A INDUSTRIALIZAÇÃO NO
BRASIL
O início da industrialização no Brasil ocorreu
graças à produção cafeeira e aos capitais
derivados dela.
1. Introdução
Diversos países, como
Argentina, México e Brasil,
iniciaram o processo
de industrialização efetiva a
partir da segunda metade do
século XX, no entanto, o embrião
desse processo no Brasil ocorreu
ainda nas primeiras décadas de
30, momentos depois da crise de
29. Crise essa que ocasionou a
falência de muitos produtores de
café, com isso, a produção
cafeeira entrou em declínio.
2. Período colonial
Durante o período colonial,
devido às regras da teoria econômica
do mercantilismo, nenhuma atividade
industrial poderia ter lugar no Brasil.
Apenas uma pequena indústria para
consumo interno era permitida, devido
às distâncias entre a metrópole e a
colônia, e eram, principalmente, de
fiação, calçados, vasilhames. Na
segunda metade do século XVIII, em
1785, Portugal proibiu fábricas na
colônia, o motivo foi que os
portugueses não pretendiam criar
concorrência com os produtos
vendidos no Brasil para Inglaterra.
3. Origens: décadas de 1800-1840Quando se fala em industrialização do
Brasil é bom ressaltar que tal processo
não ocorreu em nível nacional, uma vez
que a primeira região a se desenvolver
industrialmente foi a Região Sudeste.
As origens industriais no Brasil datam
do início do século XIX através de
oficinas de trabalho. A maioria dos
estabelecimentos surgiram no
sudeste brasileiro (sobretudo nas
províncias do Rio de Janeiro, Minas
Gerais e, mais tarde, em São Paulo)
e cerca de 77 estabelecimentos
foram registrados entre 1808 e 1840
foram classificados como "fábricas"
ou "manufaturadas". Na época, esses
estabelecimentos utilizavam tanto
escravos quanto trabalhadores livres.
O advento da real produção manufaturada
antes da década de 1840 era extremamente
limitada, devido à autossuficiência das regiões
do país (sobretudo as fazendas produtoras de
café e cana-de-açúcar, que produziam seus
próprios alimentos, roupas, equipamentos, etc.),
e também à falta de capital e aos altos custos
de produção que tornaram impossível para a
fábrica nacional competir com produtos
estrangeiros à época. Segundo estudiosos, os
custos eram altos porque a maioria das
matérias primas eram importadas, apesar de
algumas plantas já usarem máquinas
4. Avanços: décadas de 1840 e 1860O governo imperial criou vários incentivos para a industrialização do país. O mais
antigo destes data do reinado de Pedro I do Brasil, através de prêmios de subsídios
governamentais. O primeiro estabelecimento a receber tal concessão foi a Fábrica das
Chitas, devotada ao papel e à impressão, por um decreto de 26 de junho de 1826. A
prática foi retomada na década de 1840, quando os novos estabelecimentos industriais
receberam tais subsídios. Em 1857, sete fábricas foram beneficiadas através da
prática de incentivos, entre elas a Ponta da Areia mencionada mais acima, cujo
proprietário foi Irineu Evangelista de Sousa (mais tarde conhecido como Visconde de
Mauá). Um dos critérios para a concessão desses subsídios era o emprego exclusivo a
trabalhadores livres, o que marcava um novo modo de se investir e trabalhar no país.
Durante a década de 1870, graças ao declínio
da região cafeeira do Vale do Paraíba e algumas
áreas de produção de açúcar, muitos
proprietários de plantações investiram não só na
indústria têxtil de algodão, mas também em
outros setores industrias. A implantação de uma
rede ferroviária em todo o território nacional
também estimulou o surgimento de novas
atividades industriais, principalmente em São
Paulo.
5. Década de 1930 e 1960: solidificação
nacional
Um dos fundamentais elementos para a industrialização brasileira foi a
aplicação de capitais gerados na produção de café para a indústria, a
contribuição dos estrangeiros nas fábricas, como alemães, italianos e
espanhóis.
Vargas, que representava os conceitos e anseios da Revolução de 1930, passou a
investir fortemente na criação da infraestrutura industrial: indústria de base e
energia, e criou diversas companhias e instituições decisivas para a
industrialização, como o Conselho Nacional do Petróleo (1938), a Companhia
Siderúrgica Nacional (1941, energia elétrica para as indústrias e para a
população), a Companhia Vale do Rio Doce (1943, exploração do minério de ferro)
e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945). Foram as primeiras grandes
empresas industriais do país.
6. AtualidadeNos anos 70, 80 e 90, a indústria no Brasil continuou a crescer, embora tenha estagnado em certos
momentos de crise econômica. A década de 80, por exemplo, ficou conhecida como a "década
perdida" para a economia brasileira devido a retração econômica da indústria. O cenário mudou e,
estabilizada, a base industrial atual do país produz diversos produtos: automóveis, máquinas,
roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, e muitos
outros. Embora seja autossuficiente na maioria dos setores, a indústria brasileira ainda é
dependente de tecnologia externa em campos como a informática. Além disso, o parque industrial
brasileiro continua concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas,
embora a dispersão da infraestrutura de transportes, energia e comunicação tem a dispersado
espacialmente nas últimas décadas para diversas outras regiões, inclusive no interior dos estados.
Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira que possui um
enorme e variado parque industrial produzindo bens de consumo e até mesmo
tecnologia de ponta. Após diversas crises econômicas, o país é hoje um dos mais
industrializados do mundo e ocupa o décimo quinto lugar em escala global nesse
segmento. Na primeira década do século XXI, a privatização de empresas estatais nas
áreas de mineração, bancária e de telecomunicações foi uma característica marcante na
economia brasileira. A industrialização brasileira ainda não ocorre de maneira
homogênea, portanto certas regiões são densamente industrializadas, enquanto outras
são totalmente desprovidas desse tipo de atividade econômica. Apesar de diversos
problemas sociais, costumeiramente relacionados à maneira da industrialização no país,
o Brasil vem ocupando um lugar de destaque no cenário econômico e industrial
internacional.
O SETOR INDUSTRIALBoa parte da grande indústria está concentrada no sule sudeste. O nordeste não é tão industrializado, masestá começando a atrair novos investimentos, o mesmoacontecendo com as demais regiões do Brasil.
• País agroexportador - A indústria é secundária na economia.
• Apesar de ser um país de 3° mundo, ele é um dos mais industrializados. Sendo assim, um país emergente.
Classificação dos setores
• Para ter investimentos nos setores é necessário:
Industrias de base
Bens de consumo
Duráveis Não duráveis
PROXIMIDADE DE MATÉRIAS PRIMAS
OFERTA DE ENERGIA
MÃO DE OBRA DISPONÍVEL
MERCADO CONSUMIDOR
BOA REDE DE TRANSPORTE
A indústria brasileira tem importância crucial no país por ser um micros setor
que exige considerável investimento financeiro, por produzir os bens de maior
valor da economia e empregar milhões de brasileiros. Grande parte dos bens
produzidos, ou seja, os manufaturados, estão diretamente ligados à
urbanização do país, como os produtos eletrodomésticos que a população usa
para conforto, trabalho, saúde e bem estar.
A indústria é muito importante na produção de riquezas do
Brasil, mensurada no Produto Interno Bruto (PIB). Como
exemplo, podemos citar o ano de 2009, em que o PIB brasileiro
atingiu cerca de 3,14 trilhões de reais e a indústria havia sido
responsável por 25,4% de todo esse valor. O agronegócio, cuja
cadeia começa nas fábricas de tratores, de adubos e de ração
animal, é responsável por cerca de um quarto do PIB nacional.
Por fim, as exportações de produtos industrializados e de
produtos básicos ou matérias-primas (commodities) também
influem na riqueza de qualquer nação.