8/13/2019 ESTUDO DE CASO - CONFUSO AGUDA APOS NEUROCIRURGIA - SLIDE
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Marina Komati Yoshida de Almeida
Estudo de Caso:
Faculdade So Lucas Porto Velho/RO - Dezembro 2012
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Estudo de Caso
Paciente do sexo feminino, 46 anos, casada, do lar, reside em Porto Velho. Admitida na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro aps microcirurgia de tumor intracraniano. Histria
de etilismo, hepatite C, artrite reumatoide, doena de refluxo gastresofgico, sndrome de Sjgren, alrgica a
sulfa e dipirona.
H nove meses teve incio cefaleia constante, acompanhada de nuseas e vmitos, com piora significativa
nos ltimos dois meses. Eventualmente, apresentava vertigens e viso embaada. Aps investigao, exames
mostraram uma leso na regio suprasselar do encfalo, sugestiva de craniofaringioma, com indicao cirrgica
de craniotomia.
No pr-operatrio, segundo evolues de enfermagens procedentes da Clnica Cirrgica, encontrava-se
lcida, orientada, eupneica, normotensa e afebril. Eliminaes fisiolgicas espontneas. Deambulava com
auxlio, devido ao embaamento na viso.
Aps a cirurgia, no primeiro dia, foi encaminhada UTI em sedao, apresentando escore de Ramsay 5
(Sedada, respondendo lentamente a estmulo auditivo alto e toque), sinais vitais estveis, eupneica em ar
ambiente.
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Estudo de Caso
Segundo dia de ps-operatrio, sem sedao, se encontrava confusa, desorientada em tempo e espao;
queria levantar-se da cama e ir para casa. Perguntava quem eram as pessoas (profissionais) ao seu redor.
Encontrava-se com sinais vitais estveis (PA: 110/70, FC: 80, FR: 20, T:36,5 C), eupneica em ar ambiente
(Saturao: 97%). Apresentava ferida operatria em regio frontopariental, com curativo em capacete e limpo
externamente, recebia soroterapia por acesso venoso central na jugular direita, sendo submetida diurese por
sonda vesical de demora. As extremidades estavam aquecidas e perfundidas.
No terceiro dia, apresentou diabetes inspido, que ocasionou hipernatremia de difcil controle (Sdio: 165),
com incio sbito de poliria (Volume Urinrio: 240 mL/hora, densidade urinria: 1.000 g/mL). Permaneceu
confusa, alternando perodos de letargia com perodos de agitao psicomotora, sendo que, em alguns
momentos, foi necessria a realizao de conteno mecnica. Com isso, apresentava dificuldade de
compreenso das orientaes de enfermagem e/ou demonstrava entendimento distorcido das orientaes.
Muitas vezes, mostrava-se agressiva com a equipe.
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Craniofaringioma
Tumor da regio selar - sela
trcica ou turca
Baixo ou incerto potencial de
malignizao, ou malignidade
limtrofe.
3% dos tumores intracranianos
Maior incidncia em crianas
Adultos entre 40 e 45 anos
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Diabetes Inspido
Excreo de grande volume de urina diluda - desidratao e hipernatremia
O paciente com hipernatremiapode apresentar:
Confuso mental;
Delrios;
Alteraes do comportamento;
Fraqueza;
Algias musculares;
Letargia; e
Coma.
O manejo do diabetes inspido inclui reposio hdrica e uso de desmopressina,
vasopressina sinttica.
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Sndrome de Sjgren
Desordem autoimune na qual as clulas imunes atacam e destroem as glndulas
excrinas que produzem lgrimas e saliva.
Henrik Sjgren (1899-1986),
A sndrome tambm associada com distrbios reumticos como a artrite reumatide
e positiva para fator reumatide em 90% dos casos. Os sintomas-chave da sndrome de
Sjgren so a xerostomia e olhos secos. Alm disso, a sndrome de Sjgren pode causar
xerodermia, secura em nariz e vagina, podendo afetar outros rgos do corpo, incluindo os
rins, vasos sanguneos, pulmes, fgado, pncreas e crebro.
Nove em cada dez pessoas com a sndrome so mulheres e a idade mdia de incio da
sndrome o final da quarta dcada de vida.
No entanto, a sndrome pode ocorrer em todas as faixas etrias e em ambos os sexos.
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Itens Identificados
Percepes errneas;
Sdio aumentado;
Dbito urinrio aumentado;
Densidade urinria diminuda;
Letargia transitria;
Agitao psicomotora transitria;
Flutuao na cognio;
Agressividade;
Desorientao;
Inquietao aumentada;
Uso de cateter venoso central;
Uso de sonda vesical de demora;
Presena de ferida operatria.
Foram identificados dois
diagnsticos prioritrios para o
caso, os quais so apresentados,
conforme as Necessidades
Humanas Bsicas de Horta, emcada um dos seus grupos e
subgrupo e conforme os
domnios e as classes da
Taxonomia II da NANDA-I.
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Diagnstico de Enfermagem
CONFUSO AGUDA
Incio abrupto de distrbios reversveis de conscincia, ateno,[cognio e percepo que ocorrem durante um breve perodo de tempo.
Necessidades Humanas Bsicas de Horta:
Grupo:Necessidades Psicobiolgicas
Subgrupo:Regulao Neurolgica
Domnios da NANDA-I:Domnio:Percepo/Cognio
Classe:Cognio
RISCO DE INFECORisco aumentado de ser invadido por organismos patognicos.
Necessidades Humanas Bsicas de Horta:Grupo:Necessidades Psicobiolgicas
Subgrupo:Segurana Fsica e Meio Ambiente
Domnios da NANDA-I:
Domnio:Segurana e Proteo
Classe:Infeco
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Confuso Aguda
CONFUSO AGUDArelacionadaa distrbios hidroeletrolticos, metablicose neurolgicos, evidenciada por agitao aumentada, flutuao na atividade
psicomotora, flutuao no nvel de conscincia, inquietao aumentada, percepes
errneas, agressividade, desorientao, sdio aumentado, dbito urinrio
aumentado, densidade urinaria diminuda.
Etiologia 1:Distrbios hidroeletrolticos e metablicosdefinidos como fatores
fisiopatolgicos relacionados a hipoxia cerebral e/ou distrbios no metabolismo
cerebral secundrios a distrbios hidroeletrolticos, deficincias nutricionais,
distrbios cardiovasculares, distrbios respiratrios,, infeces, distrbios
metablicos e endcrinos, distrbios do sistema nervoso central, doena
colagenosa e reumatoide.
Etiologia 2: Distrbio neurolgico definido como condies isoladas ou de
todo o sistema que resultam de comprometimento estrutural ou metablico do
crebro e de seu ambiente.
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Intervenes/atividades de
enfermagem segundo a NICControle do Delrio e
Preveno de Quedas
Domnio:Segurana
Classe:Controle de Risco
Informar o paciente sobre
pessoa, lugar e tempo, senecessrio;
Providenciar cuidadores
com quem o paciente
esteja familiarizado;
Encorajar visitas de
pessoas significativas,conforme apropriado;
Comunicar-se com
enunciados simples,
diretos e descritivos;
Monitorar a movimentaodo paciente;
Manter grades no leito; Realizar banho no leito.
Controle acidobsico
Domnio:Fisiolgico:
ComplexoClasse:Controle
Eletroltico e Acidobsico
Monitorar condio
neurolgica (p. ex., nvel
de conscincia e
confuso);
Monitorar padro
respiratrio;
Monitorar gasometria
arterial e nveis de
eletrlitos sricos e
urinrios, conformeapropriado;
Orientar paciente e/ou
familiares sobre as aes
institudas para tratar o
desequilbrio acidobsico;
Monitorar ocorrncia de
perda cida (p. ex.,
vmito, eliminao
nasogstrica, diarreia e
diurese);
Observar sinais de sedaoe lentificao;
Monitorar resultados de
exames laboratoriais;
Realizar balano hdrico.
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Intervenes/atividades de
enfermagem segundo a NICConteno FsicaDomnio:Fisiolgico:
Bsico
Classe:Controle da
Imobilidade
Proporcionar um nvelapropriado de
superviso/vigilncia para
monitorar o paciente e
possibilitar as aes
teraputicas, conforme
necessrio; Usar formas adequadas de
conteno para limitar
manualmente o paciente
em situaes de
emergncia ou durante o
transporte;
Oferecer confortopsicolgico ao paciente;
Posicionar o paciente
facilitando o conforto;
Proporcionar um ambiente
privativo, ainda que
supervisionado de maneira
adequada, em situaes em
que sua dignidade possa
estar diminuda devido ao
uso de recursos de
conteno fsica; Informar ao paciente e s
pessoas significativas os
comportamentos que
precisam de interveno;
Explicar o procedimento,
finalidade e o tempo da
interveno ao paciente es pessoas significativas,
em temos compreensveis
e no punitivos;
Vigiar risco de agresso.
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Risco de Infeco
RISCO DE INFECO relacionado a procedimento invasivo (cirurgia,cateter venoso central e sonda vesical de demora).
Fatores de Risco: Procedimentos invasivos um fator de risco extrnseco ou
agresso externa que causa rompimento de barreira fisiolgica. Exemplo:
cirurgias, cateteres, drenos, ventiladores mecnicos, sondas, entre outros.
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Intervenes/atividades de
enfermagem segundo a NIC
Controle de I nfecoDomnio:Segurana
Classe:Controle de Risco
Lavar as mos antes e aps
cada atividade de cuidado
ao paciente; Instituir precaues
universais;
Promover ingesto
nutricional adequada;
Observar sinais de Celso;
Implementar cuidados no
manuseio de cateter
venoso central;
Implementar cuidados com
a troca de curativos.
Cuidados com LesesDomnio:Fisiolgico:
Complexo
Classe:Controle de
Pele/Feridas
Monitorar ascaractersticas da leso,
inclusive drenagem, cor
tamanho e odor;
Aplicar curativo adequado
ao tipo de leso;
Avaliar aspecto da feridaoperatria;
Observar condies de
suturas.
Cuidados com Sondas:Ur inrio
Domnio:Fisiolgico:
Bsico
Classe:Controle da
Eliminao
Registrara as
caractersticas da
drenagem urinaria;
Esvaziar o sistema de
drenagem urinria a
intervalos especficos; Limpar a rea de pele
circunjacente, a intervalos
regulares;
Avaliar a possibilidade de
retirada da sonda vesical; Realizar higiene perineal.
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Evoluo
A orientao cognitiva da paciente se apresentava, inicialmente, muito comprometida e
evoluiu para levemente comprometida; quanto a obedincia a comandos, a paciente se
encontrava muito comprometida e evoluiu para no comprometida; em relao ao sdio
srico e densidade especfica urinria, evoluiu de desvio grave da variao normal para
nenhum desvio da variao normal; quanto ao controle de quedas, a indicao de colocao
de barreiras para preveno e o uso de procedimento seguros de transferncia atingiram o
objetivo pela persistncia da equipe e constante superviso.
No momento da alta, a paciente se encontrava em
boas condies clnicas e cirrgicas, porem ainda em
recuperao da condio neurolgica referente
cognio.
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Referncias
1. BENEDET, A.S.; BUB, M.B.C. Manual de diagnostico de enfermagem: uma abordagem baseada na teoria denecessidades humanas bsicas e na classificao diagnostica da NANDA. 2. Ed. Florianpolis: Bernuncia,2001.
2. BULECHEK, G.M.; BUTCHER, H.K.; DOCHTERMAN, J.M. Classificao das intervenes de enfermagem(NIC). 5. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
3. HORTA, W.A. Processo de enfermagem. So Paulo: EPU, 1979.
4. MAKARIUS, N.A.; MCFARLANE, S.L. Diabetes insipidus: diagnosis and treatment of a complex disease.Cleve Clin J Med. 2006;73(1):65-71. Disponvel em: < http://www.ccjm.org/content/73/1/65.full.pdf>. Acesso em:
dezembro-2012.
5. NANDA International. Diagnsticos de enfermagem da NANDA: definies e classificao 2009-2011. PortoAlegre: Artmed, 2010.
6. SMELTZER, S.C.; BARE, B.G.; CRUZ, I.C.F.; CABRAL, I.E.; LISBOA, M.T.L.; FIGUEIREIDO, J.E.F.
Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem mdico-cirrgica. 10. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2005.
7. YIN, R.K. Estudo de caso: planejamento e mtodos. 4. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
8. ZANTUT-WITTMANN, D.E.; GARMES, H.M.; PANZAN, A.D.; LIMA, M.O.; BAPTISTA, M.T.M. Severerhabdomyolysis due to adipsic hypernatremia after craniopharyngioma surgery. Arq Bras Endocrinol Metab.2007;51(7):1175-9. Disponvel em: < http://www.scielo.br/pdf/abem/v51n7/a23v51n7.pdf>. Acesso em: dezembro-
2012.