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Queridos amigos,

No se preocupen.

No hablaré en portugués porque por suerte tenemos con nosotros

a Jeanette Dryzun que les dirá algunas palabras en representación

de todos nosotros. Antes de pasarle la palabra quiero sin embargo

saludar a todos los colegas y amigos de este hermoso país que nos

recibe en esta magnífica ciudad y presentarles a los colegas que me

acompañarán en la Comisión Directiva.

Jeanette Dryzun como Secretaria General

Sergio Lewkowicz como Director Científico

Alberto Fergusson como Tesorero, hoy reemplazado por nuestra

Tesorera Suplente Adriana Polania

Monica Cardenal como Directora de Comunidad y Cultura

Amelia Jassan Dabbah como Directora de Consejo Profesional

Alejandro Nagy como Director de Publicaciones

Sergio Nick como Director de Niños y Adolescentes

Susana García Vazquez como Directora de Sede en Montevideo.

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Juan Pablo Jimenez, Enrique Nuñez Jasso y Julieta Paglini em

Comisión Fiscal.

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Caros colegas e amigos,

Estimados congressistas,

Em primeiro lugar, quero agradecer, em meu nome e em nome dos

meus colegas, por terem nos confiado a administração da Fepal

para os próximos dois anos. É uma grande responsabilidade que

assumimos com entusiasmo e queremos contar com a colaboração

de todos os senhores.

Quero fazer um agradecimento especial aos presidentes das seis

sociedades argentinas que apoiaram a minha candidatura; e

também, à Comissão da Fepal que está deixando o cargo, presidida

pelo querido amigo Leopoldo, que nos proporcionou este magnífico

congresso e que, como cada uma das direções anteriores, deu o

melhor de si pela nossa Federação.

Também aos amigos que aceitaram fazer parte da Comissão

Diretiva e da Comissão Fiscal como titulares e suplentes, que

decidiram somar-se a este desafio.

Finalmente, agradeço a Aida; aos meus filhos Martín e Florência,

Santiago e Lizzie; e aos meus queridos amigos e colegas, como

também aos seres queridos de cada um dos meus companheiros,

que nos incentivam com o seu permanente apoio. Faço extensivo

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este agradecimento ao pessoal de nossas sociedades e a Sílvia da

Fepal, Montevidéu, pelo seu permanente acompanhamento.

Nós nos propomos e lhes propomos um desafio. Trata-se de manter

a FEPAL como um espaço para a produção e debate de ideias, que

evitando o anonimato de seus membros, que muitas vezes é

gerado pelas nossas organizações, sirva de ponte.

Uma ponte que favoreça transformações entre nós, entre

psicanalistas da nossa região e de outras regiões, entre a

psicanálise e outras disciplinas, entre a psicanálise e o conjunto da

cultura e, principalmente, entre a psicanálise e os problemas que

afetam os nossos pacientes e a sociedade em geral.

Queremos hierarquizar o criativo sem nos determos nas geografias

que definem o europeu, o latino-americano, o norte-americano,

etc. Estudar sim, as transformações que definem o que

poderíamos chamar “aquilo que é nosso”.

Pensamos que vencer o retorno das nossas próprias repressões,

excisões, dissociações; e trabalhar as diferenças e singularidades

que fazem precisamente o desenvolvimento de uma psicanálise

viva e acorde com a contemporaneidade que temos que viver; são

maneiras de sustentar o desenvolvimento da psicanálise.

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Temos uma prática que exige da diversidade e do trabalho de

pensamento em liberdade. Nós devemos, então, nos interrogar

sobre as mudanças ocorridas na sociedade e sobre a pertinência de

nossos postulados.

Poderíamos pensar que atualmente é posto mais em evidência o

ameaçador do gozo mortífero, dos riscos totalitários, da xenofobia,

da violência em todos seus tipos ou do pensamento totalizante da

ciência; com os riscos que implicam desnaturalizar os objetivos da

nossa prática?

Estes são hoje alguns de nossos desafios. Porém, não podemos nos

resignar em criticar a contemporaneidade e muito menos a vê-la

somente como um obstáculo para a psicanálise. Nós nos propomos

abordá-la.

E para isso, nos identificamos como parte da IPA, e contrários a

qualquer intenção de regionalização do movimento psicanalítico

internacional. Valorizamos esse peso simbólico que leva a marca de

Freud e, por esse motivo, defendemos com entusiasmo este

pertencer além do funcionamento federativo regional e inter-

regional.

Neste contexto,

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- trataremos de ajudar o desenvolvimento das sociedades com

problemas, que sabemos que existem, e aproximar as novas

gerações de analistas.

- continuaremos apoiando o Instituto Latino-americano de

Psicanálise, ILAP, fruto da cooperação IPA-FEPAL para o

desenvolvimento da psicanálise nos países onde não existem

sociedades psicoanalíticas; facilitando que o conjunto das

sociedades da Fepal participe de seus projetos.

- e trataremos de somar os Working Parties IPA-FEPAL, atividades

que, como os já míticos encontros clínicos com Napsac, ou os

planejados encontros com a Federação Europeia, são reclamações

frequente de nossos colegas.

Entretanto, neste contexto, estamos interessados em trabalhar no

tema da colonização que, consciente ou inconscientemente,

domina nosso pensamento e que, às vezes, repetimos entre nossos

países ou dentro dos nossos próprios países. Nossa revista, que nos

propomos a manter com o apoio de todos (e aproveito para

convidá-los para que façam a assinatura que é uma forma de dar

apoio), faz alusão precisamente a este tema propondo um trabalho

entre o que se resolveu chamar “civilização e barbárie” ou “a

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iluminação e o outro”, para citar apenas algumas das oposições

com que foi descrito este estado de coisas.

Além disso, pensamos que Abertura, Participação e Articulação são

os três eixos que devem guiar as nossas instituições.

Abertura, como já disse, para distintas teorias e práticas, ao diálogo

inter e transdisciplinar, às outras sociedades psicanalíticas e seus

membros, às outras federações, ao IPA, à universidade, mas,

basicamente, aos interesses de nossos colegas além de ocasionais

conduções.

Participação pressupõe favorecer um diálogo aberto de todos os

colegas interessados em uma fertilização cruzada entre nossas

Participação pressupõe favorecer um diálogo aberto de todos os

colegas interessados em uma fertilização cruzada entre as nossas

respectivas práticas. Para isso, aproveitaremos todos os recursos da

informática.

Articulação se refere a um tratamento da complexidade de nosso

campo de trabalho, evitando toda a simplificação.

Com estes objetivos, e faz alguns meses, começamos um

interessante diálogo com muitos dos senhores, do qual estas

propostas são resultado. Não posso citar a todos, mas tenho

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certeza que muitos reconheceram as suas ideias ao escutar estas

palavras.

Nós nos propomos a estender esses diálogos além das jornadas,

encontros e do Congresso Latino-americano, que lhes antecipamos

será realizado em 2014, em Buenos Aires. Fica aqui o nosso convite

para que leiam o conjunto das opiniões e propostas que

recebemos, e a unir-se a estes intercâmbios, acessando o nosso

Blog Fepal2012a2014.

Fruto desses intercâmbios, propomos como tema de trabalho para

os próximos dois anos, e para o próximo Congresso Latino-

americano “Realidades e Ficções”. Esperamos que os senhores

tenham o mesmo interesse e motivação que nós.

O plural de ambos os termos faz alusão especialmente à

diversidade. Diversidade de realidades e ficções que, favorecida

pela extensa geografia e pelos muitos grupos humanos, naturais e

migratórios; é para alguns uma característica diferente da nossa

região. Levando em consideração que a psicanálise requer uma

crença que não obstrua a possibilidade de reconhecer e explorar o

inconsciente, pensamos que essa diversidade e o reconhecimento

de suas origens, orientada à busca do novo, facilita a nossa opção

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pelo pluralismo. Possivelmente, ajude também a poder aderir a

crenças menos absolutas e doutrinárias.

Longe de integrá-la regionalmente, nos propomos a manter a

tensão nessa diversidade; resgatando aquilo que é nosso; a

incidência da arte, a história e as tradições culturais, políticas e

ideológicas, em todas as nossas perspectivas.

Pensamos nas realidades e ficções na clínica e na teoria

psicanalítica, no relato de cada paciente, na abordagem de cada

sessão.

Porém, também nas realidades e ficções vividas nas nossas

diferentes cidades e países, na cultura em que trabalhamos e que

marca a nossa tarefa, na saúde, na política, na educação, e em

todas aquelas áreas e ocupações aos quais o discurso psicanalítico

possa contribuir e/ou seja, influenciado por eles. Neste sentido, ter

uma presença importante na Psiquiatria será uma prioridade e

trabalharemos para isso com a APAL.

Nossas realidades incluem os nossos mal-estares, mas também os

nossos bem-estares, as condições de vida, nossa criatividade e

tudo aquilo que faz o nosso entorno. Estamos interessados,

principalmente na adolescência e infância em risco, os assim

chamados pacientes difíceis, os problemas na educação, o impacto

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da tecnologia, as novas famílias, as pessoas idosas, por causa dos

desafios pressupõem a psicanálise.

Partindo do intradisciplinar, de nossas práticas, de nossas teorias,

da história de nossas ideias, e em geral de nossa forma de pensar;

propomos um intercâmbio permanente com profissionais de outras

disciplinas para fazer parte de uma abordagem multidisciplinar do

nosso campo de trabalho.

As ficções podem nos ajudar, enquanto representam e interpretam

partes dessas realidades da atividade humana. Sem contrapor a

realidade à ficção, pensamos a “realidade” como um ponto de

partida necessário para trabalhar com a fantasia ou o fantástico

que gera.

Estamos interessados nas realidades materiais e psíquicas, no jogo,

na realidade virtual, na fantasia em suas múltiplas dimensões, e na

função do outro na construção da subjetividade, como também nas

ameaças sofridas por este processo. Além do impacto das crises

socioeconômicas, das guerras, dos fenômenos de massa, dos

acidentes e dos fenômenos naturais no psiquismo e no corpo.

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Para abordá-lo, queremos convidá-los a intercambiar sobre as

diferentes práticas: nos consultórios, nos centros de saúde mental,

na comunidade, na pesquisa universitária; e a sua relação com a

arte, a filosofia, as neurociências, a história, a antropologia, a

política ou qualquer outra disciplina.

Por outro lado, as ficções vão desde a própria obra de Freud e as

que se apresentam na clínica, até todo tipo de criação literária,

artística, poética, cinematográfica, teatral ou televisiva. Acrescenta-

se o fenômeno das recentes séries de televisão, em algum caso

com histórias de pacientes reais, que se referem à psicanálise e

requerem as nossas reflexões.

Estamos interessados nas ficções como invenções, como

intervenções sobre a realidade, da qual são representações e

interpretações com pluralidade de sentidos. Sua relação com a

historização, com a fantasia.

Neste sentido, propomos hierarquizar a escuta e evitar as

interpretações segundo concepções pré-estabelecidas; estudando

não só os conteúdos senão a produção do discurso e as condições

que o tornam possível ou o impossibilitam.

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Além disso, trata-se de poder repensar os paradigmas da

psicanálise, à luz da evolução da sociedade. Só para citar como

exemplo, a noção de família, de gênero, de triangulação edípica,

que não são categorias inamovíveis, mas que evoluem com as

mudanças culturais e sociais.

Um capítulo especial em relação às realidades e ficções são nossas

instituições e a formação psicanalítica, por isso seu estudo fará

parte da agenda científica central. Nós nos sentimos animados em

pensar sobre os modelos de formação e dos mal-estares que geram

certas políticas e que, não poucas vezes, se traduzem em

estancamentos institucionais e inclusive em exclusões.

Também as relações com a pesquisa e em geral com a

universidade, tema que trataremos de estudar em base às várias

experiências regionais com as que já contamos.

As interessantes investigações da Comissão de Educação

coordenada por Norberto Marucco, a quem pedimos que continue

com seu trabalho durante a nossa gestão, serão um excelente

ponto de partida para novos intercâmbios sobre a formação.

Demoraríamos muito em comentar-lhes hoje os interessantes

projetos que temos em cada uma das áreas. Os senhores poderão

encontrá-los detalhadamente nos sucessivos números do novo

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Boletim da Fepal, que tenho o prazer de comunicar, que solicitamos

a sua edição a Moisés Lemlij, atual editor da excelente Newsletter

do IPA. Agradeço ao Moisés por estar disposto em colaborar,

afetuosamente, com a sua valiosa experiência neste terreno e os

convido a usar seu Correio de Leitores.

Finalmente:

Pensamos a instituição como uma ação contínua, um processo em

movimento, e são os grupos de trabalho que colocam em jogo este

movimento. Esse é o nosso convite.

Coincido com Claudio Eizirik quando ele diz que: “... a participação

nas sociedades psicanalíticas pode operar como rede social e

produzir sentimentos de pertencer, de valores compartilhados e de

orgulho pelas conquistas em conjunto. As relações de amor, nas

suas expressões institucionais, constituem uma das forças mais

poderosas que nos permitem continuar sendo analistas, como

também enfrentar os muitos desafios atuais da psicanálise”.

Entretanto, isso exige poder resgatar o melhor do singular de cada

um de nós, neutralizando os efeitos da psicologia das massas e de

transferências não resolvidas; e para isso devemos hierarquizar

institucionalmente os efeitos das análises dos analistas além de

qualquer regulamentação.

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Para terminar:

Não podemos deixar de alertar sobre o risco, sempre latente, de nos

refugiarmos nas nossas instituições, quando nossas ideias são

interpeladas por novas realidades já que o mundo continua andando.

É por isto que queremos convidá-los para o desafio de manter a

Fepal como uma instituição científica, criativa, original e entusiasta

com o trabalho sobre as diferenças. Que recolha as inquietudes de

suas sociedades componentes e que sirva de orientação para um

melhor desenvolvimento das mesmas.

Para todos aqueles que não são membros de nossas sociedades,

queremos convidá-los cordialmente a entrar em contato

pessoalmente ou por via eletrônica, e dessa forma, engajar-se a

nossa proposta.

Muito obrigado.