FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICA – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2012
Título: Compreensão e Interação da Arte Contemporânea via Instalação.
Autor Maria Angélica Coelho Vieira Ribeiro
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Arte
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Adolpho de Oliveira Franco de Ensino Fundamental e Médio
Município da escola Astorga
Núcleo Regional de Educação Maringá
Professor Orientador Profº Drº Marcos Cesar Danhoni Neves
Instituição de Ensino Superior UEM
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Resumo
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
O fato dos estudantes possuírem grande resistência e incompreensão sobre arte contemporânea leva-os a concluírem o Ensino Médio sem compreenderem a arte de seu tempo, bem como seu valor como instrumento para identificação cultural e desenvolvimento individual, estes fatos levaram-me ao desenvolvimento deste projeto o qual objetiva tornar estes estudantes mais conscientes da sociedade de que são integrantes. Sendo assim procuro leva-los através do universo da arte contemporânea e do fazer artístico a repensar seus atos, tornando-os adultos críticos, seres contextuais, não anacronizados.
Para que isso se efetive é necessário abordar, mesmo que de forma sucinta, os movimentos contemporâneos e suas características nas últimas quatro décadas, enfatizando as relações da arte com a vida cotidiana.
Usando a pesquisa o aluno também analisará os artistas para poder entender seus processos e consequentemente seus objetivos. Para que este processo se efetive nada melhor que a vivência pessoal, teórica e prática, daí a proposta da elaboração de uma obra instalacional construída pelos alunos dentro do ambiente escolar.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Compreensão, Interação e Instalação.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo
(indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)
Alunos do Ensino Médio
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COMPREENSÃO E INTERAÇÃO DA ARTE CONTEMPORÂNEA VIA
“INSTALAÇÃO”
1 APRESENTAÇÃO
.
Esta unidade didática objetiva esclarecer desde o conceito, passando
pelas diferentes linguagens e processos até chegar a produção da arte
contemporânea. Abordarei as possíveis causas da insistente incompreensão das
linguagens próprias deste período, para então poder compreender a necessidade de
sua interação com o nosso dia a dia.
Faz-se necessário, para esta compreensão, voltarmos em alguns
momentos da historia da arte para que se consiga fazer uma conexão, entre os
conceitos de arte que foram influenciados pelos momentos históricos e sociais de
seu tempo e os contemporâneos, os quais também são influenciados pelo mundo
contemporâneo.. “A idéia de uma arte que se confunda com a vida é muito difícil de
assimilar porque nossos repertórios ainda são informados por muitos traços
conservadores, alguns deles pré-modernos.” (COCHIARALE, p. 68)
A escolha do tema Arte Contemporânea é decorrente do fato de estar
presente no currículo escolar, contudo não ser devidamente abordada, sendo assim,
os estudantes deixam a escola sem compreender a arte de seu próprio tempo, sem
a compreensão de que as “idéias” na arte sempre tem uma historia e que vinculadas
com muitas outras práticas elas adquirem seu “sentido”.
Na tentativa de eliminar essa lacuna existente na disciplina de arte, no
ensino médio, fiz a opção de trabalhar com unidade didática em turmas do ensino
médio, onde tentarei leva-los a fazer uma reflexão sobre arte contemporânea para
que à compreendam, podendo assim interagir com ela.
Tendo também por objetivo desenvolver o pensamento crítico reflexivo dos
alunos em relação à Arte Contemporânea, para tanto será proposto como atividade
a elaboração de uma Instalação. Selecionei esta linguagem por sua relevância no
panorama da arte contemporânea, pois é volátil, efêmera e questiona o espaço e o
tempo refletindo assim o mundo atual.
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Este material é destinado à turmas do Ensino Médio do Colégio Adolpho de
Oliveira Franco 1º e 2º Graus, na cidade de Astorga pertencente ao Núcleo
Regional de Educação da cidade de Maringá.
2 PROCEDIMENTOS/MATERIAL DIDÁTICO
ATIVIDADE 1
Conteúdo: Arte Contemporânea.
Tempo: 1 aula
Recursos: Texto impresso para alunos.
Nesta primeira atividade será dada uma introdução sobre arte
contemporânea através da leitura e analise da citação de Archer.
Procedimentos: Ler e analisar citação a baixo;
Quem examinar com atenção a arte dos dias atuais será confrontado com
uma desconcertante profusão de estilos, formas, praticas e programas. De
início, parece que, quanto mais olhamos, menos certezas podem ter
quanto àquilo que, afinal, permite que as obras sejam qualificadas como
“arte”, pelo menos de um ponto de vista tradicional. Por um lado não
parece haver mais nenhum material particular que desfrute do privilégio de
ser imediatamente reconhecível como material da arte: a arte recente tem
utilizado não apenas tinta, metal e pedra, mas também ar, luz, som,
palavras, pessoas, comida e muitas outras coisas. Hoje existem poucas
técnicas e métodos de trabalho, se é que existem, que podem garantir ao
objeto acabado a sua aceitação como arte. Inversamente, parece, com
freqüência, que pouco se pode fazer para impedir que mesmo resultado
das atividades mais mundanas seja erroneamente compreendido como
arte. Embora a pintura possa continuar sendo importante para muitos, ao
lado dos artistas tradicionais há aqueles que utilizam fotografia vídeo, e
outros que se engajam em atividades tão variadas como caminhadas,
apertos de mão, ou o cultivo de plantas.
Em 1961 no início de uma década em que todas as idéias anteriores
sobre a arte seriam postas à prova, o filosofo Theodor Adorno iniciava sua
Teoria Estética com a seguinte afirmação:
“Hoje aceitamos sem discussão que, em arte, nada pode ser entendido
sem discutir e, muito menos sem pensar.”
(ARCHER, M. 2001, prefacio.)
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Ler e analisar criticamente o texto, buscando identificar de maneira
simples e sucinta as mudanças que ocorreram na Arte, até a sua solidificação como
Arte Contemporânea, de acordo com os aspectos apresentados no texto acima. Na
seqüência será feito um debate, sobre o assunto, com os alunos.
Avaliação:
Identificar em que nível está o entendimento do aluno sobre os aspectos
da Arte Contemporânea, visando analisar se conhecem algum artista, ou referências
em relação ao assunto.
ATIVIDADE 2
Conteúdo: Modernismo
Recursos: Data show.
Tempo: 1 aula
Procedimentos: Fazer uma introdução do Modernismo e seus principais
períodos artísticos, os quais são imprescindíveis para um melhor entendimento da
arte contemporânea e consequentemente das Instalações.
Fazer leitura e análise do material: “Texto para Analise do Modernismo.”
Avaliação:Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator
de transformação.
TEXTO PARA ANALISE SOBRE MODERNISMO
Todos os movimentos contidos no modernismo rejeitam o domínio do
Naturalismo e do Academicismo em favor da arte experimental compartilhando “do
sentimento de que o mundo havia se transformado completamente, exigindo da arte
uma total renovação por meio do confronto ou da exploração da própria idéia de
modernidade.” (LITTLE, 2010, p. 98)
No Modernismo as coisas restringem-se ao que ela significa, ou seja, não
há simbolismos. De modo geral, a visão particular do artista tinha papel
preponderante. Segundo Cocchiarale o Modernismo ao se interessar apenas pelo
mundo das formas mostra que buscam certo tipo de racionalidade e de
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funcionalidade essenciais a serem alcançados. Partem em busca da pureza, sendo
assim obrigados a abstraírem as formas naturais que escondiam elementos
plásticos, a destruir formas da natureza e substituí-las pelas formas da arte. A arte
moderna, pelo menos em suas versões dominantes, privilegiou estratégias
expressivas anti-discursivas, ou de suspensão do discurso. Problematizando a
relação tradicional entre modalidades oratórias e mimesis visuais estabelecidas (no
Ocidente) pelo humanismo clássico, estabelecendo um “princípio de indiferença”
entre o visível e o dizível.
Outro elemento a ser levado em consideração é o fato de que, segundo
Archer, no inicio dos anos 60 era possível pensar nas obras de arte como
pertencentes a duas categorias: pintura e escultura. Contudo esta certeza passa a
ser desafiada pela performance futurista e os eventos dadaístas provocando mais
incompreensão.
Para Cocchiarale (2006, p. 33), significa que:
Se a idéia ou a invenção qualifica a autoria o artista não
mais precisa, necessariamente, fazer as obras com suas
próprias mãos. A arte moderna se nutriu do processo de
montagem ou construção daquele período. (COCCHIARALE,
F.2006 p. 33)
A partir desta época, com o surgimento de artistas contemporâneos deu-
se inicio aos primeiros questionamentos e críticas a interpretação formal, como por
exemplo o artista Marchel Duchamp quando questiona, através de seu trabalho o
que é uma obra de arte, propondo um novo método para sua realização o qual partia
de idéias, ao invés de partir de assuntos do cotidiano. Duchamp, segundo Giulio
Carlo Argan, através de sua obra protesta contra o conceito “sacro” da “obra de
arte”. "Arte Moderna" não significa arte contemporânea, ou então arte do nosso
século ou dos nossos dias. “Há um período, ao qual atualmente nos referimos como
o das Fontes do século XX”, em que se pensou que a arte, para ser arte deveria ser
moderna, ou seja, refletir as características e as exigências de uma cultura
conscientemente preocupada com o próprio progresso, desejosa de afastar de todas
as tradições voltadas para a superação continua de suas próprias conquista. A arte
deste período é também conhecida como modernista. (ARGAN, G. C. 1987 p. 49)
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O Modernismo no Brasil teve início com a Semana de Arte Moderna, no
Teatro Municipal de São Paulo, aberta dia 11 de fevereiro de 1922. Mas porque
1922?
É o ano do centenário da Independência do Brasil, cem anos se
passaram do “Grito do Ipiranga, portanto, já era tempo de questionarmos se o país
estava mesmo livre e se toda a população participava de uma sociedade realmente
democrática. Da Semana de Arte Moderna de 1922, uma iniciativa dos artistas e
intelectuais participantes, nasceu a consciência de uma arte Nacional. Os
participantes da Semana foram:
Na pintura: Anita Malfati, Ferrignac, J.F. de Almeida Prado, John Graz,
Martins Ribeiro, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita.
Na Escultuara: Victor Brecheret, W.Haarberg. (PARANÁ, 2006, p. 221)
ATIVIDADE 3
Conteúdo: Movimentos artísticos do Modernismo.
Procedimentos: Ler e analisar os movimentos artísticos inseridos no
modernismo a partir do movimento Fauvismo.
Tempo: 4 aulas
Avaliação: Através de questionamentos sobre os movimentos no decorrer
da analise do texto para constatar se houve compreensão do mesmo.
SÍNTESE DOS MOVIMENTOS ARTÍSTICOS DO MODERNISMO A
PARTIR DO FOUVISMO
FAUVISMO
O termo fauves (feras, em francês) deu origem ao termo.
O Fauvismo abrangeu um numero pequeno de artistas que trabalhavam
na França entre 1898 e 1908. É uma corrente artística do inicio do séc. XX. que
buscava a máxima expressão pictórica não seguindo o cânone impressionista da
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época, desenvolvendo-se entre 1905 e 1907. Os artistas desta corrente buscavam a
pureza das formas vívidas, ausência de detalhes, imagens planas luminosamente
padronizadas, não se prendia as cores reais e as sombras eram representadas com
um tom mais escuro de uma cor. A partir do momento em que os fauves passaram
a explorar aspectos individuais de seus estilos houve a dissolução do grupo.
Artistas: André Derain, Kees Van Dongen, Henrri Matisse, Georges Rouault e
Maurice de Vlaminck. (LITTLE. 2010 p.100)
A imagem selecionada abaixo ilustra a obra de André Derain, aqual foi
pintada em 1906, simplificando o tema de suas paisagens em um padrão mais
colorido, que achata inteiramente a cena. Não possui profundidade. Sombras e luzes
são mostradas com cores diferentes. Os fauves não se prendiam a cores reais dos
temas. Como resultado, as pinturas parecem superfícies planas luminosamente
padronizadas, características que se observa na obra “Ponte sobre o Riu (figura 1)
(LITTLE. 2010 p.101)
Figura 1: Ponte sobre o Riu de André Derain, de 1906.
Fonte: Escola virtual de artes plásticas.
PRIMITIVISMO
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Tendência muito difundida na arte moderna. Os modernistas exploravam
coleções etnográficas de grandes museus e a arte de culturas estrangeiras em
busca de obras “primitivas” que os inspirassem a rejuvenescer a arte ocidental.
.Primitivismo inclui a arte expressiva, não acadêmica, criada dentro da tradição
ocidental-xilogravuras medieval e gravuras góticas, em particular. (LITTLE, 2010
p.102).
Artistas – Paul Guauguin, Paul Cesane, Alberto Giacometti e Constantin
Brancusi. (LITTLE, 2010, p.103).
Primitivismo no Brasil:
No Brasil, a redescoberta da arte primitiva é importante para alguns
artistas modernistas como Tarsila do Amaral (1886-1973), que busca não apenas as
cores e simplicidade de linguagem da arte popular brasileira como se interessa pelo
universo fantástico dos mitos indígenas. Vicente do Rego Monteiro (1899-1970) é
influenciado pela estilização geométrica e ornamentação da cerâmica marajoara.
Alfredo Volpi (1896-1988) também se torna conhecido por sua aproximação à cultura
popular e aos pintores primitivos italianos pré-renascentistas. No caso de Djanira
(1914-1979), observa-se não apenas a predileção por temas comuns à pintura naïf
como a influência de sua composição pictórica. Nota-se ainda a atuação do crítico
de arte Mário Pedrosa (1900 - 1981), defensor da criação do Museu do Índio, Museu
de Arte Virgem e do Museu de Arte Popular como integrantes do Museu das
Origens, projeto não realizado para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro -
MAM/RJ. (ITAU CULTURAL, 2012.)
Na imagem abaixo se observa à influência do primitivismo na obra de
Tarsila, as superfícies planas, cores fortes e busca da simplicidade de linguagem da
arte popular.
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Imagem 2 - A Cuca de Tarsila do Amaral, de 1924.
Fonte: Blogspot.com
EXPPRESSIONISMO
Movimento artístico onde os artistas sentiam muito intensamente o
sofrimento humano, pobreza, violência e paixão, por conta destes sentimentos
acabavam por achar que a insistência na harmonia e beleza em arte somente
nascera de uma recusa em ser sincero. Queriam enfrentar os fatos como sentiam e
assim expressarem sua compaixão pelos deserdados e os feios. (GOMBRICH, 1985
pg.449). Segundo Gombrich “para eles o que importava em arte não era a imitação
da natureza, mas a expressão de sentimentos através da escolha de cores e linhas
(...)”. (GOMBRICH, 1985 p. 451).
O Expressionismo tem por características as cores fortes; distorção;
abstração; comunidade; alienação; crítica social; disfarce e purificação. (LITTLE,
2010 p. 104).
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Expressionismo no Brasil:
O expressionismo surge nas obras de artistas brasileiros antes da
grande explosão do Modernismo. As obras de Lasar Segal, Candido Portinari
e Anita Malfatti possuem características expressionistas como deformação,
exagero da realidade, liberdade de técnicas, distorção de imagens e não
utilização de técnicas convencionais. Candido Portinari retratou em suas telas
a migração do povo nordestino para as grandes cidades e a vida dos
agricultores, operários e desfavorecidos, Anita Malfatti com cenas populares
do cotidiano e paisagens usando cores fortes e violentas, Lasar Segal que é
considerado o primeiro artista a introduzir o expressionismo alemão em
território sul-americano e Oswaldo Goeldi com suas gravuras. (SUA
PESQUISA, 2012)
A obra O Grito abaixo ilustrada traduz o grito da natureza humana,
um horizonte conturbadas por uma das maiores e mais antigas sensações
humanas: o medo. Para Edward Munch a arte não deveria representar o
mundo das aparências, e sim o mundo interior das pessoas. (PARANÁ, 2006
p. 27)
Figura 3: O Grito de Edvard Munch, de 1895.
Fonte: Blogspot.com
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CUBISMO:
A origem do movimento do Cubismo remonta a 1901, tendo como
precursor o artista Cézane o qual usava vários pontos de vista em uma única
pintura. Os artistas que iniciaram este movimento foram: George Braque (1882-
1963) e Pablo Picasso (1881-1973). As características principais do cubismo eram:
representar as figuras de vários pontos de vista simultaneamente, as figuras eram
achatadas em formatos que se multiplicavam pela tela, as cores eram suavizadas,
as figuras tendiam a geometrização. O Cubismo foi classificado como “analítico”
quando era baseado na observação de um tema e “sintético” quando baseado em
técnicas artísticas como a colagem. Artistas que participaram deste movimento: o
espanhol Pablo Ruiz Picasso (1881-1973), que criou obras como Guernica, George
Braque (1882-1963), Juan Gris (1887-1927) e Fernad Leger (1881-1955), Fernand
Leger, Juan Gris, Albert Gleizes e Jean Metzinger. (LITTLE, 2010 p.107).
Conforme coloca Argan (1987) o movimento do cubismo coloca explicitada
mente a questão da renúncia à função decorativa, do retorno à visão de análise e da
severa objetividade da forma, a renovação da linguagem e também do sistema de
signos, bem como da técnica. Enfim retoma o problema da forma e espaço no ponto
que Cézanne havia deixado.
Cubismo no Brasil:
No Brasil o cubismo tomou vulto somente após a Semana de Arte
Moderna de 1922 que ocorreu em São Paulo, no Teatro Municipal. Muitos
pintores brasileiros foram influenciados por esse movimento apresentando
características do cubismo em suas obras. Pode-se citar: Tarsila do Amaral,
Anita Malfati, Di Cavalcante e Rego Monteiro. (SUA PESQUISA, 2012)
A imagem da obra de Pablo Picasso, Lês demoiselles d’ Avignon,
abaixo ilustrada, por muitos considerado o primeiro sinal da pintura
cubista.(GULLAR,1985 p.5)
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Figura 4: Lês Demoiselles a’Avignon de Pablo Picasso, de 1907.
Fonte: Portal Dia a Dia Educação
FUTURISMO
O futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20
de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano
Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o
passado. Caracterizou-se por uma “agressiva celebração da tecnologia moderna, da
velocidade e da vida urbana, defendiam o “novo” e passaram a desprezar as
tradições da arte ocidental. As obras futuristas têm por características a velocidade;
energia; agressão; linhas de força, arma, progresso, multidões e tecnologia, as quais
estão nitidamente demonstradas na obra “Trem Blindado em Ação” ( figura 5).
(LITTLE, 2010 p.108).
Concluindo [...] “o futurismo era tanto a rejeição do passado quanto o
interesse idólatra pelos presságios do futuro”. (HUMPHREYS, 2001 p.9)
Artistas principais: Giacomo Balla(1871-1958), Carlo Carrà (1885-1947),
Gino Severini (1883-1966) ,Luigi Russolo(1885-1947) (LITTLE,2010 p.108).
Futurismo no Brasil:
No Brasil o Futurismo inspirou a Semana de Arte Moderna de 1922, a qual
os interesses vieram de encontro com a proposta futurista que era de abrir caminho
para o “novo” rejeitando a arte e a cultura do passado. (SUAPESQUISA, 2012)
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Figura 5: Trem Blindado em Ação de Gino Severine, de 1915. Fonte: Arte Universal
. SUPREMATISMO
Movimento artístico Russo liderado por Kasimir Malevich. Sua arte era
centrada em formas geométricas básicas (particularmente no quadrado e círculo).
Sua primeira exposição ocorreu em 1915 em Moscou. É considerada a primeira
escola de pintura abstrata do movimento modernista. Usavam cores
monocromáticas, suas pinturas não continham comentário narrativo ou social. O
essencial era a sensibilidade em si mesma, independentemente do meio de origem,
acreditavam que o Suprematismo possuía um valor espiritual. Artistas: El Lissitzky e
Kassimir Malevich. (LITTLE, 2010 p.112)
De acordo com Ferreira Gullar (1985, p.125), “para Malevitch o
suprematismo era tido como a supremacia da sensibilidade na arte. Seria uma
ruptura, no seu entender com todas as formas da arte figurativa”. A exemplo disto
temos a obra de Kassimir Malevich ilustrada a seguir.
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Figura 6: Quadrado negro sobre fundo branco de Kasimir Malevich, de 1918
Fonte: Wikipedia
DADAÍSMO
Os dadaístas defendiam uma abordagem destrutiva, irreverente e
libertadora da arte, esperavam livrar a sociedade do nacionalismo e do materialismo
que tinha levado à Primeira Guerra Mundial. “Recusavam-se a desenvolver mais
uma teoria da arte para terminar em uma biblioteca especializada.” Seu maior
expoente foi Marcel Duchamp o qual tinha por intenção conscientizar as pessoas de
que as definições e os padrões pelos quais julgamos as obras são impermanentes e,
provavelmente, secundários em relação a arte, a exemplo disto temos a obra “O
Urinol” . Artistas: Jean (Or Hans) Arp, Marcel Duchamp, Hannah Hoch, Francis
Picabia e Man Ray. (LITTLE, 2010. p. 111)
Figura 7: O Urinol de Marcel Duchamp, de 1917
Fonte: UOL
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CONSTRUTIVISMO
Movimento que descreve obras de arte abstratas e geométricas
organizadas à partir de componentes distintos e materiais contemporâneos.
O construtivismo Russo foi um movimento utópico dentro da revolução social
que se seguiu à Revolução comunista de 1917. Seus adeptos rejeitam a idéia
de que a obra de arte é uma “composição”, preferindo o termo “construção”,
de modo a derrubar as barreiras entre o artístico e o diligente. Os Artistas
participantes são: Aleksandr Rodchenko, Varvara Stepanova, Vladimir Tatlin,
Theo Van Doesburg, Naum Gabo, László Moholy-Nagy, Kurt Schwitters e
Georges Vantongerloo. (LITTLE, 2010. p. 14).
A obra citada demonstra as características do construtivismo como o uso
de materiais contemporâneos, onde a sugestão do movimento fosse integral. Como
escultura a composição cinética existe apenas quando se move. (LITTLE, 2010.
p.115).
Figura 8: Construção Cinética (Ordem Vertical) de Naum Gabo, de 1919.
Fonte: Brasil Artes Enciclopédias
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NEOPLASTICISMO
“O Neoplasticismo tem uma ligação indissolúvel com a obra de Piet
Mondrian”. (LITTLE, 2010. p. 116). É uma das formas que a abstração tomou nas
primeiras décadas do séc.XX. “Baseava-se em uma concepção analítica da pintura,
na procura de um tipo de arte que transcenda a realidade externa, material, numa
tentativa de chegar à essência através de uma linguagem plástica e objetiva,
reduzindo-a a formas geométricas e cores puras e torná-la universal.”
(INFOESCOLA, 2011)
Os artistas referentes ao movimento do neoplasticismo são: Theo Van
Doesburg, Vilmos Huszár, J.J.P.Oud, Piet Mondrian, Gerrit Rietveld,
Georges Vantongerloo. Dos quais a obra citada é de Piet Mondrian (figura
9), que através de uma grade negra sobre um fundo branco acinzentado,
no qual foram acrescentados blocos sólidos de cores primárias –
acreditava que a obra descrevia a estrutura espiritual que sustenta o
mundo da experiência. (LITTLE,2010. p.116).
Figura 9: Composição com vermelho, amarelo, azul e preto de Piet Mondrian, de 1921.
Fonte: Info Escola
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CONCRETISMO
Arte concreta foi uma expressão que surgiu em 1930 com o propósito de
dar o que considerava ser o nome exato a uma arte que tinha se desprendido
totalmente da imitação da natureza. A partir de então, essa denominação foi adotada
por uns e repelida por outros, sem conseguir, entretanto desbancar o nome arte
abstrata, que até aí não tinham diferença teórica entre si. (GULLAR, 1985 p.208).
A arte abstrata começa a se diferenciar da arte concreta reside no fato de
que a arte abstrata é uma arte de transição, é uma continuação do processo
abstratizante iniciado no cubismo e a arte concreta propõe uma criação de arte
baseada numa concepção matemática. Essa adoção da matemática por parte do
artista, como método e fonte de inspiração, abriria novos caminhos à linguagem da
arte e a tornaria um veículo mais fiel das preocupações culturais dessa época.
(GULLAR, 1985 p.210).
Concretismo no Brasil:
Surgiram no Brasil por volta de 1951 as primeiras manifestações de arte
concreta, [...] “essas manifestações não brotavam como resultado natural da
evolução da moderna pintura brasileira e sim da reação a ela.”(GULLAR,1985.
p.227)
Em 1956 foi realizada uma Exposição Nacional de Arte Concreta que foi
responsável por popularizar as concepções da linguagem plástica no Brasil., marcou
o inicio de uma nova etapa das experiências concretas pois obrigou os grupos :
Frente e Ruptura a se posicionarem na arte concreta, pois eram divergentes em
seus posicionamentos denunciando que a arte concreta brasileira padecia de dois
exageros contraditórios.Estes dois grupos artísticos,,”[...] um de São Paulo (Ruptura)
e outro do Rio de Janeiro (Frente). Como representantes da vanguarda construtiva
no Brasil, ambos tinham um desejo ambíguo: ascender ao mundo desenvolvido e
dele se emancipar. As ideologias construtivas estavam ligadas ao desenvolvimento
cultural da América Latina no período de 1940 a 1960, onde se ajustaram
perfeitamente aos projetos reformistas e aceleradores dos países deste
continente, servindo como agentes da emancipação cultural nacional frente à
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influência européia. Faziam parte do grupo Frente :Aloísio Carvão, Lygia Clark, João
José da Silva Costa, Vincent Ibberson, Lygia Pape, Carlos Val, Décio Vieira e
Abraham Palatnik. Do grupo ruptura eram integrantes: Hermelindo Fiaminghu, Judith
Lauand e Maurício Nogueira Lima.. Contudo neste cenário havia dois artistas que se
mantinham afastados desse exagero contraditório: Ligya Clark e Franz Weissmann.
O posicionamento desses dois artistas acabaram por definir o caminho que a arte
concreta brasileira tomaria através de um novo grupo-Grupo Neoconcreto.(GULLAR,
1985).
A imagem selecionada é da obra Ligia Clarck artista brasileira, integrante
do grupo Frente:
Figura 10: O Bicho de Ligia Clark, de 1960. Fonte: Blog Spot
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SURREALISMO
O surrealismo surgiu na década de 1920, na França, mais precisamente
em Paris no ano de 1924. O inconsciente era fundamental para estes artistas sendo
significativamente influenciados pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que
mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano. Os artistas
ligados ao surrealismo, além de rejeitarem os valores ditados pela burguesia, vão
criar obras repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária a
lógica, exploram o imaginário dos sonhos, como ressalta Dalí com sua obra “O
enigma de Hitler” (figura 11) . Os artistas do surrealismo que se destacaram mais na
década de 1920 foram: o escultor italiano Alberto Giacometti, o dramaturgo francês
Antonin Artaud, os pintores espanhóis Salvador Dalí e Joan Miró, o belga René
Magritte, o alemão Max Ernst, e o cineasta espanhol Luis Buñuel e os escritores
franceses Paul Éluard, Louis Aragon e Jacques Prévert. (LITTLE, 2010. p.118)
Surrealismo no Brasil:
No Brasil, o movimento teve também sua influencia, pois vivíamos um
período de valorização da racionalidade, exaltando o sentimento nacionalista e
formando nossa identidade - o período Modernista. Nas artes, vigorava a
antropofagia de Mario e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral que influenciada
pelo surrealismo deixa que isto transpareça em algumas de suas obras, como a
“Cuca”.Outros artistas também foram influenciados por esse movimento, como
Cícero Dias Guignard e Ismael Nery. O grande expoente do surrealismo foi
Salvador Dalí o qual cito abaixo uma de suas obras. (PARANÁ, 2011)
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Figura 11: O Enigma de Hitler de Salvador Dali, de 1939. Fonte: Minds and Machines
ABSTRACIONISMO
Arte abstrata ou abstracionismo é um estilo artístico moderno em que os
objetos ou pessoas são representados, em de pinturas ou esculturas, através de
formas irreconhecíveis. O formato tradicional (paisagens e realismo) é deixado de
lado na arte abstrata A arte abstrata surgiu no começo do século XX, na Europa, no
contexto do movimento de Arte Moderna. O precursor da arte abstrata foi o artista
russo Kandinsky. Com suas pinceladas rápidas de cores fortes, transmitindo um
sentimento violento, Kandinsky marcou seu estilo abstracionista e inconfundível
verificado na obra Amarelo, Magenta e Azul ( figura 21).
Outro artista que ganhou grande destaque no cenário da arte abstrata do
começo do século XX foi o holandês Piet Mondrian. (ARTE ABSTRATA, 2011)
Arte Abstrata no Brasil:
No Brasil, a arte abstrata ganhou força a partir da I Bienal de São Paulo
(1951). Entre os artistas brasileiros de arte abstrata, podemos destacar: Antônio
Bandeira, Ivan Serpa, Iberê Camargo, Manabu Mabe, Valdemar Cordeiro, Lígia
Clarck e Hélio Oiticica. Estes dois últimos fizeram parte do neoconcretismo. Artistas:
Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Lothar Charoux entre outros. Volpi, e
Rubem Valentim. Tomie Ohtake, Ligia Clark entre outros. (ARTE ABSTRATA, 2011)
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A imagem abaixo referida é do artista “Wassily Kandinsky um dos nomes
imprescindíveis da pintura moderna. Não apenas porque é o pioneiro da arte
abstrata, mas por suas contribuições teóricas sobre a arte pictórica” (FOLHA, 2007).
Figura 12: Amarelo, magenta e azul de Kandinsky, de 1925.
Fonte: Telas Kandinsky
POP ART
A Pop Art foi um fenômeno norte-americano que surgiu no começo da década
de 60. Cujas obras utilizavam temas extraídos da banalidade dos Estados Unidos
urbanos, a obra desse período parecia depender de técnicas da cultura visual de
massa. Usavam um processo de replicação, no entanto não era inventivo, livre ou
lúdico, mas preciso e observado cuidadosamente. Para o artista Warhol a repetição
de imagens, utilizadas em suas obras, esta ligada ao modo como vemos e tratamos
os vários tipos de imagens e objetos, como latas de refrigerante, embalagens de
alimentos, histórias em quadrinhos, bandeiras e panfletos de propagandas que eram
representados com cores vivas e as vezes em outros formatos.. Apropriar-se de
objetos do cotidiano refletia uma crítica sobre a idéia das obras de arte serem
tratadas como mercadorias, fato que reconhecidamente não poderia ser evitado. Os
artistas participantes desse movimento foram principalmente: Roy Lichtenstein, Andy
Waryol, Claes Oldenburg, Tom Wesselman e James Rosenquist. (ARCHER, 2001,
p.6).
22
A obra de Warhol “Merilyn” originou-se da preocupação que tinha com as
imagens associadas à morte, tema que repetidamente abordado por ele,
preocupava-se também com o glamour e com a cobertura dos tablóides faziam
diante da morte e dos desastres, a obra Marilyn, (figura13), traduz esta preocupação
do artista. (ARCHER, 2001 p. 8)
Figura 13: Marilyn de Andy Warhol, de 1967.
Fonte: Wikipedia
OP ART
Movimento do final da década de 1950 que explora a forma e a cor de
maneira á criar a ilusão de movimento como demonstra a obra Pauk Arn (figura22) .
Ela foi apelidada de Op - de Optical [ótica] – Art. Preocupava-se com o formato das
superfícies, obcecada pela sensação retiniana. Havia um elemento somático da Op
Art que levaria os espectadores a basear essas ilusões de movimento na realidade
de seus próprios corpos. Principais artistas: Alexander Calder e Victor Vasarely.
(ARCHER, 2001, p. 21)
23
Figura 14: Pauk-Arny de Victor Vasarely, de 1978. Fonte: Wahoo Art
MINIMALISMO
Um movimento mais usualmente identificado com a atividade escultural,
pode ser entendido pelo menos em parte como uma continuação da pintura por
outros meios. (ARCHER, 2001, p.42)
Este movimento tem por características obras que tendem a ser
compostas de elementos uniformes e múltiplos (tijolos, seções de iluminação tubular
ou uso de materiais industriais). Tendem a simplicidade, austeridade e
impessoalidade. Favorece o uso repetitivo de um elemento que tem sua própria
simplicidade formal ou totalidade, estas características estão evidenciadas na obra
Monumento para V Tatlin (figura.15 ). Cada parte da escultura constitui uma unidade
auto-suficiente, ou um todo, e a construção da obra de arte é a multiplicação dessa
unidade básica. Os artistas minimalistas queriam provocar emoções no observador.
Artistas: Carl André, Dan Flavin, Eva Hesse, Donald Judd, Yvis Klein, Robert Morris,
Robert Rauschenberg, Ad Reinhardt, Frank Stella e Sol Lewitt. (LITTLE, 2001, p.
138)
Minimalismo no Brasil:
Nas artes plásticas, o Minimalismo não teve muita influencia sobre os
artistas brasileiros somente no período do Pós-minimalismo que vários artistas foram
influenciados, José Resende (1945-) entre eles. Com a revalorização da pintura na
década de 1980 o movimento se enfraquece. (BRASIL ESCOLA, 2012)
24
Figura 15: Monumento para V. Tatlin de Dan Flavin, 1966-9
Fonte: National Gallery Of Australia
Figura 16: Instalação usando luz de Dan Flavin, de 1969.
Fonte: Blogspot
ATIVIDADE 4
Conteúdo: arte contemporânea.
Tempo: 2 aulas
Recursos: Texto xerocado para alunos: “Fundamentação Teórica sobre
Arte Contemporânea”.
Procedimentos: Ler o texto e analisar como se processou o
desenvolvimento da arte contemporânea. Para esta etapa usar o texto de apoio:
“ Arte Contemporânea – Fundamentação teórica”.
25
Ao final da segunda aula formar grupos para próxima atividade.
Avaliação: Diagnosticar se após este conteúdo o aluno consegue
distinguir arte moderna de arte contemporânea.
ARTE CONTEMPORANEA -FUNDAMENTAÇÃO
TEORICA
Da mesma forma que ocorreu mudanças nas questões conceituais da arte
no Renascimento – onde a arte passa a ser entendida como obra do intelecto, no
Modernismo passa a ser entendida como uma arte experimental, partindo em busca
da pureza da forma e rejeitando todo tradicionalismo. A arte contemporânea rompe
com modernismo e passa a buscar uma interface com todas as outras artes, e mais,
com a própria vida. Todas as mudanças conceituais sobre arte refletiram o seu
momento histórico o mesmo ocorre com a arte contemporânea a qual surgiu na
segunda metade do século XX e se prolonga até aos dias de hoje, é tudo aquilo que
repercute em nós. A arte contemporânea entra em cena a partir dos anos 70,
quando as importantes mudanças no mundo e na nossa relação de tempo e espaço
transformaram globalmente os seres humanos. Uma dessas mudanças é o fato do
mundo contemporâneo não valorizar mais a pureza das coisas, inclusive as
estilísticas. A impureza para o mundo contemporâneo é um valor pois leva o
homem a viver com a diversidade, seja étnica, religiosa, política,etc. Hoje a arte
contemporânea pode estar em muitos lugares diferentes e ao mesmo tempo
desempenando funções também diferentes. Isto nos leva a estabelecer novos tipos
de relações, por exemplo, ver a arte como parte de nosso cotidiano e não como
anteriormente atrelada a repertórios conservadores, os quais dificultam nossa
assimilação sobre arte contemporânea. Ao nos depararmos com uma obra
qualificada como “arte”, vista por uma ótica tradicional, mais confusos ficamos a
esse respeito. Até porque os materiais utilizados são os mais inusitados escapando
do nosso entendimento do que seria material artístico (COCCIARALE, 2006)
De acordo com Fernando Cocchiarale para que se entenda a arte
contemporânea é preciso ter conhecimento de momentos que a precedem, neste
26
caso a arte moderna, onde ocorreu o rompimento com a tradição mimética
renascentista, principalmente a partir da revolução industrial onde a fotografia
substitui a mimesis. A arte contemporânea possui várias linguagens e cada qual
com sua especificidade, contudo todas rompem com a questão do conceito clássico
de que a obra artística deve estar envolvida por molduras ou pedestais dentro de
galerias ou museus. Como todos outros períodos ela também reflete seu momento
histórico que é de globalização, em rede e de um mundo capitalista onde a mídia
exerce uma enorme influencia. Aqui os conceitos estão mudando constantemente,
as pessoas não mais possuem uma só identidade e sim várias. As noções de
sujeito, de individuo estão visivelmente em crise, então para se entender arte
contemporânea é necessário deixar de lado todo tipo de conservadorismo.
(COCCIARALE, 2006)
ATIVIDADE 5
Conteúdo: Movimentos e manifestações da arte contemporânea.
Tempo: 3 aulas
Recursos: Textos e imagens
Procedimento: Apresentar e explicar o conteúdo. Na terceira aula separar
os alunos em pequenos grupos, para cada qual será determinado um dos
movimentos da arte contemporânea, mencionados na Atividade 5. Desenvolverão
uma pesquisa sobre o respectivo movimento de arte para serem apresentados em
sala, usando o recurso power point.
Avaliação: Apropriação prática e teórica do conteúdo.
MOVIMENTOS / MANIFESTAÇOES DA ARTE
CONTEMPORANEA
27
EXPRESSIONISMO ABSTRATO
O termo Expressionismo Abstrato refere-se ao movimento artístico que
surge após a Segunda Guerra Mundial em Nova York. É o primeiro estilo pictórico
norte-americano a obter reconhecimento internacional. Tinham como principais
características a revolta contra a pintura tradicional, a liberdade e espontaneidade.
Quanto a esta última, em especial, as Action Paintings de Pollock, ou seja, um
método de pintura que privilegia a rapidez de sua execução, a espontaneidade,
características visíveis na obra “Número 14” (figura17). Artistas: Franz Kline, Willen
De Kooning e Jackson Pollock. (LITTLE, 2010, p. 122)
Figura 17: Número 14 de Jackson Pollock, de 1948. Fonte: Fine-art Photography
ARTE CONCEITUAL
Surgiu no final da década de 1960, com a reivindicação central que a arte
é um “conceito”, e não um objeto material. O mais importante são as idéias, a
execução da obra fica em segundo plano tendo pouca relevância, caso o projeto
seja realizado não se faz necessário que seja pelo próprio artista. O que importa é a
invenção da obra, o conceito que é elaborado antes de sua materialização. Ao se
entender a idéia que dá forma a uma obra de arte equivale a entender a própria
obra. (LITTLE, 2010).
28
[...] “Na arte conceitual”, escreveu Lewitt, “a idéia ou o conceito é
o aspecto mais importante da obra. Quando um artista utiliza a
forma conceitual de arte, isto significa que todo planejamento e
as decisões foram feitas de antemão, e a execução é uma
questão de procedimento.” (ARCHER, 2001 p. 56).
Artistas: Joseph Beuys, John Cage, Nam June Paik, Wolf Vostell, Yoko
Ono, Charlotte Moorman, Sol LeWitt, Genco Gulan, Joseph Kosuth, Barbara Kruger,
Jean Tinguely, Lawrence Weiner, John Baldessari, Jean Dibbets.(LITTLE, 2010).
Figura 18: Dois cubos abertos/meio alinhados de Sol Lewitt, de 1972.
Fonte: Arte – Uma visão sem fronteras
FOTORREALISMO OU HIPERREALISMO
Surge no final da década de sessenta nos EUA, como um novo retorno à
pintura e escultura realista. Não se trata, todavia agora de representar a realidade de
uma forma ilusória, mas de provocar um novo olhar no espectador sobre a própria
realidade sendo mais verdadeiro. O novo realismo finca raízes na cena
contemporânea, pois é a vida moderna que fornece matéria (temas) e meios para
suas realizações. Os hiper-realistas utilizam-se das cargas emocionais de suas
obras, contextualizando-as de modo a criar narrativas singulares e repletas de
poesia. Alguns artistas americanos se destacaram como Ralph Goings, Chuck
Close, Don Eddy, Robert Bechtle e Richard McLean, mas incluiu artistas europeus
como Gnoli, Gerhard Richter, Klapheck e Delcol.(ITAUL CULTURAL, 2005)
29
Figura 19: La Nuit de Humbert de Lartigue, de 2005.
Fonte: Terra Noticias
BODY ART
Em uma sociedade extremamente visual como a nossa não é de se causar
estranheza o uso do corpo como suporte artístico. Este tipo de manifestação
artística é intitulada Body Art (arte corporal). Utilizam acessórios ao corpo que passa
a sofrer as mais variadas modificações, usando desde produtos químicos até
intervenções cirúrgicas. (PARANÁ, 2006. p.55)
Essa forma de arte se popularizou na década de 1960 se espalhando pelo
mundo. As vezes sua comunicação apresenta ligações com o happening e a
performance e outras através de documentação, por meio de vídeos ou fotografias.
Exemplo dessa tendência são os trabalhos de Viennois Gunter, Rudolf
Schwarzkogler , Chris Burden e de Gina Pane. (WIKIPEDIA, 2012)
30
Figura 20: Erik Sprague
Fonte: Storfy
STREET ART
A street art ou arte urbana deve ser pensada fora do espaço das galerias
ou museus. O seu suporte é o ambiente natural ou áreas urbanas. Diante do
espaço, que é público utilizado, o observador torna-se parte integrante do trabalho.
(ITAU CULTURAL, 2005).
Enfim é uma manifestação artística desenvolvidas em espaços públicos
que usa a pintura como técnica mais utilizada. Surgiu inicialmente associada aos
pré-urbanistas.
A expressão Arte Urbana surge inicialmente associada aos
pré-urbanistas culturalistas como John Ruskin ou William
Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Camillo
Sitte e Ebenezer Howard (designação "culturalista" tem o
cunho de Françoise Choay). O termo era usado (em sentido
lato) para identificar o "refinamento" de determinados traços
executados pelos urbanistas ao "desenharem"
acidade.(WIKIPEDIA, 2012).
31
Figura 21: Arte Urbana de John Pugh Fonte: Arquitetando na Net
VIDEO ART
Videoarte é uma forma de expressão artística que explora a tecnologia do
videotape e da televisão como forma, linguagem e suporte para obras multimídias.
No final dos anos 60, o desenvolvimento da tecnologia portátil do vídeo e o seu
barateamento fizeram com que ele passasse a integrar os recursos disponíveis para
muitos artistas visuais. Associado às propostas da Pop Arte, da arte conceitual e do
minimalismo, o uso do vídeo e da televisão possibilitou a artistas pioneiros como o
coreano Nam June Paik a criação de instalações com vários aparelhos televisivos
programados para apresentar seus vídeos experimentais e abstratos compondo
verdadeiras vídeo esculturas. A associação de vídeo, televisão, performances de
músicos, atores e o uso de projeções como parte integrante de instalações em
exposições e espetáculos de dança, são alguns exemplos da variedade de
manifestações da videoarte. Nas últimas décadas pode-se destacar alguns dos
videoartistas que se destacaram como: Paik, Vito Acconci, Bruce Nauman, Bill Viola
e Ira Schneider. (UOL, 2012).
32
ATIVIDADE 6
Conteúdo: Arte contemporânea e suas diferentes manifestações. Apresentação das pesquisas realizadas pelos grupos. Tempo: 3 aulas Recurso: Data show Avaliação: Será atribuída nota de zero a dez para pesquisa e apresentação realizadas pelos grupos sobre os movimentos da arte contemporânea, considerando a apropriação prática e teórica das tecnologias e movimentos artísticos.
ATIVIDADE 7
Conteúdo: Linguagens da arte contemporânea. Tempo: 2 aulas Recursos: Data show. Procedimentos: Apresentar o conteúdo e explicar. Avaliação: Observar se os alunos assimilaram o conteúdo.
LINGUAGENS DA ARTE CONTEMPORANEA
Da metade dos anos 60 em meados dos anos 70 foi um período em que a
arte assumiu muitas formas e nomes diferentes: Concitual, Arte Povera, Anti-forma,
Land, Ambiental, Body, Performance e Política. Houve também uma crescente
facilidade de acesso e uso das tecnologias de comunicação facilitando o
desenvolvimento de novas linguagens artísticas.(ARCHER, 2001. p.61).
Happening:
Pode ser traduzido como “acontecimento”.
Termo criado no fim dos anos 1950 pelo americano Allan Kaprow para
definir uma forma de arte que associa artes visuais e teatro, sem texto nem
representação, tem por objetivo aproximar o espectador, fazendo-o participar da
cena proposta pelo artista. Os eventos acontecem sem começo, meio e fim, são as
improvisações que conduzem a cena, acontecendo em tempo real, não há enredo
somente palavras sem sentido literal, assim não há separação entre público e o
espetáculo. O happening é gerado na ação, sendo assim não pode ser reproduzido.
(ITAU CULTURAL, 2009)
33
Performance:
Manifestação artística a qual faz uso de diversas linguagens numa ação
planejada e preparada pelo artista. Não há participação do público. (LINK DA
ARTE,2002)
Surgiu no séc. XX nos Estados Unidos com características específicas,
combinando elementos do teatro das artes visuais e da música, a não participação
do público diferencia-o do happening.” A performance deve ser compreendida a
partir dos desenvolvimentos da art. pop, do minimalismo e da arte conceitual.( ITAU
CULTURAL, 2011).
Instalação:
Instalação é um rótulo que se tornou decorrente desde os anos 70 para
dar conta da crescente freqüência com que os espectadores achavam que
precisavam estar na obra de arte para poder vivenciá-la. A obra não é só para ser
contemplada, mas um espaço a ser adentrado e experimentado de um modo físico
pleno. (ARCHER, 2001)
As Instalações, a principio eram consideradas obras localizadas, tendo
origem nos ready-mades de Marcel Duchamp, sendo realizadas em ambientes
fechados. As instalações são obras existentes apenas no local que foi construído,
pois tende a gerar sensações no espectador. Após desmontar estas obras, restam
apenas a memória e fotografias para lembrá-las. (ITAU CULTURAL, 2010).
ATIVIDADE 8
Conteúdo: Instalação Tempo: 2 aulas Recurso: Data show Procedimento: Referenciar de maneira mais consistente a linguagem da Instalação
Artística, com o apoio do texto: “Referencial Teórico sobre Instalação”. Apresentar e
analisar as imagens das obras relacionadas.
34
Avaliação: Será realizada através de questionamentos, durante a leitura do texto,
para detectar se o aluno entendeu a arte como expressão.
INSTALAÇÃO – REFERENCIAL TEÓRICO
Este termo foi incluído ao vocábulo das artes visuais da década de 1960 e
como linguagem vem sendo amplamente aplicada até hoje.
As Instalações, a principio, eram consideradas obras localizadas, tendo
origem nos ready-mades de Marcel Duchamp, sendo realizadas em ambientes
fechados. (ITAU CULTURAL, 2010)
É uma manifestação artística de caráter efêmero que desenvolve uma idéia
ou conceito, utilizando diversos suportes e linguagens para compor um ambiente.
Algumas vezes o artista cria espaços que permitem ao espectador penetrar na obra,
tornando-se parte dela. São obras tridimensionais que conjugam diversos materiais
e objetos. Uma das suas características mais evidentes é a diversidade de materiais
utilizados, de modo a provocar uma percepção multissensorial (táctil, olfativa,
visual...). (ARCHER, 2001).
Uma das possibilidades da instalação é provocar sensações: frio, calor,
odores, sons ou coisas que simplesmente chamem a atenção do público ao redor.
As instalações refletem muitas vezes preocupações com a política, estética,
problemas sociais, etc. Para ser compreendida enquanto obra se faz necessário
percorre-la, senti-la, caminhar por entre ela observando e sentindo cores, aromas e
objetos. Nas décadas de 1980 e 1990 as Instalações são abusivamente usadas em
todo mundo, alguns artistas se destacam por suas obras instalacionais sendo o caso
da norte-americana Jéssica Stockholder por suas soluções originais. Sua obra tem
por tema a idéia de construção lembrando canteiros de obras. Nestas obras
aparecem andaimes, fiações soltas, tijolos, etc. recusando a idéia de finalização. As
cores são vibrantes tomando a cena, como mostra a imagem a seguir. (ITAU
CULTURAL,2010)
35
Figura 22: Arquitetura Paralela de Jéssica Stockholder, de 2009.
Fonte: Word Press
“Instalação” é uma linguagem apropriada de estar inserida na arte
contemporânea, pois esta sempre questionando, entre outras coisas, o espaço e o
tempo, os quais são característicos da Arte Contemporânea, como também as
apropriações, os diferentes estilos acontecendo simultaneamente e mais a inserção
da tecnologia na Arte. O fato da Instalação ainda permanecer na cena da
contemporaneidade é algo admirável e se tornou uma forte tendência atual, ela
consegue a participação ativa do espectador e em alguns momentos se tornam
experiências incomodas chegando a ser perturbadoras, na contemporaneidade
passando a ser mais complexa e multimidial, dando ênfase a espetacularidade e a
interatividade com o público. Enfim a Instalação só faz sentido se analisada em seu
tempo e espaço. Artistas: Marina Abramovic, Artur Barrio, Cristo e Janne - Cloude,
Bárbara Kruger, Chen Zhen, Sol LeWitt, Wolf Vostell, Cildo Meireles, etc. (MAC,
2012)
Para uma maior compreensão das obras instalacionais, na seqüência,
analisaremos algumas obras referentes a linguagem da Instalação.
A ênfase das Instalações que se seguem é provocativa além de levarem o
observador a ver o vazio e penetrar em seu próprio espaço interior.
A Instalação do artista Lars Mathisen (figura 24 ) desafiam a memória
cultural a medida que se concentram em momentos históricos pois sua instalação
nos remete ao sistema exaustor de um foguete.( FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO
PAULO, 2004 )
36
Enfim “observar a arte não significa “consumi-la” passivamente, mas
tornar-se parte de um mundo ao qual pertence essa arte e esse espectador”
(ARCHER,2001,p. 235)
Figura 23: Cânone de Merepe, de 2006. Fonte: Blogspot
Figura 24: Cat, Microwave, Tinfoil de Lars Mathiesen, de 2004.
Fonte: Galeria Arquitetos
37
Figura 25: How to Build Cathedral de Cildo Meireles, de 1987. Fonte: UOL
Figura: 26: Scattered Crowd de Willian Forsythe, sem data Fonte: Globo.com
Figura 27: Mary Boone de Bárbara Kruger, de 1991.
Fonte: Blogspot
38
Figura 28: Babel de Cildo Meireles, de 2001-2006 Fonte: Artnet
ATIVIDADE 9
Conteúdo: Instalação. Tempo: 1 aula
Procedimento: Apresentar a proposta para construção de uma obra Instalacional no
espaço escolar a qual será realizada pelos alunos em grupos.
Avaliação: Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade.
.O objetivo desta proposta de criação de uma instalação é usar a vivencia
e a experiência de elaborar um projeto e executa-lo como estratégia para firmar a
importância e os objetivos de uma obra instalacional, bem como da arte
contemporânea. Proporcionar aos alunos a possibilidade de desenvolver sua
capacidade criadora, o pensamento crítico diante das imposições acadêmicas e
mesmo lúdico, adquirindo conhecimentos sobre a diversidade de pensamentos e a
criação artística. Estas possibilidades de desenvolvimento estão previstas nas
Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Paraná.
Para que os grupos desenvolvam suas instalações serão apresentados
sete temas, sendo um para cada grupo:
- 1º tema: O jovem de hoje, o eu agora.
- 2º tema: Mexendo com a sensação, com os sentidos.
- 3º tema: Tecnologia para o bem ou para o mal
39
- 4º tema: Valorização dos elementos cultura local.
- 5º tema: Objeto descartável
- 6º tema: O que faz a diferença.
-7º tema: Atenção.
ATIVIDADE 10
Conteúdo: Desenvolvimento do Projeto para Instalação
Tempo: 2 aulas
Recurso: Papel e lápis
Procedimento: Determinado os temas Instalação para os grupos, orientá-
los a fazer uma análise do tema e como serão abordados, qual material e espaço
escolar mais acessível e adequado para o projeto e principalmente qual o objetivo
da instalação. Esta etapa deverá ser registrada pelo grupo e apresentada ao
professor. Será iniciada em sala, para que possa ser orientada, contudo será
concluída como tarefa.
Avaliação: Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de
composição visual.
ATIVIDADE 11
Conteúdo: Instalação
Tempo: 4 aulas
Procedimento: Cada grupo iniciará o preparo dos materiais a serem
utilizados na execução das instalações, em sala de aula.
Avaliação: Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as
instalações.
40
ATIVIDADE 12
Conteúdo: Montagem das Instalações.
Tempo: 5 aulas
Recursos: Máquina fotográfica.
Procedimentos: Com o material devidamente preparado as instalações
serão montadas, cada qual em seu espaço escolhido previamente.
Avaliação: Compreensão dos elementos que organizam as artes visuais
e sua relação com a sociedade contemporânea.
OBS. A montagem do trabalho será registrada por um participante do
grupo, através de fotos ou filme.
Depois de a instalação montada registrar também a reação das pessoas
ao se depararem com a obra.
- Cada grupo montara em PowerPoint todo processo de trabalho desde
projeto até execução o qual será apresentado em sala.
ATIVIDADE 13
Conteúdo: Apresentação dos registros feitos das Instalações.
Tempo: 2 aulas
Recursos: Data show
Procedimentos: Apresentação dos registros feitos pelos grupos de suas
respectivas Instalações.
Avaliação: Apropriação prática e teórica dos modos de composição das
artes visuais nas diversas tecnologias relacionadas à produção, divulgação e
consumo.
AVALIAÇÃO:
As avaliações no todo da produção didática visam contribuir, como sugere
as Diretrizes Curriculares da Educação”,
“[...] para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se
41
concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.” (PARANÁ, 2008. p. 31)
Avaliações de maior peso:
1ª - Será a pesquisa e apresentação dos movimentos da arte
contemporânea.
2ª - A realização da Instalação no ambiente escolar.
3ª - Apresentação dos registros e experiência criadora de uma obra
Instalacional, apresentada em pawer-point pelos grupos.
3.ORIENTAÇÃO METODOLÓGICAS E
RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR
O objetivo deste material é levar o aluno compreender a arte
contemporânea e suas criações artísticas, através da prática de elaborar e construir
uma obra Instalacional. Visando uma transformação social do aluno.
“ A compreensão das criações artísticas e das posições existentes na teoria estética requer que sejam situadas no âmbito histórico, social e político, cientifico e cultural em que vieram a luz, pois é nesse contexto amplo que se encontram os nexos explicativos de tais posições e criações; só assim é possível estabelecer um conhecimento crítico, radical e significativo sobre elas”. (PEIXOTO, 2007, p. 53)
Ao se trabalhar arte contemporânea com alunos é necessário situa-los,
politicamente, socialmente e historicamente, para que consigam entender a arte de
seu tempo.
Na etapa da leitura dos textos sobre arte moderna e arte contemporânea é
importante que se faça também a leitura das obras dos movimentos deste período,
junto com os alunos questionando-os.
Ao apresentar as imagens de obras o professor fica livre para acrescentar
outras relacionadas que queira.
42
Ao propor a execução das Instalações que serão realizada pelos alunos,
fica a sugestão de montá-las em outros ambientes fora da escola, como biblioteca
municipal e outros espaços culturais.
Sugestão para leitura e pesquisa:
LITTLE, S....Ismos para entender a arte. São Paulo. Editora
Globo, 2010.
VIDEO - Arte Efêmera. Dia a dia Educação - Galerias Virtuais
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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São Paulo. 2001.
COCCIARALE, F. Quem tem MEDO da Arte Contemporânea? 1ª Edição.
Massangana. 2006.
OSTROWER, F. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes 1987.
PARANÁ. Secretaria de Estado. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro
Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006
LITTLE S....ISMOS para entender a Arte. Editora Globo. 2010.
COLEÇÃO FOLHA.Grandes mestres da pintura.2007.Editora Sol 90.
PARANÁ. Secretaria de Estado. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Arte. 2008.
BARROS, Ana e SANTAELLA, L. Mídias e Artes. Os desafios da arte no inicio do
século XXI. Editora Unimarco. São Paulo. 2002.
HUMPHRE YS, R. Futurismo. Movimentos da Arte Moderna. Cosac & Naify
Edições. 2ª Edição. 2001.
JOLY, MARTINE. Introdução à análise da imagem. Papirus Editora. 14ª Edição.
2012.
SÃO PAULO.26ª BIENAL. Representações Nacionais. .
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