Emergências clínicas
Emergências clínicas
Desmaios
• Perda de consciência temporária,diminuição significativa ou interrupção momentânea do fluxo sanguíneo para o cérebro.
Definição:
Pode ser:
• Emoções fortes (medo, angústia, surpresa)
• Hipoglicemia
• Calor excessivo
• Anemia ou sangramento volumoso
• Mudança brusca de posição
Antes do desmaio
Pode sentir:
Tontura
Fraqueza ou náuseas (enjôo)
Enxergar pequenos pontos brilhantes
Palidez cadavérica
Cansaço
Ao atender uma pessoa com sensação de desmaio, o socorrista deve:
• Colocar a vítima deitada de barriga para cima, com os pés ligeiramente elevados.
• Conversar com ela, orientando-a para que respire profunda e lentamente.
• Permanecer ao lado da vítima para, em caso de perda da consciência, fazer a avaliação das vias aéreas, da respiração e da circulação.
Como colocar a vítima em posição lateral:
• Deite-a de barriga para cima.
• Coloque-se de um lado da vítima e ajoelhe-se de frente para ela.
• Flexione a perna da vítima que está mais próxima de você. (1)
• Pegue a mão da vítima que está desse mesmo lado e coloque-a sob a nádega, com a palma da mão irada para baixo. (2)
• Com cuidado e vagarosamente, vire a vítima para o seu lado. (3)
• Posicione a cabeça da vítima de lado, de modo que, se ela vomitar, a secreção saia facilmente da cavidade oral, impedindo que seja aspirada para os pulmões. (3)
• Feche a mão livre da vítima e coloque-a sob o queixo ou a bochecha, para evitar que a face vire para baixo. (4)
• Nunca deixe uma pessoa que acabou de se recuperar de um desmaio levantar-se ou andar de súbito, pois o esforço despendido nessas tentativas poderá causar novo desmaio.
• Não acorde uma pessoa que está inconsciente com atitudes como jogar água fria, colocá-la de pé ou sacudi-la, dar tapas no rosto ou oferecer-lhe substâncias para cheirar.
Observação:
Diferenciar desmaio de histeria, cujos sinais são:
• Tremor palpebral;• Geralmente ocorre quando há pessoas
próximas;• A queda é estudada e se dá em local que não
lhe oferece perigo;• Apresenta respiração profunda e suspirosa,
não melhora com as medidas empregadas para facilitar a irrigação cerebral.
Medidas Preventivas:
Reconhecer os sinais e sintomas do desmaio: • Escurecimento da vista, tontura;• Desconforto epigástrico, náuseas e vômitos;• Dificuldade respiratória;• Sudorese fria e pegajosa;• Pulso fino;• Relaxamento muscular, provocando dificuldade
para se manter em pé ou sentado.
Neste caso deve-se:
• Colocar o paciente sentado em uma cadeira, com os braços estendidos entre as pernas separadas;
• Segurar na região occiptal e forçar a cabeça para baixo, ao mesmo tempo em que se solicita para a vítima tentar elevar a cabeça, fazendo pressão contra as nossas mãos.
Vertigens
É a sensação em que a vítima parece girar em
torno dos objetos ou os objetos em torno dela.
A vítima pode ter zumbidos e chegar até a
surdez, náuseas e vômitos, porém parece sempre
lúcida.
É uma de tantas doenças que afetam o nosso órgão de equilíbrio (o labirinto), e que tem origem infecciosa.
Labirintite
Causas:
• Lesões cerebrais que atingem os núcleos
• Traumatismo no crânio (encefálico)
• Hemorragias cerebrais
• Distúrbio hormonal
• Problemas de circulação
• Jejum prolongado
Vertigens
Causas:• Alturas elevadas;• Mudanças bruscas de pressão
atmosférica;• Ambientes abafados;• Movimentos giratórios rápidos;• Mudanças bruscas de posição.
Manifestações:
• Sensação que está caindo em um
grande abismo
• Náuseas e vômitos
• Presença de consciência (sempre)
• Angústia
O que fazer:
• Colocar a vitima deitada de barriga para cima (em decúbito dorsal), mantendo a cabeça sem travesseiro ou qualquer outro apoio.
• Impedir que a vítima faça qualquer movimento brusco, sobretudo com a cabeça.
• Afrouxar toda a roupa da vítima para que a circulação sanguínea se restabeleça sem dificuldade.
• Animar a vítima com palavras confortadoras.
CONVULSÕES
Perda de consciência, queda ao solo, contrações musculares generalizadas e repetitivas, falta de resposta a estímulos.
• Convulsões durante uma crise
Causas
Epilepsia, é a causa principal;
Lesões na cabeça;
Infecções no cérebro
Parada respiratória;
Febres altas.
Overdose (dose excessiva de cocaina
Epilepsia
Transtorno neurológico crônico que atinge 0,5 – 1% da população.
Caracterizada por crises súbitas e espontâneas associadas à descarga anormal, excessiva e transitória de células nervosas.
O sítio de descarga e sua extensão são fatores determinantes da sintomatologia clínica apresentada.
Varia desde a perda da consciência por poucos segundos até crises generalizadas prolongadas.
Epilepsia
Causas prováveis: infarto cerebral
tumor
infecção
trauma
doença degenerativa
Epilepsia
70 a 75% das crises são tratáveis farmacologicamente
Estado pós-convulsivo
A pessoa pode ficar “perdida” confusa
Colocar a vítima em posição de recuperação
Palavras sem nexo
Sair caminhando sem direção
O sangue que aparecer na saliva ou na boca é decorrente de mordedura na língua.
CONDUTA
Afastar os curiosos
Afastar objetos , colocar um pano na boca da
vítima, afrouxar suas roupas.
Amparar a cabeça da vítima (sem impedir seus
movimentos)
Virá-la de lado para que a saliva escorra pela
boca
Nunca colocar a mão na boca da vítima que
estiver convulsionando (não colocar objetos,
como lápis, gravetos, talheres).
Não há necessidade de puxar a língua da vítima.
Em crianças de 1 a 4 anos, a convulsão em geral
é provocada pela febre alta.
Resfriar crianças febris com toalhas molhadas
com água na temperatura ambiente.
Providencie atendimento médico.
Procurar um médico quando:
A duração da convulsão for maior que 10
minutos
Houver suspeita de trauma da cabeça (antes ou
durante a convulsão)
Dificuldade respiratória, em presença de
consciência rebaixada, ou sendo este o primeiro
episódio de convulsão (vítima com mais de 20
anos de idade).
CÂIMBRAS
Dor muscular repentina com contração involuntária (espasmo) da musculatura envolvida. Causas:
Distúrbios dos nervos
Desidratação
Exercícios vigorosos
Diminuição da insuficiência do fluxo de sangue para os músculos
Deficiência de cálcio, potássio e sódio (sais minerais)
Sinais e Sintomas
Muita dor
Cansaço
Espasmo muscular forte
Conduta
Alongar o músculo envolvido no sentido
oposto do espasmo
Massagem leve no local
Hidratação abundante
DIABETE MELLITUS
O pâncreas não produz insulina suficiente e o
açúcar fica circulando no sangue sem ser
absorvido.
O nível de glicose no sangue aumenta
(Hiperglicemia), excreção de glicose na urina à
medida que a hiperglicemia aumenta.
TIPOS DE DIABETE MELITO
Tipo I – Diabete dependente de insulina- Diabete juvenil:
Ocorre abruptamente deficiência de insulina,
a administração periódica de insulina.
Desencadeada em pessoas com menos de 20
anos.
Ocorre abruptamente deficiência de insulina,
a administração periódica de insulina.
Desencadeada em pessoas com menos de 20
anos.
Tipo II – Diabete Melito não- insulina – dependente :
É muito mais comum que o tipo I, mais de 90% de todos os casos. Ocorre em pessoas superior a 35 anos e com excesso de peso. As células alvos ficaram menos sensíveis a insulina.Os altos níveis de glicose no sangue pode ser controlado: Por dieta
Exercício
Redução de peso
Complicações diabéticas
Hiperglicemia: O tecido recebe Glicose em excesso
Hipoglicemia: Glicose em quantidade insuficiente
Sinais e Sintomas
Os mais evidentes são:
sede intensa
aumento de apetite
a eliminação de urina também cresce consideravelmente
cansaço
perda de peso
Choque de Insulina
É uma problema que causa a queda súbita das concentrações de glicose (Hipoglicemia)
Causa
Altas concentrações de insulina
Sinais e Sintomas
Tontura
Dor de cabeça
Fome
Fraqueza
Transpiração
Pele pálida e
fria
Pulso rápido
Salivação
Falta de coordenação
Conduta
Quando aparecerem os primeiros
sintomas a pessoa deve ingerir
rapidamente um dos alimentos a seguir:
Refrigerante ou suco de fruta
Doce
Dê açúcar
Coma diabético
Alta concentração de glicose (açúcar)
no sangue (hiperglicemia)
Baixas concentrações de insulina
Causa
Sinais e Sintomas
Sede excessiva
Boca seca
Dores de cabeça
Dor abdominal
Pele seca, vermelha e quente
Pulso rápido e fraco
Respiração profunda
Micção excessiva
Possível vômito
Conduta
Procure assistência médica de
emergência
Examine o ABCs e faça a respiração
artificial ou RCP, se necessário
Deite o atleta inconsciente de lado
para permitir a saída de líquidos ou de
vômitos pela boca
DOENÇAS CARDÍACAS
A maioria dos problemas cardíacos resulta de
circulação coronária deficiente.
Angina ou Dor no peito
Isquemia do miocárdio
Causas
Estresse
Trabalho físico excessivo após uma refeição pesada
Estreitamento das artérias coronárias
Pressão alta
FebreSintomas
Dor no tórax, aperto ou pressão
Dificuldade de respirar
Fraqueza, tontura e transpiração
Infarto do miocárdio, ataque cardíaco ou trombose coronária
Infarto é a morte de uma área de
tecido pela interrupção de
suprimento de sangue. Pode resultar
de um coágulo em uma das artérias
coronárias.
Sinais e Sintomas
Desconforto torácico semelhante a angina. A
dor as vezes se irradia para braços
(principalmente esquerdo ou pescoço)
Dor epigástriga, a dor pode se associar a
vômitos, sudorese, ansiedade, inquietação e
falta de ar.
Conduta
Realizar a avaliação primária
Manter a vítima em repouso absoluto
Tranqüilizar pacientes lúcidos
Perguntar sobre outros episódios de dor
e uso de medicação
Chamar socorro
Não deixe a pessoa sozinha
Alergias
Reação alérgica causada por um antígeno
Sinais e Sintomas Vermelhidão
Inchaço da pele (rosto e pescoço)
Coceira e irritação generalizada
Tontura
Falta de ar ou dificuldade para respirar (respiração rápida e ofegante)
Calor
causas
Þ Medicamentos
Þ Picadas de insetos
Þ Contato com pólen
Þ Poeira
Þ Fumaça
Þ Alguns corantes
Conduta
Retirar o agente causador da alergia
Observar a vítima
Em caso de dificuldade respiratória
procurar auxílio médico imediatamente
INFARTO CEREBRAL HEMORRAGIA
CEREBRAL
O que é Derrame Cerebral?
O derrame cerebral é a interrupção súbita do suprimento de sangue com nutrientes e oxigênio para o cérebro;
Em termos médicos o derrame cerebral é denominado acidente vascular cerebral ou encefálico;
Isso afeta as funções do cérebro, lesando as células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências.
O Fluxo de Sangue para o Cérebro O Cérebro recebe 15% do fluxo de sangue do corpo,
embora represente menos de 3% da massa corporal;
Por não apresentar reserva de energia ou nutrientes, necessita de suprimento sanguíneo constante. Se o fluxo de sangue é obstruído, as células deixam de funcionar adequadamente;
Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
Derrame Cerebral Isquêmico
É o resultado da obstrução de vasos sanguíneos cerebrais, causando um infarto cerebral;
Representa até 84% dos casos;
Resulta da obstrução de vasos sanguíneos, normalmente artérias que suprem o cérebro, localizados nas proximidades ou dentro do crânio.
Infarto cerebralVaso cerebral obstruído
INFARTO CEREBRAL
Derrame Cerebral Isquêmico
A etiologia trombótica deriva de arteriosclerose das artérias cerebrais. Ocorre comumente na bifurcação das artérias carótidas no pescoço;
Outra causa possível é a embolia que é a obstrução de um vaso por fragmentos de trombos ou gordura de outras partes do corpo. Exemplo: - o coração - em portadores de cardiopatia, como a Doença de Chagas.
Arteriosclerose em vaso cerebral
Derrame Cerebral Hemorrágico
É o resultado de uma hemorragia dentro do crânio, no cérebro ou em volta dele;
Ocorre em 16% dos casos; Embora menos comum apresenta maior
mortalidade; Há dois tipos de derrame hemorrágico,
intracerebral e a hemorragia subaracnóidea.
Hemorragia intracerebral
Aneurisma cerebral
Vaso cerebral rompido
Derrame Cerebral Hemorrágico
Hemorragia Intracerebral: Sangramento no tecido cerebral, causado por hipertensão ou defeitos nos vasos sanguíneos;
Hemorragia Subaracnóidea: Sangramento no espaço em volta do cérebro, causado normalmente por ruptura de um aneurisma cerebral.
Hemorragia intracerebral
Aneurisma cerebral
Quem é a vítima mais comum?
Trata-se de uma doença característica de pessoas idosas, podendo no entanto, ocorrer em todas as idades;
Representam até 70% das doenças neurológicas em idosos, sendo mais comum em pacientes com hipertensão arterial e diabetes mal controladas.
Os Números
A incidência na população em geral varia de 156 a 256/100,000 habitantes;
Estima-se que ocorram cerca de 340 mil casos por ano no Brasil;
O número de casos aumenta consideravelmente com a idade;
Estudos demonstram que o número de casos tende a dobrar até 2050.
Os Números
1 milhão e 800 mil vítimas de derrames vivem no Brasil atualmente;
Aproximadamente um terço dessas pessoas precisam de cuidados diferenciados;
20% precisam de ajuda para caminharem;
70% têm alterações na capacidade de falar.
Derrame Cerebral pode ser evitado
• Reconhecer
Fatores de risco Arteriosclerose carotídea Derrame prévio Dores de cabeça sentinela
• Agir
Mudar o estilo de vida Procurar orientação médica Tratamento cirúrgico
Fatores de Risco que não podem ser alterados
História familiar Doença cardíaca, hipertensão e diabete
Idade Chance de derrame duplica após os 55 anos
Gênero A incidência é muito maior em homens que em mulheres
Raça Incidência aumentada na raça negra
Quais são os sintomas?
Perda de sensibilidade;
Perda de força muscular na metade do corpo (hemiplegia);
Perda da consciência;
Formigamentos;
Dor de cabeça intensa e súbita;
Perda da coordenação motora e equilíbrio.
Quais são as seqüelas?
Doenças vasculares cerebrais representam a segunda causa de demência, ocorrendo com freqüência alterações de memória, raciocínio e atenção;
Alterações comportamentais, da fala, depressão e limitação física para atividades de vida diária também são seqüelas e resultam em dependência do paciente.
Como evitar?
É possível prevenir um derrame cerebral e suas
devastadoras conseqüências? Qual é o segredo?
Acompanhamento médico regular;
Controle de fatores de risco
modificáveis.
Atividade física
Consulte seu médico antes de iniciar qualquer atividade física;
Trinta a 60 minutos de caminhada 3 a 4 vezes por semana reduz a chance
de você sofrer um derrame cerebral.
Hipertensão arterial
É o principal fator associado aos
casos de derrame cerebral; Causa os dois tipos de derrame : o isquêmico e o
hemorrágico; Deve-se controlar tanto os níveis sistólicos quanto
os diastólicos na hipertensão; Dieta balanceada, manutenção do peso e exercícios
ajudam a controlar a pressão arterial; O uso de medicamentos é seguro e eficiente; Converse com seu médico.
DIABETES MELLITUS
Diabete e distúrbios metabólicos aumentam as chances de ocorrer um derrame cerebral;
Controle da glicemia e acompanhamento médico são recomendados;
Converse com seu médico.
Tabagismo
Não fumar tem grande importância na prevenção do derrame;
O hábito de fumar cigarros dobra o risco de uma pessoa ter um derrame cerebral;
Orientação médica pode ajudar a abandonar o tabagismo;
Procure seu médico.
Bebidas alcoólicas
A interrupção do uso de bebidas alcoólicas diminui o risco de derrame cerebral;
Orientação médica e grupos de apoio podem ser necessários em alguns casos;
Beba com moderação.
Obesidade
A obesidade tanto central quanto geral aumentam as chances de derrame cerebral;
Ganho acelerado de peso também tem um efeito significativo no desencadeamento de derrame cerebral;
Controle seu peso.
Doenças cardíacas prévias
O controle de doenças cardíacas é imprescindível tanto para a qualidade da assistência da doença de base quanto para prevenção de derrame cerebral isquêmico por tromboembolismos;
Fibrilação atrial - uma arritmia cardíaca - pode ser encontrada em quase 15% desses casos;
O uso de medicação adequada previne 20 derrames para cada caso de complicação da droga.
Colesterol
O controle dos níveis de colesterol é importante para evitar o surgimento ou a progressão de arteriosclerose, fator desencadeante de derrame cerebral;
Dieta adequada e até medicações específicas podem ser necessárias;
Converse com seu médico.
Medicamentos
Indicados para grupos específicos que apresentam doenças cardíacas ou derrames prévios;
O uso de medicações como o ácido acetil-salicílico resulta em redução na recorrência dos derrames isquêmicos;
Procure seu médico.
Cirurgia
Em casos de estenose de carótidas está indicada uma operação chamada endarterectomia, com o objetivo de ampliar a luz do vaso e aumentar o fluxo de sangue para o cérebro;
Outra opção de tratamento é a colocação de uma mola dilatadora dentro da artéria (stent);
As duas técnicas são seguras e eficientes.
Derrame cerebral é uma emergência
Apresentando algum dos sintomas já citados, você deve procurar o hospital com urgência;
Em casos de derrames isquêmicos, com menos de três horas, existe tratamento que pode prevenir muitas seqüelas;
Em caso de ruptura de aneurisma cerebral, o tratamento neurocirúrgico é de extrema urgência.
Derrame cerebral é uma emergência
Uma equipe médica bem equipada dispondo de intensivistas, neurologista e neurocirurgião, deve atender o paciente;
O tratamento dissolve o coágulo, restabelecendo o fluxo do vaso e impedindo a progressão da lesão cerebral;
O atendimento pré-hospitalar rápido e eficiente é fundamental.
FUTURAS DIREÇÕES
Algumas pesquisas atuais buscam o tratamento do dano cerebral a partir de implantes;
As técnicas de reabilitação progrediram e vêm permitindo melhoras na qualidade de vida de pacientes seqüelados;
A prevenção é e continuará sendo sua maior arma.
ÁLCOOL
Bebidas Alcoólicas
É toda a bebida que contenha álcool etílico ou etanol.
OrigemBebida Fermentada
Bebida Destilada
Sumo da Uva Vinho, Champagne Bagaceira, armagnac, brand, conhaque, grappa, água ardente de vinho
Caldo da Cana de Açúcar
Cachaça, Rum, Pitú
Cereal Cerveja (cevada), saquê (arroz)
Bourbon, gim, uísque, vodka
Suco de Agave Tequila, Mezcal
Mel Hidromel
Anis Arak, ouzo, pastis
Suco da Maçã Sidra Calvados
Suco da Ameixa Slivovitz, schnaps
O que é alcoolismo?
O alcoolismo é geralmente definido
como o consumo consistente e excessivo e/ou
preocupação com bebidas alcoólicas ao ponto
que este comportamento interfira com a vida
pessoal, familiar, social ou profissional da pessoa.
Cont..
O alcoolismo pode potencialmente
resultar em condições (doenças)
psicológicas e fisiológicas, assim como,
por fim, na morte. Com exceção do
tabagismo, o alcoolismo é mais custoso
para os países do que todos os
problemas de consumo de droga
combinados.
Uso, Abuso e Dependência• Uso: Faz se referência a aquele consumo que, por
produzir-se com uma freqüência mínima e em quantidades pequenas não levam o indivíduo a conseqüências negativas.
Abuso: Considera-se abuso do álcool quanto uma pessoa utiliza, mesmo que não constantemente, álcool em quantidade suficiente para causar problemas de saúde ou de outra espécie, como brigas e acidentes automobilísticos.
Dependência: Este tipo de consumo se dá nas pessoas que têm desenvolvimento tolerância ante ao álcool (cada vez tem que beber maiores quantidades) e sentem abstinência.
Os efeitos do álcool sobre o organismo
• O consumo excessivo do álcool pode causar problemas clínicos e psicológicos.
Problemas clínicos:Sistema Nervoso - Amnésias nos períodos de embriaguez acontecem em 30 a 40% das pessoas no fim da adolescência e início da terceira década de vida.
Sistema Gastrintestinal - Grande quantidade de álcool ingerida de uma vez pode levar a inflamação no esôfago e estômago o que pode levar a sangramentos além de enjôo, vômitos e perda de peso.
Câncer - Os alcoólatras estão 10 vezes mais sujeitos a qualquer forma de câncer que a população em geral.
Sistema Cardiovascular - Doses elevadas por muito
tempo provocam lesões no coração provocando
arritmias e outros problemas como trombos e
derrames conseqüentes.
Hormônios Sexuais - O metabolismo do álcool afeta o
balanço dos hormônios reprodutivos no homem e na
mulher. Pode contribuir para a feminilização dos
homens, com o surgimento, por exemplo, de
ginecomastia (presença de mamas no homem).
Hormônio Antidiurético - Esse hormônio inibe a perda
de água pelos rins, o álcool inibe esse hormônio: como
resultado a pessoa perde mais água que o habitual,
urina mais, o que pode levar a desidratação.
• Problemas Psicológicos:
Hipocampo: está ligado aos processos de memorização e aprendizagem.
Lobo Frontal: O lobo frontal está ligado à concentração, ao planejamento e à iniciativa; essa área é essencial para qualquer pessoa controlar o impulso e medir as conseqüências de seus próprios atos.
Etanol no sangueEtanol no sangue (gramas/litro)
Estágio Sintomas
0,1 a 0,5 Sobriedade Nenhuma influência aparente
0,3 a 1,2 Euforia Perda de eficiência, diminuição da atenção, julgamento e controle
0,9 a 2,5 ExcitaçãoInstabilidade das emoções, incoordenação muscular. Menor inibição. Perda do julgamento crítico
1,8 a 3,0 Confusão Vertigens, desequilíbrio, dificuldade na fala e disturbios da sensação.
2,7 a 4,0 Estupor Apatia e inércia geral. Vômitos, incontinência urinária e fezes.
3,5 a 5,0 Coma Inconsciência, anestesia. Morte
Acima de 4,5 Morte Parada respiratória
Consumir ou Não Consumir Álcool
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estudos apontam que o “consumo baixo ou moderado de álcool” resulta em uma redução no risco de doenças coronárias. Porém, a OMS adverte que “outros riscos para a saúde e o coração associados ao álcool não favorecem uma recomendação geral de seu uso”.
Razões para Beber Razões para não Beber
Os meus amigos o bebem Prejudica a saúde
Me ajuda a ser mais simpático Perco o controle de meus atos
Me faz esquecer meus problemas
Diminui a capacidade de reação
Para passar bem Produz ressaca
Porque as pessoas maiores o fazem
É Caro
Mitos sobre o Álcool• O álcool não:
abre o apetite; facilita a digestão; alimenta e dá forças; mata a sede; aquece; estimula; faz bem ao coração.
INTOXICAÇÃO E
ENVENENAMENTO
Histórico das Intoxicações
• Crescente importância em atendimentos de Urgência
• Crianças são as mais acometidas.
Veneno: substância que, quando inalada, absorvida, aplicada na pele ou produzida pelo organismo, em quantidades relativamente pequenas, provoca lesão no organismo devido a sua ação química.
Aspectos gerais do tratamento
• Tente descobrir a natureza do veneno;• Mantenha as vias aéreas pérvias;• Administre O2;• Proceda a respiração artificial S/N;• Colha amostras de sg arterial;• Faça cateterismo vesical de demora para monitorar a
diurese;• Verifique depressão neurológica;• Considere a lavagem gástrica ou provoque vômitos
conforme a indicação do fabricante do produto;
Venenos corrosivos
Tipos: Corrosivo ácido: sulfato ácido de sódio, desinfetantes de
banheiro, ácido acético, ácido sulfúrico, ácido oxálico, ácido fluorídrico, iodeto e nitrato de prata;
Corrosivo alcalino: os mais comuns são o hidróxido de sódio (detergentes e clareadores), detergentes enxaguadores, carbonato de sódio (soda caústica), amoníaco e hipoclorito de sódio.
Manifestações Clínicas
• Dor intensa, sensação de queimação na boca e garganta;
• Deglutição dolorosa ou incapacidade para deglutir;
• Vômitos;• Destruição da mucosa oral.
Tratamento de Emergência: pode-se oferecer leite, se o paciente conseguir deglutir, após a ingestão de um veneno corrosivo.
Alerta
Não provoque vômito se a vítima ingeriu um ácido forte, uma base ou outro solvente corrosivo ou hidrocarbonetos.
Venenos não corrosivos
• Tratamento de Urgência:– Induza o vômito;– Faça lavagem gástrica;– Instrua a família para trazer uma amostra do
veneno ao hospital.
Venenos inalados
• Por Monóxido de Carbono
Princípios Básicos:O efeito do monóxido de carbono consiste em
inutilizar a hemoglobina como carreador de O2;O monóxido de carbono provoca lesão por
hipóxia;História de exposição ao CO justifica tratamento
imediato.
Tratamento de Emergência
• Objetiva reverter a hipóxia cerebral e miocárdica;• Acelerar a eliminação do CO.
Administre oxigênio a 100%; Observe o paciente constantemente, qto a
alterações neurológicas;
Envenenamento por contato
• Lave bem a pele com água;• Deixe a água fluir sobre a pele enquanto se
removem as roupas;• Esfregar vigorosamente a pele com água.
Intoxicação AlimentarPode ocorrer por ingestão de alimentos ou bebidas
contaminadas.
Tratamento de Emergência• Determinar a fonte e o tipo da intoxicação
alimentar;• Tempo de manifestção dos sintomas;• O que foi ingerido;• Se houve vômitos;• Se apresentou diarréia;• Se existem sintomas neurológicos;• Se ocorre febre;• Aspecto do paciente;• Monitorize SSVV e pese o paciente;
• Tratamento de suporte para o sistema respiratório;• Mantenha o equilíbrio hidroeletrolítico;• Corrija e controle a hipoglicemia;• Controle a náusea;• Controle a diarréia.
Poderá ser usado:Adsorvente: agente que se liga às moléculas dos
agentes tóxicos, formando complexos inativos. O carvão ativado é o mais comum .Uso via SNG ou VO.
Catártico: potente laxante, com uso discutido.
Intoxicação Alcoólica
O etanol é o principal álcool utilizado; Concentração: 2 a 6% na cerveja; 12 a 20% no vinho; 43 a
50% no uísque; 30 a 50% na aguardente; É altamente difusível; 2 a 10% é eliminado pelos rins e pulmões, sendo o restante
metabolizado e oxidado pelo fígado; O indivíduo é considerado alcoolizado com taxa a partir de
0,6g de álcool por litro de sangue, ou seja 2 latinhas de cerveja ou 2 doses de bebida destilada.
• Com 0,6g/l de sg, o risco de acidente é dobrado;
• Com 0,8g/l de sg, o risco de acidente é 4x maior;
• Com 1,5g/l de sg, o risco de acidente é 25x maior.
Qtd de álcool/l de sg Efeitos
0,2 a 0,3g/l- equivale a 1 copo de cerveja, 1 cálice peq. de vinho, 1 dose de uísque ou outra bebidadestilada
As funções mentais começam a ficar comprometidas. A percepção da distância e da velocidade são prejudicadas.
0,3 a 0,5g/l- 2 copos de cerveja, 1 cálice grande de vinho, 2 doses de bebida destilada.
O grau de vigilância diminui, assim como o campo visual. O controle cerebral relaxa, dando sensação de calma e satisfação.
0,5 a 0,8g/l- 3 ou 4 copos de cerveja, 3 copos de vinho, 3 doses de uísque.
Reflexos retardados, dificuldades de adaptação da visão e diferenças de luminosidade, superestimação das possibilidades e minimização de riscos e tendência à agressividade.
0,8 a 1,5g/l- a partir desta taxa, as quantidades são muito grandes e variam de acordo com o metabolismo, com o grau de absorção e com as funções hepáticas de cada indivíduo.
Dificuldades de controlar automóveis, incapacidade de concentração e falhas na ordenação neuromuscular.
1,5 a 2,0g/l Embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão
2,0 a 5,0g/l Embriaguez profunda
5,0g/l Coma alcoólica
Tratamento: Intoxicação alcoólica não-complicada: não necessitam de
tratamento. Estupor alcoólico: de curta duração, devendo apenas ser
observado alterações neurológicas. Intoxicação alcoólica sintomática: caso o paciente esteja
inquieto, hiperexcitado, agressivo, deve-se usar contenção + sedativos (S/N).
Coma alcoólico: tratamento direcionado no sentido de manutenção das funções vitais, em UTI; trata-se os distúrbios metabólicos.
Medidas Gerais:Manter o paciente em decúbito lateral;Aquecer o paciente;Avaliar periodicamente os SSVV;Monitoração de PVC;Passar SNG para lavagem até 6 horas após a
ingestão e para descompressão do estômago;Manter VAS pérvias;Ofercer O2, e em alguns casos, entubação
endotraqueal.
Tratamento medicamentosoReposição de volume e eletrólitos;Uso de DVA (S/N);Tiamina 100mg IM;Glicose 50% (160 a 200ml), associado a 20mg de
piridoxina (Vit B6), diluídos em SG 500ml;Tratamento de crises convulsivas com Diazepan
10mg EV;Uso de Bic Na para corrigir acidose, após gaso
arterial.
INSOLAÇÃO E INTERMAÇÃO
“São acidentes provocados pela ação
prolongada do calor sobre o organismo”.
• INSOLAÇÃO:
– Exposição excessiva aos raios solares.
• INTERMAÇÃO:
– Ação do calor em ambientes pouco arejados, durante
um trabalho muscular intenso.
PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES
Umidade: Quanto maior a umidade relativa do ar , mais difícil será a
evaporação cutânea, consequentemente, o corpo acumula maior
quantidade de calor;
Ventilação: Sem circulação constante do ar o resfriamento torna-se
difícil, provocando o aumento da temperatura corporal. (Exemplos:
fornos, fundições, caldeiras, padarias);
Condições físicas:
O excesso de trabalho aumenta a produção de
calor pelo organismo, enquanto a fadiga muscular
acumula subst6ancias tóxicas nos tecidos. A
associação de ambas predispõe o organismo à
falência hemodinâmica;
• Alimentação excessiva: Em razão do processo de digestão ocorre um aumento da temperatura corporal;
• Vestuário: As roupas escuras e a lã favorecem o acúmulo de calor, com conseqüente elevação da temperatura corporal.
SINAIS E SINTOMAS:
• Cefaléia;
• Náuseas e tontura;
• Vômitos;
• Elevação da temperatura corporal (42°C);
• Insuficiência respiratória;
• Cianose;
• Pele seca e quente;
• Coma profundo.
CONDUTA
• Levar a vítima para um local arejado e fresco;
• Coloca-la deitada com o tronco ligeiramente elevado;
• Afrouxar as roupas;
• Aplicar compressas úmidas e frias sobre a cabeça;
• Oxigênio a 6 litros por minuto por catéter ou 10 litros
por minuto com máscara;
• Transportar para o hospital.
Parto Normal
O Parto...É preciso esperar... Está errado, porque É preciso saber esperar!
Infelizmente os que não sabem também esperam.
Intensidade vs. Freqüência
Primíparas
Dilatação: 150 a 200 contrações
Expulsão: 50 a 75 contrações
Multíparas
Dilatação: 101 a 150 contrações
Expulsão: 26 a 35 contrações
Estatística
Entre 0 e 6 horas: 30,6%
Entre 6 e 12 horas: 24,8%
Entre 12 e 18 horas: 18,2%
Entre 18 e 24 horas: 27,4%
Trabalho de Parto• Fenômenos ativos
– A contratilidade uterina– As contrações dos músculos abdominais
• Fenômenos passivos– O apagamento e a dilatação do colo uterino– A formação do segmento inferior– A constituição da bolsa das águas– A amniotomia– A ampliação do conduto vaginal e da fenda
períneovulvar– Os movimentos descritos pelo objeto (feto)
Trabalho de Parto
Sugestão
Ignorância
Solidão
MedoTensão
Dor
Trabalho de Parto
Contrações
ColoLongo
ColoApagado
ColoFino
ColoDilatado
Vantagens do parto normal
1. O parto normal oferece a mulher recuperação mais
rápida, voltando a andar logo após o parto, prevenindo
inflamações nas veias das pernas e outros problemas
de circulação;
2. Há menos risco de infecção no parto normal;
3. Há menos risco de hemorragia no parto normal,
evitando-se a necessidade de transfusões de sangue;
4. A mulher tem maior disposição e facilidade para
amamentar no parto normal;
Vantagens do parto normal
5. No pós-parto normal há menos dor, podendo a mulher curtir melhor o bebê;
6. Há menos complicações urinárias e abdominais no parto normal;
7. No parto normal o bebê nasce mais alerta e reage melhor a estímulos;
8. A dor do parto normal pode ser aliviada através do preparo da gestante no pré-natal;
9. As complicações da cesárea são mais freqüentes e graves, podendo levar a problemas crônicos de saúde.
Período Expulsivo
Coroamento (1) Coroamento (2)
Período Expulsivo
Delivramento da Cabeça Rotação da Cabeça
Período Expulsivo
Delivramento de Ombros Delivramento do Tórax
Período Expulsivo
Aspiração de Secreções Dequitação
Mecanismo de
Parto
Mecanismo de
Parto
ConceitoConceito
É o conjunto de fenômenos mecânicos que leva o concepto a atravessar o canal de parto até a vulva. São eles: contração uterina, contração dos músculos abdominais e do diafragma
Tempos do Mecanismo de Parto
Tempos do Mecanismo de Parto
Insinuação ou encaixamentoDescidaRotação internaDesprendimento da apresentaçãoRotação externa da apresentação e interna dos ombros
Desprendimento fetal final
Mecanismo de parto nas Apresentações CefálicasMecanismo de parto nas Apresentações Cefálicas
Fletidas:OAE 65%OPD 32%OPE 2%OAD 1%
Defletidas:1º Grau Bregmática2º Grau Fronte3º Grau Face
O Pós Parto
Cuidados higiênicos
Amamentação e Cuidados com as Mamas
“Quarentena”
“Recaída”