CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
ODONTOLOGIA
ANA PRICILA ALVES DE SOUZA
LUANA MOTA DE OLIVEIRA
PERIODONTITE EM GRAU AVANÇADO
RELATO DE CASO
FORTALEZA
2020
ANA PRICILA ALVES DE SOUZA
LUANA MOTA DE OLIVEIRA
PERIODONTITE EM GRAU AVANÇADO
RELATO DE CASO
Artigo TCC apresentado ao curso de Bacharel
em Odontologia do Centro Universitário
Fametro como requisito para a obtenção do
grau de bacharel, sob a orientação da Prof.ª Dra.
Paula Ventura da Silveira.
FORTALEZA
2020
ANA PRICILA ALVES DE SOUZA
LUANA MOTA DE OLIVEIRA
PERIODONTITE EM GRAU AVANÇADO
RELATO DE CASO
Artigo TCC apresentado no dia 2 de junho de
2020 como requisito para a obtenção do grau de
bacharel em Odontologia do Centro
Universitário Fametro tendo sido aprovado pela
banca examinadora composta pelos professores
abaixo:
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Profa. Dra. Paula Ventura da Silveira
Orientadora – Centro Universitário Fametro
_________________________________
Profa. Me. Aline Dantas Diógenes Saldanha
Membro – Centro Universitário Fametro
_________________________________
Prof. Esp. Ivens Barreto Barroso
Membro - Centro Universitário Fametro
Dedico aos nossos pais que, com toda
dedicação e esforço, nos ajudaram a alcançar
esse sonho.
AGRADECIMENTOS
Antes de tudo a minha eterna gratidão a Deus, pelo dom da vida, por me livrar de todo mal, por
providenciar tudo da melhor forma e por ter me dado forças para continuar lutando pelo meu
sonho. Agradeço aos meus pais: Isabel Cristina Alves de Paula e Antônio Jáder de Sousa
Bezerra, que mesmo com toda distância se fizeram presentes nesses 5 anos, dando o suporte
necessário, apesar de todas as dificuldades, dando conselhos, carinho, amor e me socorrendo
nos dias que eu estava sobrecarregada. Agradeço também a minha madrasta Maria Marilene
Lima Bezerra que veio para somar na minha vida. Aos meus irmãos Israel Kalebe Alves de
Souza, Yasmim Alves de Paula, Lívia Lima Nobre e Silas Lima Marques, que cada um com
seu jeito de ser me ajudaram e deram forças para continuar nesta caminhada. Ao meu namorado
e amigo, Matheus Lavor de Souza, que sempre esteve presente, me apoiando, incentivando a
crescer e cuidando de mim com todo carinho e amor, o que tornou tudo mais leve. A minha
sogra Josefa Vanir Lavor que foi um presente de Deus na minha vida, que se preocupava e
cuidava de mim como uma filha. A Ednaldo Lavor que considero como um tio, que me ajudou
quando mais precisei e está desde então presente, essa conquista também é sua. Os meus
sinceros agradecimentos à família Alencar, na pessoa da Tia Cláudia de Freitas Alencar e Tio
José Alencar Júnior, que me acolheram em sua casa e me fizeram parte da família, também a
seus filhos Hulyma de Freitas Alencar, Habner de Freitas Alencar e em especial a minha amiga
e irmã de coração Hayalla de Freitas Alencar que foi essencial na minha vida e formação, com
todos os conselhos, conversas e experiências trocadas. A minha amiga e dupla da faculdade,
nas clinicas e estágios, Luana Mota de Oliveira, que teve toda paciência e cuidado durante este
período, sempre me incentivando a ser uma pessoa melhor e uma profissional por excelência.
A minha amiga Mariane Alencar, que sempre teve todo cuidado e preocupação comigo,
presente no meu dia a dia na faculdade e na minha vida. Aos meus amigos, Tayná Pinheiro de
Carvalho, Ronnaby Vicente de Araújo e Francisca Genázia de Lucena da Silva, que apesar da
distância estiveram comigo, torcendo pelo meu sucesso e superação a cada obstáculo.
Ana Pricila Alves de Souza
Primeiramente minha imensa gratidão a Deus que colocou no meu coração, com toda sua
bondade e proteção, a certeza de querer seguir essa carreira linda que é a Odontologia. Aos
meus pais, Laudécia Moreira Mota e Antônio Batista Mota, agradeço por serem presentes de
uma forma incrível na minha vida pessoal e acadêmica, mostrando-me diariamente os valores
corretos a seguir. Obrigada, meus amores, por tanta dedicação, pelo que fizeram e fazem por
mim! Tudo valeu a pena e vocês fazem parte dessa vitória. Aos meus irmãos Cláudio Cauã
Batista Mota e Diego Bruno Mota de Oliveira, pela parceria, amizade e amor. Ao meu noivo e
melhor amigo, Matheus Nobre Teixeira de Freitas, agradeço por me acompanhar e me
incentivar a crescer, pelo apoio emocional, carinho e conselhos. A minha amiga, dupla de curso,
clínicas e estágios Ana Pricila Alves de Souza, pela paciência e insistência pelo meu melhor.
Pelos olhares que me encorajavam nos primeiros pacientes e cirurgias. Nós evoluímos juntas e
estamos no fim deste grande ciclo. Que Deus nos abençoe nas novas fases que virão.
Luana Mota de Oliveira
Em equipe, gostaríamos de agradecer a nossa querida orientadora Dra. Paula Ventura da
Silveira, que desde o início da graduação é um exemplo de profissional, professora e ser
humano que inspira todos que foram e são seus alunos. Nessa fase de nossas vidas esteve à
disposição em todos os momentos nos ajudando, apoiando e não medindo esforços para isso.
Somos imensamente gratas por tudo, Doutora! Que sejamos o que nos ensinou a ser e o que
devemos ser, pois assim, com certeza, seremos pessoas melhores e profissionais excelentes.
Porque sou eu que conheço os planos que tenho
para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los
prosperar e não de causar dano, planos de dar a
vocês esperança e um futuro.
Jeremias 29:11
PERIODONTITE EM GRAU AVANÇADO: RELATO DE CASO
Ana Pricila Alves de Souza1
Luana Mota de Oliveira¹
Paula Ventura da Silveira2
RESUMO
A Periodontite em grau avançado é uma doença relativamente rara, de destruição rápida do
periodonto de sustentação. Essa patologia provoca a perda vertical do osso alveolar, resultando
em mobilidade dentária e aparecimento de bolsas infraósseas. O objetivo deste trabalho é
apresentar uma revisão de literatura sobre a periodontite em grau avançado e um relato de caso
clínico. Foram utilizadas as bases de dados Pudmed, Scielo e EBSCO sendo incluídos artigos
de revisão de literatura, relatos de casos, além de livros e revistas publicados nos anos de 1995
a 2019 na língua portuguesa e inglesa e excluídas teses e dissertações. Resultado: 3175 artigos
foram identificados, após a triagem por meio da leitura dos títulos e resumos, apenas 35 artigos
foram selecionados para esta revisão. Existem diversas doenças periodontais que com estudos
foram reunidas em dois grupos: Gengivite e Periodontite. A Periodontite pode ser classificada
em Periodontite Necrotizante, Periodontite como forma de manifestação de doenças sistémicas
e somente Periodontite, sendo essa dividida em estágios 1, 2, 3, 4 e Graus A, B, C. Diante disso,
pode-se concluir que sua complexidade depende do seu estágio e grau, além disso, fica claro
que quanto mais precoce for o diagnóstico melhor será o prognóstico.
Palavras-chave: Periodontite agressiva, doença periodontal, prótese total imediata.
ABSTRACT
Advanced periodontitis is a relatively rare disease, with rapid destruction of the sustaining
period. This pathology causes vertical loss of the alveolar bone, resulting in tooth mobility and
1 Acadêmica do curso de Odontologia pelo Centro Universitário Fametro – UNIFAMETRO. 2 Cirurgiã- Dentista. Doutora em Odontologia. Docente do curso de Odontologia do Centro Universitário Fametro – UNIFAMETRO.
the appearance of infra-osseous bags. The aim of this paper is to present a literature review on
periodontology in an advanced degree and a clinical case. Pudmed, Scielo and EBSCO
databases were used, including literature review articles, cases and cases, in addition to books
and magazines published in the years 1995 to 2019 in portuguese and english, and theses and
dissertations were excluded. Result: 3175 articles were used, after screening through the reading
of titles and abstracts, only 35 articles were selected for this review. There are several
periodontal diseases that with studies gathered in two groups: gingivitis and periodontitis. A
periodontitis can be identified as: necrotizing periodontitis, periodontitis as a form of
manifestation of systemic diseases and only periodontitis, which is divided into stages 1, 2, 3,
4 and Grade A, B, C. that its complexity depends on its stage and degree, moreover, it is clear
that the earlier the diagnosis, the better the prognosis.
Key words: Aggressive periodontitis, periodontal desaese, prosthetics total immediate.
9
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, os pacientes procuram por um sorriso dito perfeito, sem falhas,
elevando sua autoestima, sendo isto destaque na atuação do profissional de Odontologia. Essa
busca é um pré-requisito fundamental nos procedimentos realizados em pacientes exigentes e
ansiosos que depositam expectativas no resultado do tratamento odontológico.
Rovida e Garbin (2013), falam que a Odontologia é a área da saúde que estuda e
trata o sistema estomatognático, compreendendo a face, o pescoço, a cavidade oral, além dos
seus ossos, musculaturas, articulações, tecidos e os dentes. A Odontologia divide-se em diversas
especialidades, dentre elas: a Periodontia e Prótese, as quais têm sido bastante procuradas por
esse público para uma reabilitação oral e harmonização estética.
Segundo Petersen et al. (2005), os principais agravos que acometem a saúde bucal
no Brasil e que têm sido objeto de estudos epidemiológicos em virtude de sua prevalência e
gravidade são: cárie dentária, doença periodontal, como a Gengivite e a Periodontite,
edentulismo, maloclusão, câncer de boca, fluorose dentária e traumatismos dentários. Com
isso, o Ministério da Saúde (2018) mostra em seus dois últimos levantamentos epidemiológicos
realizados em nível nacional, denominados Projetos SB Brasil, a importância desses agravos e
reforça a necessidade que os serviços de saúde estejam organizados para intervir e controlar
esta situação.
Essas doenças bucais tornam-se um grave problema na saúde pública, nas quais as
doenças periodontais acabam apresentando um maior destaque por refletirem diretamente na
qualidade de vida dos indivíduos, podendo estar associadas à perda dental. (FONSECA et al.,
2015).
O avanço da ciência e da tecnologia ao longo do último século está gradualmente
expandindo o conhecimento sobre a patogênese das doenças periodontais. Um desequilíbrio
entre o biofilme da placa e o sistema imunológico do hospedeiro resulta na superextensão de
um conjunto de citocinas pró-inflamatórias, propagação da inflamação, levando a destruição do
tecido conjuntivo e subsequente destruição do osso alveolar. Esta é a marca da doença
periodontal (BATRA, DAS, PATEL, 2019), levando em graus avançados à perda dentária.
Essa doença é classificada em localizada, quando os indivíduos apresentam perda
de inserção clínica inter-proximal no primeiro molar e/ou incisivo, e não envolver mais que
dois dentes além desses. Já a Periodontite Generalizada, é caracterizada por perda de inserção
10
inter-proximal que afeta pelo menos três dentes permanentes, além dos incisivos e primeiros
molares (CARRANZA, 2012).
De acordo com a nova classificação das doenças periodontais, Catton (2018) relata
que há três formas de Periodontites, que podem ser: Periodontites Necrotizantes, Periodontites
como forma de manifestação de doenças sistémicas e Periodontites. Segundo essa mesma
classificação, as formas antes conhecidas como crônica e agressiva têm a mesma fisiopatologia,
tendo alguns fatores relacionados ao indivíduo que podem modificar os desfechos dessa doença,
como por exemplo, a resposta imune do hospedeiro que pode alterar o estabelecimento e a
progressão da doença (TONETTI et al., 2018).
A Periodontite em graus mais avançados é uma doença de destruição rápida do
periodonto de sustentação, há ocorrência de perda de inserção severa, com formação de bolsas
periodontais profundas superiores a 5 mm, que acomete pacientes sistemicamente saudáveis e
tende a ter agregação familiar (MUNÕZ et al., 2018).
Segundo Araújo et al. (2019), o tratamento inicial dessa doença visa interromper o
acúmulo de biofilme e reduzir a carga bacteriana das bolsas periodontais, com instrumentação
radicular, seja ela, manual ou ultrassônica. Entretanto o uso de antimicrobianos adjuvantes é
geralmente necessário no tratamento da periodontite agressiva generalizada. A American
Academy of Periodontology (2000) complementa que as instruções de higiene oral para
controle da placa supragengival são de extrema importância para o tratamento. Há casos que as
exodontias múltiplas estão indicadas e com a perda total dos elementos dentários, Beloni et al.
(2015), afirmam que tal condição acarreta diminuição do desempenho mastigatório, colapso da
relação maxilomandibular, alteração fonética, estética, além da influência na autoestima e
qualidade de vida dos indivíduos.
Goiato et al. (2014), esclarecem que podem ser utilizadas para restabelecer as
funções do aparelho estomatognático, a confecção de próteses totais mucossuportadas
mediatas, próteses do tipo protocolo e o uso da prótese total imediata.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar um estudo literário e um caso
clínico de reabilitação com prótese total imediata superior e inferior em uma paciente que
apresenta Periodontite em grau avançado, função mastigatória inadequada e falta de estética,
que foi atendido na disciplina de Estágio Supervisionado l no Complexo Odontológico
UNIFAMETRO.
11
2 METODOLOGIA
O presente trabalho foi elaborado a partir de uma base teórica composta por artigos
científicos, obtidos através de bases de dados e revistas, além de livros. Para a revisão
bibliográfica foram utilizadas as bases de dados: Pub Med, Scielo, EBSCO, BVS e teve como
descritores: Periodontite agressiva, Doença periodontal e Prótese total imediata. Como critério
de inclusão, foram selecionados artigos de revisão de literatura, relato de casos clínicos, artigos
dos anos de 1995 a 2019, nos idiomas português e inglês. Foram excluídas teses e dissertações,
além de artigos com metodologia duvidosa. Inicialmente foram encontrados 3175 artigos, após
a leitura dos títulos, selecionou-se 60. Desses, foram selecionados 35 artigos com a leitura dos
resumos.
Foi adicionado, a este estudo, um relato de caso clínico, realizado pelas alunas do
oitavo semestre, no Estágio Supervisionado I do curso de Odontologia da UNIFAMETRO.
Paciente J.S.A, feminino, 35 anos buscou atendimento por conta de uma mobilidade dentária
acentuada e necessidade de raspagem. Na triagem, foi identificada mobilidade em todos os
dentes e tártaro. A paciente foi diagnosticada com Periodontite em estágio 4, grau C, diante
disso, o tratamento de escolha foi a exodontias múltiplas da arcada superior e inferior e
reabilitação com prótese total imediata. O trabalho passou pelo comitê de ética e foi aceito.
3 REVISÃO DE LITERATURA
O Periodonto é o tecido de suporte do dente. Ele é composto por gengiva, osso
alveolar, cemento e o ligamento periodontal que são fibras que unem as gengivas e o osso
alveolar ao cemento. Existem diversas doenças periodontais, mas podem ser reunidas em dois
grupos: gengivite e periodontite. (LOURO et al., 2001).
As doenças periodontais são respostas inflamatórias da gengiva e do tecido
conjuntivo ao acúmulo de bactérias sobre o dente. Essas bactérias formam comunidades
microbianas complexas e organizadas, conhecidas como placa dentária. (ARMITAGE, 1999).
De acordo com Almeida et al. (2006), as manifestações clínicas dessa doença são
dependentes das propriedades agressoras dos microrganismos e da capacidade do hospedeiro
em resistir à agressão. Mesmo que o mecanismo de defesa esteja na resposta inflamatória que
inicialmente se manifesta com a gengivite, as variações na eficácia protetora do processo
12
inflamatório e o potencial patogénico das bactérias podem ser a causa principal das diferenças
encontradas na susceptibilidade à doença periodontal.
As respostas inflamatórias estão divididas em dois grupos clínicos: a Gengivite e a
Periodontite. A Gengivite é comum e se manifesta clinicamente com o sangramento dos tecidos
gengivais, sem evidência de perda de inserção do dente ao osso alveolar ou perda óssea. Por
sua vez, a Periodontite ou doença periodontal destrutiva ocorre quando há resposta inflamatória
induzida pela placa nos tecidos, resultando na perda de inserção colágena do dente ao osso, na
perda de osso alveolar e na eventual perda do dente. (ARMITAGE, 1999).
Spanemberg et al. (2008), afirmam que a Periodontite é considerada uma doença
multifatorial, que incluem: susceptibilidade genética, patógenos bacterianos específicos e a
resposta imunoinflamatória por parte do hospedeiro. Concordando com Hughes et al. (2006),
que afirmam que a susceptibilidade da Periodontite pode ser determinada por uma variedade de
fatores de risco, incluindo fatores específicos envolvendo a microflora oral, fumo, fatores
genéticos, psicossociais e comportamentais.
Segundo Okunseri et al. (2005), essas doenças periodontais podem influenciar no
bem-estar individual, coletivo e na qualidade de vida, interferindo na função mastigatória, na
estética e até nas relações interpessoais. Almeida et al. (2006), descrevem que a condição de
Periodontite é sempre precedida pela Gengivite, porém a Gengivite nem sempre termina com a
instalação de uma Periodontite.
No Workshop Mundial de Classificação de Doenças e Condições Periodontais e
Periimplantares, que aconteceu em Chicago no ano 2017, foi desenvolvido um novo quadro de
classificação para a doença periodontite. Ficou acordado que há três formas de Periodontite que
deverão ser identificadas como: Periodontite Necrosante, Periodontite com manifestações de
doenças sistêmicas e as formas da doença que antes eram chamadas de crônica e agressiva,
passaram a ser denominadas apenas de Periodontites. A classificação desta se dá por quatro
estágios, sendo eles: estágio 1: periodontite inicial; estágio 2: periodontite moderada; estágio 3:
periodontite grave com potencial para perda dentária adicional; estágio 4: periodontite grave
com potencial de perda da dentição. Esses estágios são determinados após considerar algumas
variáveis, como: volume, quantidade e porcentagem de perda óssea, profundidade de
sondagem, extensão de defeitos ósseos e envolvimento de furca, mobilidade dentária e perda
de elemento dentário. Inclui também três níveis, sendo eles considerados: grau A: baixo risco
de progressão; grau B: médio risco de progressão e grau C: alto risco de progressão. (CATON
et al., 2018).
13
A Periodontite Agressiva é uma doença rara que se caracteriza pela destruição
acentuada dos tecidos de inserção periodontal em indivíduos jovens, podendo ser detectada em
todas as idades e grupos étnicos. Suas principais características envolvem história médica não
significativa do paciente, concentração familiar dos casos, além da quantidade de depósitos
microbianos incompatíveis com a gravidade da destruição do tecido periodontal e da deficiência
no sistema imunológico do hospedeiro. A Periodontite Agressiva apresenta uma microbiota
com grande heterogenicidade de bactérias, como Porphyromonas gingivalis, Tannerella
forsythia, além de Aggregatibacter actinomycetemcomitans, que é considerado o
microrganismo chave da doença (CHAVES et al., 2017).
Essa doença tem alta prevalência em indivíduos melanodermas e apresenta
igualdade nos sexos, sendo as mulheres atingidas mais precocemente que os homens. O padrão
familiar de perda óssea alveolar inclui o fator genético na Periodontite Agressiva. Em diferentes
épocas, os estudos mostram, que o padrão da Periodontite Agressiva com relação aos efeitos
genéticos, contribuem para o desenvolvimento da doença. A Actinobacillus
actinomycetemcomitans difunde-se entre membros da mesma família de duas maneiras: a
transmissão por contato intrafamiliar ou por meio da transmissão genética da susceptibilidade
à doença. (HEPP et al., 2007).
O diagnóstico da Periodontite Agressiva deve ser obtido por meio de exame clínico
periodontal detalhado, anamnese e história médica, na qual se procura excluir doenças
sistêmicas relacionadas à doença periodontal. Durante a anamnese, é primordial que se
considere possíveis fatores hereditários relacionados ao hospedeiro (PERALTA et al., 2018).
Como consequência da agressividade dessa doença, a reabsorção óssea só cessa
com o tratamento, a esfoliação ou exodontia dos dentes afetados, como explicam Hepp et al.
(2007) e completam abordando que a melhor forma de controlar a progressão da doença é pelo
diagnóstico precoce, aumentando, assim, a possibilidade de sucesso com o tratamento
adequado.
O tratamento da doença periodontal agressiva representa um desafio ainda maior,
relacionado especialmente a dois aspectos importantes da doença sobre os quais o tratamento
convencional não exerce influência: a presença de microrganismos altamente virulentos e a
susceptibilidade do hospedeiro. O diferencial nesse tratamento se refere a esforços específicos
em afetar a composição e não somente a quantidade da microbiota subgengival. (TONETTI e
MOMBELLI 2005).
14
Assim como na Periodontite Crônica, o tratamento concentra-se em duas
abordagens fundamentais, ou seja, instruções de higiene oral para controle da placa
supragengival, raspagem e alisamento radicular para a redução e/ou eliminação do biofilme e
da microbiota patogênica (American Academy of Periodontology, 2000). Infelizmente, a
raspagem e o alisamento radicular apresentam algumas limitações, como dificuldades em
acessar bolsas mais profundas, áreas de furca e concavidades radiculares (MOMBELLI et al.,
2011). Diante disso, a recolonização bacteriana da superfície radicular poderia levar à recidiva
da doença após o tratamento (CORTELLI et al., 2002).
Não são todos os pacientes que respondem positivamente ao tratamento
convencional, nesse caso é necessária a associação de alguns antissépticos e antibióticos que
ajudam na regressão da Periodontite (QUIRYNEN et al., 1995).
Rösing (1999) diz que a antibioticoterapia pode ser utilizada como auxiliar
terapêutico quando se observa que durante o tratamento continua a perda de inserção.
A azitromicina foi mostrada em alguns estudos como a melhor opção para
associação com o debridamento mecânico, por ela regular a função de células epiteliais, sendo
um fármaco mais favorável devido a ter pouco efeito adverso. (HOEPELMAN e SCHNEIDER
2003).
Segundo Dorfer (2003) a combinação de Metronidazol e Amoxicilina é a mais
efetiva na eliminação do Actinobacillus actinomycetemcomitans, o que é mostrado pelos
autores Hepp et al. (2007), em que obtiveram sucesso no tratamento de dois casos de
periodontite agressiva fazendo uso da associação de Amoxicilina – 500 mg, via oral, a cada 8
horas, durante 10 dias e Metronidazol – 400 mg, um comprimido a cada 8 horas, também por
10 dias, bem como em outros trabalhos clínicos.
No entanto, em casos que não haja uma evolução positiva ao tratamento ou casos
avançados da doença, a perda total ou parcial dos elementos dentários acaba tornando-se uma
opção de tratamento. Com isso ocorre: diminuição do desempenho mastigatório, alteração
fonética, estética, além da influência na autoestima e qualidade de vida dos indivíduos
(BELONI et al., 2015).
Em indivíduos que passam por exodontias múltiplas, a prótese total imediata é uma
opção de reabilitação. Ela é confeccionada por meio da resina acrílica ativada termicamente
sobre o modelo de trabalho, antes das extrações e instalada imediatamente após a remoção dos
elementos dentários. (BASTOS; RODRIGUES, 2015). É uma forma eficaz de manter a estética
15
e a função ou transferir as características dos dentes naturais para a dentição artificial
(GEORGE; WELFARE, 2017).
A prótese total imediata proporciona vantagens estéticas, anatômicas e funcionais,
como a preservação da dimensão vertical de oclusão, previne traumatismo sobre a articulação
temporomandibular, impede colapso labial, possibilita atividade normal da musculatura, evita
transtornos fonéticos, facilita mastigação, reduz os reajustes dietéticos, auxilia na cicatrização
e manutenção do coágulo. Já as suas desvantagens são os cuidados pós-operatórios, a presença
de sintomatologia, a necessidade de reembasamento e ao número de visitas ao profissional para
os ajustes posteriores (GOOYA; ADLI, 2013; HASSAN; WISMEIJER, 2017)
4 RELATO DE CASO
Paciente do sexo feminino, melanoderma, normosistêmica, trinta e cinco anos de
idade, procurou atendimento no Complexo Odontológico UNIFAMETRO e foi atendida no
Estágio Supervisionado l, no semestre de 2019.1, com a queixa de ‘’preciso de limpeza e meus
dentes estão moles’’.
Na anamnese, quando perguntada sobre doenças periodontais semelhantes na
família, declarou que sua mãe apresentava aspecto semelhante ao seu. Relatou escovação
dentária regular, três vezes por dia, com uso de enxaguatórios bucais, não fazia uso de fio dental,
além de ter ido ao dentista no ano de 2014 para manutenção ortodôntica e raspagem. O exame
extrabucal apresentava-se dentro dos padrões de normalidade e ao realizar o exame intrabucal
observou-se que a paciente apresentava o uso de braquetes ortodônticos dos dentes 15 ao 25,
presença de recessões gengivais, ocorrendo mobilidade grau III do 41, 31 e 32 e grau II em
todos os molares, pré-molares, incisivos superiores e uma quantidade de tártaro acentuada, nos
elementos 41, 31 e 32, porém com ausência de cáries (Figura 1 e 2).
FIGURA 1 – Aspecto clínico inicial. FIGURA 2 – Aspecto intraoral de incisivos inferiores.
16
Durante o exame periodontal, Periodontal Screening and Recording (PSR), foram
obtidos resultados como: primeiro sextante: nível 4*; segundo sextante: nível 3*; terceiro,
quarto, quinto e sexto sextante: nível 4*.
Com a visualização pelo exame radiográfico, observou-se perda óssea vertical
generalizada, sendo mais localizada nas regiões de molares e incisivos, tendo também a
presença de lesões de furca (Figura 3, 4 e 5). Com isso, a paciente teve como diagnóstico
Periodontite estágio 4 em grau C.
FIGURA 3 – Imagem panorâmica. Áreas de severa perda óssea vertical.
FIGURA 4 – Imagem da radiografia Periapical, destaca-se as perdas ósseas severas em incisivos superiores.
17
FIGURA 5 - Imagem da radiografia Periapical, destaca-se as perdas ósseas severas em incisivos inferiores.
O plano de tratamento para esta paciente foi iniciado com orientações sobre higiene
oral e a sua importância, bem como a antibioticoterapia com Amoxiliana – 500 mg, via oral, a
cada 8 horas, durante 10 dias e Metronidazol – 400mg, via oral, um comprimido a cada 8 horas,
igualmente. Pelo diagnóstico de periodontite estágio 4 em grau C, decidiu-se junto a paciente
que o melhor tratamento seria a realização das exodontias múltiplas com a reabilitação inicial
através de prótese imediata.
Começamos o tratamento da paciente com a antibioticoterapia e, com sete dias
depois, foi marcado o retorno para iniciarmos as etapas cirúrgicas. Foram selecionados, a
princípio, pela sua grande mobilidade que gerava incômodo, os elementos 41, 31 e 32, onde
realizaríamos a raspagem ultrassônica no transoperatório, visto que tentaríamos adequar o meio
para diminuir o foco de infecção. A tentativa da raspagem ultrassônica nesses elementos não se
mostrou satisfatória por conta da grande mobilidade dos mesmos. Foi decidido então realizar
as exodontias com um cuidado redobrado com o alvéolo, para que nenhum fragmento do tártaro
pudesse adentrar causando, na recuperação, uma Alveolite.
FIGURA 6 – Aspecto após a retirada de sutura dos elementos 41, 31 e 32.
18
Após 14 dias, foi realizada a moldagem anatômica com material Alginato e registro
de mordida com a cera 7 para confecção de prótese total imediata. Depois da confecção da
prótese total imediata superior e inferior, foi agendada a cirurgia da arcada superior para assim
dar continuidade às exodontias. Foram extraídos os elementos 11, 12, 13, 14, raiz residual do
15, elementos 16, 21, 22, 23, 24, 25 e 28 (Figura 6) e regularização óssea manual com lima para
osso e alveolótomo em áreas de espículas ósseas e sutura contínua (Figura 7). Para o pós-
operatório foram prescritos os seguintes medicamentos: Dipirona – 500mg, via oral, a cada 6
horas, durante 3 dias ou em caso de dor e Nimesulida – 100 mg, um comprimido a cada 12
horas, durante 3 dias e como antisséptico bucal, o bochecho de Digluconato de Clorexidina
0,12%.
FIGURA 7 – Exodontia dos elementos superiores.
FIGURA 8 – Sutura contínua na arcada superior.
Na colocação imediata da prótese, pode-se notar um ‘’sorriso gengival’’ protético
o qual foi marcado e encaminhado para o laboratório para realização de ajuste (Figura 9 e 10).
19
FIGURA 9 – Sorriso gengival protético. FIGURA 10 – Lábio superior relaxado.
Na semana seguinte, foi realizado desgaste da parte interna da prótese com a peça
reta e brocas max cut e mini cut, além de reembasamento com resina soft para uma melhor
adaptação (Figura 11).
FIGURA 11 – Aspecto da prótese total imediata superior adaptada.
Dando continuidade ao tratamento planejado, oito dias depois, foi executada a
cirurgia da arcada inferior, com as exodontias múltiplas dos elementos 44, 45, 46, 48, 33, 34,
35, 37 e as raízes residuais do 38 e 47. Como prescrição medicamentosa pós-cirúrgica, optou-
se pelos mesmos medicamentos da cirurgia anterior. Foi adaptada a prótese total inferior com
resina soft após a cirurgia.
Depois de 7 dias da cirurgia dos elementos inferiores, na retirada de sutura, a
paciente queixou-se de incômodo ao utilizar a prótese superior. Na palpação, pode-se observar
algumas irregularidades ósseas e espículas. Diante disso, optamos por realizar uma cirurgia pré-
protética para a regularização do tecido ósseo superior.
5 DISCUSSÃO
20
Steffens e Marcantonio (2018) relatam que a Periodontite é uma doença
inflamatória crônica multifatorial associada com biofilme disbiótico, tendo uma destruição
progressiva de inserção dental. Clinicamente, há a perda de inserção em dois ou mais sítios
interproximais que não são adjacentes ou perda de inserção de 3 mm ou mais na vestibular ou
lingual/palatina em pelo menos 2 dentes, sem que seja por causa de recessão gengival de origem
traumática, cárie dental, presença da perda de inserção por mau posicionamento ou à extração
de terceiro molar, lesão endoperiodontal ou ocorrência de fratura radicular vertical, como foi
relatado no caso aqui citado.
Ela tem classificação de acordo com seu estágio, que diz sua severidade quanto à
perda de inserção clínica e o grau, que apresenta as evidências, o risco de progressão da doença
e seus efeitos sistêmicos. Através dessas classificações que definem os estágios em estágio I,
sendo ele o mais leve, ao estágio IV, que apresenta 5 mm ou mais de perda de inserção
interproximal no pior sítio ou perda óssea radiográfica se estendendo à metade ou ao terço
apical da raiz, mostra também o grau que vai de grau A, onde esse tem uma progressão lenta,
até o grau C que apresenta uma evidência direta de progressão igual ou superior a 2 mm em 5
anos ou indireta de perda óssea/ano superior a 1 mm. (TONETTI, GREENWELL E
KORNMAN 2018). Estes critérios foram aplicados no diagnóstico da periodontite em estágio
4 e grau C no caso relatado.
Segundo Hepp et al. (2007), o diagnóstico da Periodontite em grau avançado deve
ser feito pela anamnese e história médica, onde se deve procurar excluir doenças sistêmicas
relacionadas à doença Periodontite. Além disso, realizar exame clínico minucioso, incluindo
sondagem periodontal, para a detecção de perda óssea é fundamental. O caso citado acima, não
apresenta relação com doenças sistêmicas, mas foram relatados casos semelhantes na família
onde a paciente, mesmo com esse histórico, fez uso indiscriminado durante muitos anos do
aparelho ortodôntico, o qual é fator retentivo de placa e pode ter sido um fator determinante
para o avanço desta doença. A melhor forma de controlar a progressão da doença periodontal é
pelo diagnóstico precoce, onde há o aumento da possibilidade de sucesso com o tratamento
adequado.
Radiograficamente, há um padrão de reabsorção vertical em primeiros molares e
incisivos, geralmente simétrico e bilateral em jovens saudáveis, sendo um sinal provável da
periodontite em grau avançado (SPANEMBERG et al., 2008). Outros achados radiográficos
incluem a “perda em forma de arco do osso alveolar, estendendo-se da superfície distal do
21
segundo pré-molar até a superfície mesial do segundo molar” (HEPP et al., 2007). Diante disso,
o mesmo aspecto radiográfico foi encontrado no relato de caso, assim foi fechado o diagnóstico.
O tratamento da Periodontite sempre foi um desafio para os clínicos, porém não há
protocolo nem guia para um controle eficiente da doença. Para Hepp et al. (2007), é
fundamental realizar inicialmente o controle da infecção periodontal realizando-se a raspagem
e o alisamento de todos os sextantes. No caso clínico exposto, não seguimos esse tratamento,
pois a paciente apresentava alto grau de mobilidade.
Os indivíduos com periodontite em grau avançado normalmente não respondem
bem ao tratamento mecânico, como raspagem e alisamento radicular (HERRERA et al., 2002).
Com isso, a antibioticoterapia tem sido sugerida como adjuvantes ao tratamento. A combinação
de metronidazol e amoxicilina ainda se apresentou a mais efetiva na supressão do
Actinobacillus actinomycetemcomitans, demonstra Hepp et al. (2007), onde obtiveram sucesso
no tratamento de casos de periodontite agressiva fazendo uso da associação de Amoxicilina –
500 mg, via oral, a cada 8 horas, durante 10 dias e Metronidazol – 400 mg, um comprimido a
cada 8 horas, também por 10 dias. Esses medicamentos foram utilizados para controle
bacteriano na paciente antes do procedimento cirúrgico, os quais foram a forma de tratamento
escolhido.
De acordo com Santuchi e Costa (2011), a terapia periodontal por meio da técnica
cirúrgica e não cirúrgica no tratamento da doença periodontal pode ser eficaz quando instaurado
um programa regular de reavaliações clínicas, um controle adequado do biofilme, juntamente
com o constante reforço de instruções de higiene oral, porém, quando não há essa associação
de fatores e a cooperação do paciente não é satisfatória, os benefícios obtidos pela terapia
periodontal podem não ser mantidos. No relato de caso apresentado, a causa da perda dentária
é a doença periodontal grave em uma paciente jovem, onde o tratamento inicial como a remoção
de tártaro não seria eficiente por conta da grande perda óssea presente e a mobilidade em grau
acentuada em diversos elementos, então o tratamento de escolha foi as exodontias múltiplas.
Torcato et al. (2012), falam que a principal indicação dessa reabilitação com prótese
imediata está associada aos casos de extrações múltipla, assim como foi feito no caso. Além
disso, essa reabilitação proporciona vantagens estéticas, anatômicas, funcionais que ainda
auxiliam na cicatrização e manutenção do coágulo (GOOYA; ADLI, 2013; HASSAN;
WISMEIJER, 2017).
Após ser realizada a instalação das próteses, há a necessidade do reembasamento
devido à perda de retenção, principalmente em próteses imediatas. Essa situação ocorre por não
22
haver um contato íntimo entre a base da prótese e a mucosa nas regiões onde existiam os dentes
remanescentes. Os materiais utilizados para o reembasamento apresentam consistência macia
ou rígida (GOMES et al., 2014). No estudo apresentado, a prótese foi reembasada por meio da
resina acrílica termoativada e resina soft.
Possivelmente, durante o uso, esse aparelho venha a desadaptar, podendo trazer
desconforto e alterações nos tecidos moles, havendo a necessidade de uma reavaliação e ajuste
do aparelho (CORDEIRO FILHO et al., 2016). O indicado para o caso exposto foi a confeçcão
de uma prótese total superior e inferior, contudo a paciente informou não ter condições
financeiras para custear o gasto com o laboratório. Sendo assim, paciente foi orientada para ir
até ao Posto de Saúde mais próximo da sua residência, onde realizaria uma triagem, o que
geraria encaminhamento para atendimento no Centro de Especialidades Odontológicas, assim
teria acesso à prótese de maneira gratuita.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante disso, conclui-se que a periodontite em grau avançando passa continuamente
por muitos estudos, onde se tem novas classificações para a patologia e seu perfeito diagnóstico.
No início, o tratamento era bastante complexo o que levava a perda completa dos elementos
dentários, porém nos dias atuais, é possível observar um tratamento conservador e eficaz para
casos onde o diagnóstico é tido precocemente.
Mesmo com o avanço da ciência odontológica, o presente trabalho mostra que a
falta de informação sobre patologias orais e a busca tardia pelo tratamento com o cirurgião-
dentista levam ao agravamento da doença, restando como única alternativa as exodontias
múltiplas. Com isso, é necessária a reabilitação imediata com prótese total para a correta função
do sistema estomatognático e após alguns meses a confecção de uma prótese total definitiva.
Em virtude do custo que a prótese total definitiva geraria à paciente e pela sua
impossibilidade financeira, a encaminhamos para o posto de saúde, onde fará a prótese total
definitiva de forma gratuita. Até o momento deste estudo, a paciente esteve utilizando a prótese
total imediata resultante de nosso atendimento. Diante disso, conseguimos reestabelecer a
função mastigatória e a estética da nossa paciente, mesmo que de forma temporária.
23
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ANEXO – Comprovante de envio a revista
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ANEXO – Comitê de ética
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