Vida e Obra Ana Saldanha
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Vida e Obras ANA SALDANHA
Patrícia Ferreira
Ficha Técnica:
Título: Vida e Obras de Ana Saldanha
Autora: Patrícia Ferreira
2º B | nº4580
Data e Local: Junho de 2011, Viana do Castelo
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Escola Superior de Educação | Educação Básica
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BIOGRAFIA
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Ana Saldanha nasceu no Porto em 1959. O seu
percurso académico passou pelas Línguas e Literaturas
Modernas, na Faculdade de Letras do Porto, onde se veio a
formar em 1981.
Mais tarde, fez o Mestrado em Literatura Inglesa
em Birmingham e o Doutoramento em Literatura Infantil
Inglesa e Teoria da Tradução na Universidade de Glasgow,
em 1992 e 1999 respectivamente.
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Um aspecto interessante foi que para finalizar o
seu Doutoramento, Ana Saldanha, fez uma tese sobre
Rudyard Kipling e a sua obra infantil, demonstrando então,
já um interesse pela literatura infantil.
Apesar disso, veio a tornar-se professora,
exercendo essa profissão no Porto, como professora de
Inglês e actualmente, encontra-se na Universidade de
Glasgow como professora de Português.
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Mais tarde veio a dedicar-se à tradução e à
literatura Infantil, tornando-se numa das mais promissoras
escritoras da escrita contemporânea portuguesa.
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ASPECTOS RELEVANTES
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As suas obras deram-lhe o mérito de receber
vários prémios, donde se destacam em 1994 com a obra
“Três Semanas Com a Avó” um romance juvenil que lhe
permitiu uma menção honrosa do Prémio Adolfo Simões
Müller; em 1995 com a obra “Círculo Imperfeito” também um
romance, através do qual ganhou o Prémio Cidade de
Almada de 1994; em 1996 com a obra “Uma Questão de
Cor” outro romance juvenil escolhido para as Olimpíadas da
Leitura desse mesmo ano; e finalmente em 1997, foi finalista
do Prémio Unesco de Literatura Infantil e Juvenil em Prol da
Tolerância.
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Também esteve presente em vários congressos
acerca deste tema que tanto lhe é familiar como
a Literatura Infanto-Juvenil.
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BIBLIOGRAFIA
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Novelas Juvenis
(1995). Num Reino do Norte. Colecção. «Vamos Viajar»/1.
Porto: Campo das Letras.
(1996). Animais & Cª. .Colecção. «Vamos Viajar»/4. Porto:
Campo das Letras.
(1999). Cinco Tempos, Quatro Intervalos. Colecção.
«Livros do Dia e da Noite». Lisboa: Caminho.
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Contos Infantis
(1996). Ninguém dá Prendas ao Pai Natal. Porto: Campo
das Letras.
(2003). Uma casa muito doce. Colecção. «Era uma Vez…
Outra Vez»/4. Lisboa: Caminho.
(2004). A princesa e o sapo. Colecção. «Era uma Vez…
Outra Vez»/5. Lisboa: Caminho.
(2004). O Pai Natal Preguiçoso e a Rena Rodolfa. Lisboa:
Caminho (ilustrações de Alain Corbel).
(2006). (com Basil Deane) O Sam e o Som / Sam and
Sound. Lisboa: Caminho.
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(2008). Ninguém dá Prendas ao Pai Natal (reedição) Colecção.
«Palmo e Meio». Lisboa: Caminho.
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Romances Juvenis
(1994). Três Semanas com a Avó. Lisboa: Verbo.
(1997). Doçura Amarga. Colecção. «Edinter Jovem». Porto:
Edinter.
(1997). Irlanda Verde e Laranja. Colecção. «Vamos
Viajar»/5. Porto: Campo das Letras.
(2000). Para o Meio da Rua. Colecção. «Livros do Dia e da
Noite». Lisboa: Caminho.
(2001). Como Outro Qualquer. Colecção. «Livros do Dia e
da Noite». Lisboa: Caminho.
(2002). Uma Questão de Cor. Colecção. «Livros do Dia e da
Noite». Lisboa: Caminho.
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(2005). Escrito na parede. Colecção. «Livros do Dia e da
Noite». Lisboa: Caminho.
(2006). O Romance de Rita R. Colecção. «Livros do Dia e
da Noite». Lisboa: Caminho.
(2007). Os Factos da Vida. Lisboa: Caminho.
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(1995). A Caminho de Santiago. Colecção. «Vamos
Viajar»/3. Porto: Campo das Letras.
(1995). Umas Férias com Música. Colecção «Vamos
Viajar»/2. Porto: Campo das Letras.
(2003). Nem pato nem cisne. Colecção. «Era uma Vez…
Outra Vez»/3. Lisboa: Caminho.
Infantis e Juvenis
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Contos para jovens
(2004). Pico no Dedo. Colecção. «Livros do Dia e da Noite».
Lisboa: Caminho.
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Poesia para crianças
(2007). Mais ou Menos Meio Metro… Lisboa: Caminho.
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(1995). Círculo Imperfeito. Lisboa: Presença.
(2002). Um Espelho Só Meu. Colecção. «Era uma Vez…
Outra Vez»/1. Lisboa: Caminho.
(2005). Dentro de Mim. Colecção. «Era uma Vez… Outra
Vez»/6. Lisboa: Caminho.
Romance
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TEMÁTICAS DAS OBRAS
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Adolescência, Afectos, Amizade, Animais, Arte e
Aventuras.
Ciência e Crescimento.
Diabetes, Diferença, Divórcio e Doença.
Escola e Escuro.
Fábula e Família.
Geografia.
Humor.
Infância, Insegurança e Intertextualidade.
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Jogo.
Maravilhoso, Medo, Memória, Mistério, Multiculturalismo e
Música.
Natal.
Obesidade.
Pedofilia, Poesia e Popular.
Racismo.
Segredo, Sociedade e Sono.
Tradição.
Viagem.
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CARACTERÍSTICAS DAS
OBRAS
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Nas suas obras demonstra um particular
interesse pelos valores e ideais de todos os seus leitores,
para que estes consigam identificar-se com as diferentes
personagens e as situações pelo quais estas estão a passar.
Usa uma linguagem quase que viva e um estilo
espontâneo. Tenta essencialmente ajudar os leitores mais
concretamente os mais jovens, através de um ligeiro humor, a
compreender melhor o seu mundo interior, os seus medos e
as questões com as quais estes se deparam ou podem vir a
deparar-se no seu dia-dia.
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SINOPSES DE ALGUMAS
OBRAS
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“A narrativa gira em torno do nascimento de uma relação de
proximidade afectiva entre Sam, o protagonista, e a música,
em particular o som do violoncelo. A localização espacial da
acção narrada na Irlanda é inferida por um conjunto de
referências toponímicas e culturais, como é o caso da
tradição educativa dos colégios internos. | Ana Margarida
Ramos” in Casa da Leitura.
O Sam e o Som
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“Revisitando e parodiando o imaginário natalício, a narrativa de
Ana Saldanha acompanhada das ilustrações de Alain Corbel,
recria com humor os estereótipos associados ao Natal e a uma
das suas figuras mais emblemáticas. A visão de um Pai Natal
pouco preocupado em responder aos pedidos que lhe são feitos
e de uma rena que o substitui nas suas funções questiona a
imagem tradicional do Natal e das narrativas sobre este tema. As
ilustrações de Alain Corbel sublinham a vertente subversiva da
história, com a proposta de alteração das cores e formas mais
habituais deste universo que surge, assim, questionado de forma
divertida e acentuadamente cómica como, por exemplo, a
ilustração inusual das guardas também permite perceber.” | Ana
Margarida Ramos” in Casa da Leitura.
O Pai Natal Preguiçoso e a Rena Rodolfa
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“Nesta narrativa, no presente citadino/urbano, a protagonista
é uma divertida e bem humorada adolescente, Sofia, a quem
é pedido que leve o jantar à avó. Situação comum para quem
conhece o famoso conto da tradição oral, escrito por C.
Perrault (1697), mais tarde reescrito pelos irmãos Grimm
(1812)… Tão comum que o leitor acaba por ficar à espera da
habitual transgressão e desobediência da jovem personagem
feminina e do ataque de um cruel lobo. Nesta “nova” história,
a pequena heroína segue mesmo as pisadas do Capuchinho
Vermelho e resolve atravessar, não uma floresta, como no
clássico
O Gorro Vermelho
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clássico, mas um solitário parque, apanhar flores e falar com
um estranho que tem um cão chamado Wolf. Mas aqui o lobo
é mesmo humano e Sofia escapa por pouco… Inspirando-se
ou “reciclando” o “velho” conto, textualizam-se temáticas que
são, na verdade, muito do mundo de hoje: a insegurança nas
cidades, a pedofilia ou a terceira idade. Num registo muito
vivo, a que não é alheia a activação de algumas estratégias,
por exemplo, da novela policial, esta obra espelha a
capacidade narrativa, o fino humor e a mestria da autora na
recriação de um microscosmo social que, com facilidade, o
leitor actual reconhecerá. | Sara Reis da Silva” in Casa da
Leitura.
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“Ana Saldanha, uma das autoras portuguesas mais originais
que se tem dedicado à escrita para jovens, revela, uma vez
mais, nesta novela conhecimento profundo do universo social
e psicológico em que se movimentam os adolescentes dos
nossos dias. Nesta narrativa, conhecemos Nina ou Catarina,
personagem e narradora hábil de uma história do quotidiano,
do seu próprio quotidiano, que, com uma invulgar capacidade
discursiva, nos faz ingressar na sua vida familiar e escolar. O
relato , muito fluído, bem doseado e a não deixar o leitor
escapar, constrói-se sempre num registo coloquial e próximo
do receptor, fazendo-o participar das vivências de Nina que,
como uma vulgar menina de treze anos, se vê confrontada,
por
Uma Questão de Cor
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por exemplo, com algumas crises familiares, com o ataque
cardíaco da avó Olga, que tem uma professora de Português
que, quando se zanga, manda fazer composições de 200
palavras, que tem de ceder o seu quarto ao primo Daniel que
vem para a sua escola e que acaba por ter de encarar
diversas situações de racismo. Tendo como base a presença
de Daniel, a quem os colegas de escola se referem
pejorativamente como «tostadinho» ou «escurinho», Ana
Saldanha textualiza o tema da discriminação racial,
encontrando-se a narrativa pontuada de informações
referindo 33
referindo também alguns comportamentos sociais tipificados
e reprováveis acerca dos africanos em Portugal. | Sara Reis
da Silva” in Casa da Leitura.
34
“Com recurso ao texto poético e forma da adivinha, Ana
Saldanha e Gémeo Luís constroem um curioso álbum sobre
a concepção, o desenvolvimento intra-uterino e o nascimento
de um bebé, propondo, através do texto e das ilustrações,
um desafio aos leitores. O recurso à rima e a presença do
refrão “qual é a coisa, qual é ela?”, assim como os vocativos
constantes ao leitor, sublinham a dimensão oral de um texto
no qual se vão somando pistas que ajudam à descoberta do
segredo. As ilustrações de Gémeo Luís, na técnica de recorte
que lhe é habitual, vão sugerindo, pelas imagens que surgem
recortadas, vários elementos relativos ao nascimento e
solicitam uma leitura atenta, capaz de olhar a imagem
reproduzida e a nova forma que o ilustrador lhe dá. | Ana
Margarida Ramos” in Casa da Leitura.
Mais ou Menos Meio Metro
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ABRE FRONTEIRAS
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“A vida é um círculo imperfeito, por vezes é cruel e
injusta. Digamos que tem uma certa doçura amarga.
A mim a vida deu-me sorte e estes são os factos da
vida!
Hoje estou aqui com esta escritora maravilhosa, a
quem agradeço imenso esta oportunidade de a conhecer.
Sim, porque eu adoro escrever, e Ana Saldanha é uma
inspiração que flui dentro de mim.
Podia ser um escritor como outro qualquer hoje aqui
presente. Mas como um pintor pinta quadros maravilhosos e é
quase tudo uma questão de cor, Ana Saldanha escreve
lindamente e é tudo uma questão de palavras. Escolhe cada
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uma das palavras que encaixam e compõem cada livro, que
dá um gosto imenso ler!
É só tirar cinco tempos, quatro intervalos (curtos
claro), para nadar nas palavras e livros que nos fazem
crescer. Sim! Porque os livros fazem crescer. Sou capaz de
ter crescido mais ou menos meio metro só de cultura,
imaginação e inspiração.
Por isso agradeço este momento que a vida nos
deu! Poderá ser muito importante para o nosso futuro.”
Isabela Queimadela, 8º A
Texto que joga com os títulos de algumas obras de Ana Saldanha,
Retirado de http://biblioteca-essps.blogspot.com/2011/03/os-textos-dos-alunos.html
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Ana Saldanha iniciou-se como
professora de Português e
Inglês, mas logo deu lugar a
uma paixão que há muito a
fascinava: a literatura infantil.
Autora de obras como “Uma Questão de Cor” e
“Ninguém Dá Prendas ao Pai Natal”, tornaram-na
numa das mais promissoras escritoras da escrita
contemporânea portuguesa.