trajetrias criativasJOVENS DE 15 A 17 ANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Uma proposta metodolgica que promoveautoria, criao, protagonismo e autonomia.
CADERNO 3 TRAJETRIA
CONVIVNCIA
Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC)
T766
Trajetrias criativas : jovens de 15 a 17 anos no ensino
fundamental : uma proposta metodolgica que promove
autoria, criao, protagonismo e autonomia : caderno 3 :
trajetria convivncia / [organizadores, Italo Modesto Dutra ... et
al.]. -- Braslia : Ministerio da Educao, 2014.
16 p.: il.
ISBN 978-85-7783-159-3
1. Ao Educativa. 2. Ensino Fundamental. 3. Permanncia na
Escola. 4. Interao social. I. Dutra, Italo Modesto.
CDU 373.3
Presidncia da Repblica
Ministrio da Educao / Secretaria de Educao Bsica
Diretoria de Currculos e Educao Integral
Organizadores
Italo Modesto Dutra; Mnica Baptista Pereira Estrzulas; Roslia Procasko Lacerda; Rosane Nunes Garcia; e
Simone Rocha da Conceio.
Autores
Bonatto, Mnica Torres; Conceio, Simone Rocha; Dutra, Italo Modesto; Estrzulas, Mnica Baptista
Pereira; Goulart, Lgia Beatriz; Farias, Stela Maris Vaucher; Ferreira, Ivana Ktia de Souza; Figueir, Mirian
Raquel Buiz Mion; Fuchs, Ana Carolina Mller; Garcia, Rosane Nunes; Lacerda, Roslia Procasko; Mattos,
Eduardo Britto Velho; Mizusaki, Lucas Eishi Pimentel; Pereira, Tatiana Cibele Mendona; Souza, Henry
Daniel Lorencena; Taufer, Adauto Locateli; Terra, Lcia Couto; Zalla, Jocelito.
Participantes do Trajetrias Criativas
Equipe Le@d (2011-2012): Dutra, Italo Modesto (coordenador); Bonatto, Mnica Torres; Conceio,
Simone Rocha; Estrzulas, Mnica Baptista Pereira; Goulart, Lgia Beatriz; Farias, Stela Maris Vaucher;
Ferreira, Ivana Ktia de Souza; Figueir, Mirian Raquel Buiz Mion; Fuchs, Ana Carolina Mller; Garcia,
Rosane Nunes; Lacerda, Roslia Procasko; Mattos, Eduardo Britto Velho; Mizusaki, Lucas Eishi Pimentel;
Pereira, Tatiana Cibele Mendona; Souza, Henry Daniel Lorencena; Taufer, Adauto Locateli; Terra, Lcia
Couto; Zalla, Jocelito.
Equipe Le@d (2013-2014): Estrzulas, Mnica Baptista Pereira (coordenadora); Conceio, Simone Rocha;
Dutra, Italo Modesto; Goulart, Lgia Beatriz; Hermes, Mara; Farias, Stela Maris Vaucher; Ferreira, Ivana
Ktia de Souza; Figueir, Mirian Raquel Buiz Mion; Fuchs, Ana Carolina Mller; Garcia, Rosane Nunes;
Lacerda, Roslia Procasko; Mattos, Eduardo Britto Velho; Mizusaki, Lucas Eishi Pimentel; Pedroso, Helena;
Saenger, Liane; Souza, Henry Daniel Lorencena; Westermann, Lige Deolinda.
Escolas: EEEF Brigadeiro Antnio Sampaio (Alvorada); EEEM Campos Verdes (Alvorada); EEEB Prof. Gentil
Viegas Cardoso (Alvorada); EEEF Pres. Joo Belchior Marques Goulart (Alvorada); EEEF Jlio Brunelli (Porto
Alegre); EEEM Maurcio Sirotsky Sobrinho (Alvorada); EEEF Anto de Faria (Porto Alegre); EEEF Eva
Carminatti (Porto Alegre); EEEF Nossa Senhora da Conceio (Porto Alegre); EEEM Prof. Oscar Pereira (Porto
Alegre); EEEM Rafaela Remio (Porto Alegre); EEEF Santa Rita de Cssia (Porto Alegre).
SEDUCRS: Naia La-Bella
Projeto grco e Diagramao
Simone Rocha da Conceio
Reviso
Sueli Teixeira Mello
trajetrias criativasJOVENS DE 15 A 17 ANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
MINISTRIO DA EDUCAO
Secretaria de Educao Bsica
Diretoria de Currculos e Educao Integral
AUTORIA
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Laboratrio de Estudos em Educao a Distncia - [email protected]
Braslia, 2014
Ministrio da Educao
Uma proposta metodolgica que promoveautoria, criao, protagonismo e autonomia.
1 EDIO
CADERNO 3 TRAJETRIA
CONVIVNCIA
Caro professor,
A TRAJETRIA CONVIVNCIA tem como foco a , interao
pois a partir dela que todos desenvolvemos capacidades cognitivas
para Essas aprendi-aprendizagens de carter intelectual e moral.
zagens so fundamentais no trato e na convivncia do dia a dia,
considerando-se que embasam as relaes entre indivduos e
tambm entre coletividades.
necessrio investir na qualidade das relaes que estabe-
lecemos com os outros, e a escola, por ser um espao de interao e
convivncia dirias um ambiente educativo por excelncia precisa
planejar e colocar em prtica aes e atividades que envolvam a
todos em um mesmo processo de aprendizagem, no qual tm vez as
relaes colaborativas, cooperativas e solidrias.
Ouvir os jovens sob a perspectiva das relaes interpessoais
pode ser um caminho interessante para iniciarmos o trabalho nesta
trajetria que desaa os estudantes a construrem conhecimentos
sobre o interagir e o conviver, a partir de suas vivncias, reexes e
questionamentos sobre essas vivncias.
()
Entre as diferentes estratgias de trabalho que os professores
podem lanar mo para interagir e conviver com seus estudantes, as
sadas a campo, em funo das oportunidades de perspectivao dos
pontos de vista e do revezamento de papis desempenhados no
grupo, contribuem para o processo de compreenso de si e do outro.
O conviver inclui deparar-se com
sentimentos, como a raiva, o medo, o
amor, a amizade, a justia/injustia...
O conviver remete ao respeito pelos
acordos livremente estabelecidos com
o outro.
O conviver inclui respeito s regras
em diferentes ambientes:
lazer, famlia, trabalho, escola...
Colaborar, cooperar e ser solidrio
trajetrias criativas | 1
v i nv cn io acv i nv cn io acv i nv cn io ac
Trajetria
Viver com... o outro, conviver.
[continua na pgina 3]
2 | trajetrias criativas
Primeiras ideias:
sensibilizao, preparao, planejamento.
Execuo da estratgia:
observaes e seus registros.
Explorao e organizao dos registros:
rocas sistemticas entre grupos, comparar
registros, estabelecer relaes.
Objetivos:
observar, registrar e descrever as interaes e a
convivncia resultando na produo de esquetes e
mapas conceituais.
ATIVIDADE
DESENCADEADORA
INICIAO
CIENTFICA
AO
INTEGRADORA
ATIVIDADE
DISCIPLINARATIVIDADE
INTERDISCIPLINAR
HOJE DIA DE FEIRA!
A FESTA DE BABETTE
ESQUETES E MAPAS CONCEITUAIS
A FESTA DE BABETTE
alimentao x nutrio; caderno de receitas; dirio de
alimentao; comidas tpicas; construo de valores;
diversidade cultural; conduta e regras de convivncia; relaes
de poder e trabalho.
VOC TEM FOME DE QU?
necessidades individuais e coletivas do ser humano; cultura
(msica, artes visuais, teatro, comida, etc); sade; educao;
empatia; solidariedade; colaborao.
MUNDO DO TRABALHO
prosses; mercado de trabalho; formao prossional;
condies de trabalho; economia; poltica; administrao;
sociologia; setores primrio, secundrio e tercirio; empresas
pblica, privada e de economia mista; capital e fora de
trabalho.
CORPO EM AO
EDUCAO FSICA: condutas e expresso
corporal; danas; msicas; ritmos; jogos;
esportes coletivos competitivos/cooperativos;
regras;
CESTAS BSICAS
CINCIAS DA NATUREZA: alimentao x nutrio; necessidades
nutricionais x hbitos alimentares
CINCIAS HUMANAS: alimentao x convivncia/interao
social; renda familiar x cesta bsica; relaes de compra e de
venda; populao x cultura; construo das relaes pessoais e
coletivas.
MATEMTICA: sistemas de medidas; regra de trs; clculo do
salrio mnimo; quantidades calricas; receitas e despesas;
HISTRIA, MEMRIA E NARRATIVA
CINCIAS HUMANAS: relaes interpessoais; histria das
feiras/mercados locais; lendas e mitos do local; histria x memria
LINGUAGENS: entrevistas, narrativas orais; textos
narrativos/descritivos;
O infogrco possibilita visualizar um exemplo de congurao de atividades que integram uma determinada TC.
Sua estrutura espiralada forma-se a partir da proposio de uma atividade desencadeadora e
de seus desdobramentos na forma de diferentes atividades derivadas, relacionadas ou no entre si.
Atividades que envolvam a imerso em diferentes espaos de
interao e convivncia permitem a problematizao de temas
variados, tais como: o trabalho, a alimentao, a renda e o consumo,
as manifestaes culturais, por exemplo.
O mercado pblico e as feiras livres so excelentes opes
para organizarmos sadas a campo com uma turma de estudantes e
seus professores. Esses locais, que poderiam ser descritos como
estmagos das cidades, so importantes centros de compra e venda
de alimentos, alm de outros produtos. Uma visita ao mercado ou
feira permite, ainda, que o visitante conhea caractersticas
particulares da cultura local, alm de possibilitar interaes e trocas
entre vendedores e consumidores, entre visitantes, inclusive entre os
de diferentes culturas. Assim, mercados e feiras constituem-se,
tambm, como espaos destinados convivncia.
Visitas ao mercado pblico, feira livre, feira de artesanato,
ao mercado do bairro ou ao brique de nossas cidades, por exemplo,
proporcionam imerses em contextos adequados aos nossos
objetivos de observar, registrar e descrever as interaes e a
convivncia que ali acontecem, os modos e os meios que as pessoas
utilizam para se expressarem, os cdigos e as regras vigentes no
ambiente, entre outros aspectos.
Feira era um lugar enorme, onde
cabiam todas as cores do mundo.
Alm da sacola de feira, era muito
necessrio que todos levassem suas
bocas l era regra falar e
experimentar antes de comprar.
Minha av tinha o poder de
adivinhar, entre os milhares de
tomates, mesmo que eles fossem
iguaizinhos, qual era o mais
saboroso. E s no quebrar a pontinha
do quiabo ela era capaz de saber qual
daria o melhor refogado.
[texto de Julia Medeiros publicado na
revista BRAVO!, edio de janeiro de 2012]
A atividade desencadeadora pode
ser permeada por diversas outras
propostas. A equipe de professores
tem total liberdade para criar suas
propostas, a partir das questes que
emergirem no trabalho com o grupo
de estudantes. Pode ser interessante
uma anlise prvia de toda a
trajetria, pois assim ser possvel
criarem as suas propostas e escolhas,
tendo em vista toda caminhada,
mesmo que ao longo do trabalho
sejam necessrios ajustes.
No mercado ou na feira, possvel
explorar cheiros, cores, sabores, como
tambm captar rudos e sons, alm de
perceber texturas de uma grande
variedade de elementos ali
presentes... Como registrar essas
variadas sensaes, impresses e
descobertas?
trajetrias criativas | 3
Atividade desencadeadora
Hoje dia de feira!
quer ideias?Lembrete!4 etapas de uma atividade desencadeadora1. primeiras ideias - sensibilizao /preparao /planejamento2. execuo da estratgia /observaes e seus registros3. explorao e organizao dos registros 4. elaborao de relaes /compreenso /aprendizagem
uma dica
A atividade de sada a campo para uma visita ao mercado
pblico ou feira, pode ser iniciada com uma conversa a respeito de
espaos similares que os estudantes j conheam. A nalidade
realizarmos um levantamento sobre aspectos que mais lhes chamam
a ateno nesses locais. Para desencadear a conversa, possvel
propor questes semelhantes as que seguem:
Vocs costumam frequentar algum mercado pblico ou feiras livres
da cidade?
Ao pensar no mercado, na feira, que concepes vocs tm acerca
desses locais?
Como so as pessoas que os frequentam? Quais so os tipos de
produtos/servios que encontramos l?
Qual a origem dos alimentos comercializados nesses locais?
Quais so os aromas e os sons predominantes?
H manifestaes artsticas nesses espaos?
Que curiosidades o mercado/feira desperta em vocs?
Como vocs descreveriam esses espaos de comrcio popular, em
termos das relaes interpessoais ali presentes?
Que tal escolhermos um mercado ou uma feira livre em nossa
cidade, para uma visita?
Sendo a proposta de sada a campo feita pelo professor, ento
produtivo faz-la de tal forma que os jovens estudantes se
interessem pelo tema e se vinculem atividade. Para isso, uma
sugesto convid-los a fazer parte das tratativas desde o incio.
preciso que, alm de questes sugeridas pelo professor,
tambm seja assegurada aos estudantes a chance de contribuir com
suas ideias e de auxiliar no planejamento da sada a campo.
Com a nalidade de provocar os
estudantes a participarem das
atividades, que tal propor uma busca
de imagens na internet que mostrem
grandes mercados?
El Rastro, Madrid
Feira de San Telmo, Argentina
Feira de Tlatleloco, Mxico
La Boquera, Barcelona
Mercado Pblico de So Paulo
Mercado Publico de Porto Alegre
Mercado Modelo de Salvador
4 | trajetrias criativas
1. primeiras ideias - sensibilizao /preparao /planejamento
uma dica
Destacamos que essa abertura s contribuies dos
estudantes vlida, igualmente, na fase de elaborao conjunta de
combinaes que otimizaro a qualidade das observaes e registros,
durante a sada a campo.
importante, ainda, assegurarmos aos estudantes as
condies materiais ou de infraestrutura para realizarem seus
registros, evitando-se perder a oportunidade de obterem dados
preciosos para o posterior desenvolvimento de atividades derivadas,
em diversas reas do conhecimento. Ao se sentirem conantes para
realizar a atividade, avaliaro que esto sendo respeitados como
aprendizes. Isso os levar a se sentirem valorizados quanto a sua
capacidade e implicados com a produo que resultar de seu esforo
e dedicao. Como consequncia, ser grande a chance de
permanecerem vinculados proposta de trabalho e dispostos a
conservar os acordos, tanto com colegas quanto com professores, na
sequncia e ao longo da proposta.
Assim, a fase de sensibilizao atravs da conversa inicial e o
planejamento conjunto da sada so muito importantes para garantir
a valorizao das iniciativas de professores e estudantes, o que
resultar em um sentimento de obrigao interior, conquistado ao
longo das interaes e da convivncia entre indivduos que se
respeitam mutuamente.
Como fazer os registros?
Para melhor organizar a visita ao mercado ou feira livre,
preciso combinar com os estudantes como realizar os registros das
observaes nos ambientes vis i tados. Voc, professor,
preferencialmente, contar com outros colegas e auxiliares para
realizar a sada a campo. Dessa forma, o grupo de estudantes tem a
opo de se subdividir, em grupos menores. Cada grupo de
estudantes poder eleger uma ou mais formas de registro,
considerando-se os recursos materiais disponveis para a produo de
fotograas, desenhos, vdeos, gravao de udio, realizao de
entrevistas, elaborao de relatos escritos, etc.
Ser indispensvel providenciar, com antecedncia, tais
recursos e materiais. Depois, orientar o seu manuseio e combinar as
regras de sua utilizao em rodzio, para assegurar que sejam
trajetrias criativas | 5
importante!
compartilhados entre colegas de um grupo ou entre grupos. A
captao de imagens e sons, bem como a elaborao de textos, ser
feita com auxlio das tecnologias digitais, sendo possvel enviar ou
postar esses registros diretamente em sites ou blogs na internet.
conveniente que essas postagens estejam previstas e faam parte de
procedimentos que permitam reunir os registros que sero
compartilhados e utilizados em atividades escolares posteriores.
O que registrar?
Professores e jovens elegem aspectos que sero observados
na sada a campo. desejvel que levem em considerao as
caractersticas dos espaos, mercado ou feira que escolheram visitar.
E, principalmente, que atendam a um levantamento de interesses e
curiosidades da classe, bem como propsitos do projeto curricular.
preciso entrelaar as demandas dos estudantes aos objetivos
principais da trajetria, isto , observar as interaes entre as
pessoas que agem e convivem no espao a ser visitado.
Se houver condies, a partir do levantamento de interesses e
curiosidades, cada grupo de estudantes escolher um foco especco
de observao ao qual estaro vinculadas as atividades derivadas que
sero desenvolvidas posteriormente, na volta escola.
Sugestes de possveis focos de observao, por grupo:
a estrutura fsica e a organizao espacial do local, de modo que,
no retorno escola, sirvam de referncia para o desenho de sua
planta baixa, construo de maquete ou modelo 3D digital;
a caracterizao das pessoas que circulam/frequentam o ambiente
para comprar, divertir-se, contratar servios, alimentar-se,
trabalhar etc, destacando as relaes (se de cortesia, de amizade,
informais, formais, por exemplo), estabelecidas entre
frequentadores, entre vendedores e compradores, expectadores e
artistas, empregados e empregadores...;
a oferta de diferentes produtos/servios, segundo o tipo/a
natureza, a qualidade, a variedade dos processos de produo das
mercadorias, a variao dos preos, a presena de grupos
6 | trajetrias criativas
importante!
importante!
caractersticos de compradores para os diferentes produtos; faixa
etria dos frequentadores...
as informaes sobre a histria e a memria do local; as
narrativas dos frequentadores, os sentimentos em relao
histria daquele espao; e
as manifestaes artsticas presentes, tais como apresentaes
musicais, exposio de artes visuais, performances diversas e a
receptividade dos frequentadores a estas manifestaes.
Vamos sada!
Os professores e os estudantes, organizados em pequenos
grupos, iniciam a visita ao mercado ou feira livre. importante que
estejam preparados para produzir observaes e, simultaneamente,
seus registros correspondentes. Trata-se de uma atividade muito
dinmica, pois estaro imersos no ambiente, interagindo e
observando interaes, tal como essas ocorrem no mundo real.
Para que a atividade transcorra organizadamente,
importante que os grupos escolham rumos diferentes, evitando-se o
acmulo de pessoas em um mesmo local, o que poderia dicultar as
observaes. prtico combinarem alguns locais estratgicos e
horrios de encontros para se reorganizarem de tempos em tempos,
e fazer novos percursos e deslocamentos no interior daqueles
espaos. Caso julguem necessrio, os grupos tambm podem visitar
o mercado ou a feira em dias e/ou horrios diferentes. Ser produtivo
trabalhar com o contraste das observaes e dos registros!
trajetrias criativas | 7
2. execuo da estratgia /observaes e seus registros
De volta escola!
Professor, aps a visita, preciso destinar algum tempo para
os estudantes organizarem seus registros, de forma que venham a
ser compartilhados e discutidos por todos. Uma sugesto convidar
uma outra turma de estudantes para participar das trocas e
discusses, bem como contar com outros professores, de acordo com
as estratgias de trabalho que se seguirem.
possvel que os grupos tenham visitado o mercado/feira livre
em diferentes dias da semana e, por isso, talvez tenham registros
bem diferenciados. Esse fato pode ser um mote interessante para
desencadear atividades derivadas em mais de uma rea do
conhecimento. Essas atividades, no retorno escola, demandam a
disponibilidade dos professores para interagir, assistir e orientar os
estudantes.
relevante para a aprendizagem promover trocas, se possvel
sistemticas, entre grupos de estudantes da mesma turma ou de
diferentes turmas da escola, via sistemas digitais de interao e
comunicao, para que comparem registros, estabeleam relaes e
troquem ideias sobre seus achados.
O que aprendemos?
A partir das discusses que se realizaram e dos registros
elaborados depois da sada a campo, os estudantes, ainda nos
mesmos grupos, apresentam observaes na forma de breves
esquetes, atravs dos quais iro destacar as relaes interpessoais
que mais lhes chamaram ateno na visita ao mercado ou feira.
8 | trajetrias criativas
3. explorao e organizao dos registros
4. elaborao de relaes /compreenso /aprendizagem
Como estratgia para orientar a montagem dos esquetes,
voc, professor, pode solicitar que os estudantes ressaltem uma ou
mais palavras-chave que representem as interaes observadas nas
diferentes situaes de convivncia durante a sada. Essas palavras-
chave precisam car em segredo e os demais grupos devem, durante
as apresentaes, tentar adivinhar que palavra esta, a partir de
pistas dadas em um jogo de mmica, por exemplo.
Essas palavras-chave, posteriormente, sero utilizadas pelos
estudantes na construo de mapas conceituais (MC) sobre as
relaes interpessoais presentes nesses espaos de convivncia.
A apresentao dos esquetes e a construo dos mapas
decorrentes da atividade podem ser desencadeadoras de questes a
serem trabalhadas na iniciao cientca, na medida em que,
possivelmente, suscitem a curiosidade dos estudantes sobre as
questes comercias que regem o mercado ou a feira, e at mesmo
questes que envolvam produo e preparo da alimentao, sua
composio, seu valor nutricional etc...
Desde nossos ancestrais, a alimentao tem sido um eixo
articulador da sociabilidade. Alm disso, a alimentao se estrutura
nas diferentes populaes humanas a partir da cultura dos povos.
Portanto, a alimentao pode inuenciar signicativamente a
construo das relaes pessoais e coletivas. A m de explorar este
aspecto importante da alimentao e sua relao com a interao
social/ convivncia, sugerimos que voc, professor, promova um
levantamento e uma discusso com os estudantes sobre itens de
uma cesta bsica, realizando uma reexo sobre as necessidades
reais de uma pessoa durante um ms, o que oferecido como padro
em cada regio e os hbitos alimentares de seus habitantes. As
perguntas a seguir so sugestes para orientar o debate.
Produo, distribuio e comrcio de
produtos que encontramos no
mercado pblico ou nas feiras livres.
Produo de produtos orgnicos nas
proximidades da escola, do bairro ou
da cidade.
trajetrias criativas | 9
Atividade derivada
Cestas bsicas
saiba
Como surgiu o termo cesta bsica?
Que alimentos compem uma cesta bsica?
Como se escolhem os produtos que devem compor uma cesta
bsica?
H diferentes cestas bsicas no Brasil e no mundo?
Existe uma relao entre a renda familiar e a cesta bsica?
A montagem da cesta bsica pode sofrer inuncia de questes
culturais?
Anal, para que serve uma cesta bsica?
Como o valor do salrio mnimo se relaciona com a composio da
cesta bsica?
Que tal fazer uma lista de alimentos para compor uma cesta
bsica ideal? Veja que essencial, construir, juntamente com os
estudantes, algumas relaes entre as necessidades nutricionais dos
indivduos, hbitos alimentares e os alimentos que compem uma
cesta bsica ideal. Esses temas podem ser trabalhados com o auxlio
dos sistemas de medidas, a regra de trs e as operaes elementares,
a m de calcular as quantidades de calorias dirias necessrias para a
faixa etria dos estudantes.
Aps a construo da lista, que tal aproveitar a sada a campo
ao mercado pblico/feira para avaliar o custo da cesta bsica, tendo
em vista o atendimento das necessidades nutricionais de uma pessoa
ao longo de um ms?
A ida ao mercado pblico/feira pode ser uma oportunidade
para vericar preos, visualizar a qualidade dos produtos, observar as
relaes entre aqueles que realizam as compras e aqueles que
vendem. Dessa forma, pode-se vericar se a cesta bsica ideal
sugerida pelos alunos vivel, tendo como referncia o salrio
mnimo (nacional/regional). Pode-se, ainda, pensar na estrutura
nanceira de uma famlia imaginria (me, pai, av, dois lhos, tio,
por exemplo), calculando-se as receitas (salrios) e as despesas
(custos com a alimentao). , tambm, vivel elaborar planilhas e
grcos representativos dessas receitas e despesas para contrast-
Brasil e suas regies: uma nica
cesta bsica?
10 | trajetrias criativas
vamos pensar...
los com os custos da alimentao. Cada estudante simularia custos
para a aquisio de alimentao desta famlia imaginria, e como
cada integrante colabora com a receita familiar.
Outra simulao a ser explorada, professor, recai sobre as
interaes que ocorrem entre os membros da famlia durante a
aquisio, o preparo e o consumo dos alimentos.
Como se constituem as interaes nessa famlia imaginria?
Quais os sentimentos presentes nos diferentes momentos da
convivncia diria?
As atividades podem se valer de abordagens mais gerais e, aos
poucos, derivar para outras mais especcas, prprias dos
componentes curriculares, tais como: Matemtica, Cincias, Histria
e Lnguas Estrangeiras.
A convivncia em espaos como os mercados pblicos foram
se constituindo ao longo dos tempos e muito da histria desses
lugares carrega a marca das relaes interpessoais constitudas entre
os que frequentam esses lugares, ou tem razes em acontecimentos
pregressos, muitas vezes at marcantes. Que tal conhecer a histria
do mercado por meio do relato de pessoas que ali convivem? Nesse
sentido, uma possibilidade de atividade seria a realizao de
entrevistas orais (recorrendo ao gravador, celular ou cmera de
vdeo) ou escritas, planejadas e executadas pelos estudantes durante
a visitao ao mercado ou feira. Para isso, fundamental preparar
previamente um questionrio, dividir as tarefas e decidir o foco a para
coleta de dados. Pode-se explorar aspectos da memria do lugar
visitado que sejam do interesse dos estudantes, como por exemplo:
histrias de vidas prossionais, narrativas, contos e causos cmicos
e/ou fantsticos que envolvam o ambiente ou, mesmo, lendas e mitos
relacionados ocupao do espao.
Alguns mercados pblicos
municipais e outros centros de
comrcio possuem acervos com fotos
e reportagens, alm de documentos
ociais sobre a construo do espao
fsico e produes escritas sobre sua
histria. Se essas fontes forem de fcil
acesso, os prprios estudantes podem
conhec-las, levantando e
selecionando dados de acordo com as
perguntas e dvidas que surgirem.
Que tal aproveitarmos o momento
para discutirmos a relao entre
memria do espao e histria
apresentada por meio dos acervos?
trajetrias criativas | 11
quer ideias?
Atividade derivada
Histria, memria e narrativa
A atividade da entrevista pode ainda ser aproveitada para um
trabalho de reviso e de construo de textos narrativos e descritivos.
Se for de interesse dos jovens, por que no reelaborar literariamente
uma das memrias recolhidas nas entrevistas? O importante que os
limites entre a histria (experincia humana ao longo do tempo) e a
memria (narrativa afetiva e comemorativa sobre o passado) quem
bastante visveis.
Outra ideia, ainda, dividir os estudantes em dois grupos,
cada qual responsvel pela criao de uma das narrativas. No nal, os
estudantes apresentam suas produes aos colegas e trocam suas
impresses sobre elas.
possvel pensar a convivncia por meio de diferentes
manifestaes da cultura corporal de movimento. Na atividade de
visitao feira ou mercado seria bastante interessante que os
estudantes observassem as condutas e expresso corporal das
pessoas que ali transitam, assim como as modalidades de danas,
msicas, ritmos e jogos que possam fazer parte da dinmica daquele
contexto.
Aps a visitao, os estudantes podem comparar as condutas
observadas com as diferentes formas de expresso corporal que eles
conhecem, a exemplo dos diversos tipos de jogos e esportes de
carter coletivo.
Ser que esses jogos so praticados da mesma forma na
escola, nos clubes, nas associaes ou nos estdios? So sempre
competitivos ou exigem cooperao?
Professor, que tal realizar uma atividade envolvendo jogos
e/ou esportes que exijam conduta cooperativa? Uma boa estratgia
para isso adaptar os jogos e os esportes tendo em vista reelaborar
regras e adaptar aes para cumprir o objetivo do jogo.
12 | trajetrias criativas
Atividade derivada
Corpo em ao
Voc pode obter informaes sobre as
diferenas entre jogos cooperativos e
competitivos e obter outros
materiais,no referencial da Educao
Fsica em: Lies do Rio Grande.
Disponvel no site:
http://www.educacao.rs.gov.br
Uma sugesto seria a confeco da bola
tal como no lme Innocent in
Ruanda.
Cuca ou 'Kuchen' em alemo.
uma espcie de bolo/po elaborado
com fermento biolgico. Em sua
forma mais simples recoberta com
uma farofa crocante, feita com
farinha, acar e manteiga. Em suas
variaes recebe pedaos de frutas
logo abaixo da cobertura de farofa.
Bastante apreciada na regio sul do
Brasil, principalmente nas cidades
sob inuncia da imigrao alem.
Fast Food (Comida rpida) o
nome dado ao consumo de refeies
preparadas e servidas em um curto
intervalo de tempo. (sanduches,
pizzas, pastis, etc.). Bastante
criticada atualmente devido aos altos
ndices calricos em comparao ao
benefcio nutricional.
quer ideias? Dessa maneira, seria interessante que duplas de estudantes participassem de uma partida de futebol com adaptaes que
exigissem condutas cooperativas entre eles. Para tanto, cada time de
futebol jogar com cinco duplas e um goleiro. As possveis
adaptaes so as que seguem:
jogar em dupla, ambos com as mos dadas ou amarradas com
elsticos;
jogar em dupla, sendo que um participante ca com os olhos
vendados e o outro no; ou
jogar individualmente, com todos os integrantes vendados,
utilizando uma bola feita com guizos em seu interior.
Outra possibilidade realizar campeonatos e amistosos entre
as pessoas da comunidade no espao da escola, pois esse tipo de
atividade propicia a integrao e possibilita diferentes modalidades de
interaes sociais, as quais podem gerar temas para debates e outras
atividades.
com linguia, queijo com goiabada, po com leo de Cuca
oliva, feijo com arroz, po com manteiga e caf com leite, . fast food
Qual a alimentao do brasileiro?
As refeies costumam demarcar momentos importantes no
cotidiano das pessoas, pois, muitas vezes, se constituem como
encontro entre familiares, colegas da escola, etc., nos quais h a
convivncia entre pessoas que compartilham o alimento, contam
histrias, trocam ideias e estabelecem laos afetivos, ou reproduzem
comportamentos aprendidos com as geraes anteriores. Assim, so
constitudos valores e aprendidas condutas e regras sociais.
A alimentao tambm pode reetir a diversidade de culturas e
contribui para construo da identidade de um povo. As receitas
culinrias reetem tradies construdas no decorrer dos tempos.
trajetrias criativas | 13
uma dica
Atividade derivada
A festa de Babette
voc sabia ?
Os processos de produo de alimentos envolvem relaes de
poder e trabalho que perpassam a vida de todos.
So inmeras as possibilidades temticas de abordagem desse
assunto no contexto escolar. Pode ser oportuno, por exemplo, iniciar
com a apresentao do lme A Festa de Babette que mostra a
histria de uma senhora que, ao enriquecer subitamente, decide
oferecer um banquete para celebrar com sua comunidade. O especial
nesse lme que a prpria Babette se dedica a preparar os pratos do
banquete, e o faz com os melhores ingredientes que consegue
encontrar.
A partir do lme seria possvel propor uma reexo a respeito
da relao entre o banquete preparado e a interaes da personagem
com a comunidade na qual est inserida. Em seguida pode-se
promover um encontro em que os alunos elaboram e compartilham
uma refeio, com tempo para trocar ideias e reetir sobre a
importncia e os diferentes desdobramentos, positivos e negativos,
dessa ao cotidiana, aparentemente simples.
Dessa forma, a classe, ao preparar uma receita que ser
saboreada por todos, aproveita o momento da refeio com os
colegas para realizar discusses que envolvam a alimentao. Que tal
fazer o registro dessa experincia atravs de fotos, vdeos ou at
mesmo da confeco de um , caderno de receitas e que este possa ser
publicado/postado?
O que voc acha dos estudantes identicarem quais os
prossionais que trabalham no mercado ou feira (garons, feirantes,
vendedores ambulantes, artesos, seguranas etc.)?
Aps o levantamento, os estudantes poderiam elaborar e
coletar relatos e informaes sobre as rotinas dos trabalhadores e sua
formao prossional. Como so as relaes de trabalho? Como so
as condies de trabalho?
Dirio de alimentao
Que tal propor que cada estudante
faa um dirio de alimentao, seu ou
da sua famlia, registrando o que
consumido para que, posteriormente,
seja trabalhada a interpretao das
tabelas nutricionais? Dessa forma
poder ser explorado o clculo das
calorias, a composio dos alimentos,
a utilizao ou no de conservantes,
alm da comparao entre os dados.
A partir dessa atividade o estudante
ter ferramentas para analisar, com
base em dados concretos, o que
considerada uma alimentao
adequada, qual o consumo de
calorias e nutrientes necessrios para
manter uma boa sade. Pode ser
muito interessante assistir ao
documentrio Super Size Me, do
norte-americano Morgan Spurlock,
que aborda as consequncias de uma
alimentao baseada apenas em
fast foods. Outros prossionais
envolvidos na rea de nutrio, alm
do professor, podem auxiliar no
desenvolvimento das atividades.
Aqui, ali em qualquer lugar
Aquilo que comemos, como tudo que
sofre a ao humana, tambm tem
histria. Muitos produtos e
ingredientes hoje comuns no
cardpio brasileiro, e at
considerados tpicos, como a
banana, o arroz e a pimenta, no so
originrios de nosso territrio.
Por que no pesquisar as origens e a
trajetria desses elementos at sua
assimilao em nossa vida? Que
alimentos compem uma refeio
considerada tipicamente brasileira?
Qual a alimentao do brasileiro?
Que inuncias culinrias dos
habitantes de outros pases esto
presentes diariamente na mesa dos
brasileiros? Qual a origem das
comidas mais comuns em cada regio
do Brasil? Estes questionamentos
podem ampliar o ponto de vista dos
estudantes acerca da natureza, da
alimentao, da diversidade cultural
e tais temas podem inspirar a
formulao de perguntas para a
iniciao cientca.
14 | trajetrias criativas
quer ideias?
Atividade derivada
Mundos do trabalho
Os estudantes poderiam construir um quadro comparativo, a
partir da perspectiva dos trabalhadores entrevistados, elencando as
diculdades e as satisfaes que encontram em cada uma das
atividades.
possvel intervir na realidade?
Para nalizar, os jovens elaboram um plano de sugestes com
ideias para superar as diculdades apontadas pelos trabalhadores.
Que tal pensar sobre o papel da tecnologia nesse contexto? Ela
poderia ser empregada para melhorar a vida desses prossionais?
Alm da alimentao, do que o homem precisa? Sade,
educao, arte...
Atravs de imagens, msicas e textos, possvel explorar
diferentes necessidades do ser humano.
A msica Comida da banda Os Tits, composta por Arnaldo
Antunes e Marcelo Fromer, pode ser um caminho. Ao ouvi-la, pode-
se estabelecer relaes entre o que os estudantes pensam, sentem e
expressam como necessidades bsicas.
Os estudantes podem fazer entrevistas na escola e na
comunidade, buscando entender quais as necessidades do conjunto
de pessoas, em relao sade, educao, cultura. A partir dessa
coleta e anlise de dados e discusses, possvel pensar em
intervenes que o grupo possa fazer em relao s demandas
levantadas. Por exemplo: a escola precisa reorganizar o espao da
biblioteca, ou o ptio das crianas? O que os estudantes propem e
podem fazer para ajudar? A comunidade sente falta de aes voltadas
sade? Que aes podem ser organizadas para estimular a
modicao dos hbitos da comunidade?
Os estudantes podem pensar sobre
as transformaes no mercado de
trabalho. Que prosses
desapareceram nas ltimas
dcadas? Quais os motivos das
mudanas? Que novas atividades
prossionais podem surgir no
futuro prximo?
A dinmica de visitas e estudos de
mundos do trabalho pode se
estender para muitos contextos,
apresentando reas de atuao
diversas. Os Centros de Integrao
Empresa Escola podem ser contatos
interessantes para o professor
procurar empresas que abram suas
portas para os estudantes de Ensino
Mdio, apontando perspectivas
possveis. Visitar pginas virtuais
de feiras tecnolgicas tambm pode
ser interessante.
Com base nas experincias vividas
na atividade, os estudantes podem
simular uma empresa real. Que
produtos seriam vendidos? Como
seria feita sua distribuio? Quem
compraria tal produto? Como o
produto seria divulgado? Que
prossionais seriam necessrios
para colocar a empresa em
funcionamento?
As prosses que os estudantes
conhecerem podero ser
classicadas de acordo com
conceitos econmicos, poltico-
administrativos e sociais, por
exemplo - setores primrio
(produo agrcola), secundrio
(manufatura), tercirio (servios);
empresas pblica, privada, de
economia mista; capital e fora de
trabalho.
ONU, UNESCO
protagonismo
trajetrias criativas | 15
quer ideias?
Atividade derivada
Voc tem fome de qu?
saiba
Veja, professor, imprescindvel que os debates tenham
alguma forma de registro (seja em forma de texto, blog, imagem,
instalaes artsticas) que organizem as ideias levantadas e
possibilitem o desenvolvimento das perspectivas individuais e de
grupo.
O registro pode abranger o incio do processo das discusses,
o decorrer das propostas de ao ou o desenrolar do trabalho.
16 | trajetrias criativas
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