Clínica do Clínica do discurso:discurso:
a arte da escuta e suas implicações nas relações entre pessoas
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Profa. Dra. Sandra Maia Farias Vasconcelos
Dep. Lingüística da UFC
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Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde Pública - UECE
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CRISECRISE
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Clínica do DiscursoClínica do Discurso
A pessoa que escutamos diz o que quer, escolhe suas palavras.
O falante é convidado a contar fatos de sua vida, sem que o ouvinte lhe demande mais do que o que ele quer dar.
O aspecto importante é a construção de um saber a partir das relações feitas entre o fato e o contar.
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Quem faz parte do Quem faz parte do processo?processo?
Todos nós que lidamos com pessoas com problemas: Doença Velhice Desemprego Perdas Divorcio Depressão ...
BUMBUM
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Marcas do Discurso:Marcas do Discurso:
Tendencioso à vitimação: aquele que sofre é o mais sofrido de todos os sofridos;
Impregnado de representações simbólicas: dor, medo, ambição, raiva, complexos;
Sistema em que o tempo não dá espaço à escuta: Consultórios, Fóruns, Balcões, Telefone etc.;
Resultado estresse, solidão, cumplicidade muda nas relações, depressão, perdas diversas
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Por que discurso?
Porque a fala é uma ferramenta possível à maioria dos indivíduos: Por um lado, a fala permite às pessoas
a expressão corporal que a doença parece proibir.
Por outro lado, quando nós as escutamos, mostramos-lhes sua importância.
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Por que falar?Por que falar? Elementos novos ganham espaço no discurso
do sujeito e integram-se ao vivido. O valor do discurso repousa sobre a
possibilidade de um auto-conhecimento. Ressonância de sua fala em si mesmo:
eco-nomia – co-análise interativa Quebrar o silêncio significa implicar-se na
situação.
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Ciclo-discursoCiclo-discurso
Contar a própria história é fazer emergir um EU que cria e ao mesmo tempo observa, dialoga e intervém neste processo de criação.
Durante o ato de fala o sujeito porta sobre si mesmo reflexões, desdobramentos de sua história e a atribuição do papel de elementos de sua vida.
Quebra do hetero-estigma e do auto-estigma.
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« Pegar » a palavra« Pegar » a palavra
Corpo Corpo
Meio Meio
Cultura anterior
Câncer
Antes Depois
Cancer
Historia anterior
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Identidade ou Identificações?Identidade ou Identificações?
Por estes desdobramentos do discurso, o sujeito chega à reflexão.
A reflexão é a busca de referências momentâneas de identificação: a fala em EU recupera identidades e as
acumula; a consciência de que este EU é a primeira
pessoa é a recuperação da identidade.
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Processo narrativo: como escutar?
O sujeito que conta é um sujeito de memória ou aquele sobre quem o ouvinte vai investir para iniciar o processo da memória.
Para o ouvinte, é uma espécie de ato de escrever a quatro mãos consigo mesmo.
A memória do outro passa pela nossa, incita a nossa, e nós percebemos neste processo uma infinidade de eventos de nossa vida que nós escondemos sem saber. Ajuda-nos a entender o esquecimento do outro.
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Clínica do DiscursoClínica do Discurso
Aqueles que vêem a sua própria finitude diante de seus olhos no cotidiano nos
ensinam quanto tempo temos perdido com banalidades, com lutas fugazes e com
buscas inúteis.
Muito obrigada!
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Devia ter amado mais. Ter chorado mais. Ter visto o sol nascer.
Devia ter me arriscado mais, e até errado mais.
Ter feito o que eu queria fazer.
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Queria ter aceitado as pessoas como elas são.
Cada um sabe a alegria,
e a dor que traz no coração.
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O acaso vai me proteger... Enquanto eu andar distraido... O acaso vai me proteger... Enquanto eu andar...
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Devia ter complicado menos, e trabalhado menos Ter visto o sol se pôr...
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Devia ter me importado menoscom problemas pequenos... Ter morrido de amor !
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Queria ter aceitado a vida como ela é, A cada um cabe alegrias, e a tristeza que vier.
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Não deixe para o epitáfio...Escreva hoje na estória de sua VIDAque você viveu intensamente cada instante do hoje como se não houvesse um amanhã
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Repare mais no Sol, na Lua, nas estrelas, nos pássaros, nasflores, na beleza da NATUREZA, enfim...
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Arrisque mais, chore mais, ria mais, brinque mais, namore mais...
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