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FarmacologiaEnsaios ClnicosAntnio Pedro Martinho
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Ensaios Clnicos
Antes de se iniciar um ensaio clnico tm de
ser feitos estudos em laboratrio. Segue-se a experimentao animal ("ensaios pr-clnicos") e se os estudos preliminaresoferecerem confiana passa-se fase de
ensaio no ser humano ("ensaios clnicos").
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Ensaios clnicos
Os ensaios clnicos so divididos em quatrofases:
Fase I So os primeiros ensaios realizados numpequeno nmero de voluntrios (sos)
adultos normais, excluindo mulheresgrvidas, para uma avaliao previa dasegurana e toxicidade.
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Ensaios Clnicos - Fase I
So ensaios de farmacologia clnica etoxicidade no homem, primariamenterelacionados segurana e no eficcia, e geralmente realizados emvoluntrios normais
Avaliao clnica aos voluntrios, antes eaps a administrao do frmaco.
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Ensaios Clnicos - Fase I
O principal objectivo determinar uma doseaceitvel sem causar efeitos colateraissrios
O voluntrio submetido a dosescrescentes da droga
Envolve estudos do metabolismo e dabiodisponibilidade da droga
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Ensaios Clnicos Fase I
Normalmente os voluntrios que soseleccionados, permanecem no local onde apesquisa realizada, efectuando-se:
a) Testes de associao a frmacos conhecidos;b) Novas indicaes clnicas;c) Novas formas farmacuticas;
d) Frmacos de uso local.Nos casos a e b, a fase I poder ser ultrapassada,
procedendo-se imediatamente fase II.
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Ensaios Clnicos Fase II
So ensaios iniciais de investigao
clnica do efeito do tratamento investigaes ainda em pequena escalada efectividade e segurana da droga
monitorizao cuidadosa de cada paciente
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Ensaios Clnicos Fase II
Fase II So os primeiros ensaios realizados num
nmero reduzido de pacientes O objectivo desta fase determinar adose teraputica e a formulao ptima dofrmaco.
So realizados os mesmos examesclnicos e laboratoriais da fase I.
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Ensaios Clnicos Fase III
Fase III Avaliao em larga escala do tratamento
Comparao com o(s) tratamento(s)padro disponvel para a mesma condiomdica
considerada a fase final da pesquisaclnica, onde a eficcia e a segurana dofrmaco avaliada.
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Ensaios Clnicos Fase IV
Fase IV Fase de vigilncia ps-comercializao monitorizao de efeitos adversos a longo
prazo, principalmente de morbilidade emortalidade
Costuma ser includa esta fase aos ensaiosclnicos, com o fim de obter informaesadicionais que reflectem a realidade do mdicofrente doena no seu consultrio/ hospital.
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Ensaios Clnicos Fase IV
Tambm tem por finalidade estabelecernovas indicaes e esquemasposolgicos.
Os ensaios clnicos no tm protocolosrgidos, para obter a curto prazo, as suasimpresses sobre o novo frmaco prestesa ser lanado no mercado farmacutico
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Ensaios ClnicosRandomizao
O ensaio clnico randomizado trata-se de umestudo prospectivo que compara o efeito e valorde uma interveno (profiltica ou teraputica)
com controles em seres humanos, no qual oinvestigador distribui o factor de interveno aser analisado de forma aleatria atravs datcnica da randomizao; dessa forma, os
grupos experimental e de controle so formadospor um processo aleatrio de deciso.
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Ensaios Clnicos
Tipos de ensaios clnicos:
Os ensaios clnicos poder ser divididos em 2tipos
Controlados No - Controlados
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Ensaios Clnicos No Controlado
O tipo mais simples, consistindo naadministrao do frmaco a um pequenonmero de pacientes, sem grande rigor deseleco de diagnsticos e sem grupocontrole.
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Ensaios Clnicos - Controlado
Os ensaios clnicos controlados podem ser:
Abertos Cegos
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Ensaios Clnicos - Controlado -Aberto
Tanto o mdico como o paciente sabem omedicamento que est a ser administrado.
A sua finalidade identificar ascaractersticas do frmaco e os seus
resultados devero ser depoisconfirmados atravs do ensaio controladocego.
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Ensaios Clnicos Controlado -Cego
O ensaio do tipo cego, subdividido em
Simples Cego Duplo Cego
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Ensaio Clnico - Controlado - Cego
No Ensaio Simples Cego apenas ospacientes desconhecem a medicao
administrada.
No Ensaio Duplo Cego, tanto o mdico
como o paciente no sabem qual ofrmaco (ou placebo) que est a seradministrado
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Ensaio Clnico duplo cegorandomizado
o ensaio clnico randomizado e com duploocultamento o mtodo padro deavaliao das intervenes teraputicas.
este o mtodo que confere a melhorevidncia de eficcia de um determinadotratamento e , hoje, obrigatrio ter este
tipo de estudos como base para justificara utilizao de qualquer tratamento
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Ensaio Clnico - Controlado - Cego
Ensaios Clnicos Controlados Cegos so amelhor forma de corrigir eventuaisinfluncias (tanto do medico como do
paciente) nos resultados
No caso do uso de placebo, a observao
reflecte a eficcia do frmaco em estudo eavalia ainda a incidncia real dos efeitoscolaterais
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Ensaios Clnicos - Controlado
A comprovao do planeamento depesquisa pode ser feita por comparao
de resultados observados do placebo eaqueles obtidos com frmaco padro(eficcia e segurana bem conhecidos),obtendo-se o valor do frmaco em estudo(Figura 1).
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Ensaios Clnicos - Controlado
Figura 1: Avaliao de frmaco em ensaios controlados com placebo (Zanini, 1977)
Desta forma,os estudosclnicos somais completos
quando seutilizam gruposque recebem ofrmaco em
estudo,frmacopadro eplacebo.
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Ensaios Clnicos - Protocolo dePesquisa
O protocolo de pesquisa baseia-se nosobjectivos que pretendem avaliar durantea execuo de ensaios clnicos e na
anlise dos resultados.
Ento, o protocolo varia mediante o tipo deavaliao clnica, mas de um modo geralcontm os seguintes passos:
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Ensaios Clnicos - Protocolo dePesquisa
Identificao do investigador Objectivo: Natureza do estudo (teraputico, profiltico,
diagnstico) Propsito do estudo
Tipo de ensaio clnico (aberto, duplo cego) Mtodo de avaliao: Procedimento do estudoDurao da avaliaoPacientes seleccionadosPacientes excludosFrmaco e doseCritrios de respostaEfeitos colaterais
Avaliao dos resultados - anlise estatstica
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Ensaios Clnicos - Ficha clnica
Compreende um conjunto de formulriosutilizados para anotar os dadosobservados. Acompanha o protocolo e oseu nmero igual ao de pacientesprevistos para o ensaio clnico.
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Ensaios Clnicos - Factores queinfluenciam os ensaios clnicos
Na realizao de ensaios clnicos, vriosfactores podem influir nos resultados daavaliao do frmaco em estudo. Osfactores podem ser agrupados em
Farmacolgicos No Farmacolgicos
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Ensaios Clnicos - Factores queinfluenciam os ensaios clnicos
Farmacolgicos: Aqueles que dependemdas propriedades intrnsecas do frmaco:a)dose e esquema posolgico; b) cor do
medicamento. No Farmacolgicos: Aqueles que no
dependem das propriedades intrnsecasdo frmaco e esto relacionados com ospacientes seleccionados: a)idade, b)sexo;c) grau scio cultural.
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Placebo "A questo do placebo um dos assuntos que mais
fascinam e, ao mesmo tempo, mais causamcontrovrsias entre a classe cientfica. Com todo oconhecimento que a cincia hoje possui, o placeboainda permanece como um mistrio e todos os artigossobre ele ainda so bastante incompletos. O seu bom
ou mau uso pode significar uma vida, principalmenteenquanto os seus efeitos so pouco conhecidos a fundoe o seu funcionamento, isto , como realmente agem osplacebos, ainda alvo de muitas teorias, inclusive aabordagem psicolgica. Para a classe cientfica,conhecer o placebo, suas possibilidades e seus efeitos
fundamental. E para um leigo, at que ponto interessante saber que um remdio ao qual ele atribui asua cura no passava, por exemplo, de simplescomposio de amido com acar? Estas e outrasquestes so apresentadas aqui para pura reflexo (...)
Dr. Ben Z. Krentzman
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Ensaios Clnicos - Critrios de inclusoe excluso de pacientes em
investigao clnica
Depois de estabelecida a finalidade,efectua-se a seleco das caractersticasdos pacientes (excludos ou includos)para que a amostragem seja a maishomognea possvel.
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Ensaios Clnicos - Critrios de inclusode pacientes em investigao clnica
Em relao aos critrios de incluso depacientes, destacam-se: a)diagnstico dadoena; b)peso, idade, sexo, raa; c) graude severidade da doena; d) tempo em
que o paciente tem a doena; e) nmerode crises anteriores; f) cooperao dopaciente
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Ensaios Clnicos - Critrios deexcluso de pacientes em investigao
clnicaEm relao aos critrios de excluso de
pacientes, destacam-se: a) pacientes
grvidas ou que desejem engravidar; b)lactao; c) pacientes dependentes defrmacos; d) pacientes com problemashepticos, de rins e corao; e) pacientecom outras doenas que possaminfluenciar a resposta do frmaco emestudo.
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Ensaios Clnicos - tica dainvestigao clnica
Uma das maiores barreiras realizaodos ensaios clnicos relaciona-se com atica dos ensaios clnicos em seres
humanos. Em 1964, uma srie de normas foram
impostas, denominando o conjunto de
Declarao de Helsnquia, onde sedestacam os seguintes princpios:
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Ensaios Clnicos - tica dainvestigao clnica
Existncia de dados prvios em animais de laboratrio; Protocolo a ser examinado pela comit; Qualificao cientfica do investigador; Relao risco-benefcio; Respeito ao direito e privacidade do paciente; Segurana sobre os riscos; Fidelidade dos resultados obtidos; Consentimento consciente, de preferncia por escrito; Declarao de obedincia s normas ticas.
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Ensaios Clnicos - Bibliografia
DELUCIA, Roberto, OLIVEIRA- FILHO, Ricardo Martins de,Farmacologia integrada, 2 Edio, Editora Revinter, Rio de Janeiro;
WWW.Infarmed.pt http://ponciano.ibilli.uc.pt.uip.web/psifarmac/etica/mini.html#5 -
Aspectos humanisticos e metodolgicos de estudoshumansticos e Psicofarmacolgicos (Princpios deinvestigao experimental em seres humanos; Tratado deHelsnquia, etc.).
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi ?db=PubMed Pocock SJ - Clinical Trials. A Pratical Approach. Brisbane: John
Wiley & Sons, 1989.
www.google.com
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