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MAPA DE JULGADOR – LIGA DAS ESCOLAS DE SAMBA DE ENREDO – 2016.2 Caro Jurado, Obrigado por aceitar a participar do nosso corpo de jurados do nosso 2º Desfile de enredos. É um imenso prazer poder contar com você Esse é o nosso mapa de julgador. Aqui você receberá a explicação a respeito do seu quesito e dará as suas notas e justificativas. Quesito: Conjunto Nome do Jurado: Lukas Schulltheiss Para conceder notas de 8 a 10, fracionadas em 0,1 décimo o jurado deve analisar: O desenvolvimento do enredo, levando em consideração se o mesmo facilitou a compreensão das idéias exploradas e levando em consideração suas propostas artísticas contidas no Roteiro de Desfile. Espera-se uma Uniformidade artística em todos os elementos apresentados no enredo. Observa-se se o enredo tem embasamento para sustentar um desfile de Escola de Samba em todas as suas formas de expressão.

Transcript of · Web viewSe a ala viesse junto ao elemento, não iria parecer repetição....

MAPA DE JULGADOR – LIGA DAS ESCOLAS DE SAMBA DE ENREDO – 2016.2

Caro Jurado, Obrigado por aceitar a participar do nosso corpo de jurados do nosso 2º Desfile de enredos. É um imenso prazer poder contar com você Esse é o nosso mapa de julgador. Aqui você receberá a explicação a respeito do seu quesito e dará as suas notas e justificativas.

Quesito: ConjuntoNome do Jurado: Lukas Schulltheiss

Para conceder notas de 8 a 10, fracionadas em 0,1 décimo o jurado deve analisar:O desenvolvimento do enredo, levando em consideração se o mesmo facilitou a compreensão das idéias exploradas e

levando em consideração suas propostas artísticas contidas no Roteiro de Desfile. Espera-se uma Uniformidade artística em todos os elementos apresentados no enredo.Observa-se se o enredo tem embasamento para sustentar um desfile de Escola de Samba em todas as suas formas de

expressão.Observa-se se as propostas artísticas são passíveis de realização e estão contextualizadas dentro do enredo. Considera-se a relevância histórica, cultural, social ou artística do enredo. Penaliza-se possível proposta equivocada de algum item do Roteiro somente se o jurado entender que o mesmo

prejudicou o enredo como um todo.O décimo extra é um requisito de desempate e só poderá ser concedido para escolher uma entre as agremiações de cada

grupo que tiraram nota 10,0. Caso não haja nota 10,0, o bônus não deve ser concedido.

Grupo de Acesso – Carnaval 2016.2 - SextaAgremiação Nota Notas por Extenso

Acadêmicos do Dragão

9,3 Nove ponto três

Acadêmicos da Tijuca

9,4 Nove ponto quatro

Embaixada Legião de Bambas

9,2 Nove ponto dois

Unidos do Real Engenho

9,3 Nove ponto três

Batuqueiros de Floripa

9,7 Nove ponto sete

Grupo Especial – Carnaval 2016.2 - SábadoAgremiação Nota Notas por Extenso

Império da Formiga

9,3 Nove ponto três

Goianos da Folia

9,9 Nove ponto nove

Império do Nilo

9,4 Nove ponto quatro

Polinônios da Vila

10,0 Dez

Ninho do Yata

9,5 Nove ponto cinco

Borboleta Transgênero

9,9 Nove ponto nove

Grupo Especial – Carnaval 2016.2 - DomingoAgremiação Nota Notas por Extenso

Acadêmicos do Ibiamon

9,1 Nove ponto um

Flor de Açucena 9,6 Nove ponto seis

Folia Caipira

Coroa Imperial 9,3 Nove ponto três

Guerreiros da C. Encantada

9,9 Nove ponto nove

Guerreiros da Vanguarda

9,3 Nove ponto tres

Décimo Extra: Grupo de Acesso :____________________ Grupo Especial:__________________________ ____

Grupo de Acesso – Carnaval 2016.2 - SextaAgremiação Justificativas

Acadêmicos do Dragão

A ideia de usar em cada ala e carro uma obra da homenageada não é nova e por isso, merecia um cuidado maior para que não se tornasse repetitivo. As novelas da Glória são famosas, entre outras coisas por seus personagens caricatos e figurinos marcantes, que são quase fantasias, mas isso, passou batido. O início da escola é composto quase todo por figurinos que na verdade são roupas como ternos, roupas de época, etc. Poucas foram as alas em que a descrição mostrava alguma carnavalização destas roupas, e apesar de remeterem à personagens, não chamam atenção e não remetem claramente o significado das mesmas. As sinopses das novelas poderiam ser resumidas e seus pontos principais colocados. Algumas ocupam quase uma página inteira, quando a descrição da fantasia gerada a partir dela ocupa uma linha. Não compreendi o porquê de exaltar “O canto da Sereia” em que Glória fazia apenas a supervisão de texto com o carro alegórico que fecha o desfile e deixar obras como Explode Coração e Caminho das Índias (com as quais ganhou prêmios internacionais) apenas como ala. No geral, o desfile parece interessante, mas isso mais pela obra da homenageada do que pela forma como o desfile foi montado. Não há embasamento para sustentar um desfile de Escola de Samba, as propostas de fantasias e alegorias apesar de contextualizadas, não são artísticas o suficiente.

Obs: a Comissão de frente gera um duplo sentido que não é interessante para o início do desfile (é o nascimento da TV? É o nascimento da Glória? É um álbum de família? É a TV como babá da criança?) A ideia é boa, mas não ficou bem explicada.

Obs 2: Sugiro um cuidado maior na escolha da fonte utilizada no texto. Normalmente, as fontes mais tradicionais facilitam a leitura, sejam serifadas como Times ou sem serifa, como Arial e tantas outras que se assemelham à elas. A fonte utilizada dificultou a leitura. É linda para títulos e subtítulos, mas para o texto todo atrapalhou, sem contar que ela não permite todos os acentos gráficos, deixando várias palavras sem este recurso.

Acadêmicos da Tijuca

O enredo se dividiu em dois e isso causou certa confusão, era claro e nítido que dava pra juntar melhor as duas partes ou fazer uma quebra menor. Senti falta exatamente do que o título se propunha a fazer: “No Reino da Folia, a beleza de feiurinha” toda esta parte da história estava apenas na segunda metade do desfile. A primeira parte, bonita, mas repetitiva O desenvolvimento do enredo, trouxe formas de fácil leitura, mas esperava-se uma uniformidade artística que abrangesse todos os elementos apresentados no enredo. O recurso de usar a alegoria para resumir o que já passou nas alas à sua frente criou uma repetição desnecessária de símbolos e significados.

Obs 2: Sugiro um cuidado maior na escolha da fonte utilizada no texto. Normalmente, as fontes mais tradicionais facilitam a leitura, sejam serifadas como Times ou sem serifa, como Arial e tantas outras que se assemelham à elas. A fonte utilizada dificultou a leitura. É linda para títulos e subtítulos, mas para o texto todo atrapalhou, sem contar que ela não permite todos os acentos gráficos, deixando várias palavras sem este recurso.

Embaixada Legião de Bambas

Escola não apresentou a descrição de fantasias e alegorias que nos permitisse entender a proposta artística para o desenvolvimento da mesma, não permitindo, desta maneira, uma maior visualização da ideia pretendida pela carnavalesca. O enredo é muito bonito e traz uma ideia interessantíssima e pouco explorada no carnaval com tanta poesia. Algumas partes históricas precisam ser melhor estudadas para não cometer erros, mas deixo isso para o jurado específico. Infelizmente, apesar do embasamento para garantir um belo desfile, faltou a parte descritiva, que me impede de fazer um julgamento mais apurado no quesito conjunto.

Unidos do Real Engenho

A proposta é muito interessante, porém, logo de início a escola diz que seu objetivo é zerar preconceitos e quebrar tabús, porém, o que se viu ao longo do desfile foi a reafirmação de alguns preconceitos, nomes jocosos e tabus envolvendo as lésbicas. Uma coisa é fazer rir e diminuir a carga negativa que alguns preconceitos, outra coisa, é falar que vai acabar com o preconceito e usá-lo de forma jocosa ou pejorativa.

Apesar de apresentar os desenhos, que podem ser incluídos para facilitar o entendimento, a escola não apresentou a descrição de fantasias e alegorias que nos permitisse entender a proposta artística para o desenvolvimento da mesma, não permitindo, desta maneira, uma maior visualização da ideia pretendida.

A julgar pelos desenhos apresentados (apesar de se tratar de uma liga de enredo e não de

desfile) vejo que não há uma uniformidade nem entre as alas e nem entre as alegorias, porém, mostram que seria de fácil realização em um carnaval real.

Obs: Sugiro um cuidado maior na escolha da fonte utilizada no texto. Normalmente, as fontes mais tradicionais facilitam a leitura, sejam serifadas como Times ou sem serifa, como Arial e tantas outras que se assemelham à elas. A fonte utilizada dificultou a leitura. É interessante para títulos e subtítulos, mas para o texto todo atrapalhou.

Batuqueiros de Floripa

Uma ótima ideia de enredo, porém, a escola teve a mesma ousadia da homenageada e desenvolveu seu desfile de maneira didática. A rica história e a rica biografia da Elza se misturam em diversos momentos e isso poderia ter sido melhor utilizado para evitar a separação tão brusca entre os setores. As propostas artísticas das fantasias e alegorias ficaram simples, algumas vezes repetitivas, mas estão dentro do conceito proposto. Fica como sugestão, pensar em formas, detalhes e elaborar melhor os conceitos propostos para que fantasias e alegorias se tornem mais carnavalizadas. O carro 4 não foi descrito no roteiro.

Grupo Especial – Carnaval 2016.2 - SábadoAgremiação Justificativas

Império da Formiga

O enredo apresenta informações desencontradas entre a sinopse e o desenvolvimento do roteiro, como por exemplo, na sinopse cita que o baralho surgiu na China e foi levado para a Europa. No abre-alas “O início de tudo”, não cita a China, vai direto para a Europa medieval, o que nos leva a crer que não se trata do “início”. Em vários setores repetiu elementos, como por exemplo, no setor 3 abre o setor com ala do Shaco e fecha o setor com elemento do Shaco, que na descrição, deixou de ser um elemento cenográfico e se transformou em um carro alegórico. Se a ala viesse junto ao elemento, não iria parecer repetição. O mesmo acontece com o baralho iluminati no carro e na ala e outros. Senti falta do significado mais apurado e descrito para as fantasias e alegorias, a descrição artística e visual está ótima para a maioria das alas. Em várias faltou criatividade (por exemplo: Rei – se veste igual a um rei. De onde? Mesmo que fosse igual ao Rei da foto, caberia descrever melhor a ideia). Já o significado das fantasias e alegorias dentro do enredo está muito raso e quase insuficiente. Muitas informações sobre o baralho, e acaba por enfraquecer setores inteiros, como por exemplo, na parte tecnológica cujas alas poderiam ser resumidas a uma única fantasia.Obs: sugiro que nas próximas vezes faça mais uma revisão no texto para evitar os erros gráficos e de digitação.

Goianos da Folia

Enredo muito bem escrito, porém, ao criar um setor inteiro sobre cada pecado acabou caindo de qualidade ao explorar ideias que não acrescentavam muito ao desenvolvimento do enredo. Outras, mereciam um detalhamento maior, como no carro de Macunaíma, cujo conceito e realização foram muito precários.

Império do Nilo

Enredo muito interessante, ao ler a sinopse achei que fugiria dos esteriótipos e demais enredos já apresentados sobre este tema, mas, preferiu não arriscar e por pouco não deixou de cumprir o que prometia o enredo “mostrar o sertão como era antigamente”. A falta da descrição visual de fantasias e alegorias dificultou o entendimento do enredo em seu conjunto, uma vez que a descrição das fantasias são trechos de enredo ou não exemplificam como a seria a fantasia a partir dela criada.

Polinônios da Vila

Ninho do Yata

Não considero o texto apresentado na sinopse como sendo uma sinopse. Tudo bem que a escola se considera revolucionária e gosta de ousar, mas, em um concurso de enredo, utilizar-se de um texto dialogado com quase 30 páginas, é um risco muito grande e algumas alternativas textuais para explicar os nomes e significados ao longo do texto tornaram-se cansativas e repetitivas, mas, deixo análise mais profunda deste caso para o jurado de sinopse. O roteiro segue a sinopse com fidelidade de proposta, porém, não o primeiro setor não agrada na descrição visual e poderia ser resumido para abrir realmente o espaço para o tema Otaku, que foi melhor desenvolvido. No conjunto, um dos erros frequentes é o de elencar personagens, sem o cuidado trazer a reflexão sobre outros do mesmo estilo, que justifiquem a escolha deste ou que enobreçam tal escolha para que não fique simplesmente uma sequência de nomes. A escolha da descrição visual empobreceu as ideias, uma cultura tão rica em formas, cores e que foge do “tradicional” acabou sendo retratada de forma tradicional por uma escola revolucionária.

Borboleta Transgênero

O tema é interessantíssimo, a forma como foi construído e desenvolvido mostra a pesquisa e a criação de algo completamente diferente do que estamos acostumados. E talvez por isso, algumas coisas fiquem fora da unidade, por exemplo, o casal de MSPB bailar de forma lisérgica, compromete o verdadeiro sentido do casal que é apresentar e defender o pavilhão, as fantasias como trajes típicos carecem de carnavalização, principalmente quando comparadas à outras que trazem interpretações variadas e complementos “psicodélicos” que as trazem para dentro do enredo.

Grupo Especial – Carnaval 2016.2 - DomingoAgremiação Justificativas

Acadêmicos do Ibiamon

Na justificativa onde se lê que o homenageado é um dos “promissores”, creio que seja “precursores”. A ideia é boa, a sinopse instiga, porém, por mais que se trate de relatos baseados em história oral, faltou pesquisa, embasamento e uma maneira melhor de conduzir o texto da sinopse para que realmente apresentasse a história a ser desenvolvida em sua totalidade. Isso não significa que teria que sair copiando e colando coisas encontradas na internet para enxertar o texto, e sim, de melhor justificar o tema, explicar as expressões e palavras não cotidianas através do texto. No roteiro as mesmas falhas aparecem, porém, com o agravante das precárias soluções artísticas encontradas para descrever fantasias e alegorias. Algumas chegam a ter apenas a cor como descrição, o que prejudica a visualização da ideia do carnavalesco, uma vez que se trata de um enredo apenas escrito.

Flor de Açucena O nome correto da Cidade da Bahia é “São Salvador da Bahia de Todos os Santos”. O enredo é correto, tentou não fugir do que espera de tradicional em enredos sobre Bahia e Orixás e justamente aí é que pecou. Ao não buscar alternativas que o diferenciassem de outros enredos que beiram o mesmo tema acabou por fazer pouca carnavalização e transformou o desfile de escola de samba, em praticamente um cortejo afro ou encenação. É nítido que o carnavalesco entende de carnaval pela descrição que faz dos materiais utilizados para esculturas, volumetria e altura, porém, faltou aquele gancho que nos prendesse ao desfile e ver mais do que a cidade de Salvador em cortejo afro e sim, reconhecer que era Oiá visitando Salvador. Obs: o texto carece de correção gráfica.

Folia Caipira

Coroa Imperial A primeira vista, pensei que este enredo trataria do medo como algo mais lúdico, ao começar a ler vi que se tratava de algo que ia mais fundo na ideia, depois algo histórico e por fim, algo científico. Mas, por trazer vertentes tão diferentes de um mesmo tema, um a cada setor, muitas vezes sem ligação entre eles, o enredo ficou raso. Não foi lúdico o suficiente, não foi histórico o suficiente e assim por diante. Talvez, menor abrangência e maior profundidade no tema resultasse em algo que pensássemos em ver na avenida. Cada setor poderia ser transformado em um desfile e daria super certo. A visão artística e estética do desfile ficou comprometida pelo uso repetido de formas e materiais como leds, macacões e outros que ao invés de uma unidade, mostrou falta de variedade.

Guerreiros da C. Encantada

Excelente ideia, concepção e realização. Porém, o enredo ficou cansativo e dando voltas, deixo a avaliação mais profunda do caso para os jurados de roteiro e sinopse. Em se tratando de conjunto, a penalização vai devido à inconsistência do enredo, que poderia render muito mais se soubesse dosar entre as pesquisas e os setores.

Guerreiros da Vanguarda

É uma ideia ótima, porém não entendi o propósito desta sinopse ser escrita desta maneira. A primeira e a segunda partes, na verdade deveriam ser um adendo, uma explicação a mais após o enredo para quem não conhece a mitologia e deuses gregos. A terceira parte, dos poemas, deveriam ser poemas do próprio autor ou mesmo adaptação de todos estes em um só. Ficou didático como um trabalho escolar mal feito copiado da internet, a parte 1 pode ser encontrada na íntegra em http://www.suapesquisa.com/musicacultura/deuses_gregos.htm A parte 2 é da Wikipédia e a parte 3 são famosos poemas que podem ser encontrados na internet. Uma pena, o tema é ótimo, mas deixo avaliação mais profunda para os jurados de sinopse, afinal, em uma liga de enredo, é muito estranho que alguém participe apenas copiando e colando textos encontrados na internet. Na parte artística e visual, percebe-se que a falta de aprofundamento da sinopse refletiu no roteiro. Não há uma história sendo contada, pois a maior parte é apenas uma sequência de nomes gregos. Os desenhos dos carros e fantasias e primoroso, parabéns, ajudou a entender melhor o projeto.