EAno Lectivo: 2012/2013
Técnico de Eletrónica e Telecomunicações- 1ºano
Área de Integração – Módulo I
A Identidade Regional – As Festas Religiosas
Formandos
Formador:
15 de Novembro de 2012
IndiceIntrodução....................................................................................................................................3
FESTAS RELIGIOSAS DOS AÇORES.................................................................................................4
FESTAS DO SENHOR SANTO CRISTO DOS MILAGRES................................................................5
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Festas de Espirito Santo Ilha Terceira.......................................................................................6
Festas de Espirito Santo Ilha do Pico......................................................................................7
Festas do Espirito Santo da ilha de São Jorge...........................................................................8
Festas do Espirito Santo Ilha do Faial.......................................................................................9
Festas do espirito santo ilha de Santa Maria..........................................................................10
Festas do espirito santo ilha do corvo e flores.......................................................................11
Festas do espirito santo ilha Graciosa....................................................................................12
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Introdução
O presente trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de área de integração faz parte
do desenvolvimento do modulo 1.
Enquadrando na temática ( A entidade regional)na distribuição dos subtemas pelos
grupos de trabalhos criados , coube-nos desenvolver o trabalho sobre as festas
religiosas do arquipélago dos açores com o qual pretendemos alcançar os seguintes
objetivos
Vamos das festas religiosas dos açores.
A maior parte das festividades dos Açores faz-se coincidir com datas e acontecimentos
religiosos de relevo, em particular com dias relativos a determinados santos, o que se
explica por uma tradicionalmente forte devoção do povo açoriano em geral, enquadrada
na fé católica. Destas festividades, uma boa parte é sensivelmente comum entre
diferentes ilhas do arquipélago, como por exemplo as Festas do Espírito Santo que se
celebram um pouco por todas as ilhas, com algumas variações. Outras, menos, são já
específicas de determinadas localidades, o que lhes atribui um carácter único, fazendo,
em alguns casos deslocar pessoas de várias partes dos Açores e do mundo a acorrer a
elas. Ocorre ainda que, por norma, cada freguesia tem um santo protetor ou padroeiro
(nas vilas piscatórias, por exemplo, é muitos frequente ser este papel entregue a São
Pedro, protetor dos pescadores), santo este a quem é dedicado um dia particular do
calendário em que se celebram as festas da respectiva freguesia (é comum ainda
haverem várias freguesias que partilhem o mesmo santo padroeiro).
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FESTAS RELIGIOSAS DOS AÇORES
A religiosidade do povo açoriano está bem patente nas muitas manifestações que, ao longo do ano e nas diversas ilhas, se realizam, congregando à sua volta alguns milhares de peregrinos, muitos deles vindos propositadamente das várias comunidades açorianas espalhadas pelo mundo em cumprimento de promessas feitas em horas de maior aflição, em agradecimento de graças recebidas ou, simplesmente, em romaria.
SÃO MIGUEL
FESTAS DO SENHOR SANTO CRISTO DOS MILAGRESÉ, sem dúvida, o maior acontecimento religioso da região. Acontece em Ponta
Delgada, São Miguel cinco semanas depois as Páscoa e atrai pessoas de todas as ilhas
além dos muitos emigrantes que se deslocam a Ponta Delgada precisamente nesta
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altura do ano, especialmente para as festas. A figura do Senhor Santo Cristo é alvo de
uma enorme devoção nestas ilhas. Está carregada de importância e significado e
ostenta inclusive muitas peças preciosas que foram sendo doadas em promessa por
pessoas em alturas de maior aflição. Reza a história que esta figura, há muitos anos
atrás, foi embarcada para fora da ilha mas, resultado do naufrágio da embarcação que
a transportava, voltou flutuando a dar à costa da ilha. É esta mesma figura que é
levada durante horas em procissão pelas ruas de Ponta Delgada e seguida por milhares
de pessoas até ao momento em que volta a entrar no convento de Nossa Senhora de
Esperança / Santo Cristo dos Milagres, momento este, por norma, de grande emoção
entre as pessoas.
TERCEIRA
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Festas de Espirito Santo Ilha Terceira
À noite parentes e amigos rezam o terço, porque depois há lugar à folia numas quadras
mal rimadas ao desafio ou num bailo armado onde nunca falta a chamarrita. Ao lado
tudo está pronto, porque no Domingo depois da missa todos se apressam não vá faltar
lugar para comer umas sopas e saborear a alcatra bem regada com o vinho de cheiro que
abundantemente circula de mão em mão em canjirão cheio e fresco. Mas como ficou
dito e provado o povo terceirense é o mais alegre e folgazão de todo o arquipélago. O
dia de Pentecostes é festejado popularmente em todas as Ilhas dos Açores, como sendo
um dos mais importantes celebrados pelo mundo católico. Não há em todas as outras
solenidades religiosas, como Natal e Páscoa, Corpo de Deus e Imaculada Conceição, o
mesmo entusiasmo, a mesma euforia, a mesma alegria comunicativa, que se registra no
dia de Pentecostes e no da Santíssima Trindade sobretudo, na Terceira, os festejos
populares do Espírito Santo, chegam a atingir o auge. Não sendo de uma solenidade
religiosa levada a efeito na Igreja, é o povo que os promove reunindo-se, para tal fim em
associações a que embora chamem irmandades, não se podem canonicamente
considerar como tal por não, serem eretas, em igrejas ou capelas públicas.
PICO
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Festas de Espirito Santo Ilha do Pico
Nos Açores, em todas as ilhas, as festas em honra e louvor do Divino Espírito Santo dominam esta altura do ano, atingindo o seu epicentro no domingo de Pentecostes, estendendo-se, no entanto, não apenas nos dias que o antecedem, mas também nos primeiros dias da semana seguinte, prolongando-se, em muitas freguesias até ao domingo da Trindade. Estas festas, para além da parte litúrgica, onde sobressaem as celebrações da eucaristia e a organização de procissões e cortejos, constam geralmente da distribuição e da partilha da carne e do pão, entre todos e, de modo muito especial junto dos mais pobres. Na ilha do Pico, no entanto, este sentido de partilha tem um significado ainda mais abrangente e a ela estão ligados rituais e costumes ancestrais geralmente relacionados com promessas feitas pelos antepassados em momentos de enorme angústia e aflição, em virtude de crises sísmicas, catastróficas, acontecidas na altura, durante as quais o povo solicitava o auxílio divino para acalmar as correntes de lava que arrasavam a ilha, destruindo habitações, povoados e culturas. Na realidade, os festejos em honra e louvor do Divino Espírito Santo constituem, na ilha montanha, uma genuína tradição muito provavelmente trazida pelos primeiros povoadores e implementada com um cunho religioso e cultural muito forte entre a actual população de toda a ilha, mantendo-se, ainda hoje, com rituais e celebrações muito semelhantes às dos tempos antigos, com destaque para um inusitado e interessante cerimonial em que os “imperadores” levam, em procissão, a coroa, até à igreja, com a qual são “coroados” no fim da missa e ainda para a “função” que consiste fundamentalmente na participação colectiva num almoço em que praticamente toda a população da freguesia toma parte, sentando-se à mesma mesa, saboreando as típicas e tradicionais sopas do Senhor Espírito Santo. Mas o que mais revela este sentido de partilha mútua e de comunhão recíproca das festas do Espírito Santo do Pico é o facto de em todas as freguesias e até em alguns lugares da mesma freguesia, também se distribuir por todos os habitantes e também pelos forasteiros massa sovada, numas localidades sob a forma de pão, noutras de rosquilhas e noutras de vésperas. Esta distribuição obedece a um calendário rígido, histórico e imutável, permitindo assim que a mesma pessoa possa receber o pão doce, não só em dias diferentes mas até no mesmo dia em várias freguesias e localidades da ilha. É o seguinte o calendário de distribuição do pão, oferecido pelos irmãos e levado em cortejo até à igreja para ser benzido, em louvor do Divino Espírito Santo, sendo que freguesias há que partilham as suas ofertas em mais de um dia.
São Jorge
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Festas do Espirito Santo da ilha de São Jorge
Nascidas no tempo dos povoadores da ilha e divulgadas pelos franciscanos na Idade Média, as Festas do Espírito Santo em São Jorge são semelhantes às das restantes ilhas do arquipélago. Também aqui ocorre a célebre coroação do Imperador e a distribuição das Sopas do Espírito Santo. Por vezes, têm também lugar as touradas à corda, tradição mais arreigada na Terceira.
Na vertente estritamente religiosa distinguem-se três aspetos que, com pormenores diferenciados, são comuns a toda a ilha: o terço, as esmolas e os bolos, e a coroação.
Quanto à vertente profana destacam-se: a mordomia, o carro dos tremoços, o bando, as sopas e o arraial. O terço é rezado ou cantado, em casa do Imperador durante toda a semana que antecede a coroação. As antigas folias, bailes e cantorias que se faziam por ocasião do terço, e que sempre mereceram forte contestação da hierarquia da Igreja, foram substituídas por jogos, onde os mais usuais eram os do anel e o do soldado ,dando qualquer um destes a oportunidade a algum piscar de olho namoradeiro.
Os participantes no terço eram brindados com doces ou massa sovada e licor caseiro às quintas-feiras e aos sábados, sendo no presente quotidianamente.
Faial
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Festas do Espirito Santo Ilha do FaialEmbora sejam festas de cariz religioso, desenvolveram-se ao abrigo de um braço de ferro entre a hierarquia da Igreja Católica e a fé popular, foi esta facão, devido ao seu forte enraizamento nas pessoas, quem venceu. Por isso, nestas festas coexistem rituais tradicionais de cariz folclórico, como os foliões, e uma mistura de símbolos de raiz cristã, com outros de poder secular.Abaixo estão as três coroas das irmandades da localidade da Ribeirinha (Faial), cheias desta mistura como passo a evidenciar.
A coroa central é a mais antiga e data do final século XIX, todavia comum a todas elas o seguinte:
Coroas com hastes, as mais antigas têm quatro, símbolo de poder imperial, uma forma de reconhecer ao Espírito Santo o poder máximo, o título de imperador.
Na junção das hastes há sempre uma Esfera encimada por uma Pomba, representando o domínio do Espírito Santo sobre a Terra e sobre o próprio poder imperial.
Junto a cada coroa há um bastão chamado Ceptro, o mesmo nome do bastão utilizado pelos monarcas, outro reconhecimento de autoridade real.
O Ceptro tem na sua extremidade superior uma pomba, novamente um símbolo de realeza e hierarquia reconhecido ao Espírito Santo. Algumas coroas sobre as hastes ostentam também uma Cruz, um sinal da ligação entre a fé no Espírito Santo e a fé em Cristo. A devoção ao Espírito Santo celebra-se sobretudo através da doação de pão, carne e vinho aos pobres, mas tem o seu auge na organização das refeições, oferecida à maioria das populações locais, com as tradicionais Sopas do Espírito Santo. Abaixo os preparativos das sopas do Espírito Santo e o despojos da festa, que se quer sempre lembrada pela abundância da oferta de quem a organiza, o Mordomo.
Santa Maria
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Festas do espirito santo ilha de Santa Maria
As festas do espirito santo incluem uma cerimónia religiosa, começando com a ‘coroação’ do Mordomo, com uma coroa prateada, decorada com os símbolos do Espírito Santo e culmina com uma grande festa no sétimo domingo após Pentecostes. Por ocasião destas festas, uma sopa tradicional de pão embebido em caldo de carne é distribuída gratuitamente aos presentes, pelos Impérios espalhados por toda a ilha.
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Corvo e Flores
Festas do espirito santo ilha do corvo e flores
As festividades da ilha são a Festa do Divino Espírito Santo que acontece todos os anos no 7º Domingo depois da Páscoa faz-se o cortejo com missa solene e as sopas do Espírito Santo onde toda a população é convidada e no 2º fim-de-semana de Julho é que é a festa profana com arraial, tasca, artistas e convidados. havendo no Domingo mais uma vez o cortejo com coroações, o bodo de leite.
Graciosa
Festas do espirito santo ilha Graciosa
Os Festivais do Espírito Santo são um símbolo da devoção dos açorianos e uma expressão de um culto com raízes medievais. Estes animam as freguesias, aos domingos, com a procissão do imperador, a decoração vistosa da capela chamada de teatro, ou império e do bodo, um banquete em que o vinho e a comida são distribuídos gratuitamente. As festas são distribuídas por toda a ilha, depois de Pentecostes, e aí juntam-se os moradores locais e visitantes, em conjunto com o mesmo espírito religioso e festivo.
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