ENCONTRO DIOCESANO DE FORMAÇÃO
MINISTÉRIO EXTRAORDINÁRIO DA PALAVRA
MINISTÉRIO EXTRAORDINÁRIO DA SAGRADA COMUNHÃO
COORDENAÇÃO PAROQUIAL DE:
Assessor: Diác. José Geraldo de Oliveira – Diretor Espiritual: Pe. Roberto Baía
Formadores: Jairo (Paróq. Nª Srª Aparecida), Osvaldo Lima e Welington César (Candidatos Diaconato)
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MINISTÉRIO DA PALAVRA
TEMA
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PROCLAMAR A PALAVRA “Um pregador que não se prepara não é espiritual: é desonesto e
irresponsável quanto aos dons que recebeu.” (EG 145)
• “...eu te peço com insistência: proclama a Palavra, insiste oportuna e inoportunamente, argumenta, repreende, aconselha com toda
paciência e doutrina.” (2Tm 4,3)
• “pratica a obra de pregador do Evangelho, cumpre teu ministério.” (2Tm 4,5)
“Pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o
evangelho! Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha,
trata-se de um encargo que me foi confiado.” (ICor 9, 16-17)
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OBJETIVO:
• Fornecer subsídios para formação dos ministros da Palavra;
• Fomentar a sede da constante formação;
• Promover uma integração entre os coordenadores diocesanos;
• Desenvolver reciclagem;
• Explanar sobre os pontos chave do ministério da palavra;
• Através da autoanálise promover um diagnóstico a respeito do nosso ministério;
• Formação continuada.
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O QUE É O MINISTÉRIO DA PALAVRA:
• Incube servir a necessidade da comunidade, que fundamentalmente são de três dimensões: Evangelização, celebração e comunhão;
• Tem o papel principal em manter viva a relação dialogal entre Deus e a comunidade celebrante;
• É o próprio Cristo falando através das Leituras Sagradas e por meio daquele que exerce o ministério (SC 7).
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POR QUE ME COLOCO A MINISTRAR:
O QUE É FÉ:
• Fé não é o que eu acredito. Fé é o que eu vivo porque acredito!
• “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças.“ (Mc 12,30)
• Temor de Deus: “Sobre ele repousara o Espírito de Deus [...] Espírito de ciência e de temor ao Senhor.” (Is 11,2)
• A fé procede da escuta da pregação e da escuta da Palavra de Cristo. (Rm 10,9-18)
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MINITÉRIO DA PALAVRA E A LITURGIA:
• A Liturgia é a ação do povo batizado, participando no serviço libertador de Cristo. É toda ação realizada por Deus, em Jesus Cristo e, através do seu Espírito...;
• é expressar com gestos, símbolos e palavras a liturgia-vida, é tornar célebre, inesquecível a ação que o Pai realizou em Jesus e através dele a toda a humanidade e continua hoje, em nós e através de nós.
• Liturgia é a celebração da aliança de comunhão com Deus e entre os irmãos;
• celebra a história da salvação e gira em torno do mistério sacrifical e salvífico(páscoa) de Cristo Jesus. (SC 5-7)
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MINITÉRIO DA PALAVRA E A LITURGIA:
• Aquele que preside a celebração deve fazer um elo de ligação entre tudo aquilo que envolve a liturgia e a realidade de vida comunitária e contemporânea a qual o povo está inserido.
• Tem-se que atentar para o tempo litúrgico, solenidades, festas, acontecimentos do mundo que afetam o povo de Deus, além da necessidade de tecer, como uma colcha de retalhos, uma conexão de tudo isso com os textos bíblicos.
• Na celebração o povo se reúne para o culto a Deus, como verdadeiro Corpo de Cristo, e participando do sacrifício do Cordeiro renovam a esperança e vivem a Aliança Divina.
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MINITÉRIO DA PALAVRA E A LITURGIA:
• Segundo o Documento 52 da CNBB, não existe um ritual próprio para a celebração da palavra. Contudo, recomenda-se valorizar:
a) A reunião em nome do Senhor;
b) Proclamação e atualização da Palavra;
c) Ação de Graças;
d) Envio em missão.
• Como roteiro:
a) Ritos iniciais: Saudação, Acolhida e rito penitencial;
b) Leitura, Salmo e Evangelho;
c) Partilha da Palavra de Deus.
d) Profissão de fé;
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MINITÉRIO DA PALAVRA E A LITURGIA:
e) Oração dos fieis;
f) Momento de Louvor (Proibido a formula eucarística);
g) Oração do Pai Nosso;
h) Abraço da Paz;
i) Comunhão Eucarística, podendo o Pão Eucarístico ser colocado sobre o Altar para uma ação de graças;
i) Ritos Finais.
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MESA DA PALAVRA E MESA EUCARISTICA:
• O centro de nossa fé cristã é o sacrifício de Cristo, sua total entrega por nós confirmada pela Ressurreição e o dom do Espírito. Com isso, o ponto de convergência e atenção tem que ser voltado para o altar, pois ali se faz presente o sacrifício do Cordeiro.
• A Mesa da Palavra consiste do local onde Cristo nos fala através das leituras sagradas e da fala do homiliasta.
• “a dignidade da Palavra de Deus requer na igreja um lugar condigno de onde possa ser anunciada e para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da Liturgia da Palavra.” (IGMR 309)
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MESA DA PALAVRA E MESA EUCARISTICA:
• A homilia faz a ligação entre essas duas mesas;
• pois, “A igreja sempre venerou as divinas Escrituras, da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor, já que, principalmente na Sagrada Liturgia, sem cessar toma da mesa tanto da palavra de Deus quanto do Corpo de Cristo o pão da vida, e o distribui aos fiéis.” (DV 21);
• Citamos aqui Santo Agostinho, que dizia: “O verdadeiro Cristo está na Palavra e na Carne.”
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O MINISTRO DA PALAVRA:
• REQUISITOS PAR EXERCER UM BOM MINISTÉRIO:
• União com Deus: O ministro é uma ponte entre Deus e os homens;
• Convencimento Pessoal: Tem que estar aceso por dentro crer firmemente naquilo que proclama;
• Preparação pessoal: Não basta confiar na inspiração é necessário preparar-se;
• Preparação doutrinal: Dominar o tema a ser falado;
• Preparação da homilia: Transmitir a palavra com dignidade. Que a palavra chegue claramente aos outros.
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O MINISTRO DA PALAVRA:
• QUALIDADES NATURAIS:
• Ciência para pregar;
• Imaginação e originalidade;
• Entusiasmo e convicção para exprimir as ideia.
• QUALIDADES SOBRENATURAIS:
• Testemunho de vida;
• Amor a Cristo e à Igreja;
• Vida de oração;
• Equilibrio entre ação e contemplação;
• Zelo apostólico.
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O MINISTRO DA PALAVRA:
• Com “o número insuficiente de sacerdotes e sua não equitativa distribuição impossibilitam que muitíssimas comunidades possam participar regularmente na celebração da Eucaristia...” (DA 100e)
• “[...] em nossas Igrejas contamos também com ministérios confiados aos leigos e outros serviços pastorais, como o ministros da Palavra...” (DA 99c)
• NECESSIDADE DO MINISTRO LEIGO:
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O MINISTRO DA PALAVRA:
• É aquele que assume espiritualmente a atitude de Jesus que veio para servir e não para ser servido;
• Assume como seu dever proclamar a Boa Nova.
• ele tem uma relação de profunda intimidade com Cristo e a sua palavra.
• É desejoso de se conformar a Cristo, pois em Cristo não há diferença entre aquilo que se fala e aquilo que se faz. Isso, porque Jesus é o Verbo e puro ato!
• Assim sendo, ele testemunha na vida e na carne o próprio Cristo.
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O MINISTRO DA PALAVRA:
• O que lhe dá sustentação é: “Pregar a Palavra de Deus ardentemente contemplada, solenemente celebrada e cientificamente pesquisada.” (Santo Tomás de Aquino)
• A credibilidade do ministro virá do testemunho de sua vida. É preciso conquistar a todo custo a confiança do povo na reputação moral e na honestidade intelectual. Perdida uma delas é dificílimo reconquista e a sua pregação não atingirá nenhum resultado.
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PREPARAR-SE PARA MINISTRAR:
• “O ofício de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério da Igreja.” (DV 10)
• “[...] a Sagrada Escritura deve ser também lida e interpretada naquele mesmo espírito em que foi escrita.” (DV 12)
• “Cabe aos Sagrados Pastores, depositários da doutrina apostólica, educar oportunamente os fieis que lhes foram confiados para o correto uso dos livros divinos [...] que sejam acompanhadas das explicações necessárias e realmente suficientes, a fim de que os filhos da Igreja, segura e ultimamente, se familiarizem com as Escritura Sagradas e de seu Espírito fiquem imbuídos.” ” (DV 25)
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PREPARAR-SE PARA MINISTRAR:
• Diante da confiança e da responsabilidade depositada pela Igreja e pelos fieis, aquele que é ministro da palavra deve proclamar somente aquilo que o próprio Cristo ensina e que a Santa Igreja interpreta. Fugindo, assim, de proferir opiniões pessoais ou conhecimentos inconsistentes e fragmentados;
• e para que isso aconteça é necessário que o ministro se prepare espiritualmente e intelectualmente, para que a voz do Ressuscitado ressoe através dele;
• tendo como primeiro hábito a oração ao Espírito Santo;
• e também um amor fervoroso pelos textos sagrados.
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PREPARAR-SE PARA MINISTRAR:
• É indispensável que o homiliasta seja o primeiro ouvinte da Palavra e se torne praticante, para não se tornar um vão pregador da Palavra externamente porque não a escuta internamente. (Sto Agustinho)
• Além dos textos bíblicos o homiliasta deve se fundamentar em outros subsídios, como; encíclicas, livros, documentos da CNBB, exortações apostólicas, documentos da patrística, sites, catequese papal, etc.
• O ministro deve dedicar tempo para a preparação e estudo. Essa preparação deve se dar ao longo dos dias e não em um único dia.
• Para isso é necessário a prática da “Leitura Orante da Palavra” (Lectio Divina)
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1. Elemento exegético: é entendido como a arte e a ciência de encontrar e propor o sentido verdadeiro de um texto escriturístico.
a) É necessário entender o texto, as palavras e conceitos nele incluídos;
b) Estudar o contexto da perícope: circunstâncias de um fato, milagre, parábola, estilo do livro e o destinatário dos textos;
c) Distinguir o texto literário e a mensagem que ele contém;
d) É necessário levar em consideração que Deus, por meio do autor inspirado, quis dizer algo e ainda quer dizer algo através da palavra. Ir além do que está escrito.
e) Distinguir a mensagem principal, levando em consideração o Espírito da letra.
TÓPICOS DE PREPARAÇÃO:
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2. Elemento vital: a bíblia é luz vital e não uma mensagem abstrata. Ela representa uma atitude frente à vida.
a) Quem prega deve conhecer a comunidade que o ouve;
b) Deve ter como critério central a palavra revelada, sem convertê-la numa teoria ideológica. Jamais deve se converter em um discurso político;
c) Não ser omisso em abordar temas polêmicos à luz do Evangelho.
PREPARAR-SE PARA MINISTRAR:
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3. Elemento litúrgico: como a homilia está dentro de um contexto litúrgico esta não é maior que a liturgia, pelo contrário está a serviço dela.
a) Deve-se controlar o tempo;
c) Não se limitar a explicar somente os textos sagrados, mas também tecê-los com a vida e a liturgia celebrada;
PREPARAR-SE PARA MINISTRAR:
b) Ter função mistagógica, conduzir aos mistérios;
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O QUE É HOMILIA:
• Homilia é um diálogo familiar. É um diálogo amoroso entre Deus e o seu povo;
• instrui e orienta os fieis para uma vida em Deus, estreitando os laços de amor e fidelidade;
• ligando vida, Palavra de Deus e celebração.
• Cremos que é o próprio Cristo falando através da ação do Espírito Santo.
• A homilia transforma a vida cotidiana, transfigurando-a conforme a vontade de Deus.
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O QUE É HOMILIA:
• A homilia deve dar ao povo respostas ou pistas teológicas para os assuntos que os preocupam e os problemas que o assaltam. Isso à luz do Evangelho.
• “A homilia constitui uma atualização da mensagem da Sagrada Escritura, de tal modo que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e a eficácia da Palavra de Deus no momento atual da sua vida.” (VD 59)
• É um tipo de oratória sagrada, tendo como finalidade levar a mensagem bíblica dessa liturgia para a vida dos ouvintes a partir de um encontro pessoal com Cristo.
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ELEMENTOS QUE COMPÕE A HOMILIA:
• Início: é a apresentação do ponto chave, cria-se uma expectativa quanto ao desenrolar da fala.
• Meio: é o desenvolver dos argumentos, é onde se prova que tema tratado é importante.
• Conclusão: aqui é proposto a decisão que o público vai tomar para colocar em prática aquilo que ouviu.
• Tempo: Homilia não é sermão ou pregação, sua duração deve durar até 15 minutos, pois assim estará em harmonia com o restante dos elementos litúrgicos e não se torna enfadonho para aquele que ouve.
• O homiliasta deve deixar-se guiar pelo Espírito, configurando-se ao Ressuscitado.
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HOMILIA NA PRÁTICA:
• Não basta simplesmente explicar os textos bíblicos. É preciso interpretá-los a partir da realidade, atualizando-os na vida concreta da comunidade celebrante, tendo como referência o mistério de Cristo;
• deve-se fazer a homilia de tal forma que o povo compreenda saborosamente a Palavra de Deus e possa ligar os textos sagrados à realidade na qual vivemos e o mistério celebrado.
• A homilia deve convocar o povo de Deus, provocar a adesão a Deus, enviar o povo e fomentar o testemunho.
• A homilia não é palestra e nem discurso, esta deve ser falada com o coração ardente para que a assembleia sinta a verdade proclamada.
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HOMILIA NA PRÁTICA:
• O homiliasta á a primeira imagem da homilia. A Palavra deve vir acompanhada da postura do homiliasta: Gestos expressivos, olhar com simpatia, entonação de voz, sorriso, seriedade, interrogação, convicção, silêncio.
• Deve cultivar a sua originalidade e carisma, não cabendo imitar ninguém.
• E ao direcionar ao ouvinte que a fala seja simples e compreensível àqueles que o ouvem;
• sua homilia deve surpreender, não simplesmente repetir o texto ou seguir o mesmo discurso todo domingo.
• Utilizar somente uma ideia central para o discurso. Se possível fazer citações.
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HOMILIA NA PRÁTICA:
• O Altar não deve ser utilizado como uma mesa de apoio ou para colocar objetos e nem de onde se preside a celebração;
• toda presidência deve ser realizada da Cadeira Presidencial;
• e a proclamação das leituras e realização da homilia deve ser realizada da Mesa da Palavra(ambão);
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HOMILIA NA PRÁTICA:
• Como técnicas para o amadurecimento do ministério existem algumas ferramentas que podem ajudar:
• Autoavalição;
• Gravar a homilia;
• Auxilio de uma pessoa idônea para um feed back;
• Conversa informal com a comunidade ouvinte.
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CONSIDERAÇÕES:
• “Renovemos a nossa confiança na pregação, que se funda na convicção de que é Deus que deseja alcançar os outros através do pregador e de que Ele mostra o seu poder através da palavra humana.” (EG 136)
• “... A Igreja é mãe e prega ao povo como uma mãe fala ao seu filho, sabendo que o filho tem confiança de que tudo o que se lhe ensina é para o seu bem, por que se sente amado” (EG
139)
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SUGESTÕES DE FONTES:
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AGRADECEMOS A PRESENÇA DE TODAS AS PARÓQUIAS AQUI REPRESENTADAS PELOS SEUS COORDENADORES