Virá e Não Tardará - rl.art.br · O “deus” da Nova Ordem Mundial 81 ... brevemente...
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Sumário
Virá e Não Tardará 4
ZWI – Uma Revelação 10
O Grande Risco em Escolher uma Porta Errada 17
O Cavalo Preto do Apocalipse 22
Quando o Meu Propósito é o Propósito que me Foi Imposto Por Homens
25
Profecia de Daniel Sobre o Tempo do Fim (Cap11 e 12)
29
O Palco Já Está Armado 66
Uma Unidade Falsa que Conduz à Apostasia da Verdade
70
Poderoso e Fiel é o Senhor, e o Fará 72
Paz em Todas as Circunstâncias 75
Um Reino Não Criado Pelo Homem, Mas Por Deus
77
O “deus” da Nova Ordem Mundial 81
Mega Templos e Mega Igrejas 85
A Sempre Presente Necessidade de Reforma 90
A Consolidação de Um Governo Único Mundial é Inevitável
98
O Anticristo é um Juízo de Deus Sobre o Pecado 105
Como Podemos Saber se Estes Nossos Dias São de Apostasia
107
Principal Causa das Perseguições na Grande Tribulação
118
Não Tomar o Todo Pela Parte 124
Escatologia 127
Adultério Espiritual 235
Para Subir Com Cristo 239
3
Por Que Podemos Crer que Jesus Voltará? 244
Nicolaítas Modernos 254
A Volta do Senhor - Zacarias 14 260
A Origem das Manifestações Mundiais 274
O Grande Conflito Final 283
O Arrebatamento 288
A Luta dos Illuminatis Contra o Cristianismo 293
Guardando-se Incontaminado de Babilônia 296
A História se Repete em Maior Dimensão 299
A Grande Ceifa da Iniquidade 304
Comerciantes de Almas 307
Sermão Profético de Jesus Sobre o Fim - Mateus 24.1-31
313
4
Virá e Não Tardará
Muitos em Israel se perderam nos dias de Jesus e dos
apóstolos, porque desconfiavam que não era ainda o
tempo do cumprimento da profecia, da mensagem
bíblica da promessa do envio do Messias e do Espírito
Santo, para converter o coração dos israelitas e de
muitas pessoas no mundo inteiro para Deus.
Eles ficavam desconfiados olhando o rio de água viva do
Espírito Santo passando diante de seus olhos, nas obras
que estavam sendo operadas por Deus em Sua presença
e pensavam: “já se passaram séculos desde as
promessas, e até agora nada de Messias e de Espírito
Santo... é melhor esperar um pouco mais.”
E assim, morreram nesta condição de incredulidade em
seus pecados, com a Fonte de água da vida eterna que
nos purifica dos nossos pecados, bem ao alcance de suas
mãos.
5
O mesmo sucede hoje com a Igreja do Senhor. Muitos
estão aguardando ainda o cumprimento do primeiro
sinal para o retorno do Senhor, que é a profetizada
apostasia da Igreja exatamente no tempo do fim. Esta
apostasia já ocorreu em todo o mundo, desde meados
do século passado (XX), e muitos ainda não aceitaram
ou não conseguiram enxergar isto.
Estão esperando por este primeiro sinal, enquanto
vivem suas vidas de modo não inteiramente santo, que
comprova que são também participantes desta
realidade já ocorrida.
Possa o Senhor nos despertar do sono em que nos
encontramos. Que a Igreja atenda ao Seu rogo amoroso
para o arrependimento e santidade, antes que seja
tarde demais.
Ele está fazendo isto, pela boca e ministério de muitas
pessoas em todo o mundo, através de sonhos e
revelações que lhes tem dado, de que o tempo acabou e
importa despertar do sono e ter azeite em nossas
lâmpadas, para que sejamos achados na luz e não em
6
trevas, quando da Sua vinda para nos arrebatar entre
nuvens.
Antes de trazer juízos sobre Sodoma e Gomorra, Deus
mandou alertar a família de Ló, mas seus genros não
creram que viria fogo do céu e gracejaram com ele; não
se dispuseram a sair daquelas cidades, o que significava
não estar disposto a deixar as práticas pecaminosas do
mundo, e assim foram apanhados pelo juízo do Senhor,
quando poderiam ter sido salvos, se atendessem ao
aviso que lhes fora dado.
Noé também advertiu do mesmo modo as pessoas em
seus dias, mas eles não somente não creram no dilúvio
que viria como não se dispuseram a emendar suas vidas,
abandonar o pecado, e voltarem para Deus.
Todos haviam vivido muito tempo confortavelmente na
Terra, de maneira que lhes era difícil crer na chegada de
um juízo destruidor da parte de Deus.
De igual modo sucede com a grande maioria em nossos
dias. Já se passaram 20 séculos desde que Jesus aqui
7
estivera, e por que haveríamos de crer que Ele virá nesta
hora conforme tem alertado a tantos?
Todavia Ele cumprirá o que prometeu em breve, muito
breve.
2Pe 3:3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos
dias, virão escarnecedores com os seus escárnios,
andando segundo as próprias paixões
2Pe 3:4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda?
Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas
permanecem como desde o princípio da criação.
2Pe 3:5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de
longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu
da água e através da água pela palavra de Deus,
2Pe 3:6 pela qual veio a perecer o mundo daquele
tempo, afogado em água.
2Pe 3:7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela
mesma palavra, têm sido entesourados para fogo,
8
estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos
homens ímpios.
2Pe 3:8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis
esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos,
e mil anos, como um dia.
2Pe 3:9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como
alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é
longânimo para convosco, não querendo que nenhum
pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
2Pe 3:10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor,
no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os
elementos se desfarão abrasados; também a terra e as
obras que nela existem serão atingidas.
2Pe 3:11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim
desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo
procedimento e piedade,
2Pe 3:12 esperando e apressando a vinda do Dia de
Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão
desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
9
2Pe 3:13 Nós, porém, segundo a sua promessa,
esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita
justiça.
2Pe 3:14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas
coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em
paz, sem mácula e irrepreensíveis,
Ele virá agora, porque o tem revelado a muitos, em
todas as partes do mundo; basta ver as publicações que
têm sido feitas na Internet, de 2012 para cá, e como têm
crescido em número, falando a mesma mensagem do
arrebatamento que ocorrerá em nossos dias. A nós
mesmos foi feita uma destas revelações por meio de
visão espiritual, em Fev/2014, que descreveremos
adiante.
10
ZWI – Uma Revelação
Fomos impulsionados à reaplicação em nossos
estudos e publicações relativas à interpretação das
circunstâncias que conduzirão ao arrebatamento da
Igreja, e à segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo,
que estão sendo presentemente antecedidas, conforme
profetizado na Bíblia, pela grande apostasia dos valores
judaicos cristãos, e ao clímax dos eventos que
brevemente manifestarão o governo mundial do
Anticristo.
A citada reaplicação foi estimulada por uma visão que
nos foi dada pelo Senhor das três letras de nosso título,
em formato grande e negro – ZWI.
Pesquisando na Internet, a única referência que fazia
sentido e correspondia à visão era o nome de “Sabatai-
Zwi”, que em 1666 se proclamou o Messias aguardado
por Israel, e cujos ensinos se baseavam não no judaísmo
com base bíblica, mas no judaísmo baseado na Cabala e
no esforço sionista de Israel produzir o seu próprio
11
Messias. É importante frisar que foi a partir de então,
que recrudesceu o modo de vida judaico secular que
representa atualmente, mais da metade da população
de Israel, por terem se afastado do modo de vida
baseado nos mandamentos da Bíblia.
É interessante o cruzamento de todo o esforço que vem
sendo realizado desde então, com as condições
presentes, para a implantação da chamada Nova Ordem
Mundial.
Os princípios promulgados por Zwi foram implantados
por um dos seus seguidores, Jacob Frank, que formou
uma ordem secreta dentro de outra sociedade secreta –
a maçonaria, com o fim de trabalhar a destruição dos
valores judaico-cristãos bíblicos, para o
estabelecimento de um governo mundial que seria
firmado com base nos princípios do sabataísmo (não
confundir com sabatismo, como, por exemplo, dos
Adventistas do Sétimo Dia).
Este foi o fator principal propulsor da Revolução
Francesa em 1789-1799, uma vez que o
12
sabatismo/frankismo já havia se infiltrado na
maçonaria, em todas as partes do mundo, não somente
no Ocidente, como também no Oriente.
Pressupomos que a visão que nos foi dada pelo Senhor
é para que nos acautelemos dos falsos cristos que estão
se apresentando já neste momento, como os salvadores
deste mundo em caos, e que culminará com a
manifestação do principal e chefe deles que será o
Anticristo.
As condições para o cumprimento das profecias do
Apocalipse estão plenamente amadurecidas em nossos
dias, e não antes; pois hoje há tecnologia suficiente para
garantir a implantação de um chip contendo a inscrição
666, em todas as pessoas do mundo, com o fim de serem
controladas e realizarem toda sua movimentação
financeira exclusivamente através do citado chip, que já
há algum tempo vem sendo produzido à taxa de um
bilhão de unidades por ano.
Lembremos que em 1 de Maio de 1776, Adam Weishapt
fundou a Ordem dos Perfeitos, ou Illuminatis.
13
Weishaupt estrategicamente se tornou global e
infiltrado com os agentes franquistas entre os ritos das
lojas maçônicas britânicas e escocesas. Os ritos
iniciáticos até o trigésimo terceiro grau da maçonaria
foram alterados. A mensagem messiânica contrária à Lei
de Deus bíblica do judaísmo havia sido então, incutida
em todas as nações que compunham o império britânico
em todo mundo por meio de suas lojas maçônicas.
A influência destes ritos maçônicos se tornou global,
junto às trilhas do imperialismo britânico. Eles são
praticados hoje na Europa, América do Norte e do Sul,
Ásia, África, Austrália e Nova Zelândia.
Esta mesma heresia de Zwi se tornou o núcleo da
sociedade "Skull and Bones” de Yale, da qual fazem
parte muitos presidentes e políticos americanos, e sua
marca gigante na CIA e no império financeiro global da
América.
O Shabbetaísmo Messiânico de Zwi é visto hoje
naqueles que controlam as relações internacionais da
14
América, no Departamento de Estado e na Presidência
dos Estados Unidos.
Com a "Guerra ao Terror", a unidade da América para
trazer a democracia com liberdade e prosperidade está
se tornando o motor dinâmico, que vai transformar este
mundo rapidamente sob o manto de um governo
universal.
Foi dos lombos dos llluminatis e sabataístas (seguidores
de Zwi), que os judeus, Karl Marx e Friedrich Engel
estabeleceram as raízes do comunismo. A partir dos
lombos dos Rothschild franquistas sabataístas, John
Jowe Astor e Jacob Schiff foram para a América, e
contaram com o apoio dos barões usurpadores da
América - Rockefeller e JP Morgan, e estabeleceram as
raízes do globalismo, no Conselho de Relações
Exteriores (CFR). O objetivo do CFR é o de derrubar a
Constituição americana, e mudar a diplomacia do país
para os interesses da globalização internacional.
Temos assim, um só e único movimento em todo o
mundo para a formação do futuro e próximo governo
15
mundial, sob as diferentes capas de capitalismo,
comunismo, socialismo etc, que migrarão para um
modelo fascista, com o controle total da elite mundial
das finanças, dos meios de produção e da força de
trabalho.
Este único movimento a que nos referimos tem seu
início marcado, não propriamente no fundador dos
illuminatis (Adam Weishaupt), senão em Sabatai-Zwi,
que formulou os princípios para a criação do governo do
Anticristo.
Não é para se admirar, que o ensino de Zwi tenha
angariado tantos admiradores para sua exposição da
Cabala – A cantora Madona é uma dessas pessoas – pois
Zwi afirmou que a vinda da era messiânica significava
que os mandamentos bíblicos não eram obrigatórios, e
que Deus agora permitia tudo.
Esta é a oração deles: "Louvado seja aquele que permite
o que é proibido"
16
Uma vez que todas as coisas seriam permitidas na era do
messias, Zwi declarou que muitas das antigas restrições
morais da Torá não eram mais aplicáveis. Ele aboliu as
leis sobre relações sexuais; e finalmente declarou, que
todos os trinta e seis grandes pecados bíblicos eram
agora permitidos, como também instruiu alguns de seus
seguidores, que era seu dever praticar tais pecados, a
fim de apressar a Redenção.
Esta é a religião do Anticristo, que tem sido abraçada
pelo mundo desde os dias de Zwi.
Ele é o ponto de partida para as blasfêmias,
perseguições e críticas aos mandamentos de Deus que
são características da profecia relativa ao Anticristo. O
berço já foi preparado para recebê-lo.
Vigiemos e oremos, e nos exortemos à pratica do amor
cristão e às boas obras; isto porque o tempo da volta do
Senhor está às portas.
17
O Grande Risco em Escolher uma Porta Errada
A salvação da alma, como tudo o mais em nossa vida,
possui também a sua porta de entrada.
Esta porta é única, eterna e insubstituível.
Corremos, portanto um sério risco em nos dar por
satisfeitos com alguma porta religiosa, filosófica, ou
qualquer outra que tenhamos escolhido como porta
para a nossa salvação; e no fim da nossa vida, quando
esta for aberta, não nos conduzir para o céu, para o
nirvana, ou para outras condições agradáveis em
relação ao destino eterno do nosso espírito, uma vez
que este tiver deixado o nosso corpo pela morte.
Ora, é bem patente que se fosse deixado por Deus, que
por nossa própria escolha viéssemos a adotar o modo de
vida ou pensamento que nos conduzirá ao céu, é bem
certo que todos nós nos perderíamos, porque, afinal,
Deus é espírito invisível, e Seus caminhos não são os
18
nossos caminhos, nem os Seus pensamentos os nossos
pensamentos.
Se no próprio mundo físico em que vivemos e
apalpamos pelo tato, e vemos com nossos olhos, muitas
coisas permanecem encobertas ao nosso conhecimento
e entendimento, quanto mais isto não é verdadeiro de
modo absoluto, quanto ao que se refere ao mundo
espiritual, celestial e invisível.
Por isso, Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia
para conosco, não nos deixou sem a Sua ajuda e direção
para nos levar à porta que se abre para o cominho da
salvação, do céu, da vida eterna.
Ele não somente nos Deus o Senhor Jesus Cristo para
morrer em nosso lugar, pagando o preço exigido pela
Sua justiça quanto aos nossos pecados, como também
nos atrai para Ele, revelando a Sua pessoa divina, para
que pelo poder da Sua graça possa, não somente
desvendar nossos olhos para o mundo espiritual
verdadeiramente santo e celestial, como também
operar a transformação de nossa vida, segundo o
19
caráter e virtudes que foram por Ele descritas na Sua
Palavra, que nos foi revelada para confirmar Seu
propósito eterno relativo ao modo da nossa salvação.
Assim, as Escrituras não contêm apenas mandamentos
de Deus, mas também descrevem as características que
passam a existir na vida dos que são salvos, pela Sua
graça mediante o arrependimento e fé em Jesus.
Elas, portanto confirmam se estamos ou não entrando
pela única porta e caminho que conduz à salvação, a
saber, a pessoa do próprio Senhor Jesus Cristo, que
passa a viver em nós em espírito.
É, sobretudo neste sentido que Jesus afirma, que não
fomos nós que O escolhemos, mas Ele que nos escolheu.
Não meramente num sentido eletivo, mas revelador,
diretivo, instrutivo, operativo, porque se não fosse pelo
Seu trabalho de nos trazer para a porta e caminho da
salvação, jamais conheceríamos aquela vida espiritual,
celestial e divina, que é comum a todos que dela têm
participado pela fé nEle.
20
Então, não é pela escolha que faço de uma determinada
filosofia de vida ou religião, que posso estar seguro de ir
para o céu, ou de estar vivendo do modo que seja
agradável a Deus.
Não nos foi dado por Deus escolher o modo de vida que
me conduzirá à Sua presença, em espírito, pois este
caminho já foi estabelecido por Ele desde antes da
fundação do mundo, e não há outros caminhos que
possam conduzir ao mesmo objetivo.
Posso orar, louvar, ler a Bíblia, ser caridoso, frequentar
os cultos de uma igreja, e ainda assim estar fora do
caminho, porque posso fazer tudo isto, sem ter tido um
encontro pessoal com Cristo, e por conseguinte, não ter
sido regenerado e santificado pelo Espírito Santo, que é
quem testifica com o nosso espírito que fomos tornados
filhos de Deus pela nossa comunhão com Jesus Cristo.
João 15:16 Não fostes vós que me escolhestes a mim;
pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça;
21
a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome,
ele vo-lo conceda.
João 15:19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o
que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo
contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.
22
O Cavalo Preto do Apocalipse
Juntamente com os três outros poderes causadores de
ruína à Terra, representados nos cavalos branco,
vermelho e amarelo; este cavalo (o cavalo preto) tem o
significado espiritual de que Deus tem permitido agora,
em nossos dias, mais precisamente a partir do ano de
2008, que a economia mundial esteja em crise
permanente, conforme era o antigo desejo de Satanás e
dos grandes agentes financeiros que controlam a
economia em todo o globo, permissão esta que não lhes
fora concedida anteriormente, de produzir tal dano de
cunho internacional, por um período de tempo
continuado e tão extenso.
Há uma inquietação desde que partiu a ordem no céu –
“VEM” para a liberação do Cavalo Preto, indicando que
havia chegado a hora de produzir a condição que traria
inquietação e grande prejuízo às massas(“uma medida
de trigo por um denário; três medidas de cevada por um
denário” – Apo 6.6a), pela ação daqueles que se
aproveitariam desta crise produzida por eles próprios
23
para o aumento e a manutenção de sua imensa riqueza
no regime fascista da Nova Ordem Mundial (“não
danifiques o azeite e o vinho.” – Apo 6.6b).
Apo 6:5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser
vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e
o seu cavaleiro com uma balança na mão.
Apo 6:6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro
seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um
denário; três medidas de cevada por um denário; e não
danifiques o azeite e o vinho.
Foi dada por Deus em 19 de agosto de 2008, a visão do
ser vivente e do cavalo preto com seu cavaleiro com a
balança na mão, ao Dr David Owuor, e como estava
destinado a produzir uma crise econômica global.
E poucos após ter tido a visão, foi anunciada em 15 de
setembro de 2008 a quebra de uma das maiores
instituições bancárias de investimento global chamada
Lehman Brothers.
24
A anunciada falência da Lehman Brothers provocou um
efeito cascata sobre os mercados de crédito em todo o
mundo.
A farra financeira de Wall Street com o seu sistema de
pirâmide veio ao conhecimento do público, e aplicações
financeiras estavam virando fumaça da noite para o dia,
trazendo enormes prejuízos inclusive a países como a
China que detém mais de um trilhão de dólares da dívida
externa dos EUA.
O dólar está sendo desvalorizado e há uma desconfiança
geral quanto à capacidade americana para contornar a
crise.
25
Quando o Meu Propósito é o Propósito que me Foi Imposto Por Homens
Arthur Tappan Pierson, na parte final do século XIX
foi convidado do por Charles Haddon Spurgeon para
estar à frente dos trabalhos do Tabernáculo
Metropolitano, no período em que a enfermidade que o
levaria à morte, havia se agravado.
A pedido da própria congregação, ele foi convidado a
assumir o pastorado da Igreja que Spurgeon havia
conduzido por tantos anos.
Pierson havia escrito muitas obras, e era profícuo em
tudo o que fazia, especialmente em sua dedicação à
obra missionária, que viria a inspirar muitos outros
depois dele neste trabalho na virada do século.
Profundamente inspirado por Spurgeon dedicou a ele o
livro que escreveu, intitulado Life-Power, no qual enfoca
a importância de ter propósitos definidos para a nossa
vida. E, na dedicatória que fizera destacou o próprio
26
Spurgeon como um exemplo vivo, que havia encarnado
todas as coisas que escrevera em seu livro, referentes ao
poder de um propósito definidor da vida, a inspiração de
ideais, sobretudo na moldagem do caráter e da conduta.
Nós vemos atualmente, este material de Pierson sendo
usado de maneira desviada do propósito original com o
qual escrevera sua obra, cuja releitura parcial tem
servido para incentivar a obra de missões mundiais, de
modo afastado daquela integridade de caráter bíblico
que havia no autor.
Ora, isto se torna não somente danoso para o
verdadeiro crescimento do cristão em santificação,
como o expõe ao perigo de definir como sendo o seu
propósito de vida, aquilo que outros têm definido para
ele, sob a alegada condição afirmada, de serem os seus
únicos e genuínos guias e mentores.
Quanto isto nos afasta daquela liberdade que temos em
Cristo, e que deveríamos preservar para o bem de nossa
própria alma e de todos aqueles que se miram em nosso
exemplo!
27
Este evangelho com cheiro de “tecnelho”, ou seja, uma
mistura de técnica com evangelho, e ainda por cima, não
com o evangelho em toda a sua integridade, mas um
evangelho parcial, que esconde o significado do
verdadeiro arrependimento, do trabalho da cruz na
mortificação do eu, no despojamento das obras da
carne, e do revestimento do fruto do Espírito Santo furta
toda aquela atmosfera de liberdade santa e agradável à
alma, que tendo vencido o pecado, tem no Espírito,
quando andamos na verdade por instrução e direção do
mesmo Espírito, e não pela vontade, planos e
metodologias dos homens.
Todos os membros da Igreja com suas funções e
ministérios ficam amarrados pelos líderes nicolaítas,
cuja obra Jesus odeia, porque impede a Igreja de ser de
fato, a Sua Igreja, dirigida por Ele, o Supremo Pastor, e
pelo Espírito, segundo a vontade de Deus Pai.
Que Deus tenha misericórdia de nós, para que os
propósitos que estabeleçamos sejam de fato
provenientes do céu para nós, e não da terra, de homens
29
Profecia de Daniel Sobre o Tempo do
Fim (Cap11 e 12)
Daniel 11
“1 Mas eu, no primeiro ano de Dario, o medo, me
levantei para o fortalecer e animar.
2 Agora, eu te declararei a verdade: eis que ainda três
reis se levantarão na Pérsia, e o quarto será cumulado
de grandes riquezas mais do que todos; e, tornado forte
por suas riquezas, empregará tudo contra o reino da
Grécia.
3 Depois, se levantará um rei poderoso, que reinará com
grande domínio e fará o que lhe aprouver.
4 Mas, no auge, o seu reino será quebrado e repartido
para os quatro ventos do céu; mas não para a sua
posteridade, nem tampouco segundo o poder com que
reinou, porque o seu reino será arrancado e passará a
outros fora de seus descendentes.
30
5 O rei do Sul será forte, como também um de seus
príncipes; este será mais forte do que ele, e reinará, e
será grande o seu domínio.
6 Mas, ao cabo de anos, eles se aliarão um com o outro;
a filha do rei do Sul casará com o rei do Norte, para
estabelecer a concórdia; ela, porém, não conservará a
força do seu braço, e ele não permanecerá, nem o seu
braço, porque ela será entregue, e bem assim os que a
trouxeram, e seu pai, e o que a tomou por sua naqueles
tempos.
7 Mas, de um renovo da linhagem dela, um se levantará
em seu lugar, e avançará contra o exército do rei do
Norte, e entrará na sua fortaleza, e agirá contra eles, e
prevalecerá.
8 Também aos seus deuses com a multidão das suas
imagens fundidas, com os seus objetos preciosos de
prata e ouro levará como despojo para o Egito; por
alguns anos, ele deixará em paz o rei do Norte.
31
9 Mas, depois, este avançará contra o reino do rei do Sul
e tornará para a sua terra.
10 Os seus filhos farão guerra e reunirão numerosas
forças; um deles virá apressadamente, arrasará tudo e
passará adiante; e, voltando à guerra, a levará até à
fortaleza do rei do Sul.
11 Então, este se exasperará, sairá e pelejará contra ele,
contra o rei do Norte; este porá em campo grande
multidão, mas a sua multidão será entregue nas mãos
daquele.
12 A multidão será levada, e o coração dele se exaltará;
ele derribará miríades, porém não prevalecerá.
13 Porque o rei do Norte tornará, e porá em campo
multidão maior do que a primeira, e, ao cabo de tempos,
isto é, de anos, virá à pressa com grande exército e
abundantes provisões.
14 Naqueles tempos, se levantarão muitos contra o rei
do Sul; também os dados à violência dentre o teu povo
se levantarão para cumprirem a profecia, mas cairão.
32
15 O rei do Norte virá, levantará baluartes e tomará
cidades fortificadas; os braços do Sul não poderão
resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá força
para resistir.
16 O que, pois, vier contra ele fará o que bem quiser, e
ninguém poderá resistir a ele; estará na terra gloriosa, e
tudo estará em suas mãos.
17 Resolverá vir com a força de todo o seu reino, e
entrará em acordo com ele, e lhe dará uma jovem em
casamento, para destruir o seu reino; isto, porém, não
vingará, nem será para a sua vantagem.
18 Depois, se voltará para as terras do mar e tomará
muitas; mas um príncipe fará cessar-lhe o opróbrio e
ainda fará recair este opróbrio sobre aquele.
19 Então, voltará para as fortalezas da sua própria terra;
mas tropeçará, e cairá, e não será achado.
20 Levantar-se-á, depois, em lugar dele, um que fará
passar um exator pela terra mais gloriosa do seu reino;
33
mas, em poucos dias, será destruído, e isto sem ira nem
batalha.
21 Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao
qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá
caladamente e tomará o reino, com intrigas.
22 As forças inundantes serão arrasadas de diante dele;
serão quebrantadas, como também o príncipe da
aliança.
23 Apesar da aliança com ele, usará de engano; subirá e
se tornará forte com pouca gente.
24 Virá também caladamente aos lugares mais férteis da
província e fará o que nunca fizeram seus pais, nem os
pais de seus pais: repartirá entre eles a presa, os
despojos e os bens; e maquinará os seus projetos contra
as fortalezas, mas por certo tempo.
25 Suscitará a sua força e o seu ânimo contra o rei do
Sul, à frente de grande exército; o rei do Sul sairá à
batalha com grande e mui poderoso exército, mas não
prevalecerá, porque maquinarão projetos contra ele.
34
26 Os que comerem os seus manjares o destruirão, e o
exército dele será arrasado, e muitos cairão
traspassados.
27 Também estes dois reis se empenharão em fazer o
mal e a uma só mesa falarão mentiras; porém isso não
prosperará, porque o fim virá no tempo determinado.
28 Então, o homem vil tornará para a sua terra com
grande riqueza, e o seu coração será contra a santa
aliança; ele fará o que lhe aprouver e tornará para a sua
terra.
29 No tempo determinado, tornará a avançar contra o
Sul; mas não será nesta última vez como foi na primeira,
30 porque virão contra ele navios de Quitim, que lhe
causarão tristeza; voltará, e se indignará contra a santa
aliança, e fará o que lhe aprouver; e, tendo voltado,
atenderá aos que tiverem desamparado a santa aliança.
31 Dele sairão forças que profanarão o santuário, a
fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário,
estabelecendo a abominação desoladora.
35
32 Aos violadores da aliança, ele, com lisonjas,
perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se
tornará forte e ativo.
33 Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia,
cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo
roubo, por algum tempo.
34 Ao caírem eles, serão ajudados com pequeno
socorro; mas muitos se ajuntarão a eles com lisonjas.
35 Alguns dos sábios cairão para serem provados,
purificados e embranquecidos, até ao tempo do fim,
porque se dará ainda no tempo determinado.
36 Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e
se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos
deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que se
cumpra a indignação; porque aquilo que está
determinado será feito.
37 Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao
desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre
tudo se engrandecerá.
36
38 Mas, em lugar dos deuses, honrará o deus das
fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram,
honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e
coisas agradáveis.
39 Com o auxílio de um deus estranho, agirá contra as
poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem,
multiplicar-lhes-á a honra, e fa-los-á reinar sobre
muitos, e lhes repartirá a terra por prêmio.
40 No tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele, e o rei
do Norte arremeterá contra ele com carros, cavaleiros e
com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as
inundará, e passará.
41 Entrará também na terra gloriosa, e muitos
sucumbirão, mas do seu poder escaparão estes: Edom,
e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom.
42 Estenderá a mão também contra as terras, e a terra
do Egito não escapará.
37
43 Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de
todas as coisas preciosas do Egito; os líbios e os etíopes
o seguirão.
44 Mas, pelos rumores do Oriente e do Norte, será
perturbado e sairá com grande furor, para destruir e
exterminar a muitos.
45 Armará as suas tendas palacianas entre os mares
contra o glorioso monte santo; mas chegará ao seu fim,
e não haverá quem o socorra.”
A visão do Senhor, que Daniel tivera no capítulo
anterior foi no terceiro ano de Ciro, que correspondia
também ao terceiro ano de Dario da Média, e foi dito
naquele capítulo que havia poderes celestiais lutando
contra a Pérsia, e que ela estava resistindo.
Agora é dito pelo próprio Senhor, neste capítulo, que Ele
havia fortalecido e animado Dario no seu primeiro ano
de reinado (v. 1), porque importava que reconduzisse os
judeus de Babilônia para a Palestina, porém o Senhor
passou a declarar qual seria o futuro da Pérsia, que três
38
reis ainda se levantariam nela, e o quarto seria
cumulado de grandes riquezas, que as usaria para entrar
em Guerra contra a Grécia, e isto seria a sua ruína (v. 2)
O rei poderoso que se levantaria depois dele e com
grande domínio não seria um rei persa, mas a referência
é a Alexandre, o Grande (v. 3), que teria seus domínios
repartidos em quatro partes, e nenhum de seus
descendentes assumiria o trono em seu lugar; isto de
fato ocorreu, porque os quatro generais de Alexandre
não permitiram que seu filho se tornasse seu sucessor
(v. 4).
O rei do Sul, destes reinos repartidos do de Alexandre, é
Ptolomeu, que governou sobre o Egito, do qual sairiam
príncipes fortes, entre os quais é contada a própria
Cleópatra (v. 5).
A aliança do rei do Sul (Ptolomeu) com o rei do Norte
seria promovida pelo casamento da filha do rei do Sul
com o rei do Norte, mas em vez de fortalecer os reinos,
lhes enfraqueceria (v. 6). No entanto, um descendente
deste casamento avançaria contra o Norte (selêucidas –
39
um dos reinos remanescentes de Alexandre que
governava a Síria) e prevaleceria (v. 7).
Este foi Ptolomeu Euergetes, que foi o filho e sucessor
de Ptolomeu Filadelfo, que lutou contra Seleuco
Callinicus, rei da Síria, para vingar a sua irmã.
Este saqueou a Síria e trouxe um grande despojo para o
Egito (v. 8). E permaneceu regendo a Síria por 46 anos,
mas teve que voltar para o Egito (Sul) para guerrear
contra a conspiração que havia sido levantada em sua
própria terra contra ele (v. 9).
Veja que estas conspirações dos reinos, por prolongados
anos são um tipo das coisas que sucederiam na terra
depois destes dias, até a manifestação do Anticristo,
com reinos sendo estabelecidos pela guerra,
conspiração, intriga e ambição pelo poder
Seleuco Callinicus, que tinha sido o rei do Norte (Síria) e
havia sido vencido (v. 7) morreu em miséria, deixou dois
filhos, Seleuco e Antíoco, e estes incitaram uma
multidão e grandes forças para recuperar o que o pai
40
havia perdido (v. 10). Mas sendo Seleuco já velho e
fraco, foi incapaz de comandar seu exército; foi
envenenado por seus amigos, e reinou somente dois
anos. Seu irmão Antíoco lhe sucedeu e reinou por 37
anos e foi chamado de Magno.
Foi com um grande exército que se colocou em batalha
contra Ptolomeu Philopater, o rei do Sul. Foi-lhe dado
vencer esta batalha (v. 10, 11), e isto fez com que se
tornasse insolente e orgulhoso, o que o levou a entrar
no templo do Senhor em Jerusalém desafiando a lei e o
lugar santo, derrubando miríades, porém não
prevaleceria segundo o conselho de Deus contra ele (v.
12); porque Ptolomeu reuniria um exército muito
grande e marcharia contra Antíoco Magno (v. 13, 14).
Muitos estavam contra Ptolomeu, o rei do Sul, inclusive
Filipe da Macedônia, pai de Alexandre o Grande. Por isso
os judeus se renderam a Antíoco e se uniram a ele para
sitiarem as guarnições de Ptolomeu (exatamente o que
os judeus farão no final dos tempos, se aliando no início
do governo de sete anos do Anticristo, para serem
livrados da ameaça de invasão dos árabes, só que o
41
Anticristo se voltará depois contra eles, tal como fizera
Antíoco com os judeus).
Este Antíoco Magno não entraria num confronto direto
com Ptolomeu, rei do Sul (Egito), mas usaria de
estratagemas tomando as fortalezas daquele reino em
Samaria e Israel; com isto se fez mestre da terra da
Judeia (v. 16)
A terra de Israel estava entre as disputas destes dois
reinos poderosos, a saber, da Síria e do Egito. Daí ter
sido disputada por ambos.
O verso 18 faz referência às guerras contra os romanos.
O verso 20 ser refere a Seleuco Philopater, filho mais
velho de Antíoco Magno, que foi um grande opressor do
seu próprio povo, lhes extorquiu muito dinheiro, e
quando lhe disseram que perderia muitos amigos
agindo daquela forma, disse que não conhecia melhor
amigo do que o dinheiro.
Tal era sua ganância que tentou saquear o templo de
Jerusalém, mas foi destruído, segundo a profecia do
42
Senhor, sem ira nem batalha (v. 20), porque foi
envenenado por um dos seus servos chamado
Heliodoro, depois de ter reinado por 12 anos, sem ter
feito nada notável, a não ser suas pilhagens.
A partir do verso 21 até o final deste capítulo, tudo se
refere a Antíoco Epifânio, o pequeno chifre insolente
citado em Dn 8.9. Um grande inimigo da religião judaica,
e um grande perseguidor de todos que se declarassem
judeus.
Grande parte das revelações do Senhor a Daniel foram
destinadas neste capítulo, a Antíoco Epifânio, porque
tudo o que ele fez, será exatamente o que o Anticristo
fará em seus dias, especialmente o que é referido nos
versos 36 e 37.
Todavia, nos ocuparemos em comentar em detalhes a
respeito da relação existente entre as ações de Antíoco
Epifânio e o Anticristo, na parte final do décimo segundo
capítulo, no comentário geral relativo ao período da
Grande Tribulação, que abrange a grande maioria das
profecias escatológicas contidas em toda a Escritura.
43
Daniel 12
“1 Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe,
o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de
angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até
àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu
povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.
2 Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão,
uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror
eterno.
3 Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o
fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à
justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.
4 Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro,
até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber
se multiplicará.
5 Então, eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé
outros dois, um, de um lado do rio, o outro, do outro
lado.
44
6 Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava
sobre as águas do rio: Quando se cumprirão estas
maravilhas?
7 Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as
águas do rio, quando levantou a mão direita e a
esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive
eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois
tempos e metade de um tempo. E, quando se acabar a
destruição do poder do povo santo, estas coisas todas se
cumprirão.
8 Eu ouvi, porém não entendi; então, eu disse: meu
senhor, qual será o fim destas coisas?
9 Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras
estão encerradas e seladas até ao tempo do fim.
10 Muitos serão purificados, embranquecidos e
provados; mas os perversos procederão perversamente,
e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão.
45
11 Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado,
e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil
duzentos e noventa dias.
12 Bem-aventurado o que espera e chega até mil
trezentos e trinta e cinco dias.
“13 Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois
descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para
receber a tua herança.”
O início deste capítulo confirma, que a intenção da
revelação de nosso Senhor a Daniel, no capítulo anterior
era a de apontar para o tempo do fim, nos dias do
Anticristo, e não particular e exclusivamente a Antíoco
Epifânio, que em muitos pontos foi um tipo do
Anticristo, e das coisas que ocorrerão no tempo do fim.
Ao introduzir este capítulo com a citação “Nesse
tempo”, e logo em seguida, ao falar das coisas que se
referem aos últimos dias, usando a citação “naquele
tempo”, nosso Senhor, vinculou tal tempo aos dias em
que se dará a ressurreição, tanto de crentes (no
46
arrebatamento), quanto de ímpios (juízo final). Não
padece, portanto, qualquer dúvida que a profecia se
refere à consumação de todas as coisas, e não
particularmente aos dias de Antíoco Epifânio.
Chegou o momento, conforme prometemos
anteriormente, de fazer uma conexão das profecias de
Daniel 9 a 12, com outras profecias escatológicas das
Escrituras relativas ao período da Grande Tribulação, ao
qual se refere profeticamente esta porção do livro de
Daniel, mesmo quando usa as revelações relativas às
intrigas e guerras, por meio das quais os reinos se
sucederam no período babilônico, persa, grego, e
romano, especialmente, quanto ao dois grandes braços
resultantes do reino de Alexandre, o Grande, na Síria (rei
do Norte na profecia de Daniel) e Egito (rei do Sul).
Então, há o propósito de revelar como estes reinos se
estabelecem pelo engano, e como pelo próprio engano,
eles caem.
O engano citado em Mt 24.4,5:
47
“4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém
vos engane.
5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o
Cristo; a muitos enganarão.”, culminará com o maior
engano de todos, na pessoa do Anticristo que agirá pela
eficácia de Satanás, enganando a muitos, que
depositarão nele inteira confiança para a resolução dos
problemas mundiais. Ele será o último falso salvador
que o mundo verá. O último falso messias; por isso é
chamado de Anticristo, já que é um cristo falso.
O abominável da desolação, citado em Mt 24.15 é uma
referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que
ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em
Daniel 9.27.
Agora o que é o lugar santo?
Algumas pessoas dizem que é a terra. Outras dizem que
é a cidade de Jerusalém. O que é o lugar santo?
Há somente outro uso dessa frase em todo o Novo
Testamento, e encontra-se em Atos 21.28. O Lugar Santo
48
era um dos ambientes do tabernáculo e do templo de
Jerusalém.
A profecia de Daniel 11.31 teve um primeiro
cumprimento na pessoa de Antíoco Epifânio, e terá um
último cumprimento na pessoa do Anticristo:
“Dele sairão forças que profanarão o santuário, a
fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado,
estabelecendo a abominação desoladora.”
A primeira parte de Daniel 11 descreve fatos que já
tiveram cumprimento na história, e a parte posterior se
refere a coisas que ainda terão cumprimento no tempo
do fim. O verso 31 trata de um duplo cumprimento, e
historicamente já se cumpriu entre 175 e 165 a.C.
correspondente ao governo do rei sírio Antíoco.
Ele se chamava Epifânio, que quer dizer, "o grande". Ele
foi um grande perseguidor do povo de Israel, sendo
assim um tipo perfeito do Anticristo
49
Ele tentou acabar com a religião judaica, e matou
milhares e milhares de judeus, inclusive mulheres e
crianças.
Ele profanou o templo entrando nele e matando um
porco no altar, obrigando os sacerdotes a comerem sua
carne.
Além disso, ele colocou a imagem de um deus grego no
templo, provavelmente Zeus. E com o templo assim
profanado, os judeus deixaram de apresentar seus
sacrifícios nele; assim o sacrifício diário determinado
pela lei foi completamente parado.
E foi exatamente isso, que Daniel profetizou cerca de
400 antes que ele faria (11.31). Desta forma, o templo
ficou desolado por causa daquela abominação, isto é,
daquele ato detestável aos olhos de Deus e do Seu povo.
O Anticristo também profanará o templo que será
reconstruído, para afrontar os judeus e o Deus de Israel,
e pelo mesmo efeito de rejeição que isto produzirá, tal
como no passado, nos dias de Antioco Epifânio, diz-se
50
que será uma abominação desoladora. É por isso que ao
se referir à profecia exclusiva ao Anticristo em 9.26,27,
Daniel usa as palavras desolação e abominação para se
referir aos atos do Anticristo.
Em Daniel 9.24-27 temos a conhecida profecia das
setenta semanas. São setenta semanas de anos.
Referem-se, portanto a 490 anos, sendo que a profecia
estabelece dois períodos distintos; um que vai desde a
“saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até
o Ungido, ao Príncipe” - são sessenta e nove semanas,
isto é, 483 anos.
Depois da morte do Ungido se levantaria um príncipe
que governaria por uma semana (a septuagésima
semana) e que faria cessar o sacrifício e a oferta de
manjares no meio da semana (versos 26,27).
A profecia determina então, um período “para fazer
cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para
expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para
selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos
Santos.” (9.24).
51
Isto está vinculado de fato, a duas fases: ao primeiro
advento de Cristo trazendo a graça e a redenção para os
habitantes da terra, e ao seu segundo advento para
estabelecer Seu reino de justiça na terra.
Por isso, determinou-se para Daniel o prazo para a
primeira vinda de Jesus, e também o prazo que
determinaria Sua segunda vinda, que está relacionada
ao período da Grande Tribulação, que será precipitada
no governo de sete anos do Anticristo, que corresponde
à septuagésima semana da profecia de Daniel. Esta
semana é isolada das demais 69 que se cumpriram no
primeiro advento de Cristo, porque Israel tem
permanecido endurecido até hoje à recepção de Jesus
como o Salvador e Messias.
Será exatamente no tempo do fim que se voltarão para
o Senhor como nação, para a sua redenção.
Daniel queria saber de Deus quando acabaria o cativeiro
de Israel, e quando seria firmado como nação e reino
sacerdotal, conforme havia sido prometido por Deus,
desde Moisés.
52
A resposta de Deus foi dada com a profecia das setenta
semanas, porque Daniel pensava que uma vez findo os
setenta anos de cativeiro babilônico, conforme havia
sido profetizado por Jeremias, Israel seria estabelecido
como reino de Deus na terra.
Desde a “saída da ordem para restaurar e edificar
Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” temos 69 semanas,
isto é, 483 anos. O decreto para a reconstrução do
templo e da cidade de Jerusalém foi baixado em cerca
de 450 a.C. A contagem vai, portanto até a morte de
Jesus, e não até Seu nascimento, porque somando-se 33
a 450 temos os 483 anos referidos na profecia.
De fato, “para fazer cessar a transgressão, para dar fim
aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a
justiça eterna” conforme se encontra registrado na
profecia, somente seria possível com a morte de Jesus.
Por isso, a profecia de Daniel faz referência à morte do
Senhor.
Mas, “para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo
dos Santos”, conforme está também na profecia de
53
Daniel haverá necessidade de que o Senhor volte e
estabeleça Seu reino na terra, de maneira que O
veremos assim como Ele é, e o que é em parte será
aniquilado.
As visões e as profecias terão tido seu cumprimento, e
já não andaremos somente por fé, mas também pelo
que veremos.
Hoje não há um único ser humano perfeito vivendo na
terra, porque mesmo o maior dos santos é pecador e
ainda está sujeito ao pecado, em razão da natureza
terrena.
Mas, quando o Senhor voltar e nós com Ele em glória,
todos seremos perfeitos, assim como Ele é perfeito.
O plano de Deus de restaurar a criação original terá
cumprimento na volta de Jesus, e no estabelecimento
do Seu reino milenal com os salvos na terra.
Deus criou a terra para este propósito, para que fosse
herdada pelos justos, pelos que são puros de coração, e
sem pecado.
54
Ele cumprirá cabalmente aquilo que planejou desde
antes da fundação do mundo.
Em Daniel 12.11 lemos:
“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for
tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda
mil duzentos e noventa dias”; isto é, decorrerão três
anos e meio para o retorno de Cristo e a consequente
destruição do governo do Anticristo, a contar do
momento em que for posta a abominação desoladora
no Lugar Santo.
Observe que Daniel acrescenta mais 30 dias aos 1260
referidos em Apocalipse 12.6, como tempo da
perseguição do diabo aos judeus através do Anticristo,
durante o período da Grande Tribulação. Isto pode ser
explicado pelo fato de que a profecia de Daniel está
enfocando o tempo para o estabelecimento do Reino, e
não para o término do governo do Anticristo.
Isto demandará o estabelecimento da separação entre
os cabritos e as ovelhas, tendo assim, uma primeira
55
contagem de um prazo já determinado para o início do
estabelecimento do reino.
Em Daniel 12.12 lemos:
“Bem-aventurado o que espera e chega até mil
trezentos e trinta e cinco dias” ;isto é, 45 dias depois dos
1290 já referidos.
Muitas providências deverão ser tomadas para que a
terra seja restaurada a uma condição adequada para o
governo dos santos, juntamente com Cristo. Para a
separação das ovelhas, dos cabritos e tudo o mais que
for necessário. Haveria assim, provavelmente, um
período de transição de 75 dias desde o retorno do
Senhor até o estabelecimento do Seu reino milenal.
Jesus começou a remover a maldição do pecado da
terra.
A terra foi restaurada.
Em Ezequiel 36.36 lemos:
56
“Então as nações que tiverem restado ao redor de vós
saberão que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades
destruídas, e plantei o que estava desolado. Eu, o
Senhor, o disse, e o farei.”
A palavra de Romanos 8.19-21 terá cabal cumprimento
quando da volta do Senhor:
“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação
dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade,
não voluntariamente, mas por causa daquele que a
sujeitou, na esperança de que a própria criação será
redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da
glória dos filhos de Deus.”
Daniel chama o Anticristo, de “pequeno chifre, o rei com
a face feroz, o rei voluntarioso”. João o chama de “a
besta”. E Paulo o chama de “filho da perdição e homem
do pecado”.
Ele é a culminação de todos os falsos cristos. Ele é tão
convincente nisto, que Daniel 9.27 diz que Israel fará um
pacto com ele, crendo que seja o seu libertador e
57
protetor. E todas as nações do mundo, em razão das
suas perseguições vêm a ficar debaixo do seu poder, pois
ele engana a muitos.
Ele tem comunhão com os demônios do inferno. Ele é
poderoso, mas não pelo seu próprio poder. Ele causará
estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe
aprouver, bem como destruirá os poderosos e o povo
santo (Dn 8.24).
Não é seu próprio poder; é o poder do inferno. Pela
astúcia dos seus empreendimentos políticos fará
prosperar o engano (Dn 8.25). Ele usa a paz, usa a
negociação para seduzir o mundo e trazê-lo sob o seu
poder.
No capítulo 11 de Daniel nós descobrimos mais coisas
sobre ele, nos versos 36-45:
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se
engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos
deuses, falará cousas incríveis, e será próspero, até que
se cumpra a indignação; porque aquilo que está
58
determinado será feito. Não terá respeito aos deuses de
seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer
deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas em lugar
dos deuses honrará o deus das fortalezas; a um deus que
seus pais não conheceram honrará com ouro, com prata,
com pedras preciosas e cousas agradáveis. Com auxílio
de um deus estranho agirá contra as poderosas
fortalezas, e aos que o reconhecerem multiplicar-lhe-á a
honra, fá-los-á reinar sobre muitos, e lhes repartirá a
terra por prêmio. No tempo do fim, o rei do Sul lutará
com ele, e o rei do Norte arremeterá contra ele com
carros, cavaleiros, e com muitos navios, e entrará nas
suas terras, e as inundará, e passará. Entrará também na
terra gloriosa e muitos sucumbirão, mas do seu poder
escaparão estes: Edom e Moabe, e as primícias dos
filhos de Amom. Estenderá a sua mão também contra as
terras, e a terra do Egito não escapará. Apoderar-se-á
dos tesouros de ouro e de prata, e de todas as cousas
preciosas do Egito, os líbios e os etíopes o seguirão. Mas
pelos rumores do oriente e do norte será perturbado, e
sairá com grande furor, para destruir e exterminar a
muitos. Armará as suas tendas palacianas entre os
59
mares contra o glorioso monte santo; mas chegará aos
seu fim, e não haverá quem o socorra.”
E assim, o engano dele é incrível. Na realidade, seu
engano é descrito em maior detalhe em Apocalipse 13.
Lá, João não o vê com uma face feroz nem como um rei
voluntarioso, mas em outra perspectiva; como uma
besta. Ele é uma besta que governa sobre as nações e o
simbolismo é muito vívido.
Ele é uma besta poderosa. É uma besta devastadora. O
verso 5 diz, que lhe foi dado 42 meses para agir com
autoridade. Isto equivale a três anos e meio,
correspondentes à metade final dos sete anos referidos
em Daniel 9.27 como o tempo total do seu governo.
Assim, ele passará a empreender suas perseguições
contra Israel, desde a colocação da abominação
desoladora no lugar santo, neste período de três anos e
meio, correspondente à Grande Tribulação.
Em II Tes 2.3,4, Paulo cita o Anticristo nestes termos:
60
“Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto
não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e
seja revelado o homem da iniquidade, o filho da
perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se
chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se
no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o
próprio Deus.”
E, sobre esta sua arrogância e blasfêmia João também
registrou em Apo 13.5,6:
“Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e
blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois
meses; e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus;
para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a
saber, os que habitam no céu.”
Também lemos em Daniel 7.8,25 e 11.36:
“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles
subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros
chifres, foram arrancados; e eis que neste chifre havia
61
olhos, como os de homem, e uma boca que falava com
insolência.” (7.8).
“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os
santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a
lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um
tempo, dois tempos e metade dum tempo” que é
também uma linguagem profética para designar os três
anos e meio a que nos temos referido (7.25).
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se
engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos
deuses, falará cousas incríveis,” (11.36).
Esta exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de
ter vencido as nações, exercido domínio sobre elas, e de
ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles, ter
se considerado superior ao Deus de Israel, a ponto de se
assentar no templo proferindo palavras contra o
Altíssimo. Ele incorrerá no mesmo erro do rei Assírio
Senaqueribe, que se exaltou contra Deus e lhe dirigiu
palavras de afrontas em desafio através de Rabsaqué,
seu porta-voz (Is 36 e 37).
62
Aliado ao poder obtido sobre as nações e sobre Israel, o
Anticristo também terá por motivo de exaltação, o fato
de ser enganado pelo próprio Satanás e demônios, aos
quais estava servindo, porque o falso sistema religioso
que estará a seu serviço, personificado na pessoa do
chamado falso profeta (Apo 13.11-15) fará uma imagem
do Anticristo, e a imagem falará. Será determinado que
todos adorem a imagem, instituindo-se assim um culto
idolátrico, onde todo aquele que se recusar a adorar a
imagem da besta será morto.
Será tal o sentimento de grandeza e de posse do
Anticristo sobre toda a humanidade, que será
determinado que todos recebam certa marca sobre a
mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa
comprar ou vender, senão aquele que tiver o nome da
besta ou o número relativo ao seu nome, que é 666 (Apo
13.16-18).
Muitos poderão estar perguntando como poderia Israel
se aliançar com a besta. No entanto, antes que ele
assuma o controle sobre as nações, revelando seu
63
caráter maligno, ele deve, pela sua aliança com os
israelitas tê-los livrado da ameaça do mundo árabe.
O ódio incurável e histórico do mundo islâmico contra
Israel, não cessará por qualquer tratado de paz.
Daí, possivelmente a razão de Israel ter buscado apoio
no poder político que estará em evidência na ocasião
sob o governo do Anticristo, tal como os israelitas
dependem da sua aliança histórica com os Estados
Unidos, para sua segurança no Oriente Médio.
É possível mesmo, que nos três primeiros anos e meio
de seu governo, ele seja tido como o próprio messias
pelos israelitas, sem que saibam que ele é um falso
libertador.
Em Mt 24.29 o Senhor disse que; “logo em seguida à
tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o
período da Grande Tribulação, ocorrerá a Sua segunda
vinda, e quando isto ocorrer, o sol escurecerá e a lua não
dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e
os poderes do céu serão abalados.
64
“Isto indica que eventos cataclísmicos antecederão a
Sua manifestação, vindo sobre as nuvens do céu com
poder e muita glória.” (verso 30).
Assim, o Senhor virá imediatamente, após a Grande
Tribulação.
E, como mais um sinal da Sua vinda, o Senhor disse na
parábola da figueira que deveríamos aprender da lição
que ela nos dá, porque quando seus ramos se renovam,
e as folhas brotam; que é um sinal de que o verão está
próximo.
Assim, a geração que testemunhasse estas coisas não
passaria sem que tudo aconteça, pois ao virem todas
estas coisas, saberão que Ele está próximo, às portas (Mt
24.32-34).
A figueira dá frutos no verão, e antes que isto ocorra, ela
renova suas folhas. Assim, quando a geração que
presenciar a Grande Tribulação referida pelo Senhor,
precipitada pela profanação pelo Anticristo, do templo
que será reconstruído em Jerusalém, ela pode estar
65
certa de que presenciará a volta do Senhor, assim como
sabemos que o verão se aproxima, quando a figueira
renova seus ramos e as folhas brotam.
Assim, os sinais estão reservados para as pessoas que
estiverem vivendo no tempo do fim.
66
O Palco Já Está Armado
Como que da noite para o dia começaram os protestos
na Ucrânia, todavia, tudo isto fora instigado pelos
mesmos agentes, que operam em todo o mundo
produzindo insatisfação nas massas, para propósitos
previamente planejados e definidos pelos promotores
da NOM.
O pavio está sendo aceso neste momento,
especialmente na Ásia e Oriente Médio, que são as duas
regiões apontadas nas Escrituras, como as da
conflagração que haverá no tempo do fim.
Inicialmente, a Rússia foi provocada pelos EUA com o
estacionamento de tropas em vários pontos próximos
da Rússia já com a intenção oculta, de provocar uma
reação futura de contraresposta dos russos.
Putin tem afirmado repetidamente, que todos devem se
lembrar que não foi ele quem iniciou o quadro de tensão
67
que está se desenvolvendo entre a Rússia, os EUA e os
países do bloco europeu.
Vemos isto no seguinte artigo publicado no site
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/eua-
buscam-aumentar-tropas-na-romenia-diante-de-crise:
“Bucareste - Os Estados Unidos pediram para aumentar
o número de tropas e aeronaves estacionadas em uma
base aérea na aliada Romênia, disse o presidente Traian
Basescu nesta terça-feira, enquanto as tensões entre o
Ocidente e a Rússia continuam na vizinha Ucrânia.
As forças dos EUA têm usado a base aérea de Mihail
Kogalniceanu, no mar Negro, desde 1999. O local
representa uma importante base para as tropas dos EUA
saindo do Afeganistão, e está localizado não muito longe
da península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia
no mês passado.
"A embaixada dos EUA em Bucareste pediu o apoio das
autoridades romenas para expandir operações em curso
na base Mihail Kogalniceanu", disse Basescu em uma
68
carta de notificação para o presidente da câmara baixa
do Parlamento da Romênia.
De acordo com o pedido, os EUA pretendem acrescentar
até 600 soldados norte-americanos aos cerca de 1.000,
atualmente estacionados na Romênia, como também
aumentar o número de aeronaves militares no país-
membro da Otan, segundo a carta.
Os ministros das Relações Exteriores das 28 nações da
Otan, se reuniram em Bruxelas na terça-feira para
discutir formas de aumentar a segurança dos Estados
membros no leste europeu ex-comunista depois da
ocupação e anexação da Crimeia pela Rússia.”
O palco se encontra armado e independentemente das
intenções de seus atores; a antiga tensão da guerra fria
foi reacendida, e todo este ressentimento haverá de
desembocar em algum momento, num grande conflito
armado, conforme planejado na agenda dos promotores
da NOM.
69
Tudo leva a crer do modo que as coisas têm sido
encaminhadas ultimamente no mundo, que está
havendo uma grande encenação por parte das
lideranças envolvidas, pois sabem previamente qual
deve ser o próximo passo a ser dado depois de um
terceiro conflito mundial. A segunda grande guerra
conduziu à formação da ONU. E a terceira por vir, há de
produzir o tão sonhado governo supremo mundial.
70
Uma Unidade Falsa que Conduz à Apostasia da Verdade
Todo crescimento espiritual real procede de Deus. É
ele que dá crescimento ao seu povo. O trabalho dos
pastores e outros ministérios, como definido por Paulo
é apenas o de semear a Palavra da verdade e regar a
lavoura, pois o crescimento é operado só e diretamente
pelo próprio poder de Deus.
Por isso Jesus declara a duas igrejas do Apocalipse que
Ele rejeita e odeia a obra dos nicolaítas (lideres que
dominam a fé do povo), porque estes tomam
indevidamente o lugar que cabe exclusivamente ao
Senhor e ao Espírito Santo, e tentam operar eles
mesmos por seus métodos humanos, o crescimento que
somente Deus pode dar tanto em quantidade quanto
em qualidade quando se fala de todas as coisas relativas
ao Seu reino. Por isso Ele não é somente o Salvador,
como também o Senhor de tudo e de todos.
71
Jesus odeia a obra dos nicolaítas porque em vez de nutrir
e cuidar das ovelhas, as maltrata, lhes priva da liberdade
para a qual Ele as chamou e, sobretudo as conduz à
apostasia, ou seja, a se afastarem dEle, quando elas
decidem seguir a liderança nicolaíta em vez da do
Espírito.
Como os dissidentes, por causa da sua fidelidade a Cristo
e à Palavra são considerados como cismáticos, divisivos,
pelos nicolaítas, porque frustram os seus propósitos de
obterem uma obediência cega, por meio do domínio
dos crentes – o que o Senhor Jesus proíbe
expressamente - eles – os nicolaítas - os expulsarão da
comunhão dos santos.
Todavia, melhor farão, estes que têm os seus olhos
abertos pela graça, para enxergarem o tipo de
comunhão antibíblica que é oferecida pelo sistema
nicolaíta, em tomar a iniciativa de se afastarem deles,
conforme lhes é ordenado pela Palavra de Deus em
várias passagens, a bem da sua fé e da manutenção da
verdade em suas vidas, para ser transmitida a outros
que também amem a verdade tanto quanto eles.
72
Poderoso e Fiel é o Senhor, e o Fará
“Gên 13:16 Farei a tua descendência como o pó da terra;
de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra,
então se contará também a tua descendência.”
“Gên 16:10 Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR:
Multiplicarei sobremodo à tua descendência, de
maneira que, por numerosa, não será contada.”
“Gên 22:17 que deveras te abençoarei e certamente
multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos
céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência
possuirá a cidade dos seus inimigos,”
Sabemos pelas Escrituras, que a promessa feita a
Abraão de ter uma descendência tão numerosa e
incontável se refere àqueles que são reputados como
seus filhos na fé, por terem sido feitos filhos de Deus,
pela mesma fé que justificou a Abraão.
73
Caso tivéssemos que aguardar que o número destes
descendentes fosse completado na presente
dispensação da graça, até o dia do arrebatamento da
Igreja seria necessário esperar ainda muitos séculos
para a volta de Jesus; mas não podemos esquecer que a
descendência de Abraão continuará se multiplicando
extraordinariamente, muito mais do que desde os seus
dias até os nossos, no período do Milênio, quando nosso
Senhor estiver sob o governo direto de todas as nações
do mundo,
Quando houve o dilúvio coube a Noé dar início a uma
nova geração sob as instruções dadas por Deus a Noé,
para serem transmitidas por ele e seus filhos, às
gerações que lhes sucederiam, e assim por diante.
Todavia, sabemos que o pecado logo voltou a controlar
o procedimento dos homens, como se vê, por exemplo,
na construção da Torre de Babel.
Mas, de quantos filhos Deus se proveu, e tem ainda se
provido, mesmo no mundo governado pela iniquidade e
74
com governantes injustos que não têm o temor do
Senhor?
De quanto maior número de filhos então, Deus não se
proverá, quando os fiéis que forem deixados sobre a
Terra depois da segunda vinda de Jesus estiverem
debaixo do Seu governo justo e perfeito, que não mais
terminará?
Somente o final do período do Milênio porá termo à
procriação na face da Terra; e até lá, a descendência de
Abraão será tão numerosa como as estrelas do céu e a
areia na praia.
Poderoso e fiel é o Senhor, e o fará.
75
Paz em Todas as Circunstâncias
“Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê
continuamente a paz em todas as circunstâncias. O
Senhor seja com todos vós.” (2 Tes 3.16)
Esta oração do apóstolo foi feita pelos cristãos de
Tessalônica, no contexto da grande angústia e
ansiedade em relação à segunda volta do Senhor, pois
julgavam, em razão das grandes perseguições que
estavam sofrendo, que Ele já tinha arrebatado a alguns
da Igreja, e eles haviam sido deixados para trás, ou
então que aqueles eram os sinais do princípio das dores
que Ele havia profetizado e que precipitariam a Sua
volta.
Então, Paulo ora por eles e por todos os cristãos no
sentido de que tenham a paz de Cristo em seus corações,
em todas as circunstâncias, recebendo-a diretamente de
Deus, por manterem comunhão com Ele.
76
Ansiedades furtam a fé, e com ela carregam a nossa
comunhão e paz, portanto não foi sem razão que nosso
Senhor Jesus Cristo nos advertiu no Sermão do Monte, a
não estarmos ansiosos de coisa alguma, nem mesmo em
meio às aflições que se intensificarão próximo da Sua
volta.
Nem mesmo os ardis diretos de Satanás contra os
cristãos, nem as conspirações que ele levanta no mundo
usando pessoas poderosas para trazer o mal sobre a
humanidade devem ser motivo para deixarmos de ter
paz perfeita no Senhor Jesus, uma vez que Ele tem sob o
Seu controle e poder todas as coisas, especialmente as
nossas vidas.
Preservemos então, a nossa fé e confiança em Deus Pai
e em Jesus Cristo, para que o nosso coração não fique
turbado, conforme é o Seu desejo quanto a todos os que
O amam.
77
Um Reino Não Criado Pelo Homem, Mas Por Deus
“Gál 6:7 Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois
aquilo que o homem semear, isso também ceifará.
“Gál 6:8 Porque o que semeia para a sua própria carne
da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o
Espírito do Espírito colherá vida eterna.”
Das muitas aplicações desta porção bíblica, uma pode
ser inferida com toda certeza; é o que concerne àqueles
que semeiam para esta vida terrena, e nada colherão
senão aquilo que é deste mundo, e não o que é do céu e
espiritual.
Quando se semeia para o mundo, se faz provisão para a
natureza carnal pecaminosa, e desta não pode advir
qualquer coisa boa e eterna.
O judeu sionista-Illuminista que busca um reino de
poder e domínio com o seu messias terreno imaginário
perecerão aqui, juntamente com ele quando lho
78
conduzirem ao domínio das nações (Anticristo), e serão
alijados da possibilidade de reinarem juntamente com
Cristo quando Ele voltar para julgar o mundo com
justiça.
É aos mansos, aos que amam a Deus e Sua justiça que é
feita a promessa da bem-aventurança da possessão
eterna da terra e do céu, isto é, para os que não buscam
exercer domínio opressor por via de poder econômico,
político, financeiro ou qualquer outro terreno que se
possa referir.
De há muito que está em andamento no mundo, um
plano insidioso para o domínio das nações, por pessoas
que distorcem a intenção e o objeto das profecias do
Velho Testamento dirigidas à futura glória prometida
por Deus para Israel. Todavia, se esquecem que o Israel
ali referido é composto por pessoas piedosas e santas de
todas as nacionalidades, convertidas de fato a Deus e
aos Seus mandamentos, de coração, pela fé em Jesus
Cristo, conforme está explicado devidamente tanto por
nosso Senhor, quanto por Seus apóstolos nos escritos do
Novo Testamento.
79
O reino de Jesus não é deste mundo, ele é de caráter
espiritual; de amor, justiça, verdade e paz que não são
segundo o homem, mas segundo a natureza do próprio
Deus, a qual é comunicada a todos aqueles que O
buscam com um coração sincero.
“Col 3:1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente
com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive,
assentado à direita de Deus.
Col 3:2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui
da terra;
Col 3:3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta
juntamente com Cristo, em Deus.
Col 3:4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar,
então, vós também sereis manifestados com ele, em
glória.
Col 3:5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena:
prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e
a avareza, que é idolatria;
81
O “deus” da Nova Ordem Mundial
“2Ts 2:3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane,
porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a
apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho
da perdição,
2Ts 2:4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se
chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-
se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o
próprio Deus.”
Não somente o Anticristo se oporá a Deus, e a tudo o
que esteja relacionado ao Seu culto e adoração; como
todos os seus adoradores e seguidores, que o
conduzirão ao governo mundial estão preparando as
condições que sejam favoráveis para a sua manifestação
ao mundo, por estarem disseminando o ódio a Deus, à
Bíblia e aos cristãos.
O desejo de sacudir o jugo de uma sociedade de
orientação moral judaico-cristã contribuirá para que se
82
dê as boas-vindas àquele que afrontará e perseguirá
tudo o que se refira a Deus.
Poucos sabem que Karl Marx era cristão em sua
juventude, e que passou a odiar a Deus e ao cristianismo
em razão de ter se associado à práticas satanistas e
ocultistas.
Ele se empenhou, juntamente com outros de mesmo
pensamento, a lutar pela causa da criação de um Estado
em que os princípios da religião cristã fossem
arrancados da vida da população.
Estes ideais foram abraçados e materializados na criação
de um estado comunista, dirigido inicialmente por
Lênin, que abrigava integramente os mesmos
sentimentos e expectativas de Marx.
Não seria, portanto de se estranhar que faça parte da
agenda de todos os que estão empenhados na criação
de uma Nova Ordem Mundial, com um governo único
para o mundo, o mesmo tipo de governo fascista
maquiado de comunista, como os que existem na Rússia
83
e na China; com o controle geral da economia, e
supressão da liberdade religiosa fundamentada em
princípios judaico-cristãos, por uma minoria oligárquica,
que vem trabalhando para o referido fim.
Por isso muitos desconfiam que foram os próprios
capitalistas que fomentaram a criação do comunismo e
ideais socialistas em países do Leste Europeu e da Ásia,
com o fim mesmo de transportar futuramente, não
propriamente o comunismo, mas seu modo de vida
feudal e ateísta, para os países do Ocidente, onde tais
mudanças seriam rejeitadas, caso implantadas pela
força das armas, como no caso dos citados países, por
ser o Ocidente de maioria cristã. Por isso tais mudanças
estão sendo implementadas por meio de uma tentativa
de destruição progressiva dos valores da sociedade
cristianizada, pela adoção de práticas pagãs.
Podemos estar convictos, de que estão sendo
financiados pela cúpula da Nova Ordem Mundial todos
os agentes de transformação dos padrões de
comportamento, especialmente através da cultura, das
artes, da música, da política, da tecnologia, do
84
consumismo, da liberação sexual, e de tudo o que
contribua para a subversão de todas as virtudes cristãs
que nos são recomendadas, como por exemplo, a da
humildade, da castidade, do respeito ao direito à
propriedade privada, inclusive pelo próprio Estado, do
amor ao próximo e à vida, do não cobiçar, do não amar
o dinheiro, da adoração exclusiva ao Deus da Bíblia, etc.
85
Mega Templos e Mega Igrejas
Na década de 70 havia cerca de 10 mega templos ou
mega igrejas nos EUA; na de 80, cerca de 50; e hoje, o
número ultrapassa 1.800.
Será isto um avivamento?
O recuo da apostasia profetizada para os últimos dias?
O que levou à grande concorrência de pessoas aos
templos das mega igrejas?
Consistência bíblica do evangelho pregado?
Arrependimento? Conversões genuínas? Busca de
salvação e santificação?
Ou a suntuosidade dos templos; os cenários que são
usados para eventos nos templos, considerados
verdadeiros espetáculos teatrais e musicais?
Ou os equipamentos eletrônicos de som, imagem e luz;
os amplos e confortáveis assentos, estacionamentos e
86
equipamentos para ginástica, praças de alimentação, e
tudo o mais que possa entreter com requinte e charme?
Nunca é demais lembrar, que a conversão à Jesus Cristo
e a manutenção da nossa comunhão com Ele, sempre é
precedida por arrependimento.
Como não há quem não peque... Na vida de genuínos
crentes, sempre será visto o arrependimento que
conduz à contrição de espírito, e esta à restauração da
comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo.
Agora, quanto pode contribuir para isto a pregação
típica das mega igrejas voltada para prosperidade
material, e para produzir emoção e deslumbramento
nos assistentes?
O que motiva a maioria das pessoas que frequentam
estas igrejas: participar de uma programação
deslumbrante, de um agradável entretenimento, de
uma busca de aprendizagem de como se conseguir
prosperidade mundana?
87
Quem disciplina quem, segundo a norma do evangelho
de fazê-lo com longanimidade e doutrina? Quem exorta
quem, à busca de uma maior santidade de vida? Quem
conhece o estado espiritual do irmão ao seu lado nos
cultos, para encorajá-lo à prática do amor e das boas
obras?
Como o pastor conhecerá o estado de cada uma de suas
ovelhas segundo a ordenança bíblica, de olhar por si
mesmo e por todo o rebanho que foi colocado pelo
Espírito Santo debaixo do seu cuidado, para ser
apascentado por ele? (Atos 20.28)
Como fazer tudo isto, quando a religião é tratada como
se fosse um grande negócio comercial como outro
qualquer; quando o que dita e incentiva o crescimento
são técnicas administrativas e de mídia seculares,
seguindo as mesmas regras das grandes casas de
espetáculo do mundo?
A moda está se espalhando pelo Brasil e pelo mundo
afora, com tendência a crescer cada vez mais, porque é
inegável que o chamado evangelho eletrônico e de
88
espetáculo é algo imensamente lucrativo do ponto de
vista financeiro.
Com mão de obra não remunerada, com isenção de
taxas e impostos, e com um produto que não gera custos
na sua produção, o lucro financeiro é líquido e certo.
Se toda esta multidão estivesse debaixo da pregação de
Jesus e dos apóstolos, sendo-lhe exigido que vivesse em
estrita conformidade com a norma bíblica, é bem
provável que de mega restariam os templos, mas já não
mais as igrejas, porque é certo, como costuma ocorrer
até mesmo em congregações pequenas: maior é o
número de evasões do que de permanências, porque a
parábola do semeador se cumpre onde o verdadeiro
evangelho é pregado, ensinado e aplicado na vida dos
crentes.
A Igreja de Laodiceia vê a si mesma, como muito forte e
não necessitada de qualquer graça de Deus para
prosperar; por isso nosso Senhor diz que ela é na
verdade pobre, cega, miserável e nua.
89
A Igreja de Filadélfia recebe do Senhor a atestação de
que tem pouca força, todavia é forte e irrepreensível por
depender da Sua graça.
Cada um tire a sua própria conclusão acerca disto, que
não é um fenômeno, nem um avanço do evangelho,
senão o cumprimento da profecia relativa à apostasia, e,
por conseguinte, da necessidade da chamada ao
arrependimento que encontramos no livro de
Apocalipse sendo dirigida à maioria das igrejas ali
descritas.
90
A Sempre Presente Necessidade de Reforma
Conhecendo o Presente pelo que Sucedeu no Passado
Reformar, seguindo a etimologia da própria palavra (re
– formar), significa trazer novamente à forma original.
Não se trata, portanto de criar algo novo, ou de se
acrescentar ou retirar algo do que se tornou
envelhecido, como muitos assim o entendem, mas
manter o estado original de algo que foi mudado.
A chamada Reforma Protestante tinha este caráter. Ela
não foi basicamente uma luta contra a Igreja Romana,
mas um esforço em fazer com que o genuíno evangelho
de Jesus Cristo fosse pregado e ensinado à igreja, tal e
qual se encontra registrado nas páginas da Bíblia, para
ser por ela praticado.
O evangelho não necessita de reforma, porque está
revelado de uma vez para sempre nas páginas das
Escrituras, especialmente nas do Novo Testamento.
91
Quem necessita então, sempre de reforma é a igreja,
porque esta sim é dada a se desviar da prática dos
mandamentos ordenados pelo Senhor em Sua Palavra.
As repreensões dirigidas por nosso Senhor às igrejas nos
capítulos 2 e 3 de Apocalipse, bem demonstram esta
necessidade de reforma pela via do arrependimento, e
retorno à estrita obediência aos Seus mandamentos.
Mesmo no caso das duas igrejas que não receberam
repreensões (Esmirna e Filadélfia), todavia foram
alertadas sobre a necessidade de permanecerem na
fidelidade em que se encontravam na ocasião.
O conteúdo destas repreensões e advertências do
Senhor, muito nos ajudam a entender o estado presente
da igreja em todo o mundo. Podemos ter uma visão
correta da necessidade específica de reforma em cada
uma delas, a partir do que lhes é recomendado por
nosso Senhor Jesus Cristo - a cabeça da Igreja.
Veja o caso da igreja em Éfeso:
92
“Apo 2:1 A o anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas
coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete
estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de
ouro:
Apo 2:2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como
a tua perseverança, e que não podes suportar homens
maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se
declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
Apo 2:3 e tens perseverança, e suportaste provas por
causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
Apo 2:4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu
primeiro amor.
Apo 2:5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e
volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti
e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te
arrependas.
Apo 2:6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras
dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
93
“Apo 2:7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da
árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”
Por que Éfeso foi repreendida a ponto de ser ameaçada
a deixar de ser igreja (remoção do candeeiro), caso não
se arrependesse de ter abandonado o primeiro amor e
suas primeiras obras, uma vez que fora elogiada por sua
correta ortodoxia, por seu labor, rejeitando os falsos
apóstolos e o seu ensino, rejeitando toda forma de
hierarquismo eclesiástico (nicolaítas), perseverando e
suportando provas por causa do nome de Jesus, sem se
deixar esmorecer?
Éfeso nos ajuda a entender porque apesar de pregarmos
e defendermos o verdadeiro evangelho, ainda corremos
o risco de não praticá-lo em nossa vida, ou seja, não
guardarmos os mandamentos do Senhor relativos à
nossa santificação. É possível ser ouvinte da Palavra
verdadeira e não praticá-la na vida.
Este era o problema com Éfeso e com um grande
número de igrejas em nossos dias.
94
Santificação não decorre apenas de se conhecer, pregar
e ensinar o evangelho verdadeiro, mas em colocá-lo em
prática em nossos pensamentos, ações e palavras.
O primeiro amor aqui referido pelo Senhor, certamente
reporta aos dias em que sob a direção do apóstolo Paulo
e Timóteo, aquela igreja andou em verdadeira santidade
de vida, amando e praticando os mandamentos do
Senhor registrados na Bíblia.
Mas como Éfeso era uma cidade cosmopolita, na qual se
encontrava o colossal templo e culto à deusa Diana ou
Astarte, e tendo a maioria dos convertidos sido
alcançados de uma vida pagã e idolátrica, eles deviam
ser muito tentados em voltar ao antigo modo de vida de
adoração pagã, na qual o adorador serve a quem quiser
e vive como quiser.
O cristianismo, todavia não é inclusivista, mas
exclusivista, pois admite somente a adoração do único
Deus vivo e verdadeiro, e que se pratique somente a Sua
Palavra.
95
Não admira que encontremos no final da primeira
epístola de João, uma advertência quanto à necessidade
dos seus destinatários se guardarem incontaminados da
idolatria.
E certamente Éfeso contava entre os destinatários
originais daquela primeira epístola do apóstolo, uma vez
que por anos ele havia se fixado em Éfeso e
supervisionado todas as igrejas da Ásia Menor,
especialmente as mencionadas nos capítulos 2 e 3 de
Apocalipse.
Nada justifica a falta de reforma da igreja, mesmo
quando se encontra debaixo de forte perseguição, como
foi o caso de todas aquelas sete igrejas do Apocalipse,
uma vez que o imperador romano Domiciano estava
assolando a igreja, no período do seu reinado (81-96
d.c.) exigindo que fosse adorado como Senhor e Deus. O
próprio João foi deportado para Patmos por sua ordem,
e muitos crentes estavam sendo martirizados.
Todavia, Éfeso permaneceu firme e perseverou,
conforme testemunho do próprio Senhor Jesus.
96
O que poderia se esperar mais, de uma igreja
perseverante como aquela?
Santificação!
Sempre será procurado pelo Senhor, o fruto da
santificação nos Seus servos, independentemente das
circunstâncias em que estejam vivendo.
O argumento de que a pressão da mídia é muito forte
em nossos dias, que as fontes de tentação são múltiplas
e variadas, que a iniquidade tem corroído terrivelmente
toda a sociedade; enfim, tudo o que for contra a
possibilidade de se manter uma vida santa sem
pressões, não será justificado pelo Senhor por não
praticarmos Seus mandamentos.
Isto deve ser visto na vida, partindo do coração, sendo
um amor não apenas de palavras, mas por obras e de
fato.
Veja que Éfeso tinha muitas obras, mas não eram as
obras da fé. E por isso lhe foi requerido o retorno à
prática das primeiras obras que faziam em santificação.
97
Não existe, portanto uma reforma de igreja dissociada
do testemunho da nossa própria vida.
Muitos ouvirão o verdadeiro evangelho por anos
seguidos, e, no entanto, não permitirão que o Espírito
Santo reforme seus corações, trazendo-lhes à condição
em que sempre deveriam se encontrar, a saber,
crescendo na graça e no conhecimento de Jesus, pela
prática amorosa de todos os Seus mandamentos.
98
A Consolidação de Um Governo Único Mundial é Inevitável
Seja pelo caminho do bem, seja pelo caminho do mal.
Ao que tudo indica, o caminho que conduzirá à
consolidação da Nova Ordem Mundial está tendo duas
vertentes para o mesmo propósito, uma pela busca do
bem, e outra pelo cumprimento de um plano maligno.
Homens e mulheres de boa vontade, empenhados em
buscar soluções para os problemas mundiais têm
chegado à conclusão que a melhor delas seria a
instalação de um governo único central sobre todas as
nações, e por outro lado os antigos senhores do mundo
têm cumprido as diversas etapas de seu planejamento
maligno para preservação do seu status-quo, livres das
ameaças de futuras instabilidades sociais que poderiam
dilapidar suas fortunas e terminar com o seu poder de
mando global informal.
Estaremos explicando detalhadamente a seguir em que
consistem estes dois caminhos citados.
99
Por mais incrível que possa parecer, a implantação do
comunismo na Rússia, China e Coreia do Norte, foi
financiado com o capital dos banqueiros de Wall-Street,
como é sabidamente conhecido pelo testemunho da
própria imprensa americana.
A razão disto é explicada pelo plano criteriosamente
engendrado de formar no mundo dois grandes blocos
antagônicos, com vistas à grande conflagração final da
terceira guerra mundial.
Estes opositores deveriam ser devidamente fortes para
produzirem um grande estrago e caos mundial pela
confrontação das nações unificadas do eixo (União
Europeia, EUA – Nafta, Brasil – Mercosul – e demais
aliados), contra Rússia, China, Coreia do Norte, Irã e
todos os demais países muçulmanos interessados na
destruição de Israel).
Os grandes controladores do capital mundial de Wall-
Street ficarão mais ricos e poderosos financiando esta
guerra em ambos os lados, cujo custo será pago pela
tributação das populações locais.
100
Pelo pavor de evitar futuras assolações, todos estarão
dispostos em todo o mundo a abrir mão de sua
soberania nacional, em prol de um governo mundial
forte, que diferentemente da ONU, tenha o poder real
de controlar toda a população mundial, pela ação
combinada da nações coligadas como parceiras sob o
compromisso real de um pacto de ajuda, no qual,
quando qualquer parceiro tentar violar as regras
impostas, deve ser punido imediatamente pela ação das
demais nações, agora reunidas em regiões (UE, Nafta,
Mercosul, etc) com seus respectivos representantes
oficiais junto ao governo central.
Será instalado portanto um governo fascista com um
efetivo controle arbitral sobre as finanças, política,
economia, religião etc.
E quem estará agora oficialmente sentado no governo
central ditando as normas gerais de ação: os velhos
senhores de Wall-Street e seus coligados, que sempre
controlaram as finanças em todo o mundo, inclusive na
Rússia, China, e pasmem, até mesmo na Coreia do
Norte.
101
Eles haviam financiado a indústria e as guerras destas
nações, e agora o direito de estarem no comando das
ações, deverá ser reconhecido por elas, até mesmo
porque detêm agora o poder do argumento da força das
armas num contrato de parcerias de caráter inviolável.
Em linhas rápidas e gerais, acabamos de apresentar o
caminho do mal.
Vejamos agora, algumas propostas do caminho do bem,
o qual está representado por exemplo nas ideias do Ex-
Desembargador Francisco César Pinheiro Rodríguez.
O aumento abrupto da população no último século, e o
avanço tecnológico que roubou a mão-de-obra
mecânica, aponta para gravíssimos níveis de
desemprego.
Para que se tenha uma ideia, a população mundial para
passar de um bilhão para dois bilhões, levou cerca de
cem anos, entre os séculos XIX e XX.
102
Em 1950 havia dois bilhões e meio de pessoas no
mundo. E apenas sessenta e três anos depois, em 2013,
a população mundial é de 7 bilhões.
E a cada dez anos, atualmente, a população cresce em
mais um bilhão, ou seja, dez vezes mais do que no
período longo de 1800 a 1927.
É daí principalmente que decorre a maioria dos atuais
problemas mundiais, notadamente nos aspectos de
segurança, saúde, transportes, alimentação, moradia
etc.
Este é agravado pela conhecida ciranda financeira, em
que os investidores e empresas mundiais aplicam seu
capital onde lhes seja mais conveniente, segundo as
circunstâncias do momento ou previsões futuras –
muitas delas produzidas por inquietações artificiais –
levando a um constante desequilíbrio financeiro nas
diversas nações.
A disputa capitalista pelo lucro e somente pelo lucro,
coloca à margem outros interesses maiores e vitais
103
relativos não somente à preservação da condição da
dignidade humana, como também ao que se refere ao
meio ambiente.
Mas como a roda capitalista não pode parar, pois
ninguém está disposto a abrir mão do seu moderno
estilo de vida, não há como se voltar atrás, para o modo
de se viver do passado.
Assim, não há outro meio para um controle efetivo
sobre a farra financeira, política etc, senão o
estabelecimento de um governo central forte, porque os
investidores não terão alternativas para correrem com
seu capital para as nações que lhes sejam mais
convenientes e confiáveis, porque afinal, todas estariam
agora, por consenso mútuo, debaixo de um mesmo
sistema e controle mundial.
As atuais medidas protecionistas das nações, suas
barreiras alfandegárias, o câmbio flutuante monetário,
tudo isto terminaria, e, supostamente, haveria uma
melhor distribuição de recursos, oferta de empregos em
condições de igualdade, e a eliminação de muitos outros
105
O Anticristo é um Juízo de Deus Sobre o Pecado
Como pode ser isto? Estaria Deus aliançado com o mal?
De modo nenhum, mas Ele permite e usa aqueles que se
levantam com poder político e militar superior aos
demais, para demonstrar ao homem, que é pecador por
natureza, que isto, é tudo o que se pode esperar de um
governo humano absoluto, pois, por detrás do mesmo
se esconde o engano e o mal, uma vez que Satanás é
quem governa sobre o pecado, e usa como seus agentes
homens ímpios, que podem inclusive, se disfarçarem em
princípio, tanto quanto ele, em ministros de justiça e de
paz.
Assim foi permitido à idólatra e ímpia Babilônia exercer
um juízo sobre os povos e nações do mundo antigo, e
entre eles Israel, em razão da impiedade desenfreada
em que viviam, tendo a própria Babilônia sido julgada
posteriormente pelo braço forte da coligação medo-
persa. Esta, por sua vez, por Alexandre Magno e o que
restou do império deste último foi subjugado pelos
106
romanos, e, assim tem ocorrido sucessivamente na
Terra, até que se manifeste o último e grande opressor
de todas as nações do mundo, o Anticristo, que por fim
será destruído, como todos os que lhe apoiarem
diretamente, pelo próprio Senhor Jesus Cristo, por
ocasião da sua segunda vinda.
Somente a Deus Pai e a Jesus Cristo pertence o governo
absoluto, que deve se manifestar tanto externamente,
quanto no coração.
Sem isto, não pode haver segurança, justiça e paz,
porque quando é buscado por meio do mero canal
humano, no fim, sempre se há de cair nos braços e
intentos de Satanás.
107
Como Podemos Saber se Estes Nossos Dias São de Apostasia
Nunca houve uma única congregação cristã na Terra,
em toda a história do Cristianismo, da qual se pudesse
dizer que todos os seus membros eram consagrados e
espirituais, e que os novos convertidos faziam
progresso na fé, com corações sinceros procurando
vencer o pecado e viver de modo agradável a Deus.
Mas de apostasia, de esfriamento na fé, de rejeição da
sã doutrina bíblica, substituindo-a por doutrinas de
homens e de demônios, não há testemunho nas
Escrituras senão para os últimos dias.
E se há apostasia, há aumento da iniquidade; e se há
aumento da iniquidade há esfriamento do amor
espiritual, que pode ser produzido somente pelo Espírito
Santo, quando os crentes guardam a Palavra de Deus.
Como está ficando cada vez mais difícil; mesmo em
congregações pequenas, com um reduzido número de
membros, achar a maioria dos cristãos vivendo de modo
108
santo e agradável a Deus, que é o único modo de se ter
verdadeira comunhão em amor uns com os outros, uma
vez que isto não é possível de se ter, quando não
caminhamos na luz do evangelho, então não é comum
se ver aquela comunhão espiritual que havia entre os
crentes da Igreja Primitiva.
Crentes espirituais estão gemendo e sofrendo por
aspirar por um momento de comunhão plena com
irmãos, que sejam pessoas de fato santificadas e
consagradas ao Senhor.
Quantos estão saudosos dos cultos de adoração, que
prestaram com outros irmãos amados em dias de
avivamento que experimentaram no passado.
Mas os de hoje, são dias difíceis, especialmente para
esta unidade de fé, doutrina e amor, que gera a
verdadeira comunhão espiritual quando os crentes se
reúnem para adorar a Deus.
109
Por que Jesus Disse que o Mundo Odeia os Cristãos
Tanto Quanto a Ele?
“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a
vós, me odiou a mim.” (João 15.18)
Simplesmente, porque não O conhecem pessoalmente
em espírito, e não O amam.
Este foi o problema com Nietzsche, Karl Marx e todos os
que declararam seu ódio abertamente contra Cristo e o
cristianismo.
Para quem não é de fato convertido, e que, por
conseguinte não possui a habitação do Espírito Santo,
não é de modo algum possível entender o real
significado das virtudes cristãs conforme estão
reveladas na Bíblia.
Ainda que muitos tentem justificá-los e a todos os
demais que odeiam o evangelho secretamente, sob a
alegação de que seu ódio não é propriamente contra a
pessoa de Jesus e dos cristãos, mas somente contra o
sistema religioso chamado cristianismo, que é
110
manipulado pelos clérigos, todavia permanecem na
mesma condição de opositores da verdade, porque
aqueles que conhecem a Cristo combatem o erro em
outros termos e com sentimentos diferentes de um ódio
consumidor pelo próprio Deus, e por todos que Lhe
amam.
Nietzsche não declarou apenas, que o Deus dos cristãos
está morto, mas escreveu muito em todas as suas obras
com o objetivo de combater o cristianismo.
São suas palavras em seu livro intitulado “O Anticristo”:
“Não devemos erigir uma plataforma para embelezar o
cristianismo: ele travou uma guerra de morte contra
este tipo mais elevado do homem, ele colocou todos
seus mais profundos instintos desse tipo sob a sua
proibição, desenvolveu seu conceito de mal, do mal pelo
próprio mal, fora desses instintos - o homem forte como
o réprobo típico, o "pária entre os homens." O
cristianismo tomou partido de todos os fracos, do baixo,
do que deu errado, e que fez um ideal fora de
antagonismo a todos os instintos de autoconservação da
111
vida saudável, que corrompeu até mesmo as faculdades
daquelas naturezas que são intelectualmente mais
vigorosas, representando os maiores valores
intelectuais como pecaminoso, como enganador, cheio
de tentações. O maior exemplo lamentável: a corrupção
de Pascal, que acreditava que o seu intelecto havia sido
destruído pelo pecado original, ao passo que na verdade
foi destruído pelo cristianismo!”
Seria algo surpreendente, que esteja havendo um
renovado interesse da comunidade internacional por
Nietzsche?
O que incomoda e perturba os poderosos e nobres, que
são sábios segundo o mundo é a verdade de que Deus
tem escolhido para Si os que são humildes e fracos, para
torná-los sábios e fortes segundo Deus, e não segundo o
mundo.
112
1Co 1:26 Porque vede, irmãos, a vossa vocação, que não
são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os
poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.
1Co 1:27 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste
mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as
coisas fracas deste mundo para confundir as fortes
1Co 1:28 E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e
as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que
são;
1Co 1:29 para que nenhuma carne se glorie perante ele.
1Co 1:30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para
nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação,
e redenção;
1Co 1:31 para que, como está escrito: Aquele que se
gloria, glorie-se no Senhor.
Por que Jesus Era um Traidor Para os Escribas e Fariseus?
113
Não somente para eles, mas para todos os que detinham
o poder em Israel, como os saduceus, outros que
compunham o Sinédrio e demais líderes religiosos, Jesus
foi um grande traidor, não da Lei de Deus, que Ele veio
cumprir e não revogar, mas dos seus propósitos
malignos e orgulhosos, de se considerarem o povo eleito
de Deus para governarem todas as nações da Terra, por
serem descendentes biológicos de Abraão.
Eles vinham por séculos, especialmente depois da volta
do cativeiro em Babilônia, afirmando a chegada de um
Messias que daria por fim, o poder prometido a Israel
sobre as nações.
E ao verem Aquele Profeta ensinando, que muitos
sequer eram filhos de Deus, mas do diabo, por
praticarem suas obras malignas; e que Seu governo em
sua volta seria composto por pessoas convertidas de
todas as nações e não apenas de Israel, eles se
enfureceram e começaram a agir com o intuito de matá-
Lo o mais rapidamente possível.
114
Jesus havia frustrado os seus propósitos carnais e
malignos, e afirmou que eram hipócritas, pois debaixo
de um alegado serviço a Deus e à sua Lei haviam
acrescentado vários mandamentos que anulavam a Lei
que fora dada a Moisés, e até mesmo que eram
contrários a ela, como por exemplo, o ensino cabalístico
de se odiar os inimigos.
Eles intentavam impor um governo mundial pela força
do braço do Messias, e ficaram completamente
devastados quando Jesus lhes disse que Seu reino não
era como os reinos deste mundo, pois demandava de
Seus súditos uma real transformação do coração, de
cujo interior procedem todos os males; transformação
esta, que é realizada pelo poder da Sua própria graça,
que é concedida a todo aquele que nEle crê.
Um governo compartilhado com pessoas de todas as
nações gentias era um ultraje para o modo de pensar
deles. Um governo pelo qual deveria se esperar
mediante o cumprimento da pregação do evangelho em
todos os recantos da Terra, convidando à conversão
pessoas de qualquer condição social e racial, para
115
participarem do Reino de Deus era demais para ser
aceito por eles.
Assim, seus sucessores, desde então têm trabalhado
para produzir seu próprio messias, principalmente
através do poder do dinheiro, com vistas à tentativa de
erradicar o cristianismo em todo o mundo, e estabelecer
o sistema iníquo de seu governo, que não tem qualquer
consideração pelo próximo.
Estão fazendo isto, através da perversão dos valores
cristãos, pelo uso da cultura, da mídia, das ações
governamentais etc. Na verdade, não querem um
messias, mas uma marionete que governe o mundo em
nome deles, pois todos se consideram messias em si, e
para si mesmo.
Esta é a razão de Jesus ser tão odiado por eles, e por
todos aqueles cujas mentes são insufladas pela
propaganda destas mentes perversas, que se encontram
a serviço de Satanás.
116
Todavia, poderoso é o Senhor para guardar todos os que
Lhe amam, e dar o devido pago a todos estes falsos
messias e seus seguidores, no tempo oportuno.
“Mat 23:25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,
porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes,
por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!
Mat 23:26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do
copo, para que também o seu exterior fique limpo!
Mat 23:27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,
porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por
fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios
de ossos de mortos e de toda imundícia!
Mat 23:28 Assim também vós exteriormente pareceis
justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de
hipocrisia e de iniquidade.
Mat 23:29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,
porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os
túmulos dos justos
117
Mat 23:30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de
nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue
dos profetas!
Mat 23:31 Assim, contra vós mesmos, testificais que sois
filhos dos que mataram os profetas.
Mat 23:32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
Mat 23:33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis
da condenação do inferno?”
118
Principal Causa das Perseguições na Grande Tribulação
Em Daniel 12.11 lemos:
“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for
tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda
mil duzentos e noventa dias.”
O governo mundial do Anticristo durará exatos sete
anos, sendo que nos três anos e meio do final do seu
governo, empreenderá grande perseguição contra os
cristãos que permanecerem na Terra após o
arrebatamento da Igreja, e também aos judeus, porque
estes rejeitarão adorá-lo como se fosse um deus.
Nosso Senhor Jesus Cristo, em Sua profecia sobre o
tempo do fim, se reportou à citação de Daniel, para
descrever o que ocorreria na Grande Tribulação.
O “lugar santo”, e o “abominável da desolação” citados
em Mateus 24.15, pode tanto se referir a uma imagem
pagã que exalte o Anticristo, colocada por ele num
119
templo que seria reconstruído pelos judeus em
Jerusalém; ou à presença do próprio Anticristo na
referida cidade, com seus exércitos para produzir
desolações em Israel.
Note-se que na profecia de Daniel há uma referência à
remoção do “sacrifício costumado” que era oferecido no
templo, e isto foi feito efetivamente por Antíoco
Epifânio entre 175 e 165 a.C.; todavia não há referência
à remoção de sacrifícios na profecia de nosso Senhor.
É importante destacar que Ele havia predito, que o
templo de Jerusalém seria destruído, e não ficaria ali
pedra sobre pedra; tendo a mesquita chamada Cúpula
da Rocha sido construída exatamente no espaço que era
por ele ocupado; e, desde que os romanos o destruíram
em 70.d.C., nunca mais houve um templo no qual os
israelitas apresentassem os sacrifícios que eram
exigidos pela Lei, no período do Antigo Testamento.
“Mat 24:15 Quando, pois, virdes o abominável da
desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo
( quem lê entenda ),
120
Mat 24:16 então, os que estiverem na Judeia fujam para
os montes;
Mat 24:17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar
de casa alguma coisa;
Mat 24:18 e quem estiver no campo não volte atrás para
buscar a sua capa.
Mat 24:19 Ai das que estiverem grávidas e das que
amamentarem naqueles dias!
Mat 24:20 Orai para que a vossa fuga não se dê no
inverno, nem no sábado;
Mat 24:21 porque nesse tempo haverá grande
tribulação, como desde o princípio do mundo até agora
não tem havido e nem haverá jamais.
Mat 24:22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados,
ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais
dias serão abreviados.”
121
À luz de todas estas palavras podemos inferir, que um
dos principais elementos propulsores das assolações
que serão empreendidas pelo Anticristo contra os
judeus, e os cristãos remanescentes que estiverem
vivendo na Terra será o arrebatamento da Igreja no final
dos primeiros três anos e meio do seu governo.
É possível que o arrebatamento seja explicado pelo
Anticristo com uma mentira, de que foi em razão de
terem sido amaldiçoadas pelo seu poder divino, que tais
pessoas desapareceram misteriosamente da face da
Terra; e como eram cristãs em sua totalidade, o que
restava então, senão completar o trabalho de
exterminá-los por completo, bem como qualquer
resquício de cristianismo que ainda porventura existisse
neste mundo.
Veja que já opera presentemente uma forte oposição ao
cristianismo, tentando desacreditá-lo e ridicularizá-lo,
como sendo contrário a princípios aceitos e legitimados
pela Nova Ordem Mundial (casamento de pessoas do
mesmo sexo, aborto, adultério, negação da existência
122
de Deus e de uma moralidade baseada na religião
revelada através da Bíblia etc.).
O Anticristo estará agindo por motivos políticos, mas
por detrás disso estará Satanás, que sendo impedido
definitivamente de se dirigir ao terceiro céu para acusar
os cristãos na presença de Deus (até porque todos os
crentes fiéis lá estarão por causa do arrebatamento, e
não mais sujeitos a qualquer influência do pecado ou do
diabo) atuará com grande fúria, e tentará magoar o
coração de Deus produzindo o martírio de santos que
estiverem na Terra.
Dan 7:25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará
os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e
a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um
tempo, dois tempos e metade de um tempo.
Dan 7:26 Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe
tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim.
Dan 7:27 O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos
debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos
123
do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os
domínios o servirão e lhe obedecerão.
Vale a pena ser fiel, especialmente nestes dias, para
escaparmos de todas estas coisas, conforme predito e
prometido pelo próprio Cristo:
Apo 3:10 Porque guardaste a palavra da minha
perseverança, também eu te guardarei da hora da
provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para
experimentar os que habitam sobre a terra.
124
Não Tomar o Todo Pela Parte
Rom 9:6 Não que a palavra de Deus haja faltado, porque
nem todos os que são de Israel são israelitas;
Rom 9:7 nem por serem descendência de Abraão são
todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua
descendência.
Rom 9:8 Isto é, não são os filhos da carne que são filhos
de Deus, mas os filhos da promessa são contados como
descendência.
As promessas de Deus de estabelecer um reino
futuro na Terra sob o governo de nosso Senhor Jesus
Cristo, conforme registradas em várias passagens
bíblicas, não se destinam a todos os descendentes
naturais de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel, ou
seja, à sua descendência biológica, senão aqueles que
são circuncidados não propriamente no prepúcio, mas
no coração.
125
Rom 2:28 Porque não é judeu o que o é exteriormente,
nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
Rom 2:29 Mas é judeu o que o é no interior, e
circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra,
cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
É a estes que são circuncidados no coração que as
promessas se referem, a saber, a todos aqueles, de
todas as nações, inclusive de Israel, que amam a Deus e
a nosso Senhor Jesus Cristo, e que nasceram de novo do
Espírito Santo, cuja carnalidade de seus corações tem
sido despojada (circuncisão do coração) pela conversão
e santificação de suas vidas devotadas a Deus e aos Seus
mandamentos.
Não seria cabível imaginar um reino espiritual e santo de
Jesus Cristo, com aqueles que se declarando judeus
vivem escravizados ao pecado e na prática de males.
Não se deve, portanto tomar o todo pela parte, pois nem
todos de Israel (que significa príncipe de Deus), segundo
o dizer do apóstolo, são de fato israelitas para Deus.
126
Não há um reino espiritual eterno prometido por Deus
para qualquer israelita descendente de Abraão, que não
pratique as mesmas obras de Abraão por meio da fé em
Jesus Cristo; o que nosso Senhor deixou bastante claro
em Seu ministério terreno.
E muito menos deve se pensar, que haja tais promessas
para aqueles que se entregam à chamada causa sionista,
de se tentar alcançar o poder mundial através da
aplicação de métodos insidiosos e abomináveis à
santidade e justiça de Deus.
127
Escatologia
A palavra escatologia vem do grego éscatos (o último
estado) e lógos (ensino, preceito, doutrina, palavra que
encerra ideia), significando, portanto, doutrina das
últimas coisas.
I – Introdução
Antes de qualquer análise específica cabe enfocar
que há muita diversidade de interpretações do material
escatológico, e dentre estas, há muita afirmação
antibíblica gerada por influência de teólogos
contemporâneos que negaram expressamente qualquer
possibilidade de um retorno literal de Cristo em pessoa
à terra para o estabelecimento de um reino milenal. Isto
seria de ser esperado porque o apóstolo Pedro afirma
que nos últimos dias viriam escarnecedores com os seus
escárnios, andando segundo as próprias paixões e
dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? (II Pe
3.3,4). Assim, estes teólogos que negam expressamente
128
a possibilidade de uma segunda vinda de Cristo à terra,
devem ser contados entre estes escarnecedores que são
citados pelo apóstolo Pedro, e são dignos de serem
chamados falsos mestres, conforme ele os designa nesta
mesma epístola.
A título de ilustração podemos incluir entre estes um
teólogo chamado Adolph Van Harnack, que há alguns
anos atrás, escreveu um livro intitulado O que é o
Cristianismo?
Segundo ele a vinda do reino de Deus significa
simplesmente o governo de Deus na alma e nos corações
das pessoas, é o próprio Deus no seu poder. Deste ponto
de vista desaparece todo o sentido externo e histórico e
também todas as esperanças relativas ao futuro. Adolph
Van Harnack está dizendo que não há nenhuma Segunda
Vinda, não há nenhum Reino futuro. Ele rejeitou
completamente todos os aspectos escatológicos do
Reino de Deus.
Outro teólogo muito famoso é C.H. Dodd que escreveu
um livro chamado Parábolas do Reino. Este livro
129
influenciou muitos teólogos contemporâneos. E se você
fosse tentar entender Dodd mais completamente, você
chegaria à conclusão que ele nega qualquer literal
Segunda Vinda de Jesus Cristo. C.H. Dodd ensinou que a
doutrina da Segunda Vinda é um mito.
Karl Barth, criador famoso do que chegou a ser
conhecido como Neo-ortodoxia, afirmou o que ele
chama de escatologia infinita na qual a vinda de Cristo é
compreendida como um retorno literal futuro de Cristo,
mas Barth disse que ela é um símbolo infinito de uma
eternidade infinita em toda situação existencial de tudo
aquilo que tem significação no mundo.
Rudolph Bultmann, também famoso entre estudantes
de teologia, esforçou-se por aquilo que ele classificou de
desmitolizar o Novo Testamento, porque segundo ele,
o Novo Testamento está repleto de elementos
mitológicos que devem ser reinterpretados, e não
serem, portanto interpretados literalmente, como céu,
inferno, a ressurreição e a segunda vinda de Cristo, e o
dia do juízo final.
130
Outro dos que negam uma segunda vinda literal de
Cristo é o alemão Jergen Moltmann. Ele coloca a
segunda vinda de Cristo em seus escritos como uma
tolice.
Estes homens entre outros de um pequeno grupo,
influenciaram a teologia moderna contemporânea da
igreja de tal forma, que muitos que negam o
cumprimento literal dos eventos escatológicos, pelo
menos olham para isto com certa desconfiança. Mas os
apóstolos não tinham este mesmo pensamento, e nos
alertaram sobre aqueles que se levantariam nos últimos
dias negando não apenas a segunda vinda de Cristo,
como também o cumprimento dos juízos escatológicos
relatados na Palavra de Deus, porque Pedro, no texto
que citamos assim prossegue, referindo-se aos falsos
mestres que negavam tal cumprimento na história:
“Porque deliberadamente esquecem que, de longo
tempo, houve céus, bem como terra, a qual surgiu da
água e através da água pela palavra de Deus, pelas quais
veio a perecer o mundo daquele tempo afogado em
água.
131
“Ora, os céus que agora existem, e a terra, pela mesma
palavra têm sido entesourados para fogo, estando
reservados para o dia do juízo e destruição dos homens
ímpios.” (II Pe 3.5-7).
Paulo, em I Tes 4.13-17 fala de uma ressurreição do
corpo literal, de um arrebatamento dos crentes literal, e
de uma segunda vinda de Jesus também literal (I Tes 5.2;
II Tes 2.1,2). É preciso, pois ficar com a Palavra de Jesus,
com a dos apóstolos na Bíblia, e não nos deixarmos
influenciar pelas ideias desviadas da verdade de tais
teólogos.
Uma das principais razões pelas qual Satanás tenta
através destes seus instrumentos desacreditar a
literalidade dos eventos escatológicos, é para
enfraquecer os corações dos crentes e tirar deles
qualquer esperança de uma recompensa futura, de um
tempo de julgamento, e até do extremo de chegarem a
duvidar se existe mesmo um céu real para onde irão
depois da morte.
132
Se não há um reino, se não há um juízo, uma
recompensa, de que vale se esforçar para viver
fielmente segundo a vontade de Deus revelada na
Palavra?
É esta incerteza que Satanás procura gerar nos corações
daqueles que deixam de crer na revelação da Bíblia por
influência destes falsos mestres, contra os quais o
próprio Senhor e os apóstolos nos ordenaram que nos
acautelássemos dos mesmos e do seu ensino.
A negação da verdade pelos falsos mestres é usada por
Satanás para tentar abalar a fé dos crentes na Palavra,
mas tem boa acolhida pelos falsos mestres porque tal
negação serve para justificar a sensualidade e
carnalidade dos mesmos, tal como Pedro os descreve no
segundo capítulo de sua segunda epístola.
O escárnio deles é construído na moralidade pervertida
deles. Eles querem uma escatologia que se ajuste à
conduta deles. Toda a perversão moral entre pessoas
religiosas tem que ter uma teologia que lhes dê base
para as suas afirmações e vidas. Assim eles desenvolvem
133
uma teologia para permitir a perversão deles. Por
exemplo, os que amam os prazeres terrenos e que vivem
para acumular tesouros na terra, na condição de líderes
na igreja haverão certamente de elaborarem uma
teologia voltada para a prosperidade material,
investindo-se tempo e esforços somente com as coisas
deste mundo, desviando assim a atenção das realidades
eternas.
Há, portanto, da parte de Deus, na revelação dos
eventos escatológicos, um propósito de chamar o seu
povo à vigilância para um viver reto, purificando o
coração do pecado, porque haverá um tribunal para os
crentes; e também para convencer os ímpios da
necessidade de conversão, porque haverá um juízo final
e uma condenação eterna num lugar de tormentos
terríveis. Os crentes são chamados a se purificarem para
que sejam achados inculpáveis na vinda do Senhor. Há
um reino que será estabelecido em justiça e em
santidade, por isso todo aquele que tem tal esperança
deve viver em santo trato e piedade (II Pe 3.11-13).
134
Um estudo correto de escatologia deve produzir este
efeito do temor devido a Deus nos corações, além do
regozijo em se valorizar tudo aquilo que é relativo ao
reino de Deus e que é eterno. De modo a sermos
estimulados em nossa caminhada terrena,
especialmente em meio às nossas tribulações, a
permanecermos firmes na fé, por sabermos o que nos
está reservado no futuro.
Jesus voltará para reunir o seu povo com Ele. Ele virá
para condenar os homens maus e os demônios. Ele virá
para estabelecer o seu Reino e para trazer a justiça
eterna. A restauração de todas as coisas se dará com o
retorno do Senhor à terra.
II – O Princípio das Dores
Jesus chamou de princípio das dores ao conjunto de
sinais que antecederiam a sua segunda vinda, e que se
estenderiam até ao tempo determinado para a
135
consumação do século, que será marcado pela pregação
do evangelho em todo o mundo, para testemunho a
todas as nações (Mt 24.14), e à manifestação do
abominável da desolação do qual falou o profeta Daniel,
no lugar santo (Mt 24.15).
Quando os discípulos perguntaram a Jesus quais seriam
os sinais da Sua vinda e da consumação do século (Mt
24.2), o Senhor começou a lhes responder a partir do
verso 4 de Mt 24. E introduziu sua explicação com uma
palavra de advertência para que eles não permitissem
que ninguém lhes enganasse quanto a isto, porque
muitos se levantariam com este propósito afirmando
serem o Cristo (verso 5) e enganariam a muitos. E, além
disto, haveria guerras e rumores de guerras, mas
nenhuma destas coisas seriam sinais do tempo do fim
(Mt 24.6), e nação se levantaria contra nação, reino
contra reino, e haveria fomes e terremotos em vários
lugares, mas tudo isto seria também o princípio das
dores que antecederiam a consumação do século e não
sinais que marcariam a proximidade da Sua segunda
vinda (24.7,8). No trabalho da igreja no mundo, os
136
crentes seriam atribulados e mortos. Odiados de todas
as nações por causa do nome de Jesus, e muitos se
escandalizariam, trairiam e se odiariam uns aos outros,
e dentre os próprios crentes se levantariam muitos
falsos profetas que enganariam a muitos.
A iniquidade se multiplicaria e o amor de quase todos se
esfriaria. Mas em meio a tudo isto o evangelho será
pregado por todo o mundo, e quando isto acontecer,
quando a última nação for evangelizada, será
determinado por Deus a marcha de todos os eventos
previstos para a consumação do século (Mt 24.9-14).
Todos estes sinais correspondentes ao princípio das
dores são comparados por Jesus como as primeiras
contrações de um parto. E elas vão se intensificando
cada vez mais à medida que se aproxima a hora do
nascimento. E tudo isto terá o seu clímax no chamado
período da Grande Tribulação que precipitará todas as
ocorrências que culminarão com o retorno do Senhor
(Mt 24.15-31).
É digno de nota que o Senhor nos alertou que sempre
haveria falsos cristos e falsos profetas operando no
137
mundo. Isto nos chama a sermos criteriosos e vigilantes,
não dando crédito a qualquer um que alegue estar
falando a nós da parte de Deus. Falsos mestres e falsas
doutrinas têm sido espalhados pelo mundo, e isto
podemos aprender na história da igreja e em nossos
próprios dias. E assim, o Senhor nos alerta para que não
deixemos ninguém nos desviar da verdade.
À medida que o tempo do fim se aproxima se
multiplicarão os falsos cristos e profetas no mundo,
semeando mais e mais a mentira e multiplicando com
isto a iniquidade. Note que o Senhor disse que eles farão
sinais e maravilhas. Sinais e maravilhas não são,
portanto um meio seguro para sabermos se alguém está
vivendo e pregando a verdade, porque os falsos cristos
e profetas os realizarão em abundância.
Mateus 24.6, fala de guerras e rumores de guerras. E que
é necessário que isto ocorra, e por isso não devemos
ficar alarmados. Mas nada disto é ainda um indicativo
seguro do tempo do fim.
138
No verso 7, Jesus fala de terremotos e fomes em vários
lugares. O texto paralelo de Lucas inclui também
pestilências.
Isso tudo está em andamento para marcar aquele tempo
do fim.
III – A Intensificação da Perseguição aos Crentes,
Próximo e antes do Tempo do Fim
As perseguições e ódio sofridos pelos crentes
durante toda a história da igreja, se intensificarão
próximo e antes do tempo do fim. E isso é mundial e
precipitará o que está em Mt 24.10. A pressão é tão
grande da parte do mundo que começa a massacrar os
crentes que algumas pessoas que se identificaram
superficialmente com Jesus Cristo, e como a semente
ficou sufocada pelos espinhos, quando eles virem o
preço a ser pago, eles se escandalizarão e não estarão
dispostos a pagar aquele preço. Assim eles odiarão os
139
verdadeiros crentes, e os trairão entregando-os aos
seus perseguidores. Eles os delatarão para serem
mortos. Isto ocorre frequentemente em países
muçulmanos, especialmente nos da chamada janela
10/40, mas se espalhará pelo mundo conforme predito
na Palavra.
Mas os verdadeiros crentes perseverarão até o fim, eles
não negarão o seu Senhor, como estes crentes nominais
que trairão a muitos dos crentes autênticos,
especialmente no período da Grande Tribulação.
Em Mt 24.11 lemos que muitos falsos profetas surgirão
e enganarão a muitos. Não falsos cristos agora, mas
falsos mestres. E estes falsos profetas vão ensinar um
erro infernal diabólico, satânico.
Agora olhe o verso 12 que diz, que por se multiplicar a
iniquidade o amor de quase todos esfriará. Alguns
fogem porque eles não pagarão o preço exigido pela
fidelidade a Cristo. Alguns fogem porque eles são
enganadores. E alguns retrocedem porque eles optaram
pela iniquidade, que significa que eles violam a lei de
140
Deus. Nós vemos isto começando a se multiplicar em
nossos dias.
E, II Tim 3, Paulo descreve as características das pessoas
dos últimos dias. Há vinte anos tais características não
eram tão pronunciadas em todas as pessoas do mundo
como nos dias atuais, e isto irá num crescendo.
Mas os crentes, que permanecerem fiéis em meio a tudo
isto ganharão a sua alma pela perseverança, como está
afirmado em Lc 21.19.
Estes reinarão com Cristo eternamente.
A última característica destas dores de parto que
indicam o retorno do Senhor é a pregação do evangelho
em todo o mundo em testemunho a todas as nações.
Antes que o fim venha, importa que o evangelho seja
pregado em todo o mundo, a toda criatura.
Apesar da perseguição, apesar das traições, apesar dos
falsos cristos e profetas, apesar do inferno que lança os
seus demônios por toda a terra, apesar do esfriamento
do amor de muitos, apesar de guerras, fomes,
141
terremotos, pestilências, o evangelho do Reino será
pregado em todo o mundo. E então o Reino virá.
IV – A Grande Tribulação e o Anticristo
O engano citado em Mt 24.4,5, culminará com o maior
engano de todos na pessoa do Anticristo que agirá pela
eficácia de Satanás, enganando a muitos, que
depositarão nele inteira confiança para a resolução dos
problemas mundiais. Ele será o último falso salvador
que o mundo verá. O último falso messias. Por isso é
chamado de Anticristo, porque é um cristo falso.
O abominável da desolação citado em Mt 24.15 é uma
referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que
ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em
Daniel 9.27.
Agora, o que é o lugar santo?
142
Algumas pessoas dizem que é a terra. Algumas pessoas
dizem que é a cidade de Jerusalém.
O que é o lugar santo?
Há somente outro uso dessa frase em todo o Novo
Testamento e encontra-se em Atos 21:28. E o Lugar
Santo era um dos ambientes do tabernáculo e do templo
de Jerusalém.
A profecia de Daniel 11.31 teve um primeiro
cumprimento na pessoa de Antíoco Epifânio, e terá um
último cumprimento na pessoa do Anticristo:
“Dele sairão forças que profanarão o santuário, a
fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado,
estabelecendo a abominação desoladora.”
A primeira parte de Daniel 11 descreve fatos que já
tiveram cumprimento na história, e a parte posterior se
refere a coisas que ainda terão cumprimento no tempo
do fim. E o verso 31 trata de um duplo cumprimento, e
historicamente já se cumpriu entre 175 e 165 a.C.
correspondente ao governo do rei sírio Antíoco. Ele se
143
chamava Epifânio, que quer dizer "o grande.". Ele foi um
grande perseguidor do povo de Israel, sendo assim um
tipo perfeito do Anticristo. Ele tentou acabar com a
religião judaica e matou milhares e milhares de judeus,
inclusive mulheres e crianças. Ele profanou o templo
entrando nele e matando um porco no altar e obrigando
os sacerdotes a comerem a sua carne.
Além disso, ele colocou a imagem de um deus grego no
templo, provavelmente Zeus. E com o templo assim
profanado os judeus deixaram de apresentar seus
sacrifícios no mesmo. O sacrifício diário determinado
pela lei foi completamente parado. E foi exatamente
isso que Daniel profetizou cerca de 400 antes, que ele
faria (11:31). Assim o templo ficou desolado, por causa
daquela abominação, isto é, daquele ato detestável aos
olhos de Deus e do Seu povo. O Anticristo também
profanará o templo que será reconstruído, para afrontar
os judeus e o Deus de Israel, e pelo mesmo efeito de
rejeição que isto produzirá tal como no passado, nos
dias de Antioco Epifânio, diz-se que será uma
abominação desoladora. E é por isso que ao se referir à
144
profecia exclusiva ao Anticristo em 9.26,27, Daniel usa
as palavras desolação e abominação para se referir aos
atos do Anticristo.
Em Daniel 9.24-27 temos a conhecida profecia das
setenta semanas. São setenta semanas de anos.
Referem-se, portanto a 490 anos, sendo que a profecia
estabelece dois períodos distintos, um que vai desde a
“saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até
o Ungido, ao Príncipe” são sessenta e nove semanas, isto
é 483 anos. E depois da morte do Ungido se levantaria
um príncipe que governaria por uma semana (a
septuagésima semana) e que faria cessar o sacrifício e a
oferta de manjares no meio da semana (versos 26,27).
A profecia determina então um período “para fazer
cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para
expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para
selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos
Santos.” (9.24). Isto está vinculado de fato a duas fases:
ao primeiro advento de Cristo trazendo a graça e a
redenção para os habitantes da terra, e ao seu segundo
advento para estabelecer o seu reino de justiça na terra.
145
Por isso, determinou-se para Daniel o prazo para a
primeira vinda de Jesus, e também o prazo que
determinaria a sua segunda vinda, que está relacionada
ao período da Grande Tribulação que será precipitada
no governo de sete anos do Anticristo, e que
corresponde à septuagésima semana da profecia de
Daniel. Esta semana é isolada das demais 69 que se
cumpriram no primeiro advento de Cristo, porque Israel
tem permanecido endurecido até hoje à recepção de
Jesus como o Salvador e Messias. E será exatamente no
tempo do fim que se voltarão para o Senhor como nação
para a sua redenção. Daniel queria saber de Deus
quando acabaria o cativeiro de Israel, e quando este
seria firmado como nação e reino sacerdotal, conforme
havia sido prometido por Deus desde Moisés. E a
resposta de Deus foi dada com a profecia das setenta
semanas, porque Daniel pensava que uma vez findo os
setenta anos de cativeiro babilônico, conforme havia
sido profetizado por Jeremias, Israel seria estabelecido
como reino de Deus na terra.
146
Desde a “saída da ordem para restaurar e edificar
Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” temos 69 semanas,
isto é, 483 anos. O decreto para a reconstrução do
templo e da cidade de Jerusalém foi baixado em cerca
de 450 a.C. A contagem vai, portanto até a morte de
Jesus, e não até o seu nascimento, porque somando-se
33 a 450 temos os 483 anos referidos na profecia. E de
fato, “para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos
pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça
eterna” conforme se encontra registrado na profecia,
isto somente seria possível com a morte de Jesus. E por
isso a profecia de Daniel faz referência à morte do
Senhor.
Mas “para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo
dos Santos” conforme está também na profecia de
Daniel haverá necessidade de que o Senhor volte e
estabeleça o seu reino na terra, de maneira que o
veremos assim como Ele é, e o que é em parte será
aniquilado. As visões e as profecias terão tido o seu
cumprimento, e já não andaremos somente por fé, mas
também pelo que veremos. Hoje não há um único ser
147
humano perfeito vivendo na terra, porque mesmo o
maior dos santos é pecador e ainda está sujeito ao
pecado em razão da natureza terrena. Mas, quando o
Senhor voltar e nós com Ele em glória, todos seremos
perfeitos, assim como Ele é perfeito.
O plano de Deus de restaurar a criação original terá
cumprimento na volta de Jesus, e no estabelecimento
do seu reino milenal com os salvos na terra. Deus criou
a terra para este propósito, para que fosse herdada
pelos justos, pelos que são puros de coração, e sem
pecado. Ele cumprirá cabalmente aquilo que planejou
desde antes da fundação do mundo.
Em Daniel 12.11 lemos:
“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for
tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda
mil duzentos e noventa dias.” Isto é, decorrerão três
anos e meio para o retorno de Cristo e a consequente
destruição do governo do Anticristo, a contar do
momento em que for posta a abominação desoladora
no Lugar Santo.
148
Observe que Daniel acrescenta mais 30 dias aos 1260
referidos em Apocalipse 12.6, como tempo da
perseguição do diabo aos judeus através do Anticristo
durante o período da Grande Tribulação. Isto pode ser
explicado pelo fato, de que a profecia de Daniel está
enfocando o tempo para o estabelecimento do Reino, e
não para o término do governo do Anticristo. Isto
demandará o estabelecimento da separação entre os
cabritos e as ovelhas, e temos assim uma primeira
contagem de um prazo já determinado para o início do
estabelecimento do reino.
Em Daniel 12.12 lemos: “Bem-aventurado o que espera
e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias.” Isto é, 45
depois dos 1290 já referidos. Muitas providências
deverão ser tomadas para que a terra seja restaurada a
uma condição adequada para o governo dos santos
juntamente com Cristo. Para a separação das ovelhas
dos cabritos e tudo o mais que for necessário. Haveria
assim, provavelmente, um período de transição de 75
dias desde o retorno do Senhor até o estabelecimento
do seu reino milenal.
149
Jesus começou a remover a maldição do pecado da
terra. A terra foi restaurada. Em Ezequiel 36.36 lemos:
“Então as nações que tiverem restado ao redor de vós
saberão que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades
destruídas, e plantei o que estava desolado. Eu, o
Senhor, o disse, e o farei.”
A palavra de Romanos 8.19-21 terá cabal cumprimento
quando da volta do Senhor:
“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação
dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade,
não voluntariamente, mas por causa daquele que a
sujeitou, na esperança de que a própria criação será
redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da
glória dos filhos de Deus.”
Daniel chama o Anticristo de pequeno chifre, o rei com
a face feroz, o rei voluntarioso. João o chama de a besta,
e Paulo o chama de filho da perdição e homem do
pecado. Ele é a culminação de todos os falsos cristos. Ele
é tão convincente nisto que Daniel 9:27 diz que Israel
150
fará um pacto com ele, crendo que ele seja o seu
libertador e protetor. E todas as nações do mundo, em
razão das suas perseguições, vêm a ficar debaixo do seu
poder, e ele engana a muitos.
Ele tem comunhão com os demônios do inferno. Ele é
poderoso, mas não pelo seu próprio poder. Ele causará
estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe
aprouver, e destruirá os poderosos e o povo santo (Dn
8.24). Não é o próprio poder dele, é o poder do inferno.
Pela astúcia dos seus empreendimentos políticos fará
prosperar o engano (Dn 8.25). Ele usa a paz, ele usa a
negociação para seduzir o mundo e trazê-lo sob o seu
poder.
No capítulo 11 de Daniel nós descobrimos mais cousas
sobre ele nos versos 36-45:
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se
engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos
deuses, falará cousas incríveis, e será próspero, até que
se cumpra a indignação; porque aquilo que está
determinado será feito.
151
Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao
desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre
tudo se engrandecerá.
Mas em lugar dos deuses honrará o deus das fortalezas;
a um deus que seus pais não conheceram honrará com
ouro, com prata, com pedras preciosas e cousas
agradáveis.
Com auxílio de um deus estranho agirá contra as
poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem
multiplicar-lhe-á a honra, fá-los-á reinar sobre muitos, e
lhes repartirá a terra por prêmio.
No tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele, e o rei do
Norte arremeterá contra ele com carros, cavaleiros, e
com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as
inundará, e passará.
Entrará também na terra gloriosa e muitos sucumbirão,
mas do seu poder escaparão estes: Edom e Moabe, e as
primícias dos filhos de Amom.
152
Estenderá a sua mão também contra as terras, e a terra
do Egito não escapará.
Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata, e de
todas as cousas preciosas do Egito, os líbios e os etíopes
o seguirão. Mas pelos rumores do oriente e do norte
será perturbado, e sairá com grande furor, para destruir
e exterminar a muitos.
“Armará as suas tendas palacianas entre os mares
contra o glorioso monte santo; mas chegará ao seu fim,
e não haverá quem o socorra.”
E assim, o engano dele é incrível. Na realidade, o engano
dele é descrito em maior detalhe em Apocalipse 13. E lá
João não o vê com uma face feroz e não como um rei
voluntarioso, mas em outra perspectiva, como uma
besta. Ele é uma besta que governa sobre as nações e o
simbolismo é muito vívido. Ele é uma besta poderosa.
Ele é uma besta devastadora. O verso 5 diz que lhe foi
dado 42 meses para agir com autoridade. Isto equivale
a três anos e meio, correspondentes à metade final do
153
sete anos referidos em Daniel 9.27 como o tempo total
do seu governo.
Assim, ele passará a empreender suas perseguições
contra Israel desde a colocação da abominação
desoladora no lugar santo, neste período de três anos e
meio, correspondente à Grande Tribulação.
Em II Tes 2.3,4, Paulo cita o Anticristo nestes termos:
“Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto
não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e
seja revelado o homem da iniquidade, o filho da
perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se
chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se
no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o
próprio Deus.”
E sobre esta sua arrogância e blasfêmia João também
registrou em Apo 13.5,6:
“Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e
blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois
meses; e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus;
154
para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a
saber, os que habitam no céu.”
Também lemos em Daniel 7.8,25 e 11.36:
“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles
subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros
chifres, foram arrancados; e eis que neste chifre havia
olhos, como os de homem, e uma boca que falava com
insolência.” (7.8).
“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os
santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a
lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um
tempo, dois tempos e metade dum tempo.” (7.25).
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se
engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos
deuses, falará cousas incríveis,” (11.36).
Esta exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de
ter vencido as nações e exercido domínio sobre elas, e
de ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles,
ter se considerado superior ao Deus de Israel, ao ponto
155
de se assentar no templo, proferindo palavras contra o
Altíssimo.
Ele incorrerá no mesmo erro do rei Assírio Senaqueribe
que se exaltou contra Deus e lhe dirigiu palavras de
afrontas em desafio através de Rabsaqué, seu porta-voz
(Is 36 e 37). Aliado ao poder obtido sobre as nações e
sobre Israel, o Anticristo também terá por motivo de
exaltação o fato de ser enganado pelo próprio Satanás e
demônios aos quais estava servindo, porque o falso
sistema religioso que estará a seu serviço, personificado
na pessoa do chamado falso profeta (Apo 13.11-15).
Fará uma imagem do Anticristo e a imagem falará, e será
determinado que todos adorem a imagem, instituindo-
se assim um culto idolátrico, e todo aquele que se
recusar a adorar a imagem da besta será morto.
Será tal o sentimento de grandeza e de posse do
Anticristo sobre toda a humanidade, que será
determinado que todos recebam certa marca sobre a
mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa
comprar ou vender, senão aquele que tiver o nome da
156
besta ou o número relativo ao seu nome que é 666 (Apo
13.16-18).
Muitos poderão estar perguntando, como poderia Israel
se aliançar com a besta. No entanto, antes que ele
assumisse o controle sobre as nações, revelando o seu
caráter maligno, ele deve, pela sua aliança com os
israelitas, ter livrado os mesmos da ameaça do mundo
árabe. O ódio incurável e histórico do mundo islâmico
contra Israel não cessará por qualquer tratado de paz.
Daí, possivelmente a razão de Israel ter buscado apoio
no poder político que estará em evidência na ocasião
sob o governo do Anticristo, tal como os israelitas
dependem da sua aliança histórica com os Estados
Unidos para a sua segurança no Oriente Médio.
É possível mesmo que nos três primeiros anos e meio de
seu governo, que ele seja tido como o próprio messias
pelos israelitas, sem que saibam que ele é um falso
libertador.
Em Mt 24.29 o Senhor disse que “logo em seguida à
tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o
157
período da Grande Tribulação, ocorrerá a Sua segunda
vinda, e quando isto se der, o sol escurecerá e a lua não
dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e
os poderes do céu serão abalados. Isto indica que
eventos cataclísmicos antecederão Sua manifestação
vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.”
(verso 30).
Assim, o Senhor virá imediatamente após a Grande
Tribulação.
E como mais um sinal da Sua vinda, o Senhor disse na
parábola da figueira que deveríamos aprender da lição
que ela nos dá, porque quando os seus ramos se
renovam, e as folhas brotam, é um sinal de que o verão
está próximo. E assim a geração que testemunhasse
estas coisas, não passaria sem que tudo aconteça, pois
ao virem todas estas coisas saberão que Ele está
próximo às portas (Mt 24.32-34).
A figueira dá frutos no verão, e antes que isto ocorra, ela
renova suas folhas. Assim, quando a geração que
presenciar a Grande Tribulação referida pelo Senhor,
158
precipitada pela profanação pelo Anticristo, do templo
que será reconstruído em Jerusalém, ela pode estar
certa de que presenciará a volta do Senhor, assim como
sabemos que o verão se aproxima quando a figueira
renova os seus ramos e as folhas brotam. Assim os sinais
estão reservados para as pessoas que estiverem
vivendo no tempo do fim.
A abertura dos quatro primeiros selos citados em
Apocalipse corresponde a eventos que estão
acontecendo na terra, tipificados nos quatro cavalos e
seus cavaleiros. O quinto selo corresponde à
determinação da marcha das ocorrências relativas ao
tempo do fim, com o clamor daqueles que foram mortos
por causa do testemunho de Cristo.
O sexto e sétimo selo correspondem à segunda vinda do
Senhor e os eventos que sucederão próximo e durante
deste seu retorno.
Os selos são simbólicos. Um testamento que era deixado
a alguém no passado deveria ser lacrado sete vezes
segundo a lei romana, e assim não poderia ser violado
159
sem que fosse percebido. E este é um testamento
lacrado. É Deus está legando o mundo a Cristo. E como
Ele abre um selo depois de outro, Ele leva de volta o
mundo. Cada selo revela que eventos acontecem para
que Ele retome o mundo para Si.
Em Apo 6.4 lemos:
“E saiu outro cavalo, vermelho, e ao seu cavaleiro foi-lhe
dado tirar a paz da terra para que os homens se
matassem uns aos outros; também foi-lhe dada uma
grande espada.”.
Assim, temos aqui a guerra, e o começo da ordem
mundial para uma matança volumosa, que terá o seu
ápice nos dias do Anticristo.
E nos verso 5 e 6:
“quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser
vivente, dizendo: Vem. Então vi, e eis um cavalo preto e
o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma
como que voz no meio dos quatro seres viventes,
dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três
160
medidas de cevada por um denário; e não danifiques o
azeite e o vinho.”
Isto se refere a condições de fome. Não há bastante
comida para todos e isto é o resultado de guerra.
Então temos o quarto selo nos versos 7 e 8: quando o
Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser
vivente dizendo: Vem. E olhei, e eis um cavalo amarelo
e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte: e o
Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade
sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela
fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.”.
Temos aqui o massacre de um quarto da população do
mundo.
No capítulo 9 de Apocalipse, a partir do verso 13, vemos
que um exército de duzentos milhões de soldados saiu
pela terra induzidos por quatro anjos que foram soltos e
que se achavam atados junto ao rio Eufrates, e que
dizimou a terça parte da humanidade.
161
Apocalipse 13. 7 nos conta outra coisa interessante
sobre esta guerra. O poder poderoso nesta guerra, em
parte, não é somente das forças demoníacas do inferno
e do próprio Satanás, mas do Anticristo, a besta:
“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e
os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada
tribo, povo, língua e nação.”
Assim, é o Anticristo da mesma maneira que nós vimos
no Velho Testamento, em Daniel. É ele que massacra o
rei do sul, o exército do norte, derrota o exército do
leste, e expande o poder dele mundialmente.
Outra passagem em Apocalipse 16.13,14 revela que três
espíritos imundos, operadores de sinais, saem da boca
do dragão, da besta e do falso profeta e se dirigem aos
reis da terra para congregá-los para a batalha do
Armagedom, no grande dia do Senhor, isto é, na
segunda vinda de Cristo. Mas o intento deles será
marchar contra Jerusalém para devastá-la. E no meio
desta batalha Jesus virá e os destruirá.
162
Os capítulos 8 e 9 de Apocalipse contêm os juízos
relativos ao toque das 6 primeiras trombetas. Estes
prenunciam o grande juízo de Deus contra os ímpios,
contra a iniquidade que se multiplicou na terra, e serão
despejados durante o período de governo do Anticristo
e culminarão com a sétima trombeta correspondente à
segunda vinda de Jesus, que consumará a destruição
final dos ímpios. Somente os que tiverem se convertido
durante o período do governo do Anticristo serão
poupados.
A igreja terá sido arrebatada antes da Grande
Tribulação, não sendo assim, atingida por estes juízos.
Será lançado granizo misturado com fogo e sangue à
terra. Uma terceira parte das árvores será queimada, e
isto vai gerar fome. Uma como que grande montanha
em chamas foi lançada ao mar e um terço da vida do mar
morreu, e um terço das embarcações foi destruído.
Aqueles que dependem do mar para o seu sustento
foram prejudicados. Uma terça parte das águas dos rios
e das fontes se tornou amarga, imprópria para o
consumo. Uma terça parte do sol, da lua e das estrelas
163
foi atingida, para que a terça parte deles escurecesse,
afetando assim o ciclo das estações na terra,
prejudicando, sobretudo as atividades agrícolas.
Tudo isso constitui desastres de proporções volumosas.
Além disso, ao toque da quinta trombeta corresponderá
a soltura de demônios que estavam aprisionados no
abismo, e eles atormentarão a terra por cinco meses.
E, no toque da sexta trombeta ocorrerá a destruição da
terça parte da humanidade a que já nos referimos pelo
exército de duzentos milhões de soldados.
Os capítulos 15 e 16 de Apocalipse descrevem os sete
flagelos despejados em taças por sete anjos sobre a
terra, com os quais se consumou a ira de Deus. Por meio
de Jesus Cristo os crentes são livrados da ira de Deus, e
isto é evidência suficiente para afirmarmos que a igreja
não passará pelo período da Grande Tribulação, por ter
sido arrebatada antes que o Senhor comece a despejar
a sua ira sobre os incrédulos desde a abertura dos sete
selos e do toque das trombetas. Muitos dos que
164
estavam endurecidos até o arrebatamento da igreja,
haverão de se converter durante o período da tribulação
porque se diz que por amor dos eleitos, estes dias serão
abreviados. A tribulação será, portanto um fator que
contribuirá para a sua conversão livrando-os assim dos
tormentos eternos do inferno.
Quando o primeiro anjo despejou os flagelos de sua
taça, os portadores da marca da besta e adoradores da
sua imagem sofreram úlceras malignas e perniciosas.
Desde os dias de Moisés, Deus havia prometido que não
traria as enfermidades que lançou sobre os egípcios
naqueles que andassem nos Seus estatutos, cumprindo
a Sua vontade. Vemos assim que estas úlceras serão
visitações de juízos sobre o pecado.
Então, o segundo anjo despejou a sua taça no mar e ele
se tornou como o sangue de um homem morto. Você se
lembra que no juízo dos selos aconteceu a morte de um
terço do mar, mas agora todo o mar é atingido. Isto faz
parte da palavra dada por Jesus em Lc 21.25-27:
165
“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas, sobre a terra,
angústia entre as nações em perplexidade por causa do
bramido do mar e das ondas; haverá homens que
desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que
sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão
abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa
nuvem, com poder e grande glória.”
Vemos assim que a precipitação destes juízos será
rápida e próxima da vinda do Senhor, dando
cumprimento à palavra de que estes dias finais da
Grande Tribulação seriam abreviados por amor dos
escolhidos. Não temos nisto, portanto, uma sucessão de
eventos de grande impacto catastrófico e grande
tormento, por um extenso período. São juízos rápidos e
sucessivos que precipitarão e coincidirão com o retorno
do Senhor, tanto para a consumação da destruição dos
ímpios pela liberação da palavra da Sua boca, como para
destruir as obras do diabo e do Anticristo, dando início
ao Seu reino milenal sobre a terra.
O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes
das águas, e se tornaram em sangue, e o anjo declarou
166
que Deus é justo por ter julgado estas cousas, porquanto
haviam derramado o sangue de santos e de profetas, e
assim lhes estava dando sangue a beber porque eram
dignos disso (Apo 16.4-7). A humanidade estava
apoiando o Anticristo no seu trabalho de destruir
aqueles que não estavam aceitando adorá-lo como
deus. E o Senhor estava lhes dando a devida paga.
Quando o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol,
foi dado ao sol queimar os homens com fogo. Eles não
se arrependeram para darem glória a Deus, antes
blasfemaram o Seu nome (16.8,9).
O quinto anjo despejou a sua taça sobre o trono da
besta, e o reino do Anticristo se tornou em trevas; os
homens, por causa das angústias e das úlceras que
sofriam, não se arrependeram, mas blasfemaram o Deus
do céu (16.10,11).
O sexto anjo derramou a sua taça sobre o rio Eufrates,
cujas águas se secaram para preparar o caminho para os
reis que vêm do leste, para que pudessem se ajuntar no
lugar chamado Armagedom (16.12-16).
167
E o sétimo anjo derramou sua taça no ar, e sobrevieram
relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande
terremoto como nunca houve igual desde que há gente
sobre a terra. A grande cidade se dividiu em três partes
e caíram das cidades das nações, e lembrou-se Deus da
grande Babilônia, para dar-lhe o cálice do vinho do furor
da sua ira.
Toda ilha fugiu e os montes não foram achados. Houve
grande saraivada sobre os homens com pedras que
pesavam cerca de um talento, e por causa da chuva de
pedras, os homens blasfemaram de Deus (16.17-21).
Como vimos, Lucas fala de eventos horríveis, eventos
amedrontadores que irão acontecer. Você pode voltar
ao capítulo 6 de Apocalipse, e ver ali coisas horríveis
como guerra e morte, fomes e massacre. Como o céu
começa a se quebrar, como a terra começa a tremer com
eventos terríveis. Indo para o capítulo 9, vemos o
abismo sem fundo sendo aberto para a libertação de
demônios. Os homens serão atormentados por eles, e
buscarão a morte, mas a morte fugirá deles. O líder
destes demônios (9.11) chama-se em hebraico Abadom,
168
e em grego Apolion, que significa destruidor. Estes
demônios levantam um exército terrível.
No capítulo 14, onde também se descrevem coisas que
ocorreram próximo e durante a segunda vinda de Jesus.
O resultado de todos estes juízos da ira de Deus e da
ação direta do Senhor e dos seus anjos quando da sua
volta, está relatado no verso 20:
“E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do
lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e
seiscentos estádios”; isto é, um banho de sangue incrível
e inconcebível, pois cobre uma extensão de quase
trezentos quilômetros.
A chave de interpretação destes juízos de Apocalipse
desde o capítulo 6 ao 19, que tratam da Grande
Tribulação e da volta de Cristo está, portanto no
entendimento de que tudo o que ali está referido não se
dará num longo período de tempo, mas dentro do
governo de sete anos do Anticristo, cujos três últimos
anos e meio correspondem à chamada Grande
Tribulação. Não há, portanto uma sequência cronológica
169
exata das coisas narradas nestes capítulos. João passou
a visão das coisas que viu neste período próximo da
volta do Senhor.
A referência à queda de Babilônia, designada como
grande cidade é possivelmente ao sistema econômico
mundial, porque os mercadores da terra prantearam a
sua queda. Esta queda se dará depois que o Anticristo
tiver se manifestado e em meio a todos estes juízos que
estarão sendo despejados sobre a terra. Não se refere,
portanto à queda das torres gêmeas do World Trade
Center nos Estados Unidos, em setembro de 2001.
Os sinais que ocorrerão no céu e farão os homens
desmaiarem de terror, que são citados nos evangelhos
pelo Senhor como indicações da proximidade da sua
vinda, e que vimos anteriormente em Apocalipse, são
também citados no Velho Testamento, como em Joel 2,
e que são repetidos por Pedro em Atos 2:
“Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e
colunas de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua
170
em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do
Senhor.” (Joel 2.30,31).
Muitos eventos cataclísmicos já acontecem desde há
muito sobre a face da terra, mas em nada poderão ser
comparados com as coisas que acontecerão próximo da
vinda de Jesus, depois que o Anticristo tiver se
manifestado.
Os que creem em Cristo têm sido perseguidos e odiados
pelo mundo ao longo da história da igreja. Muitos, em
várias épocas e locais específicos foram vítimas de
perseguições terríveis. Mas nada se comparará à que
será empreendida contra os que confessarem a Cristo no
período da Grande Tribulação, depois do arrebatamento
da igreja. Os que se converterem depois do
arrebatamento haverão de sofrer as angústias terríveis
relatadas em Mt 24.9,10. Isso excederá todas as outras
perseguições. O mundo todo odiará por inspiração do
Anticristo tanto os judeus quantos os cristãos.
Depois que a igreja for arrebatada Deus dará duas
testemunhas ao mundo, e todos ouvirão a sua pregação
171
do evangelho, e elas serão mortas, mas depois de três
dias e meio eles serão ressuscitadas por Deus e serão
ascendidas ao céu na nuvem diante do olhar de seus
inimigos, e isto trará grande medo sobre muitos, e
naquela hora haverá um grande terremoto, e ruirá a
décima parte da cidade, e morrerão sete mil pessoas, e
as demais ficarão sobremodo aterrorizadas, e darão
glória a Deus (Apo 11.11-13). E certamente, muitos
dentre estes se converterão ao Senhor, e serão
duramente perseguidos pelo Anticristo, juntamente
com os judeus, dando cumprimento à palavra profética
da destruição dos santos, do povo santo, pela besta.
Estes que forem massacrados na Grande Tribulação são
os que clamam debaixo do altar dizendo:
“Até quando, Ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro,
não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam
sobre a terra?” (Apo 6.10).
E lhes foi respondido que aguardassem ainda por pouco
tempo, até que se completasse o número dos seus
conservos e irmãos, que iam ser mortos como eles. Note
172
que na sequência desta visão João descreve que de fato
seria muito breve o tempo que eles deveriam aguardar,
porque o sexto selo foi aberto e precipitou os juízos
finais da cólera de Deus sobre o mundo, tendo antes
determinado que se selassem nas frontes os 144.000
servos de Deus de todas as tribos dos filhos de Israel,
doze mil de cada tribo. Uma referência provável aos
judeus que ainda se converteriam por ocasião da volta
do Senhor. Estes, juntamente com os gentios que se
converteram no referido período foram vistos em
grande multidão que ninguém poderia enumerar, de
todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do
trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras
brancas, com palmas nas mãos. E um dos anciãos
perguntou a João quem eram estes, e o próprio ancião
respondeu dizendo: “São estes os que vêm da grande
tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no
sangue do Cordeiro.” (Apo 6.9-7.17).
João está descrevendo as coisas que estavam ocorrendo
na terra no período da Grande Tribulação, e a conexão
destas coisas com o céu. O prêmio do martírio daqueles
173
que estavam sendo massacrados pelo Anticristo foi-lhe
revelado por Deus, nestas visões de Apo 6.9-7.17.
No capítulo 12 vemos o dragão perseguindo uma mulher
com uma coroa de doze estrelas na cabeça, vestida do
sol e com a lua debaixo dos pés. Isto pode ser uma
referência aos judeus que fugirão para os montes,
seguindo a instrução de Jesus dada em Mateus 24.15-22,
em face da Grande Tribulação. É de Israel que descende
o filho da mulher que há de reger as nações com cetro
de ferro, o Senhor Jesus (Apo 12.5). Mas “a mulher,
porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus
preparado lugar para que nele a sustentem durante mil
duzentos e sessenta dias.” (Apo 12.6).
Repare que estes mil duzentos e sessenta dias
correspondem a três anos e meio. E é exatamente este
o período da Grande Tribulação correspondente à
perseguição do Anticristo. Muitos dos que forem
poupados em Israel fugirão da cidade para o deserto e
para os montes, e ali serão sustentados por Deus. E diz-
se mais que quando Satanás foi atirado à terra por
Miguel e seus anjos, de modo que não teria dali em
174
diante mais acesso à presença de Deus, onde acusava os
crentes de dia e de noite, isto fez com que ele ficasse
muito encolerizado contra os habitantes da terra. Isto
significa um aumento na fúria das perseguições contra
os santos no tempo do fim e contra os judeus de um
modo geral, dado ser a nação eleita através da qual Deus
trouxe o Messias ao mundo. E assim lemos mais sobre a
mulher que deu à luz o filho varão que regerá o mundo
com cetro de ferro, em Apo 12.13-18:
“Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra,
perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram
dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que
voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada
durante um tempo, tempos, e metade de um tempo,
fora da vista da serpente.
Então a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher,
água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse
arrebatada pelo rio.
A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca
e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
175
“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os
restantes da sua descendência, os que guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e
se pôs em pé sobre a areia do mar.”
Note mais uma vez o período de três anos e meio,
designado agora na profecia como “um tempo, tempos,
e metade de um tempo”.
O lançamento de Satanás sobre a terra, não significa que
somente a partir de então passaria a perseguir os
crentes, pois tem feito isto desde o princípio, mas sim o
impedimento de ir à presença de Deus para acusá-los.
Assim, os eventos do capítulo 13, como já dissemos,
correm em paralelo com o que foi dito anteriormente,
pois são ocorrências da Grande Tribulação. Aqui se
descreve o Anticristo como o agente destas
perseguições de Satanás descritas no capítulo anterior
(12). Nos versos 7 e 8 lemos:
“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e
os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada
176
tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que
habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram
escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto,
desde a fundação do mundo.”
E, vemos no capítulo 17 a descrição da grande meretriz,
isto é, do falso sistema religioso da Grande Tribulação
que está embriagado com o sangue dos santos, dos
mártires de Jesus. E em 16:6 se diz que eles derramaram
o sangue de santos e profetas.
Em Lucas 21 temos o paralelo ao ensino de Mateus 24.
No verso 20 de Lucas, temos o paralelo à abominação
desoladora citada em Mateus 24.15. Lucas diz:
“Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos,
sabei que está próxima a sua devastação.”
Então, complementa com as mesmas instruções que se
seguem a Mateus 24.15: “Então os que estiverem na
Judeia fujam para os montes...” e assim sucessivamente.
O que significa isto?
177
Em Zacarias 14.1-3 lemos:
“Eis que vem o dia do Senhor, em que os teus despojos
se repartirão no meio de ti.
Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra
Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão
saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da cidade
sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será
expulso da cidade.
“Então sairá o Senhor e pelejará contra essas nações,
como pelejou no dia da batalha.”
E isto, não é uma referência ao cativeiro babilônico
porque já havia acontecido, nem é uma referência à
destruição pelos romanos, porque a profecia diz que as
nações seriam juntadas contra Jerusalém.
Isto se dará no tempo do fim como está registrado em
Lucas: “quando virdes Jerusalém rodeada de exércitos”.
178
V - O Arrebatamento
Quando Deus destruiu as cidades de Sodoma e
Gomorra com fogo e enxofre, do mesmo modo que ele
trará juízos sobre o mundo quando da segunda vinda de
Cristo, Ele livrou antes o justo Ló, fazendo com que ele
fosse arrebatado pelas mãos de anjos do meio daqueles
ímpios, mesmo diante de certa relutância de Ló,
colocando-o fora da cidade ordenando-lhe que fugisse
para o monte (Gên 19.15-17). Pedro, sobre tal
livramento da parte de Deus assim se expressa em II Pe
2.9 quanto ao resgate de Ló:
“é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos,
e reservar, sob castigo, os injustos para o dia de juízo,”.
A igreja será arrebatada, não pelas mãos de anjos, mas
pela poderosa mão de Deus para o encontro com Jesus
nos ares (I Tes 4.16,17). Paulo diz que isto se dará
quando for dada a palavra de ordem do Senhor, ouvida
a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus. Em I
Cor 15.52 Paulo diz que este arrebatamento ocorrerá ao
179
ressoar a última trombeta. Se há uma última trombeta,
é porque houve várias trombetas soadas antes do
arrebatamento.
O toque de trombeta significa o alerta de Deus contra o
pecado, e a chamada dos pecadores ao arrependimento,
para que se convertam e vivam (Is 58.1; Jer 6.17; Ez 33.3-
11).
A última trombeta está associada ao arrebatamento
porque todos os crentes atenderão a esta convocação e
se reunirão ao Senhor. Há uma chamada de Deus na
dispensação da graça para que os homens creiam em
Cristo e sejam livrados da ira vindoura.
Todo aquele que atender ao chamado será livrado da
grande tribulação que virá sobre a terra, conforme
promessa do Senhor em Apo 3.10:
“Porque guardaste a palavra da minha perseverança,
também eu te guardarei da hora da provação que há de
vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que
habitam sobre a terra.”
180
Observe que o Senhor está falando de uma hora de
provação que virá sobre o mundo inteiro para
experimentar os habitantes da terra. É provavelmente
uma referência à Grande Tribulação da qual os
verdadeiros crentes serão livrados segundo a sua
promessa, por arrebatá-los antes que tais coisas
sucedam. Mas como se diz em Apo 3.10, a provação
referida terá o propósito de experimentar os que
habitam sobre a terra, isto é, por ela, se conhecerá os
que se voltarão para Deus, e os que permanecerão
endurecidos pelo pecado, chegando mesmo a blasfemar
o nome de Deus, conforme já vimos antes.
Muitos crerão pela dor, pela intensidade das
perseguições e juízos do período da Grande Tribulação,
mas aqueles que receberam a Cristo voluntariamente
em seus corações, tendo crido nEle antes do período da
tribulação, terão a distinção e honra de serem
arrebatados, para serem livrados das coisas que
sucederão ao mundo a partir do momento que a
abominação desoladora for colocada no lugar santo.
181
A igreja estará com o seu Senhor nas Bodas do Cordeiro
referida em Apo 19.7-9. E o anjo disse a João que
escrevesse que; “Bem-aventurados aqueles que são
chamados à ceia das bodas do Cordeiro.”
Cremos que um dos motivos além do principal da
comunhão plena e perfeita com Cristo, a citação à bem-
aventurança diz respeito ao livramento dos juízos que
serão despejados sobre a terra e das perseguições do
Anticristo no período da Grande Tribulação.
I Tes 1.10 diz que Jesus nos livra da ira vindoura, e nesta
mesma epístola, ele afirma que o dia do Senhor vem
como ladrão de noite, mas os crentes não estão em
trevas para que esse dia os apanhe de surpresa,
porquanto são filhos do dia, e que Deus não destinou a
igreja para a ira, mas para alcançar a salvação mediante
Jesus Cristo (I Tes 5.1-11).
Somos livrados não somente da condenação futura do
grande juízo de Deus, como também dos juízos que
serão manifestados em razão da ira de Deus contra o
pecado por ocasião da segunda vinda de Cristo. Estes
182
juízos são destinados aos incrédulos, ao mundo de
pecado, e não faria sentido, que Deus submetesse a
igreja à mesma condenação juntamente com o mundo.
Isto contrariaria frontalmente todas as promessas
bíblicas de livramento dos que têm a Cristo, dos juízos
vindouros. Pedro é bastante explícito ao afirmar que “o
Senhor sabe livrar da provação os piedosos, e reservar,
sob castigo, os injustos para o dia de juízo,”
Ele não destruirá o justo juntamente com o ímpio
quando trouxer Seu juízo sobre o mundo, assim como
manifestou este caráter da Sua justiça a Abraão, quando
este intercedeu em favor de Ló, e efetivamente livrou Ló
da destruição que era destinada aos ímpios, assim,
como também livrou Noé e sua família, nos dias do
dilúvio que trouxe ao mundo para julgar o pecado que
havia sobre a terra.
O Senhor disse a Abraão que, se houvesse dez justos em
Sodoma e Gomorra, Ele pouparia a cidade da destruição.
Entendemos então, que caso os crentes ainda
estivessem no mundo durante a Grande Tribulação,
Deus não despejaria os Seus juízos sobre o mundo por
183
amor deles. É exatamente por terem sido retirados do
mundo no arrebatamento, e por não ter ficado assim
nenhum justo na terra a partir deste momento, que foi
o fator que propiciou que Deus despejasse seus juízos
descritos em Apocalipse sobre o mundo.
Além destas, há muitas outras razões para crermos que
a igreja não passará pela Grande Tribulação.
Ninguém pode duvidar do arrebatamento, porque ele é
ensinado clara e positivamente pela Bíblia. E podemos
supor quanto ao tempo do evento que ele será antes da
Grande Tribulação porque é dito na Palavra que quando
Cristo se manifestar nós também seremos manifestados
com ele, em glória (Col 3.4).
Ora, nós sabemos que o dia da segunda vinda,
conhecido como o dia do Senhor, será um dia terrível,
de juízos terríveis, porque o Senhor virá para entrar em
juízo com o mundo de pecado.
E como poderemos nos manifestar com Ele em glória em
tal ocasião se ainda estivéssemos na terra?
184
Como poderia ter lugar a ressurreição dos crentes que
haviam morrido antes dos que estiverem vivendo, e a
transformação dos corpos deles e dos que estiverem
vivendo na terra na ocasião, para o encontro com Jesus
nas nuvens, exatamente no momento em que Ele se
manifestar como o juiz de toda a terra, matando pela
sua palavra o mundo de ímpios?
Como viríamos com Ele e com os anjos na segunda
vinda, se tivéssemos que nos encontrar com Ele nas
nuvens, exatamente na ocasião da sua segunda vinda
para julgar o mundo?
Agora, tudo se encaixa e se harmoniza com a Palavra
revelada, se colocamos o momento do arrebatamento
antes do período da Grande Tribulação, e a segunda
vinda de Jesus no final do referido período.
Outra razão para crermos que o arrebatamento ocorrerá
antes da Grande Tribulação está na própria estrutura do
livro de Apocalipse. Nos capítulos 2 e 3, o Senhor se
dirige à igreja. Mas nos capítulos 4 e 5 não se fala mais
da igreja. Por que isto?
185
A igreja não está na terra. Ela está no céu. O capítulo 4 é
introduzido com a expressão:
“Depois destas cousas olhei, e eis não somente uma
porta aberta no céu.”
Observe que a cena se desloca da terra para o céu. As
atenções estão voltadas no capítulo 5, para um livro
escrito por dentro e por fora de todo selado com sete
selos. É o livro referente à herança do Cordeiro, à
tomada de posse definitiva da Sua propriedade. Da
conquista final da terra e de tudo o que nela existe. A
abertura dos seus selos precipitará todas as ações
necessárias para a segunda vinda de Cristo e o
estabelecimento do seu reino na terra. Ele é rei.
Ele disse a Pilatos que para isto havia nascido e para isto
havia vindo ao mundo (Jo 18.37). Tudo foi criado por Ele
e para Ele. Mas santo que é, importa que a sua
propriedade seja tomada também em pureza e
santidade. Ele não é o rei de um mundo pecaminoso,
com co-herdeiros ainda sujeitos ao pecado. Por isso
186
purificará a terra de suas más obras, e assumirá o reino
com aqueles que tiver purificado pelo Seu sangue.
A abertura dos selos corresponde, portanto às ações de
juízo sobre a terra para que esta seja reconquistada. E
tudo isto se dará no período de governo do Anticristo.
Assim, nos capítulos 4 e 5 de Apocalipse a igreja está no
céu, e começarão a se desenrolar do capítulo 6 em
diante, as ações sobre a terra no período de governo da
besta. Do capítulo 6 a 18, não se menciona a igreja...
Nunca se menciona como a igreja deveria agir durante a
tribulação. Nenhuma outra palavra de advertência, de
admoestação, de convocação ao arrependimento, como
encontramos nos capítulos 2 e 3.
E qual é a razão disto?
A igreja está aperfeiçoada no céu, sem ruga nem mácula,
porque já foi arrebatada. O foco da atenção na terra já
não é, portanto a partir de agora a igreja, mas a segunda
vinda do Senhor para estabelecer o seu reino, os que
estão sendo perseguidos e massacrados pelo Anticristo,
os juízos que terão que ser despejados sobre a terra para
187
produzir a conversão de muitos dos que se
arrependeriam em face das perseguições e das
manifestações da ira de Deus.
A literatura apocalíptica, mesmo a dos dias do Velho
Testamento, tinha por propósito consolar e conduzir à
fé aqueles que estariam debaixo da aflição e juízos
futuros. Eles poderiam reconhecer a sua experiência nos
escritos proféticos que apontavam para as ocorrências
do futuro. A maior parte do Apocalipse não se refere à
igreja, porque durante as ocorrências ali narradas a
igreja já está consolada no céu, não tendo do que ser
consolada. Esta consolação será necessária para os que
estiverem vivendo na terra no período da Grande
Tribulação.
Um preço terrível terá que ser pago pela maioria dos que
se converterem nos dias do Anticristo, para não
negarem a fé, mas o livro de Apocalipse revela que
valerá a pena pagar qualquer preço em face do gozo
eterno que está prometido ao que vencer e perseverar
até o fim, e do livramento dos horrores eternos no lago
188
de fogo e enxofre para aqueles que negarem o nome de
Cristo.
VI - A Segunda Vinda de Cristo
Um das verdades mais amedrontadoras de todas da
Bíblia se refere ao evento que é identificado em I Tes 5.2
como o dia do Senhor. Aquele termo é um termo técnico
da Bíblia para descrever o dia quando Jesus voltará
trazendo a cólera flamejante e a ira de Deus sobre todos
os pecadores do mundo. É um dia de devastação. É um
dia de destruição.
Em várias outras passagens da Bíblia é usada a
expressão o "dia do Senhor" para revelar que é um dia
de angústia, de sofirmento, de juízo: Atos 2:20, 2 Tes 2:2;
2 Pe 3:10; Is 2:12, 13:6, 9; Jer 46:10; Joel 1:15; 2:11, 31;
Amós 5:18,:20; Mal 4:5; Sof 1:14, 15.
Toda palavra profética relativa ao dia do Senhor é sobre
julgamento, é sobre ira, desolação, vingança e
189
destruição terríveis. É dito que é um tempo de
melancolia e escuridão e angústia. Seis vezes é chamado
de um dia de destruição. Quatro vezes é chamado de um
dia de vingança.
Agora sempre o dia do Senhor se refere ao julgamento
final mais cataclísmico de Deus sobre a terra, para visitar
o pecado dos homens ímpios. É a culminação da cólera
de Deus numa explosão final que consome o ímpio.
Agora é verdade, que especialmente no Velho
Testamento houve épocas em que Deus manifestou a
sua ira sobre os homens, e usou meios providenciais
humanos, como uma nação destruindo outra nação, ou
usando fomes, terremotos ou pestes e doenças, como
forma de juízo, mas nada disso se compara ao grande e
final julgamento que ele despejará sobre a terra sob a
forma de situações angustiantes. Assim todos os
terremotos, fomes, desastres, doenças, tempestades,
inundações, operações demoníacas, guerras, violências
e todas as formas de tribulações que afligem os homens
são apenas prelúdios da manifestação da explosão final
190
da ira do Filho de Deus quando ele se manifestar para
desarraigar o ímpio da terra, na sua segunda vinda.
O dia do Senhor deve ser visto então exclusivamente
como um período de julgamento, julgamento dos
ímpios. E assim, todas as manifestações de juízos que
encontramos desde Apo 6 até 19 estão associadas ao dia
do Senhor, isto é, à segunda vinda de Cristo, que como
já vimos, ocorrerá no final do período de três anos e
meio da Grande Tribulação.
São várias as passagens das Escrituras que afirmam que
o dia do Senhor está próximo: Ez 30.3; Joel 2.1; 3.14; Ob
15; Sof 1.7; Zac 14.1. Sempre houve assim, a ideia de que
Ele pudesse vir a qualquer momento.
O Novo Testamento diz que neste dia o Senhor virá
como um ladrão. Não que o Senhor seja um ladrão, mas
ele virá inesperadamente e não para dar boas vindas,
mas para produzir destruição. Aqueles que não se
aprontarem para serem livrados da surpresa deste dia
terão que enfrentar as terríveis consequências da sua
negligência.
191
Joel 2.30,31 nos dá o caráter deste dia:
“Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e
colunas de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua
em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do
Senhor.”
Então, o Senhor virá com poder e muita glória. Uma
glória tal que escurecerá a própria luz do sol, da lua e das
estrelas. Este será o chamado dia do Senhor. Um dia
singular. Um dia totalmente diferente. Um dia profético,
não necessariamente um dia de 24 horas. Como diz a
palavra, porque "será um dia que será conhecido a
Jeová." (Zac 14.7)
O que ele está dizendo é que não há ninguém que possa
descrever este dia. Ninguém poderia entender este dia.
Não há nenhuma explicação científica para este dia.
Nenhum ser humano poderia ter a compreensão
completa deste dia. É um dia que somente o Senhor
pode explicar. É um dia somente conhecido a Ele. Não
haverá nenhum modo de entendê-lo. Porque poderes
192
miraculosos procederão do Senhor nos céus e na terra e
os fundamentos do mundo serão abalados.
Então, o profeta Zacarias diz mais adiante (14.7):
"Não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde.”.
Não é dia claro, nem noite. Assim, não é nem dia e nem
noite. Mas, o verso 7 diz:
"mas haverá luz à tarde".
No término daquele dia, no fim daquele período
profético, a luz virá. Assim Zacarias vê a mesma coisa.
Tudo fica escuro. Ninguém pode entender o que
aconteceu. Não há nenhuma explicação humana.
Somente Deus sabe. Não é nem um dia claro, nem uma
noite escura. É um dia singular.
Então no fim daquele período de trevas, a luz voltará. E
o que é aquela luz?
É o sinal do Filho do Homem no céu que vem nas nuvens
do céu com poder e grande glória.
193
Qual será a intensidade e a majestade desta luz divina?
Apocalipse 21.23 nos dá uma ideia sobre isto, porque na
Jerusalém celestial, o Cordeiro é a Sua lâmpada, e não
necessita de nenhuma luz natural, nem do sol, nem da
lua, nem das estrelas. Jesus encherá os céus com a glória
da Sua luz.
Mas esta luz que brilhará na escuridão, será para os
ímpios não um motivo de alegria, mas de puro terror.
Por amarem as trevas os pecadores fogem da luz. Esta
luz é para eles uma luz de julgamento vingador. Daí se
dizer em Lucas 21.26 quanto a este dia:
“haverá homens que desmaiarão de terror e pela
expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo; pois
os poderes dos céus serão abalados.”
Hebreus 1.2,3 diz, que “Jesus foi constituído por Deus
herdeiro de todas as cousas, e pelo qual também fez o
universo, e que Ele é o resplendor da glória e a expressão
exata do Seu ser, sustentando todas as cousas pela
palavra do seu poder.”
194
Observe que Jesus não é somente criador do universo,
mas também sustentador do equilíbrio de tudo o que há
no universo. E como Ele fez e faz isto ?
Simplesmente pela palavra do Seu poder. É nEle que
tudo é sustentado mediante a Sua palavra de ordem. Ele
disse no princípio: “Haja luz”, e houve luz, e assim se fez
com todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis. Da
mesma forma que Ele criou e sustenta pela sua palavra,
Ele também destruirá pela mesma palavra poderosa que
procede de Sua boca.
Ele mostrou este Seu poder abundantemente em Seu
ministério terreno, expelindo demônios, curando
enfermidades, operando maravilhas meramente com a
palavra proferida pelos seus lábios. Este mesmo poder
ainda opera na igreja dentro dos limites estabelecidos e
controlados por Ele, fazendo com que a palavra
poderosa inspirada pelo Espírito que procede da boca
dos seus servos, faça tudo quanto Lhe apraz.
O homem pode contar com a regularidade com que o
Senhor sustenta todas as coisas, para enviar satélites ao
195
espaço sideral, sabendo que eles não se desviarão de
suas órbitas, porque há um poder que mantém o
universo em equilíbrio.
Os corpos celestes são controlados pelo poder
sustentador da palavra de Deus. Mas de repente, se o
Senhor deixa de exercer este poder sustentador, o que
nós temos?
O caos, e tudo o que está unido no universo passa a se
descontrolar e desintegrar. E a terra se torna uma vítima
deste desarranjo incrível de todo o universo. Os poderes
dos céus serão abalados e nós já sabemos por que isto
ocorrerá.
Deus manifestará o seu desagrado relativamente à
impiedade dos homens que chegará a níveis
insuportáveis nos últimos dias conforme descrito na
Bíblia, através da remoção das condições de sustentação
regular da vida do mundo físico que os homens tanto
apreciam. Tal como um pai que priva o filho de um
brinquedo muito querido, quando o castiga. Deus
196
quebrará os pontos de apoio em que os homens
costumam colocar a sua confiança e segurança.
Haverá escassez de alimento e de água, de condições
climáticas favoráveis à saúde, haverá pragas e
pestilências sem medida, acidentes provocados por
terremotos, e outros eventos cataclísmicos, destruições
e aflições decorrentes de guerras, operações de
demônios, e tantas outras condições desfavoráveis para
a vida do homem na terra, em decorrência dos juízos de
Deus. A alteração no poder que sustenta o equilíbrio do
universo terá em vista principalmente produzir tais
condições desfavoráveis na terra.
É inconcebível como a terra não será totalmente
destruída com isto, mas poderoso é o Senhor para
mantê-la em plena ordem, se assim o desejasse, mesmo
retirando tudo o mais do universo que a rodeia. Deus
produzirá caos na terra, mas Ele controlará o caos pelo
Seu poder, porque Ele restaurará a terra para o reino
milenal paradisíaco de Cristo na terra.
Em Isaías 34.6 lemos:
197
“A espada do Senhor está cheia de sangue, engrossada
da gordura e do sangue de cordeiros e de bodes, da
gordura dos rins de carneiros; porque o Senhor tem
sacrifício em Bozra, e grande matança na terra de
Edom.”
Em outras palavras, haverá uma matança mundial da
parte do Senhor, quando Ele vier com os Seus santos e
os anjos para julgar o reino do Anticristo e a coligação
de nações que se ajuntarão no lugar chamado de
Armagedom para destruir Israel. O Senhor virá e
destruirá os ímpios não somente que estiverem
marchando contra Israel com o Anticristo, mas os de
todas as nações.
O descrente será morto, mas o justo viverá. Os homens
serão mais raros que o ouro de Ofir. E com estes crentes
que estiverem vivendo sobre a terra e que sobreviverão
à volta do Senhor, o mundo será repovoado para no
período do milênio.
A espada referida em Is 34.6 que está cheia de sangue,
não é uma espada física, e nem mesmo a ação de uma
198
guerra conforme a ideia que nós temos de uma guerra,
porque esta espada é a espada afiada de dois gumes. A
espada que procede da boca do Senhor, que é a Sua
palavra. Será meramente por meio da palavra de ordem
que Ele proferir que os ímpios serão mortos em todas as
nações do mundo, por ocasião da sua segunda vinda. É
aqui que se cumpre em plenitude a palavra que Ele
proferiu enquanto neste mundo; que deveríamos temer
Aquele que tem poder para matar o corpo e lançar a
alma no inferno.
Esta é uma referência a si mesmo, como Deus que é. É
Ele quem tem as chaves da morte e do inferno. Isto é, é
Ele quem tem o domínio sobre ambos. Ele revelará isto
claramente na Sua segunda vinda.
Esta destruição dos ímpios não significa aniquilação,
mas morte física, porque continuarão existindo em
espírito, mas sendo lançados no inferno para
aguardarem a condenação final ao lago de fogo e
enxofre depois de serem ressuscitados depois do
milênio e serem julgados diante do grande trono branco
(Apo 20.11).
199
Apo 19.11-21, e 20.1-3a descrevem parte dos eventos
relativos à segunda vinda de Jesus, e ali se diz que “sai
da sua boa uma espada afiada, para com ela ferir as
nações,” (verso 15), e que a besta e o falso profeta foram
lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre
(verso 20), e que; “os restantes foram mortos com a
espada que saía da boca daquele que estava montado
no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.”
(verso 21).
Veja então, que pela Sua palavra o Senhor destruirá os
ímpios de todas as nações por ocasião da sua segunda
vinda.
Lembramos mais uma vez, que os santos estarão com o
Senhor na Sua vinda (Zac 14.5), e também os anjos (I Tes
1.7). E vale lembrar as poderosas destruições de
milhares de ímpios que o Senhor efetuou na terra nos
dias do Velho Testamento, através do poder dos anjos.
Haverá, portanto uma mortandade real de ímpios na
segunda vinda de Jesus.
200
O centro do governo de Jesus durante o milênio será em
Jerusalém. Daí que, quando ele voltar, o teatro de
operações da guerra de coligação de nações com o
Anticristo estará se dirigindo para a referida cidade.
Em Zac 12.3 lemos: “Naquele dia farei de Jerusalém uma
pedra pesada para todos os povos; todos os que a
erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se
ajuntarão todas as nações da terra.”
Na batalha de Armagedon há um foco sobre Jerusalém,
e Jerusalém vai ser um lugar onde o Anticristo tentará
estabelecer o seu governo. Até nisto ele tentará ocupar
o lugar de Cristo.
Is 63.1-6 descreve vivamente as condições de
mortandade geral em todo o mundo por ocasião da
segunda vinda do Senhor. Apocalipse 19.13 apresenta as
vestes do Senhor salpicadas de sangue, tanto quanto em
Is 63, como resultado da matança dos seus inimigos, no
trabalho de desarraigar o ímpio da terra. Pela sua
própria impiedade é que eles serão desarraigados,
201
tendo recusado voluntariamente a chamada de Deus
para o arrependimento e salvação.
VII - O Milênio e a Prisão de Satanás
Jesus disse que os mansos são bem-aventurados
porque eles herdarão a terra. Isto é uma referência clara
ao retorno dos crentes à terra, para reinarem
juntamente com Cristo durante os mil anos citados em
Apocalipse, e da permanência na terra daqueles que se
converterem no período da Grande Tribulação, no que
podemos chamar de reino milenal. Este reino de mil
anos será o cumprimento de várias profecias bíblicas, e
especialmente da promessa feita a Davi de que da sua
descendência sairia um rei que governaria Israel com
justiça.
Este reino de mil anos é citado em várias porções das
Escrituras, especialmente no Velho Testamento,
conforme estaremos comentando adiante. No Novo
202
Testamento há versículos que chamam este período de
Regeneração, como em Mt 19.28: “Jesus lhes
respondeu: Em verdade vos digo que vós os que me
seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se
assentar no trono da sua glória, também vos assentareis
em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.”.
Em Atos 3.21 é chamado de Tempos da Restauração: “ao
qual é necessário que o céu receba até aos tempos da
restauração de todas as cousas, de que Deus falou por
boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.”
Em Ef 1.10 é chamado de Dispensação da Plenitude dos
Tempos: “de fazer convergir nele, na dispensação da
plenitude dos tempos, todas as cousas, tanto as do céu
como as da terra;”.
Na realidade, podemos afirmar que o Reino é o tema
fundamental de toda a Bíblia. Que tudo da Bíblia
realmente se orienta ao fato de que Deus governa, que
Deus é soberano, e que a meta da história redentora é
um Reino eterno no qual Deus governa. Tudo aponta
para o reino. Jesus mesmo, logo que começou o Seu
203
ministério pregava e continuou pregando a necessidade
de fé e arrependimento porque o Reino de Deus estava
próximo.
Deus sempre prometeu um reino que seria eterno, mas
Ele prometeu que seria também um reino terrestre,
tanto quanto Ele prometeu a esperança do céu eterno.
Agora como Deus pode cumprir tudo isso?
Um reino eterno que é um reino terrestre e é também
um reino divino?
Bem, a resposta é que o reino milenal é parte terrestre
daquele reino eterno. No Velho Testamento, como
estaremos vendo, as promessas dos profetas para Israel
falam de um reino que é terrestre... Mas eles também
falam de um reino que é divino, um reino que está aqui
neste planeta e que é um reino que tem uma dimensão
completamente diferente, um reino que é medido pelo
tempo e um reino que está além do tempo.
E é necessário que Deus faça isto deste modo. Ele
prometeu um reino terrestre. Naquele reino terrestre
204
haverá pessoas com um corpo terreno, tal como o nosso,
que não morreram na segunda vinda de Cristo. Eles
sobreviverão ao tempo da Tribulação e eles serão os
resgatados. Eles virão da nação de Israel e de outras
nações do mundo.
Eles entrarão no reino terrestre glorioso renovado e
reavivado na terra. Por isso o anjo disse a Daniel que
são bem-aventurados os que esperam e chegam até mil
trezentos e trinta e cinco dias, isto é, setenta e cinco dias
após o término da Grande Tribulação, que como já
vimos, é o provável prazo para o preparo e admissão
final no Reino daqueles que sobreviveram à Grande
Tribulação. Eles terão filhos, como veremos no estudo
das profecias, especialmente no livro do profeta Isaías.
A reprodução natural prosseguirá, e os processos
naturais da vida seguirão o seu curso, só que Deus
operará de tal forma que a longevidade dos primeiros
dias conforme relatado no Gênesis será restaurada.
E assim, ainda haverá um grupo de pessoas na terra,
descendentes destes crentes do Reino, tal qual no
princípio, quando o mundo de hoje foi formado a partir
205
da família de Noé, e dentre estes que tiverem
descendido deles, haverá também não eleitos, pessoas
que não se converterão, e que serão no fim dos mil anos
seduzidas por Satanás quando ele for solto de sua prisão
no abismo, por um breve tempo, para a sua condenação
final no lago de fogo e enxofre. Assim, o reino enquanto
é na realidade um reino que é dado às pessoas de Deus
por via de cumprimento da Sua promessa, é também o
tempo final no qual a redenção poderá acontecer nas
vidas de seres humanos. E cumpre dizer, que haverá,
portanto dois tipos de seres humanos vivendo na terra,
os crentes que receberão corpos glorificados na primeira
ressurreição e no arrebatamento e que retornaram à
terra com Cristo na sua segunda vinda, e estes que
citamos, ainda em corpos naturais, que sobreviveram à
Grande Tribulação, cujo término coincidiu com a
segunda vinda de Jesus.
A prisão de Satanás durante os mil anos não será no lago
de fogo, mas num lugar chamado de abismo que é muito
mencionado na Palavra (Apo 20.1, 3; II Pe 2.4; Lc 8.31).
206
Todas as sete vezes que este abismo ou cova sem fundo
é citado em Apocalipse isto se refere ao lugar onde os
anjos caídos são mantidos aprisionados. O lugar onde
eles esperam o encarceramento final deles no lago de
fogo. Diz-se de forma muito interessante em Is 24:21-23:
" Naquele dia o Senhor castigará os exércitos do alto nas
alturas, e os reis da terra sobre a terra. E serão ajuntados
como presos numa cova, e serão encerrados num
cárcere; e serão punidos depois de muitos dias. Então a
lua se confundirá, e o sol se envergonhará, pois o Senhor
dos exércitos reinará no monte Sião e em Jerusalém; e
perante os seus anciãos manifestará a sua glória."
Quais são os exércitos do céu?
Anjos. Estes são anjos maus. O Senhor castigará naquele
dia os anjos maus. Eles serão reunidos como prisioneiros
no calabouço e serão limitados em prisão e então depois
de muitos dias serão castigados. Primeiro eles são
limitados e Isaías está vendo isto. Eles são limitados por
um período para depois então serem sujeitados ao
castigo eterno. Assim então, o primeiro elemento do
Reino é a remoção de Satanás e seus demônios.
207
Olhemos para o segundo elemento, o reinado dos
santos. Da remoção de Satanás para o reinado dos
santos:
“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo
e uma grande cadeia na sua mão.
Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo
e Satanás, e o amarrou por mil anos.
Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou sobre ele,
para que não enganasse mais as nações até que os mil
anos se completassem.
“Depois disto é necessário que ele seja solto por um
pouco de tempo.” (Apo 20.1-3).
Tendo sido removido Satanás, lemos nos versos 4 a 6:
“Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles
foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que
foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da
palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua
imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas
208
mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil
anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os
mil anos se completassem.
Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo
é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre
estes não tem poder a segunda morte; mas serão
sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele
durante os mil anos.”
Aqueles que morreram durante a Grande Tribulação não
estarão, portanto em desvantagem diante daqueles que
estiverem vivendo na terra depois da segunda vinda de
Jesus, porque eles serão ressuscitados em corpos
glorificados, para voltarem à terra com Cristo na
segunda vinda, e para reinarem com Ele no milênio. Apo
20.5,6 chama de primeira ressurreição a todos quantos
foram ressuscitados antes da segunda vinda de Jesus e
inauguração do milênio.
Os crentes que haviam morrido antes do arrebatamento
foram ressuscitados na ocasião do próprio
arrebatamento, antes da Grande Tribulação, e estes que
209
se converteram durante o governo do Anticristo e que
morreram antes da segunda vinda de Jesus foram
também ressuscitados, conforme se depreende de Apo
20.4, antes de terem retornado à terra com o Senhor, na
sua segunda vinda.
Todos os líderes mundiais, simplesmente todos os
governadores, todos os primeiros-ministros, todos os
magistrados, todos aqueles que são responsáveis por
educação, todos os legisladores, todos aqueles que são
responsáveis pelo governo da sociedade na face de toda
a terra serão os santos glorificados, e que já não se
casam e não se dão em casamento, que terão
autoridade delegada do próprio Senhor Jesus Cristo para
levar a cabo a vontade dele em todos os lugares. Então
haverá verdade na educação, então haverá justiça nas
salas de tribunais. Então haverá padrões morais reais
em todas as áreas da vida humana. E se cumprirá
plenamente a palavra de que bem-aventurados são os
que têm fome e sede de justiça porque serão fartos (Mt
5.6). Então haverá honestidade nos noticiários. Não
haverá poluição na terra, seja ela do tipo que for. Os
210
livros estarão cheios de verdade, e a televisão somente
transmitirá a verdade.
Apocalipse 20 faz referência ao início e ao fim do
período do milênio, quando ocorrerá a batalha final
chamada de Gogue e Magogue (20.8), com a destruição
pelo fogo de todos os que marcharem contra a cidade
central do governo de Cristo com os santos, em
Jerusalém, o lançamento de Satanás no lago de fogo, e,
então todos os descrentes terão sido mortos, e tanto os
do período do milênio quanto os do passado, desde
Adão, terão os seus corpos ressuscitados para que sejam
julgados e condenados à segunda morte, que é o lago do
fogo. E daí por diante a morte será finalmente vencida,
porque já não haverá mais reprodução, e assim a
possibilidade de nascerem pessoas descrentes. Por isso
se diz também em Apo 20.14, que tanto a morte quanto
o inferno foram também lançados no lago do fogo,
indicando que já não haverá mais julgamento, nem
condenação, daí por diante, motivo por que serão
criados novo céu e nova terra, conforme relatado em
211
Apo 21, onde estará a Nova Jerusalém como a morada
eterna dos santos com o Cordeiro.
Mas, até que Satanás seja solto da prisão com seus
demônios, o milênio será um período de justiça e de paz
na terra, porque terá tal governo sobre a terra. Com a
ausência de Satanás e dos demônios não haverá
qualquer obstrução, qualquer obstáculo, para a
manutenção da justiça e da paz. Por isso se diz em Is
65.20:
“Não haverá mais nela criança para viver poucos dias,
nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos
cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos
cem anos será amaldiçoado.”
Observe que quem pecar somente aos cem anos será
amaldiçoado. A maldição não se apressará em vir sobre
aquele que pecar porque não haverá condições
favoráveis para viver pecando deliberadamente. Tudo
chamará à paz, à justiça, à pureza. Não haverá um só
governante injusto, porque o governo será dado aos
santos, conforme o afirmam tantas passagens das
212
Escrituras, dentre as quais gostaríamos de destacar Dn
7.18:
“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o
possuirão para todo o sempre, de eternidade em
eternidade.”
E Dn 7.22: “até que veio o Ancião de dias, e fez justiça
aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os
santos possuíram o reino.”
As palavras de Jesus ganham um gosto especial, quando
contemplamos estas coisas relativas ao seu governo
futuro com os santos na terra:
“Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles
é o reino dos céus.” (Mt 5.2).
“Bem aventurados os mansos, porque herdarão a
terra.” (Mt 5.4).
“Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.10).
213
“Deles é o reino...”, é a nota que se repete. Aprouve ao
Pai dar aos crentes o reino. O governo lhes pertence,
juntamente com Cristo, e daí se dizer em Apo 20.6:
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na
primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não
tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de
Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos.”
Não se trata mais de ser bem aventurado simplesmente
por ter escapado da condenação futura, mas por ser
reino sacerdotal de Cristo na terra e pela eternidade
afora.
A palavra de II Pe 2.9 terá cabal cumprimento, quanto
ao exercício da função daqueles que estiverem em
corpos glorificados na terra governando juntamente
com Cristo: “sois raça eleita”, isto é, escolhidos para este
propósito; “sacerdócio real”, isto é governantes justos
que intercedem em favor dos homens junto ao Rei dos
reis; “nação santa”, um povo eleito de sacerdotes reais
porque é santo, porque tem o caráter santo do próprio
Cristo.
214
Nós seremos sacerdotes de Deus e de Cristo e
reinaremos com Ele durante os mil anos.
O que faz um sacerdote? Um sacerdote traz as pessoas
a quem?
Para Deus. Essa será nossa função mundial. Nós
estaremos trazendo as pessoas a Deus, trazendo as
pessoas ao Senhor, trazendo as pessoas ao
conhecimento de Cristo, conduzindo-os à Sua presença
gloriosa, trazendo-os à verdade. Essa será nossa função.
Nós estaremos trazendo as pessoas à salvação, ao
mesmo tempo nós estaremos regendo e reinando e
executando os desejos do Rei.
Este mundo será maravilhoso. Satanás não será mais o
seu príncipe, porque Jesus será eternamente o seu Rei,
com domínio pleno sobre todos os seus habitantes. E os
santos não terão que tentar entender o que devem fazer
porque eles estarão glorificados e aperfeiçoados em
santidade, justiça e amor e levarão a cabo a vontade de
Cristo perfeitamente.
215
Isaías 60 retrata a glória da cidade de Jerusalém tanto
durante o governo milenal de Cristo, quanto da sua
glória final, quando for estabelecida a Nova Jerusalém
depois do milênio, quando forem criados novo céu e
nova terra. Certamente até o verso 17, a referência é à
glória da Jerusalém do milênio, porque se fala ainda de
destruição de nações (verso 12; esta condição não
existirá depois do milênio).
A partir do verso 18 a profecia se desloca para a Nova
Jerusalém, porque se diz que nunca mais se ouvirá de
violência na tua terra, de desolação ou ruínas nos teus
termos, pois sabemos que haverá ainda uma
conflagração final no levante que for efetuado por
Satanás, quando for solto no final do milênio. E também,
porque se diz que nunca mais te servirá o sol para luz do
dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará, mas o
Senhor será a tua luz perpétua (verso 20), e que todos o
do teu povo serão justos e para sempre herdarão a terra
(verso 21) e sabemos que nem todos durante o milênio
que estiverem vivendo na terra, e mesmo na cidade de
Jerusalém serão justos durante o milênio.
216
As portas da cidade de Jerusalém estarão
continuamente abertas, porque não haverá ameaça de
invasão e violência contra a cidade até que Satanás seja
solto no final dos mil anos. Nos versos 11 a 14 de Is 60
lemos:
“As tuas portas estarão abertas de contínuo; nem de dia
nem de noite se fecharão, para que te sejam trazidas
riquezas das nações, e, conduzidos com elas, os seus
reis.
Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão:
sim, essas nações serão de todo assoladas.
A glória do Líbano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e o buxo
conjuntamente, para adornarem o lugar do meu
santuário, e farei glorioso o lugar dos meus pés.
Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te
oprimiram, prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés
todos os que te desdenharam, e chamar-te-ão a cidade
do Senhor, a Sião do Santo de Israel.”
O profeta Miqueias diz isto:
217
“Mas nos últimos dias acontecerá que o monte da casa
do Senhor será estabelecido no cume dos montes, e se
elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão os povos.
Irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte
do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine
os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas;
porque de Sião procederá a lei, e a palavra do Senhor de
Jerusalém.
Ele julgará entre muitos povos, e corrigirá nações
poderosas e longínquas.
“Estes converterão as suas espadas em relhas de arados,
e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará
a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a
guerra.” (Mq 4.1-3).
A razão disto é apresentada pelo profeta no verso 7:
“o Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora
e para sempre.”
218
Muitos dos que nascerem durante o milênio serão
conduzidos à fé e ao conhecimento de Cristo, e tal como
nós estarão unidos a Ele espiritualmente para sempre.
Israel será abençoado. A terra de Israel, a cidade de
Jerusalém voltará a ser gloriosa, e se cumprirá o que foi
dito pelo profeta Zacarias:
“Todos os que restarem de todas as nações que vieram
contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o
Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a festa dos
tabernáculos. Se alguma das famílias da terra não subir
a Jerusalém para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos
não fará vir sobre ele a chuva.” (Zac 14.16,17).
Haverá um julgamento imediato sobre as pessoas que
não adorarem o Senhor Jesus em Jerusalém.
Olhando então agora politicamente e espiritualmente
para o Reino, nós podemos ver como o Senhor Jesus
domina tudo.
O texto de Is 11.4-10 é uma descrição vívida da forma
como será o milênio:
219
“mas julgará com justiça os pobres, e decidirá com
equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com
a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará
o perverso.
A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o
cinto dos seus rins.
O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará
junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal
cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará.
A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se
deitarão; o leão comerá palha como o boi.
A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já
desmamado meterá a mão na cova do basilisco.
Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo
monte porque a terra se encherá do conhecimento do
Senhor, como as águas cobrem o mar.
220
Naquele dia recorrerão as nações à raiz de Jessé que
está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a
morada.”
É interessante notar a citação da presença pacífica de
animais dito selvagens no período do milênio. Assim
como o Senhor reuniu os animais na arca de Noé
preservando-os da extinção, Ele também os preservará
na segunda vinda de Cristo para que continuem se
multiplicando sobre a terra.
O capítulo 34 de Isaías depois de citar na primeira parte
do capítulo, a destruição dos ímpios das nações na volta
de Jesus, e da derrubada dos reinos deste mundo
(versos 12 e 13), cita na parte final animais como o
pelicano, ouriço, bufo, corvo, chacais, avestruzes,
corujas e abutres, que não são animais nobres, que se
fartarão das carnes dos que forem mortos na volta de
Jesus, e a estes assim se refere nos versos 16 e 17:
“Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas
criaturas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a
boca do Senhor o ordenou, e o seu Espírito mesmo as
221
ajuntará. Porque ele lançou as sortes a favor delas, e a
sua mão lhes repartiu a terra com o cordel; para sempre
a possuirão, através de gerações habitarão nela.”
O ímpio não herdará a terra, porque será desarraigado
dela, mas Deus preservará os animais na terra.
E na sequência, o capítulo 35 de Isaías descreve a
restauração da terra e alegria dos justos que habitarão
nela.
Em Is 65.19-25 lemos:
“E exultarei por causa de Jerusalém, e folgarei do meu
povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem
de clamor.
Não haverá mais nela criança para viver poucos dias,
nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos
cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos
cem anos será amaldiçoado.
Eles edificarão casas, e nelas habitarão, plantarão
vinhas, e comerão o seu fruto.
222
Não edificarão para que outros habitem; não plantarão
para que outros comam; porque a longevidade do meu
povo será como a da árvore, e os meus eleitos
desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos.
Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a
calamidade, porque são a posteridade bendita do
Senhor, e os seus filhos estarão com eles.
E será que antes que clamem, eu responderei; estando
eles ainda falando, eu os ouvirei.
O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá
palha como o boi; pó será a comida da serpente.
“Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo
monte, diz o Senhor.”
Veja que o texto se refere a uma taxa de natalidade alta
que contribuirá para o rápido repovoamento da terra.
As condições reinantes no milênio serão quase
semelhantes às existentes no Éden antes do pecado, no
que diz respeito aos que fizeram parte da primeira
223
ressurreição e que se encontram em corpos glorificados
e que já não estão mais sujeitos ao pecado.
Mas, os descendentes daqueles crentes que entraram
no milênio vindos da Grande Tribulação, e eles próprios,
que não passaram pela morte, estarão sujeitos ainda ao
pecado, tal como nós no presente. E estes também
gerarão filhos não eleitos, que não estarão sujeitos à
intensidade de tentações em razão do governo justo de
Cristo e do fato da ausência de Satanás e dos demônios,
mas a carnalidade deles se manifestará no final do
período dos mil anos, quando Satanás for solto e seduzi-
los para lutarem contra o governo de Cristo e dos seus
santos.
Se este mundo é um lugar bonito mesmo estando
amaldiçoado, imagine como será quando a maldição for
retirada e o Senhor restaurar todas as coisas.
Bem, como vimos não se pode admitir à luz de toda a
revelação uma outra interpretação verdadeiramente
bíblica para o milênio, senão a pré milenista, que
acabamos de enfocar. Os chamados pós milenistas
224
creem que as coisas melhorarão e a igreja dominará
algumas das instituições humanas, e isto fará com que
haja um governo de justiça na terra.
Alguns deles são chamados os teólogos do reino e eles
acreditam que de alguma maneira a igreja vai ganhar
grande poder de milagres, e que por este poder nós
vamos superar os demônios e vencer os poderes das
trevas de um modo definitivo. A igreja estabelecerá o
reino. O fim não virá porque as coisas melhorarão. Mas
sabemos que o fim virá porque as coisas se tornarão
piores.
A igreja nunca conquistará os reinos deste mundo, a
igreja nunca assumirá as instituições sociais deste
século, sem que haja uma intervenção direta do próprio
Cristo na Sua segunda vinda. Por isso somos chamados
a pregar o reino que se manifestará na segunda vinda do
Senhor, a exercer o ministério da reconciliação do
pecador com Deus, e não simplesmente levantar
bandeiras de movimentos moralistas com vistas a
reformar a sociedade. Este mundo não melhorará
enquanto o ímpio não for desarraigado da terra, e
225
somente Cristo poderá fazer isto, pelo Seu próprio
poder; e Ele o fará no momento oportuno.
Por isso somos pré milenistas, como claramente a
revelação é pré milenista, porque aguardamos a Cristo
para a inauguração do Seu reino milenal sobre a terra.
E há ainda os amilenistas, que não creem que haverá
qualquer reino milenal.
VIII - Novo Céu e Nova Terra
Agora, olhemos para uma alteração sem precedentes e
que Jesus cita em Mt 24.35, em que Ele diz que depois
da sua vinda com poder e muita glória “passará o céu e
a terra”. Isso é uma declaração clara de que o céu e a
terra atuais serão destruídos, e no lugar deles haverá
uma nova criação, de um novo céu e de uma nova terra.
Pedro diz como isto vai acontecer:
226
“Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual
os céus passarão com estrepitoso estrondo e os
elementos se desfarão abrasados; também a terra e as
obras que nela existem serão atingidas.
Visto que todas estas cousas hão de ser assim desfeitas,
deveis ser tais como os que vivem em santo
procedimento e piedade, esperando e apressando a
vinda do dia de Deus, por causa do qual os céus
incendiados serão desfeitos, e os elementos abrasados
se derreterão.” (II Pe 3.10-12).
A palavra no grego para estrondo ou barulho, é
rhoizedon que significa o som de crepitação. É usada
para descrever um som zumbindo produzido por
movimento rápido pelo ar. Em outras palavras, os céus
começarão a se desintegrar com um estrondo. E é o
estrondo de uma explosão nuclear. E é bem possível que
Deus use a fissão nuclear do átomo para desintegrar o
universo, como é dito por Pedro que os elementos
abrasados se derreterão. Os elementos atômicos
básicos começaram a derreter, enquanto liberam
intenso calor. A terra será atingida por isto. A Palavra diz
227
que os céus se enrolarão como um rolo de pergaminho.
Isto significa compressão e não expansão.
Encolhimento. Redução.
No verso 11, ele diz, que a terra e as obras que nela
existem serão atingidas. O verbo no grego para
“atingidas” é lúo, que significa desatar, soltar,
desprender. O poder de coesão dos elementos pelo
Senhor pela palavra do seu poder, como já vimos em
Hebreus 1, será alterado. Os elementos serão soltos,
desprendidos, esta coesão que garante a sua
estabilidade será modificada, e tudo se desfará. Agora,
isso é uma alteração sem precedentes do universo e isso
está a caminho.
No fim do milênio, e depois do juízo de Deus sobre todos
os ímpios, João fala a partir de Apo 21.1 de um novo céu
e uma nova terra. E este processo de recriação será feito
em duas fases. Na segunda vinda de Jesus haverá uma
modificação no universo. E, ao término do milênio
haverá uma recriação total de um novo céu e de uma
nova terra que são eternos. Durante o Reino milenal
será uma terra restaurada, e assim também o universo,
228
como afirma a própria Palavra. Mas, no estado eterno
final há uma nova criação, algo que não foi restaurado,
mas refeito completamente, para ser a habitação eterna
dos justos, por não mais existir nem morte, nem pecado,
nem incrédulos, nem Satanás, nem demônios, nesta
nova terra. E poderoso é o Senhor para fazer novas
todas as coisas.
Alguns pensam que tudo será destruído pelo próprio
homem com suas armas atômicas. Mas veja que será
todo o universo que se desfará. Isto não será feito pelo
homem, é Deus quem o fará.
Em Is 34, lemos: “Todo o exército dos céus se dissolverá,
e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu
exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da
figueira.”
Deus destruirá, para fazer algo inteiramente novo.
Podemos ver o dia profético do Senhor em duas fases,
porque para Ele mil anos são como um dia. A primeira
fase, na segunda vinda de Jesus, e a segunda, ao término
229
dos mil anos, quando fará novos céus e nova terra. Na
visão profética, isto pode ser dado como um só evento
aos olhos de Deus. Assim como temos isto no texto de II
Pe 3.10-12. Ele fala do dia do Senhor, e ali se refere tanto
à segunda vinda, quanto à criação do novo céu e nova
terra, como se fosse um só evento. Isto porque este é o
propósito revelado do Senhor, de fazer novas todas as
coisas, a partir da segunda vinda de Jesus.
Em Apo 8.7 temos uma pequena amostra do que irá
ocorrer no final do milênio. Aqui se descreve o que irá
acontecer no período da Grande Tribulação próximo da
segunda vinda de Jesus, mas, como dissemos, é uma
pequena demonstração da destruição final quando do
término do milênio:
“O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e
fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra.
Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das
árvores, e também toda erva verde.”
Os juízos relativos ao toque da segunda e terceira
trombetas trouxeram também, fogo sobre a terra. É
230
descrito também que a destruição final dos ímpios no
término do milênio será também com fogo que descerá
do céu para consumi-los (Apo 20.9). É bom, portanto
que aqueles que resistem quanto à probabilidade da
ocorrência destes eventos com larga destruição da terra
pelo fogo de Deus, se lembrem que o Senhor já deu
mostras suficientes de destruição pelo fogo no passado,
quer em Sodoma e Gomorra, quer entre os próprios
israelitas rebeldes nos dias de Moisés. Saía fogo da parte
do Senhor sobre eles, para que ninguém duvide que Ele
fará uma destruição final pelo fogo por causa do pecado.
Por isso se lê em II Pe 3.7: “Ora, os céus que agora
existem , e a terra, pela mesma palavra têm sido
entesourados para fogo, estando reservados para o dia
do juízo e destruição dos homens ímpios.”. E isto ele fará
na segunda vinda de Cristo. E também, pelo fogo,
destruirá todas as obras da terra e o universo, no final
do milênio para criar novo céu e nova terra.
231
IX - A Eternidade
Depois do Grande Julgamento do Trono Branco,
somente a Trindade, os anjos eleitos, e os santos
resgatados permaneceram no terceiro céu, que é a
habitação do Deus Altíssimo. O universo, que é
designado por céu, e a terra que hoje existem foram
inteiramente destruídos, e Deus fez um novo céu e uma
nova terra. Os inimigos de Cristo, tanto anjos quanto
homens foram lacrados para sempre no lago de fogo
onde sofrerão agonias e tormentos eternos.
Jesus trouxe a Nova Jerusalém desde o terceiro céu até
a nova terra criada, onde não existe, como já dissemos,
mais nenhum pecado. Então, o próprio Deus desceu à
terra para viver para sempre com o homem resgatado
(Apo 21:1-3).
A vida no estado eterno está perfeita. Não há mais
morte, nem luto, nem choro ou dor (Apo 21.4). Então se
cumprirá a palavra de Is 65.17:
232
“Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não
haverá lembrança das cousas passadas, jamais haverá
memória delas.”
Quando Pedro se refere ao novo céu e à nova terra, a
palavra utilizada no grego é kainos, que significa novo
em qualidade, não novo em cronologia, nem tampouco
novo em ordem, mas novo em qualidade, diferente, um
gosto que nós nunca conhecemos dantes.
E nesta nova terra habita a justiça plena e perfeita,
conforme é citado em II Pe 3.13. Uma justiça
permanente, inalterável.
Este é o mundo que nós esperamos. Este é o mundo que
foi prometido a nós em Jesus Cristo. É isso que Deus tem
preparado para aqueles que O amam.
O Senhor mesmo será a luz deste novo mundo,
conforme se lê em Is 60.19 e Apo 21.23 e 22.5. Uma luz
de glória espiritual e eterna que jamais acaba. O sol é
um corpo físico natural que se gasta ao longo do tempo,
mas a luz de Deus é eterna.
233
Lemos em Apo 21.1-3:
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe.
Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia
do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada
para o seu esposo.
Então ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o
tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com
eles.
“Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com
eles.”
Veja que a habitação de Deus está entre os homens e Ele
se estabelecerá e estará em casa com eles.
Somente o Senhor é digno de todo o louvor e de toda a
glória, porque somente Ele, pelo Seu próprio poder pode
realizar e trazer à existência todas estas coisas. Tudo isto
teremos recebido por graça, e simplesmente por meio
da nossa fé em Cristo.
234
Todo o mérito é, portanto do Senhor, e por isso devemos
adorar o Seu santo nome por toda a eternidade.
Maranata! Vem, Senhor Jesus.
235
Adultério Espiritual
Veja que é possível que crentes genuínos, nascidos de
novo do Espírito Santo, aos quais Jesus disse as
seguintes palavras:
“Apo 2:19 - Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé,
o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras,
mais numerosas do que as primeiras.”
E também tenham sido admoestados severamente, em
razão de estarem convivendo e tolerando com o
seguinte quadro, por Ele descrito logo em seguida:
“Apo 2:20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa
mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa,
não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos
a praticarem a prostituição e a comerem coisas
sacrificadas aos ídolos.
Apo 2:21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela,
todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.
236
Apo 2:22 Eis que a prostro de cama, bem como em
grande tribulação os que com ela adulteram, caso não
se arrependam das obras que ela incita.
Apo 2:23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas
conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e
corações, e vos darei a cada um segundo as vossas
obras.
Apo 2:24 Digo, todavia, a vós outros, os demais de
Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que
não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas
de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós;
Apo 2:25 tão-somente conservai o que tendes, até que
eu venha.”
Que alguns, em nossos dias, ao lerem estas repreensões
se abençoam no seu íntimo, por pensarem que elas se
aplicavam tão somente à Igreja de Tiatira, nos dias do
apóstolo João. Todavia, este mal seria como tem sido de
fato, muito mais intenso e amplo em muitas igrejas no
tempo do fim.
237
Jezabel era a esposa do rei Acabe, de Israel. Ela era
oriunda de uma nação que adorava Baal, e foi por seu
intermédio que o culto a este falso Deus foi introduzido
e disseminado em toda a nação israelita.
Aquela Jezabel não era profetisa, mas a citada por nosso
Senhor no texto de Apocalipse se declara profetisa, ou
seja, quem ensina da parte de Deus aos homens, e
consegue seduzir os servos de Jesus para se prostituírem
espiritualmente, por se alimentarem do ensino de
demônios, que lhes são passados através dessa Jezabel.
Ora, é sabido e notório o envolvimento da Igreja
Protestante atual com sociedades secretas, com seus
cultos ocultistas, inclusive pela participação bastante
expressiva de lideranças denominacionais, cujos nomes
têm sido divulgados amplamente em vários sites da
Internet, até mesmo em noticiários da mídia secular.
238
O Senhor diz que tem uma contenda contra estes, e que
não lhes deixará descer em paz à sepultura, caso não se
arrependam deste grande estrago que têm trazido à Sua
igreja, por desviá-la da prática do genuíno evangelho
que lhes foi dado para guardarem, pregarem e
ensinarem sem qualquer contaminação com as coisas
que eles chamam de “coisas profundas de Satanás”, ou
seja, um conhecimento profundo das práticas e cultos
satanistas dos quais participam e se orgulham, por conta
da associação deles com tais sociedades ocultistas.
239
Para Subir Com Cristo
A Natureza da Santificação Verdadeiramente Bíblica
Esta é a única santificação que garantirá ao crente ser
arrebatado por Jesus.
É a única que o habilita a ser um vaso idôneo e útil nas
mãos de Deus.
Ensinar o que é esta santificação, e mais do que isto,
ajudar o Espírito Santo a forjá-la nos crentes, é o grande
e principal desafio para todos os líderes que são
levantados por Deus na Igreja para o referido propósito.
Há cerca de dez anos atrás, quando me dedicava ao
ministério de ensino de modo conservador e formal, que
contemplava apenas passar informações de caráter
teológico a membros de Igrejas e seminaristas, o Senhor
me separou para o trabalho que venho realizando desde
então.
240
Ele tinha ordenado anteriormente, que me dedicasse a
estudar as obras dos pastores puritanos históricos dos
séculos XVII e XVIII, e de D. M. Lloyd Jones, quando me
disse que eu nunca mais ensinaria teologia da maneira
como vinha fazendo até então, uma vez que passaria a
fazê-lo de modo informal, com o intuito de ensinar o Seu
povo a se santificar.
Não é preciso dizer que esta ordem implicava em que eu
tivesse um maior empenho e cuidado com a santificação
da minha própria vida.
Na ocasião, o Senhor não me disse qual seria o propósito
disto.
Com o passar dos anos, há cerca de quatro anos atrás,
comecei a publicar todo o material de ensino que havia
produzido e os textos sobre o assunto que eu havia
separado, até que recentemente caiu-me a ficha
espiritual relativa ao propósito de tudo isto.
241
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO ESTARÁ VINDO
ARREBATAR A IGREJA EM BREVE.
E a condição sem a qual ninguém verá o Senhor,
especialmente nesta ocasião é a santificação. Não uma
santificação imaginada, mas real, bíblica, forjada pelo
Espírito Santo, pela aplicação da Palavra de Deus em
nossa vida.
Tenho entendido então, porque, já com certa
antecedência o Senhor chamou não apenas a mim, mas
a muitos que se dedicam ao ministério do ensino da
Palavra, para estarmos nos dedicando de maneira tão
intensiva, conforme somos capacitados e amparados
pela Sua graça, a disseminar esta necessidade da
santificação e o modo de obtê-la, para que Seus servos
sejam preparados para o encontro com Jesus entre
nuvens, porque este é o único modo pelo qual é possível
fazê-lo, a saber, estando com a vida santificada.
Desta forma, peço aos amados que tenham paciência
comigo em relação às postagens que venho fazendo,
não apenas no FB, mas em diversos sites na Internet, e
242
sei que muitas delas são bastante extensas; todavia,
como ser fiel na exposição de um assunto tão amplo,
significativo e vital, com poucas palavras?
Se isto fosse possível, Deus nos teria dado a Bíblia com
apenas duas páginas, ou não muito mais do que isso.
Luc 12:43 Bem-aventurado aquele servo a quem seu
senhor, quando vier, achar fazendo assim.
1Ts 5:22 abstende-vos de toda forma de mal.
1Ts 5:23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo;
e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados
íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo.
1Jo 2:28 Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para
que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e
dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda.
1Ts 3:13 a fim de que seja o vosso coração confirmado
em santidade, isento de culpa, na presença de nosso
243
Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos
os seus santos.
2Pe 3:10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor,
no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os
elementos se desfarão abrasados; também a terra e as
obras que nela existem serão atingidas.
2Pe 3:11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim
desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo
procedimento e piedade,
2Pe 3:12 esperando e apressando a vinda do Dia de
Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão
desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
2Pe 3:13 Nós, porém, segundo a sua promessa,
esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita
justiça.
2Pe 3:14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas
coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em
paz, sem mácula e irrepreensíveis.
244
Por Que Podemos Crer que Jesus Voltará?
Desde que Jesus fez a promessa de que voltaria são
passados cerca de dois mil anos. E como podemos ter
esperança e crer no cumprimento desta promessa,
depois de tanto tempo?
Em primeiro lugar, deve ser dito que esta esperança é
infundida no coração dos que nEle creem pelo Espírito
Santo, mas Deus não nos deixou sem evidências
históricas para entendermos os motivos desta aparente
demora.
Não podemos esquecer, que houve também promessas
feitas por Deus para a primeira vinda de Jesus para ser o
Salvador e Redentor da humanidade, quando Ele
morreu na cruz carregando sobre Si mesmo os nossos
pecados.
Esta promessa de um Redentor foi feita ao primeiro
casal, logo depois de ter sido enganado pelo diabo,
245
ficando a sua descendência (toda a humanidade)
sujeitada à morte espiritual e eterna.
Abramos aqui um breve parêntesis, para entender a
necessidade que temos de um Redentor do nosso
espírito.
No pecado, o espírito do homem está morto e sujeito à
condenação eterna de Deus, num sofrimento também
eterno.
Isto porque o espírito não deixa de existir, ele não pode
ser aniquilado, mas pode ficar separado de Deus
eternamente por causa do pecado, caso não seja
redimido por Cristo.
Havia então, esta necessidade de um Salvador que
pudesse pagar o preço exigido pela justiça divina, e
assim, livrar desta condenação, todos os que viessem a
crer nEle e viver para Ele.
É fato notório, que o homem nada pode fazer em
relação ao reino espiritual, celestial e divino, porque não
lhe foi dado por Deus, domínio sobre este reino
246
espiritual – é somente Jesus que tem o pleno domínio
sobre ele. O homem recebeu domínio somente sobre o
reino natural, e isto é visto nas descobertas que tem
feito no campo da física, química, biologia, etc., porque
tudo isto pertence ao reino natural.
Nenhum homem tem poder sobre o espírito de outro
homem, e nada pode fazer em relação a isto, porque
sequer compreende o que seja o espírito.
É somente pela revelação que nos for concedida pela
iluminação do Espírito Santo, que podemos ter nosso
entendimento aberto para o reino espiritual, e mesmo
assim, contemplamos estas coisas de modo muito
parcial, e jamais chegaremos a entender enquanto
estivermos neste mundo, qual é a plenitude deste reino
espiritual e conhecer perfeitamente a pessoa infinita e
eterna de Jesus Cristo.
O corpo físico que temos; que foi feito a partir do pó da
terra é apenas um substrato para o nosso espírito, assim
como o solo é para as plantas que nele vivem.
247
Nosso espírito é aperfeiçoado ou arruinado pelo uso que
fazemos do nosso corpo – se em justiça ou em injustiça
– este corpo que temos passará pela morte física ou
pela transformação no dia do arrebatamento, para o
corpo glorificado que nos foi prometido, mas o espírito,
em todo o caso, não pode ser aniquilado como o nosso
corpo natural.
Muito bem - passemos agora adiante, com a nossa
explicação sobre o plano de Deus relativo à nossa
redenção.
Dissemos que a promessa de um Redentor foi feita a
Adão e Eva, mas o início da formação de um povo
exclusivo de Deus seria iniciado somente cerca de dois
mil anos depois da promessa, e há uma razão para esta
aparente demora.
Sabemos que a humanidade se corrompeu de tal forma,
que não restou a Deus senão a alternativa de destruir
toda a carne com as águas do dilúvio, com exceção de
Noé e sua família (oito pessoas).
248
Foi com estes que foi reiniciado o repovoamento da
Terra, com a crença no único Deus verdadeiro.
Todavia, sabemos que muitos destes também viriam a
se corromper; assim, Deus os espalhou pelo mundo pela
confusão de línguas que lhes trouxe em Babel, e então
começaram a ser formados os povos e nações.
Em sua grande maioria se tornaram politeístas e
idólatras, com raras exceções, como Salém, do rei e
sacerdote Melquisedeque.
Mas, não foi nestes poucos que permaneceram fiéis que
Deus foi buscar alguém para formar a nação de Israel a
partir dele, pois Abraão era de uma nação idólatra – ele
vivia na cidade de Ur dos caldeus.
Assim, temos cerca de dois mil anos contados desde a
promessa que fora feita a Adão - de que da sua
descendência viria Aquele que esmagaria a cabeça da
Serpente, Satanás, o diabo, ou seja, que destruiria suas
obras, governo e liderança usurpadora sobre os
pecadores – até a chamada de Abraão por Deus.
249
E a Abraão foi feita a promessa e aliança de dar ao povo
que seria formado a partir dele, o Messias, o Salvador, o
Redentor da humanidade.
Haveria então necessidade de um longo tempo para que
os primeiros descendentes de Abraão (Isaque, Jacó, etc.)
chegassem a formar uma nação que estaria em sua
própria Terra (Canaã, conforme promessa feita a
Abraão).
Seria desta nação que viria o Messias prometido. Muitas
profecias seriam dadas acerca dEle nas sucessivas
gerações de Israel, até que Ele viesse.
Cerca de dois mil anos se passaram desde a promessa
feita a Abraão, até a primeira vinda de Jesus.
E quantos não descreram na promessa da chegada do
Messias em razão do tempo decorrido?
Mas, muitos se mantiveram firmes na fidelidade de
Deus em cumprir todas as suas promessas, e sabiam que
havia passado muito tempo também desde a promessa
250
que foi feita a Adão, até que o povo do Messias fosse
formado através de Abraão.
Agora nos encontramos, em pleno século XXI
aguardando o cumprimento da promessa da volta de
Jesus como o Restaurador de todas as coisas, para
estabelecer Seu reino visível no Milênio, sobre toda a
Terra.
Este cumprimento está mais próximo de ser cumprido
agora, do que possamos imaginar.
A grande razão para isto é que são passados cerca de
dois mil anos, desde que Jesus fez a promessa da sua
segunda vinda – mais precisamente, 1986 anos, desde a
sua morte e ressurreição, até este nosso ano de 2014.
Outro fator a ser levado em conta para esta aparente
demora, é que Ele veio para redimir e formar um povo
debaixo do Seu sangue remidor.
Se fizesse isto logo depois do dia de Pentecostes, e
voltasse naquela mesma ocasião, quantos seriam os
redimidos – 120 pessoas? Que glória Ele teria nisto?
251
A humanidade se multiplicou assombrosamente neste
último século, passando a ter cinco vezes mais a
população que contava em 1.900, de um bilhão e meio
de pessoas, pois conta atualmente com cerca de sete
bilhões e meio.
A iniquidade tem se multiplicado também
assombrosamente. A apostasia da igreja é um fato
patente bem diante dos nossos olhos. O planejamento
para a formação de um governo único mundial está em
plena marcha, e sabemos que este governante será o
Anticristo.
A incidência de cataclismos (terremotos, furacões,
tsunamis, enchentes etc) também aumentou
assombrosamente – dando cumprimento às predições
de Jesus para os sinais do fim dos tempos.
O século XX foi o século das duas grandes guerras
mundiais, e desde então tem havido terrorismo, guerras
e rumores de guerras, fomes e pestes em todo o mundo,
de modo crescente.
252
Outra grande evidência da proximidade do retorno de
Jesus é a própria nação de Israel, que se achava
espalhada no mundo desde o ano 70, e somente em
1948 voltou a ser um país na própria terra que lhe fora
dada, por promessa de Deus desde Abraão.
Quantos creriam que as profecias que foram dadas
sobre a dispersão de Israel, inclusive desde Moisés
(3.400 anos antes), que seu retorno à terra prometida
ocorreria de fato, uma vez que isto sucedeu somente
cerca de 1900 anos depois de terem sido expulsos pelos
romanos em 70- d.C.?
Este retorno de Israel tem precipitado um conflito
permanente naquela região, especialmente com os
muçulmanos que visam à sua destruição. Jerusalém tem
sido o palco de disputas, especialmente no que diz
respeito à reconstrução do templo exatamente no local
em que foi construída uma mesquita do Islã.
O ódio contra os judeus e as constantes ameaças da sua
destruição final, não poderão ser aplacados senão
somente pelo retorno de Jesus em poder e grande glória
253
em Sua segunda vinda, para livrá-los das forças
coligadas pelo Anticristo que marcharão contra a cidade
de Jerusalém.
Então, a pergunta do nosso título deve ser invertida em
face de tudo isto:
“Dá Para não Crer que Jesus Está Voltando?”
254
Nicolaítas Modernos
Na mensagem do Senhor dirigida à Igreja de Éfeso,
lemos:
“Apo 2:6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras
dos nicolaítas, as quais eu também odeio.”
E na mensagem dirigida à Igreja de Pérgamo:
“Apo 2:15 Outrossim, também tu tens os que da mesma
forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.
Apo 2:16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti
sem demora e contra eles pelejarei com a espada da
minha boca.”
Éfeso rejeitava os nicolaítas, mas um segmento de
Pérgamo lhes dava acolhida. Então Jesus elogiou a
primeira e repreendeu a segunda.
A palavra grega nicolaíta é uma palavra composta de:
255
nikh = vitória (no sentido de exercer domínio)
laos= um povo peculiar (no caso os cristãos)
Portanto, o nome composto por estas duas palavras tem
o sentido de "vitória sobre o povo" ou "os que exercem
domínio sobre o povo".
Os nicolaítas então contrariam a ordem expressa de
Cristo, especialmente aos pastores de sua Igreja para
não exercerem domínio sobre os crentes à maneira dos
governantes do mundo (Marcos 10.42-45); ordem esta
reafirmada por Pedro em sua primeira epistola, capítulo
5 versículos 1 a 3.
Jesus instituiu ministérios de liderança para a condução
da Igreja (apóstolos, pastores, profetas, mestres,
evangelistas), mas também prescreveu o modo como
esta condução deveria ser realizada.
Isto tem uma razão principal muito importante, quando
Ele declara que odeia as obras dos nicolaítas, ou seja,
estes que exercem domínio sobre os crentes, uma vez
que os impede de funcionarem como Igreja, em
256
harmonia com os seus líderes, pois na multidão de
conselheiros é que reside a sabedoria, e isto seria
também uma forma de prevenir o desvio doutrinário
pela apostasia de um único dirigente, ou grupo que se
nomeasse como tal.
Nós vemos a Igreja sempre sendo ouvida e participando
de todas as decisões importantes na Igreja Primitiva
(como em Atos 6 e 15).
Diótrefes, citado pelo apóstolo João em sua 3ª epístola
é um triste exemplo de um nicolaíta, e no texto de 3João
9-11 se destaca um dos grandes motivos para se agir de
tal forma: “gostam de exercer a primazia entre os
irmãos”.
“3Jo 1:9 Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que
gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá
acolhida.
“3Jo 1:10 Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as
obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras
maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele
257
mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem
recebê-los e os expulsa da igreja.
“3Jo 1:11 Amado, não imites o que é mau, senão o que
é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus;
aquele que pratica o mal jamais viu a Deus.”
Satanás tem usado e muito este espírito desejoso de
primazia, para desviar os cristãos da sã doutrina, dando-
lhes mestres autoritários e que não amam a humildade,
a mansidão e a exata Palavra da verdade, pela qual
somos salvos e santificados.
Ele tem chegado ao extremo de dar à Igreja nestes dias
até mesmos pastores envolvidos com feitiçaria, com
maçonaria, e que não amavam a Palavra da verdade,
pois estão interessados em muitas outras coisas, menos
em confirmar os crentes na verdade do evangelho.
O que tem facilitado este trabalho de infiltração é o
modelo de governo das Igrejas no qual os crentes devem
apenas seguir ao líder supremo, e aceitarem todas as
suas palavras e decisões como verdadeiras e bíblicas.
258
Os líderes nicolaítas modernos têm sido tão bem
sucedidos em sua obra, que lograram neste tempo do
fim, conduzir a Igreja à apostasia na qual aqueles que
professam ser cristãos têm por sua vez, escolhido os
seus mestres segundo o comichão que sentem em seus
ouvidos, conforme profetizado por Paulo em 2 Tim 4.3,
porque o padrão que vigora presentemente é o de não
se dar ouvido à sã doutrina, senão à falsidade e mentira
que os nicolaítas vêm semeando por décadas, e que
trouxe a Igreja à sua presente condição.
O esforço dos Reformadores em libertar a igreja do jugo
dos opressores, para que pudesse viver na liberdade
para a qual fora libertada por Cristo, a saber, a de viver
o puro evangelho, está tendo o seu trabalho perdido
nestes dias, especialmente quando muitos segmentos
entre os evangélicos, sobretudo o carismático, tem se
sujeitado a mais uma nova liderança, a saber, a dos
prelados da Igreja Romana, e do Papa, pelo ecumenismo
que está em pleno curso, e ao qual têm aderido muitos
líderes evangélicos – sobretudo pastores e cantores, que
259
estão contribuindo com isto para a formação da grande
igreja mundial que dará acolhida ao Anticristo.
260
A Volta do Senhor - Zacarias 14
O 14º capítulo de Zacarias se refere ao dia da volta de
Jesus, e revela qual será a condição da glória de
Jerusalém, diante de todas as nações, a partir daquele
dia, em que o Senhor voltará com poder e grande glória,
para julgar a terra e estabelecer o Seu reino em
Jerusalém.
A situação referida particularmente no verso 2, desta
profecia de Zacarias foi citada por Jesus no texto de
Lucas 21.20-24. Compare estas palavras de Jesus com a
profecia de Zacarias:
“Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja
contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas
serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da
cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo
não será extirpado da cidade.” (Zac 14.2).
261
Veja que os exércitos de todas as nações que se
ajuntarão para pelejarem contra Jerusalém serão
levantados pela deliberação do próprio Deus, e não pelo
Anticristo, conforme se costuma afirmar.
O Anticristo estará encabeçando esta coligação de
nações, mas ele nada poderia fazer, caso isto não tivesse
sido planejado nos conselhos eternos do Senhor.
O pobre miserável Anticristo terá caído nas redes da
Soberania do Deus Altíssimo, para sofrer os juízos que
estão determinados contra ele e seus seguidores.
A quem pertence verdadeiramente o poder?
Ao insolente Anticristo, que se levanta contra o Deus
Criador e tudo que é santo?
Satanás que deu o seu poder à Besta?
O poder pertence ao Senhor, e isto será visto claramente
pela manifestação da Sua segunda vinda.
262
Veja que a profecia de Zacarias cita que as mulheres de
Jerusalém seriam forçadas, quando a cidade fosse
assolada por esta coligação de exércitos, e Jesus o
confirmou, citando a aflição que viria sobre as mulheres
grávidas e as que estivessem amamentando, porque
seria mais difícil para elas fugirem da cidade, naqueles
dias de grande tribulação (Lc 21.23).
Cabe ressaltar que tanto a profecia de Zacarias quanto a
de Jesus, no texto de Lucas 21.20-24, tiveram um
primeiro cumprimento quando Jerusalém foi assolada
pelos romanos, em 70 d.C. tendo um grande número de
judeus sido espalhados pelas nações da terra.
Para quem pensa que há um exagero ou crueldade, na
profecia que afirma as assolações que ocorrerão nos
dias do Anticristo, basta lembrar que foi permitido a
Hitler, pelo Senhor, que exterminasse cerca de 6 milhões
de judeus.
Assim, haverá um segundo e grande cumprimento
destas predições nos dias do Anticristo, quando Jesus se
263
manifestará com poder e grande glória, para destruir o
trono da Besta.
Deus permitirá que a jóia dos judeus, Jerusalém, seja
saqueada e espoliada por seus inimigos.
A avareza receberá o seu justo castigo, com o fato de
serem saqueadas as riquezas deste mundo, que os
judeus juntaram e tanto apreciam.
Por isso, a profecia diz que as casas serão saqueadas.
Eles recusaram o Messias, porque lhes falou de riquezas
espirituais e celestiais, que eles desprezaram, porque
apreciaram e amaram as riquezas materiais e terrenas,
e agora receberiam mais uma vez, um grande juízo
divino, para saberem que estas riquezas terrenas não
podem livrar e socorrer o homem no dia da aflição.
Eles rejeitaram o Deus do céu por causa do deus
Mamom, e teriam mais uma vez a oportunidade de
reconhecer que Mamom nada pode contra o Deus
Altíssimo, quando a Sua mão julgadora é estendida.
264
Entretanto, Deus fez promessas de misericórdia em
relação a Jerusalém, e que a colocaria por objeto de
glória em toda a terra.
Então, Ele misturará a misericórdia com o juízo, e
enviará livramento juntamente com o julgamento.
Muitos dos judeus que forem expulsos da cidade pelo
Anticristo retornarão a Jerusalém convertidos por
Cristo, que veio em socorro do povo de Deus, e então
terão abrigo e segurança para sempre, debaixo do
governo eterno do Messias.
Um remanescente de Israel mais uma vez será poupado
pelo Senhor, no tempo do fim, e será salvo.
As nações que forem usadas por Deus, para servirem de
açoite para o povo de Israel, serão também submetidas
aos Seus juízos, por causa da própria maldade delas.
O Senhor pelejará contra eles, e destruirá a muitos
ímpios destas nações.
265
Ele fará com que bebam do mesmo cálice da ira, que eles
haviam dado a beber ao povo de Israel.
Foi do monte das Oliveiras que Jesus ascendeu ao céu,
depois da Sua ressurreição (At 1.12). Ali foi o último
lugar sobre o qual Ele colocou Seus pés, enquanto esteve
em carne neste mundo. E será justamente ali, onde Ele
descerá por ocasião da Sua segunda vinda (v.4).
Tão grande será a glória do Senhor na Sua segunda
vinda, que é dito que neste dia não haverá nem a luz do
dia, nem as trevas da noite, tal o refulgir da glória do
Senhor em toda a terra.
A volta do Senhor precipitará vários cataclismas sobre a
face da terra, e até mesmo no universo, porque é dito
que os fundamentos do céu e da terra serão abalados.
Isto está de acordo com as pragas descritas no livro de
Apocalipse, que serão derramadas sobre a terra.
Aqui no texto de Zacarias é dito, que o monte das
Oliveiras será fendido ao meio quando o Senhor pisar
sobre Ele, e se transformará num vale muito grande (v.
266
4), e que todas as terras ao redor de Jerusalém serão
transformadas em planície (v. 10).
Isto será uma clara indicação, de que Deus começará um
trabalho de restauração de toda a terra, que culminará
com a criação de um novo céu e uma nova terra.
Um novo e vivo caminho seria aberto em Jerusalém, e
dela sairiam águas vivas (v. 8), e dali procederá a palavra
de governo do Senhor que reinará sobre todas as nações
da terra no milênio (v. 9).
Jerusalém se tornou a fonte de águas vivas para o
mundo, desde que o Espírito Santo foi derramado pela
primeira vez no dia de Pentecostes, nesta cidade. E,
estas águas vivas seriam espalhadas por todo o mundo,
tanto o Ocidental, quanto o Oriental.
Deus não faria nenhuma distinção entre os povos,
porque o evangelho é para toda criatura debaixo do céu.
Nem a seca do verão, nem o gelo do inverno poderão
deter o derramar do Espírito em todo o mundo, porque
a boca do Senhor o tem prometido (v. 8).
267
“Irão muitos povos, e dirão: Vinde, e subamos ao monte
do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine
os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque
de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor.”
(Is 2.3).
O final do verso 5 da profecia de Zacarias diz:
“Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos
contigo.”.
Agora, compare estas palavras de Zacarias com as que
foram proferidas por Jesus em Mc 8.38:
“Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera
e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas
palavras, também dele se envergonhará o Filho do
homem quando vier na glória de seu Pai com os santos
anjos.”
268
Depois da volta do Senhor, Jerusalém nunca mais será
destruída e seus moradores estarão em completa
segurança nela (v. 11).
E todos os povos que guerrearam contra Jerusalém,
juntamente com o Anticristo serão feridos com uma
praga do Senhor, que fará com que a carne deles
apodreça estando ainda de pé, especialmente seus
olhos e línguas.
Aquelas línguas que infamaram o Senhor e o Seu povo
juntamente com o Anticristo serão apodrecidas (v. 12).
Estes exércitos se destruirão mutuamente.
Haverá uma desavença entre eles, e isto procederá do
Senhor para humilhar a tentativa do Anticristo de
formar uma unidade de governo em toda a terra (v. 13).
O despojo destas nações vencidas será muito grande, e
Jerusalém de desprezada e rejeitada que era, terá que
ser agora honrada por todas as nações, que serão
tributárias de Cristo e da Igreja em Jerusalém (v. 14).
269
Anualmente, todas as nações terão que subir a
Jerusalém para adorar o Rei de toda a terra, o Senhor
Jesus, e celebrarem a festa dos tabernáculos (v. 16).
A promessa feita por Cristo aos mansos, de que
herdariam a terra terá sido finalmente cumprida,
quando estiverem reinando juntamente com Ele, em
Jerusalém (Mt 5.5).
Nenhuma das nações da terra poderá se recusar a subir
a Jerusalém para adorar o Senhor, sob a ameaça de que
Ele reterá a chuva sobre elas; isto é, Ele reterá as suas
bênçãos e os ferirá com Suas pragas (v. 17 a 19).
É feita menção à festa dos tabernáculos, porque o teor
desta festa era de louvor e alegria. Esta festa celebrava
a comunhão do povo do Senhor com Ele.
Este será um tempo para pura alegria e louvor; quando
Cristo estiver reinando sobre toda a terra, e os ímpios
tiverem sido desarraigados dela.
270
Os que restaram da grande destruição do juízo da Sua
segunda vinda terão um grande motivo para celebrar a
Sua grande misericórdia para com eles.
Neste tempo se tornará muito claro, o dever da
adoração exigido pelo evangelho.
Deus busca adoradores, porque é dever de todo homem
adorá-lO.
Não é nenhum favor que fazem a Ele quando O adoram,
mas a justa obediência que é devida ao Criador de todas
as coisas, e Salvador e Senhor dos pecadores.
E para que nunca se esqueçam que este dever de
adoração deve ser em espírito e em verdade, isto é, em
verdadeira santificação, até mesmo nas campainhas dos
cavalos será gravado: “SANTIDADE AO SENHOR” (v. 20).
Já não haverá mais joio na Igreja, e os verdadeiros salvos
não adorarão ao lado daqueles que não conhecem ao
Senhor (cananeus).
271
Somente os verdadeiros israelitas, a saber, os que foram
lavados no sangue de Jesus, prestar-Lhe-ão culto de
adoração (v. 21).
A profecia aponta para as atitudes que prevalecerão no
futuro, para que nós as tenhamos no presente, isto é,
devemos viver desde agora aquilo que seremos no
futuro.
Por isso se diz em II Pe 3.10-14:
“10 Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os
céus passarão com grande estrondo, e os elementos,
ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela
há, serão descobertas.
11 Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim
dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e
piedade,
12 aguardando, e desejando ardentemente a vinda do
dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e
os elementos, ardendo, se fundirão?
272
13 Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos
novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça.
“14 Pelo que, amados, como estais aguardando estas
coisas, procurai diligentemente ser achados por ele em
paz, imaculados e irrepreensíveis”.
O cristão deve se santificar com o olho no futuro.
Ele deve suportar sofrimentos olhando para a
recompensa futura prometida.
Ele deve contemplar em espírito, aquele dia em que o
Senhor voltará para restaurar todas as coisas (At 3.21),
e deve pautar sua vida em conformidade com a
perfeição de santidade, que será manifestada na volta
do Senhor.
É para isto que todo cristão foi chamado por Deus; é
para isto que ele deve viver, e por isso o Senhor nos tem
falado pela palavra profética, que brilha como um farol,
apontando-nos o porto seguro da Sua santa vontade
para conosco em Cristo Jesus.
273
“E temos ainda mais firme a palavra profética à qual
bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que
alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a
estrela da alva surja em vossos corações;” (II Pe 1.19).
274
A Origem das Manifestações Mundiais
Desde a chamada Primavera Árabe, com sua onda
revolucionária de manifestações e protestos que vêm
ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África; desde
18 de dezembro de 2010 envolvendo o Egito, Tunísia,
Líbia, Síria, Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia,
Omã, Iêmen, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos,
Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental há um
movimento de guerras e rumores de guerras pairando
sobre todo o mundo, especialmente pelo temor de uma
possível terceira grande guerra sendo disparada, a partir
dos recentes conflitos envolvendo a Rússia, Ucrânia e
Crimeia, com a oposição declarada dos EUA e da União
Europeia.
De onde emanou tudo isto em tão pouco tempo?
Por que o estado de inconformismo na população
mundial não se manifestou anteriormente em termos
tão incisivos?
275
Por que a própria agenda da NOM somente agora está
achando espaço para ser aplicada mundialmente?
É evidente que havia uma intervenção divina para que o
mundo fosse trazido até este momento, sem estar
debaixo de uma nova ameaça de um conflito de larga
escala.
O Espírito Santo e o exército de anjos celestiais estavam
colocando uma restrição, no plano satânico voltado para
a destruição da humanidade e da criação de um governo
mundial fascista, até então.
Todavia, como a iniquidade tem se multiplicado de
forma avassaladora em todo mundo, e o homem não
tem se arrependido de seu afastamento de Deus, e do
respeito e obediência devidos aos Seus mandamentos,
ao ponto extremo de apoiar as deliberações de líderes
mundiais na aprovação de leis que são amplamente
contrárias à moralidade prescrita por Deus na Palavra
revelada, então os poderes espirituais celestiais que
retinham o avanço da iniquidade têm sido retirados, e
com eles, a restrição do antigo desejo da implantação de
276
uma Nova Ordem Mundial baseada em princípios
pagãos por parte de uma elite compromissada com o
mal, que se opõe aos princípios divinos, também foi
removida com a liberação dos juízos previstos no livro
de Apocalipse.
Esta é a hora em que o comando para que os poderes
destrutivos representados nos quatro cavaleiros do
Apocalipse foi dado no céu, de maneira que seja
revelada toda a hipocrisia da proclamada paz e
segurança mundial que têm sido anunciadas desde os
dias da Revolução Francesa no século XVIII.
Está sendo revelado o que há realmente no coração
humano, quando não é governado pelo Espírito Santo e
pela Palavra do Senhor.
Está sendo revelado o tipo de paz que o mundo pode
oferecer, quando em vez de se deixar governar por
Deus, segue debaixo da escravidão a Satanás.
A longanimidade de Deus aguardou por séculos, para
que o homem se voltasse para Ele; porém como a
277
condição espiritual e moral da humanidade como um
todo só fez piorar, chegou então o momento do ajuste
de contas, porque a iniquidade atingiu o ponto máximo
que poderia ser suportada.
Esta mesma longanimidade esperou também por
séculos até os dias de Noé, quando por multiplicação da
iniquidade, não restou a Deus senão a alternativa de
trazer o dilúvio em forma de juízo sobre toda a carne.
“1Pe 3:20 os quais, noutro tempo, foram desobedientes
quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de
Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a
saber, oito pessoas, foram salvos, através da água,”
Os céus já não suportam ver toda a injustiça que é
praticada em todo o mundo.
Os agentes da NOM estão tendo então, nesta época, a
permissão para fazerem o que lhes estava sendo vedado
anteriormente, e eles estão mostrando quanta agitação,
inconformismo, conflitos, rebeliões e guerras podem
produzir para trazer o caos social que será o argumento
278
final, para a formação do governo mundial fascista que
eles planejaram trazer à existência, há séculos.
“Apo 6:1 Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos
e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se
fosse voz de trovão: Vem!
Apo 6:2 Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu
cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele
saiu vencendo e para vencer.
Apo 6:3 Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo
ser vivente dizendo: Vem!
Apo 6:4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu
cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os
homens se matassem uns aos outros; também lhe foi
dada uma grande espada.
Apo 6:5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser
vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e
o seu cavaleiro com uma balança na mão.
279
Apo 6:6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro
seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um
denário; três medidas de cevada por um denário; e não
danifiques o azeite e o vinho.
Apo 6:7 Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a
voz do quarto ser vivente dizendo: Vem!
Apo 6:8 E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu
cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o
estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a
quarta parte da terra para matar à espada, pela fome,
com a mortandade e por meio das feras da terra.
Apo 6:9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do
altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por
causa da palavra de Deus e por causa do testemunho
que sustentavam.
Apo 6:10 Clamaram em grande voz, dizendo: Até
quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não
julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam
sobre a terra?
280
Apo 6:11 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura
branca, e lhes disseram que repousassem ainda por
pouco tempo, até que também se completasse o
número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser
mortos como igualmente eles foram.
Apo 6:12 Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e
sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro
como saco de crina, a lua toda, como sangue,
Apo 6:13 as estrelas do céu caíram pela terra, como a
figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os
seus figos verdes,
Apo 6:14 e o céu recolheu-se como um pergaminho
quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram
movidos do seu lugar.
Apo 6:15 Os reis da terra, os grandes, os comandantes,
os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se
esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes
281
Apo 6:16 e disseram aos montes e aos rochedos: Caí
sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta
no trono e da ira do Cordeiro,
Apo 6:17 porque chegou o grande Dia da ira deles; e
quem é que pode suster-se?”
“2Ts 2:6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja
revelado somente em ocasião própria.
2Ts 2:7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e
aguarda somente que seja afastado aquele que agora o
detém;
2Ts 2:8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o
Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o
destruirá pela manifestação de sua vinda.
2Ts 2:9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a
eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios
da mentira,
282
2Ts 2:10 e com todo engano de injustiça aos que
perecem, porque não acolheram o amor da verdade
para serem salvos.
2Ts 2:11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a
operação do erro, para darem crédito à mentira,
2Ts 2:12 a fim de serem julgados todos quantos não
deram crédito à verdade; antes, pelo contrário,
deleitaram-se com a injustiça.”
Este é o momento próprio para o arrependimento e
prática da santidade. Jesus está voltando. Já não haverá
muito tempo para que possamos aprender a caminhar
naquela verdade bíblica que nos levará à condição de
sermos guardados por Deus, de todas as coisas que se
apressam a vir sobre todo o mundo.
283
O Grande Conflito Final
É no mínimo curioso se observar, que houve uma
multiplicação de crenças em vários deuses no mundo
antigo, apesar de ter sido ensinado por Adão e muitos
de seus descendentes, que havia somente um Deus
verdadeiro, criador dos céus e da Terra, cujo caráter
santo, bom e perfeitamente justo lhes fora revelado.
Todavia, a natureza carnal (decaída no pecado) da
humanidade sempre lhe conduzia ao paganismo,
porque neste achava plena liberdade para dar livre
acesso à prática da iniquidade, conforme a inclinação de
seus corações.
Acrescente-se a esta tendência natural, a influência
direta de Satanás, especialmente nos condutores das
massas, lhes inspirando a dar-lhe culto de adoração
pelas revelações malignas que lhes fazia, e, muitas delas
sob a capa de lhes estar suprindo de sabedoria e poder
para dirigir o povo sob sua direção.
284
Tudo isto conduziu primeiro ao dilúvio; depois à
dispersão de Babel, operados por juízos de Deus com
vistas a preservar a humanidade da corrupção total.
Não muito depois disto, do meio de um povo
completamente idólatra, com um culto estruturado a
falsos deuses, inclusive com um enorme Zigurate
elevado em honra a eles, em Ur dos caldeus, Deus
chamou a Abraão para sair do meio deles para que
formasse, a partir do patriarca, um povo para que Se
revelasse ao mundo.
O próprio Abraão foi instruído acerca do caráter do
Senhor, que lhe deu mandamentos e estatutos para que
fossem transmitidos aos seus descendentes (veja
Gênesis 18).
Mas, o maior propósito de Deus em tudo isto era o de
formar um povo santo, numeroso como as estrelas do
céu, que seria contado em todas as nações da Terra,
através da sua união com o Descendente de Abraão,
segundo a carne, que seria dado como Salvador do
mundo, Jesus Cristo, que não somente morreria para
285
perdoar os pecados daqueles que O amassem, como
também passaria a viver neles em espírito, para que
fossem transformados e recebessem a nova vida
celestial, uma nova natureza espiritual.
Quando este povo chegasse ao número designado por
Deus, no fechamento desta dispensação da graça, que
seria inaugurada com a morte e ressurreição de Jesus
seria autorizado a Satanás, que concluísse seu plano
conspiratório, em razão da multiplicação da iniquidade
em todo o mundo, de lançar nação contra nação em
guerras e revoluções destrutivas, que gerariam o caos
final que possibilitaria a ascensão do governo déspota
satânico mundial na pessoa do Anticristo.
Este ódio e ressentimento entre as nações vêm sendo
trabalhado pelo diabo há muito tempo, especialmente
pela recriação de religiões cujos princípios são
contrários ao caráter do único Deus verdadeiro que nos
deu a Bíblia, e pela corrupção do cristianismo,
especialmente por lhe dar líderes apóstatas, tanto no
meio católico romano e ortodoxo, quanto no
protestante.
286
Valendo-se do ódio secular existente entre os árabes
descendentes de Ismael, filho de Abraão, e os israelitas
descendentes de Isaque, o filho de Abraão, através do
qual Deus formou a nação através da qual traria Jesus
ao mundo, Satanás produziu o Islã no século VI depois
de Cristo, na Arábia, com o intuito de recrudescer este
ódio, não somente por Israel, como também pelo
cristianismo, uma vez que gerou um grande
ressentimento entre as duas religiões, em razão da
matança e pilhagem havida nas Cruzadas contra o Islã, e
deste em todo o mundo pelo seu caráter expansionista,
pela força da espada.
É isto que explica o desejo do Irã, da Síria, do Líbano, e
de muitos outros países muçulmanos de destruir Israel
e apagá-lo da face da Terra.
Vejam que nada disto tem a ver com Cristo e Seus
mandamentos, especialmente os de amor ao próximo;
inclusive aos inimigos, pela mudança de caráter dos seus
seguidores para justo, santo, bom, manso, pacífico e
humilde, em um coração puro, pelo poder do Espírito
Santo que neles habita.
287
O que teve Cristo a ver com os conflitos sangrentos entre
católicos e protestantes na Irlanda?
Este ódio e ressentimento não foi obra de Cristo neles,
mas de Satanás.
Quem inspirou líderes a criarem o comunismo para que
houvesse sempre ódio e ressentimento entre os
comunistas e os capitalistas?
Certamente não foi o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo.
288
O Arrebatamento
O propósito de Deus na formação da Igreja foi o de
conduzi-la às Bodas de casamento, como Noiva de Jesus,
o Cordeiro de Deus, que a lavou de todos os seus
pecados e a apresentará a Si mesmo, igreja santa,
gloriosa, sem mancha ou ruga, ou qualquer outra coisa
semelhante distinta da santidade divina.
Assim, as Bodas ocorrerão imediatamente após a Igreja
ser arrebatada deste mundo para o céu, num abrir e
fechar de olhos. Ninguém o verá, senão somente os que
forem arrebatados.
Este arrebatamento tem sido profetizado nestes dias,
segundo as visões e revelações que o Senhor Deus tem
dado a muitos dos seus servos em todas as partes do
mundo, lhes alertando para que se preparem através da
santificação de suas vidas, para o encontro com Jesus no
céu, entre nuvens, que ocorrerá brevemente.
289
1Ts 4:13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais
ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos
entristecerdes como os demais, que não têm esperança.
1Ts 4:14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,
assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua
companhia, os que dormem.
1Ts 4:15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do
Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda
do Senhor, de modo algum precederemos os que
dormem.
1Ts 4:16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra
de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro;
1Ts 4:17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos
arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para
sempre com o Senhor.
290
1Ts 4:18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas
palavras.
1Co 15:47 O primeiro homem, formado da terra, é
terreno; o segundo homem é do céu.
1Co 15:48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais
são também os demais homens terrenos; e, como é o
homem celestial, tais também os celestiais.
1Co 15:49 E, assim como trouxemos a imagem do que é
terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.
1Co 15:50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue
não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção
herdar a incorrupção.
1Co 15:51 Eis que vos digo um mistério: nem todos
dormiremos, mas transformados seremos todos,
1Co 15:52 num momento, num abrir e fechar de olhos,
ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados.
291
1Co 15:53 Porque é necessário que este corpo
corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o
corpo mortal se revista da imortalidade.
1Co 15:54 E, quando este corpo corruptível se revestir
de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de
imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte pela vitória.
1Co 15:55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está,
ó morte, o teu aguilhão?
1Ts 4:2 porque estais inteirados de quantas instruções
vos demos da parte do Senhor Jesus.
1Ts 4:3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação, que vos abstenhais da prostituição;
1Ts 4:4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo
em santificação e honra,
1Ts 4:5 não com o desejo de lascívia, como os gentios
que não conhecem a Deus;
292
1Ts 4:6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem
defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas
estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos
claramente, é o vingador,
1Ts 4:7 porquanto Deus não nos chamou para a
impureza, e sim para a santificação.
293
A Luta dos Illuminatis Contra o Cristianismo
Em seu livro, A Cruz Quebrada, o escritor católico Piers
Compton faz a seguinte citação:
“Alguma indicação dos projetos proféticos, ou
cuidadosamente planejados das sociedades secretas,
pode ser lida em uma carta dirigida a Mazzini, datada a
15 de Abril de 1871, e catalogada na Biblioteca do
Museu Britânico. Naquela época, as guerras foram
conduzidas em uma escala relativamente pequena e
restrita, mas esta carta, escrita há mais de quarenta
anos antes do início do primeiro conflito mundial pode
ser interpretada como uma previsão da Segunda Guerra
Mundial, juntamente com mais dicas possíveis de uma
terceira e ainda maior catástrofe que ainda está por vir.
Aqui é citado:
"Vamos desencadear os niilistas e os ateus, e vamos
provocar uma catástrofe social formidável que, em todo
o seu horror mostrará claramente para as nações o
294
efeito do ateísmo absoluto, selvageria original, e o
tumulto mais sangrento.”
“Então, em todos os lugares, os cidadãos obrigados a se
defender contra a maioria dos revolucionários mundiais
irão extinguir os destruidores de civilizações, e a
multidão, desiludida com o cristianismo, cujos espíritos
deístas estarão a partir daquele momento, sem bússola,
ansiosos por um ideal, mas sem saber onde praticar a
sua adoração receberá a verdadeira luz, por meio da
manifestação universal da pura doutrina de Lúcifer,
trazida finalmente para a visão pública, uma
manifestação que resultará do movimento
revolucionário geral que seguirá a destruição do
cristianismo e do ateísmo, ambos conquistados e
exterminados ao mesmo tempo."
Segundo Piers Compton, o Papa João XXIII estivera
ligado à sociedade secreta Rosa Cruz, e que desde o
citado papa, que convocou o Concílio Vaticano II com
vistas a patrocinar o ecumenismo, a Igreja Romana vem
sendo infiltrada por sacerdotes que têm contribuído
para o avanço da causa dos illuminatis no mundo.
295
Por seu turno, muitos líderes evangélico-protestantes
têm se afiliado à maçonaria e contribuído, muitos deles,
ingênua e ignorantemente, para a consecução do ideal
illuminati da promoção de uma Nova Ordem Mundial,
que é sinônima de governo do Anticristo.
Todavia, aos cristãos genuínos, fiéis e sinceros é feita a
promessa de Cristo de que as portas do inferno jamais
prevalecerão contra os mesmos.
Estando em Cristo, não podem ser abalados, porque Ele
é uma Rocha firme na qual estão firmados pela graça,
mediante a fé.
296
Guardando-se Incontaminado de Babilônia
Babilônia, nos dias do profeta Daniel era um reino tão
poderoso que diferentemente da forma da dominação
Assíria, antes dela, que espalhava os povos
conquistados pelo mundo, ela os conduzia para o seu
próprio território, como foi o caso do povo de Judá que
para lá foi levado por Nabucodonosor.
Babilônia era, portanto um misto de nações, pelo seu
propósito de trazer a todos à cultura e à religião
babilônica, conforme podemos inferir da adoração
idolátrica que Nabucodonosor tentou impor a todos,
sob ameaça de pena de morte àqueles que se negassem
a se curvarem diante do ídolo de ouro que ele mandou
erigir.
Daniel e seus três amigos que se encontravam com ele
servindo na coorte babilônica, se guardaram de toda
aquela idolatria e de toda forma de contaminação pagã
daquele reino.
297
Hoje, a grande Babilônia mundial que está sendo
formada por via da globalização nos coloca à prova de
modo muito mais amplo, para que consigamos resistir
aos seus costumes e nos mantermos fiéis a Deus.
Os ídolos e os hábitos paganizados já não nos são
apresentados de forma tão grotesca e direta como nos
dias de Daniel. A Babilônia atual é sutil e sofisticada, e
tem múltiplas formas de nos seduzir para nos
amoldarmos às suas práticas abomináveis.
Por isso somos advertidos pelo Senhor Deus com as
seguintes palavras de exortação:
“Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo
meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para
não participardes dos seus flagelos; porque os seus
pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou
dos atos iníquos que ela praticou.” (Apocalipse 18.4,5)
Ainda que esta seja uma palavra dirigida ao juízo que
será executado por Deus no tempo do fim, somos
chamados a vigiar e a manter um procedimento
298
inteiramente santo para o encontro com o Senhor entre
nuvens, no arrebatamento que está se aproximando a
passos rápidos de nós.
“A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e
Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas
tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do
mundo.” (Tiago 1.27)
299
A História se Repete em Maior Dimensão
“6 Os filhos de Cão: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã.
7 Os filhos de Cuche: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e
Sabtecá; e os filhos de Raamá são Sebá e Dedã.
8 Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro
a ser poderoso na terra.
9 Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que
se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do
Senhor.
10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e
Calné, na terra de Sinar.
11 Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou
Nínive, Reobote-Ir, Calá,
12 e Résem entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade).
300
Além de Canaã, Cão, filho de Noé, gerou a Mizraim,
Pute e Cuche. Este Cuche gerou além de outros filhos, a
Ninrode, que foi o fundador da cidade de Nínive, capital
da Assíria, e que havia principiado seu reino em Babel, a
cidade onde Deus confundiu as línguas dos homens,
agilizando e precipitando com isto, a formação das
nações.
Diz-se de Ninrode que foi poderoso na terra, e observe
que ele é filho de Cão, mas não na linhagem de Canaã,
que foi amaldiçoado. Ele é filho de Cuche, outro dos
quatro filhos de Cão.
Deste Ninrode se diz, que começou seu reino em Babel,
Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Observe que
são quatro cidades sobre as quais ele reinou no
princípio.
Ele expandiu os termos do seu reinado partindo para a
Assíria, onde edificou Nínive, Reobote-Ir, Calá, e Résem
que foi uma grande cidade que ficava entre Nínive e
Calá.
301
São citadas assim, oito cidades sobre as quais ele
governou. Tendo iniciado, como vimos antes, o seu
reinado entre aqueles que estavam em Babel, que
tinham por propósito permanecer na região que teria o
topo da torre que estavam edificando como referencial,
para não se espalharem pela terra, e com isto estariam
frustrando o plano de Deus de que toda a terra fosse
habitada pelo homem.
Naquela ocasião, isto era facilitado pelo fato de todos
falarem a mesma língua.
Se havia mais de uma língua na terra antes do dilúvio, a
partir deste, é bem provável que a língua que passou a
ser falada em toda a terra era a mesma que era falada
pela família de Noé.
Era Ninrode, como vimos quem fundou Babel e
governava sobre eles quando Deus, por ato miraculoso
e extraordinário fez com que grupos e grupos falassem
um idioma diferente, de modo que não podiam mais se
comunicar mutuamente, e todos já não podiam mais
302
entender e, por conseguinte acatar as ordens do
governador.
É bem provável que tenha sido este, o motivo de
Ninrode ter se dirigido para outras terras, para fundar
novos reinos com aqueles que passaram a falar o mesmo
e novo idioma que ele começou a falar.
O desejo dos poderosos da humanidade de ter um
governo único sobre todo o mundo é antigo, como
podemos ver na tentativa de Ninrode de se estabelecer
em Babel, e para este propósito começou a erigir uma
torre elevadíssima, que servisse de ponto de referência
para a sua grandeza e concentração das massas debaixo
do seu poder.
Àquela época havia uma única língua falada em toda a
Terra, o que facilitaria em muito o seu intento. Todavia
Deus o frustrou com a confusão de línguas, que obrigou
os grupos distintos de mesma língua a migrarem para
outras terras, formando as nações, conforme o Seu
propósito divino de impedir que toda a humanidade
viesse a se corromper debaixo de uma única liderança,
303
conforme sucedeu nos dias que antecederam o dilúvio,
e que deu causa ao mesmo.
Hoje, está sendo propiciado pela tecnologia, um
intercâmbio mundial como nunca visto antes, com a
derrubada da barreira linguística pelos modernos meios
de tradução automática e instantânea, permitindo, por
exemplo, que líderes de todas as nações possam se
comunicar nas reuniões promovidas pela ONU.
Todavia, este intercâmbio tem em vista corromper o
governo de todas as nações, para a execução do plano
maligno de condução do Anticristo ao poder. É daí que
decorre, que quase tudo o que é feito presentemente no
mundo, por aqueles que detêm o poder, não tem em
vista beneficiar a população de cada nação, senão que
sejam mantidos e aumentados o poder e o controle
financeiro mundial, pelas grandes corporações e pelos
grandes bancos.
304
A Grande Ceifa da Iniquidade
"1 O SENHOR Deus me fez ver isto: eis aqui um cesto de
frutos de verão.
2 E perguntou: Que vês, Amós? E eu respondi: Um cesto
de frutos de verão. Então, o SENHOR me disse: Chegou
o fim para o meu povo de Israel; e jamais passarei por
ele.
3 Mas os cânticos do templo, naquele dia, serão uivos,
diz o SENHOR Deus; multiplicar-se-ão os cadáveres; em
todos os lugares, serão lançados fora. Silêncio!” (Amós
8.1-3)
A iniquidade de Israel havia amadurecido, até o
ponto de estar parecida com a daqueles frutos de verão
em um cesto, que Deus mostrou a Amós em visão, e que
significava que haveria uma colheita de juízo que seria
feita com a opressão e cativeiro dos israelitas do Reino
do Norte pelos assírios, o que ocorreu em 722 a.C.,
alguns anos após a profecia que foi entregue a Amós.
305
A medida da iniquidade de Israel havia sido completada,
tal como a dos amorreus nos dias de Moisés e Josué, e
também como a de todo o mundo em nossos dias, de
forma que a colheita será feita brevemente, e a foice do
Grande ceifeiro há de passar sobre toda a Terra, para
fazer a grande e final colheita de destruição do fruto
amargo espiritual produzido pelos homens, em razão de
terem escolhido viver sob a escravidão do pecado,
rejeitando a liberdade do referido jugo, que está sendo
oferecida gratuitamente em Cristo Jesus para todos
aqueles que se arrependem.
Então, dar-se-á cumprimento à palavra revelada em
Apocalipse 14.14-20.
“Apo 14:14 Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado
sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo
na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada.
Apo 14:15 Outro anjo saiu do santuário, gritando em
grande voz para aquele que se achava sentado sobre a
nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de
ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!
306
Apo 14:16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem
passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada.
Apo 14:17 Então, saiu do santuário, que se encontra no
céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice
afiada.
Apo 14:18 Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que
tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao
que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice
afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto
as suas uvas estão amadurecidas!
Apo 14:19 Então, o anjo passou a sua foice na terra, e
vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar
da cólera de Deus.
Apo 14:20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu
sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa
extensão de mil e seiscentos estádios.”
307
Comerciantes de Almas
Quantos ficaram felizes, quando viram que haviam por
fim sido encarcerados alguns líderes que estavam
furtando o dinheiro do povo.
Todavia, muitos daqueles que detêm o poder, não
somente os políticos, como os que exercem domínio
sobre eles, através do poder financeiro e da posição
elevada que ocupam na sociedade furtam não somente
dinheiro, mas almas. São comerciantes de almas e as
vendem por nada àquele que é o pai da mentira, e que
veio a este mundo com o único propósito de roubar,
matar e destruir, não propriamente dinheiro e
propriedades, senão almas.
Quando se nega às pessoas o direito de aprenderem
sobre o caráter puro, santo e justo de Deus nas escolas;
almas estão sendo furtadas daquilo que é o seu direito
de receber, conforme ordenado pelo próprio Deus a
toda a humanidade. Veja Deuteronômio 6.
308
Quando se ensina e se incentiva a prática da luxúria e a
promoção de eventos, para entreter o povo, nos quais
Deus é escarnecido e negado abertamente, pela troca de
obtenção de votos, e outros interesses, o que se está
fazendo na verdade é o furto de almas. Eles visam
somente à obtenção de riquezas e poder, e para isto
fazem comércio com a alma humana.
Quantos não são chamados a venderem sua alma a estes
comerciantes, corrompendo-se em seus costumes, para
satisfazer os desejos deles e cumprirem seus propósitos
tenebrosos?
Este é um grande comércio, sem limites, e se expressa
das mais variadas formas com o uso de anzóis ocultos e
enganosos, que são usados para pescar a alma de
pessoas, com vistas à sua destruição.
Não é sem razão, que o próprio Jesus nos ensina a vigiar
e a orar em todo o tempo, para que possamos escapar
destes comerciantes de almas que estão a serviço do
inferno.
309
“Apo 18:1 Depois destas coisas, vi descer do céu outro
anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou
com a sua glória.
Apo 18:2 Então, exclamou com potente voz, dizendo:
Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de
demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e
esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
Apo 18:3 pois todas as nações têm bebido do vinho do
furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis
da terra. Também os mercadores da terra se
enriqueceram à custa da sua luxúria.
Apo 18:4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos
dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus
pecados e para não participardes dos seus flagelos;
Apo 18:5 porque os seus pecados se acumularam até ao
céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela
praticou.
310
Apo 18:6 Dai-lhe em retribuição como também ela
retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e,
no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado
para ela.
Apo 18:7 O quanto a si mesma se glorificou e viveu em
luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto,
porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha.
Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!
Apo 18:8 Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus
flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no
fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou.
Apo 18:9 Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis
da terra, que com ela se prostituíram e viveram em
luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio,
Apo 18:10 e, conservando-se de longe, pelo medo do seu
tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia,
tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu
juízo.
311
Apo 18:11 E, sobre ela, choram e pranteiam os
mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua
mercadoria,
Apo 18:12 mercadoria de ouro, de prata, de pedras
preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de
seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera,
todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de
móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro, e
de mármore,
Apo 18:13 e canela de cheiro, especiarias, incenso,
unguento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo,
gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até
almas humanas.
Apo 18:14 O fruto sazonado, que a tua alma tanto
apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extinguiu tudo o
que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão
achados.
312
Apo 18:15 Os mercadores destas coisas, que, por meio
dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo
medo do seu tormento, chorando e pranteando,
Apo 18:16 dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava
vestida de linho finíssimo, de púrpura, e de escarlata,
adornada de ouro, e de pedras preciosas, e de pérolas,
“Apo 18:17 porque, em uma só hora, ficou devastada
tamanha riqueza! E todo piloto, e todo aquele que
navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam
no mar conservaram-se de longe.”
313
Sermão Profético de Jesus Sobre o Fim - Mateus 24.1-31
“1 Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando,
quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe
mostrarem os edifícios do templo.
2 Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade
vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que
não seja derribada.
3 E estando ele sentado no Monte das Oliveiras,
chegaram-se a ele os seus discípulos em particular,
dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que
sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.”
4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos
engane.
5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o
Cristo; a muitos enganarão.
314
6 E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai
não vos perturbeis; porque forçoso é que assim
aconteça; mas ainda não é o fim.
7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino
contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários
lugares.
8 Mas todas essas coisas são o princípio das dores.
9 Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e
sereis odiados de todas as nações por causa do meu
nome.
10 Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-
se uns aos outros, e mutuamente se odiarão.
11 Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e
enganarão a muitos;
12 e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos
esfriará.
13 Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.
315
14 E este evangelho do reino será pregado no mundo
inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá
o fim.
15 Quando, pois, virdes estar no lugar santo a
abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel
(quem lê, entenda),
16 então os que estiverem na Judeia fujam para os
montes;
17 quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas
de sua casa,
18 e quem estiver no campo não volte atrás para
apanhar a sua capa.
19 Mas ai das que estiverem grávidas, e das que
amamentarem naqueles dias!
20 Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno
nem no sábado;
316
21 porque haverá então uma tribulação tão grande,
como nunca houve desde o princípio do mundo até
agora, nem jamais haverá.
22 E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se
salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados
aqueles dias.
23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo
aí! não acrediteis;
24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas,
e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se
possível fora, enganariam até os escolhidos.
25 Eis que de antemão vo-lo tenho dito.
26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no
deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da
casa; não acrediteis.
27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se
mostra até o ocidente, assim será também a vinda do
filho do homem.
317
28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os
abutres.
29 Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá
o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu
e os poderes dos céus serão abalados.
30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e
todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho
do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande
glória.
31 E ele enviará os seus anjos com grande clangor de
trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os
quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.”
Jesus chamou de princípio das dores ao conjunto de
sinais que antecederiam a sua segunda vinda, e que se
estenderiam até ao tempo determinado para a
consumação do século, que será marcado pela pregação
do evangelho em todo o mundo, para testemunho a
todas as nações (Mt 24.14), e à manifestação do
318
abominável da desolação do qual falou o profeta Daniel,
no lugar santo (Mt 24.15).
Quando os discípulos perguntaram a Jesus quais seriam
os sinais da Sua vinda e da consumação do século (Mt
24.2), o Senhor começou a lhes responder a partir do
verso 4 de Mt 24.
E introduziu sua explicação com uma palavra de
advertência para que eles não permitissem que ninguém
lhes enganasse quanto a isto, porque muitos se
levantariam com este propósito afirmando serem o
Cristo (verso 5) e enganariam a muitos.
E além disto haveria guerras e rumores de guerras, mas
nenhuma destas coisas seriam sinais do tempo do fim
(Mt 24.6), e nação se levantaria contra nação, reino
contra reino, e haveria fomes e terremotos em vários
lugares, mas tudo isto seria também o princípio das
dores que antecederiam a consumação do século e não
sinais que marcariam a proximidade da sua segunda
vinda (24.7,8).
319
E no trabalho da igreja no mundo os cristãos seriam
atribulados e mortos. Odiados de todas as nações por
causa do nome de Jesus, e muitos se escandalizariam,
trairiam e se odiariam uns aos outros, e dentre os
próprios cristãos se levantariam muitos falsos profetas
que enganariam a muitos.
A iniquidade se multiplicaria e o amor de quase todos se
esfriaria.
Mas em meio a tudo isto o evangelho será pregado em
todo o mundo, e quando isto acontecer, quando a
última nação for evangelizada, será determinado por
Deus a marcha de todos os eventos previstos para a
consumação do século (Mt 24.9-14).
Todos estes sinais correspondentes ao princípio das
dores são comparados por Jesus como as primeiras
contrações de um parto. E elas vão se intensificando
cada vez mais à medida que se aproxima a hora do
nascimento. E tudo isto terá o seu clímax no chamado
período da Grande Tribulação, que precipitará todas as
320
ocorrências, que culminarão com o retorno do Senhor
(Mt 24.15-31).
É digno de nota que o Senhor nos alertou que sempre
haveria falsos cristos e falsos profetas operando no
mundo. Isto nos chama a sermos criteriosos e vigilantes,
não dando crédito a qualquer um que alegue estar
falando a nós da parte de Deus.
Falsos mestres e falsas doutrinas têm sido espalhados
pelo mundo, e isto podemos aprender na história da
Igreja, inclusive em nossos próprios dias. E assim, o
Senhor nos alerta para que não deixemos ninguém nos
desviar da verdade.
À medida que o tempo do fim se aproxima se
multiplicarão os falsos cristos e profetas no mundo,
semeando mais e mais a mentira e multiplicando com
isto a iniquidade.
Note que o Senhor disse que eles farão sinais e
maravilhas. Sinais e maravilhas não são portanto um
meio seguro para sabermos se alguém está vivendo e
321
pregando a verdade, porque os falsos cristos e profetas
os realizarão em abundância.
Mateus 24.6, fala de guerras e rumores de guerras. E que
é necessário que isto ocorra, e por isso não devemos
ficar alarmados. Mas nada disto é ainda um indicativo
seguro do tempo do fim.
No verso 7, Jesus fala de terremotos e fomes em vários
lugares. O texto paralelo de Lucas inclui também
pestilências.
Isso tudo está em andamento para marcar aquele tempo
do fim.
As perseguições e ódio sofridos pelos cristãos durante
toda a história da Igreja, se intensificarão próximo e
antes do tempo do fim. E isso é mundial e precipitará o
que está em Mt 24.10.
A pressão é tão grande da parte do mundo que começa
a massacrar os cristãos que algumas pessoas que se
identificaram superficialmente com Jesus Cristo, e como
a semente ficou sufocada pelos espinhos, quando eles
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virem o preço a ser pago, eles se escandalizarão e não
estarão dispostos a pagar aquele preço.
Assim eles odiarão os verdadeiros cristãos, e os trairão
entregando-os aos seus perseguidores.
Eles os delatarão para serem mortos.
Isto ocorre frequentemente hoje em dia, em países
muçulmanos, especialmente nos da chamada janela
10/40, mas se espalhará pelo mundo conforme predito
na Palavra.
Mas os verdadeiros cristãos perseverarão até o fim, eles
não negarão o seu Senhor, como estes cristãos nominais
que trairão a muitos dos cristãos autênticos,
especialmente no período da Grande Tribulação (os
cristãos que estiverem na terra e que não foram
arrebatados antes da Grande Tribulação).
E em Mt 24.11 lemos que muitos falsos profetas surgirão
e enganarão a muitos. Não falsos cristos agora, mas
falsos mestres. E estes falsos profetas vão ensinar um
erro infernal diabólico, satânico.
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Agora olhe o verso 12 que diz que por se multiplicar a
iniquidade o amor de quase todos esfriará. Alguns
fogem porque eles não pagarão o preço exigido pela
fidelidade a Cristo. Alguns fogem porque eles são
enganadores. E alguns retrocedem porque eles optaram
pela iniquidade, que significa que eles violam a lei de
Deus. E nós vemos isto começando a se multiplicar em
nossos dias.
Em II Timóteo 3, Paulo descreve as características das
pessoas dos últimos dias. Mas os cristãos que
permanecerem fiéis em meio a tudo isto, ganharão as
suas almas pela sua perseverança, como está afirmado
em Lc 21.19.
Estes reinarão com Cristo eternamente.
E a última característica destas dores de parto que
indicam o retorno do Senhor, é a pregação do evangelho
em todo o mundo em testemunho a todas as nações.
Antes que o fim venha, importa que o evangelho seja
pregado em todo o mundo, a toda criatura.
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Apesar da perseguição, apesar das traições, apesar dos
falsos cristos e profetas, apesar do inferno que lança os
seus demônios por toda a terra, apesar do esfriamento
do amor de muitos, apesar de guerras, fomes,
terremotos, pestilências, o evangelho do Reino será
pregado em todo o mundo. E então o Reino virá.
O engano citado em Mt 24.4,5, culminará com o maior
engano de todos na pessoa do Anticristo que agirá pela
eficácia de Satanás, enganando a muitos, que
depositarão nele inteira confiança para a resolução dos
problemas mundiais.
Ele será o último falso salvador que o mundo verá. O
último falso messias. Por isso é chamado de Anticristo,
porque é um cristo falso.
O abominável da desolação citado em Mt 24.15 é uma
referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que
ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em
Daniel 9.27.
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A exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de
ter vencido as nações e exercido domínio sobre elas, e
de ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles,
ter se considerado superior ao Deus de Israel, a ponto
de se assentar no templo, proferindo palavras contra o
Altíssimo.
Em Mt 24.29 o Senhor disse que “logo em seguida à
tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o
período da Grande Tribulação, ocorrerá a sua segunda
vinda, e quando isto se der o sol escurecerá e a lua não
dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e
os poderes do céu serão abalados. Isto indica que
eventos cataclísmicos antecederão a Sua manifestação
vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.”
(verso 30).
Assim, o Senhor virá imediatamente após a Grande
Tribulação.
E como mais um sinal da sua vinda, o Senhor disse na
parábola da figueira que deveríamos aprender da lição
que ela nos dá, porque quando os seus ramos se
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renovam, e as folhas brotam, é um sinal de que o verão
está próximo. E assim a geração que testemunhasse
estas coisas não passaria sem que tudo aconteça, pois
ao virem todas estas coisas, saberão que Ele está
próximo às portas (Mt 24.32-34). A figueira dá frutos no
verão, e antes que isto ocorra ela renova a suas folhas.
Assim, quando a geração que presenciar a Grande
Tribulação referida pelo Senhor, precipitada pela
profanação pelo Anticristo, do templo que será
reconstruído em Jerusalém, ela pode estar certa de que
presenciará a volta do Senhor, assim como sabemos que
o verão se aproxima quando a figueira renova os seus
ramos e as folhas brotam. Assim os sinais estão
reservados para as pessoas que estiverem vivendo no
tempo do fim.
Muitos eventos cataclísmicos já acontecem desde há
muito sobre a face da terra, mas em nada poderão ser
comparados com as coisas que acontecerão próximo da
vinda de Jesus, depois que o Anticristo tiver se
manifestado.
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Os que creem em Cristo têm sido perseguidos e odiados
pelo mundo ao longo da história da igreja. Muitos, em
várias épocas e locais específicos foram vítimas de
perseguições terríveis. Mas nada se comparará à que
será empreendida contra os que confessarem a Cristo no
período da Grande Tribulação, depois do arrebatamento
da igreja.
Os que se converterem depois do arrebatamento
haverão de sofrer as angústias terríveis relatadas em Mt
24.9,10. Isso excederá todas as outras perseguições. O
mundo todo odiará por inspiração do Anticristo tanto os
judeus quantos os cristãos.
Em Lucas 21 temos o paralelo ao ensino de Mateus 24. E
no verso 20 de Lucas, temos o paralelo à abominação
desoladora citada em Mateus 24.15. Lucas diz: “Quando,
porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que
está próxima a sua devastação.”. E então complementa
com as mesmas instruções que se seguem a Mateus
24.15: “Então os que estiverem na Judeia fujam para os
montes...” e assim sucessivamente.
O que significa isto? Em Zacarias 14.1-3 lemos: “Eis que
vem o dia do Senhor, em que os teus despojos se
repartirão no meio de ti. Porque eu ajuntarei todas as
nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será
tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres
forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o
restante do povo não será expulso da cidade. Então sairá
o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou
no dia da batalha.”. E isto não é uma referência ao
cativeiro babilônico porque já havia acontecido. E nem
é uma referência à destruição pelos romanos, porque a
profecia diz que as nações seriam juntadas contra
Jerusalém.
Isto se dará no tempo do fim como está registrado em
Lucas: “quando virdes Jerusalém rodeada de exércitos”.