SEMANÃRIÒ _^^^*^-w1 N F A N T I L >l Ric de Janeiro. 5 de Março de 1941
^^n* y?^s —mSL^. <k_ -—~ ~iOra, Leão ! Tarifo barulho por causa disto ?
O TICO-TICO — 2 — 5 — Março — 194
_tlingerie Boi*dadasUm esplendido álbum comendo mais de 120 modelos de lingeriebordada do mais fino gosto. Camisas de dormir, Pijamas, Désha-billés, Nègdgés, liseuses, Peignoirs, Combinações, Calços, Soutiens,Lingerie para crianças e bébès, alem de innumeros monogrammaspara bordar em pitamos e roupas finas. Todos os modelos trazem os respectivos riscos do bordado em tamanha natural, comas necessárias indicações, bastante minuciosas, para o execução.Trabalhos em renda Milaneza, Irlondeza, applicoções de Racine>Valenciana, etc. - Um álbum de raro valor, pela variedade,escolha e delicadeza do que publica.
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anteriores a 1930, desde que estejam em perfeito es-
tado e formando coleção. _
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R RAM/UHO ORTIGA. 9- 2g__J-U^]DEPOSITO EM S PAULO
J. COUTO-R.RIACK-.E-.Ó 28'_
O Malho é a revista senia-nal que oferece a seus le-t0'res, em todos os números, °mais sensacionais motivos <leitura.
(_¦______Diretor-Gerente: A. DE SOUZA E SILVA
SEMANÁRIO INFANTILASSINATURAS
BRASIL tI ano , ,, .. 2SJ0046 meses ,, ,. ,. 18Í00OEXTERIOR:1 ano .. 7*>$0(W6 meses 88$00í>
A.; assinaturas começam sempre no dia 1do mês em que forem tomadas.
Propriedade da S A. "O MALHO" —Travessa do Ouvidor* 26 — Rio.
UÇGe^Hjr VòvryUMA LIÇÃO SOBRE O CALOR
Meus netinhos:
Nem um só dos meus netinhos teria dei-xado de observar que todos os corpos, todos os
°jetos possuem um certo grau de calor. Esse§fau ç\q calor varia, porém, de corpo a corpo.
O livro em que vocês estudam, o pratoi1 que comem, a roupa que vestem, todos os°jetos, enfim, que vocês tocam têm todosma temperatura. Em cada objeto, porém, aemperatura é variável, como é fácil verificar.e qualquer um de meus netinhos segurar a^•na de uma faca ou qualquer objeto deetal sentirá uma sensação de frio mais ou
me"os forte.Se tomar, no entanto, um objeto de ma-
ira, uma caixa, uma bola, verá que estes nãodarão ao tato uma sensação de frio tão in-
nsa como a que experimentou quando pegouaca ou outro objeto de metal.
E por que tal acontece?A resposta é simples, meus netinhos. E'
- cada corpo, cada objeto possue uma tem-• atura própria e essa temperatura variaSUndo a capacidade que tais corpos têm deariT1azenar calor."a corpos, meus netinhos, que guardam
s calor do que outros, porque as moléculasma
cal ÇUe são formados armazenam, retêm mais07 do que as dos outros corpos. Esse feno-
meno, porém, meus meninos, só se verificacom os seres inanimados.
Com os chamados seres animados, com amaior'parte dos animais, a temperatura pro-vém de um outro fenômeno, denominadocombustão.
O calor do nosso corpo, por exemplo, éo resultado da combustão que incessantemen-te se opera no interior do nosso organismo.
Vocês, no entanto, não sabem como seproduz o calor no organismo da maior partedos animais. Vovô vai dizer.
O calor produz-se em virtude da com-bustão dos alimentos que ingerimos. Os ali-mentos referidos queimam-se, combinando-secom o oxigênio que levamos para o interior doorganismo com o ar que respiramos. O ar querespiramos, todos sabem, contém oxigênio. Acombustão de que Vovô vem falando opera-se principalmente nos músculos e no figado.
Ha, ainda, meus meninos, uma entidadeque desempenha importante papel na distri-buição do calor por todo o organismo dos ani-mais, como o homem. Ei o sangue. Semprecirculando, o sangue aquece as partes maisfrias do organismo, numa renovação constante,mantendo a temperatura.
Eis aí, meus netinhos, a explicação, fácil,aliás, do fenômeno da temperatura que todosos corpos possuem.
VôVô
O TICO-TICO 5 — Março 1941'
,„, /_ ,. i j >-*P| i -¦', AÇOWQ A/flU&IGA,éuEÍ.;PfcNA WÃ& QUE mSrPUMCNTO MOÚ \u_ íCTk""*-*—- /tiI / jR-1 j\ | 1 . TESS EU APlSCJJDi OO fiTOCAC^ ESCOLHER9 PfANO,P^ToT\. ^-^ XíS?I / / /í M!t_A 1 i AlsuH instrumento* contrabaixo, cavaquinho) rpffS-ãifl /f_£
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QUEM ME VJE COMO VIOLINO I EU APRENDI uMAVJEZ A TOaM**L VIOLINO I UÈ,ESTOU OUVINDO TO . 11 -M.^%1 ÀAf s^fiPEN^A rvrnffiQUE. SOU M-A PARA SEC MUSICO E'PtiEOSO COR V/IOUNO NA MINMA „> j) B&*WÍ /Bl&rf •"" uLitU UM GP-4M' JS&A\ "HEra C4BFJ.E.ISA - CA*iA.DCDJESEC. ur-. nS*^ a***WHh/*1 L.'/J^í_^'
^___9s&? DE ^a^HB». AaOOA E C/otíM&vjAl. gQANoe:/— ^^—rt /~*V JmmfS/Êã- V'9*-/A *
w r^^/i^-r/ __^__¦w-Cf """"'-* /TTCrK .íiajasJl:.'.""—
O CACHORROMEDROSO
Galaôr era o nome de um cavalode clinas curtas e de cauda à Ia gar-çonne, muito amigo à.e Jocó, um cãoda familia do Jagunço, de cara acha-tada, cauda curta, reforçado, de for-mas musculosas, mas um polirão deprimeira classe.
O seu maior desgosto era não tercauda para poder esconde-la quandose assustasse.
Um barulho um pouco forte, umtiro ao longe, um latido de cão quese aproximasse, um passa! que eleouvisse, eram motivos para que elea correr se escondesse a um canto,contraindo o pedacinho de cauda.
Ah ! si eu ao menos tivesse umrabo ! dizia muitas vezes Jocó.
Galaôr protegia-o e sempre lhe fa-zia sentir que não tivesse medo; eleali estava para o defender.
Um dia, Jocó, muito assustado, foiter com o amigo Galaôr. — Meu caro,acabo de ser insultado pelo caracol i
falou o cão. 0 caracol disse cousashorrorosas, ameaçou-me. Eu não lhebati, porque...
Já sei, já sei! disse Galaôr, ti-veste medo!
Mas afinal, quem é esse caracol queeu não conheço !
Não imaginas, certamente.E' um camarada tão valente que
carreca a casa ás costas — respon-deu o cão.
Galaôr, que não conhecia o cara-col, ficou impressionado.
Não concebo como possa umacreatura carregar ás costas a própriacasa !
S"~^A>•aA_*L_.,.. x* -Ni
K ^r"AAA'..A~ ^••*»*iH^ã__-5. ' ¦ ----\
Que bruto e que força monstruosadeve ter o tal de caracol! c
Vamos ve-lo!Meio receioso, lá foi Galaôr ver.
em companhia de Jocó, o tal ^e cracol. • .
Este estava fora da concha.Galaôr ao ve-lo ficou espa-1*3— Esse é que é o caracol?Segura-o Jocó que eu vou bQ"*
Io com um par de coices íE, zás íOs coices pegaram os queixo.
Jocó, o caracol saiu ileso e Gaficou crente de que o bichinhomesmo muito forte.
Gala<>fa sü3
E nesta crença em quspermaneceu, ia, talvez, todafelicidade.
Porque em verdade, a fe'11é uma ilusão...
da^3
- 5 — O TICO-TICO5' *=* ' Março =— 1M1 ¦
OS PERSONAGENSDO TICO-TICONO CARNAVAL CARIOCA
"O TICO-TICO" está de para-
bens, com o êxito do Carnaval ca-''oca deste ano, porque este foi de-
Vido, em parte, à turma cá de casa...
9raÇas à iniciativa da Prefeitura, de
?rnamentar a Avenida Rio Branco,
Como foi feito, enchendo-a, princPalmente, com os queridos • hero"ue se popularizaram nestas pag1135 • Querendo dar aos folguedos
: ternos de Momo, que têm sua sé-; Principal naquela nossa impor-
:a«te via pública, um caráter dite-.,etlte, um aspeto legitimamente nos-
,°- a Prefeitura resolveu espalhar
r*la Avenida, nos seus postes de si-
; a!i-ação e de iluminação e em suas
. iV°res, as figuras tão conhecidas,
P0Pulares e aplaudidas de. Chiqui-
I 0- Jagunço, Benjamim, Zé Maça-
e Faustina, Jujuba e Carrapicho,
fe
Réco-Réco, Bo^ão e Azeitona, sutilezas de interpretação. Os leito-
todos heróis dO TICO-TICO. as- res de O TICO-TICO, de hoje co-
sim.como Gato Felix, MicJcey, Do-, mo de ontem, tiveram, assim, a ale-
nald e Popeye, figuras que gosam gria dc brincar no Carnaval deste
tambem de vasta popularidade co- ano em meio de figuras de sua cs-.
w m\ 9ilâsp siV'-' 1 ¦IT^P
V ' 3 A. ^^^a\m»a^amm*^^ /
mo heróis dos filmes de desenhos
animados.
A excelente idéa foi recebida pe-
los foliões com os mais calorosos
aplausos e deu à Avenida Rio Bran-
co um aspeto inédito, folgazão, ale-
gre, ao mesmo tempo que pitoresco
pois que, dadas a popularidade de
figuras como as de Zé Macaco e
Faustina, Jagunço e Chiquinho,
quem quer que passasse por aquela
grande artéria carioca logo compre-
endia o motivo ornamental a inten-
ção de utilizar as nossas figuras
mais populares, cuja presença, ali,
d ij • isava quaisquer explicações ou
tinia e predileção, companheiros da
todas as horas como são Benjamim
e Chiquinho, Zé Macaco e Faustt-
na c. ainda mais, tiveram o prazec
de ali reencontrar para os festejos
carnavalescos, antigos heróis de
O TICO-TICO, como Réco-Réco.
Bolão c Azeitona, que, aliás,vão rea-
parecer brevemente em nossas pá-.
ginas.
Indiscutivelmente a ornamenta-
ção da Avenida Rio Branco, que
esteve entregue a artistas de valor.
foi uma das notas de relevo do Cac-
ninai que passou.
O. TICO.-TI CO —. 6 —
lEfjfOnADIOI Dl5— Março
tORIEr1941
»i
/VfMOS, VELHO COMPANHEIRO nl 6Ã0 SO' QüÂTRO "RÀCAgQTES"//
„^_^>mM^. n (Tffl
4 k-*^" _)i PA^^tâo OUVINDO ESôêT^
^<-^ Ap^i /TOQUE DE CORNETAPQ_# { ¦_-. ^/CHAMA-SE T0^E &e ^tótfi_?l«fri \V I /W? i E* QUER DIZER QL5E TEH06
íní »c^^^SLE en6*a£Ado^
x^WTO ENC^ÇÃÕcTN I k& 0DIff^â"?5^ ^^/MAS A«W NAO eSTQiJt) ÍW ?#S Sm4 1.j«, l COMI SONO ^/ ' /"/^ « °^ÜO ^^ „_M__
Eaooooo0fro-c,i^ot>aa<KH>oot'^*J eanal da Kfancha foi at«iwi ssade pej imih ! alão era -1285, p©i um i„h!.m!..i era t$75, por " !r . .J,
ptlanc i in 1929, po* um barco a rimos era JV.K) e p*í «m rfes&sarJèf era 1931. — A travessia mani ra)ir.iti.i |)i>-, um )ii<ic>\i! tr.a-liano, iuii atravessou o canal "a
pé" <E©mi »ki aquático!
3 — Março — 1941 — 7 O TICO-TICO
kGAVGTINHAdoSABGRQUANTO MAIO&PS FOREM SEUS CONHECIMENTOS. MAIS CAPAZ SERÁ" VOCÊ DE VENCER
As lagrimasFoi no Paraíso. O Creador
contemplava a sua obra maisPerfeita. Eva, .. linda, a creatu-pm sem par, surgira <lo bosque,tão linda e tão pura como vtmac^tatua grega.
O corpo pálido, que nenhumapaixão havia comovido, tinha aserenidade das coisas eternas dekele2a impecável.
Sen rosto divino refletia atransparência augusta daquela-abria; os olhes profundos, e es-tranharoente belos, olhavamc°m jqtrcle olhar ingênuo eQuasi inexpressivo das crianças.
E, íafou o Senhor:Rainha do meu jardim,
WÉ» do Paraíso, feliz inspiraçãoa mm* (i,:'t íérma; ofereço-te tu-¦X .jiianto eieci. O llka ao redor:'«•Xa i>a comparável á tua .bele-«•*•>; tudo é pálido e toseo ao la-t,(> ila tea lormusura soberana.lh» Htie não ris? Por que te ve-]0 triste? Qne mais desejas para*«t> e.nfoito? Existe algumaco»^a t«iiç ambicionas e não pos-Slii •., ?
—• Senhor. Três jóias ha nestei, cujo fulgor me humilha.
^ada lia em mim <pie as possasuplanta*: as pérolas, o orvalhoe as estrelas.
Creador levantou a mão, e,ç*"° voz sekne, pronunciou esta*te>l-itf:
Malho . Vaidosa «HdfcgrAescjoe vão além do santo
-.mento. Dessas três gemasu,Jo- biilho ia invejas, von íazer**• sé; seiá o tea patrimônio ea tua tl.ío.a. a tua arma pode-r*»*» Coleii real sceptro. Terác safeot amargo das águas doN*t ende nascem as pérolas, te-**¦ a itilIuêtKJa benéíica do or-
, e, será estrela quando bri->.a<-, tei ,««- ¦*rs àma'(,-.
*¦*« ils.v.,.|. .
as
CONHECEM O ESQUILO?r^EVEM conhecer. Não o esquilo europeu que vemos nas~* gravuras dos livros estrangeiros mas o esquilo brasileiro,o caxinguelê, lindo animal que vive nas arvore, onde salta còmuma extraordinária agilidade. O caxinguelê alimenta-se geral-mente de frutos, procurando especialmente os de certa palmeira.
Gostam tambem muito de ovos de pássaros e de espigasde milho.
OS GATOS CHORAM?"CUS uma pergunta que não se pode responder categoricamen-¦L# te. Os gatos, como os cais tambem, têm, às vezes, sériosmotivos para chorar e para rir. AJém disso possuem glândulaslagrimais como nós, por que as partes anteriores dos seus glo-oulos oculares necessitam conservar-se limpas e huraidas. Nempor isso, no entanto, podemos afirmar que os cais e os gatosriem, não ha duvida. Pelo menos dão mostras disso nos tre-geitos que fazem quando os afagamos.
POR QUE NÃO SE MOLHA O PATO DENTRO DÁGUA?
\ pergunta pôde ser respondida logo por vocês. As penas¦**- dos patos, além de serem extremamente espessas e lisas,não deixam que a agua toque o corpo do pato quando estenada porque de uma glândula secreíora de substancia gordu-rosa está continuamente derivando óleo para as penas. Esseóleo impede que as penas absorvam agua e que esta molheo corpo do pato.
O ELEFANTE FALA?/~%S elefantes falam? — Não, responderão vocês, pelo menosV^ não têm o dom da palavra como o homem. No entanto,o elefante possue uma voz semelhante a do clarim, da qual seuíilisa para comunicar-se atravez das florestas, com os seuscompanheiros.
Um caçador, atacando numa floresta uns elefantes, viuque estes, soltavam gritos de alarma ou de aviso para unscompanheiros que se encontravam na floresta próxima.
UMA PLANTA QUE PESCA"170CÊS sabem que existem plantas, como as Droserias, quew caçam moscas e outros insetos. O que talvez ignorem éque exista uma espécie vegetal que se dedica ao mister depescador. Essa planta foi descoberta por um naturalista ame-ricano, chama-se Utricularia vulgaris e se alimenta de peixes.
Tendo colocado em um frasco, que continha peixes peque-nos, poude o naturalista certificar, passadas algumas horas,que a planta se havia apoderado de um certo numero deles, pormeio de uma bexiga com que a)rae a presa..
A maior parte dos peixes tinha sido apanhada pela cabeça,e introduzida na bexiga, onde imediatamente ficavam cobertoscom uma capa viscosa, que parecia le-k. sufocado.
O TICO-TIC S —; 5 --**..•.•JVIarço .-ri>i_9Íl
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/vAR\ AINDA MC>_!'LiMlTe- DA CIDADE ©¦ t.ORR€NDO H0N5TRÒ E O TUBA- I^v ^QoJ ;j.ÃQ DQ5rARES EMtOUTRAH-SE CA?A A CARA, í ¦ j
Sm ihàTrt* JVAMOS ÂTACA-LO!PREPA-\ ^— "\Wjiffl/jtim W'jm&m9\\m. ( P£M fc METRALHADORAS J/ CUIDADO CoM JW^MjBf^^^^—K^ íf BONBAy^^y U^P£NCEZ4^y
O ¦'MONSTRO E' ATACADO,.MlOLENT/lNEMTE.'CENTENAS DE Tll?oS O ATINGEM.URRANDO DE t)Ô1? F DE £A\V/. ]_!_£ TENTA DERPU6AR O AVIÃO COH SEU PUMtfOFORMIDÁVEL, MAS NÃO CONSEGUE^gAÇAS A Pfr?/C/-A Ef NAIUIÍOF.
ktt_____ "^^ÊÊKÊSkw / • ;Tk_ "x\ v^ ¦HHé| \WP*>/-xx
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-3p 7J> (cúiUr/rJuA), jj|__Mt_K>w__»4w-wwi-«_w^---y--W-BM>«.¦fci.^.m ¦ ¦¦¦>¦-¦¦ ^*mm*^
MORTALMENTE FFRiDO.o ANIMAL VtoLT4,C4M5ALEAMTE PARA AS MONTANHAS, LEVA ti-PO A PRINCEZA , PERSEGUIDO PElo TUBARÃOms Ar.ES. 0 FOVO .C0I.R....IA A LÜTVT?ÊffOZ
5 —¦ Março 11.41 TICO-TICO
UM CONTO QUE É UM ENCANTO
O CONVERTIDO-'-".velho e um jovem habitavam
o mesmo recanto de aldeia, em ca-,sas unia ao lado da outra; erammuito amigos e gostavam de conver-Ea- e passear .juntos. Conheciam, co-
mais antigos moradores da ai-deia todas as pessoas e cousas queexistiam varias léguas em derredor.^ma cousa, porém, ignoravam: era ocaminho que levava ao templo, e emsuas conversações havia sempre pa-tevras mer.os respeitosas a Deus.
Um dia, que elles foram sob um solr?dioso visitar as planicies visinhas,0 mais jovem, que conversava ani-matíamente, foi empaliidecendo, per-•tendo a voz pouco a pouco e caiuPara traz morto.
O velho, a quem só a idéia da mor-te sempre amedrontara, fugiu espa-vorido para casa, onde, chegando efechado no quarto, chorou amarga-Ciente a perda do seu inseparávelamigo. Já a noite descera e o velho,«cabnmhado e cansado, procurou re-Pouso no sono. '
Mal cerrara as palpebras, viu tíean--e de si un: phantasma horrível que0 ameaçava. O pobre velho levanta-ra-se da cama e a medida que os°*hos se esbugaihavam, em terror pa-voroso, sentia ele nascer-lhe no pei-to uma confiança, uma vontade lnau-dita de se » acolher á protecção deMossa Senhora, cuja imagem, não ob-5>tante os sarcásticos dicterios que le-Ví!-va a proferir com o fallecido ami-So, se via, juntamente com um rosa-•'•o, presa á parede da alcova, emtosco quadro. De um salto, como sefosse impulsionado por uma mola, oVelho agarrou o rosário, cerrou asPalpebras e com voz sumida e tremu-te baibuciou: Ave-Maria, cheia defaca...
Quando abriu os olhos, o far.tas-nia sinistro tinha desaparecido.
No dia, seguinte, bem cedo ainda,ete quiz sa-r pa_a sepultar o cadáver•te amigo. Foi, mas encontrou o cor-po horrivelmente dilacerado; as fé-ras das matas visinhas, os cães fa-tintos, tinham, durante a noite, seoanqueteado nas carnes do morto.Ante tão horrível espetáculo, o velhoíccuou, vencido por um mixto de
aixãc e medo, sem prestar aadeira homenagem ao cadáver.
* Na noite seguinte, o fantasma vol-tou ainda e lhe disse:
Desgraçado! Teus exemplos per-niciosos aviltaram-me, condemm< a alma e ei: te levarei ao Inferno!
, O velho. e tremendo de me-do, excia;
Nossa Senhora DQlei-meJ...Mal pronunciava taes palavras, o
fantasma desapareceu e a figura daVirgem Maria, destacando-se do qua-dro tosco jüuminou o pecador.
Infeiiz mortal, disse a Virgeem,não te posso valer porque teus cri-mes e pecados formam mdntánhas dealturas imensuráveis.
O velho, chorando -onvuisivanaen-te, suspirou: ,
Estou perdido!...A Virgem respondeu:
— A justiça divina deu a oconde-nado o direito de te perseguir. Todasas vezes, porém, que ele te apareceratira-lhe em cima um desses objé-tos.
E a Mãi do Salvador voltou ao fun-do do quadro tosco preso á parede. Ovelho, admirado, voltou-se e viu so-bre o leito um pente de osso, um sa-bonete, uma medalh.nha de santo eum par de óculos de ouro.
Estas armas extranhas não dimi-muram a fé do pobre velho na ruaProtetora e, alguns dias depois, elepoude verificar a sua utilidade eeficácia.
Com efeito, o velho pecador —ra convertido e pi-otegido pela Vir-gem — viu-se de novo diante do fan->tasma que se mostrava cada vez maisresolvido a levar-lhe a alma para oInferno.
Ele, porém, guardara as palavrasde Nossa Senhora e lançara contrao espectro o pente de osso. Imedia-tamente se formou uma espesa mu-ralha de espinhos entre o velho e ofantasma, que desapareceu.
O velho resolvera então abandonara casa onde morava e partiu seio. des-tino. Pouco havia caminhado quandopercebeu atraz de si o espetro furiosoque o queria segurar. Instintivamen-te, atirou sobre o phantasma o sabo-
que a Virgem lhe dera e logoum lago de agua gelada, se interpoziniie ele e o seu perseguidor.
O velho, cujas pernas tremiam decansaço, pos-se de novo a caminhar.Não tardou muito e o phantasma denovo lhe surgiu á frente. O anciãocuja fé na Santa Virgem mais e maisse acentuava, lançou a medalhinhasanta contra a sombra ameaçadorae logo um templo se ergueu diantede si. Ele, que nunca olhara siquerpara a porta de uma egreja, correu,então para o interior daquele temploe, diante de um altar, orou, ajoelha-do, no maior recolhimento religioso.
Tal humilhação exasperou cega-mente o fantasma que outra não erasenão o seu jovem amigo, cuja alma,
¦ pelas más ações que praticara em vi-da não lograra entrar no céo. A talponto se encolerisára o erpetro quequando o velho deixava o templo re-cebeu na cabeça forte pancada, quemal nenhum lhe causara, pois osóculos que a Santa Virgem lhe deraapararam o golpe e fizeram esgueruma alta muralha. Emquanto o mal-dito phantasma se esforçava paraescalar o obstáculo, o velho regéne-*
— o antigo pecador, o penitentefervoroso, dirigia-se a um conventoque demorava num monte fronteiro.
— Senhor abade — disse ele — dè-ire guarida nesta casa santa, porcujas portas bentas as almas perdi-
.das não podem passar.O atade acolheu o velho converti-
do, que lhe contou toda sua historia,**•¦
exalçando a providencia, a proteçãomaravilhosa da Santa Virgem.
Muitos anos viveu o pobre velhocelas daquele convento, prati-
c| .ido penitencias que lhe expurga-ram a alma de peccados.
Tornou-se de uma bondade infini-ta, quasi santa, e a Virgem, quando oaustero penitente faleceu, abriu-lheas portas do Paraiso.
lígglí.|l|l||H C„,r ir.,i.r,,,cF.-^,..S_,,f.W.^^,,;l',.,,;.^"*$7^^V.^_
¥ J WÉÉÊf ^>ra" -P^6"*56 Patít-ar bem... |p /íntTmsi ~^ '——"*'
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DESENHO |DEPATSULÜVANExclusí-vidade
paraOTICO-TICO
Coníín a
O TICO-TICO
AVENTURAS DE
— 12 5 — Março — l'Hl
TINÔCO CAÇADOR DE FERAS (Des. de Théo)
Tinocc apareceu no acampamento de Mister ao inglês cs segredos daquela arma rnaravi- meio de defe;a contra os ataques imPreviS»
Brown com um foguete misterioso e !c;,o ir.ose, porque se tratava, sim, de uma arma tos, para ¦ caçsdces em acures. Tincco s^r-
foi explicando.., ou melhor de um'., preendido por um leão.,.
em uitií jona descampada, ascendeu o fogue- não foi esquecida, depois da rápida ascen- de guarda chuva que serve de para-que •
tão e ias. . . ficou em um segundo fora do ção. O foguetão tem um disFositive «utoma. O inglês nio se ctnça ce edmirôr o goenialcance da fere. A queda .. tico em forma... inventivo de seu amigo.
aoçoçHaswofroo&ooqopooopooooaooao
O S O.LSâlvé, sol glorioso ! Ao teu clarão fecundo,A natureza canta e se extasia o mundo,Que tristeza, que dó, quando desapareces !Vens, e a terra estragada e feia reverdeces ;Abres com o.teu calor as sebes perfumadas;Dás flores ao verdor das moitas orvaíhadas ;Os ninhos aquecendo, ás gargantas das avesDás gorgeios de amor.e harmonias suaves ;E, cintilando sobre os tufos de verdura,Em cada ramo pões uma fruta madura,A noite é como a morte; o dia é cemo a vida.O' Sol, quando te vais, a alma vaga perdida...Os pe*« a mentos maus são os filhos da treva :Fogem, quando a brilhar, no horisonte se elevaO Sol, pai do +rabalho, o Sol, pai da alegria...Salve, núncio da Vida e portador do Dia !
V B I L A C
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5 — Marco — 1941' 13 — O TICO-TICO
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***" 'Àm-W-W-M ^B_l^__tf-S mm--Wmmm.
7. "^^'ag:: a
E2_-Eusiorgio Wanderiey
Naquela tarde quente deFevereiro havia grande ani-mação na vila onde moravao velho tio André.
Apezar da alegria que senotava em todos os semblan-tes, o velho tio André estavatriste, e quando as crianças'he
perguntaram o motivo da-luela tristeza, êle respondeu:
—• Penso nas crianças queestão sendo sacrificadas naEuropa .ela guerra. Enquan-to nós aqui nos preparamosPara cantar, rir e dansar du-rante as festas carnavalescas,tá na Europa conflagrada só-mente ha susto, tristeza, mor-te, pranto e miséria.
Entretanto esse costume dese festejar o carnaval nos veiutfo Velho Mundo.
E' uma usança muito anti-§a> dizendo-se que data dosvelhos tempos da Roma paga,guando o povo adorava as
torças da natureza", simboli-Sada em figuras a que chama-•Vani deuses.
Por exemplo: o sol era Apo-lo> a lua era Diana, o ventoefa E o l o, o mar Netuno, otempo Saturno e assim por¦diante.
Criaram também um deussimbolisando a alegria, a cho-carrice, os trejeitos, as "mo-
mices", a que chamaram deusMomo. Havia também • umdeus que presidia a colheitadas uvas, deus alegre e folga-zão, a que chamavam Dioni-sius, ou Báco.
Em sua honra faziam gran-des festas em que bebiam àvontade, praticando as maioresloucuras, excitados pelo vinho.A essas festas chamavam ba-canais, havendo também ou-trás, no mesmo gênero, quase,das bacanais, em honra aodeus Saturno, e a qué chama-
vam saturnais.Foram-se modificando essas
festas até chegarem aos nossosdias com o nome de carnaval,
que alguns pesquizadores afir-mam ser uma corruptela dafrase: — caro ai!... que signi-ficava: — Adeus, carne!...em vista do carnaval precedera época da quaresma em quese proibia o uso da carne, ali-mentando-se o povo com pei-xes.
O carnaval é, entre nós,uma época em que.se gasta
muito dinheiro em fantasias,em lança-perfumes, em refri-gerantes, etc.
Seria tão humano que pelomenos u m a pequerta partedesse dinheiro, assim postofora, fosse endereçado à CruzVermelha para auxilio aos fe-ridos e aos.órfãos, da guerra!...
Realmente; disse o Lut-zinho, que possuia um bondosocoração. Vou pedir ao papaique faça para mim uma fan-tasia simples, baratinha emande 3 "Cruz Vemelha" o
que sobrar do dinheiro queêle iria gastar com uma fan-tasia rica.
Eu vou fazer o mesmo!concordou a Anita.
E eu também!...í— E eu!'¦— E eu!. ..Com o mesmo pensamento
de bondade e altruísmo as cri-ancas se dispersaram, enquan-to o tio André, seu velho ami-
go, lhes dizia:Muito bem, meus queri-
dos. Com esse gesto vocês bemmostram um coração gênero-soie bem formado. Que Deusos abençoe.
—-, „._-.- ,-¦—, —' '**•*,* ¦ —--...._
Hs avenluras de Camondongo Mic_ey"Copyright de Walt Disney. Reprodução proibida"""
A REVIRAVOLTA
DO TERÇA-FEIRA
DEIXA O MICKEY
INTRIGADO
'¦*¦'- AGORA ESTA' PAS- -J-'-'\l I" ;'. SANDO SEMANAS 1 UM GLUB - ELLUM-"2\
\f OLHAR PARA LONGE. {-' \) PAN - ELLUMPAN.jt\ \\, ESPERA ALGUÉM OU _-/ /AA \\
'WE' SAUDADE _JT/— l
-C\_ \i S*JL X j/fí-i-''(Um. 1940, W_llD__W F____tio__. . ,f _A /*_''¦"-'¦-'-''VV_I ._¦< ^'ó^y ¦ VW.H _rt_ »-_>«. jl
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rrn UM ELEFANTEj AFRICANO. E'
FAVOR ASSI-NAR.
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\-- : A\ </ \ 6EU TAM-TAM ^fl~1S- ™ ELEFANTE — D\ ) /""%_ '\l E MANDO - LHE \—y| AFRICA . — PUXA*! f A\v>_>- Al SEU bichinho J
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U_S^_'-_> 3T_T>_Í /^t' 1 'ff>y?^_^_1 / AAS' "^RAN- \ftVV) '
V^V. F°f- "w' ^•li-Sn.Pio-miK»! / /*" _*__?_ lk-0, "^§Êíf "___T ¦< sN -X\ w-_ p.i__Rctt_,.i ki;T/ ^>a^£__\ ti I rT *^__ _^_ff>y r ;>
ENTÃO SEUBOMBO FOI OV-VIDO ATÉ NAÁFRICA! ORAISSO _.'....
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AH.' ..GORACOMPRE-ENDO . . .Tf O CLA-RO.
. ::yi 1fr-~ "yf"T"MICKEY ACHA-VA IMFOSSI-VEL QUE OBOMBO DETERÇAFEIRAENVIASSEUMAMENSAGEMA ÁFRICAPARAMANDARVIR IMELEFANTE.MAS ALIESTA' OBICHAROCO.
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O CÂiÃiJ VrVC- NAAFM-".CA- E MA- INDIA.E5TASA
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UMA PEQUENA ABERTURAPOR ONDE PASSA O AUMEN-TO Qü£ TRAZ PARA ELA EOSFILHOSjQüE SC PODEMSAIR, QUANDO ESTES JA ES-HEJAf. COMPLETAMENTE
CAFRE5
PIS AQUI À MINIATURA P£ÜM BRINQUEDO DE CREANÇJfòEGYPCíAS QUE REPRESENTA UHBARCO COH TRIPULANTES
, C0N5TRÜ1DO MA UN5 TRESMIL MIL ANOS. TAIS OBJETOS
foram encontrados juntoas múmias, e podem ser .'vis-tos em vários museus daEUROPA.
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O CELERlFERO CONSTRUÍDO EM 1190, EOl SEM DUVIDA O PRI-MEIRO ANTECESSOR DA MODERNA.BICICLETA. PARA O FAZER AM-DAR MONTAVA-SE NELE COMO WÜM CAVALO E IMPRIMIA-SE-LHE
MOVIMENTO COM OS PÊS NO CHÃO .IMPEIINDCM) VIOLENTAMENTE. _
O PEIXE TORPEDO-ASSEMELHA-SEMUITO A' ARRAIA, PORÉM ATINGE -GRANDES DIMENSÕES. ESTES PEIXESPOSSUEM UM APARELHO ELÉTRICO EN-TRE A BASE PA CABEÇA, AS BRANQUIASE AS BARBATANAS VENTRAIS, O QUELHE PERMITE DAR DESCARGAS ELE-TRicAs tão fortes que matamOS OUTROS PEIXES E ENTORPECEMA MÃO DE QUEM LHE TENTE AGARRAR.
O TICO-TICO
Particularidadesdos avestruzesAo contrário do que se supõe,
as avestruzes não são tão pacifi-cas e bem-humoradas como á pri-meira vista parecem, quando,pernaltas e apressadas, através-sam- o deserto em passadas gi-gantescas ou correndo veloz-mente.
Por vezes, irritam-se de manei-fã bem perigosa para
'quem é
forçado a suportar-lhes 03 "re-
pentes". Na época da reprodu-Ção, o macho torna-se terrível,agressivo, sempre pronto a ata-car, e todas as precauções sãoconvenientes para evitar algumasurpresa má a quem dele se apro-xime. Nessas ocasiões, não dei-xa que ninguém invada os seusdomínios e fere com os pés os ho-mens ou outros animais que delese aproximem. Para dar um pon-tape, balouça uma das patas dediante para traz, até que o pé ar-mado de enorme garra, se elevebastante alto; então, deixa-o cairsobre a vitima com uma forçaterriveí, capaz de lhe quebrar osmembros, se a atingir com aplanta do pé, ou de causar gra-ves ferimentos se lhe tocar comos dedos terminados por unhasmuito duras. Com essa arma ter-rivel, matam homens, de um sógolpe, e cita-se o caso dc um ca-valo, cujas patas trãzeiras foramquebradas pelo pontapé de umaavestruz. A criação destes ani-mais não é, pois, como se. vê,isenta dc grandes perigos.
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O TICO-TICO — 18 - Marco — lf?41
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UMA vez, ia muito triste Ura lobo do-
ente e esfomeado por um caminho,quando encontrou um cão gordo e bemtBatado, com o aspéto de quem viviaregaladamente.
Veja só, disse-lhe o loto, como avida tem coisas interessantes ! Eu,que sou mais forte do que tu, e maisvalente, passo uma vida de misérias,sem ter o que comer e quase me vejoa morrer de fome ! E tu estás aí gordoe bonito, de pêlo lustroso e bem tra-tado que até me causa inveja ! Con-ta-me lá porque isso acontece !
Não tens muito que saber, respon-dèu-lhe o cão. Eu tenho um dono que,em troca dos serviços que lhe prestoguardando a sua casa, me trata muitobem, dando-me o pão sem qüe lhe peça,guardando-me os ossos e os restos dacomida.
Que felicidade ! Como tens sorte,meu amigo ! — respondeu o lobo, sus-pirando.
•—¦ Pois olha, — tornou o cão, — sequizeres podes ser tão feiiz como e\i ;vem servir ao meu amo, ajudando-rne aguardar a casa durante a noite, e tudoferas dele também.
Aceito, — disse o lobo, sem pesta-xtejar, —• pois é muito melhor viver de-Ijaixo de telha e fartar-me com bôacomida sem ter nada que fazer do queandar pelo mato.
E então partiram oa doia a caminhoda casa do homem. E iam andando,quando o lobo teve uma exclamação :
—- Ouve cá, meu amigo, por que ra-zão tens tu essa correia em volta dopescoço ?
JS uma coleira.Coleira ! E para que serve êsse
objeto ?Para o meu dono me prender a
uma corrente, evitando que eu saia du-rante o dia.
Quer dizer . . .Que durante o dia, fico preso,
emendou o cão, mas, á noite, ando poronde quero.
Bem, disse o lobo ; mas, se quize-res sair durante o dia, dão-te licença ?
Isso, não ! — respondeu o cão.Ah ! Então não és livre ? — ex-
clamou o lobo. Já não aprecio mais osbens que tens. Tu, que os aprecias, fi-ca-te com eles. Continua lá com a tuavida, qire eu prefiro a minha liberdade.
E, dizendo isto, o lobo continuou acaminhar, sob a neve e a chuva ; e ocão voltou para casa, onde o esperavaa corrente para prendê-lo.
O pobre livre é mais feliz que o es-cravo rico, porque a liberdade é tãoapreciada como o é a vida e vale maistme todas as riquezas do mundo..
Canção do berço^jdEDiTHE MOURA
Dorme, vitl-inho querido
Entre rendas e setim...
Abriste os olhos, fingido ?
Já se viu dormir assim ?
Teu palsinbo aqui está
Enlevado a te fitar...
Filho querido, vem cá,
Vamos ve abençoar!
Tua mamãe canta, canta
Teu calmo sono embalando...
Filho meu, corno me encanta
Teu sonhar risonho e brando !
Lá fora é noite sombria,
Aqui há um sol a brilhar...
Meu filhinho, que alegria
Vêr-te assim, belo, a sonhar!
Me Concurso Cívico í o Tico-Tico¥™J STAMOS já recebendo os Mapas deste certamen
para serem trocados pelos "coupons" numerados.
Nesta Capital a troca é feita em nosso Escritório á Traves-
sa do Ouvidor, 26, térreo e nos Estados, com os nossos
agentes e vendedores. O prazo de entrega terminará no
dia, 25 de Março próximo.'¦"-'¦ ¦ ¦¦ ¦ ¦ ¦'— —' i —¦ i -i ... ¦ i
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O TICO-TICO U 20 5 — Marco — 1Í»U'
9 guarníção da fortalezaDurante a. guerra dos Trinta-Anos,
o comandante espanhol Gonzalez deCórdoba, chando-se no Palatinado,lembrou-se de se apoderar da aldeiade Ogsrsheim, defendida por uma pe-quena fortaleza.
A' sua aproximação, todos os ha-bitantes fugiram para Mannhelm.Ficaram apenas um pobre camponez,chamado Fritz, com sua mulher do-ente e um filho que acabava de nas-ceri
Imaginem a angustia do pobre ho-mem, quando viu chegar os inimigos,não podendo como os seus concida-dãos, subtrair-se á sua crueldade.
Sendo, porém, esperto e corajoso,lembrou-se de um estratagema, como qual esperava conjurar o perigoque o ameaçava.
3a, conservarão o livre exercício desua religião".
O parlamentar replicou que os hes-panhóes não podiam submeter-se atais condições, mesmo porque a po-pulação de Ogersheirn não estava emestado de se defender, e aconselhou-o á rendição imediata.
— "Meu amigo", replicou o pastor,"não seja tão apressado. Repito: íaçafavor de declarar ao seu general oque lhe disse, pois é somente o dese-jo de evitar o derramamento de san-gue que me faz abrir as portas da ci-dadela. Si ele, porém, não aceitar ascondições que formulei, garanto-lheque só entrará aqui á força de espa-da. Dou-lhe a minha palavra de ho-mem honrado e de christão que aguarnição acaba de receber um re-
¦* -—wa—ra
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&J\ Hy A^-.|'*f \
¦^"A^ Wv^ n\H\ /^C"1Depois de haver abraçacio a "mulher
e o filhinho, saiu para pôr em exe-cução o projeto.
Pôz na cabepa enorme capacete ar-mado de grande pluma escaiiate, cal-çou um par de botas, ao qual se acha-vam presas longas esporas de prata,e afivelou á cintura imenso espadão.
Assim armado, encaminhou-se pa-ra as trincheiras, junto das quais es-tava o parlamentar, gritando paraque a aldeia se rendesse.
— "Amigo", falou o pastor, "peço--lhe que diga ao seu general que nãotenho tenções de resistir, mas quenão me posso render sinão sob as se-guintes condições:
"l.a, a guarnição sairá da fortale-za com as honras de guerra;
2.a, a vida e a propriedade dos seushabitantes serão «respeitadas;.
forço que vós outros hão podeis ima-ginar, e com o qual absolutamentenão contais".
Assim falando, Fritz acendeu o seucachimbo, tranqüilamente, como umhomem que não tem motivo algumpara se inquietar.
O parlamentar, desconcertado poraquele ar de audácia e descuido, vol-tou para a barraca do general e con-tou-lhe o que acabava de ouvir docomandante d'Ogersheim.
Depois dessa narração, Gonzalezpensou também que podia encontrarali alguma resistência.
Como não desejava perder tempoem máos negócios, resolveu aceitaras oondições propostas e dirigiu-secom o seu exercito para as portas dafQrtiflcação y
Sabendo pelo parlamentar da re-solução do general, o pastor respon-deu-lhe fleugmaticamente:
"O seu comandante é um no-mem sensato".
Em seguida baixou a ponte levadi-ça, e convidou os hespanhóes a en-trarem.
Surpreendido por ver diante de sisomente o camponez vestido com ouniforme militar, que lhe dava umir grotesco e ridículo, Gonzalez, re-ceioso, perguntou onde estava a gu&r-nição.
"Si o senhor quizer acoir«Pa"nhar-me, eu lh'a mostrarei".
"Caminhe a meu lado", disse "'general hespanhol, "e previno-o que.io menor indicio de perfídia, lhe ar-rebentarei os miolos".
— "Perfeitamente", respondeu °
pastor, "siga-me com confiança. J"1"ro-lhe por tudo quanto tenho de maiscaro no mundo que a guarnição naopôde fazer mal algum".
Conduziu, então, o general por mu1"tas ruas desertas e silenciosas, atechegarem á sua casa, pobre e hu-milde.
Ahi, mostrando-lhe a mulher, fa-lou:
"Esta é a mais bela parte à*minha guarnição".
E apontando para o recem-nasci-do:
"Este foi o ultimo reforço Quenos veio".
Gonzalez, vendo por que singulaartificio o camponez se havia salvo,•iu-se gostamente. Depois, tiranodo pescoço uma grossa cadeia de ouro, collocou-a sobre o peito da joveímãe, e puxando por uma bolsa rep e
ta de moedas, disse a Fritz:— "Permita-me que ofereça a
corrente á sua esposa e ao sen **
esta bolsa, que destino ao pequerr ^cho, como prova da minha estima
Abraçou em seguida a sennbeijou a criancinha, e saiu, acomP3^nhado por Fritz, que o reconduz"atravéz da aldeia, cheio de prof»» ^reconhecimento e grandemente ecionado4
i
20 J A G U A R Y
concienre do seu próximo fim e fez compreender bem isso, to-mando da mão de Adriano e obrigando-a a fazer um gesto nega-tivo cumo se quezesse significar: E' nutil.
O pequeno povo dos corupins não cessava de levar presentespaia o pagé, inúteis, mas que demonstravam a sua lealdade paracom o velho, que os havia governado durante tantos anos, ensi-nando-os a se defenderem contra o inimigo, empregando sua ex-periencia no sentido de melhorar as condições de vida de um restode raça que ia se extinguindo aos poucos, minado por moléstiasque ninguém ainda sabia curar.
Seu sucessor seria Urupanga, u indio forte e leal que nãodesprezava os ensinamentos de Jaguary, bem poucos pelo queo menino se lembrava dos primeiros anos de civilisação e dcAdriano, este muito mais pratico da vida, com muitos recursose grande vontade de reformar os costumes atrasados da pequenatribú, que havia simpatisado com cie,, desde o dia cm que foiencontrado.
Uma tarde humida e fria, cem ameaça de chuva, a ventaniaassoviando dentre as ramagens do arvoredo, o pagé Jabotingaexpirou serenamente. Seu corpo já era um esqueleto, apenas re-cobertos os ossos no: pergaminho, cheia dorugas, como casca de jequitíl
Comovera costume dos corupins, Urupanga, Jaguary e outrostomaram de um tronco, cavado, nele m o corpo do pe foram enterra-lo numa fossa quasi à margem do rio Âfypungá.Quasi toda a tribu acompanhou o corpo do pagé.
Quantos anos devia ter Oíe? Ninguém sabe. Talvez maisde cern, mas os corupins coma-,marcavam em lugaralgum. Seria maisfàçil contar a idade PaZò?^ _&
; A^AAde uma arvore,
A maloca dopagé, como de cos-tume foi queimadae nesse mesmo lu-gar Urupanga en-
ram o ternpó peía lua e não o
9.'^^±sAâ AA^Mts
AÍÈa^íAaã^W^1,\S'AA^^IJ% ^A:^ *^-^^ ^\^ Xia
TICO-TICO
MAX YANTOK
forçado a levar, tornando-se quasi um selvagem. Rceonfortado,Adriano tomou Jaguary pelo braço e disse:-
Carlinhos, eu sempre tive grande estima por teu pai, equeira Deus que êle esteja vivo. Devemos procura-lo, se as forçasnos permitirem. Minha mulher, tão longe daqui deve estar cho-rando por mim e, talvez me considere morto, mas tu, Carlinhostens tua mãi que deve ter ficado em desespero. Que felicidadese podermos voltar às nossas casas!
E' verdade — disse Jaguary — Maior felicidade seria,para mim se eu pudesse ver-meu pai vivo e apresentar a minhamãi a outra mãi que com tanto carinho me criou, o pai Uru-panga, que me trata como um filho. Procuraremos juntos c es-peramos que Deus nos ajude a encontra-los.
Urupanga, que escutava atento, embora nâo apanhasse osentido das palavras todas trocadas entre Jaguary e Adriano, es-tendeu ps braços para o horizonte, que ia se cobrindo de nuvensbaixas e pronunciou na sua linguagem uma orarão, a mesma queêle e Jaguary pronunciava todas as manhãs e todas as tarde, noalto do morro.
Readquiridas as forças, Adriano foi se conformando rápida-mente.com a vida simples daquela tribu, com suas qualidades
vras e desprovidas de maldades e foi empregando todos osseus esforços para ajuda-los nas suas tarefas quotidianas, ca-çando com cies com grande sucesso, devido ã vida que levara
seguidos, entranhado nó mota como unia fera. Fizeragrande amigo de Urupanga e tratava o velho pagé com grandecarinho, entretendo-o, auxiliando-o e procurando entender o quec velho resmungão dizia na sua linguagem confusa. O pagé dera-lhe a machadinha, que Adriano logo reconheceu ter pertencidoa seu irmão Arno.
Todas as manhãs, mal surgia o sol, Urupanga, Jaguary eAdriano saíam de sua maloca e iam caçar, mas cada vez mais seafastavam, com o intuito de descobrir o paradeiro do dr. PauloUrussanga.
Adriano não tinha muita fé em que pudesse encontrar seuchefe, pois já passaram anos seguidos na floresta, vagando, semnunca encontrar pessoa alguma, a não ser indios, que evitava o
í> — Março 1U11
18 1AGUARV
mais que podia, e indicio nenhum da expedição. r\ão conhecendode perto os karpiniquins, não podia supor que seu chefe estivessecom vida em poder deles ou que o tivessem matado. Urupanga,por sua vez, tendo visto o pai de Jaguary cair nagua sem estarferido e nadar rio abaixo, acreditou que estivesse o mesmo abri-gado em algum lugar, mas na outra margem do Arypungá.
Quando eles chegavam à margem do rio, um seguia o rioabaixo, outro rio acima e o terceiro atravessava-o cautelosamente.por causa dos inimigos que deviam estar sempre de alcateia,especialmente depois daquela luta em que Jaguary castigou umdeles esfregando-lhe no rosto uma folha de -caraguá.
Adriano encontrou em Urupanga um irmão que muito lhelembrava as qualidades e o destemor do seu malogrado irmãoArno e dedicou-lhe grande afeição, quasi nunca dele se sepa-rando, a não ser quando, pelo empenho assumido, dividiam-se,no esforço de procurarem o pai de Jaguary.
Adriano deixara em sua casa dois filhinhos, que já deviamestar crescidos e, dominado por essa saudade cie via em cadagaroto da aldeia um filho, e com grande ternura os afagava,tratava deles quando se machucavam, trazia-lhes ameixas do mato,grumichamas e outras frutas, ensinava-lhes jogos e até ensinavaa ler. mas, por falta de livros, riscava as letras no chão com unigraveto; e, quando isso èle fazia, não eram só crianças que esta-vam ali, mas indios já velhos, entre outros o Jabotinga. A aldeiainteira criou grande simpatia pelo Adriano, convencendo-o dcque a vida ali era um ideal de paz e de fraternidade, como nuncaêle vira em cidades civilizadas.
Mas isso nào devia durar sempre assim. Os karpiniquins eramincansáveis e procuravam por todos os meios dar combate aoscorupins. Iam, aos poucos, reunidos em grupos, avançando nosdomínios dos outros e, apezar de apanharem flexadas, voltavamà carga. Adriano de fraco tornara-se forte e, como era aindajovem, fora adquirindo estranho vigor fisico e grande habilidadeno manejo das armas de caça.
Um dia êle. no meio de cerrado matagal, teve apenas otempo de evitar uma flexa que zuniu por cima de sua cabeça, e,percebendo a presença de um indio karpiniquim,'reconhecível fa-
O TICO-TICO
¦.._>_ ..\KroK .-.
cilmente pelo cocar de penas de tucano, lançou-sè destemidamentesobre èle, travando luta feroz, abatendo-o, afinal, com poderososoco na cabeça..
Quando o ia arrastando, amarrado com cipós, foi atacadopor outro indio e largando sua presa, agarrou-se ao novo ad-versario. Ia sendo vencido nessa nova luta se Urupanga, acudindo,com sua força poderosa não dominasse logo o novo atacante,que, logo que se viu livre disparou numa carreira doida pelaescuridão da mata.
O indio capturado foi conduzido à aldeia, onde permaneceusilencioso, obstinando-sc em não responder às perguntas que selhe fazia. Nào o maltrataram, deram-lhe comida, que recusou epermaneceu dias seguidos acocorado e vigiado. Só no fim doterceiro dia, ganhando mais confiança e compreendendo que nãose lhe queria fazer mal algum, começou a reáponder a algumasperguntas.
Explicou, então, confusamente que na sua tribú havia umestrangeiro, um branco, feiticeiro, mas não sabia descrever sua?feições.
Jaguary teve algumas esperanças de que se tratasse de seupai, o mesmo sentimento experimentaram Adriano e Urupanga.Fizeram-lhe promessas de deixa-lo livre se desse mais informa-ções, mas não foram bem sucedidos, porque Jabotinga, velhosábio, explicou que os karpiniquins nunca dizem o que fazem enunca revelam seus segredos. Mesmo quando Jaguary perguntouse entre eles havia um homem com a cara cheia de pústulas, re-ferindo-se ao indio que recebera aquele castigo da folha de ja-raguá, o karpiniquim ficou calado.
UMA INCURSÃO ARROJADA
Um dia o pagé Jabotinga amanheceu doente. Adriano foitratar dèlc e percebeu que o velho chefe da tribú não se aguen-taría por muito tempo. Procurou dar-lhe os remédios que maislhe vieram à mão. mas Urupanga avisou-o de que seria inútilqualquer esforço para mante-lo em vida por mais tempo. Haviachegado a sua vez de deixar o mundo. O próprio Jabotinga estava
Março — 1.-1
5 — Março 1941 ¦— 23 — O TICO-TICO
O homem e a mulher (DE KRUMACHER)
Quando o pai da humanidade e a mãe dos viventes foramexpulsos do Éden choraram muito tempo, e disseram entre si:
Como havemos de cumprir agora o nosso destino sobrea terra? Quem nos há de guiar?
Avançaram, então, para o querubim que guardava a en-, trada do Paraíso. Eva apoiava-se ao braço de Adão e escondeu-
se por detraz deste quando chegaram à presença do guardadorcelestial.E Adão disse ao querubim, em tom suplicante:
Daqui para o futuro não mais os mensageiros de Deuscaminharão diante de nós. Pede por nós ao Creador do mundoque nos envie um dos seus anjos, ou simplesmente uma estrelaque possa conduzir-me e nos -guie os passes.
O querubim respondeu:O querubim tem dentro de si a sua estrela (é a cons-
ciência) e, apesar do pecado, essa estrela brilhará sempre maoire mais pura do que todas quantas existem nos céos. Pertence-te, por conseguinte, segui-la.
Mas Adão, implorou-o, de novo e disse-lhe.O' servidor de Jehovah! dá-nos uma imagem aparente,
que possamos fitar, porque todo aquele que uma vez se afastoudo caminho reto encontra o seu coração obscuro e mudo; avoz interior cessa de se fazer ouvir.
Então o anjo, pensativo, disse a Adão:Quando o Eterno te formou do pó da terra e te bafejou
com hálito da vida, ergueste a cabeça para o céo, e o teu pri--^eiro olhar dirigiu-se para o sol: seja, pois, o sol teu modelo.Começa êle a sua tarefa com a face radiosa; não se inclina nema direita nem à esquerda; lança bênçãos por toda a parte emRue passa; ri da-tempestade que se agita debalde, ante a suaPresença, e, depois da luta, mostra-se mais belo ainda e dispensamaior número de bens. Homem! seja êle a representação da*ua viagem sobre a terra!
Então, a graciosa mãe dos viventes aproximou-se tremulado mensageiro celeste:
Dá-me, tambem, disse ela, uma palavra de ensino e dec°nsolação. Como poderia uma frágil mulher elevar seus olhosaté ao sol e acompanha-lo no seu curso?' Assim falou Eva; e o querubim condoeu-se da mulher;voitou para ela o rosto sorridente, e disse-lhe:., ~~ Quando o Eterno te formou à luz do sol poente, teusnos não se voltaram para o céo, mas sim, desceram sobre as°res do Éden, e o primeiro som que teu ouvido'escutou foi
;. * ™nte murmurante. Seja, portanto, a tua obra comparável"¦ Dra da natureza! Produz ela, silenciosamente, tudo o quee
gran,de e belo; rudo"germ_na no seu seio; fez nascer as-floresos trutos, e adorna-se com o mesmo a que deu vida. Frágilmi'-her, aí tens o teu modelo.rrjujjj epois' ° anJo acrescentou dirigindo-se ao homem e à
a vossa união seja tão sincera e tão completa
OS GÊMEOSNARI6UÊTA
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COl*ó a do sol e a da terra \
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O T I C O - T i C O Março — 1941
K/1 A RTl rsi I A.ISI O"
As formigas, tão pequeninas, sãomaravilhosos arquitetos.
Um sábio inglês que muito as es-tudou, contcu-r.os a respeito delascousas admiráveis.
Ha principalmente uma espécie deformiga chamada campanotie, ver-dadeiramente admirável. As campa-noites fazem as casas nos troncosdas arvores, tendo o cuidado deocultar a porta da entrada com ervas.
O alojamento compõe-ss de doisandares ligados por uma escada. Sim,uma verdadeira escada feita na ar-vore. No porão achava-se um vestibu-lo- redondo, no qual se abrem muitassalas. E' no meio d'este vestibuloque começa a escada que dá acessoaos quartos das formiguinhas. \
Estes filhotes de formigas cha-mam-se larvas, que não são isolados
por causa da sua algazarra; não semovem, não gritam, não quebramnada, nada disso fazem: são umascrianças modelos. Comem e dor-mem,, dormem e comem. Seus bonspaís deixam-nas fazer tudo, sabendobem que elas têm que fazer provisãpdc forças para incrível e industriosaatividade que lhes será necessáriodesenvolver em seguida.
As salas e quartos são feitas nosentido das fibras da arvore, o quepermite aos pequenos arquitetosque eles se sirvam mesmo d'estasfibras para dispor compartimentosde separação que elas furam aqui eali, para que o ar cricule.
Assim artisticamente esculturados,estes compartimentos assemelham-seum pouco a cortinas de rendas.
Sabeis que as formigas-mães, cc-mo as demais, são assanhadas pelosberços.
fl VIDADOS
BICHOSPara apoiar esses compartimen-
tos, elas os guarnecem de delicadascoiunazinhas feitas de sua saliva, aqual endurece á medida que seca.O que é admirável aqui, é menosainda o instinto desses anímaisinhosdo que a inteligente bondade deDeus quiz as mais humildes expres-soes da ' vida universal pudessemachar em si próprias tudo o que lhesé necessário.
Estes maravilhosos insetos sabematé prover á iluminação do fjrmi-guelro. Furam janelas na casca daarvore e isto de maneira a dislri-buir igualmente a claridade. E, quan-do eu digp qus elas furam, a pala-vra não é exala.
COMO ASFORMIGAS
TRABALHAM
Não furam completamente a ma-deira, para que, por esta janela aber-tá, não se introduzam os inimigoos;mas quando elas chegam a uma ouduas linhas da superfície, afinam acasca até torná-la translúcida.
As formigas campanoites têm ar-mazens nas salas do porão, e conser-
vam cem muito cuidado, um celei-rc. Estes singulares bichinhos têm.ao lado do formigueiro, estabulosonde fazem pastar as vaccas. Estas,são os pulgões que dão uma espéciede leite, pelo qual as formigas ficammuito gulosas. Como os pulgões so
procuram salvar-se, as formigascortam-lhe as patas o que impe-.,de estes animais de se conduzirembem.
As formigas são desembaraçadas,o que prova a seguinte anedota:
"Um dia para impedir as forrm-gas de subir n'uma grande macjei-ra, tiveram a idéa de cercar o troa-co da arvore com uma liga de visgo.
Eis que imediatamente as formi-guinhas, sem desconfiança sobem,emfilas serradas. Subitamente pára a
procissão. As primeiras ficarampresas no visgo; as outras refletiram-— Vão depressa embora ?
Não ! o medo é mau conselheiro»por isso as formigas não têm medo-Mas não convém fugir inutilmente <-•
perigo; é estúpido.
As formigas enviam explorado^-que fazem a volta da arvore e prova ^que por toda a parte o caminho es
cheio de visgo.
Eis que as formigas, pausadaroete voltam o caminho. Mas espera
Elas voltam em breve, trazendo o
uma sua haste de palha ou de er
ou ainda uma parcela de terra que
punham sobre o visgo, para vj
logo á procura de outras.Em pouco tempo, o anel de v
foi cortado por uma ponte solida
bre a qual desfilou o bando das .
ligentes e trabalhadoras formigas
00
5 —--Murçe •*=* 1941 — 25.— O TICO-TICO
jogos ao *<• n--;vre íaiem bem I
saúda da criança.¦/ ¦ S, ,' .
JANÊLÀ jberta srí-
quanta sa dorois a
útil ao xo-no a itaúd?.
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gfen Ji T^r ' >J idade a i ii.
—. iE;u'ço7_iPROPAGANOA EDUCAÇÃO SANITÁRIA C sntin ú i ).
-O Ti C O - T l CO 26 5 — Março — 1941
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Henrique VIII (oi o vcidadeiro Ncro ii.Inglaterra Contam-se rm seu tonado, de .#.nos. peno de ?? OOO enecuçócs I Desia«-„«Me piopr_>. duiçjKi t 272: de personagemmar, ou menos noia>-eis. ilfíllili.u duas ia.
-ha. suas esposas
MusgiQ-bH "Nto ct-v um fervi fio «,,'<.' »»m«a fu¦¦_e___l_ <I.<m_ Lo. __-.<_. ie M fomtt «.._«>**(P _-_*:> m% **..«.«* Noa <f.mé..3 «rl.a.. o «t. arcJapie-i>. io_HpuT'..í> <*. •**$». t.n. pou.o íl. Vgunwi
. pão
______rH__-_s '
Ama* ' _________-_B_! ¦___*--
ímo_ t _-______• alimentam-se dc gifiaiiirtcos pereevejos dágua, bem colidos « ensopados em molho de- ca-
-niarüo. Tem o pitéo sabor ativo, se¦M ltiatirt> ao do qiteiio Gorgonzola
//^^/* Jh._T__ \
i-él*IA~ *"^______ \
N_:< pir-xy-, fcr__|l<lini N P'C3<» '«.brigados _ «sai uma mascai, dc faafim d, impedi» qut uma _ez «o"os "
re«-onlM'(.am ,
& — Março — 1941 — 27 —
A LENDA DA SEMANAO TI CO-TI.CO
3
L_ AS PLUMAS¦ ¦— Compre, avózinha ! São tãolindas ! Assim dizia, ehoramingan-tio, agarrado á saia íarfalhante das«fe preta tia vóvé, o traqninas do
,^ézé, de faces reehonchudas e eo-Jadas, "olhos sonhadores, côr ¦ dcíurqueza" e cabelos louros, doura-dos.
i A lin«Ja criança mais parecia "um
,a»>jo tombado do céo, por um des-.f nido «Io Gcador", que uma mortaí-fcatminha.
.; —¦ São lindas, sim, meu netinho!(Verdes como o teu perlquitinho;«orno a esperança que cm ti depo-Ísito, meu anjo querido! Brancastomo' a tua inocência . Roxas corno*8 minhas saudades ! Mas ..»
— Ora, vovózinha? Não sejafeá ! Compre aquelas plumas parac 2ézé 1
¦ -^- Não, meu neto ! Nãc t'..s cem-
Pro.Pede-me doces, frnl.is, brinque-
tios, tostões . . . Dater-ei tudo, tudo,'«as nunca aquelas pra-inas ? Sãotetas, sim ! Mas, si têm tão lindasçwcs, temam-se negras dum me-
p>ento par.i outro. Elas encerramuma hàstóii», e muito triste !
Vamos, meu amor; senterno-nes
.^o banco 'Io jardim, e lá então tecontarei a história das plumas.
E o irriqniéto Zézé, preso á mãotremula da bôa velhinha, cabriolan-tio, soltando gritinbos «k satisfação,
•' !' foi a ouvir a histeria premiStntaildo-se vagarosamente no
.»anco, com «^ fraca e ritimada,a«sando docemente a cabeleira «íeC|,i"o <-ío netinho, eenaeçon a paciente
¦vovó a sua narração; — Naqueletempo, os anjos como tu, meu queri-do, quando voavam para o céo, don-de ingiram, eram levados festiva-mente ao cemitério, sob uma chu-va de pétalas despejadas das saea-das dos sobrados, enfeitadas de pur-puras, ao som alegre duma bandade musica. Os sines bimbalhavam,
alegres, e em sua linguagem de
bronze, pareciam dizer: tá lá bem
bom! tá lá .bem bom ! Assim in-
topretava a voz -dos bronzes, a
gente simples e bôa da minha terra
n.ifal. Feias pessoas que já não
«mm mais anjos, quando morriam,
vão se cobriam as casas e es parcn-tes de luto como hoje se faz. Nem
por isso a dôr era menor. E' queo povo era mais crente e deposita-va mais .confiança em Deus. O lu-
to estava na alma e não nas v estes,«pie hoje, muitas vezes, encobremum falso sentimento. "Seja feita a
¦ • ¦ .i vontade meu Pai", diziam
io<Ics, quando se despediam dosseus cares que para c Além par-tia».
Naquele tempo, tua vovózinhaéra ainda muito moça. A neve ain-
da não lhe tinha branqueado os ea-belos negros; nem o peso dos anoslhe tinha vergado o busto esbelto.
Seus olhos tinham mais vida,mais fulger ...
A sala da casa da tua vóyó ératoda adornada cem as mais lindase variadas plumas. Um dia, uma íe-bre cruel levou-me ao leito. Dis-seram-me que tem vôvôzinho havia
partido para íenge, chamado cemurgência. Uma noite, enquanto aminha enfermeira dormia, exhaustadas noites de vigílias passadas aomeu lado, et», delirante, íebril ecambaleante, assaltada por terríveis
presentimentos, corri a casa toda,em busca do teu vôvôzinho. Ao cl.e-
gar á sala vi o Cristo ladeado de vé-vJas e de lindas plumas ... Louca deà.r, tremula, compreendi tudo ...Pela manhã, quando cs primeirosraies de scl começaram a penetrar
pelas írestas das janelas, a tua vó-vózinha íoi encontrada desmaiadasobre o tapete, coberta de preto. Aslindas plumas ternaram-se negras.Foi assim que apareceu o luto; f« i
assim que nasceu o crépc. A febre,
que quasi me matotr, levou o teu vo-vôzinho para o céo, donde nuncamais voltou !... —Não chore, vó-
vózinha ! ... Eu «ão quero nr^t -ts
plumas !... São tão"feias ! Voií pe-dir ao papai que me arranje outro
võvô^inno ! ... — Só tu, meu anjo,cem tua gwiça e ingenuidade, pode-rias fazer rir assim a tua vinfta !
JOSÉ' VEIGA
O T I C O - T I € 0: 28 — 5 — Mar-ço 19-11
Concurso Naval d* 0 Tíco-TícoP E acordo cócri as bases qtié aparecem -em.'edição anterior, findo o que, dev-ej*
nesta pagina está em vigor nais este rão responder ás 3 perguntas nele confidas
e proceder conforme as BASES.
Nesta mesma pagina damos a relação
dos prêmios que serão conferidos por sor-
interessante concurso, d'0 TICO-TICO pomeio do qual este semanário distribuirá aosseus leitores 70 prêmios de valor, mediantesorteio. Os concorrentes nada mais terão afazer do que ir colando os 10 recortes que teio, e publicamos o 5." recorte para ser co-
iremos publicando, no Mapa que aparece lado no Map<
RELAÇÃO
I bicicleta para menino ou..menina., do valor de . . . . 500$000
. aparelho de radio de acre-ditada marca, do valor de 400'$000
I bonito fogão para meninado valor rJe . .- . .*. I20$000
I aparelho de cosinha 'para- bonecas, do valor de .... 80$000-
5 canetas tinteiro cada uma.de 50$000
DOS PRÊMIOS
1 canhão, para menino,, dovalor de . .
5 maquinas fotográficas Ko-dak, cada urría de
5 assinaturas anuais d'0TiÇO-TICO cada uma dovalor de .
50 liyros de historias infantisdo valor, cada um, de . .
30S0OO
25$ÒO0
5 $000
BASE1) Em 10 edições seguidas d'0 TICO-TICO vocês encontrarão 10
recortes que, colados no Mapa reconstituirão algo que recorda
uma destacada e valorosa figura de brasileiro que se fei merecedor da
veneração e da estima de todos pela sua integridade, patriotismo e ou-
trás qualidades civicas e morais.«4
2) Depois de colar todos os 10 recortes no espaço em branco do
Mapa, os concorrentes deverão responder às 3 perguntas que lhes sãofr-itas no mesmo, assinar o nome por extenso e indicar o endereço com-
t leto e bem legivel.
3) Os Mapas "completos" serão trocados por cupões numerados
com cujos números os concorrentes tomarão parte no Concurso, partici-
p;,rdo no sorteio dos prêmios. As trocas serão feitas, nos Estados, com
os agentes e vendedores d'0 TICO-TICO, e nesta Capital em nosso Es-
critório à Travessa do Ouvidor n.° 26, térreo.
4) A troca dos Mapas será efetuada dentro do praso de 40 dias
a contar da data da publicação do último recorte.
5} Só serão considerados "completos" os Mapas que trouxerem asrespostas das 3 perguntas, e só estes entrarão em sorteio.
6) Sarão sortcajjos entre os concorrentes, 70 prêmios de valor 9interesse, que vão especificados na relação que a seguir publicamos.
7) A data do sorteio será oportunamente anunciadan*0 TiCO-TiCO.
5/ RECORTE
hy~y^^^^í
1'^^m ~ J*ÊLmmW**^&^**1^^
\^jP^_í^dr/\
IDestaque \ !
com cuidado \e cóie no Mapaem lugar quelhe compete.
5 — Março — 1941 V 29 —
A V E NT URAS D E ZÊ M A C A C O
• o tieo-tico
E FAUSTINA
faustina e Zé Macaco queriam assistir ao carnaval. E resolveram ir• um elegante baile de mascaras. Ela iria de baiana e...
ele de -nosqúetcire. Quando entraram no salão da sociedade ca.sararr/ sensação, c, como estava etabelecido um concurso para..'
wvfjosos/
*** qual a fantasia mais bonita, Faustina o«"¦o Macaco se inscreveram. O julgamento...
foi feito, e o secretario anu,nciau o resultado. Fontina e Zé Macaco haviam sido classificados em..
uliirr.o legar. Foi mais uma decs-pção do casal, que. se retirou da•festa incienado.
Riquezas do brasil - chlomkha ropbi^e.O nosso país, expressão forte de pujançacm toda a sua flora, apresenta como paisagemexcepcional, o cacaueiro, gigante, senhoril,
a£reste, enfeitando o mato.O cacau planta nativa da America tropi-
Ca*s encontra-se em estado selvagem do Brasila° México. Na bacia de Orenoco e na ioAmazonas é, porém, onde melhor se assigna-lain as características do seu "habitat".
Cultiva-se o cacau no Pará desde a épocac°lonial, e o sr. Paul La Cointe informa que*? Primeiro chocolate fabricado em terras dobrasil data de 1687, em Belém, tendo sidoUn* francez que o fabricou.Embora de acordo com os métodos pro-Prios daqueles atrazados tempos a lavoura ca-^aureira extendeu-se ao longo das margens
?° Amazonas, de modo que em 1749 as plan-«çoes já contavam mais de 700.000 pés.Era, então, a principal lavoura da região.ao surgira ainda a borracha como factoronomico de real importância; e abundavaraço servil, que foi, na realidade a alavanca«* Prosperidade das fazendas de cacau naern
aZ?n'-' talclualmente no nordeste e no sulrelação ao algodão, ao assucar e ao café.
A libertação dos escravos e a valorisaçãoindustrial da borracha aniquilaram o cacau.Basta saber-se que a exportação chegou aalcançar 7.539 toneladas em 1883, ao passoque em 1936 o Pará apenas exportou cercade 2 mil toneladas e o Amazonas muito menosainda. Tornou-se, assim o cacau uma solidariqueza agrícola do Brasil.
A safra baiana encerrada em 30 de abrilultimo foi a maior até hoje verificada poisatingiu o total de 2.259.583 sacos de 60 quí-los ou cerca de 135.600.000 quilos oü 135.600toneladas.
O valor papel das colheitas elevou-se a214.689:657$000.
A maior exportação foi feita para os Es-tados Unidos, que absorveram 78% da safra,ou 1.777.498 sacos, vindo em segundo lugara Argentina com 95.699; em terceiro, a Ho-landa, com 69.211; em quarto a Alemanhacom 59.244; em quinto a Itália, com 38.646;em sexto, a Suécia, com 29.818, em sétimo,a Dinamarca com 20.943, etc.
Assim o cacau aí está possibilitando aobrasileiro, uma vereda de melhoria, margempara enriquecimento.
O TICO-TICO
Nossos^" ~nr_nr—r ¦ ~i i—i ¦miwwjiiil
r1e)?Io Criíc^máfcèo —
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— 30 — Março — 1941
_r ^\*yfv \ Concursos<%* w^m@(& 000 <&•
HfXQ^QZA £ f^ÉLTA D NRGIA. %*~i TP^HOO Q^TA
M FORC/P /fA mo.
311111
Daremos, por sorteio, 5 prêmios aos concorrentes que acer-tarem.
Esses prêmios serão lindos livros que enviaremos pelo Correio.Mandem a solução acompanhada do Vale n.° 116 e com o nome
e endereço completos, até o dia 5 de Abril. O resultado será publi-cado em 16 de Abril.
*" 1RESULTADO DO CONCURSO N.° 110
Foram premiados com lindos livros de historias infantisos seguintes concorrentes que enviaram solução certa:
MARIA DO CARMO DE NOVAES SCHUD —Rua Coronel Monjardim, 147 — Vitoria — E. Santo.
RUY COELHO DE BARROS — Porto-Esperança— Mato Grosso.
ROBERTO MARACAJÁ — Rua Visconde 'de
Cayrú, 243. — Santos — S. Paulo.
JAYME RODRIGUES CÂMARA — Rua 7 de Se-tembro, 194. — Maceió — Alagoas.
GERALDO CALAZANS — Caixa Postal, 55. —Araguarí — Minas Gerais.
PANTALEAO BLANC '
RENALDI — AvenidaAtlântica, 848. — Copacabana.
A atual rua General Cama-ra, nesta capital, foi ha muitosanos atraz, chamada rua doSabão.
•Carlos Gomes — o maestro
brasileiro de renome univer-sal — nasceu na cidade ueCampinas no ano de 1836.
•O sumo de limão serve per"
feitamente para substituir agraxa. Umas gotas dele, es^'gadas em calçado preto ou oecôr, dão um polimento bri-lhante.
Soluçaexata do
Concurson. HO
/^rtlWAl £
5 — Março — 1941 — 31 — O TICO-TICO
VISÕES DO MUNDOA "Veneza das Américas"
* o nome favorito da regiãodas Mil Ilhas.
Não vemos, nelas, as belasPontes que unem a serie deilhotas da Veneza original,n e m notáveis monumentoscomo a igreja de São Marcose ° palácio ducal, assim como0 arsenal, os ricos museus,mas as ilhas e os canais en-trelaçados nos milhares de."hotas que a mãi natures*. in-tr°duziu no meio do históricofl° São Lourenço, dão real-'mente uma idéia da formosaCosta do Adriático.
fcsta região norte-america-a destaca-se pela sua bele-
natural e pelo seu inte-esse histórico, os feitos que°nstitúem uma das mais bri-antes paginas da historia dos
Estados Unidos.Ao Iargo do rio, desde Ale-
ar>aria) praia icjeai para ve.eio- até o cabo Vicente,
muito que ver e admirar —
Conta tambem essa regiãocom recordações da França.José Bonaparte, rei de Napo-les em 1806 e de Espanha de1808 a 1818, retirando-se para
^^^^-^¦¦y£^í'^^Àiyry^''>-
#*%&• £& y.-8 m^JÊ^
os E. Unidos, viveu por algumtempo nessas ilhas. Ainda fi-cam de pé alguns dos magni-ficos edifícios, excelentes mo-delos arquitetônicos, construi-dos pelo seu séquito.
A paisagem ali é maravilho-sa. Quem viaja de avião sobre
o país, contempla inúmerasilhotas que, à semelhança debrilhantes esmeraldas, pare-cem flutuar no meio de umacintura de cobalto formada
pelo São Lourenço. Do céuvê-se o esplendido casteloBoldt, às vezes chamado oTaj Mahal da America. Essa
jóia arquitetônica com seusmagnificos jardins, foi cons-truida para servir de residen-cia de verão para uma senhora
que nunca teve ocasião de vi-sitar o castelo.
Nesse delicioso país sãoabundantes os parques publi-cos, onde o turista pôde er-
guer sua tenda de campanhae viver num agradável socegoOs camponezes da visinhançafornecem legumes, leite, fru-tas e quasi toda espécie dealimentos, a preços muito mo-dicos. A Ponte Internacional,recentemente construída, ofe-rece uma perspetiva encanta-dora para o viajante.
ENTENDEDOR.i>JLA R A UM BOMh hs co, T~~ .',%/ <ÃTÍ í= -n/L
*A" Que d°* de àenlett Algnem ha èt tbrir o *"rhi... (!<:.• ,'¦ isso? Vã à casa do O dcitisla lia d- ttbrir aJwitistaJ
Qò cwentmm de ((Zífàquinííe
Chiquinho era de aspéto um tanto Um dia deu prova disso. Indo por ...debaixo de uma arvore. Nessafranzino mas era bem forte. Tinha mus' uma estrada num lugar isolado dos su- cursão acompanha-o o seu c^°culos d- ferre. I burbios, parou para descançar... gunço.
ã^y/\ />c\ iTf 1 TT
Estava quasi cochilando quando lhe apareceu, com um aspéto maiencarado, um homem que lhe pediu um cigarro. Chiquinho, percebendoo perigo, agachou-se para apanhai qualquer cousa.,
ap«...e, segurando com toda a força .^na do individuo deu-lhe um *vel tombo.
Depois sem dar-lhe tempo a quese levantasse laçou-lhe uma das mãoscom uma corda que trazia e o segurouna arvore, impedindo-o de...
...movimentar-se. Amarrou-o pelo outro lado segurando-o bem. Depo. |anofereceu-lhe um cigarro. Chamou um policia, que reconheceu logo rcf6 t*dro Com varias entradas na policia. E' assim Chiquinho mostrou, q*e *
suas traquinadas. era tambem homem nas ocasiões.
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