Urbanização Brasileira

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Urbanização Brasileira Urbanização é um processo de afastamento das características rurais de uma localidade ou região para características urbanas. A urbanização afetou o Brasil, e contribuiu para formar várias metrópoles em todas as regiões. Mas também contribuiu para alguns problemas sociais. Podemos afirmar que o Brasil, hoje, é um país urbanizado. Com a saída de pessoas do campo em direção às cidades, os índices de população urbana vem aumentando sistematicamente em todo o país. A partir da década de 60, as cidades passaram por um processo de dispersão espacial, à medida que novas porções do território foram sendo apropriadas pelas atividades agropecuárias. Em virtude da modernização do campo, assiste-se a uma verdadeira expulsão dos pobres, que encontram nas grandes cidades seu único refúgio. Como as industrias absorvem cada vez menos mão-de-obra e o setor terciário apresentam um lado moderno, que exige qualificação profissional, a urbanização brasileira vem caminhando lado a lado com o aumento da pobreza e a deterioração crescente das possibilidades de vida digna aos novos cidadãos urbanos. Hierarquia Urbana e Rede Urbana A hierarquia urbana nada mais é do que a escala de subordinação entre as cidades, geralmente da seguinte forma: as pequenas cidades que existem aos milhares, que se subordinam as cidades médias, que existem em número menor que as pequenas cidades, estas, as cidades médias, que se subordinam às cidades intermédias. As grandes cidades ou metrópoles, que são muito poucas. Esta teoria está relacionada com o ranking de cidades, desde a mais pequena até à que tem maior população e mais serviços e bens considerados centrais, bem como população. dentro da hierarquia urbana as cidades podem mudar de posição. Exemplo disso é o novo fenômeno de desinvestimento econômico que se verifica em algumas cidades médias e intermédias Portuguesas. O fechamento de fábricas consideradas âncora para a fixação de população e as transferências de população entre as cidades podem fazer variar a sua posição bem como a sua posição hierárquica.

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Urbanização Brasileira

Urbanização é um processo de afastamento das características rurais de uma localidade ou região para características urbanas. A urbanização afetou o Brasil, e contribuiu para formar várias metrópoles em todas as regiões. Mas também contribuiu para alguns problemas sociais. Podemos afirmar que o Brasil, hoje, é um país urbanizado. Com a saída de pessoas do campo em direção às cidades, os índices de população urbana vem aumentando sistematicamente em todo o país. A partir da década de 60, as cidades passaram por um processo de dispersão espacial, à medida que novas porções do território foram sendo apropriadas pelas atividades agropecuárias. Em virtude da modernização do campo, assiste-se a uma verdadeira expulsão dos pobres, que encontram nas grandes cidades seu único refúgio. Como as industrias absorvem cada vez menos mão-de-obra e o setor terciário apresentam um lado moderno, que exige qualificação profissional, a urbanização brasileira vem caminhando lado a lado com o aumento da pobreza e a deterioração crescente das possibilidades de vida digna aos novos cidadãos urbanos.

Hierarquia Urbana e Rede Urbana

A hierarquia urbana nada mais é do que a escala de subordinação entre as cidades, geralmente da seguinte forma: as pequenas cidades que existem aos milhares, que se subordinam as cidades médias, que existem em número menor que as pequenas cidades, estas, as cidades médias, que se subordinam às cidades intermédias. As grandes cidades ou metrópoles, que são muito poucas. Esta teoria está relacionada com o ranking de cidades, desde a mais pequena até à que tem maior população e mais serviços e bens considerados centrais, bem como população. dentro da hierarquia urbana as cidades podem mudar de posição. Exemplo disso é o novo fenômeno de desinvestimento econômico que se verifica em algumas cidades médias e intermédias Portuguesas. O fechamento de fábricas consideradas âncora para a fixação de população e as transferências de população entre as cidades podem fazer variar a sua posição bem como a sua posição hierárquica.

Metrópoles globais: suas áreas de influencia ultrapassam as fronteiras de seus estados, região ou mesmo do país. São metrópoles globais Rio de Janeiro e São Paulo.

Metrópoles nacionais: encontram-se no primeiro nível da gestão territorial, constituindo foco para centros localizados em todos os pontos do país. São metrópoles nacionais Brasília, Rio de Janeiro e São paulo.

Metrópoles regionais: constituem o segundo nível da gestão territorial, e exercem influência na macrorregião onde se encontram. São metrópoles regionais Belém, Belo Horizonte, Curtiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus Porto Alegre, Recife e Salvador.

A urbanização de uma sociedade origina uma rede urbana, isto é, um sistema integrado de cidades que vai das pequenas ou locais às metrópoles ou cidades gigantescas. A regra geral é que para milhares de pequenas cidades existam centenas de cidades médias e poucas metrópoles. A rede urbana nada mais é que a malha metropolitana de um país que constitui-se basicamente de cidade global, metrópole nacional, metrópole estadual, metrópole regional, médias e pequenas cidades.

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Cidades Globais: Termo que designa, em geografia urbana, a grande cidade, de funções complexas, que exerce influência sobre a área contígua dentro da qual comanda toda uma rede de cidades menores.

Metrópoles: Termo que designa, em geografia urbana, a grande cidade, de funções complexas, que exerce influência sobre a área contígua dentro da qual comanda toda uma rede de cidades menores. Aglomerado urbano constituído de várias cidades que cresceram e se uniram por aglutinação.

Médias e pequenas cidades: Uma cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem população, densidade populacional ou estatuto legal, embora sua clara definição não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas. A população de uma cidade varia entre as poucas centenas de habitantes até a dezena de milhão de habitantes. As cidades são as áreas mais densamente povoadas do mundo.

Centros Industriais Brasileiros

Região Sudeste:

São Paulo: No Estado de São Paulo, a maior concentração industrial está localizada na Grande São Paulo, um centro Polindustrial, formado por 39 municípios, entre eles o de São Paulo, constituindo o maior parque industrial da América Latina. Os municípios da Grande ABC (Santo André, São Bernardo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra), também são de grande importância industrial. Osasco, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Suzano também são destaques industriais

Rio de Janeiro: A maior concentração do Estado do Rio de Janeiro está no Grande Rio, um grande centro polindustrial, com destaque para o setor naval e o turismo. Outros centros monoindustriais também merecem destaque como, Petrópolis, Nova Friburgo, Volta Redonda, Barra Mansa, Campos, entro outros. 

Minas Gerais: O Estado de Minas Gerais é rico em recursos minerais, por isso destaca-se em grande centro metalúrgico e siderúrgico, situados na Grande Belo Horizonte (Belo Horizonte, Sabará, Nova Lima, Contagem, Betim) e nos municípios de Mariana, Santa Bárbara, Itabirito, Juiz de Fora, etc. 

Região Sul

Rio Grande do Sul: A capital Porto Alegre é o maior destaque do Estado como centro poliindustrial, e como centros periféricos destacam-se Esteio, Canoas, Gravataí. Além desses, outras cidades ganham destaque, como: Caxias, Novo Hamburgo e Pelotas.

Paraná: O principal destaque vai para a região metropolitana de Curitiba, Ponta Grossa e Guarapuava. 

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Santa Catarina: No Estado de Santa Catarina destaca-se o centro mecânico de Joinville, o pólo ceramista de Criciúma, e indústria de embutidos de Chapecó, e o setor têxtil de Blumenau. 

Região Nordeste

Recife: Destaca-se o distrito industrial do Cabo e os centros industriais: Paulista, Curado, Jabotão e São Lourenço da Mata. 

Salvador: Destacam-se os distritos industriais de Aratu e Camaçari. 

Ceará: Fortaleza é o grande destaque (pólo têxtil). 

Regiões Norte e Centro Oeste: São as duas regiões com a menor participação na produção industrial, apenas 5%. Contudo, nos últimos anos houve um aumento na participação, destacando-se a região metropolitana de Belém do Pará, Manaus no Amazonas com a Zona Franca, e as indústrias de bens de consumo em Goiânia, Anápolis, Campo Grande, Corumbá e Brasília.

Construção de Brasília

Brasília  foi construída (as obras começaram em novembro de 1956, depois de Juscelino sancionar a lei nº 2.874) a fim de ser a nova capital do Brasil. A idéia era transferir a capital do Rio de Janeiro para o interior do país. Ao transladar a capital para o interior, o governo pretendia povoar aquela região. construção de Brasília demorou quase quatro anos, mas depois de três anos a maioria dos seus principais edifícios estava pronta, dentre os quais o Brasília Palace Hotel.

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Metropolização e Crescimento Urbano

A intensa urbanização que vem ocorrendo no Brasil, especialmente a partir de 1950, tem sido acompanhada por um processo de metropolização, isto é, concentração demográfica nas principais áreas metropolitanas do país. Isso significa que as grandes cidades, as metrópoles, crescem a um ritmo superior ao das pequenas e médias cidades. Com o crescimento acelerado dessas grandes cidades e com os processo de conurbação que nelas frequentemente ocorrem, certos problemas urbanos - como os transportes, água, esgotos, uso do solo, etc. - não devem ser tratados isoladamente em cada cidade vizinha, mas em conjunto. Daí surgiu a definição de áreas ou regiões metropolitanas: "um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infra-estrutura comuns”. Assim cada uma dessas nove áreas metropolitanas possui um planejamento integrado de seu desenvolvimento urbano, que é elaborado por um conselho deliberativo, nomeado pelo governo de cada Estado, auxiliado por um conselho consultivo, formado por representantes de cada município integrante da região metropolitana. Procura-se desse modo, tratar de forma global certos problemas que afetam o conjunto da área metropolitana e que anteriormente ficavam a cargo apenas das prefeituras de cada município.

Êxodo Rural e Macrocefalia Urbana

Macrocefalia urbana é um fenômeno urbano que ocorre principalmente em países subedesenvolvidos. É caracterizada pelo desiquilíbrio populacional de uma determinada região que pode ser classificada como cidade, estado ou paós onde se tornam dominantes e autoritárias em relação a outras cidades por ser favorecida pela quantidade de habitantes que contém e também pela grande quantidade de indústrias em seu território. Este fenômeno produz cidades completamente despovidas de infra-estrutura e planejamento, o que provoca marginalização, submoradia, aumento de violência, crimiliadade, desemprego, doenças que são favoráveis à reprodução de outros problemas. Em países desenvolvidos a macrocefalia urbana atinge menores proporções por causa do planejamento dos mesmo e por causa do crescimento urbano gradativo que os perminete estruturar suas cidades.A macrocefalia urbana é considerada como a maior arma letal contra a qualidade de

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vida, mas para os políticos em geral é uma forma de conquistar votos e a confiança da população, pois por meio dos problemas que a macrocefalia urbana provoca estes conseguem construir projetos de urbanização e habitação.

Geralmente o êxodo rural ocorre devido à perda da capacidade produtiva, ou à falta de condições de subsistência, em determinado local que acarretarão no êxodo rural para outra localidade rural, ou, o êxodo rural para localidades urbanas. O mais comum, o êxodo rural para localidades urbanas, acarreta uma série de problemas sociais, estruturais e econômicos para os lugares para onde os “retirantes” se deslocam, legando ao “êxodo” um significado bastante pejorativo. O êxodo pode também ser chamado de “migração” quando dentro das fronteiras de um país ou território, ou “emigração” quando acontece de um país, ou território, para outro. No caso do Brasil, podemos citar vários períodos de migração ao longo de sua história que se caracterizam pelo abandono do campo em busca de melhores condições de vida nas cidades. Na história do Brasil, por exemplo, podemos citar a migração das regiões do nordeste onde predominava a agricultura da cana, para o sudeste onde floresciam as culturas de café ou mesmo para o norte, para os seringais. E, mais tarde, em tempos mais recentes, lá pela década de 50, se inicia uma nova migração, desta vez para a nova capital do país, Brasília. A migração para Brasília fez surgir inúmeras cidadelas que não estavam nos planos de infra-estrutura e que, por terem se instalado nos arredores da grande capital, foram chamadas de “cidades-satélite”. O Brasil presenciou o seu período de maior êxodo rural entre as décadas de 60 e 80 quando aproximadamente 13 milhões de pessoas abandonaram o campo e rumaram em direção aos centros urbanos. Isso equivale a 33% da população rural do início da década de 60. Os principais motivos dessa migração em massa foram a expansão da fronteira agrícola, o modelo de urbanização que incentivava o crescimento das médias e grandes cidades criando oportunidades de empregos que atraíam os moradores do campo, e, a estratégia de modernização da agricultura que incentivava as culturas de exportação e os sistemas modernos de agricultura, práticas que, por sua vez, utilizam menos mão-de-obra que a agricultura tradicional, forçando os trabalhadores excedentes a procurarem outra forma de sustento.

Segregação Espacial

segregação espacial é a separação de grupos sociais ou étinicos dentro de um território. Pode ocorrer na escala infraurbana, urbana regional ou nacional. Pode ser favorecida ou confirmada por lei e legitimada socialmente, levando à formação de áreas segregadas, desiguais, e à formação de espaços de fronteira. A segregação pode portanto obedecer a critérios de etnia, nacionalidade ou classe social e seu caráter espacial é fundamental. Nas metrópoles brasileiras, predomina a segregação por classe social (...) a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole. Quanto maiores diferenças de renda entre grupos e classes sociais, maiores as desigualdades das condições de moradia e de acesso a serviços públicos. A segregação pode ser reforçada pelo próprio poder público, quando prioriza investimentos nas áreas ocupadas pela população de mais alta renda, negligenciando ou simplesmente ignorando a parte ocupada pelos mais pobres. O Estado pode, no entanto, promover a qualificação das áreas mais carentes - através de investimentos em habitação e infraestrutura, transportes, segurança, educação, saúde, lazer e cultura - atenuando a segregação espacial. criação de condomínios fechados é o exemplo mais frequente de segregação no espaço urbano. Impulsionada pelo medo da violência e pela busca de segurança e tranqüilidade, esse fenômeno resulta em redução dos espaços públicos, ao restringir o acesso a determinadas áreas da cidade. Um outro exemplo, mais recente, é a construção de muros

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em torno de áreas consideradas inseguras ou perigosas, na cidade do Rio de janeiro, que segrega comunidades inteiras.

Conclusão

Apenas a parti da década de 40, que se estruturou uma rede urbana em escala nacional. Até então, o

Brasil era formado por “arquipélagos regionais” polarizados por suas metrópoles e capitais

regionais. As metrópoles concentravam os índices de crescimento urbano e econômico e detinham o

poder político em grandes frações do território. A medida que a infra-estrutura de transportes e

comunicações foi se expandindo pelo país, o mercado se unificou e a tendência a concentração

urbano-industrial ultrapassou a escala regional, atingindo o país como um todo. Assim, os grandes

pólos industriais da região Sudeste, passaram a atrair um enorme contingente de mão-de-obra das

regiões que não acompanharam seu ritmo de crescimento econômico e se tornaram metrópoles

nacionais. Os migrantes que a região recebeu eram, constituídos por trabalhadores desqualificados e

malremunerados, que foram se concentrando na periferia das grandes cidades. Com o passar dos

anos, a periferia se expandiu demais e a precariedades do sistema de transportes urbanos levou a

população de baixa renda a preferir morar em favelas e cortiços no centro das metrópoles. A rede

urbana interfere na vida das pessoas de maneiras diferentes. As pessoas de classe social mais alta

podem aproveitar de tudo numa metrópole, todos os recursos estão a disposição. Mas outros que já

não podem nem levar ao mercado o que produzem, são presos aos preços e as carências locais. Para

estes a rede urbana não é totalmente uma realidade. As condições de determinada região

determinam a desigualdade entre as pessoas. Por isso, muitos são cidadãos diminuídos ou

incompletos.

Bibliografia

http://pt.wikipedia.org

WWW.infoescola.com

WWW.brasilescola.com

Livro: geografia do Brasil

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Sumário

Introdução – Urbanização Brasileira

Desenvolvimento – temas:

Rede urbana

Hierarquia urbana

Centros industriais brasileiros

Construção de Brasília

Metropolização

Crescimento urbano

Êxodo rural

Macrocefalia urbana

Segregação espacial

Conclusão

Bibliografia

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Colégio Valparaíso

Urbanização Brasileira

Aluna: Ashley Lisboa

Série: 1º ano EM

Data: 04/11/2010

Professora: Juliana

Matéria: Geografia