Vale da paixao

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O Vale da paixão de Lídia Jorge

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O Vale da paixão

de Lídia Jorge

Ficha Técnica

Título: O Vale da Paixão

Autora: Lídia Jorge

Editora: Leya

Ano de publicação: 2009

Ano de edição:2011

Lídia Jorge Lídia Jorge nasceu no Algarve a 18 de Junho de 1946 e licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, durante o último período da Guerra Colonial.

O seu primeiro romance publicado foi O Dia dos Prodígios (1980). Com A Costa dos Murmúrios (1988), livro que reflete a experiência colonial passada em África, a autora confirmou o seu destacado lugar no panorama das Letras portuguesas. Depois dos romances A Última Dona (1992) e O Jardim sem Limites (1995), seguiu-se O Vale da Paixão (1998) galardoado com o Prémio Dom Dinis da Fundação da Casa de Mateus, o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio de Ficção do P.E.N. Clube, e em 2000, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, Escritor Europeu do Ano.

O livro Combateremos a Sombra, apresentado no dia 22 de Março de 2007, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, é o seu mais recente romance.

Personagens

Francisco Dias

Walter Dias

Maria Ema

Custódio Dias

ResumoO Vale da Paixão retrata a história de uma família rural algarvia e tem como personagens principais Walter e Maria Ema. Walter , ao contrário dos seus sete irmãos, recusava-se a ajudar o pai no trabalho da herdade. Fugia todos os dias para ir desenhar pássaros, estar com mulheres ou com traficantes. Devido a estas atitudes, Walter foi, desde cedo, posto de parte pela sua família.O pai de Walter, Francisco Dias, desejava que chegasse a altura de este ir para a tropa para poder ter descanso e a família não ficar mais mal vista. Até que esse dia chegou, e Walter começa a vir apenas uma vez por mês a casa.

Numa dessas vindas a casa, Walter envolve-se com Maria Ema e esta engravida.Entretanto Walter tem de voltar para o quartel para ir numa missão para a Índia, sem saber da gravidez de Maria Ema.

Resumo Quando a gravidez de Maria Ema é descoberta, Francisco

para salvar a honra da família enviou cartas a Walter para este voltar para casa e casar com Maria.Mas como não recebia resposta, Francisco decide ir ao quartel falar com o filho. Pergunta ao filho se quer voltar e casar com Maria ou ir para a missão mas o comandante adiantou-se e respondeu por ele dizendo que ia para a Índia.Francisco decide então que, para honrar a família, o seu filho mais velho, Custódio, iria casar com Maria Ema.Maria Ema e Walter amavam-se e queria esperar pelo seu regresso da Índia mas foi obrigada a casar pelos seus pais.Três anos depois, Walter volta da Índia, vê pela primeira vez a sua filha e está com Maria Ema, a mulher que amava , mas é expulso pela sua família. Walter partiu deixando a filha e a mulher que amava, contra a sua vontade.

ResumoPassados doze anos Walter volta a casa para ver a sua filha. Sentindo-se culpado por a ter abandonado, este promete que um dia volta e a leva definitivamente. Mas volta a ir embora.Como Walter nunca mais voltou a visitar a filha esta, passados muitos anos, decide ir ter com ele.Durante vários anos, a filha de Walter, escrevera um livro sobre o pai, tudo o que lhe contavam, escrevia num livro. Walter não gostou do que ela escreveu e expulsou-a de sua casa. Mas ela persiste.Quando Walter morre deixa à sua filha uma manta de quando era soldado, mas esta por estar com tanta raiva do pai deita-a fora pois, para ela, o seu verdadeiro pai é Custódio, que foi quem cuidou dela.

Citações “Walter ainda nem abrira as malas de latão e já percebera

que estava a mais, que todos queriam que partisse de novo.” pág. 21

“E a criança colaborava com esse segredo, esses esconderijos onde a fotografia tinha de recolher entre a multidão que as cercava.” Pág. 25

“ «O problema é que uma mulher que se dá a um, dá-se a todos. Já não presta…» – «Sim, já não presta…» - tinha dito o próprio Manuel Baptista.” pág. 56

“… entalada no meio da manta, encontrava-se a tarjeta escrita com a letra elegante de Walter, um pouco tremida, tombada para diante, contendo ainda o rabisco dum pássaro – Deixo à minha sobrinha, por única herança, esta manta de soldado.” pág.186