O que é Asbesto?
•Asbestos é popularmente conhecido por Amianto;
• É encontrado sob duas formas:
• Crisótilo;
• Anfíbolo
Crisótilo
Anfíbolo
• Fibra dura, reta e pontiaguda;
• Se espalha facilmente no ar;
• Tem potencial mais carcinogênico do que o Crisólito.
Características e usos
•Alta resistência mecânica freio;
• Isolante térmico e acústico isolante de casas e equipamentos industriais;
• Incombustibilidade fabricação de roupas de bombeiros
Outras características...
•Resistência à corrosão por ácidos e álcalis;
•Boa capacidade de filtragem;
•Capacidade de ser fiada e tecida;
População de risco
• Trabalhadores em mineração e transformação de asbesto
• Fabricação de produtos de cimento-amianto
• O risco ocorre em toda a cadeia produtiva; desde a mineração, transporte, fabricação de produtos, na construção civil, até o descarte do material, em reformas, em domicílio, no uso do dia a dia.
Como acontece?
• Inalação do pó de amianto;
• Fibrose do tecido pulmonar;
•Dificuldade dos movimentos respiratórios;
Alterações pleurais
• Fibrose da pleura parietal
e/ou visceral, consequente à
exposição a poeiras com fibras
de asbesto.
Alterações pleurais
• espessamentos pleurais - placas pleurais:
circunscritos, localizadas com ou sem calcificações
• espessamento pleural difuso – processo difuso
envolvendo seio costofrênico com ou sem
calcificações
• derrame pleural - presença de líquido na pleura
• atelectasia redonda - forma de colapso pulmonar
associado a espessamento pleural simulando tumor
• Surgem primariamente na pleura parietal, sendo mais frequentemente visualizadas nas regiões póstero laterais da parede torácica e também nas regiões diafragmática e mediastinal.
Sintomas
• Falta de ar;
• Tosse seca;
• Dor no peito ao respirar;
• Intolerância a esforço ;
• Baqueteamento digital.
Atenção
• Esses sintomas isoladamente não correspondem à Asbestose Pulmonar,
é necessário correlacionar-se ao histórico de contato com amianto;
•O período de latência é de 20 à 40 anos.
Pode aparecer...
• Hipertensão pulmonar;
• Insuficiência cardíada;
•Derrame pleural;
•Câncer (mesotelioma maligno)
Alterações não neoplásicas
•Placas pleurais;
• Espessamento pleural difuso;
•Atelectasia Redonda;
•Derrame pleural.
Placas Pleurais
•Acompanham as fissuras lobares e podem invadir o mediastino e pericárdio, raramente comprometendo os ápices ou sulcos costofrênicos;
•Radiologicamente podem ser visibilizadas ao longo da parede lateral, principalmente se calcificadas.
Espessamento (fibrose)
• O mecanismo irritativo desencadeia o processo fibrótico nas áreas subpleurais parenquimatosas do pulmão;
Placas pleurais pleura parietal Espessamento fibroso pleura visceral
Atelectasia redonda
• É uma rara complicação;
•Cicatrização e fusão dos folhetos parietal e visceral, resultando na invaginação da pleura e aprisionamento do pulmão;
•Vasos como calda de cometa.
Atelectasia redonda
1.Massa arredondada ou oval (4 a 7 cm de diâmetro) localizada perifericamente, em contato com a pleura e nunca completamente rodeada por pulmão; 2.A massa é mais espessa na sua periferia e forma um ângulo agudo com a pleura (seta vermelha), que se encontra espessada (seta azul); 3.Os vasos e brônquios convergem para a massa, penetrando em sua margem anterior, configurando o sinal da cauda de cometa (seta amarela).
Derrame Pleural
•O derrame pleural geralmente aparece antes das placas pleurais;
•Geralmente é derrame hemorrágico ;
Diagnóstico História ocupacional de exposição a poeiras
com fibras de asbesto
História clínica com sintomatologia respiratória variável – grande maioria apresenta sintoma de dispnéia
Radiografia simples de tórax interpretada de acordo com os critérios da OIT, presença de infiltrados reticulares nas bases
Tomografia computadorizada de alta resolução - há casos em que o paciente pode ter sintomatologia e não ter achados. É uma outra forma para avaliar as placas pleurais .
Exames complementares
• Espirometria - Avaliação da
capacidade respiratória, não
fecha diagnóstico, é mais
usada para monitoramento
Broncoscopia – Obtenção
de fragmentos para biopsia.
Mesotelioma
•Último estágio em que a asbestose pode chegar;
• Em geral o paciente tem pouco tempo de vida quando diagnosticado.
Caso Clínico
• J.N.M., masculino, 54 anos, branco;
•queixa de:
• dispneia;
• cansaço;
• emagrecimento de 6kg em cerca de oito meses
Caso clínico
•Referia dor torácica ventilatório - dependente à direita e tosse com expectoração amarelada;
• Tabagista de 20 anos/maço.
Caso clínico
•Antecedentes ocupacionais:
• trabalhou durante toda sua vida como escriturário em setores administrativos;
• entre 1967 e 1968, se empregou na produção de fibrocimento em Leme, SP, por período de 12 meses.
Caso Clínico
•Ao exame físico, apresentava-se em bom estado geral e eupneico;
•PA = 140/90 e P = 72, sem adenopatias; ausência de massas em tórax; murmúrio vesicular abolido em base direita até campo médio; fígado não palpável; baço não percutível.
Caso Clínico
•Radiografia de tórax mostrava opacidade homogênea abrangendo todo o hemitórax direito compatível com derrame pleural com discreto desvio de mediastino para a esquerda
Caso clínico
•Após esvaziamento do derrame, observou-se espessamento pleural difuso, mais intenso em base, sem imagens alteradas em parênquima à esquerda.
Caso clínico
• Tomografia computadorizada de tórax evidenciou redução volumétrica de todo o pulmão direito às custas de intenso espessamento da pleura, mediastino livre e ausência de lesões parenquimatosas
Caso clínico
•Biópsia de pleura de 29/5/92 evidenciou quadro histopatológico de mesotelioma maligno de pleura do tipo epitelial
Cartaz para auxílio na mobilização, informação e busca ativa de casos pelo serviços de saúde e entidades sindicais
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