Vida Abundante Maio 2015
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Transcript of Vida Abundante Maio 2015
1
IGREJA PRESBITERIANA UNIDA COREANA DE SÃO PAULO 연합교회
vida abundante
05/2015
2
3
Colaboradores (em ordem alfabética):
Tradução:
Bong Yeon Nam Choi
Chang Ho Lee
Cristina Ra
Dahae Kwon
Duk Young Choi
Manuela Kim
Monica Lee
Priscila Chung
Renata Kim
Suk Min Soh
Sung Whan Hong
Tae Hoon Kim
Yoon Ji Kim
Yun Sun Choi (Elina) Este material foi selecionado do devocional "SEM-MUL"
do ano 2014.
4
Aliança da salvação que certamente se concretizará
Romanos 7-11
Muitos que não têm conhecimento aprofundado sobre a Bíblia caem no erro de achar que o Deus do Velho Testamento é diferente do Novo. Deus do Velho Testamento é “de ira”, enquanto que do Novo é “de amor”. Entretanto, isso é um equívoco que surge devido ao desentendimento acerca da história da salvação de Deus. Deus, após o plano de que faria “muitos povos serem abençoados” por meio de Abraão (Gn 12:3), amou consistentemente o Seu povo e conduziu o plano de salvação. Paulo ensina, através da explicação sobre o evangelho aos cristãos romanos, que o plano de salvação de Deus está sendo conduzido consistentemente e, logo, a aliança de Deus certamente se concretizará.
O amor de Deus que não se anula (7-8)
Paulo continua com a demonstração de que os cristãos morreram e ressuscitaram junto com Cristo. Ele afirma que os cristãos não têm mais responsabilidade diante da Lei porque morreram para Lei, por meio do corpo de Cristo (7:1-6). Nesse momento, não podemos achar que a Lei se iguala ao pecado, ela é boa porque Deus nos deu.
Nós só devemos nos lembrar de que a Lei apenas é um instrumento para conscientizar do pecado, e ela não pode nos justificar (7:7-12). Como a Lei tem apenas a função de julgar os nossos atos sem nos justificar, ela não poderá nos libertar do “corpo sujeito à morte” (7:24) (7:13-25).
Os cristãos morreram junto a Cristo e foram libertos por meio da “lei do Espírito da vida” (8:2), por isso não pertencem mais ao corpo da morte, apesar de terem o corpo. A Lei está ligada à carne e regulamenta os nossos atos: “O que faremos”, mas a lei do Espírito da vida regulamenta a posição: “Quem nós somos”. Quem crê em Cristo e estiver sob o domínio da lei do Espírito da vida será herdeiro, ou seja, “filho de Deus” (8:14).
Ser filho de Deus significa ser seu herdeiro. Por esse motivo, Paulo explica que, assim como Cristo foi glorificado depois de passar por sofrimento, nós também devemos passar por sofrimento. Porém, esse sofrimento é muito pequeno em relação à glória que teremos posteriormente.
Assim como os crentes se tornaram filhos de Deus através de Jesus Cristo, toda a natureza criada será restaurada através dos filhos de Deus (8:18-22). Nessa recuperação está incluso o nosso corpo, que está contaminado pela influência do pecado (8:23). Apesar de não ser visível no momento, aguardar por esse dia em que toda a natureza criada será restaurada pelos filhos de Deus é a esperança dos cristãos (8:24-25). Embora estejamos vivendo o sofrimento no mundo e não estejamos livres do pecado, o Espírito Santo nos ajuda, e Deus, que nos chamou, nos justificou e nos glorificou através de Jesus Cristo, não cessará o Seu amor. Dessa forma, nós podemos vencer o mundo porque pertencemos a Cristo, participamos do seu sofrimento, recebemos o amor de
5
Deus e temos esperança na restauração (8:24-39).
Israel foi rejeitado? (9)
Nesse ponto, surge uma pergunta: “Deus não fez a aliança com o povo de Israel antes de Cristo? Se agora Deus salva somente pela fé, Ele rompeu a aliança com Israel? E se Deus rompeu aliança com Israel por causa da desobediência e colocou Jesus como o único caminho para a salvação, qual é a garantia de que Deus não romperia a aliança de Cristo?”
A respeito desse problema, Paulo começa a explicação com a premissa de que deseja a salvação do seu povo, Israel (9:1-5). A salvação de Deus não parou entre os judeus e se espalhou para muitos povos, mas Israel a rejeitou. O evangelho chegou primeiro aos judeus e Jesus veio ao mundo como um judeu, portanto, eles têm a preferência, porém não a aceitaram (9:4-5).
Uma coisa certa é que Deus não decidiu a quem salvar pela descendência biológica, mas somente pela “aliança”. Abraão tinha Ismael, e Isaque, Esaú, todavia eles não eram filhos da promessa (9:7-13). Paulo volta a perguntar se Deus é injusto por Ismael e Esaú não serem filhos da promessa. Ele ensina que, assim como o oleiro tem direito de escolher o vaso, nós não podemos julgar o que Deus faz segundo a Sua vontade (9:14-23).
Paulo explica isso novamente pelo princípio dos “remanescentes” que os profetas Oséias e Isaías haviam anunciado. Segundo os dois profetas, a salvação chega aos que obedecem a Deus.Nos seus textos, são profetizados que seriam chamados aqueles que não são povo de Deus,
ou seja, os gentios. Assim, quando essa profecia se concretizou através de Jesus Cristo, os gentios que não buscavam justiça a obtiveram, mas Israel, que buscava a lei que trouxesse justiça, tropeçou, confiando em obras (9:24-33).
A salvação de Israel através do evangelho (10-11:1)
Paulo, indo mais adiante, afirma que o caminho da salvação de Israel é levar o evangelho aos gentios para que eles se tornem o povo de Deus. Os israelitas pensam que são o povo de Deus, porém, não seguem o conhecimento correto e não obedecem a Deus. Moisés não afirmou que seguir a Lei era o meio de conseguir a salvação. A Lei serve somente para mostrar o povo da aliança como se deve viver.
Paulo cita Deuteronômio 30:11-14 para lembrar que Deus não exige do homem algo impossível. Fazer a vontade de Deus “está em sua boca e em seu coração” (10:8; Dt 30:14), isto é, a palavra da fé que estamos proclamando.
Assim, a salvação consiste em “crer com coração e confessar com a boca” (10:10), por isso Paulo afirma que proclamou esse evangelho. Ele pregou o evangelho aos gentios porque o evangelho não faz distinção entre judeus e gentios, e esse ato não foi para a maldição de Israel, mas para a sua salvação (10:11-15).
Infelizmente, Israel (os judeus) não aceitou o evangelho. Israel não ouviu a mensagem de Isaías, no entanto, as suas palavras chegaram até os confins do mundo (10:16-18). Paulo afirma que Deus disciplinou o Seu povo desobediente levantando povos gentios, fazendo com que Israel tivesse ciúmes dos outros
6
povos, e Ele o faz ainda hoje. Entretanto, não se pode afirmar que Israel foi rejeitado porque não aceitou evangelho. A prova disso é o próprio Paulo. Ele se questiona se não foi salvo por ser israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim (10:19-1:11).
Os gentios que não podem se orgulhar (11:2-36)
Deus chamou os israelitas, enviando insistentemente os profetas, porém, eles não o ouviram. Essa situação é como o lamento de Elias: todo Israel abandonou Deus e ele foi o único que sobrou, no entanto, Deus não rejeitou Israel e reservou sete mil homens que não dobraram os joelhos diante de Baal (11:2-4). Obviamente, nem todo judeu rejeitou o evangelho. Entre os cristãos da igreja de Roma, havia judeus convertidos. Eles são como esses sete mil que Deus reservou para Ele. Até hoje, os judeus que receberam a graça remanesceram para Deus. Paulo não esqueceu da disciplina aos gentios da igreja de Roma (11:13-24). Paulo enfatiza que os gentios não devem se gloriar da salvação. Assim como Israel se afastou da salvação de Deus pela desobediência, Paulo adverte os gentios a não cometerem o mesmo erro (11:21). Paulo termina a explicação dizendo
que, para a entrada de numerosos estrangeiros ao Reino de Deus, Israel experimentou um endurecimento em parte e, quando esse espaço for preenchido pelos gentios, eles se tornarão um Israel e todo Israel será salvo. Deus, quando o seu povo lhe desobedece, é misericordioso para com outros povos e completa o Seu reino com eles, por isso ninguém deve se gloriar disso.
Assim, Deus salva o Seu povo com a Sua graça, mas o povo salvo não pode se tornar presunçoso e deve servir-Lhe humildemente. Esse é o mistério da salvação de Deus. Paulo louva a sabedoria de Deus que levou a efeito o seu grande plano para a salvação de judeus bem como a dos gentios (11:33-36).
Os judeus julgavam ser o povo de Deus e queriam chegar à salvação através da Lei e, ainda, não queriam aceitar que a salvação de Deus tinha chegado aos gentios. Assim também os gentios, se ficarem orgulhosos por terem recebido a salvação e não obedecerem a Deus, terão o mesmo fim de Israel. Vendo essa advertência de Paulo, refletimos sobre a importância de instruir a verdadeira fé e a verdade aos nossos descendentes. Esperamos enraizar nas nossas famílias o ensinamento sobre a verdade através do Vida Abundante de maio.
7
01 Legalmente libertos
sex Romanos 7:1-6
1 Meus irmãos, falo a vocês como a
pessoas que conhecem a lei. Acaso
vocês não sabem que a lei tem
autoridade sobre alguém apenas
enquanto ele vive?
2 Por exemplo, pela lei a mulher
casada está ligada a seu marido
enquanto ele estiver vivo; mas, se o
marido morrer, ela estará livre da lei
do casamento.
3 Por isso, se ela se casar com
outro homem enquanto seu marido
ainda estiver vivo, será considerada
adúltera. Mas se o marido morrer,
ela estará livre daquela lei, e
mesmo que venha a se casar com
outro homem, não será adúltera.
4 Assim, meus irmãos, vocês
também morreram para a Lei, por
meio do corpo de Cristo, para
pertencerem a outro, àquele que
ressuscitou dos mortos, a fim de que
venhamos a dar fruto para Deus.
5 Pois quando éramos controlados
pela carne, as paixões pecaminosas
despertadas pela Lei atuavam em
nosso corpo, de forma que dávamos
fruto para a morte.
6 Mas agora, morrendo para aquilo
que antes nos prendia, fomos
libertados da Lei, para que sirvamos
conforme o novo modo do Espírito, e
não segundo a velha forma da Lei
escrita.
8
Análise do conteúdo
Percepção
1.A que Paulo compara a nossa
relação com a Lei de Deus? (vs.2-
3)
2. Com que fim nós morremos
para a Lei por meio do corpo de
Cristo? (v.4)
4. O que você sente ao
compreender que não está mais
sujeito à Lei?
Estudo e reflexão
3.Por que Paulo usa a palavra
“morte” para explicar nossa
relação com a Lei?
Decisão e aplicação
5. Como você está se preparando
para andar em Espírito e não
cumprir a concupiscência da carne?
Que decisão você tomará para que a
sua existência dê frutos ainda mais
abundantes? Anotação
9
Paulo usa a relação conjugal para ilustrar a nossa relação com a lei de
Deus (vs.2-3). Assim como a lei restringe a ruptura de um casamento até a
morte de um dos cônjuges, nós estávamos presos às exigências da Lei.
Desta forma, Paulo afirma que fomos libertos da Lei por meio do corpo de
Cristo que morreu na cruz pelos nossos pecados, a fim de satisfazer as
exigências da Lei de Deus (v.4). A morte significa um fim sem volta para o
homem. Da mesma maneira, morrendo para aquilo que antes nos prendia,
fomos libertos da Lei. Assim como o laço do casamento é interrompido
pela morte de um dos cônjuges, por meio do corpo de Cristo, morremos
para a Lei que antes nos prendia. Agora o nosso dever é pertencermos a
Jesus Cristo, a fim de que venhamos a dar frutos para Deus. Nós, que
fomos libertos da Lei, não obedecemos para sermos salvos, mas para
darmos frutos. Você realmente demonstra que está legalmente liberto do
regime de escravidão da Lei?
ORAÇÃO Permita que eu viva uma existência que dê
frutos diários em gratidão ao Senhor por
libertar-me plenamente.
Anotação
10
02 O pecado que se revelou debaixo da Lei
sáb Romanos 7:7-12
7 Que diremos então? A Lei é
pecado? De maneira nenhuma! De
fato, eu não saberia o que é
pecado, a não ser por meio da Lei.
Pois, na realidade, eu não saberia o
que é cobiça, se a Lei não dissesse:
“Não cobiçarás”.
8 Mas o pecado, aproveitando a
oportunidade dada pelo
mandamento, produziu em mim
todo tipo de desejo cobiçoso. Pois,
sem a Lei, o pecado está morto.
9 Antes eu vivia sem a Lei, mas
quando o mandamento veio, o
pecado reviveu, e eu morri.
10 Descobri que o próprio
mandamento, destinado a produzir
vida, na verdade produziu morte.
11 Pois o pecado, aproveitando a
oportunidade dada pelo
mandamento, enganou-me e por
meio do mandamento me matou.
12 De fato a Lei é santa, e o
mandamento é santo, justo e bom.
11
Análise do conteúdo
Percepção
1.Do que a Lei nos conscientiza?
(v.7)
2. Qual era o princípio original da
Lei e do mandamento? No
entanto, o que ela acabou
produzindo na verdade? (v.10)
4. O que você sente ao ver que a
revelação da santa Lei de Deus
evidenciou a nossa
pecaminosidade?
Estudo e reflexão
3. Por que devemos conhecer a
Lei que nos traz a consciência do
pecado e nos leva à morte?
Decisão e aplicação
O que você deve decidir e colocar
em prática hoje para enfrentar o seu
pecado e apresentar-se diante do
Senhor?
Anotação
12
“Cobiça” (v.7): mais do que o simples desejo pecaminoso da carne em todas as suas facetas. “Enganou-me” (v.11): significa que indicou o caminho errado, fazendo-lhe perder o rumo.
A Lei em si não é falha. Paulo afirma claramente que, de fato, a Lei é santa e o mandamento é santo, justo e bom (v.12). No entanto, o pecado, aproveitando-se da oportunidade, enganou e matou a todos nós. Apesar de Paulo relatar uma experiência pessoal, ela se destina de modo geral a todos que estão debaixo da Lei. A natureza rebelde de um incrédulo é despertada quando são feitas restrições a ele, fazendo com que ele queira fazer as próprias coisas que a lei proíbe. Antes vivíamos sem a Lei, livres de qualquer consciência do pecado, mas sobrevindo o mandamento, o pecado reviveu e compreendemos que somos pecadores destinados a morrer (v.9). O desejo de Paulo ao abordar essa questão não é nos desesperar, mas fazer com que reconheçamos o nosso pecado e guiar-nos para a única solução. Quando você se olha no espelho, que pecado você vê refletido nele? Que esforço você tem feito para reconhecer que é um pecador e buscar Jesus?
ORAÇÃO Faça com que eu proclame com convicção a
verdade de que Jesus Cristo é a única solução
de Deus para o homem pecador.
Anotação
13
03 Confiemos no poder do sangue precioso
dom Culto no Lar -Romanos 7:13-20
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
13 E então, o que é bom se tornou
em morte para mim? De maneira
nenhuma! Mas, para que o pecado
se mostrasse como pecado, ele
produziu morte em mim por meio
do que era bom, de modo que por
meio do mandamento ele se
mostrasse extremamente
pecaminoso.
14 Sabemos que a Lei é espiritual;
eu, contudo, não o sou, pois fui
vendido como escravo ao pecado.
15 Não entendo o que faço. Pois
não faço o que desejo, mas o que
odeio.
16 E, se faço o que não desejo,
admito que a Lei é boa.
17 Neste caso, não sou mais eu
quem o faz, mas o pecado que
habita em mim.
18 Sei que nada de bom habita em
mim, isto é, em minha carne. Porque
tenho o desejo de fazer o que é
bom, mas não consigo realizá-lo.
19 Pois o que faço não é o bem que
desejo, mas o mal que não quero
fazer, esse eu continuo fazendo.
20 Ora, se faço o que não quero, já
não sou eu quem o faz, mas o
pecado que habita em mim.
14
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Paulo expõe explicitamente a angústia presente no seu interior através da palavra de hoje, mas o importante é o fato de que esse conflito espiritual não é apenas de Paulo. A Lei é santa e o mandamento é justo e bom (v.12). Os pecados sujos e maldosos que estão dentro de nós são expostos através dessa lei e desse mandamento (v.13). Afinal, Paulo nos desperta dizendo que a lei faz com que nós, humanos, entendamos nosso próprio pecado e percebamos que não temos como não ir diante de Jesus Cristo. Apesar disso, Paulo tem o dilema de não fazer o que deseja e de fazer o que odeia (o pecado), permanecendo ainda na posição do pecado. (vs.15,19)
Não podemos negar que esta
contradição habita dentro de nossos
corações também. Através de Jesus
Cristo, vivemos como filhos de Deus
salvos; porém, por causa do pecado
que habita em nós, não há como
escaparmos de uma vida em
constante conflito. Mas o mais
importante de tudo é que são
necessários da nossa parte uma
determinação e um esforço
extremamente deplorável.
Às vezes, nós podemos falhar e cair,
porém, desejamos sinceramente
que, nessas horas, confessemos ao
Senhor a nossa própria fraqueza e
sejamos uma família que caminha
para frente, confiando no poder do
sangue precioso na cruz.
15
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver Paulo se debatendo em agonia para viver de
acordo com a vontade de Deus (vs.15,19)?
3.Vamos admitir que o problema do pecado que ainda habita em você
não pode ser resolvido com seu próprio esforço ou força de vontade, e
vamos ter um momento de confissão de todos nossos pecados e nossas
fraquezas diante do Senhor, confiando no poder do sangue precioso na
cruz.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Faça com que possamos viver confiando todos os dias no poder do
sangue precioso na Cruz que purifica todos os meus pecados.
Encerrem o culto no lar com a oração do Pai Nosso.
16
04 Desejo, mas não consigo realizá-lo
seg Romanos 7:13-20
13 E então, o que é bom se tornou
em morte para mim? De maneira
nenhuma! Mas, para que o pecado
se mostrasse como pecado, ele
produziu morte em mim por meio do
que era bom, de modo que por
meio do mandamento ele se
mostrasse extremamente
pecaminoso.
14 Sabemos que a Lei é espiritual;
eu, contudo, não o sou, pois fui
vendido como escravo ao pecado.
15 Não entendo o que faço. Pois
não faço o que desejo, mas o que
odeio.
16 E, se faço o que não desejo,
admito que a Lei é boa.
17 Neste caso, não sou mais eu
quem o faz, mas o pecado que habita
em mim.
18 Sei que nada de bom habita em
mim, isto é, em minha carne. Porque
tenho o desejo de fazer o que é bom,
mas não consigo realizá-lo.
19 Pois o que faço não é o bem que
desejo, mas o mal que não quero
fazer, esse eu continuo fazendo.
20 Ora, se faço o que não quero, já
não sou eu quem o faz, mas o
pecado que habita em mim.
17
Estudo e Reflexão Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
18
Orientações Crescimento para a maturidade espiritual
Romanos 7:13-20
Análise do conteúdo Paulo afirma que o que “produziu morte em mim não foi a Lei e sim o pecado”. Pois a Lei havia revelado o pecado que se utilizou até das boas leis de Deus para seus próprios fins perversos. O apóstolo faz, então, uma exposição mais extensa da experiência pessoal sobre a sua incapacidade de fazer o que é bom. Apesar da convicção de Paulo na justiça da Lei de Deus, confessa que devido à sua natureza pecaminosa, não conseguia obedecer a Deus. Estudo e Reflexão 1.Por que Paulo afirma no v.14 que foi “vendido como escravo ao pecado”? - Sem compreender a Lei de Deus, o povo judeu se esforçava no cumprimento da Lei, querendo estabelecer a sua própria justiça. Paulo era um fiel cumpridor da Lei, mas, ao conscientizar-se de que a Lei é espiritual (v.14), percebeu que ainda era um escravo do pecado. Por ser a Lei santa, justa e boa (v.12), não somente revelamos a natureza pecaminosa da carne, mas também criamos uma viva consciência do pecado. 2. Por qual motivo Paulo faz a seguinte afirmação no v.18: “Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.”? - Porque ele se avaliou com honestidade e se viu entre a lei do pecado e a lei do Espírito. Da mesma forma como havia dito em carta aos Gálatas 5:16-17 que o segredo de não cumprir os desejos da carne é andar no Espírito, o apóstolo também o diz em outras palavras aos crentes de Roma, guerreando agora contra a lei da
sua mente. No entanto, observando Paulo superar este sofrimento e angústia, compreendemos que não é pela submissão às Leis que nós crescemos na santidade, mas pela submissão ao Espírito Santo. Percepção Recentemente, durante o processo de escolha para uma nova capacitação, lembrei-me das orações sem respostas e isso me angustiou. Embora a escolha tenha sido feita buscando crescimento espiritual, analiso se não me deixei levar pelas circunstâncias. Além do mais, fui dominado por uma profunda mágoa pelas orações não atendidas. Enquanto o meu coração estava sendo invadido por estes três pensamentos, o desabafo de Paulo veio a mim como consolo. Ultimamente, anseio por respostas às minhas orações, não para superar dificuldades, mas para crescer espiritualmente e vencer a batalha contra meus próprios pensamentos. Para que, ao enfrentar conflitos mais adiante eu possa declarar como Paulo: “graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (v.25), devo apresentar um Espírito plenamente grato a Deus. Do mesmo modo, sinto necessidade de uma autoanálise baseada nos princípios do Evangelho. Irei reavaliar o nível da minha fé e o meu crescimento para atingir a maturidade espiritual, “retendo o que é bom” e “prosseguindo para o alvo”. Decisão e aplicação 1. Para que nesse período eu permaneça ainda mais focado na Palavra, farei um breve resumo do devocional noturno diário. 2. Neste domingo, anotarei tudo que tenho para agradecer a Deus, apresentando-me com coração agradecido em todas as orações.
19
Análise do conteúdo
Percepção
1.O que Paulo afirma habitar em
nós? (vs.17, 20)
2.Apesar de querermos fazer o
que é bom, o que continuamos
praticando? (vs.15, 19)
4.O que você sente ao ver que,
assim como nós, Paulo também
relata angústias que experimentou
por causa da sua natureza
pecaminosa?
Estudo e reflexão
3. Por que caímos em pecados
que detestamos, mesmo
renovando constantemente nossa
entrega a Cristo?
Decisão e aplicação
5.Em que âmbito você
equivocadamente confia nas suas
próprias forças para alcançar a
vitória sobre o pecado?
Sendo incapaz de fazer o bem, o
que você deve reconhecer para que
Espírito Santo o ajude na sua
fraqueza?
Anotação
20
“Fui vendido” (v.14): conjugado no pretérito perfeito simples, refere-se à condição
dos cristãos sujeitos ao pecado sob extrema opressão espiritual.
Embora nascido de novo, a imagem de Paulo, que permanece lutando
contra sua natureza pecaminosa, retrata a nossa própria imagem. Como
cristãos conscientes da espiritualidade da Lei, enquanto habitarmos na
carne, somos passíveis de pecar a qualquer momento. Paulo lamenta o
conflito que existe entre a natureza espiritual da Lei e sua própria natureza
carnal, dizendo: “Tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo
realizá-lo” (v.18). Até mesmo o grande apóstolo Paulo travava uma luta
constante contra o seu pecado e isso nos mostra que a luta é real e que
saber lidar com esta batalha será o nosso grande desafio. O rei Davi, que
rendeu incontáveis e belos poemas de louvor a Deus, caiu tragicamente
por causa do pecado. Ainda hoje, o pecado anda ao redor de nós como
um leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. Porventura, você
confia na sua própria força para vencer o pecado, seja qual for a situação?
Ao reconhecer plenamente que o pecado é mais forte do que você, e que
é incapaz de fazer o que é bom pelas suas próprias forças, você pode
finalmente obter a ajuda do Espírito Santo. O que é necessário para você
viver sob a graça de Deus?
ORAÇÃO Faça com que eu confesse, através da minha
vida, a fraqueza da carne e a força do Espírito
que vive em mim.
Anotação
21
05 Uma pessoa no cruzamento entre o bem e o mal
ter Romanos 7:21-25
21 Assim, encontro esta lei que
atua em mim: Quando quero fazer o
bem, o mal está junto a mim.
22 No íntimo do meu ser tenho
prazer na Lei de Deus;
23 mas vejo outra lei atuando nos
membros do meu corpo,
guerreando contra a lei da minha
mente,tornando-me prisioneiro da
lei do pecado que atua em meus
membros.
24 Miserável homem que eu sou!
Quem me libertará do corpo sujeito a
esta morte?
25 Graças a Deus por Jesus Cristo,
nosso Senhor! De modo que, com a
mente, eu próprio sou escravo da Lei
de Deus; mas, com a carne, da lei do
pecado.
22
Análise do conteúdo
Percepção
1.Qual é a lei que o apóstolo
Paulo achou sobre o bem e o
mal? (vs.21-23,25)
2. Como foi a lamentação de
Paulo devido ao pecado que está
nos seus membros? (v.24)
4.O que você sente ao ver as
tentações do pecado se
aproximando incessantemente, até
mesmo a um grande apóstolo como
Paulo?
Estudo e reflexão
3.Qual é o motivo de
agradecimento a Deus por Jesus
Cristo mesmo nas batalhas entre
o bem e o mal?
Decisão e aplicação
5.Como está afetando a sua vida o
fato de que somente Jesus Cristo
pode salvá-lo da influência do
pecado? O que você pode fazer hoje
para seguir a lei de Deus na
bifurcação do caminho onde o bem e
o mal batalham? Anotação
23
“Lei de Deus” (v.22): a lei mosaica.
Cristão significa uma pessoa que segue Jesus Cristo. Cristãos vivem
neste mundo, porém, pertencem ao Reino do céu e não a este mundo.
Portanto, cristãos têm prazer na lei de Deus e querem praticar o bem, mas
enfrentam constantemente as tentações da lei do pecado ao redor que
querem derrubá-los (vs.21-23). Por que será que há diferença entre o que
queremos no nosso interior e o que aparece em nossas vidas na prática?
Até Paulo lamenta, angustiando-se por causa desse problema (v.24).
Porém, Paulo não permaneceu no estado de frustração, decepcionado
com si próprio, que não é perfeito. Pelo contrário, ele é ciente de que não
há como salvar-se por suas ações ou bondade e agradece por ter sido
salvo pela fé através de Jesus Cristo (v.25). No final, só há um único
caminho para a vitória na luta contra o pecado nesse mundo, que é confiar
em Jesus Cristo, na graça daquela cruz. Desejamos que você lute com o
nome do senhor Jesus Cristo contra o pecado e que se torne vitorioso,
vivendo, assim, mais um dia de vitória.
ORAÇÃO Faça com que não nos submetamos ao
pecado, mas que possamos lutar contra ele e
conquistar a vitória.
Anotação
24
06 A lei do Espírito de vida, Jesus Cristo
qua Romanos 8:1-4
1 Portanto, agora já não há
condenação para os que estão em
Cristo Jesus,
2 porque por meio de Cristo Jesus a
lei do Espírito de vida me libertou
da lei do pecado e da morte.
3 Porque, aquilo que a Lei fora
incapaz de fazer por estar
enfraquecida pela carne, Deus o fez,
enviando seu próprio Filho, à
semelhança do homem pecador,
como oferta pelo pecado. E assim
condenou o pecado na carne,
4 a fim de que as justas exigências
da Lei fossem plenamente satisfeitas
em nós, que não vivemos segundo a
carne, mas segundo o Espírito.
25
Análise do conteúdo
Percepção
1.O que nos livra da lei do pecado
e da morte? (v.2)
2. O que Deus fez para realizar a
nossa salvação? (vs.3-4)
4. O que você sente ao ver o amor
de Deus, que enviou o seu filho
inocente para salvar os pecadores?
Estudo e reflexão
3.Por que a nossa salvação
acontece somente em Jesus
Cristo, e não na lei?
Decisão e aplicação
5.Que prova poderia mostrar que
você está confiando na fé em Jesus
e não nas práticas da lei? O que
você poderia fazer hoje para
solidificar a fé em Jesus? Anotação
26
“Condenou o pecado na carne” (v.3): Deus condenou o pecado na carne de Cristo.
Gl 5:17: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito. Eles estão em conflito
um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.”
No final do capítulo 7, Paulo confessou gratidão a Deus e agora ele
declara que não há nenhuma condenação para os que estão em Jesus
Cristo (v.1), porque a lei do Espírito de vida em Jesus já nos livrou da lei
do pecado e da morte. A Lei apenas nos torna conscientes do nosso
pecado (Rm 3:20). Baseando-se na obediência à Lei, haverá punições,
porém, por meio da graça e do amor da cruz de Jesus Cristo, podemos ser
livres. Por isso, nós devemos ser capazes de afirmar que não somos mais
os que seguem o espírito do pecado, mas que seguem o Espírito de
Jesus. Como você foi crucificado com Cristo, viveu com Ele, e agora está
com Ele (Gl 2:20). Além disso, não desejamos o que é da carne quando
agimos guiados pelo Espírito (vide Gl 5:17). Isso não significa que você se
tornou mais ético do que antes. Um verdadeiro cristão não confia no seu
próprio corpo, ele vive guiado pelo Espírito. O quanto você está seguindo
em obediência, o guiar do Espírito? Vamos refletir em quanto da nossa
vida no dia-a-dia estamos seguindo a condução do Espírito Santo.
ORAÇÃO Faça com que eu possa viver seguindo
somente Jesus Cristo, o Senhor da vida.
Anotação
27
07 Para os que estão em Cristo
qui Romanos 8:5-8
5 Quem vive segundo a carne tem a
mente voltada para o que a carne
deseja; mas quem vive de acordo
com o Espírito, tem a mente voltada
para o que o Espírito deseja.
6 A mentalidade da carne é
morte,mas a mentalidade do
Espírito é vida e paz;
7 a mentalidade da carne é inimiga
de Deus porque não se submete à
Lei de Deus, nem pode fazê-lo.
8 Quem é dominado pela carne não
pode agradar a Deus.
28
Análise do conteúdo
Percepção
1.Qual é a diferença entre aquele
que tem a mente voltada para a
carne e para o Espírito? (vs.5-6)
2.Por que aquele que é dominado
pela carne não pode agradar a
Deus? (v.7)
4.O que você percebe ao ver-se
caindo sempre no pecado?
Estudo e reflexão
3. Por que continuamos a viver
segundo a carne, mesmo que
tenhamos a mente voltada para o
que o Espírito deseja?
Decisão e aplicação
5.Que aspectos em você alegra a
Deus quando você vive como um
cristão em meio ao mundo?
O que você deve decidir em especial
para lutar contra o pecado,
agradando a Deus?
Anotação
29
“A mentalidade” (v.6): ele domina o centro de todo o intelecto, ele decide o
direcionamento do intelecto e do caráter; significa também a definição dos atos
detalhados.
Vivendo como cristãos, podemos observar que vivemos em meio a uma
constante luta entre o domínio da carne e do Espirito. Assim como é certo,
aquele que vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne
deseja, e quem vive segundo o Espirito, tem a mente voltada para o que o
Espirito deseja (v.5). Mas dentro de nós existe o mal quando queremos
fazer o bem (Rm 7:21-23). Essas coisas vão contra a vontade de Deus e
não O alegram. Além de tudo, nós não podemos vencer com as nossas
forças essas vontades da carne (v.7). Portanto, nós devemos nos apoiar
somente na graça e na ajuda de Deus. Somente aqueles que foram salvos
pelo Espírito podem se alegrar na lei de Deus e viver obedecendo-as.
Você vive dominado pela carne ou pelo Espírito? Sendo pessoas
dominadas pelo espirito, vivamos vitoriosos na luta contra o pecado, tendo
uma vida que agrada a Deus.
ORAÇÃO Faça com que eu possa viver uma vida
vitoriosa contra o domínio do pecado.
Anotação
30
08 O Espírito que salva
sex Romanos 8:9-11
9 Entretanto, vocês não estão sob o
domínio da carne, mas do Espírito,
se de fato o Espírito de Deus habita
em vocês. E, se alguém não tem o
Espírito de Cristo, não pertence a
Cristo.
10 Mas se Cristo está em vocês, o
corpo está morto por causa do
pecado, mas o espírito está vivo por
causa da justiça.
11 E, se o Espírito daquele que
ressuscitou Jesus dentre os mortos
habita em vocês, aquele que
ressuscitou a Cristo dentre os mortos
também dará vida a seus corpos
mortais, por meio do seu Espírito,
que habita em vocês.
31
Análise do conteúdo
Percepção
1.O que vive quando estamos dominados pelo Espírito de Deus? (vs.9-10)
2. Assim como salvou o seu
espírito, o que o Espírito de Deus
irá salvar? (v.11)
4. O que você sente pelo fato de que
o Espírito dará vida aos nossos
corpos mortais?
Estudo e reflexão
3. Qual o motivo pelo qual o
Espírito pode salvar os nossos
corpos mortais?
Decisão e aplicação
5. Quando e em que situação você
pode ter certeza de que o Espírito
habita em você? O que você precisa
colocar em prática para mudar o seu
espírito, que continua a viver no
domínio da carne? Anotação
32
Paulo comenta que a nossa salvação é possível quando o Espirito de
Deus habita em nós. O fato de estarmos dentro do Espirito significa
também que o Espírito habita em nós. E isso prova que pertencemos a
Cristo. O Espírito salva e isso remete a uma ideia de salvação. E essa
salvação não significa apenas uma salvação do espírito, mas a salvação
completa, que inclui até a carne. O pecado de Adão não chamou somente
a morte do Espírito, mas também a morte da carne. Portanto, para que a
salvação seja completa, deve acontecer não somente a salvação
espiritual, mas até o da carne. Quando o Espírito que ressuscitou Jesus
dentre os mortos habita em nós, nossos corpos são salvos. O que
devemos lembrar sempre é que no domínio da carne, o espírito e a carne
perecerão, mas no domínio do Espírito, o espírito e a carne viverão (vs.10-
11). Você está suscetível à vontade do Espírito que salva? Vamos orar
para que possamos realizar hoje a verdadeira salvação através do Espírito
de Deus.
ORAÇÃO Faz-me habitar não no domínio da carne, mas
do Espírito.
Anotação
33
09 A gloriosa herança
sáb Romanos 8:12-17
12 Portanto, irmãos, estamos em
dívida, não para com a carne, para
vivermos sujeitos a ela.
13 Pois se vocês viverem de acordo
com a carne, morrerão; mas, se
pelo Espírito fizerem morrer os atos
do corpo, viverão,
14 porque todos os que são
guiados pelo Espírito de Deus são
filhos de Deus.
15 Pois vocês não receberam um
espírito que os escravize para
novamente temerem, mas receberam
o Espírito que os torna filhos por
adoção, por meio do qual clamamos:
“Aba, Pai”.
16 O próprio Espírito testemunha ao
nosso espírito que somos filhos de
Deus.
17 Se somos filhos, então somos
herdeiros; herdeiros de Deus e co-
herdeiros com Cristo, se de fato
participamos dos seus sofrimentos,
para que também participemos da
sua glória.
34
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem pode provar que somos
filhos de Deus? (vs.14-16)
2.O que você deve receber como
herdeiro e co-herdeiro com
Cristo? (v.17)
4. O que você sente tendo em vista
o fato de que devemos participar do
sofrimento de Cristo?
Estudo e reflexão
3. Por que os filhos de Deus
devem ser guiados pelo Espírito
de Deus?
Decisão e aplicação
5.O que você está sofrendo por
causa da glória de Cristo?
Que postura você deve corrigir como
filho de Deus? O que você pode
colocar em prática como filho de
Deus, superando o sofrimento?
Anotação
35
“Dívida” (v.12): significa a dívida que temos com o “Espírito de Deus” que habita
em nós.
“Clamamos” (v.15): expressa a grande emoção que sentimos ao nos tornarmos
filhos de Deus.
Paulo deseja que, como filhos de Deus, nós vivamos em desacordo com a
carne e de acordo com o Espírito, fazendo morrer os atos do corpo (vs.12-
13). Aqueles que vivem guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus
(v.14). Nós somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Qualquer
que não esteja com Jesus Cristo não pode tornar-se herdeiro de Deus,
portanto, nós que somos co-herdeiros com Cristo, participamos da sua
glória, mas participamos também dos seus sofrimentos (v.17). Isso pode
ser comparado com os filhos que são herdeiros da fortuna dos pais e que
podem herdar também até a dívida deles. O sofrimento de Cristo que
participamos é diferente da dívida que recebemos dos pais. Ela é gloriosa,
e um orgulho e alegria para o cristão. O sofrimento de Cristo não terminou:
Jesus continua sofrendo junto de nós através da igreja, que é o seu corpo.
Você é um verdadeiro herdeiro que participa não somente da glória, mas
do sofrimento de Cristo?
ORAÇÃO Faça com que eu possa viver no domínio do
Espírito e não do pecado.
Anotação
36
10 Mentalidade da carne vs. mentalidade do Espírito
dom Culto no Lar – Romanos 8:1-8
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
1 Portanto, agora já não há
condenação para os que estão em
Cristo Jesus,
2 porque por meio de Cristo Jesus
a lei do Espírito de vida me libertou
da lei do pecado e da morte.
3 Porque, aquilo que a Lei fora
incapaz de fazer por estar
enfraquecida pela carne, Deus o
fez, enviando seu próprio Filho, à
semelhança do homem pecador,
como oferta pelo pecado. E assim
condenou o pecado na carne,
4 a fim de que as justas exigências
da Lei fossem plenamente
satisfeitas em nós, que não
vivemos segundo a carne, mas
segundo o Espírito.
5 Quem vive segundo a carne tem a
mente voltada para o que a carne
deseja; mas quem vive de acordo
com o Espírito, tem a mente voltada
para o que o Espírito deseja.
6 A mentalidade da carne é morte,
mas a mentalidade do Espírito é
vida e paz;
7 a mentalidade da carne é inimiga
de Deus porque não se submete à
Lei de Deus, nem pode fazê-lo.
8 Quem é dominado pela carne não
pode agradar a Deus.
37
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
A palavra de hoje nos traz o
ensinamento claro sobre a vida
santificada que foi transformada por
meio de Jesus Cristo. Paulo diz que
nós, mesmo estando sob o domínio
da lei do pecado que nos traz
insegurança, afirma não haver mais
condenação para os que estão em
Jesus Cristo (v.1) porque, por meio
de Cristo Jesus, a lei do Espírito de
Vida nos liberta do pecado e da
morte (v.2). A força motriz que
possibilita isso, Deus, mandou
ninguém menos que seu filho
unigênito à Terra, Jesus Cristo,
para carregar os pecados, a fim de
que as justas exigências da Lei
fossem plenamente satisfeitas em
nós (v.4). Isso representa que todos
os nossos pecados foram expiados
pela morte de Cristo.
Dando continuidade, Paulo fala que,
para estarmos na graça da expiação,
é necessário que não vivamos
segundo a carne e sim, segundo o
Espírito. Viver segundo o Espírito
significa que devemos nos entregar
totalmente à condução do Espirito
Santo. A importância disso é que a
mentalidade da carne é morte e a
mentalidade do Espírito é vida e paz
(v.6). E também, a mentalidade da
carne é inimiga de Deus (v.7). Quem
é dominado pela carne não pode
agradar a Deus (v.8). Em sua vida,
você tem seguido a mentalidade da
carne ou tem dado frutos
perseguindo a mentalidade do
Espírito? Esperamos que, com base
na palavra de hoje, possamos refletir
e analisar mais uma vez sobre as
nossas vidas.
38
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2.O que você sente diante da palavra dos versículos 6 e 7, que diz que a
mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e
paz?
3. Vamos procurar e ler Gálatas 5:19-23. Compartilhe como devemos
viver sob a condução do Espírito e quais as decisões necessárias a
serem tomadas.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos
Faça com eu seja um verdadeiro discípulo de Jesus, que não vive
segundo a mentalidade da carne e, sim, sob a condução do Espírito.
39
11 A glória dos santos
seg Romanos 8:18-25
18 Considero que os nossos
sofrimentos atuais não podem ser
comparados com a glória que em
nós será revelada.
19 A natureza criada aguarda, com
grande expectativa, que os filhos de
Deus sejam revelados.
20 Pois ela foi submetida à
inutilidade, não pela sua própria
escolha, mas por causa da vontade
daquele que a sujeitou, na
esperança
21 de que a própria natureza criada
será libertada da escravidão da
decadência em que se encontra,
recebendo a gloriosa liberdade dos
filhos de Deus.
22 Sabemos que toda a natureza
criada geme até agora, como em
dores de parto.
23 E não só isso, mas nós mesmos,
que temos os primeiros frutos do
Espírito, gememos interiormente,
esperando ansiosamente nossa
adoção como filhos, a redenção do
nosso corpo.
24 Pois nessa esperança fomos
salvos. Mas, esperança que se vê
não é esperança. Quem espera por
aquilo que está vendo?
25 Mas se esperamos o que ainda
não vemos, aguardamo-lo
pacientemente.
40
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
41
Orientações A glória que os filhos de Deus verão em meio ao sofrimento Romanos 8:18-25
Análise do conteúdo Nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória vindoura. Toda a criação, juntamente conosco, aguarda, com expectativa, ser libertada da escravidão da decadência em que se encontra, desejando receber a gloriosa liberdade dos filhos de Deus e aguardando em meio a gemidos de dor. Ela espera o dia glorioso com a esperança daquilo que ainda não se vê. Estudo e Reflexão 1.Qual é o motivo pelo qual não podemos comparar o sofrimento atual com a glória vindoura? (v.18) -Uma vida unida a Jesus é uma vida que junta sofrimento e glória. Jesus passou por sofrimentos devido ao evangelho. Por essa razão, nós, para vivermos de acordo com a vontade do Senhor, participamos do sofrimento de Cristo, porém não temos como comparar o que Deus nos promete, que é algo perfeito e eterno, a esse sofrimento. 2. Por que devemos aguardar pacientemente quando esperamos por algo que não vemos? (v.25) - Como Paulo afirmou, esperança é quando aguardamos por algo que ainda não se vê. Mas, quando esperamos por algo, sempre nos é necessário suportar a espera. Se sofremos por causa de Cristo e perseveramos, com ele também reinaremos (2 Tm 2:11-12). É uma promessa de Deus que não se vê, mas é uma imensa promessa. O que se vê é transitório. O que não se vê, é eterno (2 Co 4:18). A criação geme como em dores de parto e essas dores são dores que
representam a espera por um novo reino. Percepção Durante o meu treinamento, tive que lidar com familiares que não o aceitavam, e isso me trouxe sofrimento. Como filhos de Deus e vivendo nesse mundo, muitas vezes temos que pagar o preço. E toda vez que pagamos esse preço, em meu coração, sempre há algo que quer repelir esse sofrimento, mesmo lembrando que somos herdeiros de Deus e receberemos a sua benção. Mais do que focar na glória vindoura, foco mais no meu atual sofrimento e na vontade de resolver rapidamente esses problemas, o que acaba escondendo a alegria de aguardar em esperança. Mesmo em meio ao meu sofrimento, se olhar com fé para a glória vindoura de Deus e a glória da ressureição, tenho como suportar o sofrimento e descobrir que posso ter alegria nessa esperança. Tenho fé de que Cristo, que me acompanha, me dará força e sabedoria para vencer e, por fim, ter frutos de vitória. Decisão e aplicação 1. Quando eu estiver em treinamento nesta semana, pode ser que familiares me olhem com reprovação, mas, em resposta, apresentarei otimismo, demonstrando meu amor. 2. Sempre que começa algo novo e enfrenta dificuldades, meu irmão caçula reclama bastante a Deus e ele sofre de hérnia de disco. Espero que passe bem durante seu tratamento e que suas reclamações se transformem em louvores. Anotarei os dias em que ele for ao hospital e estarei em oração.
42
Análise do conteúdo
Percepção
1.O que sofre juntamente com os
filhos de Deus? (vs.19-22)
2.Até quando os santos deverão
gemer interiormente? (v.23)
4.O que você sente sabendo que a
criação aguarda a esperança da
liberdade?
Estudo e reflexão
3.Qual é o motivo pelo qual não
podemos comparar o sofrimento
atual com a glória vindoura?
Decisão e aplicação
5.O que você tem aguardado
pacientemente, esperando pela
glória vindoura? Quais são os
esforços que tem feito na prática
para realizar a esperança que não
se vê? Anotação
43
“Considero” (v.18): não é um mero pensamento, mas representa algo que se
baseou em um julgamento profundo.
“Os primeiros frutos do Espírito” (v.23): é o primeiro presente do Espírito, significa
o batismo pelo Espírito Santo.
Sem a cruz, não há coroa. Paulo afirma que os nossos sofrimentos atuais,
que são temporários, não podem ser comparados com a glória da vida
eterna que os santos receberão (v.18). Não somente isso, mas até a
criação, no dia da salvação através da vinda de Jesus, aguarda ser
restaurada (vs.19-22). Assim, os santos que estão espiritualmente
acordados, lamentando a falta de completude espiritual, aguarda a plena
redenção de seus corpos. Paulo afirma que a esperança que se vê não é
esperança, que a esperança dos santos não está focada no mundo que
enxergamos, mas somente deverá estar alinhada com a glória divina (vs.
23-24). A glória de Deus não se satisfaz com o mundo atual, mas aponta
para o reino vindouro, que é dada aos santos que, juntamente com Jesus
e por causa do evangelho, superam todo o sofrimento. Posso suportar o
sofrimento juntamente com os santos, buscando a glória? Não se apoie
naquilo que se vê, mas deseje e prossiga em busca da esperança que não
se vê para gozar da glória.
ORAÇÃO Dê-me fé para suportar as dificuldades,
estando alerta espiritualmente.
Anotação
44
12 Ajuda e condução do Espírito Santo
ter Romanos 8:26-30
26 Da mesma forma o Espírito nos
ajuda em nossa fraqueza, pois não
sabemos como orar, mas o próprio
Espírito intercede por nós com
gemidos inexprimíveis.
27 E aquele que sonda os corações
conhece a intenção do Espírito,
porque o Espírito intercede pelos
santos de acordo com a vontade de
Deus.
28 Sabemos que Deus age em
todas as coisas para o bem
daqueles que o amam, dos que
foram chamados de acordo com o
seu propósito.
29 Pois aqueles que de antemão
conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.
30 E aos que predestinou, também
chamou; aos que chamou, também
justificou; aos que justificou, também
glorificou.
45
Análise do conteúdo
Percepção
1.O que Paulo fala sobre a ação
do Espírito? (v.26)
2. O que é que Deus, aquele que
sonda o nosso coração, sabe, e o
que nós sabemos? (vs.27-28)
4. O que você sente ao saber que
dentro do plano de salvação de
Deus, o Espírito intercede por nós?
Estudo e reflexão
3. Qual seria o motivo maior para
o Espírito nos ajudar? (vs.29-30)
Decisão e aplicação
5.Qual parte da sua vida em que
precisa, de forma urgente, da ajuda
do Espírito? O que, com fé, quer
colocar em prática hoje, confiando
no Espírito que o ajuda? Anotação
46
Paulo não diz que as nossas fraquezas serão imediatamente apagadas
quando formos transformados pelo Espírito. Mesmo com a presença do
Espírito dentro de nós, Deus nos ajuda deixando as fraquezas do jeito que
estão (v.26). Através disso, Deus faz com que busquemos continuamente
a ajuda do Espírito. Primeiro, o Espírito nos ajuda nas orações. Quando
não sabemos sobre o que orar ou como orar, o Espírito, sabendo das
nossas fraquezas, nos ajuda (vs.26-27). Segundo, o Espírito nos ajuda
nas fraquezas de nossas vidas, por isso Deus age em todas as coisas
para o bem daqueles que o amam (v.28). Deus nos predestinou, nos
chamou e também nos justificou para que, em Cristo, pudesse nos
glorificar (v.30). Portanto, não somente devemos entender a vontade de
Deus, mas perceber as nossas fraquezas e buscar mais ainda o Espírito.
Quando isso acontecer, o plano de Deus se realizará com a ajuda do
Santo Espírito para fazer o bem.
ORAÇÃO Faça com que eu possa confiar no Espírito,
percebendo que nada posso fazer sem a Sua
ajuda.
Anotação
47
13 O amor que nos faz mais que vencedores
qua Romanos 8:31-39
31 Que diremos, pois, diante
dessas coisas? Se Deus é por nós,
quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou seu
próprio Filho, mas o entregou por
todos nós, como não nos dará
juntamente com ele, e de graça,
todas as coisas?
33 Quem fará alguma acusação
contra os escolhidos de Deus? É
Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? Foi Cristo
Jesus que morreu; e mais, que
ressuscitou e está à direita de
Deus, e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de
Cristo? Será tribulação, ou
angústia, ou perseguição, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: “Por amor de ti
enfrentamos a morte todos os dias;
somos considerados como ovelhas
destinadas ao matadouro”.
37 Mas, em todas estas coisas
somos mais que vencedores, por
meio daquele que nos amou.
38 Pois estou convencido de que
nem morte nem vida, nem anjos nem
demônios, nem o presente nem o
futuro, nem quaisquer poderes,
39 nem altura nem profundidade,
nem qualquer outra coisa na criação
será capaz de nos separar do amor
de Deus que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor.
48
Análise do conteúdo
Percepção
1.Quais são as coisas que o
mundo não consegue fazer com
os cristãos? (vs.31, 33-35)
2.Por qual motivo ninguém
consegue ficar contra nós, acusar
ou vencer-nos? (vs.31, 33, 37, 39)
4.O que se sente sabendo que
apenas por meio do amor de Deus
podemos mais do que vencer o
mundo?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo nos enfatiza
repetidamente que ninguém pode
ir contra nós, nos acusar ou
separar-nos do amor de Cristo?
Decisão e aplicação
5. Quais são as coisas que fazem
você duvidar do amor de Deus ou
causam medo? O que pode ser feito
para mudar a sua atitude em relação
ao medo? Anotação
49
“Separará” (v.35): mostra a estabilidade da união entre os santos e Deus.
Podemos interpretar de forma mais concreta as palavras de hoje se
separarmos os versículos que usam “nós” (v.31-32,3 7) e “quem” (v.33-
35). Os versículos que usam “quem” retrucam com as perguntas como
“será contra nós?”, “fará alguma acusação?”, “nos separará do amor de
Cristo”, enfatizando que nada pode acontecer conforme o desejo dessas
pessoas. Como Deus está conosco, nos escolheu, nos justificou e nos
amou, ninguém pode fazer algo de ruim contra nós. E “nós” não podemos
dizer algo a respeito dessa graça (v.31). Deus, que nos deu o seu próprio
Filho, ainda nos guia dentro do Espírito Santo junto ao seu Filho. Uma
graça indescritível (v.32). Além disso, aqueles que acreditam neste amor
podem mais do que vencer em todas as coisas por causa Dele (v.37).
Como nada pode nos separar do amor de Deus, ficamos emocionados.
Nós devemos viver declarando a vitória sobre o mundo, com o amor de
Deus e com a ajuda do Espírito Santo.
ORAÇÃO Faça com que eu tenha uma fé corajosa com a
gratidão sobre o seu amor e a confiança na
vitória.
Anotação
50
14 Um desejo angustiante
qui Romanos 9:1-5
1 Digo a verdade em Cristo, não
minto; minha consciência o
confirma no Espírito Santo:
2 tenho grande tristeza e constante
angústia em meu coração.
3 Pois eu até desejaria ser
amaldiçoado e separado de Cristo
por amor de meus irmãos, os de
minha raça,
4 o povo de Israel. Deles é a adoção
de filhos; deles é a glória divina, as
alianças, a concessão da Lei, a
adoração no templo e as promessas.
5 Deles são os patriarcas, e a partir
deles se traça a linhagem humana de
Cristo, que é Deus acima de todos,
bendito para sempre! Amém.
51
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual é o sentimento de Paulo
em relação ao seu povo? (vs.1-3)
2.Qual é o conteúdo da promessa
de Deus com o povo de Israel?
(v.4)
4. O que você sente vendo o
sentimento de Paulo em relação aos
seus irmãos e ao seu povo?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo sente angústia
em relação ao povo de Israel?
Decisão e aplicação
5. Qual é o sentimento e a sua
atitude em relação às pessoas a
serem evangelizadas? O que pode
ser feito para você tratá-los como
Paulo? Anotação
52
“Desejaria” (v.3): significa orar eternamente com força.
Depois de mostrar que a salvação pode ser obtida apenas pela fé em
Cristo, Paulo começa a discutir o que acontecerá com os judeus, que se
consideravam o povo de Deus. Paulo foi perseguido pelos judeus, mas
não tinha ódio contra eles, nem os amaldiçoou. Muito pelo contrário, ele se
mostra preocupado com a hostilidade deles com Cristo. Essa preocupação
era tanta que ele estava disposto a trocar a sua própria vida para salvá-los
(v.3). Como ele sabia que Deus tinha escolhido o povo de Israel para fazer
a aliança e que por meio deles Jesus veio a esta terra, a preocupação dele
era realmente grande (vs.4-5). Mesmo Paulo, que foi um apóstolo que
focou na evangelização dos outros povos, desejava que o povo de Israel
também acreditasse em Jesus e esse desejo tinha se transformado numa
preocupação e sofrimento enorme. Esse sentimento não é apenas de
Paulo, porém de Deus (vs.1-2). Precisamos verificar se também temos
preocupação com os nossos familiares e os próximos que estão fora da
salvação.
ORAÇÃO Faça-me uma pessoa que transmite as boas
novas em qualquer situação.
Anotação
53
15 Quem são os verdadeiros filhos de Abraão
sex Romanos 9:6-13
6 Não pensemos que a palavra de
Deus falhou. Pois nem todos os
descendentes de Israel são Israel.
7 Nem por serem descendentes de
Abraão passaram todos a ser filhos
de Abraão. Ao contrário: “Por meio
de Isaque a sua descendência será
considerada”.
8 Noutras palavras, não são os
filhos naturais que são filhos de
Deus, mas os filhos da promessa é
que são considerados
descendência de Abraão.
9 Pois foi assim que a promessa foi
feita: “No tempo devido virei
novamente, e Sara terá um filho”.
10 E esse não foi o único caso;
também os filhos de Rebeca tiveram
um mesmo pai, nosso pai Isaque.
11 Todavia, antes que os gêmeos
nascessem ou fizessem qualquer
coisa boa ou má — a fim de que o
propósito de Deus conforme a
eleição permanecesse,
12 não por obras, mas por aquele
que chama — foi dito a ela: “O mais
velho servirá ao mais novo”.
13 Como está escrito: “Amei Jacó,
mas rejeitei Esaú”.
54
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem são os verdadeiros
descendentes de Abraão? (vs.7-8)
2. Qual é o acontecimento sobre
qual Deus disse e fez acontecer
antes de as pessoas nascerem?
(vs.10-13)
4. O que você sente com a
explicação de que não se pode ser
considerado verdadeiro descendente
de Abraão por ser da sua linhagem
ou por viver na cultura judaica?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo conta sobre os
descendentes de Abraão no meio
da explicação sobre a salvação?
Decisão e aplicação
5. Com base em quê você pode
afirmar que a sua fé é verdadeira, e
não aquela que vem da linhagem ou
da cultura? O que pode ser feito
para deixar essa afirmação mais
firme? Anotação
55
Durante a explicação sobre o motivo pelo qual o povo de Israel não foi
salvo, Paulo diz que ser da linhagem de Abraão não é suficiente para ser
salvo. Ismael também era filho de Abraão, mas apenas os descendentes
de Isaque foram considerados o povo da aliança porque Ismael não era
um filho que nasceu sob a promessa de Deus. Portanto, a condição da
salvação não é a linhagem, mas sim a palavra da promessa, ou seja,
aliança. Como apenas Deus decide quem será salvo, a decisão de quem é
salvo não pode depender de ser filho de alguém. Aplica-se o mesmo
raciocínio quando Deus disse sobre Jacó, que nem havia nascido. Esaú
também era filho de Isaque, sendo descendente de Abraão e, mais do que
isso, era irmão gêmeo do Isaque, mas foi excluído da aliança de Deus.
Não é um fato estranho e nem único os judeus da época de Paulo terem
sido excluídos da linhagem do povo da aliança por não crerem em Jesus.
Deus não vê a origem ou cultura de uma pessoa, mas o coração dela.
ORAÇÃO
Faça com que eu abandone a tolice de se
orgulhar da minha fé, baseando-me nas
condições humanas, e que eu tenha a
verdadeira fé.
Anotação
56
16 Deus é injusto?
sáb Romanos 9:14-18
14 E então, que diremos? Acaso
Deus é injusto? De maneira
nenhuma!
15 Pois ele diz a Moisés: “Terei
misericórdia de quem eu quiser ter
misericórdia e terei compaixão de
quem eu quiser ter compaixão”.
16 Portanto, isso não depende do
desejo ou do esforço humano, mas
da misericórdia de Deus.
17 Pois a Escritura diz ao faraó: “Eu
o levantei exatamente com este
propósito: mostrar em você o meu
poder, e para que o meu nome seja
proclamado em toda a terra”.
18 Portanto, Deus tem misericórdia
de quem ele quer, e endurece a
quem ele quer.
57
Análise do conteúdo
Percepção
1. De que depende o homem
para receber a misericórdia de
Deus? (vs.15-16 e 18)
2. Com que propósito Deus
levantou Faraó? (vs.17)
4. O que você sente vendo que
Deus escolhe as pessoas de forma
incondicional?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus, sendo
misericordioso com alguns e não
sendo com outros, não é injusto?
(vs.18; vide Gn 6:5; Rm 3:10-12,
23)
Decisão e aplicação
5. Você vive com essa gratidão de
ter sido salvo mesmo não sendo
merecedor da Sua graça?
Como você pode demonstrar essa
gratidão ao nosso Deus que nos
escolheu e salvou? Anotação
58
Gn 6:5: “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e
que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente
para o mal.”
Rm 3:10-12: “Como está escrito: „Não há nenhum justo, nem um sequer; não há
ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram,
tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um
sequer‟”
Rm 3:23: “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus.”
Paulo faz o uso das perguntas e respostas para explicar sobre a escolha
soberana de Deus: “E então que diremos? Acaso Deus é injusto? De
maneira nenhuma!”. Paulo usa as palavras de Moisés para demonstrar
que Deus não é injusto e, sim, misericordioso para salvar de forma
incondicional o ser humano. No versículo 18, quando fala que Deus
endurece a quem ele quer, não quer dizer que Faraó estava com coração
bom e Deus endureceu-o para não salvá-lo, mas Faraó já tinha coração
endurecido e assim ficou para receber o julgamento de Deus. Se Deus
não nos derramar da Sua graça e misericórdia, não há como transformar o
coração endurecido para salvação. A nós, que éramos de coração duro e
mal, nosso Deus derramou da Sua maravilhosa graça. Estamos vivendo
com gratidão, reconhecendo-O como nosso Deus maravilhoso? Vamos
agradecer pela graça divina nas nossas vidas.
ORAÇÃO Faça com que a minha oração seja de
agradecimento pela graça derramada na
minha pessoa, que é tão pecadora.
Anotação
59
17 Amor de Deus que enche o coração
dom Culto no Lar – Romanos 8:31-39
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
31 Que diremos, pois, diante
dessas coisas? Se Deus é por nós,
quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou seu
próprio Filho, mas o entregou por
todos nós, como não nos dará
juntamente com ele, e de graça,
todas as coisas?
33 Quem fará alguma acusação
contra os escolhidos de Deus? É
Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? Foi Cristo
Jesus que morreu; e mais, que
ressuscitou e está à direita de
Deus, e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de
Cristo? Será tribulação, ou
angústia, ou perseguição, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: “Por amor de
ti enfrentamos a morte todos os
dias; somos considerados como
ovelhas destinadas ao matadouro”.
37 Mas, em todas estas coisas
somos mais que vencedores, por
meio daquele que nos amou.
38 Pois estou convencido de que
nem morte nem vida, nem anjos
nem demônios, nem o presente nem
o futuro, nem quaisquer poderes,
39 nem altura nem profundidade,
nem qualquer outra coisa na criação
será capaz de nos separar do amor
de Deus que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor.
60
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Diante de situações desanimadoras
e tentações, o que pode nos
segurar é o amor de Deus. Na
passagem de hoje, Paulo louva,
com alegria e emoção esse amor
indescritível.
O amor de Deus foi demonstrado
quando Ele não poupou seu próprio
filho, que entregou a sua vida na
cruz (v.32). Deus pagou o preço do
nosso pecado através da cruz de
Jesus. Assim, Deus nos justificou
(v.33) e ninguém fará alguma
acusação contra nós (v.34).
Paulo fala com a certeza e com a
emoção: “Quem nos separará do
amor de Cristo? Será tribulação, ou
angústia, ou perseguição, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada?”
(v.35). Isso significa que nada mais
na nossa vida poderá nos separar do
Senhor. Mais adiante, Paulo afirma
que Deus garante a vitória sobre
qualquer dificuldade e sofrimento
(v.37). Como o nosso Senhor venceu
a morte, nós também podemos ter a
alegria dessa vitória.
Qual dificuldade ou problema está
fazendo você sofrer nesse
momento? Esperamos que sejamos
uma família que levanta novamente
com fé, segurando firmemente na
promessa que Paulo falou na
passagem de hoje.
61
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que sente ao meditar a palavra de que Cristo está à direita de Deus,
intercedendo por nós (v.34)?
3 Cada membro da família deve ler Romanos 8:38-39, e vamos dar as
mãos e orar pelos problemas e dificuldades da família.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Faça com que eu tenha certeza de que nada pode me separar do amor
de Deus, e que eu permaneça firme espiritualmente diante de qualquer
problema e dificuldade.
62
18 A escolha do oleiro
seg Romanos 9:19-24
19 Mas algum de vocês me dirá:
“Então, por que Deus ainda nos
culpa? Pois, quem resiste à sua
vontade?”
20 Mas quem é você, ó homem,
para questionar a Deus? “Acaso
aquilo que é formado pode dizer ao
que o formou: „Por que me fizeste
assim?‟”
21 O oleiro não tem direito de fazer
do mesmo barro um vaso para fins
nobres e outro para uso desonroso?
22 E se Deus, querendo mostrar a
sua ira e tornar conhecido o seu
poder, suportou com grande
paciência os vasos de sua ira,
preparados para a destruição?
23 Que dizer, se ele fez isto para
tornar conhecidas as riquezas de sua
glória aos vasos de sua misericórdia,
que preparou de antemão para
glória,
24 ou seja, a nós, a quem também
chamou, não apenas dentre os
judeus, mas também dentre os
gentios?
63
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
64
Orientações Toda soberania de Deus
Romanos 9:19-24
Análise do conteúdo
Paulo disserta sobre a ignorância
dos que se queixam da soberania
de Deus. Ele explica que o plano de
salvação de Deus acontece pela
Sua escolha soberana, fazendo
comparação à vontade do oleiro.
Deus deu oportunidade de
arrependimento e suportou com
paciência os vasos de Sua ira e
derramou a bênção da graça de
salvação aos vasos de Sua
misericórdia, que são os gentios.
Estudo e Reflexão
1. Por que Paulo usa a parábola do
oleiro?
- Paulo queria demonstrar que a
salvação ocorre somente pela
escolha soberana de Deus e o
destino dos homens (criatura) está
nas Suas mãos. A providência de
salvação de Deus estava planejado
desde gênesis para a toda
humanidade. Assim, o homem não
tem direito de discutir a justiça, a
liberdade e o direito do seu criador
(Ex 9:12). Paulo afirma que
devemos saber que a salvação vem
somente de Deus, que é nosso
oleiro, e que devemos servi-lo e
obedecer-lhe.
2. Por que Paulo usou a expressão
“vasos de sua misericórdia”?
- Paulo usou essa expressão para
se referir aos que receberam a
salvação, ao comparar Deus ao
oleiro. “Os vasos da sua ira”
referem-se aos que não se
arrependeram e “os vasos de sua
misericórdia” aos que Deus chamou,
porque isso independe de ser judeu
ou gentio.
Percepção
Choro de emoção quando penso na
graça da salvação e que fui aceito
como povo de Deus. Creio que Deus,
que é o oleiro, teve piedade de mim e
me fez vaso de sua misericórdia.
Depois do treinamento para o
ministério onde sirvo, fui chamado
para ser líder do grupo, mas tive
conflito entre o trabalho do meu
emprego e o trabalho da igreja. O
encontro do grupo da igreja, às
terças-feiras, coincidia com o
encontro regular do meu trabalho.
Tive medo e não tinha certeza,
porém, perguntei a mim mesmo: “Eu
não fui criado para servir e obedecer
ao soberano Deus?”. Assim, tive paz
ao obedecer como devedor do amor
infinito de Deus. Acredito que Deus
também se alegrou com a minha
decisão. Dou mais um passo para
frente, com fé de que Deus está no
controle de toda situação e
circunstância.
Decisão e aplicação
1. Devo orar antes de visitar as
pessoas do meu grupo durante a
semana, lembrando que Deus
confiou-as a mim.
2. Toda manhã, vou mandar
versículos bíblicos à minha irmã, que
confia a sorte da sua vida nas
cartomantes. Vou fazer com que ela
perceba que somente Deus tem
autoridade sobre nossas vidas.
65
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quais são as perguntas das
pessoas que não compreendem
as escolhas de Deus? Qual
resposta que Paulo dá a essas
perguntas? (vs.19-21)
2. Com qual objetivo Deus fez os
vasos de sua ira e os vasos de
sua misericórdia? E a quem Ele
se refere? (vs.22-24)
4. O que sente em relação a Deus,
que escolhe os que serão salvos
sem fazer distinção entre judeus e
gentios?
Estudo e reflexão
3. Por que as pessoas não
compreendem que Deus escolhe
soberanamente quem deve ser
salvo?
Decisão e aplicação
5. Como você reagiria a uma pessoa
que julga a fé dos outros pelos
elementos humanos, como linhagem
e cultura?
Quais são as áreas da sua vida que
deve mudar para viver e pensar
como aquele que recebeu a
misericórdia de Deus pela Sua
escolha soberana? Anotação
66
Paulo responde com a parábola do oleiro (vs.20-21) às pessoas que
questionavam a escolha soberana de Deus, do porquê de Deus
repreender o erro dos homens e de quem poderia resistir à Sua vontade.
Essa parábola diz que o vaso jamais pode reclamar do direito do oleiro de
fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso
desonroso. Para Deus, tanto os judeus como os gentios podem ser vasos
de sua ira como vasos de sua misericórdia. É um fato bastante complicado
de entender do ponto de vista humano, porém, o importante é que não são
separados os salvos e os não salvos pelo padrão de julgamento dos
homens. Todas as coisas estão sob a soberania de Deus, e Ele não tem
obrigação de salvar os homens. Apesar disso, Deus foi misericordioso e
salvou os homens que só poderiam ser julgados devido ao pecado. As
pessoas pensam equivocadamente que Deus é injusto, entretanto, Ele é
Deus de misericórdia. Você é uma pessoa que recebeu essa misericórdia.
Como você poderá viver como o vaso de misericórdia escolhido pela
vontade soberana de Deus?
ORAÇÃO Ajude-me a ter a vida digna de quem recebeu
a misericórdia sob a soberania de Deus.
Anotação
67
19 Mesmo com os ensinos dos profetas
ter Romanos 9:25-29
25 Como ele diz em Oséias:
“Chamarei „meu povo‟ a quem não
é meu povo; e chamarei „minha
amada‟ a quem não é minha
amada”,
26 e: “Acontecerá que, no mesmo
lugar em que se lhes declarou:
“Vocês não são meu povo”, eles
serão chamados „filhos do Deus
vivo‟”.
27 exclama com relação a Israel:
Embora o número dos israelitas
seja como a areia do mar, apenas o
remanescente será salvo.
28 Pois o Senhor executará na terra
a sua sentença, rápida e
definitivamente.
29 Como anteriormente disse Isaías:
“Se o Senhor dos Exércitos não nos
tivesse deixado descendentes, já
estaríamos como Sodoma, e
semelhantes a Gomorra”.
68
Análise do conteúdo
Percepção
1. A quais palavras Paulo faz
referência na passagem de hoje?
(vs.25-27, 29)
2. Qual era o plano de Deus aos
gentios e aos remanescentes em
Israel? (vs.25-27)
4. O que você sente ao ler que você,
sendo gentio e separado de Deus,
foi escolhido e recebeu a Sua
misericórdia?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus faz remanescer
descendentes tão pecadores
quanto os de Sodoma e
Gomorra? (vs.27-29)
Decisão e aplicação
5. O que mudou na sua vida por
receber a misericórdia e ser
escolhido por um Deus soberano? O
que você pode fazer para crer,
mostrar e agradecer a soberania e a
misericórdia que Deus tem por você
e seus próximos? Anotação
69
Através das palavras escritas por Oséias e Isaías, Paulo explica sobre a
soberania e a misericórdia de Deus. Quando transcreve as palavras de
Oséias, Paulo está proclamando sobre um Deus soberano que torna „seu
povo‟ o que „não é‟ e toma como „amada‟ aquela que „não é amada‟
unicamente pela Sua escolha (vs.25, 26). E, através das palavras de
Isaías, apresenta um Deus misericordioso que „salva o remanescente‟ e
„deixa descendentes‟, mesmo Israel estando em condições condenáveis
como Sodoma e Gomorra. (vs.27, 29). Assim, Paulo, busca apresentar um
Deus que, pela sua soberania e misericórdia, escolhe e salva gentios e
pecadores, mesmo não sendo merecedores. Ao aceitarmos a verdade dita
na passagem por Paulo, que através da soberania e misericórdia de Deus
recebemos o amor, a salvação e o privilégio de nos tornarmos filhos,
certamente teremos uma vida totalmente transformada. Como podemos
viver uma vida de gratidão, confessando e demonstrando a soberania de
Deus em nossas vidas e na vida de nossos próximos?
ORAÇÃO Faça com que eu possa glorificar e agradecer
ao Deus de misericórdia que guia e escolhe
um pecador não merecedor.
Anotação
70
20 Justiça que vem da fé
qua Romanos 9:30-33
30 Que diremos, então? Os gentios,
que não buscavam justiça, a
obtiveram, uma justiça que vem da
fé;
31 mas Israel, que buscava uma lei
que trouxesse justiça, não a
alcançou.
32 Por que não? Porque não a
buscava pela fé, mas como se fosse
por obras. Eles tropeçaram na “pedra
de tropeço”.
33 Como está escrito: “Eis que ponho
em Sião uma pedra de tropeço e
uma rocha que faz cair; e aquele que
nela confia jamais será
envergonhado”.
71
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem obteve a justiça e que
justiça foi essa? (v.30)
2. O que aconteceu com Israel,
que buscou a justiça pela lei?
(v.31)
4. O que você sente ao ver pessoas
que resistem e não conseguem
aceitar a justiça obtida pela fé na
cruz de Cristo?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus colocou a pedra
de tropeço e a rocha que faz cair?
(v.33; vide 1Co 1:18; 1Pe 2:9)
Decisão e aplicação
5. Em quais situações você se
esquece que somente a graça da
cruz de Cristo pode torná-lo justo? O
que você faz para eliminar o
pensamento de que deve fazer algo
para merecer a graça de Deus? Anotação
72
1Co1:18:“Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.” 1Pe 2:9:“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”
Paulo expõe a diferença entre a fé dos gentios e a fé de Israel através das
passagens: “os gentios, que não buscavam a justiça, a obtiveram, uma
justiça que vem da fé” (v.30); “mas Israel, que buscava uma lei que
trouxesse justiça, não o alcançou” (v.31). Essa diferença existe porque os
gentios obtiveram a „justiça que vem da fé‟, já Israel, ao invés de „apoiar-se
na fé, tropeçaram na pedra, apoiando-se no praticar da lei‟. Para a
natureza humana, a verdade de que a justiça é somente obtida pela fé, é
algo bastante desconfortável, pois o pecador redime os próprios pecados,
através de ações, e se orgulha disso. Por isso Deus coloca Jesus: a pedra
de tropeço e a rocha que faz cair e os põe em prova. Assim, a mensagem
da cruz de Cristo é loucura para os que estão perecendo, mas para os que
estão sendo salvos, é o poder de Deus; propagando, assim, a maravilhosa
graça. E você? Obtém a sua fé apoiando-se na fé em Cristo ou busca a
justiça obtida pela Lei, não conseguindo verdadeiramente ter a justiça?
ORAÇÃO
Pai, permita que eu viva e desfrute da
maravilhosa graça de obter a justiça pela fé, e
que a mensagem da cruz não seja pedra de
tropeço para mim.
Anotação
73
21 O fim da Lei
qui Romanos 10:1-8
1 Irmãos, o desejo do meu coração
e a minha oração a Deus pelos
israelitas é que eles sejam salvos.
2 Posso testemunhar que eles têm
zelo por Deus, mas o seu zelo não
se baseia no conhecimento.
3 Porquanto, ignorando a justiça
que vem de Deus e procurando
estabelecer a sua própria, não se
submeteram à justiça de Deus.
4 Porque o fim da Lei é Cristo, para
a justificação de todo o que crê.
5 Moisés descreve desta forma a
justiça que vem da Lei: “O homem
que fizer estas coisas viverá por meio
delas”.
6 Mas a justiça que vem da fé diz:
Não diga em seu coração: “Quem
subirá aos céus?” (isto é, para fazer
Cristo descer)
7 ou “Quem descerá ao abismo?”
(isto é, para fazer Cristo subir dentre
os mortos).
8 Mas o que ela diz? “A palavra está
perto de você; está em sua boca e
em seu coração”, isto é, a palavra da
fé que estamos proclamando:
74
Análise do conteúdo
Percepção
1. Do ponto de vista de Paulo, em
que situação se encontra Israel?
(vs.1-3)
2. Quem Paulo está propagando?
Sobre o que Paulo está
propagando? (vs.4, 6, 8)
4. Como você se sente ao ver os
judeus, que tiveram o tamanho zelo
pela lei e religiosidade, porém não
alcançaram a salvação por não
seguirem o conhecimento correto da
justiça de Deus?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo diz que Cristo é
o fim da Lei? (vs.4-5)
Decisão e aplicação
5. Se existe em você e nos seus
próximos zelo, conhecimento e
justiça de Israel que devem ser
abandonados, o que seriam? O que
você pode fazer para se libertar da
religiosidade? Anotação
75
“Fim da Lei” (v.4): significa o „alvo‟ ou „auge‟ que a Lei tem.
Gl 3:7-14:“Estejam certos, portanto, de que os que são da fé, estes é que são
filhos de Abraão. Prevendo a Escritura que Deus justificaria os gentios pela fé,
anunciou primeiro as boas novas a Abraão: „Por meio de você todas as nações
serão abençoadas‟.”
Paulo define o zelo do povo de Israel da seguinte forma: „não se baseia no
conhecimento‟ e „ignorando a justiça que vem de Deus e procurando
estabelecer a sua própria‟ (vide Gl 3:7-14). Por isso, Paulo proclama a
justiça obtida em Cristo e na fé depositada Nele. Ou seja, Paulo está
dizendo que Cristo é o fim da Lei. Pois Cristo é o único que teve uma vida
perfeita e, com a morte na cruz, cumpriu a justiça da Lei, alcançando
assim o „alvo‟, o „auge‟ da Lei. Dessa forma, assim como Moisés havia
dito, não é necessário alguém subir aos céus para ter a verdade ou descer
ao abismo para ter a salvação (vs.6,7). Quais tipos de religiosidade e zelo
você tem tomado? Você está se submetendo à justiça de Deus? Ou, até
mesmo, está esperando por alguma outra verdade ou outra forma para ter
a salvação? Observe se há em você alguma religiosidade que deve ser
deixada ou ser aceita.
ORAÇÃO
Deus, permita que eu tenha fé e discernimento
para que o meu zelo e as minhas ações
estejam baseadas no conhecimento da tua
Palavra.
Anotação
76
22 Você está invocando o nome do Senhor?
sex Romanos 10:9-15
9 Se você confessar com a sua
boca que Jesus é Senhor e crer em
seu coração que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, será
salvo.
10 Pois com o coração se crê para
justiça, e com a boca se confessa
para salvação.
11 Como diz a Escritura: “Todo o
que nele confia jamais será
envergonhado”.
12 Não há diferença entre judeus e
gentios, pois o mesmo Senhor é
Senhor de todos e abençoa
ricamente todos os que o invocam,
13 porque “todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo”.
14 Como, pois, invocarão aquele em
quem não creram? E como crerão
naquele de quem não ouviram falar?
E como ouvirão, se não houver quem
pregue?
15 E como pregarão, se não forem
enviados? Como está escrito: “Como
são belos os pés dos que anunciam
boas novas!”
77
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Paulo apresenta as duas
condições para receber a
salvação? (vs.9-10)
2. Como ele apresenta o
processo, desde ouvir sobre o
evangelho até receber a
salvação? (vs.14-15)
4. O que você sente através dos
cristãos que, naquela época,
declaravam sua fé abertamente?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo diz que qualquer
um que clama pelo nome do
Senhor recebe a salvação? (v.13)
Decisão e aplicação
5. Em que lugar você tem receio de
demonstrar sua fé?
Qual é o ato de fé que você deve
praticar nesse lugar? Anotação
78
“Se crê, se confessa” (v.10): da versão original, modificado para a versão atual e
usado na voz passiva, indica que é algo contínuo que depende de Deus, e não do
homem.
Jl2:32: “E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (...)”
O apóstolo Paulo apresenta a fé e a confissão da fé como as condições
para receber a salvação (vs.9-10). Segundo a ordem, é correta a
afirmação do v.10 de que há primeiro a fé e depois a confissão, mas, na
realidade, essas duas coisas são inseparáveis. Isso ocorre porque „para a
justiça‟ e „para a salvação‟ indicam uma coisa só. Especialmente, Paulo
cita o profeta Joel e diz que “todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo” (vide Jl2:32). No entanto, isso não quer dizer que apenas
chamando o nome de Jesus receberemos a salvação sem nenhuma
condição. Aqui, a palavra „invocar‟ indica „suplicar‟, com o sentido de
abertamente aceitar Jesus como dono e o adorar. Os cristãos daquela
época de Roma estavam em perigo devido à perseguição dos judeus.
Principalmente depois do ano 74 d.C., na época do imperador Nero, era
preso todo aquele suspeito de ser cristão e, dependendo da confissão da
fé, matavam ou deixavam viver. Em meio a essa situação, invocar
abertamente o nome do Senhor era possível somente para as pessoas
que tinham a certeza da salvação. Hoje, em seu viver, você está
invocando o nome do Senhor?
ORAÇÃO Senhor, faça com que eu me orgulhe do
Senhor em minha vida, e louve engrandecendo
essa glória.
Anotação
79
23 Por quem Ele estende as mãos o dia inteiro?
sáb Romanos 10:16-21
16 No entanto, nem todos os
israelitas aceitaram as boas novas.
Pois Isaías diz: “Senhor, quem creu
em nossa mensagem?”
17 Consequentemente, a fé vem
por se ouvir a mensagem, e a
mensagem é ouvida mediante a
palavra de Cristo.
18 Mas eu pergunto: Eles não a
ouviram? Claro que sim: “A sua voz
ressoou por toda a terra, e as suas
palavras, até os confins do mundo”.
19 Novamente pergunto: Será que
Israel não entendeu? Em primeiro
lugar, Moisés disse: “Farei que
tenham ciúmes de quem não é meu
povo; eu os provocarei à ira por meio
de um povo sem entendimento”.
20 E Isaías diz ousadamente: “Fui
achado por aqueles que não me
procuravam; revelei-me àqueles que
não perguntavam por mim”.
21 Mas a respeito de Israel, ele diz:
“O tempo todo estendi as mãos a um
povo desobediente e rebelde”.
80
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Paulo fala sobre o
processo de obter a fé? (v.17)
2. Ele diz que o povo de Israel irá
apresentar que reação quando os
estrangeiros receberem a graça
de Deus? (v.19)
4. O que você sente ao ver Deus
estendendo as mãos aos judeus,
que acabam rejeitando?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus diz que o tempo
todo estendeu as mãos ao seu
povo? (v.21)
Decisão e aplicação
5. Em seu redor, quem é a pessoa
que está rejeitando a fé?
Qual é o sentimento de Deus que
você deve transmitir para essa
pessoa hoje? Anotação
81
“Não a ouviram” (v.18): usado no modo negativo, deixando claro que Israel já havia ouvido. “Aqueles que não me procuravam, aqueles que não perguntavam por mim” (v.20): indica os gentios.
Paulo declara que a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é
ouvida mediante a palavra. No entanto, o povo de Israel não teve fé, e
Paulo denuncia esse fato fazendo citações de cinco passagens do Velho
Testamento. Assim como a pergunta: “Eles não a ouviram?” (v.18),
enquanto a palavra de Deus era transmitida até os confins da terra, o povo
de Israel teve oportunidades consecutivas de ouvir a mensagem. Além
disso, Paulo pergunta novamente: “Será que Israel não entendeu?” (v.19),
eliminando o pretexto de que eles não conseguiam entender a palavra de
Deus. Isso porque, em Israel, havia muitos mestres da lei e profetas. Em
relação aos gentios, que não tinham nenhum conhecimento espiritual, os
judeus estavam em uma posição mais favorável para obter a fé. No
entanto, diante do amor de „Deus que o tempo todo estende as mãos e
convida para a salvação‟, eles [os judeus] mantiveram uma atitude
egocêntrica em relação aos gentios. No fim, não foi que os judeus não
conseguiram obter a salvação, mas eles mesmos a rejeitaram. Há alguma
pessoa em seu redor para quem Deus está o tempo todo estendendo as
mãos?
ORAÇÃO
Faça com que hoje seja um dia em que eu
transmita ao mundo o amor de Deus, que
estende as mãos o tempo todo para nos
salvar.
Anotação
82
24 Marcha para pregar o evangelho
dom Culto no Lar - Romanos 10:9-15
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
9 Se você confessar com a sua
boca que Jesus é Senhor e crer
em seu coração que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, será
salvo.
10 Pois com o coração se crê para
justiça, e com a boca se confessa
para salvação.
11 Como diz a Escritura: “Todo o
que nele confia jamais será
envergonhado”.
12 Não há diferença entre judeus e
gentios, pois o mesmo Senhor é
Senhor de todos e abençoa
ricamente todos os que o invocam,
13 porque “todo aquele que invocar
o nome do Senhor será salvo”.
14 Como, pois, invocarão aquele em
quem não creram? E como crerão
naquele de quem não ouviram falar?
E como ouvirão, se não houver
quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem
enviados? Como está escrito:
“Como são belos os pés dos que
anunciam boas novas!”
83
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Crer em Jesus Cristo é o único
caminho para a salvação, porém,
os judeus tentaram alcançá-
laatravés da própria justiça e a Lei
(vs.3, 5).
Na passagem de hoje, Paulo
explica sobre o único meio
ordenado por Deus para obter a
salvação: "Se você confessar com
a sua boca que Jesus é Senhor e
crer em seu coração que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, será
salvo" (v.9). Significa que seremos
salvos se acreditarmos que Cristo
Jesus é Senhor e que morreu na
cruz e ressuscitou para nossa
salvação. E quando acreditamos de
coração nessa verdade,
confessamos o fato naturalmente
através da boca (v.10). A fé é o único
meio para obter a salvação, e é
aplicável a todos sem discriminação.
"Não há diferença entre judeus e
gentios"(v.12); e "todo aquele que
invocar o nome do Senhor será
salvo" (v.13). Nós devemos propagar
para todos essa verdade, pois se
não houver quem pregue, não
poderão ouvir o evangelho e nem
crer na Palavra (v.14).
Como cristãos, vivemos na graça do
Senhor e devemos refletir sobre esse
assunto e continuar pregando o
evangelho aos que ainda não
conhecem Jesus ao nosso redor.
84
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. Como se sente ao refletir que "todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo" (v.13)?
3 Quem são as pessoas com quem você sente que deve compartilhar o
evangelho? Ore por cada uma delas e planeje um tempo dessa semana
para compartilhar o evangelho com elas.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Senhor, faça com que nós, que já concebemos o evangelho, sejamos
testemunhas que anunciam ousadamente Cristo Jesus ao nosso redor.
85
25 A prova mais exata
seg Romanos 11:1-6
1 Pergunto, pois: Acaso Deus
rejeitou o seu povo? De maneira
nenhuma! Eu mesmo sou israelita,
descendente de Abraão, da tribo de
Benjamim.
2 Deus não rejeitou o seu povo, o
qual de antemão conheceu. Ou
vocês não sabem como Elias
clamou a Deus contra Israel,
conforme diz a Escritura?
3 “Senhor, mataram os teus
profetas e derrubaram os teus
altares; sou o único que sobrou, e
agora estão procurando matar-me.”
4 E qual foi a resposta divina?
“Reservei para mim sete mil homens
que não dobraram os joelhos diante
de Baal.”
5 Assim, hoje também há um
remanescente escolhido pela graça.
6 E, se é pela graça, já não é mais
pelas obras; se fosse, a graça já não
seria graça.
86
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
87
Orientações Seguindo a escolha pela graça
Romanos 11:1-6
Análise do conteúdo
Deus não abre mão do povo que
escolheu. Paulo diz que é judeu e
faz citação da passagem em que
Elias diz para Deus que está
sozinho e amedrontado e Deus
responde que reservou sete mil
homens que não dobraram os
joelhos diante de Baal. Isso indica
que agora, também, há homens
remanescentes escolhidos pela
graça; não é algo procedente de
atos; e se acaso for escolhido por
atos, não pode se tornar graça.
Estudo e Reflexão
1. Por que será que Deus não abre
mão e guarda o seu povo? (vs.4-5)
- Mesmo escolhendo seu povo e
amando as suas pessoas que estão
no mundo, aquele que dá amor até
o final é Deus. Deus é quem salvou
Paulo, nascido judeu que perseguia
os cristãos. Também na era do rei
Acabe, quando parecia que apenas
Elias estava servindo a Deus, Ele
reservou sete mil homens que não
dobraram os joelhos diante de Baal.
Em nenhuma situação o Deus de
amor rejeita o seu povo.
2. Paulo diz que, até agora, há
homens remanescentes que foram
escolhidos pela graça. A graça de
Deus é a vida eterna por meio da
salvação, e a salvação é um
presente de Deus que recebemos a
mais pela fé. Presente é algo que
não tem preço. Se Deus reservasse
escolhendo pelos atos do homem,
isso não passaria de um preço pago
pelo mérito ou capacidade dos atos. É impossível haver gratidão por algo óbvio. Por isso não se pode experimentar a graça em algo óbvio sem gratidão.
Percepção A escolha e salvação vêm de Deus. Desde a salvação na época de Elias e Paulo até a sua salvação, a salvação da sua família e nação hoje, tudo é resultado da graça de Deus. Qualquer ação que você fizer não pode influenciar na escolha de Deus. Se suas boas ações influenciassem a escolha de Deus, essa escolha também poderia ser anulada por consequência das más ações. No entanto, até quando estou refletindo, tento me aproximar da palavra de Deus pela minha força, minha vontade e meu conhecimento e, muitas vezes, a palavra de Deus não se torna graça. Quando tiro as minhas forças e dependo do Espírito Santo que vive em mim, emocionado com a graça do Senhor, agradeço ao Senhor. Decisão e aplicação 1. Olho para trás para ver se, ao invés de ansiar pela graça, a reflexão não está se endurecendo como uma figura religiosa. Vou revisar todas as anotações sobre minhas reflexões e avaliar o quanto isso transformou a minha vida. 2. Vou pedir oração ao meu pequeno grupo para que eu não fique amedrontado com a montanha de problemas como carreira e criação dos filhos. Também vou perguntar o quanto aparento estar amedrontado.
88
Análise do conteúdo
Percepção
1 Qual é o apelo de Elias e a
resposta de Deus? (vs.3-4)
2. De que forma Deus descreve
os homens remanescentes na
geração de Elias? (v.5)
4. O que você sente diante do fato
de que você é uma prova que revela
a graça de Deus?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo se apresenta
como prova de que Deus não
desistiu de Israel? (v.1)
Decisão e aplicação
5. Qual é o testemunho que
demonstra que você foi salvo não
por um ato, mas sim pela graça?
Com quem você deve dividir esse
testemunho hoje? Anotação
89
“Rejeitou” (v.1): também com o sentido de „eliminar‟, „expulsar‟. Seguido da
expressão que nega, revela que Deus não desistiu de Israel.
“Resposta” (v.4): não se trata de uma resposta simples do dia a dia, mas expressa
palavra usada especialmente para quando Deus revela sua vontade.
Ainda que os judeus tenham rejeitado o evangelho, Deus não desistiu
deles totalmente. Em relação a isso, Paulo apresenta duas provas: ele
mesmo e o Velho Testamento. Na geração de Elias, o rei Acabe matou
profetas do Senhor e exerceu opressão sobre o povo, e Elias suplicou
dizendo que não havia sobrado mais ninguém. Nesse momento, Deus
reservou sete mil homens que não dobraram os joelhos diante de Baal, e
essa é a prova de que Deus não havia desistido de Israel (vs.2-4). Mas
antes disso, Paulo apresenta uma prova ainda mais clara. Trata-se dele
mesmo. Ele deixa claro que também é judeu, repetindo que é israelita,
descendente de Abraão, da tribo de Benjamim (v.1). No passado, Paulo
até perseguia a Igreja e colocava os cristãos na prisão. Tal pessoa não
somente recebeu a salvação de Deus, como também se tornou um
instrumento que traz salvação a outras pessoas. Isso porque foi escolhido
pela graça, e não por atos (v.5). Dessa forma, Paulo se tornou uma forte
evidência que revela a graça de Deus.
ORAÇÃO Faça com que minha vida seja uma forte
evidência que revela a graça de Deus.
Anotação
90
26 A ilusão que bloqueia a verdade
ter Romanos 11:7-10
7 Que dizer então? Israel não
conseguiu aquilo que tanto
buscava, mas os eleitos o
obtiveram. Os demais foram
endurecidos,
8 como está escrito: “Deus lhes deu
um espírito de atordoamento, olhos
para não ver e ouvidos para não
ouvir, até o dia de hoje”.
9 E Davi diz: Que a mesa deles se
transforme em laço e armadilha,
pedra de tropeço e retribuição para
eles.
10 Escureçam-se os seus olhos, para
que não consigam ver, e suas costas
fiquem encurvadas para sempre.
91
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem obteve aquilo que Israel
tanto buscava e o que aconteceu
com os demais? (v.7)
2. Por que Paulo diz que Israel
endureceu sem entender a
verdade de Deus? (vs.8, 10)
4. Como você se sente ao ver Israel,
que até então estava confiante da
salvação, ser ignorante com a
verdade do evangelho?
Estudo e reflexão
3. Por que Israel, o povo escolhido
de Deus e que recebeu a Lei, não
via, não ouvia e endureceram?
Decisão e aplicação
5. Com que conduta você ouve e medita sobre a Palavra de Deus?
O que é necessário para fazer isso
de forma mais séria e com
sinceridade? E como pretende
praticá-lo? Anotação
92
Israel tentou ser escolhido através da obediência à Lei e prática de boas
obras. A comunidade judaica, que havia rejeitado Jesus, estava obstinada
em obedecer a Lei e, consequentemente, buscou a justiça
desesperançosa. Eles leram e ouviram a Palavra de Deus através dos
profetas, mas a teimosia deles enfraqueceu a capacidade de
compreensão do evangelho e da chamada de Deus. Os reconhecidos por
Deus não eram os israelitas, mas, sim, os que Deus havia escolhido. E
estes não foram escolhidos somente pelo fato de serem israelitas. Paulo
explica citando Isaías e Salmos (vs.8-10), como Israel era teimoso e
inflexível para ouvir o evangelho. Essa teimosia de insistir somente no que
ele sabia causou-lhe a incompreensão do verdadeiro significado da
salvação. A Palavra de Deus é o único padrão da verdade. Será que você
não está negligenciando a Palavra de Deus pelo fato de você ter sido um
cristão por longo tempo? Devemos sempre comparar, humildemente, a
nossa vida com a Palavra de Deus. Desejamos que você tenha um dia
renovado pela Palavra de hoje.
ORAÇÃO Faça com que eu seja renovado todos os dias,
conhecendo e compreendendo a verdade.
Anotação
93
27 Provocando a inveja no meu próprio povo
qua Romanos 11:11-15
11 Novamente pergunto: Acaso
tropeçaram para que ficassem
caídos? De maneira nenhuma! Ao
contrário, por causa da
transgressão deles, veio salvação
para os gentios, para provocar
ciúme em Israel.
12 Mas se a transgressão deles
significa riqueza para o mundo, e o
seu fracasso, riqueza para os
gentios, quanto mais significará a
sua plenitude!
13 Estou falando a vocês, gentios.
Visto que sou apóstolo para os
gentios, exalto o meu ministério,
14 na esperança de que de alguma
forma possa provocar ciúme em meu
próprio povo e salvar alguns deles.
15 Pois se a rejeição deles é a
reconciliação do mundo, o que será a
sua aceitação, senão vida dentre os
mortos?
94
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quais são os dois motivos que
fizeram com que Israel ficasse
caído? (v.11)
2. O que acontece quando Israel
retorna? (vs.12, 15)
4. Como você se sente ao ver a
providência de Deus em salvar Israel
através da evangelização dos
gentios?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo orgulha-se de ter
se tornado o apóstolo para os
gentios?
Decisão e aplicação
5. Será que você não está
guardando o evangelho somente
dentro de você?
O que você pode fazer para
compartilhar o evangelho com os
outros?
Anotação
95
A ignorância de Israel que rejeitou o evangelho ainda não chegou a
tropeçar ou perder a visão a ponto de nunca mais poder se recuperar. De
fato, nas cidades por onde Paulo passava, ele visitava primeiro as
sinagogas para pregar o evangelho aos judeus, mas a descrença dos
judeus em relação a Paulo que pregava o evangelho de Cristo
transformou-se em inimizade. Sendo assim, Paulo mudou a direção dos
seus passos para os gentios. Paulo descreveu esse fato como "por causa
da transgressão deles, veio salvação para os gentios" (v.11). Entretanto, a
salvação dos gentios era uma parte do plano maior de Deus para salvar
Israel. A salvação dos gentios provocou inveja a Israel, o escolhido por
Deus e, como resultado, fez com que Israel retornasse a Deus. Dessa
forma, o evangelho não pertence somente a Israel ou somente aos
gentios, pertence a toda humanidade, e unificou os judeus e os gentios,
derrubando a barreira existente entre eles. Mesmo agora, Deus,
chamando-nos para o Seu plano, restaura todas as coisas estragadas do
mundo através do evangelho. Você está participando desse plano?
ORAÇÃO Faça com que, hoje, eu e a minha igreja
participemos do plano de salvação de Deus.
Anotação
96
28 O ramo enxertado que não pode se gloriar
qui Romanos 11:16-21
16 Se é santa a parte da massa que
é oferecida como primeiros frutos,
toda a massa também o é; se a raiz
é santa, os ramos também o serão.
17 Se alguns ramos foram cortados,
e você, sendo oliveira brava, foi
enxertado entre os outros e agora
participa da seiva que vem da raiz
da oliveira cultivada,
18 não se glorie contra esses
ramos. Se o fizer, saiba que não é
você quem sustenta a raiz, mas a
raiz a você.
19 Então você dirá: “Os ramos foram
cortados, para que eu fosse
enxertado”.
20 Está certo. Eles, porém, foram
cortados devido à incredulidade, e
você permanece pela fé. Não se
orgulhe, mas tema.
21 Pois, se Deus não poupou os
ramos naturais, também não poupará
você.
97
Análise do conteúdo
Percepção
1. Por que os ramos da oliveira
estavam vivos, independentes de
serem ramos da oliveira brava ou
cultivada? (v.17)
2. Qual foi a reação dos homens
do vilarejo ao verem a
recuperação do homem
endemoninhado? (vs.14-15)
4. O que você sente ao saber que
não pode se gloriar ou orgulhar por
ser ramo enxertado?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo diz para que os
ramos enxertados não se
gloriem?
Decisão e aplicação
5. Quais são os motivos para que
você se orgulhe ou julgue outros
irmãos da fé? O que deve praticar
hoje para eliminar tais motivos e ser
humilde? Anotação
98
Paulo acreditava que Israel tinha abandonado Cristo momentaneamente e
que, um dia, retornaria a Ele. Ele explicou este fato usando exemplos dos
primeiros frutos e ramo de oliveira. O exemplo de primeiros frutos é a
explicação sobre a palavra de Números 15:20, isto é, se for separado e
oferecido a Deus um bolo feito das primícias da farinha, o restante da
colheita também tornar-se-á sagrado (v.16). O segundo exemplo é da
oliveira (vs.17-18). A raiz é certamente a primeira parte da árvore e a
característica do ramo é definida pela raiz, isto é, independente da origem
do ramo, a característica do ramo é decidida pela raiz que o nutre.
Consequentemente, o ramo não deve gloriar a si mesmo. Como a raiz
define o estado do ramo, independente de ser da oliveira brava ou
cultivada, todos são pecadores que receberam a misericórdia de Deus e
não podem viver sem Deus, independente de ser judeu ou nobre. Não
importa a sua origem ou quão obediente foi a Deus. Importa somente
Cristo, que é a raiz.
ORAÇÃO Faça-me ser um ramo ligado à raiz, isto é,
Jesus, para obter abundância.
Anotação
99
29 Permaneça na oliveira da salvação
sex Romanos 11:22-24
22 Portanto, considere a bondade e
a severidade de Deus: severidade
para com aqueles que caíram, mas
bondade para com você, desde que
permaneça na bondade dele. De
outra forma, você também será
cortado.
23 E quanto a eles, se não
continuarem na incredulidade,
serão enxertados, pois Deus é capaz
de enxertá-los outra vez.
24 Afinal de contas, se você foi
cortado de uma oliveira brava por
natureza e, de maneira antinatural,
foi enxertado numa oliveira cultivada,
quanto mais serão enxertados os
ramos naturais em sua própria
oliveira?
100
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual personalidade Deus
demonstra aos que caem? (v.22)
2. A quem se refere oliveira brava
e oliveira cultivada? (vs.23-24)
4. O que você sente ao ver
advertências severas dadas aos
enxertados por amor de Cristo?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo que,
anteriormente dizia: “Quem nos
separará do amor de Cristo?”,
adverte severamente aos que
caem?
Decisão e aplicação
5. O que deve praticar hoje para que
você, que foi enxertado na oliveira
da salvação, frutifique em
abundância? Como praticará isso?
Anotação
101
Deus é severo o bastante para abandonar mesmo os judeus descrentes e
é misericordioso o bastante para salvar os gentios que têm fé. Entretanto,
mesmo os judeus abandonados ainda podem ser salvos. Os gentios,
simbolizados como ramos da oliveira brava, não eram objetos da
salvação, mas, pela misericórdia de Deus, foram enxertados na oliveira
cultivada, isto é, foram salvos por aceitar Jesus Cristo. Se é necessário
enxertar um ramo em uma árvore, certamente é mais fácil fazê-lo no
mesmo tipo de árvore. Os judeus, simbolizados como oliveira cultivada,
também serão salvos se aceitarem Jesus Cristo. Isto significa que, como
os judeus (oliveira cultivada) podem ser cortados, os gentios (ramo
enxertado) não podem ter preguiça na vida de fé. Paulo falou sobre o
amor de Cristo inseparável, porém esclarece que este amor não aceita
preguiça espiritual. O que você (ramo enxertado na oliveira da salvação)
deve praticar para permanecer com mais firmeza nela?
ORAÇÃO Faça-me adorar a misericórdia de Deus
diariamente e viver uma vida santa digna da
Sua misericórdia.
Anotação
102
30 A desobediência e a misericórdia
sáb Romanos 11:25-32
25 Irmãos, não quero que ignorem
este mistério, para que não se
tornem presunçosos: Israel
experimentou um endurecimento
em parte, até que chegue a
plenitude dos gentios.
26 E assim todo o Israel será salvo,
como está escrito: Virá de Sião o
redentor que desviará de Jacó a
impiedade.
27 E esta é a minha aliança com
eles quando eu remover os seus
pecados.
28 Quanto ao evangelho, eles são
inimigos por causa de vocês; mas
quanto à eleição, são amados por
causa dos patriarcas,
29 pois os dons e o chamado de
Deus são irrevogáveis.
30 Assim como vocês, que antes
eram desobedientes a Deus mas
agora receberam misericórdia,
graças à desobediência deles,
31 assim também agora eles se
tornaram desobedientes, a fim de
que também recebam agora
misericórdia, graças à misericórdia
de Deus para com vocês.
32 Pois Deus colocou todos sob a
desobediência, para exercer
misericórdia para com todos.
103
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual foi o mistério que Paulo
propagou? (vs.25-26a, 30-31)
2. Qual é a posição dos judeus do
ponto de vista do evangelho e da
eleição? (v.28)
4. O que sente sobre a palavra que
pede misericórdia aos judeus
desobedientes como a que Deus
demonstrou misericórdia aos gentios
desobedientes?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo relaciona a
desobediência a Deus com o fato
de receber a misericórdia de
Deus?
Decisão e aplicação
5. Como você aceita as pessoas que
precisam da misericórdia de Deus?
O que você deve praticar hoje por
eles? Anotação
104
“Salvador” (v.26): significa Goel, aquele que redime, redentor e refere-se a Cristo.
Paulo disse que, no futuro, todo o Israel será salvo (vs.26-27). Neste
momento, devido à sua estupidez, os israelitas não aceitam a Jesus Cristo
e, por isso, muito gentios terão fé e serão salvos. No entanto, se o número
de gentios salvos aumentar suficientemente, os israelitas desviar-se-ão do
pecado e completará a promessa de Deus com Israel. A desobediência de
uma parte das pessoas provoca o despertar de fé da outra parte. Este é o
mistério que Paulo fala. Do ponto de vista do evangelho, os judeus
tornaram-se inimigos de Deus, porém, do ponto de vista da eleição, eles
são povo amado de Deus (v.28). Deus, que não se arrepende da graça e
do chamado, oferecerá a misericórdia a Israel através da desobediência
dos outros (vs.29-30). Deus espera o retorno dos desobedientes e deseja
mostrar sua misericórdia (vs.31-32). Paulo, mesmo sendo perseguido
pelos judeus, colocou-os no seu coração por ser seu povo e espera a
chegada da misericórdia de Deus. Você também tem tal sentimento?
ORAÇÃO Faça-me tornar obediente e viver na
misericórdia de Deus, abandonando a
desobediência.
Anotação
105
31 Família que agradece a graça da salvação
dom Culto no Lar - Romanos 11:33-36
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
33 Ó profundidade da riqueza da
sabedoria e do conhecimento de
Deus! Quão insondáveis são os
seus juízos e inescrutáveis os seus
caminhos!
34 “Quem conheceu a mente do
Senhor? Ou quem foi seu
conselheiro?”
35 “Quem primeiro lhe deu, para
que ele o recompense?”
36 Pois dele, por ele e para ele são
todas as coisas. A ele seja a glória
para sempre! Amém.
106
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Do capítulo 9 a 11 do livro de
Romanos, Paulo faz um registro
minucioso do plano de Deus para a
salvação. Além disso, ao finalizar o
texto da palavra de hoje, louva a
Deus por sua provisão divina da
redenção: “Ó profundidade da
riqueza da sabedoria e do
conhecimento de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos e
inescrutáveis os seus caminhos!”
(v.33).
As palavras de louvor de Paulo
culminam em um grito de alegria
pelo espantoso plano e história de
salvação de Deus. Uma vez que
todos os aspectos do homem foram
corrompidos pelo pecado, não
somos dignos de salvação, mas
sim de destruição. Entretanto Deus não nos abandonou no leito da morte eterna, pois chamou Abraão e restaurou o povo de Israel do qual nasceu o Cristo, abrindo, assim, o caminho para a nossa salvação. Diante dessa grande obra providencial de Deus, brota em nós a adoração verdadeira e louvor a Deus. O motivo de agradecermos e louvarmos ao Senhor pela graça da salvação é porque todas as coisas são dele, por ele e para ele (v.36). Ou seja, Deus é aquele que governa todas as coisas e é o soberano Senhor da nossa existência. Assim sendo, devemos cantar louvores e render graças ao Senhor diariamente pela graça da salvação.
107
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao meditar a palavra “Pois dele, por ele e para ele
são todas as coisas”? (v.36)
3. Leiam juntos Romanos 11:36 e, então, cada membro da família deve
compartilhar uma confissão de agradecimento pela graça da salvação.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Faça com que vivamos em gratidão, rendendo louvor e graças ao Deus
soberano, Senhor das nossas vidas.
108
Estudo Bíblico da Fazenda
1 semana
O que quero e o que pratico
7:14-20
Abrindo o coração
Apesar de ter havido um dano significativo da imagem de Deus no
homem após a sua queda, o sentimento de culpa ainda existe porque
ainda há resquícios de consciência. Em especial, nós, os cristãos, que
inegavelmente estamos sob o julgo do poder do pecado, buscamos fazer
as coisas que alegram a Deus, mas isso acaba se tornando um fardo
quando descobrimos que não somos capazes. Entretanto, apesar de
culparmos a nós mesmos e tomarmos também novas decisões, não são
raros os momentos nos quais nos encontramos presos em situações de
desespero extremo. Hoje, vamos compartilhar a questão desta nova
atitude a ser tomada e despertada em nossos corações, tanto com
relação ao “conhecer” como ao “querer”, para podermos nos tornar cada
vez mais semelhantes a Deus.
Semeando a palavra
1. Por não sermos capazes de guardar a lei e, com base nesta lei, somos
julgados como pecadores. Como Paulo descreve esta nossa situação?
(v.14)
2. Qual o significado do termo “vendido sob o pecado”? (v.14)
3. A principal razão para o homem pecar é o desejo de se tornar “livre” de
Deus. A independência humana de querer, por si só, escolher e controlar
o seu próprio caminho faz com que o homem trilhe o caminho do pecado,
sem depender de Deus. Porém, quando pecamos, não nos tornamos
livres, mas cada vez mais somos escravos do pecado. O que você pensa
em relação a isso?
109
4. Paulo retrata de forma nua e crua a existência de conflitos internos,
mesmo após nos tornarmos cristãos. Quais tipos de conflitos internos
temos enfrentado? (vs.15-20)
5. Podemos lutar contra o pecado apenas com as nossas próprias
forças? Se for impossível lutarmos sozinhos, o que podemos fazer para
termos a vitória? Vamos compartilhar a experiência em relação à batalha
contra o pecado.
6. Porventura, você não está buscando uma liberdade fora do controle de
Deus? Embora deseje se aproximar de Deus, não dá frutos que quer e dá
frutos maus que não quer? Então, como está resolvendo este problema
que sempre existe em nossas vidas?
Colhendo os frutos da vida
Na parte inicial do livro de Romanos, Paulo cita o Salmo “Não há nenhum
justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que
busque a Deus. Todos se desviaram, tornando-se juntamente inúteis; não
há ninguém que faça o bem, não há um sequer.” (3:10-12). É impossível,
com certeza para os gentios que não conhecem a lei de Deus como
também para os cristãos e judeus que a conhecem, cumprir a lei de Deus
totalmente. Nascemos de novo pela fé, no entanto mesmo depois de nos
tornarmos cristãos, o processo de assemelhar-se a Cristo só é possível
para o peregrino que segue o Senhor, recebendo o poder e as bênçãos
de Deus durante a sua vida. Vamos orar de todo o coração e confiar que
seremos armados com as bênçãos do Espírito Santo, que excede todo o
limite humano.
110
Estudo Bíblico da Fazenda
2 semana
Uma vida sem condenação alguma Romanos 8:1-4
Abrindo o coração
Após Adão cometer o pecado, todo homem está correndo em direção à
morte. Após ser expulso para o lado Oeste do Jardim do Éden e tendo o
caminho à árvore da vida bloqueado, todo homem, sem exceção,
experimentou a morte por causa do pecado. A única maneira de sair do
caminho da morte é resolver o problema do pecado. Inúmeras pessoas se
martirizaram e fizeram atos de bondade para resolver o problema do
pecado, mas ninguém foi capaz de limpar totalmente o pecado. Queremos
dizer, exceto Jesus, o único caminho. O homem que teve seus problemas
do pecado resolvidos em Jesus Cristo vive uma nova vida, corre para um
novo alvo. Hoje vamos compartilhar da graça da certeza de sermos livres
do pecado e de que da maneira que somos livres da culpa do pecado.
Semeando a palavra
1. O texto de hoje fala em “já não há condenação” para alguns. Quem
poderá estar livre da condenação? (v.1)
2. Qual é o motivo de não haver condenação para os que estão em Cristo
Jesus? (v.2)
3. O texto de hoje está comparando basicamente a incapacidade da Lei e o
poder do Espírito Santo. Qual é o motivo da lei em Cristo Jesus ser “a lei do
Espírito de vida” e a Lei ser “a lei do pecado e da morte”? (vs.3-4a)
111
4. Qual é a exigência da Lei que Jesus cumpriu? (v.4b, vide 6:23)
5. Qual é a nossa reação diante da verdade, que Jesus deu sua preciosa
vida para cumprir as exigências da Lei em nosso lugar, já não temos
capacidade para cumprir por completo as exigências da Lei?
6. Jesus cumpriu todas as exigências da Lei, mas não para vivermos
descumprindo a Lei e sim para vivermos demonstrando por completo um
amor que está acima da Lei. Estamos vivendo com alegria pela graça
concedida por Jesus Cristo, que está acima da Lei?
Colhendo os frutos da vida
Sem Jesus nossa vida seria totalmente sem esperança. Nós mesmos
não conseguimos resolver o problema do pecado e, se não
conseguirmos resolver o problema do pecado, é inevitável que nosso
destino seja a morte eterna. Jesus cumpriu completamente todas as
exigências da Lei em nosso lugar, por isso recebemos o veredicto de
“sem pecado”, “justo” no julgamento. Deus nos enviou o Espírito Santo,
não para vivermos presos na limitação da carne e não conseguir sequer
chegar perto de cumprir a Lei, mas vivermos como seus instrumentos, e
supre nossa vida com força e poder para cumprir inteiramente a vontade
de Deus. Nossas vidas não serão mais controladas pelo pecado original,
mas serão vidas que confiam e são guiadas pelo Espírito Santo. Vamos
orar para que possamos nos revestir do poder do Espírito Santo para
ultrapassar as limitações da carne e vivermos tocados pela graça
concedida por Cristo.
112
Estudo Bíblico da Fazenda
3 semana
A igreja que batalha Romanos 8:31-39
Abrindo o coração
“Meus irmãos, não se admirem se o mundo os odeia” (1Jo 3:13). Os
cristãos passaram pelas tribulações constantes na história. Geralmente,
eles eram considerados fracos e imponentes. No entanto, a igreja não foi
destruída, pelo contrário, continuou a brilhar a luz do evangelho cada vez
mais forte ao passar pelas tribulações. Ainda hoje, a igreja se encontra em
meio à tribulação, pois os cristãos acabam sofrendo angústia ao tentar
viver segundo a palavra de Deus. De onde, então, vem a força para
vencer estas angústias? Paulo está clamando para que os cristãos
possam enxergar o amor e o socorro que vêm de Deus. Vejamos e
meditemos como Deus nos ajudou e como Ele nos amou através da
passagem de hoje.
Semeando a palavra
1. Paulo está explicando como o cristão que obteve a salvação pode
perseverar diante dos sofrimentos e fraquezas enfrentados (vs.8:18,26). O
cristão que participa de batalhas ferozes no mundo está permanentemente
exposto aos inúmeros ataques. Quem é o nosso aliado nesta batalha?
(v.31)
2. Como poder ter a certeza de que Deus proverá o que o cristão
necessita? (v.32)
3. Em que se baseia a razão pela qual não se pode acusar os cristãos
pelos seus pecados cometidos no dia do juízo final, diante do tribunal de
Deus? (vs.33-34)
113
4. O cristão é o alvo incessável de ataques e ameaças no mundo. Quais
sofrimentos são citados? (v.35) Paulo é um dos cristãos que mais sofreu.
Qual foi a certeza que ele tinha apesar de passar pela tribulação? (v.37;
vide 2 Co 4:7-10)
5. Paulo explica os sofrimentos do cristão usando versículos de Salmos.
Leia salmos 44:22 que está referenciado no versículo 36. Compartilhe o
que você sente ao imaginar a situação em que o cristão é exposto à
ameaça, como está descrita no texto.
6. Leia os versículos 38 e 39 e decore-as. Estes versículos não se aplicam
apenas aos que estão expostos a tribulações extremas, mas também a
nós, que experimentamos os sofrimentos do dia a dia, e incentivam aqueles
que experimentaram o Seu amor, para que possam enfrentar a tribulação
com coragem. Compartilhe quais sofrimentos você está enfrentando
atualmente e encoraje uns aos outros com a palavra.
Colhendo os frutos da vida
Paulo está clamando com certeza e vigor: “Quem nos separará do amor de
Deus que está em Cristo Jesus!”. O conteúdo do texto de hoje está repleto
de sofrimentos que o cristão enfrenta na sua jornada neste mundo, e esses
sofrimentos nos atacam persistentemente a fim de nos separar do amor de
Cristo. Paulo está debatendo item por item; se Deus é por nós e se Ele nos
dá todas as coisas da mesma forma que deu Seu Filho, e se Ele nos
justificou, e se Jesus carregou todo o pecado, então o cristão está
conectado ao grande amor de Deus. Quem experimentou desse amor
jamais poderá se separar dele. Você tem certeza disso? Se afirmativo,
então você já é um vencedor.
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Estudo Bíblico da Fazenda
4 semana
Belos pés Romanos 10:9-15
Abrindo o coração
Você já apresentou o evangelho ao seu próximo? Evangelizar alguém
requer muito mais esforço do que se imagina. É exigido o processo de
auto avaliação sobre o que está tentando apresentar e o porquê de querer
apresentar tal evangelho. Provavelmente, os cristãos suportaram este
peso durante mais de dois mil anos para se tornarem mensageiros do
evangelho. O que devemos apresentar ao nosso próximo a fim de levá-lo
à salvação? Por que devemos usar nossos lábios e pés imperfeitos a fim
de evangelizar? Paulo descreve o processo de entrega do evangelho e o
processo da obtenção da salvação pela pessoa evangelizada. Através da
passagem de hoje, podemos recapitular o conteúdo do evangelho. E,
ainda, podemos redescobrir a missão de propagar o evangelho.
Semeando a palavra
1. Paulo está descrevendo, de uma forma bastante clara e objetiva, o
processo de salvação de uma pessoa, isto é, como ela pode atingir a
justiça de Deus. Qual é o conteúdo que o cristão recém-convertido precisa
crer e confessar com sua boca? (v.9)
2. A transformação interna e a confissão expressa pela palavra que sai da
boca estão intimamente ligadas na fé cristã. Como Paulo explica a seu
respeito? (v.10)
3. O caminho da salvação desmoronou com a exclusividade local até
então contida no povo judeu. Procure, na passagem de hoje, a expressão
que descreve a abertura do caminho da salvação a todos. (vs.11-13)
115
4. O evangelho, que estava limitado à localidade e à raça no
passado, ficou livre e universal pelo ministério de Cristo e a vinda do
Espírito Santo. Vejamos com que processo esta boa nova foi propagada
ao mundo. (vs.14-15)
5. Os cristãos, que obtiveram a salvação crendo em Cristo, foram
aqueles que receberam o evangelho sem discriminação. Quando foi que
você ouviu esse evangelho, creu no coração e confessou pela sua boca?
Compartilhe a grande emoção daquele momento.
6. No processo de propagação do evangelho, há obrigatoriamente a
função dos “pés que levam as boas novas”. Nós nos tornamos aqueles
que creêm em Cristo e confessam a fé pela boca graças à propagação
do evangelho. Por outro lado, somos todos, sem exceção, enviados para
a salvação alheia. Compartilhe quem são os próximos que precisam ser
alcançados por meus “pés que anunciam boas-novas”. (vide Jo 20:21)
Colhendo os frutos da vida
“E como pregarão, se não forem enviados? (v.15)”. Através desta
curtíssima frase, Paulo está demonstrando de uma forma simples e clara
como o conteúdo da salvação universal pôde alcançar os crentes
daquela época e os destinatários desta carta. Da mesma forma, nós
pudemos alcançar a salvação crendo no coração e confessando pela
boca o mesmo conteúdo do evangelho que recebemos. Para que o
evangelho anunciado na terra de Judá em tempos longínquos pudesse
chegar até nós, houve muito esforço e suor daqueles que foram
“enviados”. Em casos extremos, tiveram que sacrificar até a própria vida
para que nós pudéssemos receber este evangelho. Agora, esta missão
tornou-se nossa. Para quem você foi enviado? Seus belos pés estão
cumprindo a função devida? O que devemos suportar para o
cumprimento desta grande missão? Pense a respeito e orem juntos.
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Estudo Bíblico da Fazenda
5 semana
A profundidade da sabedoria de Deus Romanos 11: 30-36
Abrindo o coração
Vivemos com conhecimento e capacidades limitadas. No entanto, não
reconhecemos imediatamente essa nossa ignorância e incompetência.
Como se fôssemos viver eternamente, vivemos planejando de modo que
somos capazes de fazer tudo. A Bíblia nos ensina que as pessoas nestas
condições são “orgulhosas”. Como podemos encontrar o devido lugar do
homem? Quando descobrimos a Deus. Não há como não sermos
humildes quando as providências e as riquezas da sabedoria e
conhecimento de Deus são conhecidas em todas as áreas, e também não
há como não louvarmos a Deus. A verdadeira humildade e o devido lugar
do homem podem ser encontrados diante de Deus. Através do texto de
hoje, podemos aprender o coração de Paulo.
Semeando a palavra
1. Por que Paulo chega a uma conclusão paradoxal ao explicar o motivo
porque Israel não aceitava o evangelho? Que conclusão é essa? (v.32)
2. Por qual razão Paulo louva a profunda e rica sabedoria e conhecimento
de Deus? (vs.30-33)
3. Quais os aspectos de Deus que Paulo exalta ao admirar a rica
sabedoria e conhecimento de Deus? (vs. 34-35)
117
4. Consequentemente, Paulo glorifica a Deus e, ao examinarmos a
oração de Paulo, notamos que a existência do mundo e o princípio da
criação estão contidos nestas curtas frases. Qual é o centro da
existência de todas as coisas? (v.36)
5. Podemos ver a maravilhosa providência de Deus no fato de Deus ter
usado a desobediência dos judeus em favor da salvação dos gentios. A
providência é o trabalho de Deus para conservar a criação e o Seu
governo sobre ela. Naquele exato momento, não era possível
compreender totalmente, no entanto, posteriormente, quando você olha
para trás, já teve alguma experiência de ter descoberto a maravilhosa
providência de Deus? Se houve, compartilhe com os outros.
6. Paulo proclama firmemente que toda a criação vem de Deus, foi feita
por Ele e existe para Ele. Se pudermos confessar estas palavras com a
nossa própria boca, que mudança e determinação deve haver em nosso
modo de viver e atitudes? Vamos meditar nisso e compartilhar.
Colhendo os frutos da vida
Paulo explicou como o plano de salvação de Deus se aperfeiçoa. O
plano de salvação que fora instituído sobre os judeus, pela teimosia e
insensatez deles, foi direcionado para os gentios que, como resultado,
receberam a plenitude da salvação. Mas também, pela mesma
misericórdia, Deus revela a sua providência, derramando sua
misericórdia aos judeus. Paulo descreve esta grande verdade
exclamando com alegria: “Quão profundo é a sabedoria e conhecimento
de Deus!”. É difícil compreender totalmente a maravilhosa providência de
Deus através da sabedoria limitada do homem. Ao lermos o texto e ao
observarmos nossas próprias vidas, a providência de Deus, que conduz
e governa todas as coisas, é revelada. Essa providência nos faz ficar de
joelhos e nos faz entregar todo o nosso ser com alegria e graças.
Entregando-nos, glorifiquemos a Deus.