Vandelene Ferreira Melo RA:2868955914
Introdução Escrever como de fala ou falar como se escreve? Eis a questão. A língua
materna (ou língua nativa) é a primeira manifestação linguística a que uma criança tem contato. A fala que aprendemos quando criança é o motor real da comunicação verbal, tornando a linguagem informal a primeira forma de socialização dos indivíduos. No entanto, a língua muda conforme o grupo social, a região, e o contexto histórico. A maneira que se fala no sul do Brasil é diferente de outras regiões. São as chamadas variações linguísticas, objeto de estudo científico da Linguística que tenta explicar como a linguagem humana funciona e como são as línguas em particular. Quando, numa tradição cultural dentro de um país, é negada a existência de variantes linguísticas caracterizando-as como deficiente acontece o preconceito linguístico. Por todas esses fatores é que o presente trabalho apresenta algumas considerações sobre o assunto em questão.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA
Fala EscritaFala Escrita
Acontece sempre em um determinado contextos, as referências são claras( isto aqui, aquela coisa lá)
Deve ser bem especificadas para criar um contexto próprio
. O falante e o ouvinte estão em contato direto, e a interação acontece por troca de turnos
. O leitor não está presente quando se escreve e não há interação, exceto na conversa via internet ou telefone celular, embora não tão imediata quanto oral.
O interlocutor é, geralmente, alguém especifico Muitas vezes, o leitor não é conhecido pelo escrito
Como existe interação, as reações são, normalmente, imediatas e podem ser: ● Verbais: perguntas, comentário, murmúrios, resmungos etc. ● Não verbais: expressões faciais ou corporais.
Não é possível o escritor conhecer a reação imediata do leitor. Ele pode, no entanto, antecipar as reações comentar no texto. Nas interações eletrônicas, existem os emotions( aquelas simpáticas carinhas).
Fala Escrita
A fala é transitória. Se o interlocutor não compreender alguma coisa, pode interagir.
A escrita é permanente e pode ser lida e relida quantas vezes for necessário para compreensão.
Há hesitações, frases incompletas, pausas e redundâncias.
Espera-se maior estruturação da linguagem, organizada em forma de texto e construída com maior cuidado
Existe uma série de recursos para a transmissão do significado: tonicidade, ritmo e entonação. As expressões faciais e os gestos servem a esse propósito,
Os recursos são gráficos como: pontuação, letra maiúsculas, aspas, tipo de letras, etc. Agora também os emotions
Fonética Alterada no momento da fala
Escrita Pronuncia Escrita Pronuncia
Nós Nois Mortadela Mortandela
Colher Culher Chouriço Churiço
Mochila Muchila Garfo Galfo
Botina Butina Vassoura Bassoura
Ouro Oro Cabeleleiro Cabelelero
Salsicha Salchicha Basculante Vasculante
Problema Ploblema Piqui Pequi
Idiota Indiota Cadarço Cardarço
Mendigo Mendingo Asteristico Asterisco
Iogurte Iorgurte Queijo Quejo
Fonética Alterada No Momento Da Fala
Peixe- pexe Ouro-oro
Ouro- oro
Almoço-almoçu
Alface-alfaci Caixa-caxa
Queijo-quejo Geladeira-geladera
•
Travesseiro-travisserú
Caranqueijo-Caranguejo
•
Variações Linguísticas
Menino Guri Bebê Bruguelo
Canoa Piroga Mandioca Aipim
Urucum Colorau Canjica Mungunzá
Abóbora Jerimum Angu Polenta
Pernilongo Muriçoca Morrer Bater a Caçoleta
Salsão Aipo Parecido Cuspido
Perturbar Aperrear Apressado Avexado
Desconfiado Cabreiro Ponte Pinguela
Porteira Colchete Mexerica Bergamota
Pão de Sal Cacetinho Córrego Riacho
Sul Sudeste
Pão Aguado Pão Francês
É um tipo de pão característico por sua casca dura e o miolo branco. Consumido principalmente no café da manhã.
Sul Sudeste
Urucum Colorau
Planta de Origem da floresta Amazônica muito utilizada pelos índios.
Sul Sudeste
Muriçoca Pernilongo
Tipo de Mosquito que tem as pernas longas
Sul Sudeste
Abóbora Jerimum
Utilizado para refeições tanto como doce, salgados, também utilizada na decoração das festas do dia das bruxas.
Nordeste Sudeste
Munguzá Canjica
Iguaria muito consumida em todo território nacional. Espécie de milho branco também preparado com outros ingredientes.
Nordeste Sudeste
Aipo Salsão
Legume que é mais conhecido por salsão, embora hoje, em função das grandes redes e mercados o nome aipo é mais difundido.
Nordeste Sudeste
Mandioca Macaxeira
É uma raiz branca utilizada para a culinária
Não se fala como se escreve
Em todas as línguas, as pessoas falam de um jeito e escrevem de outro. A fala e a escrita são duas modalidades diferentes da língua. A língua escrita exige certos padrões, em comparação às regras da gramática normativa. Isso ocorre porque, ao falar, as pessoas podem recorrer a outros expedientes para que a comunicação ocorra. Pode-se, por exemplo, pedir que se repita o que foi dito. Ainda há os gestos, os trejeitos individuais, etc. que nos auxiliam a entender o nosso interlocutor. Já na linguagem escrita, a interação é mais complicada, o que torna necessário assegurar que o texto escrito dê conta da comunicação. Por essa razão, a fala e a escrita exigem conhecimentos diferentes. O português na variante padrão exige que se escreva corretamente. Essas diferenças geram muitos conflitos.
.
Nordeste SuldesteAngu Polenta
Creme mais fino que a polenta.
http://image.baidu.com.br/s?cl=0&tn=SE_gbrimagenewui_kahpg04h&st=8&ie=utf-8&wd=placas%20com%20erros%20ortogr%C3%A1ficos&u=269345839,2377364718&pn=&oq=polenta
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LINGUAGEM VERBAL E A COMUNICAÇÃO
O PODER DA PALAVRA A comunicação constitui a base das relações interpessoais, sendo um elemento
fundamental na construção do homem enquanto ser. Comunicação verbal é todo tipo de passagem ou troca de informações por meio de linguagem escrita ou falada. Nem a língua, nem a fala são imutáveis. A língua evolui transformando, historicamente, algumas palavras que perdem ou ganham certos fonemas. Dentro do nosso processo de aprendizagem seguidamente nos pedem não só para adquirir informação, mas também sermos capazes de compreendê-la e comunicá-la. Por isso é importante que desenvolvamos nossa capacidade para planificar e produzir informações tanto oral quanto escrita.
Esopo
A melhor e a pior coisa do mundo Com muita simplicidade e sabedoria esta
parábola nos leva a refletir de que somos aquilo que falamos. Com a língua você pode escolher as palavras, se vai usá-las para o bem ou o para mal. O que acontece na maioria das vezes, é que a nossa língua acaba denegrindo a imagem de alguém ou material. Devemos nos policiar, frear a nossa língua quando vamos falar a respeito da vida de alguém ou de algo. A verdade é que devemos aprender a usar a língua para denunciar as injustiças que geralmente nos calamos diante dela.
Gêneros literários
A Literatura é a arte que se manifesta pela palavra, seja ela falada ou escrita”. (das autoras) Os gêneros literários são conjuntos de princípios semânticos, estilísticos e formais usados pelos autores em suas criações para qualificá-las de acordo com a sua perspectiva da realidade e para quem se destinam. Dividem-se em:
LÍRICO Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Textos de
caráter emocional centrados na subjetividade dos sentimentos da alma. Predominam as palavras e pontuações de 1ª pessoa. O “eu - lírico” que pode ser masculino ou feminino independente do autor.
DRAMÁTICO Representam o gênero dramático os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados
teatralmente. Compreende as seguintes modalidades: Tragédia: é a representação de um fato trágico, apto a despertar compaixão e terror.
GÊNEROS LITERÁRIOS É a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, geralmente critica os costumes. Tragicomédia: é a mistura do trágico com o cômico. Antigamente significava a mistura do real com o imaginário. Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, criticando a sociedade e seus costumes.
ÉPICO Na estrutura épica temos: o narrador, que conta a história praticada por outros no passado; a
história, a sucessão de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espaço, local onde se dá a ação das personagens.
Quando as ações são narradas por versos, temos o poema épico ou Epopeia. GÊNERO NARRATIVO
É visto como uma variante moderna do gênero épico. Caracterizado por se apresentar em prosa. Encontramos as seguintes modalidades: romance, novela, conto, fábula e crônica.
COMÉDIA O vocábulo comédia vem do Grego komodia, que derivou de kômos (= festim popular), ou de komas (= aldeia). Segundo Aristóteles, em sua Arte Poética, os comediantes adotaram esse nome por "andarem os atores de aldeia em aldeia, por não serem prezados na cidade". Para diferenciar a comédia da tragédia, Aristóteles diz que, "enquanto esta última trata essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da sociedade, a pólis)". A comédia é um tipo de gênero teatral que tem por objetivo criticar, satirizar a sociedade e o comportamento humano através do ridículo. Visa provocar o riso, o prazer e a diversão e, a princípio, surgiu dos cantos feitos em homenagem a Dionísio na Grécia, ou Baco em Roma. Sua aparição oficial se daria em 486 a. C. Sua evolução da comédia na Grécia se deu em três fases: Comédia Antiga, Comédia Mediana, Comédia Nova. Em Roma, apesar da comédia não ter alcançado os níveis atingidos na Grécia, distinguiram-se os seguintes tipos de comédia: Atelanas, Paliata, Togata. Durante a idade Média a comédia praticamente desapareceu para ressurgir na Renascença. Inicialmente destacou-se Gil Vicente com o teatro popular. Depois floresce na Itália com a Comédia Dell'arte, na Inglaterra (Shakespeare, e outros), na França (Molière) e muitos outros que elevaram a comédia a um patamar pouca vezes igualados.
Conclusão
Dominar a linguagem oral e escrita é fundamental para o exercício da cidadania. É
através do domínio da língua que o sujeito constrói conhecimentos, conquista condições efetivas de se manifestar, expressa suas ideias, partilha seus saberes, elabora perguntas, formula respostas; enfim, amplifica sua visão de mundo para conseguir atuar como sujeito ativo na sociedade e assim marcar uma posição de ordem social dentro do contexto cultural em que vive. É obrigação da escola aceitar a criança em sua singularidade, respeitando sua cultura, sua forma de se expressar. Contudo, é também dever da escola, ensinar aos alunos a utilizar a linguagem oral e escrita de forma competente, nas diferentes situações comunicativas, em diferentes situações. Os educadores devem planejar sua prática pedagógica de maneira que os alunos tenham acesso aos diferentes gêneros textuais circulantes na sociedade contemporânea, tendo sempre o zelo de contextualizar o material com a realidade a ser trabalhada.
Referências