ros, entre outros.
É possível chegarmos ao lixo
zero?
O conceito lixo zero define que
devemos envidar todos os esforços
para desviar qualquer material de
aterros ou incineradores, fazendo-os
voltar ao processo produtivo. Na
Itália, já acontece uma transforma-
ção neste sentido, são mais de 300 municípios se
dirigindo ao lixo zero, diminuindo drasticamente o
envio para o aterro, incentivando a criação de muitas
empresas, gerando milhares de empregos e redu-
zindo em até 40% o custo da gestão de resíduos, e
muito importante, com todo o apoio da população.
Várias cidades do mundo já chegaram a quase a lixo
zero, como Nova York, São Francisco e Milão, e estes
resultados foram alcançados em menos de 5 anos.
Para chegarmos a zero demoraremos um pouco
mais, mas é possível e as tecnologias já existem em
laboratórios. Mas os ganhos de se reduzir 80% das
despesas com geração de lixo são muito grandes, e
não dependem de nenhuma tecnologia, apenas da
vontade das pessoas. Aqui no Brasil temos o Institu-
to Lixo Zero Brasil que divulga e promove o conceito
através de ações mobilizadoras.
Estamos no caminho certo?
Para nós o lixo tem pai e mãe. O pai é o con-
sumo, em uma economia com processos de pro-
dução linear, que começa na extração do recurso e
termina no aterro ou na queima do rejeito. A mãe é
a irresponsabilidade de todos nós que acreditamos
que existe um lugar para onde este lixo vai, e que
este lugar é fora deste planeta. A busca de soluções
para a questão dos resíduos é um desafio mundial, e
temos no Brasil a responsabilidade de criar mecanis-
mos inovadores e sustentáveis, que considerem os
catadores e as cooperativas como parceiros privile-
giados. Precisamos construir um modelo econômico
circular, onde os rejeitos de um processo se tornem
matéria prima de outro. Devemos nos espelhar na
natureza, onde como dizia Lavoisier: Nada se cria
e nada se perde, tudo se transforma. O caminho é
inovar e empreender. É fazer. Quem quiser começar
e não sabe por onde, aqui vai uma sugestão: faça
compostagem dos resíduos orgânicos. Esta prática
vai retirar metade do lixo que geramos e vai deixar
o que ainda jogamos limpo e mais fácil de reciclar.
Contato: [email protected]
Francisco Luiz Biazini Filho Empreendedor em resíduos e reciclagem.
Eco Caderno
32 Full TimeM A G A Z I N E
Eco Caderno
Ao aportar no arquipélago brasileiro, em
1503, o navegador italiano Américo Vespúcio disse
a famosa frase: “O paraíso é aqui”. E ele não estava
errado. Fernando de Noronha, formado por 21 ilhas,
esbanja belezas naturais, com mar de águas claras,
praias de areias douradas e ampla biodiversidade. O
distrito, que pertence a Pernambuco, está dividido
entre APA (Área de Preservação Ambiental) e Parque
Nacional Marinho, e é considerado Patrimônio Mun-
dial Natural desde 2001 pela Unesco.
Praias, piscinas naturais e trilhas ecológicas. O
Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha
possui diversas praias com suas águas verde-esme-
Natureza exuberante
ralda esperando pelo público, dentre estas, estão
duas eleitas como as mais bonitas do Brasil: a Praia
do Sancho e a Praia do Leão. Quer mais? Passeios
de barco, mergulhos no fundo do mar e golfinhos
nadando em bando diante de seus olhos. Do mirante
da Baía dos Golfinhos, os turistas podem assistir às
manobras dos animais entrando no Parque ao alvo-
recer do dia.
A visita à Praia da Atalaia é um dos atrativos mais
procurados do Parque Nacional, pois oferece ao vi-
sitante a oportunidade de mergulhar em um aquário
natural onde poderá observar a fauna marinha em
seu ambiente natural. Na Baía do Sueste, o visitante
FerNaNdo de NoroNha
pode optar pelo mergulho guiado através de uma trilha submarina es-
pecial onde se aprecia tartarugas marinhas em seu local de descanso
e alimentação. Neste mergulho, um dos mais ricos em biodiversidade,
pode-se avistar também polvos, lagostas, raias, pequenos tubarões e
diversos peixes coloridos.
Inesquecível, também, é navegar lado a lado com golfinhos ou ob-
servar o pôr do sol a partir das praias do Cachorro, do Meio ou do
mirante do Boldró. Além das praias, baías e natureza riquíssima, Noro-
nha também reserva outra surpresa para os turistas: a caminhada pelos
sítios históricos, que guarda 500 anos de história do Brasil, tornando
o arquipélago, além de patrimônio natural, um patrimônio histórico.
O local é mesmo um verdadeiro sonho de consumo para os aman-
tes do ecoturismo. É protegido desde 1989 por uma série de leis am-
bientais, que ajudam a manter suas paisagens naturais praticamente
intocadas pelo homem. Dentre estas leis, está estipulado um limite
máximo de 450 visitantes/dia na ilha e uma taxa inicial de R$38,24 que
aumenta, gradativamente, a cada dia que o visitante ficar na ilha.
Todas essas taxas e burocracias são um modo de proteger este ver-
dadeiro paraíso natural e conscientizar as pessoas que visitam o local.
O senso preservacionista que reina na ilha é reforçado pela presença
de vários projetos bem-sucedidos de pesquisa. Os de maior destaque
são o Tamar-Ibama, que estuda as tartarugas marinhas, e o Golfinho
Rotador, que analisa cientificamente as piruetas dos golfinhos.
Prepare-se para a viagem dos seus sonhos e também para uma
nada econômica. A maioria das pousadas da ilha tem pouco conforto
e preços altos, assim como os pratos mais básicos dos restaurantes, e
as taxas ambiental e do Parque Nacional Marinho também aumentam
essa conta. Mas não é disso que você vai se lembrar: as praias, os golfi-
nhos, as tartarugas e o pôr-do-sol darão conta de garantir um gostinho
de quero mais.
Em tempos
de dólar alto,
as viagens
nacionais são
uma ótima
opção e, dentre
os destinos mais
procurados,
está Fernando
de Noronha,
paraíso com
praias, piscinas
naturais e trilhas
ecológicas.
34 Full TimeM A G A Z I N E
Autos
O mercado de luxo não sentiu a crise
na indústria automobilística: o segmento
de carros premium cresceu 18% em re-
lação a 2013. Em 2014, foram vendidos
no país 55.841 modelos de luxo ante aos
47.335 vendidos em 2013. Esses dados
incluem carros das marcas Audi, BMW,
Mercedes-Benz - as três alemãs que re-
presentam 70% das vendas do segmento
-, além de Land Rover, Volvo, Mini, Pors-
che, Jaguar e Lexus.
Apesar dos números otimistas, este
mercado no Brasil ainda é imaturo. “Tem
muito espaço a crescer. Enquanto em paí-
Mercado de carros preMiuM cresce
O comércio
de carros de
luxo aumentou
18% em 2014
e a trajetória
de alta deve
ser mantida em
2015.
ses vizinhos ele ocupa 10%, no Brasil representa somente 2%,
o que significa que ainda temos muito potencial de crescimen-
to”, comenta o empresário Daniel Cabral de Menezes, proprie-
tário da Auto Prime Motors.
O potencial para este mercado é tão grande que motivou
o retorno da Audi como fabricante no país. A BMW inaugu-
rou sua fábrica em Araquari (SC) no ano passado. A Merce-
des-Benz e a Land Rover vão iniciar suas operações em 2016.
Juntas, as quatro marcas vão investir aproximadamente 2,3
bilhões de reais nas fábricas e terão capacidade para produzir
106 mil veículos ao ano.
Daniel também está otimista. Quando questionado se há
espaço para o crescimento local deste mercado, ele na hora
responde: “sim, tanto há espaço que a ideia nos próximos me-
ses é um plano de expansão para atender ainda melhor nossos
clientes. Onde existem apaixonados por carros, existe também
espaço”.
A sua concessionária é pioneira neste segmento na Granja
Viana. “Algumas das maiores coleções de veículos antigos da
América Latina encontram-se na Granja, existem muitos apai-
xonados por aqui, mas a região é mal explorada. A ideia foi
tentar aproximar essas pessoas, sempre com o assunto prin-
cipal - paixão pelo automóvel -, fazendo amigos e, por con-
sequência, negócios”, conta Daniel, que desde os 4 anos já se
mostrava um apaixonado por automóveis.
A iniciativa de investir na região deu certo. “O cliente que
fecha o seu negócio aqui, pela primeira vez, sente a confiança
e sempre volta. E dessa forma, esse mesmo cliente indica um,
dois, três que também se tornam fiéis. Em menos de dois anos,
cheguei a fazer uma dúzia de negócios com o mesmo cliente
e assim sucessivamente. Isso gera um ciclo positivo e contínuo
que só traz benefícios a todos os envolvidos”, comenta.
O segredo? “Atendimento personalizado, aliado a alta
qualidade dos produtos oferecidos, transparência, honesti-
dade e, com certeza, o
amor de toda equipe
ao trabalho exercido.
Nos adequamos ao in-
vestimento e indicamos
a melhor compra”, res-
ponde. Além, é claro, da
exclusividade. “Traba-
lhamos com encomen-
das e margem reduzida.
Então, quando determi-
nado veículo entra, muitas
vezes já está vendido. Focamos na agilidade e no alto giro de estoque”, com-
pleta.
Para driblar o período de recessão, Daniel dá a dica: “você identifica de
imediato o produto certo para o cliente certo e do modo certo... uma união
de fatores, buscando a eficiência na transação. Aí não tem erro: apertam-se as
mãos e negócio fechado”. Com isso, a trajetória de alta do mercado de carros
de luxo deve ser mantida em 2015.
Sobre a Auto Prime Motors
A Auto Prime Motors comercializa veículos nacionais e importados, veículos antigos, motos, quadriciclos, semi novos e 0km. Com a grande concorrência e oferta de veículos, a melhor forma de vender o seu veículo é através da consignação: o cliente deixa seu veículo e só volta a se preocupar com o assunto na hora de conferir o crédito em sua conta. “Nós ajustamos o valor para o bem através de contrato, enviamos uma plataforma com seguro para retirar o veículo no local, preparamos o veículo para venda (polimento, higienização interna e manutenção), anunciamos em todas as mídias especializadas, além de nosso mailing, absorvemos uma possível troca e repassamos o valor integral combinado ao cliente. Tudo com agilidade e transparência”, afirma o proprietário.Endereço: Av. São Camilo, 1169 - Granja Viana (em frente ao Alphaville Granja Viana) Telefone: 4169-1514Site: www.autoprimemotors.com.br
Daniel Cabral de Menezes
36 Full TimeM A G A Z I N E
Especial
Motivos não faltam para acompanhar a 66ª tem-
porada da Fórmula, que começou em março com o
GP da Austrália e termina, após 20 etapas, em Abu
Dhabi (Emirados Árabes) no dia 29 de novembro.
Houve troca de pilotos entre as principais equi-
pes: Vettel saiu da Red Bull para a Ferrari, enquanto
Alonso da Ferrari para a McLaren. Além disso, na
Mercedes, Lewis Hamilton e Nico Rosberg prome-
tem travar mais um duelo acirrado pelo título.
Para o engenheiro mecânico e blogueiro de F-1
João Carlos Vieira, esta pode ser uma temporada
semelhante à de 1988 em que Senna e Prost luta-
Começou a temporada 2015 da Troca de pilotos é apenas uma das razões para não perder nenhum detalhe da principal categoria do automobilismo.
ram pelo título na McLaren. “O Toto Wolff e o Niki
Lauda (chefes da Mercedes) devem liberar a disputa
interna entre Hamilton e Rosberg mais uma vez”,
destacou.
Ferrari, Red Bull e Williams entraram na tempo-
rada sedentas por desbancar a hegemonia da Mer-
cedes, enquanto a McLaren reedita após mais de 20
anos a parceria com a japonesa Honda.
É provável que voltemos a ouvir o famoso “tema
da vitória”: Felipe Massa voltou a ter reais chances
de vitória, enquanto Felipe Nasr desponta como
promessa. Vamos acompanhar!
Começou a temporada 2015 da
38 Full TimeM A G A Z I N E
Especial
GP da Austrália - 15/03GP da Malásia - 29/03GP da China - 12/04GP do Bahrein - 19/04GP da Espanha - 10/05GP de Mônaco - 24/05GP do Canadá - 07/06GP da Áustria - 21/06GP da Inglaterra - 05/07GP da Hungria - 26/07
CalendárioGP da Bélgica - 23/08GP da Itália - 06/09GP de Cingapura - 20/09GP do Japão - 27/09GP da Rússia - 11/10GP dos EUA - 25/10GP do México - 01/11GP do Brasil - 15/11GP de Abu Dhabi - 29/11
Interlagos - Brasil
Carlos Sainz Jr - Espanha - Toro Rosso -Renault
Daniel Ricciardo - Austrália - Red Bull - Renault
Daniil Kvyat - Rússia - Red Bull - Renault
Felipe Massa - Brasil - Williams - Mercedes
Felipe Nasr - Brasil - Sauber - Ferrari
Fernando Alonso - Espanha - McLaren - Honda
Jenson Button - Reino Unido - McLaren - Honda
Kevin Magnussen - Dinamarca - McLaren - Honda
Kimi Raikkonen - Finlândia - Ferrari - Ferrari
Lewis Hamilton - Reino Unido - Mercedes - Mercedes
Marcus Ericsson - Suécia - Sauber - Ferrari
Max Verstappen - Holanda - Toro Rosso - Renault
Nico Hülkenberg - Alemanha - Force India - Mercedes
Nico Rosberg - Alemanha - Mercedes - Mercedes
Pastor Maldonado - Venezuela - Lotus - Mercedes
Roberto Merhi - Espanha – Manor - Ferrari
Romain Grosjean - França - Lotus - Mercedes
Sebastian Vettel - Alemanha - Ferrari - Ferrari
Sergio Pérez - México - Force India - Mercedes
Valtteri Bottas - Finlândia - Williams - Mercedes
Will Stevens - Reino Unido - Manor - FerrariEqui
pes e
Pilo
tos
40 Full TimeM A G A Z I N E
Especial
Temporada Piloto Equipe
1950 Nino Farina Alfa Romeo
1951 Juan Manuel Fangio Alfa Romeo
1952 Alberto Ascari Ferrari
1953 Alberto Ascari Ferrari
1954 Juan Manuel Fangio Maserati
1955 Juan Manuel Fangio Mercedes
1956 Juan Manuel Fangio Ferrari
1957 Juan Manuel Fangio Maserati
1958 Mike Hawthorn Ferrari
1959 Jack Brabham Cooper
1960 Jack Brabham Cooper
1961 Phil Hill Ferrari
1962 Graham Hill BRM
1963 Jim Clark Lotus
1964 John Surtees Ferrari
1965 Jim Clark Lotus
1966 Jack Brabham Brabham
Você conhece todos os campeões da Fórmula 1 e em quais equipes eles correram? Se não conhece, veja a tabela abaixo com a lista completa dos Pilotos campeões de Fórmula 1 de 1950 até 2014.
Temporada Piloto Equipe
1967 Denny Hulme Brabham
1968 Graham Hill Lotus
1969 Jackie Stewart Matra
1970 Jochen Rindt Lotus
1971 Jackie Stewart Tyrrell
1972 Emerson Fittipaldi Lotus
1973 Jackie Stewart Tyrrell
1974 Emerson Fittipaldi McLaren
1975 Niki Lauda Ferrari
1976 James Hunt McLaren
1977 Niki Lauda Ferrari
1978 Mario Andretti Lotus
1979 Jody Scheckter Ferrari
1980 Alan Jones Williams
1981 Nelson Piquet Brabham
1982 Keke Rosberg Williams
1983 Nelson Piquet Brabham
Temporada Piloto Equipe
1984 Niki Lauda McLaren
1985 Alain Prost McLaren
1986 Alain Prost McLaren
1987 Nelson Piquet Williams
1988 Ayrton Senna McLaren
1989 Alain Prost McLaren
1990 Ayrton Senna McLaren
1991 Ayrton Senna McLaren
1992 Nigel Mansell Williams
1993 Alain Prost Williams
1994 Michael Schumacher Benetton
1995 Michael Schumacher Benetton
1996 Damon Hill Williams
1997 Jacques Villeneuve Williams
1998 Mika Häkkinen McLaren
1999 Mika Häkkinen McLaren
Temporada Piloto Equipe
2000 Michael Schumacher Ferrari
2001 Michael Schumacher Ferrari
2002 Michael Schumacher Ferrari
2003 Michael Schumacher Ferrari
2004 Michael Schumacher Ferrari
2005 Fernando Alonso Renault
2006 Fernando Alonso Renault
2007 Kimi Räikkönen Ferrari
2008 Lewis Hamilton McLaren
2009 Jenson Button Brawn
2010 Sebastian Vettel Red Bull
2011 Sebastian Vettel Red Bull
2012 Sebastian Vettel Red Bull
2013 Sebastian Vettel Red Bull
2014 Lewis Hamilton Mercedes
42 Full TimeM A G A Z I N E
Em Foco
Cristina Von Narozny comemorou seu aniversário com um almoço na Gistshopping. Na ocasião,
os amigos saborearam a tradicional paeja da Dona Sagrário.Veja mais fotos na Full Time digital!
Aniversário com paeja
Honda HR-V chega à H.MotorsNa noite de 20 de março, clientes e convidados da concessionária H. Motors participaram de um coquetel
que marcou o lançamento do novo modelo da marca Honda, o compacto HR-V. Veja mais fotos na Full Time digital!
44 Full TimeM A G A Z I N E
Em Foco
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dade, agilidade e preços competitivos? Pois a
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você precisa! Trabalha com um leque de op-
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A Ecobed® é marca registrada da Ecus do Brasil, filial brasi-
leira de uma empresa espanhola especializada na fabricação de
colchões e comercialização de equipamentos de descanso com
mais de 25 anos de experiência no mercado. Atua na Espanha, em
Portugal, na França, na China, na República Dominicana, no Mé-
xico… e agora chega ao Brasil, trazendo uma extensa variedade
de colchões. Destaques para o dupla face que pode ser usado
dos dois lados e o de fibras de bamboo que possui propriedades
antiácaros, antibactérias e antifungos, ideal para pessoas alérgicas. Conheça: www.ecobed.com.br.
Nova no Brasil, tradicional na Europa
Comunicação visual
46 Full TimeM A G A Z I N E
Entrevista
Filho da cantora Elis Regina
com o maestro César Camargo
Mariano, Pedro Mariano esteve
com a música presente em sua
vida desde sempre. Logo, não
teria como não seguir o mesmo
caminho de seus familiares. Em
entrevista à revista Full Time,
este grande artista da música
brasileira conta histórias sobre a
sua vida e carreira, mostra sua
opinião sobre a Granja Viana e
fala um pouco da homenagem
prestada pela escola de samba
Vai-Vai para sua mãe, este ano,
no Sambódromo Paulista.
Como e desde quando começou a sua car-
reira de músico? Conte um pouco de suas ex-
periências.
Conto meu início de carreira a partir de 1995.
Isso porque foi neste ano que recebi minha pri-
meira proposta para assinar com uma gravado-
ra. Antes disso, sempre estive dentro da música,
fosse por prazer, fosse profissionalmente. Tive
bandas no colégio, participando de festivais estu-
dantis, fiz jingles publicitários, mas foi em 95 que
tudo realmente começou.
Pedro MarianoA herança de uma estrela
Por Beatriz Destefani
De que maneira Elis Regina e César Camar-
go Mariano te influenciaram como cantor?
De todas possíveis! Nunca passou pela minha
cabeça fazer outra coisa. Durante um tempo, tive
dúvida de qual seria meu papel na música. De-
morei um pouco para me descobrir como cantor,
mas tenho certeza que conviver entre músicos,
ensaios, shows e gravações teve papel determi-
nante na minha escolha. Que foi extremamente
natural, não havendo pressão de nenhum lado,
dentro de casa. Meu pai sempre deixou tudo cor-
rer solto. As ferramentas estavam ali à mostra,
cabia a cada um sentir o que gostaria de seguir.
Conte um pouco da homenagem que você
e seu irmão, João Marcello, fizeram à sua mãe
em 1995.
Foi o estopim para nossa carreira profissional.
Não de forma intencional. Tudo começou quan-
do disse ao João que, assim como havíamos feito
uma festa especial para os 50 anos do meu pai,
queria que os 50 anos dela não passassem em
branco. Decidimos fazer o show, mas não tínha-
mos verba, nem local. Resolvemos fazer em qual-
quer lugar, porque o mais importante era fazer.
Ao começarmos a comentar publicamente a ideia,
surgiram os parceiros e a verba e deu no que deu.
Foi uma noite incrível…
Como foi o show realizado no mês passado
no Teatro Alfa? Maior sucesso, não?
Foi muito especial. Voltar ao Alfa depois de
ter gravado lá, foi uma sensação mágica.
Sobre o Carnaval, como você recebeu essa
linda homenagem vinda da escola de samba
Vai-Vai, com o enredo Elis Regina?
Fiquei muito feliz e emocionado. Acredito que
tenha sido a homenagem mais forte de todas que
já participei. Ouvir 3 mil integrantes cantando e
chorando por ela, foi uma cena que eu nunca mais
vou esquecer. Daria tudo para ver a cara dela…
Depois de tantos anos da morte da sua mãe,
como você explica a grande repercussão que teve
nesse carnaval?
Tudo foi feito com muito carinho e com muita
verdade. Isso contagia qualquer pessoa. Elis sempre
emocionou as pessoas com verdade e sempre irá
emocionar. A dedicação da comunidade, trazendo
toda a história dela para os mais jovens foi igual aos
contemporâneos à Elis que sentem orgulho de mos-
trar aos seus filhos a obra dessa cantora que entrou
na vida dessas pessoas de forma tão definitiva. Foi
lindo, um orgulho.
Você esperava tanto sucesso?
Eu sabia que seria muito legal e que não passaria
em branco. O título foi a redenção. Fiquei muito feliz
com todo esse sucesso, mas em se tratando de Elis,
não me surpreendo com mais nada.
Quanto tempo você mora na Granja Vianna?
Quais as vantagens de morar mais afastado?
Moro aqui há 10 anos. A maior vantagem de se
morar aqui é a volta para casa. Ver o céu,
os bichos, o ar puro. Minha filha poder
brincar na rua. Vale qualquer sacrifício.
E por que a Granja Vianna?
Tenho amigos que moram aqui há
muitos anos, desde muito antes de me
mudar para cá. Era a primeira opção,
também pela proximidade de São Paulo.
Adoro como as pessoas convivem aqui,
todos se conhecem e compartilham das
mesmas preferências. Tem tudo que São
Paulo tem, sem a dose neurótica do dia
-a-dia.
Quais os planos para o futuro?
Seguir em frente com o Projeto com
a Orquestra, um novo CD/DVD até o
final do ano e quem sabe atravessar o
oceano e desvendar outras terras.
48 Full TimeM A G A Z I N E
Espaço Animal
Manter um aquário é um fascinante hobby que
atualmente tem aumentado muito no Brasil, atra-
vés do qual podemos reproduzir um pedacinho de
ecossistema em nosso próprio lar. A falta de infor-
mação é o principal motivo que faz com que mui-
tas pessoas desistam logo no início.
A orientação inicial para quem compra seu pri-
meiro aquário é a de que estude e pesquise antes
o assunto, pois os peixes e outros organismos de
aquários necessitam de cuidados específicos para
sobreviverem, por isso antes de começar este hob-
by é fundamental estar a par das noções básicas
sobre as espécies de peixes, o tipo de aquário a ser
escolhido e manutenção básica de aquários. Mui-
tos iniciantes acreditam que é melhor e mais fácil
começar com um aquário pequeno. Curiosamente,
neste caso, a realidade é o inverso. Na maioria dos
casos, um aquário de tamanho médio ou grande é
mais fácil de ser mantido. Uma das razões é a de
que um aquário pequeno possui uma capacidade
de volume de água limitada, ao contrário do que
acontece no habitat natural do peixe. Quanto mais
similar o habitat de seu aquário for do habitat na-
tural dos peixes que você escolher, maiores serão
as chances de sucesso. Isso porque qualquer forma
de poluição ou de potencial infecção do aquário
serão propagados mais rapidamente quando ele
for de menor tamanho porque um aquário de
maior volume de água apresenta mais estabilida-
de. O volume de água que um aquário médio ou
grande contém é uma grande vantagem e no fun-
do vai trabalhar a seu favor, minimizando os efeitos
de alguns equívocos que você possa cometer por
ser um iniciante.
Um erro comum cometido pelo iniciante é o
de colocar a água no aquário e imediatamente após
introduzir os peixes nele. Você deve ter sempre em
mente que está criando um ecossistema similar ao
habitat natural onde vive o peixe. Para que o aquário
seja habitável é necessário que haja o desenvolvi-
mento de certas espécies de bactérias benéficas que
irão se fixar no elemento filtrante, as quais serão res-
ponsáveis pela redução dos compostos orgânicos
como fezes e restos de alimentos e isso leva cerca
de 30 dias de circulação constante de água pelo fil-
tro. Após esse período há a estabilização do filtro
biológico, do pH e da temperatura, dando condições
ótimas para os peixes. Entretanto, para um aquário
atingir sua maturidade leva cerca de 6 meses. Ou-
tro erro frequente é o volume da troca de água do
aquário: no máximo se troca cerca de 25% do seu
volume, para não haver perda de nutrientes. Nunca
coloque os peixes e outros organismos diretamen-
te na água quando for introduzi-los no seu aquário,
deixe o saquinho com os novos habitantes flutuando
no aquário por uns 10 minutos, daí então coloque a
água do aquário dentro do saquinho aos poucos até
que a situação se equilibre para poder soltá-los sem
impacto. O sucesso de um aquário não tem nada a
ver com sorte, ele é resultado de conhecimento.
Um aquário de água doce, por exemplo, é relati-
vamente simples de ser cuidado, mas mesmo assim
exige equipamentos adequados, como filtro bioló-
gico, cascalho para colocar no fundo, termômetro,
termostato com aquecedor, lâmpadas fluorescentes,
circulação constante da água com pedras para de-
corar e criar esconderijos e plantas de preferência
vivas. Tudo isso serve para mimetizar o ambiente na-
tural em que os peixes escolhidos convenientemen-
te (para que não haja predação) convivam durante
Dicas para seu primeiro aquário
anos num local em que os nutrientes sejam forneci-
dos racionalmente para que haja produção de bac-
térias úteis pelo filtro biológico, oxigenação e tem-
peraturas apropriadas. Além disso, testes de controle
para avaliação de pH, nitratos e nitritos devem ser
feitos regularmente. Depois de criada a rotina, os
cuidados necessários se tornam mais simples, mas
qualquer procedimento inadequado pode aniquilar
toda a população do aquário rapidamente.
Já um aquário de água marinha é bem mais
complexo de ser implantado e mantido, admitindo
menos erros do que o de água doce pelo fato dos
organismos serem mais sensíveis, com o agravante
dos custos de investimento inicial dos equipamen-
tos, animais e manutenção ser bem mais elevado.
Sua montagem é mais sofisticada abrangendo equi-
pamentos específicos como filtro biológico, cascalho
especial, água pura deionizada, sal sintético de boa
procedência, skimmer -paço tem a função de agitar
a água para retirar os dejetos de matéria orgânica
em excesso, termômetro, termostato com aquece-
dor, densímetro, bombas que movimentam a água,
lâmpadas fluorescentes especiais HQI que imitam a
luz do sol, timmer que controla a luminosidade, filtro
externo, chiller - um resfriador da água quando ela
esquenta, dosador de cálcio automático e uma série
de testes de rotina para manter o aquário em cons-
tante equilíbrio. Tudo isso deve funcionar harmonio-
samente e sem a possibilidade da falta de luz por
um longo período, caso contrário todos organismos
morrem por falta da circulação d’água, responsável
pela oxigenação e nutrição dos organismos.
Os peixes, a variedade dos corais, invertebrados
e rochas vivas, enfim a diversidade de cores e formas
dos organismos marinhos vivendo num pedacinho
de mar é encantador. Quem nunca teve a oportu-
nidade de se deslumbrar com um aquário de água
marinha não sabe o que está perdendo. É um hobby
maravilhoso que relaxa e nos remete a um tremendo
respeito pela natureza.
Dr. Gerson Bertoni Giantini – CRMV 5189/SPwww.policlinicaveterinaria.com.br
50 Full TimeM A G A Z I N E
Agenda
DICAS DE PASSEIO
CAFÉ DAS ORQUÍDEAS
Café com bolo artesanal em diversos sabores é no Orquidário Mu-
curipe. Você ainda pode aproveitar o Café Mineiro, de coador individual,
servido em lindas canecas de ágata, com um pão de queijo fresquinho!
Tudo realmente com sabor de fazenda, em um lugar rodeado de belas
plantas! Vale o passeio no final de semana.Estrada Manoel Lages do Chão, 2.293 - Caiapiá - Cotia. Informações: (11) 4703-3866
A PRIMEIRA LUDERIA DO PAÍS
Em um mesmo endereço, bar, café, restaurante e um espaço para jogar e realizar eventos relacionados ao
lúdico. Um local irreverente, para beber, comer, conversar e… jogar. Interagindo com outras pessoas e amigos.
Assim é a Ludus, que oferece mais de 700 jogos, entre nacionais e importados.
Os apreciadores de cerveja gelada, boa comida, drinks clássicos e jogos como “War”, “Imagem e Ação”,
“Monopoly”, “Batalha Naval”, “Buraco”, “Tranca”, “Poker”, “Damas”, “Xadrez”, “Gamão”, “Dominó” e qualquer
jogo em que se utiliza mesa, encontram na Ludus o lugar perfeito para esta forma tão simples de diversão.
Através de um Cardápio de Jogos, as pessoas podem escolher qualquer jogo e se quiserem dicas, é só pedir
aos monitores de jogos, que auxiliam na escolha e ensinam a jogar todos os jogos da casa.
O valor da entrada - que varia conforme o dia da semana - dá direito a jogar quantos jogos quiser por
todo o tempo em que permanecer na casa. Diversão garantida para todas as idades!!! Fica a dica...Endereço: Rua Treze de Maio, 972 – São Paulo - www.ludusluderia.com.br
FEIRINHAS GASTRONôMICAS
Berrini Food Park
Direcionado para toda a família, o evento oferece comidas de rua com um variado cardápio gastronômico para todos os
paladares. O público poderá encontrar arroz de pato, comida japonesa, paella, hambúrgueres, massas italianas, empanadas,
costelinha suína ao barbecue, cervejas especiais, sucos e refrigerantes. A média de preço varia entre R$ 5 e R$ 25. Local: Rua Engenheiro Mesquita Sampaio, 518 - Vila São Francisco - www.berrinifoodpark.com.brHorário: sábado, das 11h às 20h; domingo, das 11h às 19h; de segunda a sexta, das 11h às 19h.
Butantan Food Park
Uma praça de alimentação dinâmica com barracas, food trucks, trailers e outros veículos que vendem comida sobre
rodas, de sanduíches a crepes e tapiocas, passando por massas frescas, comidas mexicanas e indianas até doces e produtos
artesanais, acompanhados de vinhos em taça, sucos gaseificados artesanais, para comer na hora ou levar para casa. O Butan-
tan Food Park também abriga eventos, festivais e feiras de produtos e produtores.Endereço: Rua Agostinho Cantu, 47 – Butantã - www.butantanfoodpark.com.brHorário: de segunda à quarta, das 11h às 16h; de quinta a sábado, das 11h às 22h; domingo, das 12h às 19h.
EXPOSIÇÃOTOMIE OHTAkE
A FIEO - Fundação Instituto de Ensino para Osasco, sob
curadoria de José Roberto Teixeira Leite, apresenta a expo-
sição “Em Homenagem a Tomie”, que traz obras da artista
Tomie Ohtake e de mais onze grandes nomes da mesma
origem da artista.
Durante a exposição será exibido o documentário
“Tomie” da importante cineasta brasileira Tisuka Yamasa-
ki, também amiga e admiradora da artista plástica. O filme
relata em 35 minutos um pouco da trajetória artística e
muito sobre a mulher, moradora da região, que aos 23
anos saiu do Japão para visitar o irmão no Brasil e se en-
cantou pelo país, onde construiu sua vida, teve dois filhos,
começou a pintar aos 40 anos e eternizou seu nome como
a Grande Dama do Abstracionismo.
Data: Até 18 de abril de 2015Horário: De segunda a sexta, das 9h às 22h; aos sábados, das 9h às 12hLocal: Salão de Exposições UNIFIEO - Av. Franz Voegeli, 300 - Bloco Branco - Térreo - Vila Yara - Osasco
52 Full TimeM A G A Z I N E
Agenda
ESCRITORES DA REGIãO
Angela La Rosa é escritora de onze títulos publicados, sendo dez sobre sustentabilidade para crianças
de 7 a 9 anos. No conto de “Serena”, aborda a questão da importância da vida marinha, pois é responsável
pela maior parte do oxigênio terrestre. “Rosa Morena”, a questão do amor e gratidão à mãe Terra. “Gama, A
Estrela”, questão do ar limpo, céu azul. Aa obras podem ser adquiridas na editora Ciranda Cultural, localizada
na Av. Rio Negro, em Alphaville. Informações: 3761-9500.
Em 2013, a atriz e jornalista Carolina Faria escreveu o livro “Casos Reais”, um retrato
sobre a realidade de vida. Um livro de superação, que traz variados relatos - são mais de 50 -
de ex-usuários de drogas, abuso sexual, cura pela fé, doenças, morador de rua, entre outros.
A obra, cuja segunda edição foi lançada na Bienal do livro em 2014, faz parte de uma obra
social da CAJEC (Casa José Eduardo Cavichio) que trata crianças e adolescentes com câncer,
e pode ser adquirida através do site www.carolinafariajornalista.com
Em tempos de economia instável, o granjeiro
Jaques Grinberg Costa acaba de lançar “84 perguntas que vendem”.
Este livro aborda como aprimorar as habilidades de comunicação em
vendas, como potencializar os seus resultados com o coaching, es-
tabelecer conexão e empatia com o comprador, identificar antecipa-
damente os desejos de quem compra, direcionar e negociar a venda
a partir de respostas do cliente, fechar negócios de forma assertiva,
mensurar resultados e estipular metas, criar o ambiente propício ao
fechamento do negócio, desenvolver argumentos irrefutáveis, ofe-
recer soluções imediatas para problemas, agregar valor a produto,
maximizar resultados, superar objeções.Em www.youtube.com/watch?v=qLW75Tg4VIc, há um vídeo sobre o livro. Saiba mais em www.jgctreinamentos.com.br.
LITErATurA
MAIO FOTOGRAFIA NO MIS 2015
Anualmente, o Museu da Imagem e do Som de São Paulo dedica um espaço na agenda de programação
para mostras exclusivamente de fotografias com obras de artistas nacionais e internacionais. Em 2015, um dos
destaques é a mostra Vivian Maier II – In Her Own Hands, inédita mundialmente. Além de Vivian Maier, o Maio
Fotografia no MIS 2015 apresenta outras seis exposições: Perto do rio tenho sete anos, do fotógrafo baiano
André Gardenberg, com curadoria de Diógenes Moura; Rastros (Traces) do holandês brasileiro radicado em
Paris Roberto Frankemberg; uma instalação da agência FCB inspirada na obra de Vivian Maier e a mostra co-
letiva mObgraphia. Completam a exposição Formas Urbanas, de Igor
Garbin, um dos artistas selecionados pelo programa Nova Fotografia
2015 e Lambe-lambe - Um retrato dos fotógrafos de rua na São Pau-
lo dos anos 70, elaborada a partir do acervo do MIS e que celebra os
45 anos da criação do museu. Integrando a programação, acontece
o IV Encontro Pensamento e Reflexão na Fotografia, realizado em
parceria com o Estúdio Madalena entre os dias 28 e 31 de Maio.Data: de 21 de abril a 14 de junhoHorário: de terça a sábado, das 12h às 21h; aos domingos e feriados, das 11h às 20hLocal: Museu da Imagem e do Som - Avenida Europa, 158 - Jardim Europa - São Paulo
fOTOgrAfIA
54 Full TimeM A G A Z I N E
Agenda
CurSOS CURSO DE CULINáRIA VEGAN
Receitas básicas: preparando a proteí-
na de soja, hamburger, bife, leites vegans,
empanados sem ovos, bolo de frutas, pão-
sem-queijo...
Aula 100% prática com receitas simples,
fáceis e econômicas e com ingredientes que
se encontram nos supermercados!
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BRINDE!
Pagando a aula, você disponibiliza a
oportunidade de aulas grátis em ONGs de
jovens e pessoas carentes em geral, além de
demonstrações em feiras e eventos de di-
vulgação do veganismo.Mais informações e próximas datas: http://www.lauravegan.com/p/aulas-de-culinaria.html
CURSO “OPERANDO FIBONACCI NA ANÁLISE TÉCNICA COMO UM TRADER PROFISSIONAL”
Curso beneficente para o Instituto Cisne, edição 2015
Ministrado pelos traders André Machado e Marco Aurélio Rossi, o curso vai abordar Fibonacci como
ferramenta de auxílio do trading, além de psicologia do mercado, estudos práticos e outros. As vagas são
limitadas e toda renda será revertida para o Instituto Cisne - organização do 3º setor, sem fins lucrativos e
de utilidade pública federal que, desde a sua fundação,
em 1986, atende crianças, jovens, adultos e idosos
com limitação de autonomia psicossocial.
Investimento: R$ 750Data: 25 de abril, das 9h às 18h - Happy hour na sequênciaLocal: Instituto Cisne – Av. São Camilo, 3330Informações: www.institutocisne.org.br
56 Full TimeM A G A Z I N E
Curtas Região
A AETEC - Associação dos Arquitetos Engenheiros e Técnicos
de Cotia recebeu, no dia 27 de fevereiro, o empreendedor em re-
síduos e reciclagem Francisco Luiz Biazini Filho para uma palestra
sobre lixo zero. Ele, que é representante do Instituto Lixo Zero
Brasil em São Paulo, apresentou os aspectos legais e as melhores
práticas para destinação dos resíduos sólidos.
“Para nós o lixo tem pai e mãe. O pai é o consumo, em uma
economia com processos de produção linear, que começa na ex-
tração do recurso e termina no aterro ou na queima do rejeito.
A mãe é a irresponsabilidade de todos nós que acreditamos que
existe um lugar para onde este lixo vai, e que este lugar é fora
deste planeta. A busca de soluções para a questão dos resíduos
é um desafio mundial, e temos no Brasil a responsabilidade de
criar mecanismos inovadores e sustentáveis, que considerem os
catadores e as cooperativas como parceiros privilegiados. Na
construção de um modelo econômico circular, onde os rejeitos
de um processo se tornem matéria prima de outro, devemos nos
espelhar na natureza, onde, como dizia Lavoisier: Nada se cria e
nada se perde, tudo se transforma”, defende.
O Instituto Lixo Zero Brasil é movido pelo desafio de divulgar
e promover o Conceito Lixo Zero através de ações mobilizado-
ras, contribuindo com o futuro da sociedade com competência,
ética, cordialidade e respeito ao meio ambiente. O conceito Lixo
Zero define que devemos envidar todos os esforços para desviar
qualquer material de aterros ou incineradores, fazendo-os voltar
ao processo produtivo. Na Itália já acontece uma transformação
neste sentido, são mais de 300 municípios se dirigindo ao Lixo
Zero, diminuindo drasticamente o envio para o aterro, incenti-
vando a criação de muitas empresas, gerando milhares de em-
pregos, e reduzindo em até 40% o custo da gestão de resíduos, e
muito importante, com todo o apoio da população.
O palestrante também é diretor da RedeResíduo, uma em-
presa sediada em Cotia com a missão de aplicar a inovação na
gestão e comercialização de resíduos sólidos, criando redes faci-
litadoras de negócios para recicladores e geradores de resíduos
que desejam comercializá-los ou destinar corretamente os rejei-
tos usando o módulo de comercialização/leilão online.
(Leia entrevista nesta edição)
Lixo Zero e resíduos: aspectos legais e melhores práticas
58 Full TimeM A G A Z I N E
Curtas Região
No Dia Internacional da Água, aconteceu a 2ª CantAção das Águas
no Morro Grande, repetindo a iniciativa realizada em outubro de 2013,
quando cerca de vinte pessoas se organizaram para retirar resíduos da
Cachoeira da Graça, ao som de muita cantoria. O Movimento Vivo Morro
Grande, Transition GV, MDGV, comunidade escolar local, pesquisado-
res e cidadãos eco-sensibilizados comemoraram o dia 22 de março com
consciência, alegria, união, proteção, inclusão e respeito à água.
O local da cachoeira é exuberante, com grande potencial de lazer
e educação ambiental, porém muitos frequentadores deixam grande
quantidade de lixo na área, assim como objetos e resíduos provenientes
de cerimônias das religiões afrobrasileiras. Todo esse material, deposita-
do nas águas e matas ciliares, gera poluição no meio ambiente, criando
riscos para a saúde e repulsa dos usuários que deixam de usufruir das
belezas naturais que ali existem.
A Reserva do Morro Grande é uma das maiores florestas urbanas do
mundo, apresentando vegetação de Mata Atlântica em vários estágios,
trechos de cerrado e muita água. Protegida desde 1912, abriga cerca
de 10.600 hectares e forma um importante corredor ecológico ligado à
Serra do Mar seguindo até o Paraná.
O vertedouro da Graça integra o Alto Cotia, importante manancial
que abastece cerca de 500.000 pessoas, produzindo água para seis mu-
nicípios e protegido pela Reserva do Morro Grande sob gerência da
SABESP. Se existe a intenção de se limpar os rios de São Paulo, mediante
tamanha crise hídrica, é preciso iniciar pelas suas cabeceiras e o Alto
Cotia se encontra em lugar estratégico e preservado.
A Foto Escola Teoria das Cores participou e registrou as fotos do
evento.
2ª CantAção das Águas na Cachoeira da graça
“Lei do Silêncio” é aprovada em Cotia
A Câmara Municipal de Cotia aprovou, no dia 13 de mar-
ço, o projeto de lei 39/2014. Conhecido como Lei do Silêncio, o
projeto regulamenta e prevê fiscalização contra a poluição sono-
ra em estabelecimentos públicos e particulares na cidade. Estão
sujeitos a penalidades e serão considerados irregulares ruídos
ou sons gerados por qualquer meio mecânico, eletromecânico e
eletromagnético, que apresentem características vocais, gestuais,
musicais, instrumentais ou similares, classificados nocivos ou pe-
rigosos, que provoquem
perturbação do bem es-
tar do cidadão ou alterem
o sossego.
60 Full TimeM A G A Z I N E
Curtas Mundo
Avião solar inicia volta ao mundo sem combustível
Na segunda-feira, dia 9 de março, decolou de Abu Dhabi o avião Solar Impulse 2, que iniciou uma volta
ao mundo exclusivamente com energia solar. O modelo, batizado de SI 2 (Solar Impulse 2) é propulsado por
mais de 17 mil células solares embutidas em suas asas de 72 metros, quase do
tamanho de um Airbus A380. O avião, feito de fibra de carbono, pesa apenas
2,5 toneladas, menos de 1% do peso de um Airbus e vai percorrer, no total, 35
mil quilômetros, a uma velocidade média considerada modesta, entre 50 e 100
quilômetros por hora. A altitude máxima será de 8.500 metros. A aventura deve
demorar cinco meses, sendo 25 dias de voos efetivos. A volta está prevista para
o final de julho ou início de agosto. O avião é pilotado por dois suíços, Bertrand
Piccard e André Borschberg, que trabalharam doze anos no projeto. Eles disse-
ram que esta missão visa a “promover o uso de tecnologias verdes e contribuir
para a luta do aquecimento climático”.
Maior reserva de água doce do mundo baixa nível
O nível do Lago Baikal - no sul da Sibéria, na Rússia -, maior reserva de água doce do mundo, baixou
para um nível considerado crítico, aumentando os temores de escassez para a
população e de consequências negativas para o ecossistema. “O nível caiu dois
centímetros abaixo dos 456 metros acima do nível do mar, o mínimo aceitá-
vel de acordo com o governo”, disse Arkady Ivanov, da ONG Greenpeace. As
autoridades da Buryatia, uma das regiões russas que fazem fronteira com o
lago, tinham alarmado para a situação em janeiro. O departamento local do
Ministério de Situações de Emergência russo anunciou que colocou o “estado
de alerta” para monitorização do abastecimento de água das aldeias vizinhas,
que estão em risco de escassez.
Emissões de CO2 param de subir
Relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado em março, aponta que as emissões
globais de dióxido de carbono (CO2) do setor de energia pararam de subir em 2014. Isso é a primeira
vez que acontece em 40 anos. A AIE, que tem como foco o aconselhamento dos governos de países
desenvolvidos, afirmou que a paralisação do crescimento das emissões está ligada a padrões ecológi-
cos de consumo de energia na China, o maior país emissor de carbono, à frente dos Estados Unidos,
e em nações desenvolvidas
UE lidera importação de produtos de áreas desmatadas
A União Europeia é a maior importadora de mercadorias retiradas de áreas ilegalmente desmatadas em
florestas tropicais. É o que revelou um estudo divulgado
pela Fern, ONG que faz parte da coalizão europeia Forest
Movement Europe. A análise, intitulada “Bens roubados: a
cumplicidade da UE no desflorestamento tropical ilegal”,
aponta Holanda, Alemanha, Reino Unido, França e Itália
como líderes na lista negra do comércio internacional. Jun-
tos, os países da União Europeia importaram em 2012 cerca
de 6 bilhões de euros em carne, couro, soja e óleo de palma
extraídos de áreas desmatadas clandestinamente em países
como Brasil, Indonésia, Malásia, Paraguai, Argentina e Uru-
guai. Para contornar o problema, o Brasil está implantando o
Sistema Nacional de Gestão Florestal. Trata-se de uma base
de dados integrada com informações sobre a origem do
produto florestal que os estados serão obrigados a fornecer, e que será gerido pelo Ibama. O programa está
em fase de testes e deve entrar em uso piloto até o meio do ano.
62 Full TimeM A G A Z I N E
Curtas Brasil
Capacidade do Cantareira
A Sabesp passou a disponibilizar mais uma forma de visualização
do cálculo de medição do armazenamento de água do Sistema Can-
tareira. Até então, no gráfico e no boletim divulgados diariamente, era
apresentado o índice que considera como resultado a divisão entre
volume útil de água armazenado no dia e o volume útil total do sis-
tema. A partir de agora, a Sabesp vai apresentar também um gráfico
considerando o volume útil e o volume útil acrescido dos volumes au-
torizados, pelo órgão regulador, referentes às reservas técnicas I e II
(182,5 milhões de metros cúbicos + 105 milhões de metros cúbicos,
respectivamente), especificando o volume total do sistema para cada
situação. As duas formas de medição podem ser encontradas em http://www2.sabesp.com.br/mananciais/DivulgacaoSiteSabesp.aspx.
A iniciativa faz parte da estratégia da Companhia de dar ainda
mais transparência às informações sobre índices de mananciais e em
atendimento à recomendação do Ministério Público para que fossem
detalhados, em formato gráfico, os volumes existentes armazenados.
Protestos pelo Brasil
Milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo participaram, no dia 15 de março, de manifestações por todo o país.
Os protestos foram organizados por diferentes grupos, através das redes sociais, e a maioria pedia pelo fim da corrupção.
Houve grupos que reivindicaram a saída da presidente Dilma Rousseff e gritaram contra o PT. Refrãos em defesa da Pe-
trobras também foram ouvidos. As concentrações foram marcadas para diferentes horários ao longo do dia. Pela manhã,
houve grandes grupos no Rio de Janeiro, em Brasília, em Salvador, em Belo Horizonte, em Recife, em Fortaleza e Aracaju.
À tarde, em São Paulo, mais de 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar, foi à Avenida Paulista. Cidades do interior
também registraram manifestações.
Leilão de reserva vai contratar energia solar e eólica em novembro
O Ministério de Minas e Energia vai fa-
zer um leilão para a contratação de energia
de reserva no dia 13 de novembro. Neste
leilão, a energia contratada deverá ser ge-
rada por fontes solar fotovoltaica e eólica.
Os contratos negociados no leilão terão
prazo de 20 anos, com início de suprimento
em novembro de 2018, segundo informou
a Agência Brasil. Os empreendedores in-
teressados em participar do leilão deverão
cadastrar seus projetos junto à EPE entre os
dias 4 de maio e 18 de junho.
Água: manual de sobrevivência para a crise
O livreto ilustrado “Água: Manual de Sobrevivência para a Crise” foi produ-
zido de forma colaborativa pelos vários grupos e especialistas que compõem a
Aliança pela Água e traz, em linguagem simples, dicas práticas de economia de
água no dia-a-dia, como reutilizar água com segurança e como sobreviver se a
torneira secar de fato. A publicação tem 7 capítulos, que respondem a pergun-
tas como por que está faltando água e como preparar-se para a emergência,
além de detalhar práticas de economia máxima, estratégias para o momento de
colapso, orientações de saúde e informações sobre fontes alternativas de água.
O manual funciona de forma coordenada a outros materiais e aplicativos que
já existem, como o Cadê a Água?, desenvolvido pelo Instituto Socioambiental
(ISA) em apoio à Aliança, que permite que as pessoas denunciem a falta d’água
em suas casas, ajudando a mapear e comunicar a dimensão da crise. Nos pró-
ximos meses, o “Água: Manual de Sobrevivência para a Crise” será lançado em
versão impressa e em forma de app para celulares e tablets. Por enquanto, está
disponível no site www.aguasp.com.br.
64 Full TimeM A G A Z I N E
Sonhos
Todos os seres humanos adultos deste planeta,
já ouviram falar em leitura das linhas das mãos. Você
pode até não acreditar, mas com certeza alguém já
lhe disse que onde tem fumaça, há fogo! E eu, den-
tro da minha humilde, mas honrosa forma de ajudar
o mundo, tenho tentado ensinar estes segredos para
que não desapareçam nas brumas da internet e das
religiões insinuadoras sobre os que não lhes interes-
sam financeiramente. Na internet estão expostas to-
das as linhas e sinais existentes nas mãos, e olhe que
são 444 na mão da leitura e mais 333 na mão do apoio.
Porém, na prática, todos este sinais, linhas, desenhos
e números são agregados ao consciente do aprendiz
apenas quando ele começa a sentir o liberar das suas
vibrações, porque todas informações a serem expres-
sas estão nesta forma de comunicação que o corpo
nos oferece. E isto, esta sensibilidade telepática, apa-
rece assim que nos conectamos à pessoa que ofereceu
a mão para ser analisada.
Aproveite este momento para conhecer algumas
características das mãos e ao cumprimentar algumas
pessoas já suas conhecidas, você verá como vai lhe pa-
recer lógico e muito claro este conhecimento.
Mãos frias revelam uma pessoa generosa, mas
medrosa e passional.
Mãos quentes mostram pessoas corajosas e extro-
vertidas, mas volúveis.
Mãos disformes revelam criatividade, mas incons-
tância.
Mãos úmidas são de pessoas persuasivas e per-
ceptivas, mas desanimadas.
Mãos secas são de pessoas confiáveis, mas violen-
tas e irritantes.
Sonhos e quiromancia
Sonho do mêsA artista americana, Marylin Monroe, que morreu aos 36 anos, sonhou, quando ainda estava no internato, que uma serpente enorme, lhe oferecia uma maçã, no meio a muitos pés de frutas, como se ela fora a Eva no Paraiso. Se eu fosse lhe responder, eu diria: Querida Jeane, nesta época ela ainda se chamava “Norma Jeane Baker”. Cobra grande significa amigos confiáveis, pés de frutos é a realização dos sonhos, desde que buscados, e maçã é o símbolo do amor oferecido. Todos arquétipos apresentados são adultos e bem dispostos, portanto vá a luta que a vitória te espera. Faria até um versinho: / Moça bonita e Serpentes são Pecados Capitais, mas se a oferta é Caliente, o Futuro é muito mais. /Como Zugon Villar ainda não tinha esta página naquela época, ela pediu a Catherine Loui, sua amiga freira, que lhe traduziu mais ou menos da seguinte forma: Vá trabalhar na fábrica de armas, que Davis Conover, um fotógrafo da revista Yank, vai te fotografar e te levar, através de alguns labirintos, para Hollywood. Claro, disse com outras palavras. E foi assim que ela se tornou a mulher mais festejada do mundo. Venha nos conhecer: todas as primeiras quartas feiras do mês, às 20hs, você pode assistir gratuitamente, uma aula de quiromancia à Rua Alferes Magalhães, 347 - pertinho do metrô Santana.
Escola de Anjos – facebook zugon.villar
64 Full TimeM A G A Z I N E
ANUNCIE NAS REVISTAS EXCLUSIVAS DOS
MAIORES CONDOMÍNIOS DA GRANJA VIANA!
Full TimeM A G A Z I N E
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