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€co Dixit Jornal de núcleo de estudantes de Economia

da Universidade de Aveiro

Edição 2011

OS ALUVIÕES 2010/2011

“Exportar é, de facto, importante!” por Prof. Doutor Egas Salgueiro ver pág.4

“ A situação em Portugal é muito grave” por Pedro Cosme Vieira, FEP ver pág. 5

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Ficha Técnica

Jornal Eco Dixit

Redactores: Nelson Duarte, Diana Moita, Filipa Vieira

Conselho Editorial: Diana Moita, Filipa Vieira

Conselho gráfico: Nelson Duarte

Coordenação: Nelson Duarte

Triagem: 150 exemplares

Data de Edição: Junho de 2011

Universidade de Aveiro

[email protected]

Degei

Editado em 2011

Car@s colegas,

Mais um ano passa, mais uma edição do jornal Eco

Dixit que está “nas bancas”. É de salutar que mes-

mo com as adversidades e carga de trabalho que o

Processo de Bologna nos impõe, ainda há quem

consiga fazer mais do que o curso e se dedique a

causas tão nobres como o associativismo. É uma

arte em declínio (!) e continua bem viva a necessi-

dade da reformulação dos estatutos da AAUAv. A

todos os que sacrificam um, ou dois, anos de en-

trada no chamado desemprego friccional em de-

trimento da sua carteira, um grande bem-haja!

Aos que já lá estão, desejo muita força! Estão para

vir tempos complicados embora a flexibilização do

mercado do trabalho imposta pela Troika, prova-

velmente, dê frutos nesse sentido.

Embora já tenham passado uns meses, quero con-

gratular o nosso colega Tiago Alves pela enorme

reeleição para o cargo de Presidente da Direcção

da AAUAv à frente da Lista Q. Não só esta vitória

se exprimiu na Direcção como também na Mesa

da Assembleia Geral e, consequentemente, no

Conselho Fiscal. A intenção dos estudantes foi

expressiva e agora só resta pôr as mãos ao traba-

lho, fazendo jus ao voto de confiança neles depo-

sitado.

Na passada semana de 23 a 27 decorreu a II Sema-

na do Emprego da AAUAv onde o NEEC-AAUAv

teve presença. Foram realizadas duas conferên-

cias. Uma sobre O Que Procuram as Empresas nos

Recém-Licenciados, levada a cabo pelo Prof. Dr.

Arménio Rego, e outra sobre a oferta curricular de

2º Ciclo do DEGEI, protagonizada pelo Prof. Dr.

Egas Salgueiro. Esta última contou também com a

participação do Ricardo Silva, antigo aluno do 1º e

2º Ciclos de Economia, que nos falou do seu per-

curso académico e profissional. Espero que te-

nham sido proveitosas, em especial para os alunos

finalistas que estão para iniciar uma nova fase.

No que toca ao Nosso núcleo, muito se tem feito

para que este deixe de ser um conjunto de alunos

numa sala. Estes dois mandatos à frente do NEEC-

AAUAv têm sido de trabalho intenso a corrigir

alguns erros de tesouraria, o que nos impediu de

concretizar grande parte das actividades às quais

nos propusemos no mandato. Contudo, esse

“fosso” só reafirmou o mérito e empenho da di-

recção actual, e anterior. Tudo fica mais fácil

quando pomos sentido nas coisas e quando sabe-

mos para onde queremos ir. Mas o trabalho não

fica por aqui, ainda há mais de meio mandato para

vir.

A nível académico, quero deixar os meus sinceros

Parabéns a todos os aluviões por um ano fantásti-

co e pelo 3º lugar no Desfile do Enterro 2011 e

sobretudo pela vitória no Grito Académico. A he-

gemonia economista está mais do que garantida –

sete anos sem sair do pódio, é muito! Resta-me

desejar um bom trabalho à nova Comissão de Fai-

na e Mestre de Curso e que a tradição se mante-

nha.

Deixo-vos com uma leitura atenta aos conteúdos

do jornal que, decerto, despertarão o vosso inte-

resse.

Saudações académicas,

João_Santos

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Egas Salgueiro é docente na Universidade de Aveiro, onde lecciona cadeiras como Econometria,

Microeconomia e Economia I/II .

Exportar é, de facto, importante. Não tanto por ser a única forma de promover o crescimento económico, mas por ser a melhor forma de promover a competitividade das nossas empresas. Mas não exportar os mesmos produtos tradicionais para mercados pouco competiti-vos, como Angola, Venezuela ou a Líbia. Para desenvolver o tecido produtivo temos de conseguir vender produtos modernos e com alto valor acres-centado, em mercados competitivos, como a Europa do Norte, os Estados Unidos ou a Ásia. Empresas que forem competitivas nos merca-dos avançados, também o serão no mercado português. Os conceitos de mercado interno e externo estão, agora, um tanto confundidos. O nosso mercado interno é a zona euro, é a União Europeia. A chamada divida "externa" é, neste sentido, maioritariamente interna. Não sufoca a economia por ser externa, mas sim por ser excessiva. Se os aforradores alemães não quiserem financiar o Estado, os bancos e as empresas portuguesas, os investidores portugueses também o não farão. Se os capitais fugirem de Portugal, fugirão todos, sejam es-trangeiros ou portugueses.

Mas é claro que o endividamento excessivo, principalmente por parte do Estado, concorre para a perda de poder de compra da maioria da população portuguesa, para a retracção do investimento em Portugal, para a estagnação (ou reversão) do crescimento. A questão não é apenas exportar mais, é pro-duzir mais e consumir menos, aumentar a poupança e diminuir a dívida. Aliás, penso que, a curto prazo, se começará a discutir cada vez mais outras for-mas de diminuir a dívida, que poderão passar pela sua reestruturação e pela imposição de algum prejuízo ("haircut") aos próprios credores.

«Trata-se do encontro mais representativo jamais realizado no nosso

País», afirmou o ministro da Economia, Vieira da Silva, Dia 6 de Feverei-

ro de 2011

“Nos próximos anos, o mercado interno vai definhar. Exportar será a

única forma de crescermos. Será também a forma 'virtuosa' de travarmos

o crescimento da dívida externa, que hoje nos sufoca

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Desde 1960 que em Portugal consu-mimos mais do que produzimos. Este vício agudizou-se no pós-25-de Abril (nos anos 1974/1984, o défice corrente foi, em média, de 5.5%/ano e o crescimento de 2.3%/ano, do PIB) e no pós – Cavaco Silva (nos anos 1996-2010, o défice corrente foi, em média, de 8.9% e crescimento 1.8%/ano, do PIB). Apenas esteve controlado nos mandatos de Cavaco Silva (nos anos 1985/1995, houve um superavit, em média, de 0.04% e cresci-mento 3.6%/ano, do PIB).

O défice corrente implica pedir-se dinheiro emprestado ao estrangeiro. Supondo que a dívida externa em 1974 era nula, o défice acumulado traduz-se actualmente num endi-vidamento ao exterior de 160% do PIB. Este número fica um pouco aliviado com a conta-bilização das transferências dos emigrantes.

O défice corrente existe porque tem um efei-to positivo, no curto prazo, no crescimento económico mas um efeito negativo no longo prazo. Governantes com horizontes curtos, aumentam o défice para iludir o eleitorado por mais uns meses. Não tendo coragem nem saber para explicar ao eleitorado como me-lhorar a estrutura do país, lançam-se em me-didas de curto prazo.

Deveria ser explicado ao país que, em ter-mos de longo prazo, o importante é a taxa de crescimento do PIB subtraída do Defice Cor-rente que nos anos 1974/1984 foi -3.2%/ano, nos anos 1985/1995 foi 3.7%/ano e nos anos 1996-2010 foi - 7.1%/ano.

É como uma senhora gorda que precisa iludir um potencial candidato a namorado e que, em vez de fazer dieta e ginástica, usa uma cinta muito apertada que resolve o problema naquela noite mas que lhe vai criar, a prazo, graves problemas de saúde.

Normalmente, um país não pode manter um défice corrente durante muitos anos porque, lentamente, a taxa de juro exigida vai aumen-tando. O termos entrado na Zona Euro permi-tiu manter governos despesistas (Guterres, Santana Lopes e Sócrates) durante tempo de mais. Agora a situação é desesperada. De um momento para o outro, vais entrar tudo em rotura financeira: a segurança social deixa de pagar reformas, subsídio de desemprego, o Governo deixa de pagar salários, os bancos ficam sem liquidez, a CP e demais empresas públicas deixam de pagar a electricidade, ter-rível.

A situação de Portugal é muito grave

Nos últimos 15 anos, em Portugal, temos gasto mais do que produzimos o que levou a uma situação insustentável e gravíssima. Como, para grandes males são precisos grandes remédios, é necessária uma profunda reestruturação do país começando pela flexibilização dos contratos de trabalho.

Como chegamos à falência

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A senhora gorda apertou tanto a cinta que já não respira há mais de 5 minutos. De um mo-mento para o outro, o coração parou. Tem não só que soltar a cinta rapidamente (cortar o défice) como receber respiração boa a boca de um bombeiro com os dentes todos podres já (pedir socorro ao FMI).

Para situações desesperadas, soluções deses-peradas

Agora que vem ai um novo governo, talvez com pessoas sérias, é preciso explicar aos por-tugueses que vai acontecer uma redução do rendimento disponível das famílias próxima dos 20%. Não é uma contracção de 2% mas de 20%. Actuando de forma séria, essa redução poderá acontecer ao longo dos próximos 5 anos, senão, será a rotura imediata.

E são necessárias medidas muito duras. Come-çando pelo mercado de trabalho, é necessário haver liberdade contratual entre empregado-res e empregados.

1) Acabar com o Salário Mínimo. O SM portu-guês é muito elevado (>40% do PIBpc) o que é insustentável para a segurança social (aumenta o desemprego e os não activos). Teria que ser 300€/mês mas, psicologicamen-te, é melhor acabar com ele. Fica como já acontece com os recibos verdes onde cada trabalhador tem a liberdade de aceitar o salá-rio que entender nem que seja nada.

2) Introduzir o despedimento individual. Os contratos terão que ser todos “por tempo in-determinado” mas havendo a possibilidade de despedimento individual. Tal como um em-pregado se pode despedir quando quiser dan-do um pré-aviso (de 2 meses) terá que ser possível despedir um empregado, respeitado um pré-aviso que deverá ser o actual “tempo de indemnização”: um mês por cada ano de trabalho mas o empregado fica a trabalhar. Se o empregador quiser um despedimento ime-diato, pagará um mês por cada ano de traba-lho de subsídio de desemprego.

3) Reduzir o subsídio de desemprego. A Segu-rança Social apenas pode pagar subsídio de

desemprego durante dois meses por cada ano de trabalho. No caso de o trabalhador ter sido despedido com efeito imediato, receberá um mês do empregador mais dois meses da Segu-rança Social.

4) Introduzir liberdade na renegociação dos contratos de trabalho. Terá que ser possível o empregador e o trabalhador, respeitado o tempo de pré-aviso, decidirem alterações no contrato de trabalho como, por exemplo, re-duções salariais.

5) Flexibilizar as relações de trabalho. Existe uma multiplicidade de contratos informais de trabalho que têm que ser acomodados na lei. Por exemplo, terá que ser possível contratar empregados às segundas-feiras das 8h às 12h; 10 horas por mês à escolha do empregado, 50 horas por ano à escolha do empregador. 6) Acabar com o "valor mínimo" das contri-buições obrigatórias . Se o empregado trabalha um dia por semana e ganha 100€/mês, não pode ser obrigado a descontar 159,72€/mês. Desconta 11% ou, em caso de trabalhador independente, 34.5%. Quando ficar desempregado, recebe 65€/mês. Se ficar de baixa médica, recebe 3.30€/dia.

Mas isto é a lei da selva.

Pois é, mas não se pode fazer nada. Como o Estado não nos pode alimentar a todos, o me-lhor é deixar-nos viver o melhor que puder-mos. O Estado também se propõe acabar com a mendicidade, o guardar carros, a prosti-tuição, mas, como isso não parece prejudicar ninguém e o Estado não tem meios para ga-rantir o seu fim, salve-se quem puder porque já não há Pai Natal.

"Então posso fazer um aborto."; "Não porque o aborto é proibido mas, se fizeres um aborto, não te acontece nada."; "Então é permiti-do?" "Não, o aborto é proibido mas não te acontece nada."

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Vivi até aos 18 anos numa pequena aldeia de Ovar. Fiz o secundário na Feira

e prossegui os estudos no Porto (na FEUP e na FEP) onde fiquei a trabalhar,

sendo então licenciado em Engenharia de Minas (FEUP, 1988), mestrado em

Economia (FEP, 1997), doutorado em Economia (FEP, 2001) e agregado em

Economia (FEP, 2007). Apesar de ter vivido 75% do meu tempo no Distrito de

Aveiro, sinto-me pertencer ao Grande Porto. Desde 1991 que sou docente na

FEP-UP onde já leccionei Informática, Matemática, Microeconomia e Matemá-

tica Financeira. Considero-me professor a tempo inteiro, um teórico.

Pedro Cosme Costa Vieira, Faculdade de Economia do Porto

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“ NÃO RI! “

Irónico, porque é Economia que nos deixa

sempre com um sorriso na cara. É na praxe

que é cultivada toda esta devoção ao curso.

Sermos praxados em ECONOMIA é, sem dúvi-

da, umas das melhores sensações. Sentimo-

nos privilegiados por estarmos no melhor

curso da academia, o curso onde impera co-

mo objectivo primordial a nossa integração e

a união entre todos. É/foi por Economia que

suamos, que cantamos até não haver mais

voz, que dedicamos a melhor parte de nós…

“‘TÁ A ENCHER ! “

Ali, aprendemos a valorizar o curso e a lutar

por ele. Ganhamos espírito académico, res-

peito e companheirismo. É a praxe que nos

une, que nos torna mais próximos e que culti-

va o nosso espírito de solidariedade. Todas as

brincadeiras feitas serviram para aumentar

a dedicação e esforço pelo curso ensinando-

nos a nunca virámos a cara à luta, nunca de-

sistimos, e defendemos sempre Economia da

melhor forma que soubermos: unidos, por-

que acima de tudo Economia é

“solidariedade”.

“JUSTEZA, HONESTIDADE, COERÊNCIA E

IMPARCIBILIDADE!”

O mistério do baptismo, as exigentes praxes,

os despiques... Tudo isto nos faz ficar orgu-

lhosos dos nossos caminhos nos terem con-

duzido a Economia. Hoje, enquanto aluviões,

agradecemos pela enorme dedicação dos

mestres e veteranos à praxe, à integração e à

disponibilidade para as tantas actividades

promovidas.

Todo este caminho que temos vindo a percor-

rer tem sido uma batalha exigente mas que

dá e dará frutos no que toca ao que somos e

ao que seremos.

Por tudo isto, OBRIGADO!

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Mais um ano de faina, mais um ano de praxe,

mais um ano de tardes no drinks, festas, janta-

res, grito académico, construção do carro,

mais um ano a ensinar aos aluviões o que

ECONOMIA tem melhor que qualquer outro

curso da academia. Acabou-se por juntar um

grupo de praxistas pouco homogéneo, mas

que com as suas diferenças conseguiram criar

um todo que deu bons resultados.

Sempre com o espírito já bem nosso caracte-

rístico, passado de faina em faina, geração em

geração, este foi mais um ano que fica para

recordar, mas com um gosto particularmente

agridoce.

Não foi fácil por em ordem todos aqueles que

iam aparecendo, sempre cheios de razões e

manias, mas que perderam logo no primeiro

instante, abrindo os olhos para a nova realida-

de que lhes foi colocada. Desde os primeiros

recados que os lodos levaram acerca das brin-

cadeiras do facebook até ao derradeiro mo-

mento em que foram reveladas as pontuações

do desfile, este ano tem muitos momentos

para recordar. Pela primeira vez, e com muito

esforço e dedicação, ganhamos o grito acadé-

mico, competição na qual tínhamos sempre

vindo a ser mal-amados todos estes anos. En-

sinamos a honrar o nosso curso e a ter orgu-

lho nele onde quer que estivessem, defenden-

do-o com unhas e dentes. Chatices, acabam

por haver sempre, embora nem tenham sido

muitas, a verdade, é que quando há um bom

grupo de aluviões, a tarefa da faina é muito

mais facilitada e é possível alcançar objectivos

cada vez mais ousados.

Todo este ano de praxe teria sido perfeito, se

no final de tudo não aparecessem pontuações

duvidosas e que mancharam o nosso orgulho

na recta final, mas sempre superiores a tudo

isso soubemos dar a volta por cima e manter-

mo-nos no sítio a que pertencemos, o de me-

lhor curso da UA. Ser muito bom, também

pode ser penalizado às vezes…

Como faina, orgulhamo-nos de ter passado os

nossos conhecimentos a esta nova fornada e

esperamos, obviamente, grandes coisas deles.

Pela Comissão de Faina:

Mestre Carlos de Brito

Faina 2010-2011

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Licenciada pela Universidade de Évora e doutorada pela Universidade de

Reading em Economics International Business, Celeste Amorim Varum é

docente na universidade de Aveiro. Coordena também investigação nas

área de negócios internacionais e Investimento directo estrangeiro.

Abigail Ferreira é bolseira de investigação na Universidade de Aveiro.

Numa altura em que todos olhares estão

centrados na crise financeira e no colapso eco-

nómico e social de várias economias desenvol-

vidas, torna-se imperativo olharmos para o

futuro, repensando na estrutura de um dos

pilares fundamentais da sociedade: a educa-

ção. Se por um lado a educação é um investi-

mento essencial e crítico para o futuro, não só

para cada indivíduo per si, mas para toda a

sociedade em geral, por outro, ensinar os jo-

vens para o Século 21 implica modernizar o

sistema de educação. A este nível, julgo que

educar a população jovem de hoje em assun-

tos de economia é vital para o futuro da nossa

nação!

Educar os jovens de hoje em assuntos

de economia contribuirá para o aumento no

futuro da literacia económica da população

em geral, um aspecto considerado crítico para

fortalecer a competitividade da economia Por-

tuguesa no futuro.

A nível mundial, o interesse pela lite-

racia económica e a percepção da sua impor-

tância estão reflectidos no aumento do núme-

ro de projectos de divulgação de assuntos de

economia (sendo o projecto Economicando da

UA uma das iniciativas pioneiras em Portugal

nesta esfera) e também, ao nível académico,

no aumento de publicações na temática. Refi-

ra-se que este tema merece enquadramento

próprio no Journal of Economic Literature

(JEL), na generalidade, no tópico A- General

Economics and Teaching, e espeficamente no

tópico A2- Economic Education and Teaching

of Economics, nos seus pontos A20- General

ou A21- Pre-college e A29- Other.

Uma revisão profunda e recente das

publicações existentes na temática permite

identificar não só o aumento do número de

publicações, como também apontar algumas

tendências*.

A importância da literacia económica entre a população em geral*

Celeste Amorim Varum e Abigail Ferreira

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Uma das questões centrais da literatu-

ra reside na discussão sobre o interesse e efei-

tos da literacia económica. Afinal, quais as

vantagens de promover a literacia económica

entre a população em geral?

Em 1776, em “A Riqueza das Nações”,

Adam Smith descreveu a economia de merca-

do como algo que regula a interacção dos indi-

víduos numa determinada ordem, como se

houvesse uma "mão invisível" que os orientas-

se….apesar da inexistência de uma entidade

coordenadora do interesse comunal. Cada

agente económico actuaria com vista apenas à

prossecução dos seus próprios objectivos. O

mecanismo de mercado funcionaria assim,

como uma "mão invisível", que conduziria os

agentes económicos para uma situação ópti-

ma do ponto de vista da eficiência. Este princí-

pio apresenta, contudo, algumas limitações,

pois apenas pode ser aplicado a situações em

que os agentes estão dotados do conhecimen-

to e da capacidade para tomar as melhores

decisões, isto é, em concorrência perfeita

quando não se verificam falhas de mercado.

Mas os agentes não estão sempre em condi-

ções de fazer as melhores escolhas, sendo que

grande parte deles não possui conhecimentos

económicos e não age segundo princípios raci-

onais. Akerlof e Shiller (2009) em How Human

Psychology Drives the Economy, and Why It

Matters for Global Capitalism demonstram

que o comportamento irracional dos agentes

explica várias crises, incluindo a actual. Assim,

e apesar do debate existente, existe algum

consenso em torno do argumento de que

agentes mais informados têm melhores apti-

dões e competências para optimizar as suas

decisões no dia-a-dia (decidir melhor entre

poupar ou consumir no presente; investir em

educação ou em bens de consumo; trabalhar

com eficiência ou não; pedir um empréstimo

ou usar fundos próprios; prevenir o débito

excessivo, etc…, etc….), contribuindo assim

para uma melhor afectação de recursos

(financeiros e outros) e maiores níveis de ri-

queza individual.

Porém, as vantagens da literacia finan-

ceira vão além dos benefícios pessoais. A

“mão invisível” funciona melhor quando os

agentes económicos são economicamente

literados porque, participantes informados

podem tomar decisões mais acertadas e, as-

sim, melhorar a afectação de recursos, contri-

buindo para o aumento da eficiência, da pro-

dutividade e do nível de vida. Agentes mais

informados serão também com certeza cida-

dãos mais activos.

Esta ideia vem fortalecida na Reco-

mendação da União Europeia sobre as compe-

tências essenciais para a aprendizagem ao

longo da vida, no âmbito do programa

“Educação e Formação 2010”, onde uma com-

preensão alargada do funcionamento da eco-

nomia é entendida como competência funda-

mental.

Um outro aspecto crítico na literatura

prende-se com a discussão sobre se se deve

(ou não) iniciar a literacia económica desde

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criança. Enquanto a importância da literacia

económica é, em alguns países, crescente-

mente reconhecida, e de alguma forma intro-

duzida no percurso de aprendizagem, em mui-

tos outros, não existe muito contacto com

temáticas de economia sendo mesmo vista de

forma negativa: não tão nobre como a histó-

ria, nem tão excitante como a geografia, a

economia é vista como a filha bastarda das

ciências sociais e humanas! Este facto traduz-

se numa população com elevadas dificuldades

em enquadrar-se numa sociedade dominada

pelas temáticas de economia. Assim, defende-

se que a educação económico-financeira deve

ser introduzida o mais cedo possível na forma-

ção do indivíduo, e deve acompanhar as crian-

ças ao longo do seu percurso escolar.

Um terceiro aspecto central da litera-

tura prende-se com os métodos de ensino ou

de divulgação da ciência económica aos jo-

vens e público em geral. Face aos curricula

cada vez mais saturados, torna-se necessário

ensinar fora da sala de aula e dos planos curri-

culares, usando métodos que envolvem entre-

tenimento e diversão, especialmente quando

a população alvo são as crianças ou jovens. Os

métodos abrangem o uso de jogos, músicas,

histórias, entre outros, e podem ser tanto em

formatos tradicionais como usando as TICs. É

verdade que os jogos são entendidos como

diversão. Mas, para além de divertidos, reco-

nhece-se que os jogos podem ser uma manei-

ra eficiente de transmitir conhecimento e

competências. Tem sido defendido que os

jogos de computador, usados em sala de aula

ou fora dela, são muito apropriados aos novos

paradigmas de educação. No entanto, em al-

guns domínios, e especificamente no da eco-

nomia, o papel dos jogos como ferramenta

para chegar à população jovem não tem sido

explorado.

Por fim, no que respeita aos principais

temas que são o focus dos programas e pro-

jectos, a literacia financeira tem uma marca-

da predominância, salientando-se a temática

da poupança. Quando muitos em geral advo-

gam o consumo, muitos economistas enfati-

zam a poupança! A poupança desempenha

um papel fulcral na economia. Primeiro, como

estabilizador automático, permitindo que flu-

tuações no rendimento, devido a ciclos econó-

micos ou ao longo da vida, tenham um impac-

to reduzido no nível do consumo. Segundo, os

recursos poupados são fonte de financiamen-

to para o investimento via banca ou mercado

de capitais. Na ausência de poupança interna,

o resultado é um elevado endividamento ex-

terno ou um reduzido investimento. Constata-

se hoje, o que já se vinha a desenvolver há

alguns anos, isto é, que o crescimento econó-

mico Português está particularmente em cau-

sa devido à reduzida taxa de poupança inter-

na. O baixo nível de poupança deriva do baixo

nível de rendimento disponível, mas está tam-

bém relacionado com o sobre-endividamento

das famílias e do sector público. A queda das

taxas de juro, uma atitude pró-risco, e políti-

cas comerciais agressivas da banca geraram

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este forte acréscimo de crédito. A despesa

incontrolada do sector público ditou o resto!

Como consequência, o endividamento interno

foi acompanhado por um crescimento desme-

surado da dívida do País ao estrangeiro.

Centrando-nos nos indivíduos, como

factores que impulsionam a poupança pode-

mos identificar: a) Precaução: reservas para

contingências imprevistas; b) Empreendedo-

rismo: para especulação; c) Orgulho: herança

das futuras gerações; d) Avareza: precaução

ou avareza; e) Previsão: necessidades presen-

tes e futuras; f) Melhoria do bem-estar: me-

nos consumo no presente, maior no futuro. É

incontestável que para se dedicarem recursos

à produção lucrativa, os países têm de sacrifi-

car o consumo corrente! Obviamente que

quando se é pobre à partida, a redução do

consumo corrente de modo a permitir o con-

sumo futuro parece impossível! Neste contex-

to, para além de medidas de política, uma

melhor formação em assuntos de economia e

como esta funciona pode ser útil no sentido

de fomentar em todos, nos cidadãos e nos

agentes definidores de política, a poupança

por vários motivos, quanto mais não seja por

precaução.

Tomando esta linha de argumenta-

ção, justifica-se a importância do ensino de

temas económicos e financeiros à população

em geral. O projecto Economicando a decor-

rer na UA contribui para ser fim. O seu princi-

pal objectivo é a divulgação da ciência econó-

mica em Portugal através do desenvolvimen-

to, implementação e avaliação de um conjun-

to de actividades junto dos jovens das escolas

de Aveiro. É dirigido a crianças do 1º ciclo do

ensino básico e são utilizados vários instru-

mentos de ensino, desde literatura infantil,

cartoons, desenhos, música e jogos, usando

não só suportes tradicionais como também as

novas tecnologias. Ao integrar vários níveis de

exigência, exploramos e desenvolvemos com-

petências não só do aluno médio, como tam-

bém acompanhamos os alunos de excelência.

O projecto envolve uma equipa interdiscipli-

nar da Universidade de Aveiro, conjugando

assim conhecimentos profundos na ciência

económica com a experiência acumulada em

projectos de ensino inovadores em outras

áreas da ciência.

Esperamos contribuir não só para a

divulgação da ciência económica em Portugal

como também para investigar sobre o nível e

formas de promoção de literacia económica

da população em geral, e das crianças em par-

ticular. Desta forma pretendemos também

lançar esta nova área de investigação no DE-

GEI. Num futuro muito próximo poderás

acompanhar desenvolvimento deste projecto

no site (economicando.web.ua.pt)

* Artigo resumido da revisão de literatura. Amorim Varum, C, e Ferreira,

Abigail (2011) A systematic review of research on economic education.

Relatório de Projecto (sumetido a RER). Para mais informação sobre o

projecto dirija-se á equipa do projecto: Coordenação Professora Celeste

Amorim Varum ([email protected]) ou Abigail Ferreira

([email protected]). O projecto “Economicando”, do DEGEI e da

Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas

Públicas, da Universidade de Aveiro, é financiado por fundos nacionais

através da FCT/MCTES (PIDDAC) e co-financiado pelo Fundo Europeu de

Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE – Programa

Operacional Factores de Competitividade (POFC).

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Consciente da exigência cada vez maior

no mundo do trabalho, forte foi a minha von-

tade de querer aprofundar conhecimentos e

vivências numa experiência mais real, prática.

Deste modo, não hesitei em concorrer à pri-

meira Academia de Verão, em 2009, propor-

cionada pelo maior Banco português, a Caixa

Geral de Depósitos.

Trata-se de um estágio académico, re-

munerado, com a duração de 6 semanas

(entre Julho e Agosto), destinado essencial-

mente a alunos do 2.º ano de licenciatura.

Tive conhecimento desta oportunidade

através de colegas e, a partir daí, fui-me man-

tendo a par das actualizações no site da CGD,

respeitantes aos prazos de candidaturas para

recrutamento de estagiários.

Passado poucas semanas de me ter

candidatado no mesmo site e de ter partici-

pado numa entrevista individual em Coimbra,

tive conhecimento que, dos 300 candidatos a

nível nacional, tivera o privilégio de pertencer

ao grupo de 60 alunos seleccionados para

estrear este programa.

As Academias de Verão proporciona-

das por este Banco têm como principais ob-

jectivos dar a conhecer o funcionamento de

um banco, dando-nos a oportunidade de

aprender grande parte das operações que se

executam numa Agência, conhecer as fun-

ções que cada colaborador exerce dentro da

mesma, bem como nos possibilita conhecer

outros horizontes hierarquicamente superio-

res dentro do Grupo Financeiro.

O estágio teve início no Edifício Sede

da CGD em Lisboa, onde durante três dias

recebemos formação sobre diversos temas.

Assim, foi-nos apresentado o Projecto

“Academia de Verão”, o Grupo Caixa, a Mar-

ca CGD, a Culturgest, o Negócio Bancário em

termos genéricos, bem como os Produtos e

Serviços Bancários, etc. Foi-nos também incu-

tido o espírito do que é ser profissional numa

Agência Bancária, da importância dos Clien-

tes e da Qualidade de Serviço. Tivemos ainda

a possibilidade de conhecer fisicamente vá-

rias áreas, como por exemplo a Sala de Mer-

cados, entre outras…

Após a formação em Lisboa, fiquei co-

locada na Agência da Murtosa, localizada na

principal praça e centro de comércio do Con-

celho. Trata-se de uma Agência composta por

cerca de 10 empregados, com um tipo de

negócio local e que enfrenta uma concorrên-

cia bastante agressiva.

Ao longo da minha estadia nesta Agên-

cia, tive a oportunidade de conhecer várias

áreas, como o Atendimento Genérico e Passi-

vas, o Back-Office, o Front-Office, as activida-

des conjuntas com a Região, bem como algu-

mas Aplicações, Sistemas Operativos e Bases

de Dados.

No plano de estágio vigorava a rubrica

“Um dia com…” cujo propósito era passar-

mos, semanalmente, um dia inteiro com um

determinado colaborador, com vista a me-

lhor entender o seu dia-a-dia, conforme a sua

função. Desta forma, pude passar “Um dia

com…” a Directora Comercial da Região, uma

Técnica Comercial, a Gestora de Cross-Selling,

Estágio de Verão na CGD

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Cindy Sousa

Entrei na UA na segunda fase do ano lectivo de 2006/2007, no curso de Economia (1º Ciclo), sendo esta a minha primeira opção de candidatura ao Ensino Superior. Actualmente encontro-me a terminar a Licenciatura e, simultaneamente, a frequentar as cadeiras do 1º ano do Mestrado em Economia, no ramo de Economia da Empresa.

o Gestor de Cliente, um Gestor de Caixa Em-

presas e também com a Gerente da Agência

da Murtosa.

No término deste estágio, fora-nos pe-

dido que elaborássemos um relatório de está-

gio, onde sucintamente relatássemos a nossa

experiência ao longo das seis semanas. O últi-

mo dia foi passado novamente em Lisboa, no

Edifício Sede, onde participámos nalgumas

sessões de trabalho (individual e em grupo)

com o intuito de partilharmos impressões

finais acerca do estágio.

Mais do que ensinar uma profissão, este

estágio teve a particularidade de ser uma

grande oportunidade oferecida pela Caixa

Geral de Depósitos aos alunos académicos

para poderem abrir os seus horizontes e des-

cobrir como funciona um banco. Pessoalmen-

te, empenhei-me em agarrar esta experiência,

tentando absorver atentamente todas as in-

formações e dicas que os meus colegas me

foram dando. De facto, pude comprovar co-

mo o universo deste Grupo Financeiro é vas-

to, estendendo-se por várias áreas, evitando

sempre qualquer tipo de discriminação.

O ponto que mais me fascinou foi a mo-

dernidade da Caixa, os esforços feitos por es-

tar sempre ao nível das expectativas do Clien-

te, o espírito de inovação aguçado, sempre

com uma visão futurista, mas sem se desviar

em demasia da actualidade.

Na CGD aprendi como é importante cri-

armos uma relação de empatia com o Cliente,

sabermos colocar-nos no lugar dele, criarmos

confiança e segurança quando tratamos com

rigor, profissionalismo e atenção as necessi-

dades e expectativas dos clientes.

Muito mais haveria para relatar sobre a

CGD e sobre tudo o que se aprende numa

Agência deste Grupo durante mês e meio… É

uma experiência que aconselho vivamente a

todos que ambicionem trabalhar numa área

como esta, e que queiram ver o seu trabalho

valorizado e reconhecido.

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No dia 4 de Maio decorreu, organiza-

do pelo Núcleo de Estudantes de Economia a

par da direcção de curso, uma visita ao Ban-

co de Portugal. Com a partida marcada para

as 7H30m, rumou-se a Lisboa.

Chegados ao Banco, iniciou-se a visi-

ta com o visionamento de um filme sobre a

história do dinheiro em Portugal, nas suas

diferentes formas: a evolução histórica, soci-

oeconómica e também artística, que caracte-

rizam a sociedade portuguesa e os povos que

antes da fundação do reino habitaram o oci-

dente peninsular. Procedeu-se a uma visita

guiada pelo museu do Banco de Portugal,

onde podemos ver peças raríssimas das co-

lecções: moedas, notas, retratos de figuras

ligadas à história portuguesa, pintura e ob-

jectos diversos relacionados com a actividade

do Banco. Em suma, a evolução do dinheiro

desde o artigo padrão ao euro que circula

nos dias de hoje.

Pela tarde, assistimos a uma palestra

dirigida pelo Dr. João Matelo, que começou

com a visualização de um pequeno filme so-

bre a história do Banco de Portugal e a sua

evolução. Esta palestra dirigiu-se especifica-

mente para as funções do Banco de Portugal,

entre outras, a estabilidade de preços

(politica monetária), gestão de activos e re-

servas, fiscalização dos mercados monetário

e cambial. No entanto, ainda houve tempo

para um debate de assuntos relacionados

com situação económica actual do país, co-

mo a presença do FMI/UE/BCE (TROIKA).

Foi uma excelente oportunidade para

conhecermos o Banco de Portugal por dentro

e de cruzarmos informação com o que nos é

leccionado nas aulas.

Visita ao Banco de Portugal

Page 16: Eco Dixit - 2011 - NEEc-AAUAv

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Se um dia imaginamos que era impossível, hoje,

temos a prova de que afinal “tudo vale a pena

se a alma não é pequena”… Bastou que acredi-

tássemos nesta luz que há em nós, nesta cora-

genzinha imparável, nesta vontade de querer

sempre mais e mais.

Ao longo dos anos muitas dúvidas foram surgin-

do: será que este é o caminho certo? Será que

existe força suficiente para aguentar?

Pequenas estrelinhas foram sendo a resposta

para todas as incertezas. Estrelinhas da força, da

coragem, estrelinhas doces, sensíveis e frias, …

Mas sempre presentes nos momentos de glória

e de tristeza: os amigos.

Sorriso após sorriso e lágrima após lágrima

construímos o nosso pequeno mundo académi-

co.

Chegamos, lutamos e vencemos!

Lutamos contra os terríveis testes: a álgebra, os

cálculos, a Macro e a Micro. E a econometria?

Só de pensar nas dores de cabeça, nos imensos

cafés que nos mantinham acordados, nem pare-

ce realidade. No entanto, são estes momentos

de luta que nos trazem já uma enorme saudade.

Uma saudade que nos acompanhará para o res-

to da vida pois estes momentos são tão únicos,

tão nossos…

Chegamos tão pequeninos e saímos tão cheios

de coragem, com vontade de enfrentar uma

nova fera chamada Futuro. O desejo de conquis-

ta e construção de um futuro melhor é algo que

todos temos em comum. E cada erro será para

nós uma vitória, pois aqui aprendemos que a

derrota não existe e que “a vida é uma infinita

luta onde só perde quem desiste”.

Aos nossos professores, a gratidão é enorme. Às

nossas famílias a gratidão não é mensurável. O

apoio que sempre nos deram será retribuído a

cada dia, com sorrisos e abraços, com promes-

sas de recompensa por todos os sacrifícios que

fizeram por nós.

Obrigado Senhor por teres guiado e abençoado

o nosso caminho!

Aos meus colegas e amigos: hoje temos a prova

de que não devemos perder o brilhozinho dos

nossos olhos, baixar a cabeça e… cair para a vida

e para as suas armadilhas. É preciso ter a ambi-

ção de querer atingir o inatingível. A partir da-

qui, corram e percorram todos os caminhos,

todos os atalhos que precisam para chegar à

meta e dizer “CONSEGUI…mais uma vez!”

Discurso de Economia na Benção de Finalistas 2010 / 2011 22 de Maio de 2011