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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
1.1. JUSTIFICATIVA
1.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.3. SITUAÇÃO-PROBLEMA
1.4. HIPÓTESES
1.5. OBJETIVOS
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
APÊNDICE...……………………………………………….............................…………….…………...22
ANEXOS
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Justificativa
Nas décadas de 60 e 70, nosso país vivenciou um árduo sistema político, a Ditadura
Militar (1964-84). Para que os jovens pudessem superar os obstáculos impostos pelo
regime militar foram criados movimentos que incentivavam a travessia intelectual dos
jovens para que desafiassem as autoridades em busca da liberdade de expressão através
dos aspectos culturais e artísticos, ou seja, obras literárias, musicais, cinematográfica,
entre outras. Surgindo daí os movimentos Tropicália e Concretismo, sobre os quais
sentimos a necessidade de estudá-los para uma maior compreensão de sua importância
na transformação dos aspectos culturais e artísticos acima citados ao longo do tempo até
os dias atuais, em consonância com o mote 2016 do Projeto Interdisciplinar “Travessias:
histórias construídas pelo conhecer, fazer, conviver e ser”.
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1.2. Fundamentação Teórica
1.2.1. Tropicália
Tropicalismo foi um movimento que rompeu com os padrões da música brasileira a
partir de 1967. Os artistas criadores desse movimento são Caetano Veloso e Gilberto
Gil, apesar de termos outros que também se destacam, como Tom Zé, Gal Costa, Rita
Lee com a banda Os Mutantes, e muitos outros. Esses cantores criaram o Tropicalismo
fazendo músicas que misturavam o estilo musical brasileiro e estrangeiro, com o uso de
guitarras elétricas, o que foi considerado um escândalo para a época, já que estas
representavam o imperialismo americano, enquanto o símbolo do MPB era o violão,
isso abalou as estruturas da música brasileira. Em uma de suas entrevistas, Caetano
declarou:
A gente tinha muito interesse nas conquistas espaciais, no rock’n’roll, na
música elétrica e eletrônica, enfim, nas vanguardas e na indústria do
entretenimento. Tudo isso era vivido como novidade internacional que a
gente queria abordar assim desassombradamente.
Por ser tão inovador, o movimento não foi inicialmente muito bem aceito pelo público
universitário, porém acabou por mudar as concepções deste público, influenciando
diversas gerações.
O maior símbolo Tropicalista era Maria Betânia, apesar de não ser tropicalista, que de
acordo com Caetano, era individual demais para participar de qualquer movimento.
O objetivo do movimento era “acabar com o Bossa Nova” por serem músicas um tanto
quanto banais, sem significados profundos, podendo ser considerados até irrisórios. As
músicas do movimento quebravam esses padrões, sendo mais libertárias e se opondo a
ditadura que ocorria na época, fazendo com que os jovens refletissem sobre o cenário
político em que viviam e começassem a fazer manifestações e passeatas contra o
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governo militar. Diante dessa situação que ameaçava a integridade do governo, os
militares tentaram barrar o avanço dos tropicalistas de diversas formas, porém como
essa “nova cultura” já estava instaurada na mente da população jovem, evoluindo a
cultura brasileira e marcando diferentes gerações, os governantes tiveram de tomar uma
medida radical, exilar Caetano e Gilberto do território brasileiro. E com os criadores do
movimento distantes do Brasil, o Tropicalismo pode durar somente um ano, terminando
então no ano de 1968, logo após o Ato Institucional nº5.
Ao mesmo tempo em que a Tropicália era um movimento musical, houve artistas como
Glauber Rocha, que transformaram a indústria cinematográfica da época. Glauber foi
considerado tropicalista, mesmo não o sendo e não gostando deste rótulo, mas por seu
“estilo” alternativo de fazer cinema, diferindo dos filmes produzidos na década de 60,
inaugurando o chamado “cinema novo”.
É muito comum que as pessoas tenham dúvida quanto ao uso de Tropicália ou
Tropicalismo, que ao mesmo tempo que são a mesma coisa, tem certas diferenças.
Tropicália é um estado de espírito, um modo de viver no qual pode até ser considerado
uma espécie de utopia, enquanto Tropicalismo é o movimento em si, é a busca de uma
síntese entre ideias contraditórias e uma posição diante das coisas, e de acordo com
Caetano Veloso “Tropicália parece uma coisa viva, que está acontecendo. Tropicalismo
parece uma escola, um movimento mais convencional.”
1.2.2. Poesia Concreta
O Concretismo foi um movimento de cunho vanguardista que atuou na música, artes
plásticas e na poesia, criando a Poesia Concreta, que foi a arte do movimento concretista
que teve mais destaque em nosso país. Esse movimento foi criado por volta de 1917 na
Europa, e chegou ao Brasil por volta da década de 50, através do suíço Max Bill, que foi
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o maior responsável pela exposição das artes plásticas na Exposição Nacional de Arte
Concreta, que ocorreu em 1956 na cidade de São Paulo. O Concretismo tinha o objetivo
de transformar e incorporar abstrações, músicas, esculturas, poesias e diversas outras
artes em uma forma precisa, com traços de racionalidade, raciocínio e ciência, assim
tornando a arte um tanto quanto lógica e racional.
Esse movimento, assim como o Tropicalismo, tenta romper com certos paradigmas. Na
Poesia Concreta, o uso de versos, estrofes e rimas são exemplos de paradigmas
quebrados, e em seu lugar a forma visual da poesia começou a ser mais valorizada, com
a intenção de formar imagens com as palavras da poesia, e essa imagem formada
geralmente complementava o conteúdo e o significado da poesia, fazendo assim uma
união entre a forma e o conteúdo da obra. Muitas vezes essas poesias tinham um fundo
crítico, no qual poderia ter relação a vários assuntos, tais quais a ditadura militar
vivenciada na época ou até mesmo ao sistema capitalista que predomina até os dias de
hoje.
1.2.3. Importância dos Movimentos Durante o Período Militar
Devido à repressão imposta à sociedade pelo regime militar através da censura das
formas de expressão cultural, os jovens da época buscaram uma alternativa para burlar
essa censura e também novas formas de expressão, ao qual surgiram os movimentos
Tropicalismo e Concretismo, que serviram de incentivo para ir às ruas buscando
mudanças no sistema e aumento de liberdade de expressão do povo.
Esses movimentos revolucionaram a sociedade de classe média-alta brasileira no
aspecto cultural através da nova maneira de compor músicas, escrever poesias e fazer
cinema com o uso constante de críticas muitas vezes feitas de forma velada através de
metáforas, colaborando para a forma de pensar da população, que teve seu senso crítico
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despertado, fazendo com que buscassem o fim do regime militar, interferindo desta
forma na vida política do país em prol da democracia e por consequência, o fim da
ditadura.
1.3. Situação-Problema
Durante a realização de nosso trabalho, nos deparamos com algumas perguntas, as quais
seriam:
1ª) As artes inovadoras e engajadas surtiram efeitos reflexivos e de mudança em seu
tempo?
2ª) É possível que artes sejam ferramentas fundamentais de mudança e travessia quando
o assunto é Ditadura Militar?
3ª) Os intelectuais deste período influenciaram e influenciam os jovens a atravessar um
tempo como pensadores?
1.4. Hipóteses
Nós acreditamos que a Tropicália e o Concretismo tiveram transformações
significativas e reflexivas dos ideais dos jovens da década de 60, pois tanto a música
quanto a poesia romperam com os padrões da época e tiveram muita importância na luta
contra o Regime ditatorial que prevalecia no Brasil.
Supomos que as letras bem elaboradas e engajadas das músicas tropicalistas e as críticas
bem trabalhadas das poesias concretas foram os maiores incentivadores dos jovens à ir
atrás de seus direitos, fazendo esses movimentos se tornarem um marco na luta pela
democracia no Brasil, pois foi a partir deles que a população "acordou" e abriu seus
olhos para a situação política em que viviam, fazendo os jovens irem atrás de seus
direitos. E por esses movimentos serem tão importantes e influentes, são considerados
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até hoje um dos motivadores dos jovens que lutam por um governo que os represente de
maneira mais adequada.
1.5. Objetivos
Temos como objetivo de nosso trabalho conhecer e compreender as inovações literárias
e musicais dos anos 60, no Brasil, relacionando-as com o período ditatorial em nosso
país, além de comprovar a importância da arte como instrumento de mudança,
mostrando não só o mérito dos respectivos artistas mas também como os anos 60
serviram de travessia cultural e intelectual para o povo brasileiro para a juventude
brasileira.
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2. METODOLOGIA
Para aprofundamento de nosso projeto, os integrantes do grupo assistiram a dois
documentários: “Tropicália” e “Uma Noite em 67”, o que serviu como base para o
entendimento do contexto político ditatorial e o início e importância do movimento
Tropicália.
Em seu desenvolvimento, o trabalho foi feito a partir de pesquisas bibliográficas, que
foram realizadas em grupos, como análises de Poesias Concretas, músicas do
movimento tropicalista e artigos encontrados no site “Tropicália”.
Para enriquecer nossos conhecimentos sobre o assunto e ajudar na elaboração do
trabalho, entrevistamos o senhor Alcindo Tenório Pereira, 70 anos, morador de São
Paulo, que participou ativamente dos movimentos tropicalista e concretista na década de
1960. Como um jovem engajado de seu tempo, Alcindo nos relatou que as músicas
populares brasileiras, como as de Caetano, Gil e da banda Os Mutantes, que eram
revolucionários devido à ousadia de suas letras, contribuíram muito para estimular sua
geração a sair às ruas e lutar por seus direitos. Por isso, são canções retomadas até os
dias atuais quando o país passa por grandes agitações políticas.
Além disso, criamos, com o objetivo de promover a divulgação de nosso projeto, um
Blog, onde podem ser encontradas informações sobre nossas reuniões e sobre o tema de
nosso trabalho.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Música e poesia da época
Durante as décadas de 60 e 70, os tropicalistas e concretistas buscavam um rompimento
do padrão musical e literal brasileiro. A Tropicália queria “acabar” com o Bossa-Nova
para fazer músicas mais liberais, sobre assuntos mais polêmicos, e para atingir esse
objetivo abusavam do uso de metáforas para burlar a censura militar, podendo expor
suas críticas ao governo de uma forma que houvesse uma maior divulgação sem ter
grandes problemas. Os tropicalistas, além de rechear suas músicas de metáforas, críticas
e assuntos não antes discutidos com tanta naturalidade, também mexeram na estrutura
do MPB, que tinha como sua marca registrada o uso do violão, passando a incrementar
suas músicas com outros elementos, como o rock, a psicodélica e a guitarra elétrica, e
tendo isso em mente, Arnaldo Baptista, um dos integrantes da banda Os Mutantes,
explicou como a Tropicália foi feita, em sua opinião:
Um lado onde o Brasil foi visto pelos brasileiros com os espelhos dos
gringos. A gente viu o que eles viam da gente. Então, se eles viam a gente
como papagaio, como rock’n’roll, a gente usou os americanos como espelho.
Já na questão poética, houveram diversas mudanças estruturais, graças ao concretismo,
fase literária voltada para a valorização e incorporação dos aspectos geométricos à arte
(música, poesia, artes plásticas, entre outras). A principal característica é a apelação
visual, cortando o uso de versos. A poesia concreta tem seu sentido, muitas vezes, pela
sua forma. Ela se tornou popular em 1952 com uma publicação da revista “Noigrandes”,
fundada por Décio Pignatari e pelos irmãos Campos. Com isso, o movimento se
fortaleceu e foi considerado “revolucionário”.
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Os movimentos tropicalista e concretista, apesar de atuarem em diferentes áreas, tinham
os mesmos objetivos e muitas vezes se cruzavam. E uma prova disso é a seguinte fala
de Caetano Veloso em uma de suas entrevistas sobre o tropicalismo:
A experiência de acompanhar os embates que eles tiveram que travar, depois que nos conheceram, em defesa crítica do Tropicalismo. Isso trouxe novos atritos entre o grupo deles e o resto da intelectualidade brasileira, e também no próprio meio da criação de música popular. Augusto foi o primeiro defensor crítico do Tropicalismo. Antes que o movimento começasse, e antes que nos conhecêssemos, ele já tinha escrito um artigo profético sobre o que faríamos. As suas traduções dos poemas de e. e. cummings e dos textos de James Joyce, o livro sobre Sousândrade, o ABC da Literatura, de Ezra Pound, tudo isso foi importante. Mas o essencial foi o contato com Oswald de Andrade que aconteceu através deles. O meu disco já estava pronto, o repertório do de Gil também, mas à luz do pensamento, da poesia e da ficção de Oswald tudo o que a gente estava fazendo ganhava um sentido mais preciso, e eu me sentia reconfirmado nas minhas intuições. O Oswald foi um presente de uma precisão absoluta que Augusto nos deu.
3.2. Os Movimentos e a Política
Sabe-se que ao longo dos anos, o ser humano achou diferentes maneiras de se expressar,
sendo elas direito natural de cada um. Porém, nem sempre essas manifestações eram
aceitas pelo governo. Na verdade, quase todas eram reprimidas caso se mostrassem
contra o regime político proposto. Ao longo do tempo fomos criando maneiras
diferentes para se expressar, e uma dessas formas de transmitir seus pensamentos é
através da música, como acontece até os dias de hoje. Aqui no Brasil tivemos vários
movimentos que transformaram a forma de pensar da população, sendo um deles o
tropicalismo, ocorrido na década de 60, que criticava o regime ditatorial da época. Esse
movimento contribuiu para que muitos jovens lutassem pelos seus direitos.
Através da música muitos artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, influenciaram
gerações com suas críticas ao governo e a vontade de criar algo inovador. Infelizmente,
essas oposições ao governo não foram bem aceitas, e diversos poetas e músicos foram
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exilados do Brasil. Isso apenas gerou mais revolta por parte da população e fez com que
os jovens se tornassem ainda mais motivados a derrubar o regime ditatorial.
Em nossa entrevista, o senhor Alcindo Pereira afirmou que com a ousadia de músicas
como as do grupo Os Mutantes e críticas das poesias concretas, os jovens se sentiram
motivados diretamente pelos movimentos tropicalista e concretista a fazerem
manifestações contra o governo, criando novos valores que diferiam dos impostos pela
sociedade da época. Além de que com traços revolucionários, essas músicas e poesias
fizeram com que os jovens tornassem-se engajados politicamente, e faziam tantas
manifestações que muitas vezes os policiais cercavam as universidades com a intenção
de impedir protestos contra o governo.
3.3. Análise de Canções e Poemas
3.3.1. Panis et Circenses
Aqui trazemos uma música de Caetano Veloso e Gilberto Gil, chamada “Panis et
Circenses”, que criticava o modo de vida das pessoas, a música propõe uma ruptura com
o normal, que é exatamente o propósito do movimento tropicalista. Há também uma
referência ao antigo regime romano de “pão e circo”, onde o governo distraia o povo
com “cultura e entretenimento” e comida para que não ficassem insatisfeitos com o
governo.
Panis et Circenses – Caetano Veloso
Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
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Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
3.3.2. LUXO
Augusto de Campos fez uma grande poesia concreta chamada LUXO, e analisando-a
podemos ver que é uma crítica ao sistema capitalista e à cultura do consumo. Nessa
poesia a palavra lixo é constituída por pequenas palavras luxo, mostrando que o luxo só
é luxo se visto de perto, porque de um modo geral esse luxo é só lixo.
3.3.3. Tropicália
Nessa música, Caetano traz toda a ousadia de ser tropicalista, como podemos observar
pelos versos “Eu organizo o movimento/Eu oriento o carnaval” onde ele se posiciona
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como líder do movimento, sendo um exemplo para a juventude. Segue um trecho da
música:
Tropicália – Caetano Veloso
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés, os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente,
Feia e morta,
Estende a mão
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
[...]
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4. CONCLUSÃO
Após a realização da entrevista com o senhor Alcindo Pereiras, assim como as pesquisas
e aprofundamentos sobre o tema tratado, chegamos à conclusão de que a Tropicália e as
Poesias Concretas tiveram uma importância fundamental para o processo de reflexão e
confronto com relação à ditadura militar. As mudanças ocorridas ao final da década de
60, seja na área musical ou literária, se tornaram um marco na história do Brasil, pois
revolucionaram a forma de pensar e agir da população da época, em sua maioria jovens,
fazendo com que batalhassem por um futuro mais democrático, e que nomes como
Gilberto Gil e Caetano Veloso, principais artistas tropicalistas, foram fundamentais para
tal acontecimento, pois suas obras, com vasto conteúdo e grande engajamento social,
foram, de certa forma, a “arrancada” para a transformação.
Essas obras foram tão bem pensadas e criadas que podem ser caracterizadas como
vanguardistas, encaixando-se então até os dias de hoje em nosso cenário político, basta
acontecer um deslize político para elas invadirem a mente das pessoas como um
“combustível” e como um “alerta”.
Graças a esses artistas e esses movimentos possuímos um governo democrático e nossa
liberdade, algo que muitas vezes o ser humano não valoriza, mas que custou muitas
vidas inocentes.
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REFERÊNCIASACCIOLY, B.; CALIL, R; TERRA, R. Uma Noite em 67. [Filme-vídeo]. Produção de Beth Accioly, direção de Ricardo Calil e Renato Terra. Brasil: VideoFilmes, 2010. \a 1 DVD (93 min) : \c 4 ¾ pol
ALMEIDA, Marcos. Augusto de Campos / LUXO. Disponível em: < http://nossabrasilidade.com.br/augusto-de-campos-luxo/ > . Acesso em: 24 mai. 2016
MEIRELLES, F.; MACHADO, M. Tropicália. [Filme-vídeo]. Produção de Fernando Meirelles, direção de Marcelo Machado. Brasil: Imagem Filmes, 2012. \a 1 DVD (87 min) : \c 4 ¾ pol.
MEMÓRIAS DA DITADURA. Seja Marginal Seja Herói (1968), de Hélio Oiticica. Disponível em: < http://memoriasdaditadura.org.br/obras/seja-marginal-seja-heroi-1968- de-helio-oiticica/ > . Acesso em: 27 mai. 2016
SANT’ANA, Thaís. O que foi o Tropicalismo? Disponível em: < http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-o-tropicalismo > . Acesso em: 23 mai. 2016
SUA PESQUISA.COM. Concretismo: O que é concretismo, características do concretismo, artistas, o movimento no Brasil, obras, literatura. Disponível em: < http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/concretismo.htm > . Acesso em: 22 mai. 2016
TROPICÁLIA. Disponível em: < http://tropicalia.com.br > . Acesso em: 10 mar. 2016.
TROPICÁLIA. Entrevistas. Disponível em: < http://tropicalia.com.br/ilumencarnados- seres/entrevistas/caetano-veloso-2 >. Acesso em: 15 mai. 2016
VILARINHO, Sabrina. Concretismo. Disponível em:< http://brasilescola.uol.com.br/literatura/concretismo.htm > . Acesso em: 23 mai. 2016
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APÊNDICE A - Blog
Nosso Blog pode ser acessado através do seguinte link: https://projeto2016grupo18.wordpress.com/
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ANEXO A – Poesia de Décio Pignatari
Figura 1 Figura 2
A figura 1 nos mostra a poesia concreta “Beba Coca Cola” escrita por Décio Pignatari,
que, é uma crítica ao sistema ao capitalismo à partir da marca de refrigerantes Coca-
Cola, que é um símbolo tanto desse sistema quanto do império americano. É um ótimo
exemplo de poesia concreta por brincar com a sonoridade das 3 principais palavras
(Beba Coca Cola) e poder ser lida em todos os sentidos, na horizontal, na vertical e na
diagonal, e tudo acaba em “cloaca”, que seria uma metáfora na qual o verdadeiro
sentido seria de que todo esse consumismo do capitalismo não leva à nada.
Na figura 2 podemos ver o escritor de “Beba Coca Cola”, Décio Pignatari.
Figuras 1 e 2 disponíveis em: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/decio-pignatari/
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ANEXO B
Figura 3
“Seja Marginal Seja Herói” é um cartaz criado por Hélio Oiticica em 1968, durante o
período tropicalista. Oiticica ao criar este cartaz tinha o objetivo de incentivar os jovens
a serem marginais no sentido de transgredir socialmente, ser marginal por não estar
comprometido com o sistema e sim questionando-o para buscar a liberdade de
expressão e a mudança no sistema político da época, algo que era inaceitável durante o
regime militar.
Figura 3 disponível em: https://joaquimlivraria.wordpress.com/2012/06/28/seja-
marginal-seja-heroi/
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ANEXO C
Figura 4
Nessa foto podemos ver os irmãos Campos, Haroldo e Augusto respectivamente, e
entre eles, Décio Pignatari. Grandes idealizadores do Concretismo no Brasil,
estiveram ao lado dos tropicalistas e, aos poucos, convenceram o público jovem
mais conservador de que tudo o que objetivavam era a ousadia para a transformação,
a evolução da poesia brasileira. Estes nomes influenciaram e influenciam poetas
como Paulo Leminski (1944-89) e Arnaldo Antunes (1960).
Figura 4 disponível em: https://br.pinterest.com/pin/265360603016928768/
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Anexo D
Figura 5
Essa imagem é uma representação da poesia LUXO, citada no tópico de número 3.3.2,
na página 18.
Figura 5 disponível em: http://nossabrasilidade.com.br/augusto-de-campos-luxo/
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