Relatório - 3º bimestre
Para esse bimestre nos aventuramos a confeccionar outro formato de relatório: com muitas
imagens que contam do trabalho e possibilitam uma aproximação com o nosso dia a dia. Além disso, o
registro dos professores sobre nossas intenções e caminhos trilhados nesse bimestre.
A escolha das imagens não foi fácil, mas nossa motivação é de que vocês possam saber das
vivências e experimentações do 2º ano A.
Sugerimos que curtam com seus filhos a apresentação deste relatório, pois eles são os melhores
narradores deste percurso.
Boa leitura!
Profª Marcela Giudice
Volta das férias
“Andei de charrete e bondinho, viajei para Poços de Caldas e fiz vários passeios.
Fiquei com saudade de todos.” Rafaella
O 2 º a no A vo l to u d a s fér ia s d e mo n stran d o
m ui ta d i s p o s i çã o , a le gr i a e c u r io s i da d e p ara
conhecer a nova profe s s ora .
C o m par t i l h ara m co m o s a mi go s o s p rogra m a s ,
v i age n s , p a s s e i o s , le i tura s e f i l me s ex p l ora d o s na s
fér ias .
L o ca l i za mo s n o m ap a d o B ra s i l o l oca l p or o n d e
passara m , compara nd o a s aprox im açõe s .
“ A gente fez um calendário de brigas. Quando passavam 5 dias sem briga a gente podia brincar na quadra! A gente ficou 20 dias sem brigar e eu fui o marcador oficial das
brigas!” Murilo
O grupo recebeu com muito entusiasmo o novo amigo Pedro
Bairon e em seguida a Manoela. As relações foram se ampliando
assim como as trocas de experiências entre eles.
Houve um combinado com o grupo de meninos sobre as
brincadeiras que machucavam e que acabavam em discussões. E
para isso, tiveram a ideia de elaborar um cartaz para observar
seus avanços nas resoluções de pequenos problemas.
Somos 15!
“Gostamos que entraram mais dois
alunos. O Pedro Bairon é engraçadinho e se enturmou rápido e a Mano brinca
sempre com a gente.” Paula
“ Eu aprendi regras de brincadeiras que eu não sabia. Foi legal porque
eu brinquei melhor com meus amigos.” Matthias
Nosso projeto foi vivido em diferentes aulas, em diferentes espaços
e com diferentes possibilidades.
A palavra brincar foi ganhando um novo tom, uma recriação e
perpassou nossos dias desse bimeste.
Projeto “Quem quer brincar
põe o dedo aqui!”
Nosso projeto foi concebido olhando as diferentes brincadeiras das
crianças dos 2ºs anos. Ainda que tenham repertório e sejam
criativos, observamos que nos momentos livres os meninos e
meninas experimentavam uma pequena variedade de brincadeiras.
Na maioria das vezes, a escolha era por brincadeiras que
valorizavam a competição entre eles.
Brincamos com as palavras a partir dos Limeriques ...
Havia uma caveira numa casa festeira
Que só pensava em besteira
Comia biscoito de mel
E ia ao céu
Como uma festeira
“Os limeriques são poesias engraçadas que os marinhos inventavam e se divertiam. Elas tem rimas. O 1º rima com o 2º e o último verso e o 2º faz outra rima
com o 3º verso.” Murilo
Nas nossas rodas de leituras e em sala de aula trabalhamos com o Limerique. Os alunos se divertiram com este
gênero e criaram seus próprios Limeriques, demonstrando entrosamento com o assunto. Identificaram a sua
organização e as rimas entre os cinco versos.
Estamos elaborando um livro com os limeriques estudados e os construídos pelo grupo para deixarmos no acervo
da nossa biblioteca.
Scanear da Sarah ou Murilo
Como se joga o Beyblade?
Grande parte dos meninos ocuparam seus
momentos l i vres e o d ia do parque com o
br inquedo beyblade. Aprove itamos esta
“ febre” nas aulas de L íngua Portuguesa e o
grupo cr iou novas regras de br incadeiras ,
reg istrando com organização e c lareza os i tens
necessár ios que aparec iam neste t ipo de texto .
“Foi muito divertido pensar de outros jeitos de usar o bleyblade!
” Mariana
Artes Plásticas
(…) A paisagem onde a gente brincou a primeira vez e a gente com quem a gente conversou a primeira vez, não sai mais da gente, e eu quando voltar para o Brasil vou ver se consigo fazer a minha terra.”
Candido Portinari
Nesse bimestre conhecemos o artista Candido Portinari tendo as lembranças da infância como
mediação das nossas conversas e dos nossos estudos.
Visitamos a exposição ‘’No ateliê de Portinari (1920-1945)’’ no MAM. Eram desenhos e pinturas que
retratavam as coisas que o artista via e conhecia do Brasil. O engraçado é que tinha um bauzinho que
sempre acompanhava o monitor pelo caminho do museu e olhando bem, ele também estava presente
em muitas obras de Portinari. Foi divertido achar baús nas obras expostas. No baú, o artista guardava
as lembranças da sua infância e da sua cidade de Brodósqui. Vimos todas essas lembranças retratadas
nas obras: as brincadeiras de criança como jogo de futebol, pipas e gangorra, também a plantação de
café, de cacau e até a criança morta da obra ‘’Os Retirantes’’.
Nas aulas de artes plásticas, desenhamos e pintamos várias obras com o tema das brincadeiras de
Portinari. Retratamos a cor marrom avermelhada da terra, o brilho do céu e as cores das crianças.
Também pintamos crianças na gangorra e em balanços. Portinari adorava pintar crianças
brincando, e dizia:
"Sabem por que eu pinto tanto menino em gangorra e balanço? Para botá-los no ar, feito anjos."
Conversamos também sobre nossas próprias brincadeiras e desenhamos aquelas preferidas para
talvez, guardar no baú da nossa memória.
Visitaremos outros lugares, outras brincadeiras e conheceremos outras infâncias.
O que infância?
“Infância é pular, brincar, se divertir, imaginar coisas impossíveis, como os
frutos conversarem com a gente.” Paula
“A infância é muito bonita. Brincamos, fazemos lição, se
machucamos e aprendemos com as coisas.”
Pedro Bairon
“Infância é uma coisa colorida. Dançar, fazer esporte, pintar, ir
na casa da avó e viajar nas férias.” Julia
“ O pião entrou na roda, oh pião
O pião entrou na roda, oh pião
Roda pião, bambeia pião
Roda pião, bambeia pião!”
O pião entrou na roda ao som do pandeiro e das palmas
animadas das crianças.
Pião vivo.
Pião menino.
Pião menina.
Criança rodando pelo espaço, de pé, com os braços abertos.
No chão, os movimentos circulares lembravam passos
de breakdance.
Histórias e Brincadeiras
Feitos de madeira, plástico ou latão; rústicos e sofisticados; cantores e silenciosos; antigos e modernos, os piões entraram na roda formada por pernas e pés que se encontravam feito “arenas de batalha”. Ou então, rodopiavam soltos sob os olhares atentos, encantados e, às vezes, solitários dos brincantes.
Experimentando rodar com o corpo e observando as possibilidades do brinquedo no espaço, as crianças descobriram que “tudo” pode ser pião: borracha, lápis, caderno, rolha, clips e outros objetos do dia a dia. Brincando elas se apropriaram do conceito desse objeto dançarino, conhecido desde a antiguidade.
Sua origem é incerta, mas você sabia que foram encontrados piões feitos de argila datados de 4000 a.C?
Rodopiando o pião chegou aos nossos dias e, neste bimestre, conquistou espaço privilegiado nos encontros de HB.
Educação Física
Estamos aprendendo a utilizar os
materiais e com eles criando novas brincadeiras. Também estamos melhorando as amizades quando trabalhamos em duplas e principalmente ouvindo as ideias dos amigos quando realizamos as brincadeiras de rua.
Em um novo encontro com os alunos do Ensino Médio, ensinamos a eles como brincar de reloginho e rio vermelho, com isso eles relembraram brincadeiras antigas e além de tudo isso, brincar com eles é diferente e desafiador porque eles são altos, ágeis e muitos rápidos.
Tijolinho
Barra manteiga Peteca
Em conversa com os alunos do 1º ano do Ensino Médio, constataram que este
grupo de adolescentes, atualmente, brincam muito pouco. Usam seu tempo livre
em jogos de tabuleiro ou no computador. Mas quando eram crianças gostavam
de brincar de elefantinho colorido, espião, gato mia, queimada e pega – pega.
Futebol
Rio vermelho
Mãe da rua
Parque
“Gosto de brincar no pneu para balançar.”
Vitor
O que há nos arredores da nossa escola?
Fomos às ruas descobrir! Continuamos o trabalho com o álbum de
figurinhas do Colégio, pesquisando a origem do bairro.
O grupo trouxe informações sobre a história e
realizamos um estudo para comparar as permanências
e mudanças de Perdizes, principalmente nos arredores
do Colégio.
“Eu não conhecia esse bairro tão bem. Apenas a Sumaré e a Pompeia.”
Mateus
As crianças puderam estudar as diferentes representações do espaço em plantas, planisférios,
globo terrestre e na maquete que todos fizeram para representar o quarteirão do Colégio. Neste
trabalho, abordamos as diferentes visões (vertical, horizontal e oblíqua) a partir de alguns pontos de
vista . Identificaram nos arredores do colégio as ruas que formam o nosso quarteirão e compararam
com o local onde moram.
Prédios, casas, bancas de jornal... Começamos a entender melhor onde moramos e onde estudamos.
Após o estudo do bairro do Colégio,
pesquisamos os bairros do grupo, observando a
localização de cada um deles nos mapas das
diferentes Zonas. Os relatos dos alunos sobre o
caminho que percorrem até ao Colégio
contribuíram para o levantamento dos bairros
vizinhos e distantes.
Ciências Naturais
Encerramos o nosso estudo sobre as
plantas, reorganizando o canteiro do
Colégio. Substituímos a planta singônio
pelo manjericão.
Os alunos aguardam ansiosos a colheita
para uma futura culinária.
“ Queremos fazer a torrada que comemos de montão no Sabor da Fazenda. É muito
boa!” Paula
“ Nós separamos em duas categorias de alimentos: com
gorduras e sem gorduras.”
Júlia
Será que nossa alimentação é saudável?
A alimentação saudável foi nosso principal tema
de investigação nesse bimestre. Para iniciar essa
pesquisa as crianças fizeram um levantamento do
que costumam comer no dia a dia. Depois de
socializarem essas informações, organizados em
grupos, elaboraram suas hipóteses quanto a forma
de classificação dos alimentos.
As crianças apresentaram seus critérios e, a
partir disso, fizeram outras pesquisas. Assistiram o
vídeo dos Pequenos Cientistas e do Sr. Banana e
trabalhamos com um texto cientifico da revista
Ciência Hoje para obter mais informações sobre
os nutrientes e as suas formas de classificação.
Nosso lanche é balanceado?
Colocamos em prática nosso estudo sobre alimentação,
analisando os nutrientes que consumiam durante o lanche no
Colégio. O grupo percebeu que alguns não traziam a quantidade
de vitaminas e sais minerais necessária para uma alimentação
mais saudável. Percebemos o incomodo dos alunos que comiam
mais lipídeos (doces, gorduras) do que outros nutrientes.
“A pirâmide ajuda você a saber o que você come por dia.
Se tem muita gordura, carboidratos...” Vitor
“ Um moço que trabalhava na feira, deu um tubarão
pra gente por no Laboratório de Ciências. Achei bem legal!” Felipe
“ Eu comprei a banana com o nosso dinheiro.
Ela é muito boa porque tem vitaminas.” Gabriel
F
E
I
R
A
Salada de frutas
Matemática Brincando, as crianças foram experimentando diferentes formas de
calcular mentalmente e registrar estes raciocínios. Decompor, juntar,
agrupar dezenas ou unidades foram algumas adas estratégias mais
exploradas. Para este trabalho, utizamos bastante o ábaco,
instrumento que auxilia na compreensão da noção posicional do
número e na introdução da técnica do algoritmo.
O registro destes cálculos foi de extrema importância para que o
aluno verificasse sua resposta e pudesse analisar seu pensamento
matemático.
O uso da cantina está ocorrendo de forma cada vez mais
independente , ampliando o trabalho com o sistema monetário e
colaborando gradativamente na compreensão do troco com o uso dos
centavos.
“Eu faço conta na cabeça, tipo
52+33=, 5+3 dá 8 dezenas
e 2+3 dá 5 unidades, igual a
85.” Clara “ Achei bem legal fazer as
continhas no ábaco! Me ajudou a entender.”
Manoela
Aniversariantes
Música As crianças adoram falar e ouvir sobre os timbres dos instrumentos.
Alguns já estão acostumados a ir a concertos, ouvem música erudita em
casa e querem compartilhar com o grupo seus conhecimentos. É comum
fazerem perguntas e imitarem com o corpo, os gestos dos regentes e dos
instrumentistas.
Os livros A Orquestra tim tim por tim tim e A Flauta Mágica de Mozart (As
mais belas Óperas para Crianças), foram algumas das fontes
pesquisadas nas aulas sobre, as famílias dos instrumentos da orquestra e
obras de caráter erudito. Juntamente com apreciações de gravações e
vídeos (Fantasia de Walt Disney), fizemos o exercício de OUVIR de
maneiras diferentes: de olhos fechados; em movimento; com o brinquedo
barangandão e sem poder falar. Seguem os links de alguns desses
vídeos.
Estamos nos preparando
para o concerto na
Sala São Paulo!
Aguardem!
Essas cenas são do encontro que tivemos no dia 29 de setembro
com a autora Selma Maria.
Os desdobramentos desse encontro e os caminhos do nosso
projeto estarão na Mostra Cultural.
Aguardamos vocês no dia 5 de novembro!
Um abraço!
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