UPorto Alumni #04

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04 Esta edição contou com 0 apoio de: Revista dos Antigos Alunos da Universidade do Porto, Nº 04, II Série, Abril de 2008, 2.5 Euros EMPREENDEDORISMO NO CAMPUS, pág 14 COMO JORGE GUIMARÃES PÔS O MUNDO EM ALERT, pág 10 AQUI HÁ GATO, DIZ A NATIONAL GEOGRAPHIC, pág 18 ENTREVISTA A DIRK ELIAS, pág 20 O NORTE EM DEBATE, pág 34 VI MOSTRA DE CIÊNCIA, ENSINO E INOVAÇÃO, pág 36 AS COORDENADAS DA NDRIVE, pág 38 O ESTRANHO CASO DO “BALLET SHUNGÁRIA, pág 42 BISTURI: HISTÓRIAS À FLOR DA PELE, pág 44

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4ª edição da revista dos Antigos Estudantes da Universidade do Porto (U.Porto).

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Esta edição contou com 0 apoio de:

Revista dos Antigos Alunos da Universidade do Porto, Nº 04, II Série, Abril de 2008, 2.5 Euros

EMPREENDEDORISMO NO CAMPUS, pág 14 COMO JORGE GUIMARÃES PÔS O MUNDO EM ALERT, pág 10 AQUI HÁ GATO, DIZ A NATIONAL GEOGRAPHIC, pág 18 ENTREVISTA A DIRK ELIAS, pág 20 O NORTE EM DEBATE, pág 34 VI MOSTRA DE CIÊNCIA, ENSINO E INOVAÇÃO, pág 36 AS COORDENADAS DA NDRIVE, pág 38 O ESTRANHO CASO DO “BALLET SHUNGÁRIA”, pág 42 BISTURI: HISTÓRIAS À FLOR DA PELE, pág 44

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No presente número da nossa revista, o empreendedorismo é o tema em des-taque. A relevância editorial que conferimos à questão mostra bem como a U.Porto está apostada em promover, entre a sua comunidade académica, a

chamada “cultura de risco”, a inovação empresarial e a I&D aplicada. A Universida-de delineou, aliás, uma estratégia de fomento do empreendedorismo que se encontra plasmada no projecto “Viver a Inovação”. Liderado pelo Prof. Novais Barbosa, o “Viver a Inovação” tem o mérito de coordenar, de forma integrada e transversal, uma série de iniciativas de sensibilização para o empreendedorismo e de incremento da ID&I que, por várias razões, se encontravam desirmanadas dentro do campus universitário e por isso perdiam eficácia.A U.Porto está, portanto, a trabalhar afincadamente para criar um ecossistema favorável ao nascimento de projectos de empreendedorismo entre a sua comunidade académica. De resto, já não faltam exemplos de antigos alunos ou mesmo de estudantes que demonstra-ram “cultura de risco” e se aventuraram na criação de start-ups, materializando o conhe-cimento técnico e científico adquirido na U.Porto em projectos empresariais inovadores, tecnologicamente evoluídos e com potencial de internacionalização. Contudo, a intenção da U.Porto é não apenas promover a figura do estudante/empre-endedor, mas também a do professor/empreendedor. Queremos que o corpo docen-te aplique os seus conhecimentos no tecido empresarial, servindo-se do endorsement da U.Porto e formando equipas com estudantes desta instituição universitária. Deste modo, os professores estarão a promover a imagem da Universidade, a contribuir para a economia do nosso país e a criar empregos para jovens qualificados, evitando-se assim a emigração de massa cinzenta.Por outro lado, a U.Porto está a estimular cada vez mais a investigação com impacto exte-rior e capacidade de valorização económica, ao mesmo tempo que se verifica, da parte das empresas, uma maior vontade de converter em valor empresarial o conhecimento produ-zido nas universidades. E assim se obtém o melhor de dois mundos. A U.Porto vê o conhecimento gerado pela sua comunidade académica ganhar uma forte aplicabilidade económica, enquanto as empresas passam a incorporar mais inovação, elevam o perfil tecnológico dos seus produtos/serviços, melhoram os seus modelos de gestão e valori-zam o capital humano. Graças à proficiência das estruturas de formação, de investigação científica e de promoção do empreendedorismo da U.Porto – com destaque, neste último caso, para a UPIN e para o UPTEC –, tanto a comunidade académica como as empresas em geral têm hoje ao seu dispor bastante mais recursos humanos e materiais para desenvolve-rem as suas actividades de ID&I. Neste sentido, a nossa Universidade está também a contribuir para a passagem de uma Sociedade Indus-trial para uma Sociedade do Conhecimento. Importa, aliás, ter presente que a adequação a este novo paradigma de desenvolvimento, no qual o saber científico/tecnológico se apresenta como uma variável empresarial fundamental, é determinante para o crescimento do nosso país. O tecido produtivo português necessita de subir na cadeia de valor, de forma a reforçar a sua competitivida-de à escala global. Por conseguinte, a estratégia de desenvolvimento de Portugal passa, inevitavelmente, pelas instituições do ensino superior, pois estas concentram em si recursos humanos altamente qualificados, conhecimento científico/tecnológico, laboratórios e outros equipamentos de ID&I. A U.Porto está plenamente consciente desta realidade e da responsabilidade acrescida que lhe advém do facto de ser a universidade portuguesa com a maior produção científica – mais de 20% do total nacional.

José Marques dos SantosReitor daUniversidadedo Porto

EDITORIALOPINIÃO DO LEITOR

Estamos numa fase do nosso desenvolvimento individual e co-lectivo em que a necessidade imperiosa de termos educação, instrução e cultura é cada vez mais necessária e raras são as ve-zes que um só individuo consegue agregar as três. Demasiadas vezes andamos em volta da educação e dos muitos erros que a mesma tem, mais que óbvios e reais, sendo que este termo está muito ligado ao Ministério com o mesmo nome, que por-ventura talvez devesse chamar-se (...) de Instrução, dado que na maioria das vezes o que se pretende que seja passado nos estabelecimentos sob a tutela do mesmo é o “acto ou efeito de instruir” ou de ensinar, e não o acto ou efeito de “educar” (…). Instrução será então o acto ou efeito de instruir, logo de ensi-nar, de passar conhecimentos. Por fim, vem a cultura, ou seja, o acto ou efeito de cultivar, de passar saber, de dar a conhecer a História, os historiadores, os inventores, os pintores, os escul-tores, no mais amplo sentido da palavra (…). Torna-se basilar adquirir estes três conhecimentos e por azar, ou por defeito do sistema, tal não está a acontecer, sendo que convém não seguirmos sempre a via mais fácil que é culpar unicamente os sucessivos governos, os Ministérios da Educação, os ministros (…) e ficarmos de bem connosco (…). Sabemos do esforço da grande maioria dos professores, que no aspecto de instrução tentam dar o seu melhor e muitos até sabem entrar pela área da educação. Muitos conseguem fazê-lo e ter bons resultados, outros nem por isso, uns porque só estão preparados para passar instrução, que é a sua obrigação, outros porque apanham educandos sem um mínimo de regras de conduta, logo de educação e nada podem com os mesmo fazer. Será que muitos adultos não têm educação? Não se está a referir instrução. A resposta é afirmativa, logo é impossível passá-la para os mais jovens. Mas será possível assumirem que não têm essa educação? Não é fácil, mas também não é im-possível. E tem que ir sendo passada por todos nas relações interpessoais (…), até criando uma certa vontade em que quem não se considere - não é nada fácil, diga-se!!! - educado o [que] tente passar a ser. Segue-se então a instrução e essa cabe sem dúvida em primeira linha aos professores, que têm que estar muito bem preparados para a saber e poder dar. E a grande maioria já o está. Por fim, a cultura, que vai mais para a forma-ção intelectual, virada para conhecimentos que ultrapassam as necessidades primárias de desenvolvimento para a profissão e que, para além de serem uma boa arma também nesta área, são a base para o conhecimento da vivência humana (...).Muito está ainda por fazer e deve por todos ser feito nestas três áreas e talvez seguindo a ordem: Educação, Instrução e Cultu-ra, com o empenho de governos, de Ministérios da Educação e da Cultura, de empresas e envolvendo mais e melhor os nossos jovens, que são quem mais necessidade terá de não se abstrair de todos estes conhecimentos, que não ocupam espaço e são tão importantes, neste século XXI, era do conhecimento e da informação. Augusto Küttner de Magalhães

Os e-mails destinados à secção “Opinião do Leitor” devem ser en-viados para [email protected], acompanhados do nome do reme-tente, da sua idade, do curso que frequentou na U. Porto, do respec-tivo ano de matrícula e do endereço electrónico pessoal. A revista U.Porto Alumni reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos enviados.

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NO CAMPUSNotícias que marcaram a

actualidade da U.Porto, com destaque para a

constituição do instituto I3S, para o lançamento

de um doutoramento em Nanomedicina e para o aumento do número de

estudantes estrangeiros de mobilidade.

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MÉRITOPrémios, distinções e des-cobertas que valorizam a comunidade académica da U.Porto e são o reconhe-cimento da excelência em diferentes áreas do conhe-cimento.

PERCURSORetalhos da vida do médico Jorge Guimarães, que enveredou, primeiro, pela investigação e só depois pelo empre-endedorismo, com a bem sucedida Alert Life Sciences.

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EM FOCOO “estado da arte” do empreendedorismo na U.Porto e a estratégia gizada pela Universidade para promover a inovação, o espírito empreendedor, as actividades de I&D e a transferência de tecno-logia.

FACE-A-FACEA decisão de instalar o pri-meiro centro de investigação Fraunhofer fora da Alemanha motivou a entrevista a Dirk Elias, o director da estrutu-ra que vai integrar o novo complexo do UPTEC, já neste Verão.

INVESTIGAROs trabalhos de investi-gação que o CIBIO vem realizando sobre a gené-tica e a ecologia do gato-bravo trouxeram a Vairão uma equipa do National Geographic. As fi lma-gens tiveram contornos “hollywoodescos”.

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ALMA MATERFoto-reportagem sobre o edifício da FAUP, uma obra de Álvaro Siza Vieira que, pela sua grandeza estética e funcional, serve de ins-piração aos estudantes de arquitectura.

EMPREENDER Fundada por dois antigos alunos da U.Porto, a NDrive Navigation Systems afi gura-se como uma das mais ino-vadoras PME portuguesas. É responsável pelo primeiro GPS com imagens reais e pelo primeiro telemóvel com software 100% nacional.

38EMPREENDER 38EMPREENDER VIDAS &VOLTASEm Julho de 1951, o Orfeão Universitário do Porto deci-diu parodiar grandes estrelas do showbizz da época. O re-sultado foi o “Ballet Shungá-ria”, cuja diva mais cintilante era Cyd Chourisso.

CULTURAEntre 10 e 13 de Abril, a VI Mostra de Ciência, Ensino e Inovação vai expor o que de melhor a Univer-sidade apresenta em três grandes áreas: Ciências da Saúde; Ciências e Tec-nologias; Ciências Sociais, Artes e Humanidades. 4

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VINTAGEO bisturi é um dos mais emblemáticos instrumentos cirúrgicos. O Museu de His-tória da Medicina da FMUP ajuda a compreender a sua evolução histórico-científi ca.

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CULTURA36

CULTURA

3434PORTO, CIDADE, REGIÃO

O 3º Encontro Porto Cida-de Região mobilizou enti-dades públicas e privadas

numa ampla refl exão sobre as estratégias de

desenvolvimento para o Norte do país, sua capital

e respectiva área metro-politana.

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NO CAMPUS

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Mais de 300 estudantes presentes. Cerca de 200 trabalhos apresentados e 48

horas de debate interdisciplinar em dez áreas científi cas diferentes. Foi em jeito de “ma-ratona” da ciência que o auditório da FAUP recebeu, a 20 e 21 de Fevereiro, o I Encontro de Investigação Jovem na Universidade do Porto (IJUP).Dirigido exclusivamente a estudantes do 1º e 2º ciclos do ensino superior, o IJUP foi uma oportunidade para que universitários de todo o mundo apresentassem os resultados dos seus primeiros projectos de investigação. É que aos estudantes nacionais da U.Porto juntaram-se estudantes Erasmus da Univer-sidade, bem como estudantes de três univer-sidades estrangeiras convidadas: São Paulo (Brasil), Austin e Rutgers (ambas dos EUA).Durante dois dias, a Universidade foi então o “centro de incubação” de novos talentos da in-vestigação mundial. No fi nal, Jorge Gonçalves, vice-reitor da U.Porto, falou numa “experi-ência gratifi cante”, que “ultrapassou as ex-pectativas quer ao nível da adesão, quer pela maturidade com que os jovens apresentaram os seus projectos”. Abertas fi caram também as portas para a continuação deste “projecto de estímulo à investigação jovem na U.Porto, que permitiu conhecer melhor a riqueza produzida na universidade”.De forma a potenciarem ao máximo esta primeira experiência no mundo “real” da in-vestigação científi ca, os participantes no IJUP tiveram ainda a oportunidade de interagir com investigadores “seniores” da U.Porto e das universidades convidadas, entidades ligadas à promoção da ciência em Portugal e outros jovens investigadores com trabalho já consagrado.TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)

FUTURODA CIÊNCIANO IJUP

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Estudar, relaxar ao som de um concerto, estar com os amigos ou fazer um trabalho

de grupo usufruindo das mais modernas tec-nologias. Estas são algumas das propostas do primeiro E-Learning Café da U.Porto, inaugu-rado a 21 de Janeiro.Instalado no complexo de residências do pólo da Asprela, o E-Learning Café assume-se como um espaço inovador no país, destinado a ir ao encontro das necessidades dos milhares de estudantes das 14 faculdades da U.Porto. Desta forma, convívio e aprendizagem reú-nem-se num “espaço acolhedor” que, segundo a pró-reitora Lígia Ribeiro, visa “aproximar e promover a troca de experiências e ideias entre as várias comunidades académicas que povoam o campus da universidade”.Palavras que se articulam nos dois andares de uma edifício (antigo bar do complexo re-sidencial da Asprela) totalmente remodelado pelo arquitecto Pedro Leão Neto (professor da FAUP). O primeiro piso, vocacionado para o convívio, propõe uma refeição saudável na cafetaria, um encontro na zona chillout, um passeio descontraído pelo jardim ou a utili-zação de uma sala multimédia. Já o segundo andar é dominado por uma sala de trabalho equipada para facilitar o trabalho individual e de grupo dos estudantes. O horário alargado e o acesso às mais recen-tes tecnologias (computadores fixos e portá-teis, câmaras de filmar e acesso à Internet sem fios) são outras das mais-valias de um espaço aberto a toda a população. Nesse sentido, as associações de estudantes da U.Porto dina-mizam um intenso programa de actividades culturais, onde se incluem workshops, con-certos, sessões de cinema e teatro, exposições, entre outras.Valências que se devem alargar no futuro, com a criação de espaços semelhantes nos restantes pólos da universidade (Campo Ale-gre e Centro). Para já, o primeiro E-Learning Café da U.Porto pode ser visitado todos os dias da semana, das 10h00 às 2h00.TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)

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DO PAÍS

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NO CAMPUS

Será um dos melhores centros mundiais numa área de investigação de ponta e um

motivo de prestígio para a Universidade”. As perspectivas são de Alberto Amaral e servem de rampa de lançamento para o Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S), o novo organismo nascido do consórcio entre os três principais institutos da U.Porto na área da SaúdeJuntar forças de forma a aprofundar a pesqui-sa nas áreas da Biologia e Bioengenharia para a Saúde é o grande objectivo de um projecto que resulta de uma parceria inédita entre o IBMC, o INEB e o IPATIMUP. Ao todo serão mais de 600 os cientistas reunidos numa das

maiores concentrações de investigadores em Saúde de Portugal. As doenças genéticas, degenerativas e infec-ciosas, bem como as questões relacionadas com o envelhecimento e a regeneração, são algumas das áreas de intervenção onde o I3S irá cruzar o que de melhor se faz nos três ins-titutos. Para Mário Barbosa, director do INEB, “não se trata de uma fusão nem da perda de identidade dos institutos. Trata-se, sim, de uma instituição que visa associar esforços” entre IBMC, INEB e IPATIMUP, “potenciando ao mesmo tempo a colaboração com hospitais e instituições de investigação portuguesas e estrangeiras”.À cabeça da superestrutura vai estar então Alberto Amaral, antigo reitor da U.Porto. O director do I3S realça “o grande impacto a ní-vel da competitividade com o exterior” de um projecto que “pode ser um factor de progresso para o país, ao potenciar o aumento do em-prego e da produção”.A assinatura do contrato de consórcio que deu origem ao I3S teve lugar a 28 de Janeiro, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro José Sócrates. As instalações do novo instituto vão ser construídas no pólo universitário da Asprela, perto do Hospital de S. João e do IPO.TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)

Mariana trocou o sol do Brasil pela “magia” do Porto e pelo “prestígio da

Faculdade de Medicina”. Filipe Alonso deixou a vizinha Espanha para “aprender um novo idioma e uma nova cultura” nos intervalos das aulas da FEUP. Na mesma altura, o belga Tim aventura-se “em busca do sol português”. As palavras espelham apenas algumas das motivações dos cerca de 1120 estudantes da Europa, América Latina e África que, neste ano lectivo, escolheram a U.Porto para estudar no estrangeiro ao abrigo de programas de mo-bilidade internacional. Trata-se de um novo máximo que representa um aumento de 18% em relação ao ano lectivo de 2006/2007.

Comprovando a tendência verifi cada em anos anteriores, o Brasil é o principal país “forne-cedor” da U.Porto, com 456 estudantes em 2007/2008. Os estudantes de Espanha, Itália, Polónia, Turquia, Alemanha, República Checa, França, Roménia e Reino Unido completam o “top 10” de uma “Sociedade das Nações” onde não faltam estudantes do Chile e da Tailândia.Nacionalidades que se fi zeram representar, a 4 de Março, na sessão de boas-vindas aos 339 estudantes estrangeiros que chegaram à U.Porto no segundo semestre. Responsável por dar as boas-vindas aos novos estudantes, a vice-reitora Maria de Lurdes Correia Fer-nandes destacou a “qualidade do ensino e o crescente prestígio internacional da U.Porto” como razões para o aumento da procura da Universidade por jovens de todo o mundo. Já Elisabeth Ribeiro, responsável pelo Serviço de Cooperação com os Países Lusófonos e Lati-no-americanos, destacou uma “aposta onde a Universidade tem tudo a ganhar” e que “mos-tra que a U.Porto não está fechada ao mundo e quer continuar esta abertura de forma cada vez mais forte”.TR

I3S UNE INVESTIGAÇÃO EM SAÚDE

RECORDEDE ESTUDANTESESTRANGEIROS

Comprovando uma aposta cada vez mais for-te no seio da instituição (ver nº3 da Alum-

ni), a U.Porto deu recentemente dois importan-tes passos no sentido de se manter na liderança da formação e investigação de ponta na área das nanotecnologias.O primeiro passo foi dado a 16 de Janeiro, com a assinatura de um protocolo que envolve a academia portuense e mais cinco universidades do Norte de Portugal e da Galiza no lançamento, já em 2008, de um programa conjunto de dou-toramento em Nanomedicina. Aveiro, Minho, Corunha, Santiago de Compostela e Vigo são as universidades que se juntam à U.Porto num doutoramento inédito que, para além de ser lec-

cionado em inglês, prevê a mobilidade dos estu-dantes e professores entre as várias instituições Características que, para o vice-reitor Jorge Gonçalves, completam um “curso com ambição internacional”. Depois de um primeiro ano cur-ricular, os estudantes vão repartir entre Portugal e Galiza três anos de investigação onde traba-lharão as aplicações clínicas das nanotecnolo-gias em áreas como a regeneração de tecidos ou a prevenção e tratamento de doenças. Não se fi cam por aqui, contudo, as conquistas da Universidade numa área na qual muitos apostam “o futuro da medicina”. Desde o dia 1 de Fevereiro que as instalações do Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto (UPTEC), no pólo do Campo Alegre, passaram também a integrar o primeiro centro de inovação em Por-tugal da Ablynx, uma das maiores empresas do mundo na área das nanotecnologias aplicadas à farmacêuticaA opção pela U.Porto nasce da cooperação já existente entre a biofarmacêutica belga e o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC). No novo centro de inovação, cerca de 25 investi-gadores vão procurar desenvolver, em parceria com o IBMC, medicamentos destinados ao com-bate de doenças como o cancro ou Alzheimer.TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)

NA VANGUARDA DA NANOMEDICINA

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Têm mais de 55 anos e são movidos pela vontade de conhecer. Assim se faz o retra-

to dos cerca de 70 estudantes que, entre 20 de Janeiro e 2 de Fevereiro, partilharam as salas da FLUP, no âmbito do programa de inter-câmbio para estudantes seniores promovido pela U.Porto, em parceria com a Universidade Pontificia de Salamanca.A troca de experiências e a actualização de saberes foram os principais motores de uma iniciativa inédita que, durante duas semanas,

propôs aos participantes a vivência conjunta nos corredores do ensino superior. Nesse sen-tido, os estudantes espanhóis juntaram-se aos cerca de 30 estudantes do Programa de Estu-dos Universitários para Seniores da U.Porto (PEUS) que, ao longo deste ano, mostram que “nunca é tarde demais para aprender” nas salas da FLUP. Entre aulas de Literatura Portuguesa, In-glês, Novas Tecnologias e uma viagem pela Geografia e Gastronomia do Porto, houve ainda espaço para um conjunto de visitas de estudo a várias cidades do Norte do país. Em Maio será a vez dos estudantes portugueses partirem para Salamanca para um segundo intercâmbio ibérico.Criado em 2006, o PEUS conta actualmente com cerca de 40 estudantes distribuídos pelos três anos que compõem o programa curricular do curso. A 2 de Março, foi a vez de 28 dos mais “experientes” estudantes da U.Porto darem início às aulas dos segundo (2ª edição) e terceiro (1ª edição) anos. A 3ª edição do pri-meiro ano decorre a partir de Outubro.TR

Aproximar as universidades do meio em-presarial e abrir as portas do mercado

de trabalho aos recém-licenciados. Os objec-tivos estão na base do acordo de cooperação assinado, a 15 de Janeiro, entre a U.Porto e a Qimonda Portugal.A parceria, que envolve ainda as universi-dades do Minho, Aveiro, Nova de Lisboa e o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), vem formalizar uma cooperação antiga entre a U.Porto e a sucursal portuguesa da maior fábrica europeia de produção de memó-rias para computadores e leitores de mp3. Um mundo novo se abre aos futuros engenheiros através da realização de estágios curriculares e profissionais na empresa, bem como a partir da integração de estudantes e docentes em projectos de I&D da Qimonda.Por tudo isto, o reitor da U.Porto destaca aquele que é “mais um exemplo do empenha-mento da Universidade na colaboração com empresas de ponta”. Por outro lado, “significa a abertura de uma via quase certa de emprego para os nossos estudantes. Não é por acaso

INTERCÂMBIOJUNTA ESTUDANTES SENIORES

COOPERAÇÃO COM A QIMONDA PORTUGAL

que dos 80 estagiários que estiveram no ano anterior, 90% ficaram na empresa”, realça José Marques dos Santos.A expressão máxima da ligação já existente entre a U.Porto e a Qimonda Portugal reside na disciplina de Teste de Sistemas Electró-nicos do 5º ano do Mestrado Integrado de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FEUP, ministrada conjuntamente com engenheiros da multinacional alemã. “O facto de podermos ajudar a formar engenheiros de acordo com as nossas necessidades aumenta a capacidade deles virem a ser empregados por nós”, realça Armando Tavares, presidente da Qimonda Portugal, no balanço de uma co-operação que, a partir de 2008, prevê ainda a entrega de prémios anuais aos melhores estu-dantes de Engenharia Informática e de Enge-nharia Electrotécnica e de Computadores.TR (COM JORNALISMO PORTORÁDIO)

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NO CAMPUS

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U ma escola capaz de prestar uma for-mação de qualidade e de competir no

mercado internacional dos MBA. Assim se apresenta a Escola de Gestão do Porto/UPBS – University of Porto Business School, a nova escola de negócios resultante da fusão de to-das as actividades de formação avançada em Gestão desenvolvidas pelas duas business schools integradas na Universidade: a Escola de Gestão do Porto (EGP) e o Instituto de In-vestigação e Serviços da FEP (ISFEP).Apresentada a 4 de Janeiro, aquela que passa-rá a ser a única business school do universo U.Porto está formalmente constituída e ar-rancará com a sua oferta própria de formação já no ano lectivo de 2008/2009. Até 2012, a EGP/UPBS espera facturar 15 milhões de euros. Para tal, o “segredo” passa por “juntar o prestígio da FEP ao know-how que constitui o principal activo da EGP ao nível da formação avançada em Gestão”, explica Daniel Bessa, director da EGP.Na cerimónia de lançamento da escola, o reitor da U.Porto realçou a “importância que pode ter para o progresso económico do país” um organismo que constitui “um exemplo de cooperação dentro da Universidade”. Uma ideia partilhada por Mário Rui Silva, director do ISFEP, que destacou o “contributo funda-mental que a nossa escola pode ter no relan-çar da economia”, garantindo que “na gestão das empresas nacionais estejam executivos capazes de introduzir inovação e internacio-nalização nas organizações”.Mais-valias que a EGP e o ISFEP pretendem potenciar, a breve prazo, com a esperada parceria das universidades de Aveiro, Coimbra e Minho e com o Centro Regional do Porto da Universidade Católica. Em desenvolvimento está a oferta conjunta de um MBA inteiramen-te leccionado em língua inglesa e de um DBA (doutoramento em Business Administration) com relevância internacional. TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)

ESCOLAS DE NEGÓCIOS “UNEM FORÇAS”

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ESTÓRIAS

No início dos anos sessenta pontifi cava, na Faculdade de Ciências, o (já) velho e sábio professor Humberto de Almeida que assombrou gerações de estudantes

das Físico-Químicas e dos Preparatórios de Engenharia com o seu jeito teatral e excessivo de expor as últimas maravilhas da Química Inorgânica, cujo efeito era meticulosamente am-plifi cado com oportunas alusões a importantes reuniões in-ternacionais em que havia participado e discutido todos esses avanços da química moderna com os mais eminentes e lau-reados cientistas do pós-guerra, todos sábios como ele, bem entendido...O clímax atingia-se, invariavelmente, nas épocas de exames, em que os alunos assistiam, mais ou menos estarrecidos e an-gustiados, ao espectáculo de esgares, imprecações (e, às vezes até, elogios) com que o alucinado professor Humberto ia aco-lhendo as respostas às diferentes perguntas que constituíam as provas orais.E como era longa a espera pela saída da pauta com os resulta-dos fi nais!O meu momento, naturalmente, também chegou. Era, aliás, o primeiro exame fi nal da minha ainda incipiente carreira uni-versitária...O exame de Química Inorgânica, naquele tempo, começava com um trabalho prático laboratorial, complementado com uma prova escrita muito abreviada cujo ponto principal (e crí-tico, já se vai ver...) era constituído por uma série de equações químicas de oxidação-redução que o aluno tinha de acertar e que, uma vez corrigidas – no acto! – pelo professor, determina-vam a sorte imediata do examinando: ou era admitido à prova oral, ou teria de repetir o exame numa próxima chamada. E a tudo isto o aluno assistia, ao vivo!...Lá concluí, sem aparentes difi culdades, a minha prova e desci, confi ante, os degraus do anfi teatro para submetê-la à avaliação

in situ do sábio professor Humberto. Tudo parecia ir bem até que o vejo afi velar uma expressão de sofrimento e logo deixar-se cair de borco sobre o tampo negro de ardósia da secretária, enquanto murmurava: “Matou-me! matou-me! Não esperava isto de si, senhor Brochado”; e, riscando um grande traço ver-melho sobre uma das tais equações, vociferou: “ Vá já acertar esta equação, ou então só me volte a aparecer aqui em Setem-bro!”.Retrocedi para o meu lugar com o ritmo cardíaco substan-cialmente acelerado, mirei e remirei atentamente a bendita equação sem, contudo, descortinar qualquer erro ou omissão e, quando já só havia mais um aluno para terminar a sua pro-va, decidi-me a arriscar tudo: risquei completamente a equação suspeita e voltei a reescrevê-la, tal e qual, imediatamente a se-guir. Nem mais.Cerrei os dentes e, fazendo das tripas coração, esbocei um sor-riso vagamente vencedor, desci novamente, com a segurança possível, os degraus do anfi teatro, estendi o papel ao professor e disse: “Aqui está, senhor professor, não sei como pude come-ter um erro destes, peço desculpa”.E não é que começo a ver abrir-se o cenho do velho sábio num sorriso manso de genuína felicidade, tudo isto acompanhado de uma música celestial que só eu, naquela sala, conseguia ou-vir: “Bravo, senhor Brochado! Eu sabia que o senhor não me ia deixar fi car mal. Cá o espero para a prova oral (!)”.Ainda hoje estou para saber se a tal equação estava ou não erra-da, mas do que nunca duvidei foi que tinha acabado de superar a primeira grande prova de fogo da minha vida de estudante.Estórias...

...e só sábios éramos sete!*

Armando BrochadoEngenhariaQuímico-Industrial1960/67

* Alcunha pela qual era conhecido, entre os alunos, o Professor Humberto de Almeida.

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É médico, mas o soletrar dos dias manteve-o caprichosamente apartado da bata branca e do estetoscópio. Da medicina tem uma visão heterodoxa que o empurrou, primeiro, para a com-plexidade da investigação genética e, mais tarde, para o impre-visível mundo dos negócios. Hoje é, à falta de uma expressão mais feliz, um empresário de sucesso. Aos 41 anos, Jorge Gui-marães vê o software clínico que desenvolveu e comercializa ser utilizado em 70% dos hospitais portugueses e em cente-nas de unidades de saúde espalhadas por quatro continentes: África, América, Ásia e Europa. Não satisfeito, perspectiva para os próximos anos um “crescimento explosivo” da Alert Life Sciences – empresa responsável por ferramentas digitais desti-nadas à introdução e gestão de informação clínica em serviços de saúde.A vocação empreendedora de Jorge Guimarães explica-se, se-gundo o próprio, de forma singela: “ganhei muito novo o há-bito de trabalhar”. Em Darque, freguesia de Viana do Castelo onde nasceu em 1967, o fundador e actual CEO da Alert Life Sciences repartia o tempo entre os estudos e o trabalho na fá-brica de transformação de pedra do pai. Desde os 15 anos e quase até ao fi nal da licenciatura, a austeridade paterna fê-lo experimentar o duro trabalho braçal. Uma lição de vida que hoje agradece e aconselha às novas gerações.De resto, acartar pedra não o impediu de concluir o secundário com média sufi ciente para ingressar, em 1985, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. “O que me levou para Medicina foi achar, tal como Descartes, que era a ciência mais útil”, esclarece. Contudo, não se adaptou a Coimbra e, por isso, estudou com afi nco na esperança de poder ser transferido para o Porto, o que aconteceria no ano lectivo de 1986/87. Na capital nortenha, ingressou então na respectiva Faculdade de Medicina (FMUP) e a sua “vida acelerou imenso”. “Para mim, o Porto foi a cidade que me fez. Cheguei e adorei o espírito do Hospital de S. João”, diz. Na FMUP percebeu que queria dedicar-se exclusivamente à in-vestigação – “a minha ideia era descobrir, criar conhecimento” – e logo tratou de arrumar a sua vida nesse sentido. Primeiro passou pelo Centro de Citologia Experimental da Universidade Porto (hoje IBMC/INEB), onde trabalhou com os professores Manuel Teixeira da Silva e Maria de Sousa. Mais tarde, enquan-to realizava o internato geral no Hospital de S. João, concluiu vários cursos avançados no Instituto Gulbenkian de Ciência, já com o fi to de prosseguir uma carreira de investigador no estrangeiro. Foi num desses cursos que conheceu os investiga-

PERCURSO

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dores Paulo Vieira e Anne O’Gara, ambos a trabalhar no DNAX Research Institute, sedeado em Palo Alto, na Califórnia. Por sugestão dos dois cientistas candidatou-se a um lugar no refe-rido instituto norte-americano, tendo, para tanto, obtido uma bolsa da JNICT – Junta Nacional de Investigação Científi ca e Tecnológica (actual FCT). É assim, na condição de bolseiro, que ingressa, em Setembro de 1993, no DNAX para fazer um doutoramento em Biologia Molecular da Hematopoese. De seguida, concluiu dois pós-docs: um em Biologia do RNA, na Universidade da Califórnia (Santa Cruz); e um outro em Tera-pêutica Genética, na Universidade de Stanford. O sucesso científi co contrastava, porém, com as agruras fi -nanceiras da vida de bolseiro. Daí que começasse a fermentar na sua cabeça a ideia de abraçar a actividade empresarial. “À época, vivia com a minha ex-mulher e as minhas duas fi lhas. Tinha dívidas para pagar e queria mudar de vida. Além disso, achei que já não ia conseguir ser Prémio Nobel da Medicina como pretendia”, esclarece Jorge Guimarães.

O mundo em estado de AlertNa mesma altura, toma conhecimento do Grande Prémio Bial de Medicina, que em 1996 havia distinguido Maria de Sousa. Decide então concorrer ao galardão, tendo, para tanto, reescrito a sua tese de doutoramento. E é com o estudo sobre a Hemato-poese que conquista a edição de 1998 do prémio, arrecadando assim os 75 mil euros de gratifi cação pecuniária. Deste mon-tante retirou 20 mil euros para pagamento das dívidas pes-soais e investiu o remanescente na criação da empresa MNI – Médicos na Internet. “O propósito era fornecer serviços de saúde via Internet, nomeadamente aconselhamento médico e um fi cheiro electrónico individual de saúde. Mas rapidamente percebi que não estávamos em condições de pôr em prática um fi cheiro electrónico individual de saúde, porque nos hospitais, nos centros de saúde e nos consultórios a informação era toda registada em papel”, recorda Jorge Guimarães.Houve, portanto, necessidade de reorientar o negócio que, em 1999, havia arrancado num exíguo T1 no centro do Porto. Con-tudo, a aposta nas novas tecnologias era para continuar, tanto mais que se vivia então a “bolha” da Economia Digital. De res-to, Jorge Guimarães tinha, nos últimos anos de investigação, adquirido vasta experiência em bioinformática. E é neste con-texto que, observando o bulício de uma urgência hospitalar, o médico/empresário tem a ideia de criar um software clíni-co que garantisse o fl uxo de trabalho nas unidades de saúde

RETALHOSDA VIDA DEUM MÉDICO

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e as libertasse das montanhas de papel que empancavam os seus ser-viços. Nasce assim o produto Alert que, entre outras valências, permite documentar, em tempo real, as ac-tividades dos profi ssionais que se relacionam com os utentes dos serviços de saúde, através de um ergonómico sistema de monito-res sensíveis ao tacto. A concepção tecnológica e o design do Alert são 100% na-

cionais, tendo o seu desenvolvimento sido concluído em Fevereiro de 2001. Mais tarde, em Maio de 2003, o pro-duto entra em funcionamento no Hospital de Chaves, com o apoio fi nanceiro da Agência para a Inovação. Vencidas algumas resistências, designadamente por parte dos médicos, o Alert foi sendo sucessivamente adoptado em unidades de saúde um pouco por todo o país. Na passagem de 2004 para 2005, o mesmo software clínico passa a equipar hospitais norte-ame-ricanos, forçando Jorge Guimarães a repartir a sua residência entre o Porto e a Virgínia, nos EUA. A entretanto rebaptizada Alert Life Sciences tinha, então, o mundo a seus pés. Seguiram-se contratos em Espanha, Itália, Holanda, França, Brasil, Mé-dio Oriente, Malásia, Singapura, Canadá, Norte de África, entre outros países e regiões. Hoje, o grupo conta com seis subsidiárias e 31 distribuidores espa-lhados pelo mundo. Com um ritmo de crescimento anual de cerca de 100%, a Alert Life Sciences fac-turou, em 2007, 23,2 milhões de euros (20% deste valor foi investido em I&D) e emprega actualmente cerca de 400 pessoas (rondam as 300 só no Porto). Em 2007, a empresa conquistou o Prémio PME Ino-vação COTEC-BPI. Agora, o grande desafi o de Jorge Guimarães é a criação da Fundação Alert, já aprovada em assembleia-geral. Ainda na gaveta dos sonhos está o projecto de fundar a Alert Biotech, uma empresa de investigação científi ca na área do envelhecimento. “Se a Alert vier a facturar, como eu espero, um bilião de euros dentro de quatro a cinco anos, com certeza que haverá a Alert Biotech”, garante Jor-ge Guimarães.

e as libertasse das montanhas de papel que empancavam os seus ser-viços. Nasce assim o produto Alert que, entre outras valências, permite documentar, em tempo real, as ac-tividades dos profi ssionais que se relacionam com os utentes dos serviços de saúde, através de um ergonómico sistema de monito-

A concepção tecnológica e o design do Alert são 100% na-

cionais, tendo o seu desenvolvimento sido concluído em Fevereiro de 2001. Mais tarde, em Maio de 2003, o pro-duto entra em funcionamento no Hospital de Chaves, com o apoio fi nanceiro da Agência para a Inovação. Vencidas algumas resistências, designadamente por parte dos médicos, o Alert foi sendo sucessivamente adoptado em unidades de saúde um pouco por todo o país. Na passagem de 2004 para 2005, o mesmo software clínico passa a equipar hospitais norte-ame-ricanos, forçando Jorge Guimarães a repartir a sua

A entretanto rebaptizada Alert Life Sciences tinha, então, o mundo a seus pés. Seguiram-se contratos em Espanha, Itália, Holanda, França, Brasil, Mé-dio Oriente, Malásia, Singapura, Canadá, Norte de África, entre outros países e regiões. Hoje, o grupo conta com seis subsidiárias e 31 distribuidores espa-lhados pelo mundo. Com um ritmo de crescimento anual de cerca de 100%, a Alert Life Sciences fac-turou, em 2007, 23,2 milhões de euros (20% deste valor foi investido em I&D) e emprega actualmente cerca de 400 pessoas (rondam as 300 só no Porto). Em 2007, a empresa conquistou o Prémio PME Ino-

Agora, o grande desafi o de Jorge Guimarães é a criação da Fundação Alert, já aprovada em assembleia-geral. Ainda na gaveta dos sonhos está o projecto de fundar a Alert Biotech, uma empresa de investigação científi ca na área do envelhecimento. “Se a Alert vier a facturar, como eu espero, um bilião de euros dentro de quatro a cinco anos, com certeza que haverá a Alert Biotech”, garante Jor-

e as libertasse das montanhas de papel que empancavam os seus ser-viços. Nasce assim o produto Alert que, entre outras valências, permite documentar, em tempo real, as ac-tividades dos profi ssionais que se relacionam com os utentes dos serviços de saúde, através de um ergonómico sistema de monito-

A concepção tecnológica e o design do Alert são 100% na-

cionais, tendo o seu desenvolvimento sido concluído em Fevereiro de 2001. Mais tarde, em Maio de 2003, o pro-duto entra em funcionamento no Hospital de Chaves, com o apoio fi nanceiro da Agência para a Inovação. Vencidas algumas resistências, designadamente por parte dos médicos, o Alert foi sendo sucessivamente adoptado em unidades de saúde um pouco por todo o país. Na passagem de 2004 para 2005, o mesmo software clínico passa a equipar hospitais norte-ame-ricanos, forçando Jorge Guimarães a repartir a sua

A entretanto rebaptizada Alert Life Sciences tinha,

valor foi investido em I&D) e emprega actualmente cerca de 400 pessoas (rondam as 300 só no Porto). Em 2007, a empresa conquistou o Prémio PME Ino-

Agora, o grande desafi o de Jorge Guimarães é a criação da Fundação Alert, já aprovada em assembleia-geral. Ainda na gaveta dos sonhos está o projecto de fundar a Alert Biotech, uma empresa de investigação científi ca na área do envelhecimento. “Se a Alert vier a facturar, como eu espero, um bilião de euros dentro de quatro a cinco anos, com certeza que haverá a Alert Biotech”, garante Jor-

Observando o bulício de uma urgência

hospitalar, o médico/empresário tem a ideia de criar um software clínico

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Eduardo Castro e João Lopes dos San-tos, ambos investigadores do Depar-

tamento de Física da FCUP, integram a equipa internacional de físicos que anunciou recentemente a descoberta de um semicondutor que permite va-riar com maior facilidade a frequência de uma fonte de radiação. A descoberta, que pode abrir novas possibilidades de aplicação na área da electrónica, mere-ceu destaque no boletim electrónico do prestigiado Institute of Physics (IOP). Base de toda a indústria electrónica, os materiais semicondutores possuem uma gama de energias – energia proi-bida – que só era possível variar através de um novo dispositivo ou modificando a composição do próprio material. No semicondutor desenvolvido em parce-ria com a FCUP – a partir da sobrepo-sição de duas camadas de grafeno – tal variação torna-se possível colocando o dispositivo dentro de um condensador e aplicando a voltagem desejada.O semicondutor foi preparado no Labo-ratório de Andre Geim, na Universidade de Manchester. Eduardo Castro e João Lopes dos Santos, respectivamente es-tudante de doutoramento (e primeiro autor do artigo no IOP) e professor da FCUP, fazem parte da equipa de teóri-cos que colaborou na modelização do material.

Uma proposta de investigação na área do cancro da tiróide apre-

sentada por uma equipa do Instituto de Patologia e Imunologia Molecu-lar da U.Porto (IPATIMUP) foi dis-tinguida com o Prémio Prof. Eduard Limbert SPEDM/GENZYME 2008. Liderado pelos investigadores Catarina Eloy e Manuel Sobrinho Simões (su-pervisão), o estudo analisa a associação de determinadas proteínas – nomea-damente a TFG-beta – ao nível da es-timulação ou inibição do crescimento daquele tipo de tumor.O trabalho de investigação, premiado com cinco mil euros pela GENZYME e pela Sociedade Portuguesa de Endocrino-logia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), terá a duração de um ano. Em caso de sucesso, e de acordo com Catarina Eloy, o estudo pode “abrir portas para futuros tratamentos” mais adequados a cada caso de cancro da tiróide – que em Portugal afecta cerca de 500 pessoas por ano e é um dos cancros com maior taxa de cura – permitindo “poupar os doentes com bom prognóstico a tratamentos agressivos e tratar mais agressivamente os tumores com elevado potencial de malignidade”.Licenciada em Medicina e estudante de doutoramento na FMUP, Catarina Eloy é médica interna de Anatomia Patológi-ca no Hospital de S. João e professora convidada da FMDUP. Sobrinho Simões é professor catedrático da FMUP e direc-tor do IPATIMUP.

FÍSICOS DESCOBREMSEMICONDUTOR INOVADOR

PRÉMIO PARA ESTUDO SOBRE CANCRO DA TIRÓIDE

Dorothy Maggs, DaniUP Freenote e Benzinho Radek. Ou melhor,

Ana Dias Gomes, Diogo Franco e Fer-nando Melo, todos eles estudantes do Mestrado em Multimédia da FEUP, foram os vencedores do Concurso de Ideias para a “ilha” da U.Porto no fa-moso mundo virtual Second Life.A votação decorreu durante o mês de Ja-neiro e envolveu 19 propostas da autoria de cerca de 60 estudantes. No final, a escolha dos visitantes da ilha recaiu so-bre “Boxes”, um projecto onde 14 caixas transparentes se dispõem, em quadrado, à volta de um anfiteatro central, e onde não faltam espaços para investigação, ensino e convívio. A verdade é que qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência no renovado “pólo” virtual da U.Porto. Entre espaços para debater trabalhos de investigação ou aceder a ofertas de emprego, zonas de lazer e salas de con-ferências, o visitante é convidado a te-leportar-se para um “espaço interactivo que aproxime as 14 faculdades da Uni-versidade”, explica Ana Gomes/Dorothy Maggs.Ana Dias Gomes é licenciada em Design de Comunicação pela FBAUP. Fernando Melo tem licenciatura em Matemática pela FCUP. Já Diogo Franco é licenciado em Produção e Tecnologias da Música pela ESMAE/IPP.

“BOXES”VENCE CONCURSO SECOND LIFE

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P artiram de uma proteína existente na carraça do gado para descobrir o

que pode ser uma nova arma no comba-te contra doenças cardiovasculares. Foi esse o caminho percorrido por Sandra Macedo-Ribeiro e Pedro Pereira, inves-tigadores do Instituto de Biologia Mo-lecular e Celular (IBMC) da U.Porto e autores de um estudo que resultou na descoberta de um novo anticoagulante.Publicado na revista norte-americana PLoS ONE, o trabalho tem como ponto de partida o facto de a carraça bovina se alimentar de sangue e, como tal, pos-suir um sistema de anticoagulaçao mais eficaz. É nesse processo que participa a boofilina, uma enzima que, segundo Sandra Ribeiro, se distingue de outras proteínas inibidoras por “bloquear si-multaneamente duas proteínas forma-doras do coágulo, num sistema 2 em 1”. Comprovando-se a eficácia do novo anticoagulante, podem abrir-se as portas ao desenvolvimento de medicamentos mais eficazes na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares, principal causa de morte não acidental nos países desenvolvidos.Licenciados em Bioquímica pela FCUP, Pedro Pereira e Sandra Macedo-Ribeiro são investigadores auxiliares no IBMC. O primeiro é doutorado em Ciências Bio-médicas pelo ICBAS, enquanto a cientis-ta tem doutoramento em Química, pela Universidade Técnica de Munique (Ale-manha).

Rui Pinho, licenciado em Engenharia Civil pela FEUP, acaba de vencer a

edição 2007 do prémio internacional para Inovação em Engenharia Sísmica. Trata-se de um galardão atribuído pelo Instituto Internacional de Investigação em Engenharia Sísmica (Califórnia, EUA), que reconheceu a este antigo alu-no da FEUP “excepcional capacidade de desenvolvimento e liderança de iniciati-vas destinadas à redução do risco sísmi-co mundial”. Com doutoramento em Engenharia Sísmica obtido no Imperial College de Londres, Rui Pinho foi premiado pelo seu papel no desenvolvimento da ROSE School (Pavia, Itália), uma escola dedica-da exclusivamente à formação de mes-tres e doutorados em engenharia sísmi-ca, hoje amplamente reconhecida como líder internacional no sector. O cargo de director operativo do maior projecto europeu em engenharia sísmi-ca (LESSLOSS, uma rede de investiga-ção de 50 instituições europeias), assim como a criação e direcção técnica da SeismoSoft (empresa dedicada à distri-buição gratuita de aplicativos software), contribuíram também de forma decisiva para a atribuição deste prémio. Actualmente docente da Universidade de Pavia, Rui Pinho é coordenador do sector de Risco Sísmico do Centro Eu-ropeu para Investigação e Formação em Engenharia Sísmica.

Jorge Miguel Milhazes de Freitas, pro-fessor do Departamento de Matemá-

tica Pura da FCUP e membro do Centro de Matemática da U.Porto, foi o vence-dor da terceira edição do Prémio José Anastácio da Cunha. Este galardão dis-tingue, anualmente, as melhores disser-tações de doutoramento em Matemática que tenham sido orientadas por inves-tigadores ou professores de instituições portuguesas.Intitulado “Statistical Stability for Cha-otic Dynamical Systems”, o estudo pre-miado – com 20 mil euros – procura determinar o comportamento futuro das órbitas de um sistema. Demonstrar a estabilidade desse comportamento é o objectivo de uma dissertação realizada sob a orientação de José Ferreira Alves e Maria de Fátima Pires de Carvalho, am-bos professores da FCUP.O júri do prémio atribuído a Jorge Frei-tas foi composto por professores da Uni-versidade de Lisboa, Instituto Superior Técnico e Universidade de Coimbra, destacando-se ainda a presença de Peter Gothen, também professor e investiga-dor do Departamento de Matemática Pura da FCUP.

EX-ALUNO DA FEUPVENCE PRÉMIO INTERNACIONAL

GALARDÃO PARA MATEMÁTICODA FCUP

IBMC DESENVOLVE NOVO ANTICOAGULANTE

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EM FOCO

novação e empre-endedorismo são as buzzwords do mo-

mento, sendo recorrente a sua utilização no espaço público. Mas mais do que uma moda, a vulgarização dos dois termos resulta de um consenso alargado sobre a importância das empresas para a criação de riqueza, expansão da oferta de emprego e incremen-to da competitividade do país. Contudo, Portugal apresenta uma taxa de actividade empreendedora que se estima ser metade da média europeia e muito do seu empreendedorismo não é quali-fi cado, resultando bastantes vezes da necessidade de contornar as difi culdades de integração no mercado de trabalho.Esta última conclusão é corroborada pelo Observatório da Criação de Empresas do IAPMEI, a partir de inquéritos reco-lhidos pelos Centros de Formalidades das Empresas, em 2006, respeitantes a 1084 sociedades e 1748 empresários. O estudo publicado em Maio de 2007 indicava que 71,3% dos empreen-dedores portugueses contam apenas com o ensino secundário entre as suas habilitações literárias. Só 22,6% dos empreende-dores são licenciados e mais 6,1% têm, para além disso, uma pós-graduação, mestrado ou doutoramento. A situação tende, contudo, a melhorar ligeiramente com a diminuição da idade dos empreendedores: no escalão entre os 26 e os 35 anos, o peso dos licenciados ou pós-graduados é superior a 37%, ao mesmo tempo que a percentagem de indivíduos com o ensino secundário, ou menos, desce para os 42%.À semelhança das restantes instituições de ensino superior por-tuguesas, a U.Porto só nos últimos anos passou efectivamente a investir na inovação e no empreendedorismo enquanto factores de valorização académica. Todavia, não faltam exemplos de em-preendedores de sucesso que passaram pelos bancos da U.Porto e aí absorveram um conhecimento essencial para as suas acti-

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As instituições de ensino superior já não se diferenciam apenas pela qualidade pedagógica e pela investigação cientí-fi ca. Hoje, o mérito das universidades mede-se também pela capacidade de

converter o conhecimento em valor em-presarial. Daqui resulta um esforço cada vez mais notório na promoção da inova-

ção e da cultura de risco. Neste domínio, a U.Porto gizou uma estratégia que co-

meça a dar os primeiros frutos. Aqui fi ca o retrato possível do empreendedorismo

na comunidade académica portuense.

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vidades empresa-riais. Entre os empresários do pós-25 de Abril ligados à U.Porto figuram, por exemplo, António Mota (Mota-Engil), Armando Tavares (Qimonda), Artur Duarte (Aerosoles), Belmiro de Azevedo (So-nae), Carlos Martins (Martifer), Carlos Moreira da Silva (BA Vi-dro), João Serrenho (CIN), Jorge Armindo (Amorim Turismo), Jorge Jardim Gonçalves (ex-BCP), Ludgero Marques (Cifial), Luís Portela (Bial), Manuel Ferreira de Oliveira (Galp), Manue-la Tavares de Sousa (Imperial) e Vasco Teixeira (Porto Editora). Dos projectos empresariais mais recentes merecem destaque a Alert Life Sciences, a Biocodex, a Bioskin, a BLB Engenharia, a CentralCasa, a FiberSensing, a Fluidinova, a Genetest, a Imu-noStar, a iPortalmais, a NDrive Navigation Systems, a Neosco-pio, a Nonius Software ou a Shortcut, entre outros.

Potencial empreendedor De resto, dados não oficiais apontam para um número de spin-offs da U.Porto ligeiramente superior às três dezenas, dos quais 17 teriam origem na FEUP e instituições afectas a esta faculda-de, como o INESC/Porto. Mais concreto é o número de proces-sos de spin-off que estão a ser apoiados pela UPIN – Universida-de do Porto Inovação: 15, na sua maioria referentes a projectos seed capital (ideias/protótipos que se podem tornar empresas). Quanto ao registo de patentes em nome da Universidade (até 15 de Fevereiro), a UPIN aponta para 30 patentes portuguesas,

18 extensões PCT (Tratado de Coo-

peração em Matéria de Patentes), uma patente

francesa e uma outra norte-americana.

Outro dado importante para aferir o “es-tado da arte” do empreendedorismo na U.Porto é

a procura dos serviços de incubação do UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (ver pág. 17). Apesar de funcionar ainda em instalações provisórias, a incubadora do UPTEC acolhia, até Março último, 16 projectos de base tecnológica (start-ups e seed capital), cobrindo áreas de negócio tão variadas como as TIC, a automação e robótica, a indústria cimenteira, a monitorização de estruturas, os dispo-sitivos para diagnóstico humano e veterinário, a ecoeficiência energética e os compósitos. E se já não faltam exemplos concretos de empreendedorismo a partir da U.Porto, também é verdade que muitos outros pro-jectos empresariais podem, em breve, ver a luz do dia. É esta a conclusão que se retira do número de atendimentos personali-zados realizados pela UPIN (pessoalmente ou via telefone e e-mail), que rondou, em 2007, os 980. Como o apoio da UPIN se centra nas actividades de I&D, na transferência de tecnologia e no empreendedorismo de base tecnológica, deduz-se que to-dos os membros da comunidade académica que solicitaram os atendimentos personalizados têm interesse nestas áreas vitais para o desenvolvimento económico.Há, portanto, um potencial empreendedor latente na comuni-dade académica da U.Porto, como se pode constatar igualmen-te pelos resultados da investigação conduzida, no ano transac-to, por Aurora Teixeira. O estudo da docente da FEP analisou a

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EM FOCO

propensão para o empreendedorismo dos estudantes fi nalistas da U.Porto, a partir de um inquérito realizado entre Setembro de 2006 e Março de 2007. Foram sondados os 3761 fi nalistas dos 62 cursos da Universidade (65% dos inquiridos responderam), tendo-se apurado que cerca de 27% dos estudantes tencionavam, depois de concluído o curso, montar um negócio ou trabalhar por con-ta própria. Este potencial empreendedor não difere muito dos valores obtidos por estudos similares em países como a Ale-manha ou a França (25%), embora esteja bastante distante dos resultados registados na Áustria (36%) ou nos EUA (50%).

“Viver a Inovação”Neste contexto, a U.Porto gizou uma estratégia de promoção do empreendedorismo que tem como principal esteio o “Viver a Inovação”. Este projecto, que arrancou no início do ano lectivo de 2007/2008 e se estenderá por três anos, veio articular uma série de iniciativas da U.Porto na área do empreendedorismo.

Já distinguido com o Prémio Fo-mento do Empreendedorismo

2007, da COTEC Portugal, o “‘Viver a Inovação’ tem por objectivo cobrir uma lacuna que a Universidade

do Porto tinha, e ainda tem: o desenvolvimento de uma cul-tura empreendedora entre a sua comunidade académica. Só muito recentemente, a

Universidade começou a pre-ocupar-se em tirar partido do

potencial económico da investi-gação que realiza no seu interior”,

confessa José Novais Barbosa, gestor do projecto e antigo reitor da U.Porto. Com base nestas premissas, o “Viver a

Inovação” cobre toda a cadeia de valor do empreendedorismo. O projecto comporta

a sensibilização para a inovação, a forma-ção em empreendedorismo, a investigação e desenvolvimento tecnológico dos projectos,

a transferência de tecnologia, o fi nancia-mento/investimento, o registo de pa-tentes e a incubação de empresas. Tudo isto tendo em vista a vivência do pro-cesso real de inovação e empreendedo-rismo entre a comunidade académica da U.Porto (estudantes, antigos alunos,

docentes e investigadores), combinando a constituição de redes sociais com uma formação catalisadora de oportunidades.Com um orçamento global que ultrapassa os 700 mil euros, o “Viver a Inovação” inclui formação creditada para estudantes do 1º e 2º ciclos, leccionada com base na experiência acumulada ao lon-go dos últimos anos no Mestrado em Inovação e Empreendedoris-mo Tecnológico (MIETE). No 1º ciclo, as disciplinas propostas são ministradas extracurri-cularmente, mas integram o MIETE e, por isso, permitem aos estudantes realizar créditos já acreditados pela Direcção Geral do Ensino Superior. Ao longo do 2º ciclo, os estudantes têm a possibilidade de continuar a sua formação em inovação e empreendedorismo tecnológico frequentando três disciplinas mais avançadas. Esta formação pode, igualmente, ser realizada extracurricularmente ou, em alternativa, sob a forma de um minor, que consiste numa especialização menor com base na obtenção de créditos noutros cursos. O projecto abarca ainda uma formação em “janela deslizante”, formação essa dividida em 14 módulos. Os módulos iniciais visam a sensibilização para o empreendedorismo e o conhe-cimento do processo. Já os módulos seguintes são apenas abertos às equipas que entretanto avancem no seu trabalho e cumpram os objectivos traçados no fi nal das sessões. Com este modo de funcionamento, cada equipa impõe o seu próprio rit-mo de trabalho e é encorajada a criar o seu negócio no mais curto espaço de tempo. O “Viver a Inovação” integra ainda os projectos LIDERA, que se baseiam num programa inovador lançado, em 2004, pela FEUP, com a sigla PESC (Projectar, Empreender. Saber Concre-tizar). A ideia agora é estender este programa a toda a U.Porto, promovendo a realização de projectos multidisciplinares entre estudantes das várias faculdades. Cada projecto deve ser rea-lizado por uma equipa de cinco a 12 estudantes, tendo como objectivo fi nal o lançamento de spin-offs empresariais. Para No-vais Barbosa, os projectos LIDERA são “o grande desafi o do ‘Viver a Inovação’”, pois “é preciso que as faculdades acolham bem a iniciativa” cujo arranque está previsto para Setembro. Por ora, o gestor do projecto está optimista quanto à adesão das unidades orgânicas, tendo já a indicação de que a Faculdade de Medicina vai avançar com os LIDERA.

O papel das universidadesPara Armindo Monteiro, presidente da ANJE – Associação Na-cional de Jovens Empresários, “o esforço da Universidade do Porto [na promoção do empreendedorismo] é meritório e deve

EM FOCO

apurado que cerca de 27% dos estudantes tencionavam, depois de concluído o curso, montar um negócio ou trabalhar por con-ta própria. Este potencial empreendedor não difere muito dos valores obtidos por estudos similares em países como a Ale-manha ou a França (25%), embora esteja bastante distante dos resultados registados na Áustria (36%) ou nos EUA (50%).

Neste contexto, a U.Porto gizou uma estratégia de promoção do empreendedorismo que tem como principal esteio o “Viver a Inovação”. Este projecto, que arrancou no início do ano lectivo de 2007/2008 e se estenderá por três anos, veio articular uma série de iniciativas da U.Porto na área do empreendedorismo.

Já distinguido com o Prémio Fo-mento do Empreendedorismo

2007, da COTEC Portugal, o “‘Viver a Inovação’ tem por objectivo cobrir uma lacuna que a Universidade

do Porto tinha, e ainda tem: o desenvolvimento de uma cul-tura empreendedora entre a sua comunidade académica. Só muito recentemente, a

Universidade começou a pre-ocupar-se em tirar partido do

potencial económico da investi-gação que realiza no seu interior”,

confessa José Novais Barbosa, gestor do projecto e antigo reitor da U.Porto. Com base nestas premissas, o “Viver a

Inovação” cobre toda a cadeia de valor do empreendedorismo. O projecto comporta

a sensibilização para a inovação, a forma-ção em empreendedorismo, a investigação e desenvolvimento tecnológico dos projectos,

a transferência de tecnologia, o fi nancia-

docentes e investigadores), combinando a constituição de redes sociais com uma formação catalisadora de oportunidades.Com um orçamento global que ultrapassa os 700 mil euros, o “Viver a Inovação” inclui formação creditada para estudantes do 1º e 2º ciclos, leccionada com base na experiência acumulada ao lon-go dos últimos anos no Mestrado em Inovação e Empreendedoris-mo Tecnológico (MIETE). No 1ºciclo, as disciplinas propostas são ministradas extracurri-cularmente, mas integram o MIETE e, por isso, permitem aos estudantes realizar créditos já acreditados pela Direcção Geral do Ensino Superior. Ao longo do 2º ciclo, os estudantes têm a possibilidade de continuar a sua formação em inovação e empreendedorismo tecnológico frequentando três disciplinas mais avançadas. Esta formação pode, igualmente, ser realizada extracurricularmente ou, em alternativa, sob a forma de um minor, que consiste numa especialização menor com base na obtenção de créditos noutros cursos. O projecto abarca ainda uma formação em “janela deslizante”, formação essa dividida em 14 módulos. Os módulos iniciais visam a sensibilização para o empreendedorismo e o conhe-cimento do processo. Já os módulos seguintes são apenas abertos às equipas que entretanto avancem no seu trabalho e cumpram os objectivos traçados no fi nal das sessões. Com este modo de funcionamento, cada equipa impõe o seu próprio rit-mo de trabalho e é encorajada a criar o seu negócio no mais curto espaço de tempo. O “Viver a Inovação” integra ainda os projectos LIDERA, que se baseiam num programa inovador lançado, em 2004, pela FEUP, com a sigla PESC (Projectar, Empreender. Saber Concre-tizar). A ideia agora é estender este programa a toda a U.Porto, promovendo a realização de projectos multidisciplinares entre estudantes das várias faculdades. Cada projecto deve ser rea-lizado por uma equipa de cinco a 12 estudantes, tendo como objectivo fi nal o lançamento de spin-offs empresariais. Para No-spin-offs empresariais. Para No-spin-offsvais Barbosa, os projectos LIDERA são “o grande desafi o do ‘Viver a Inovação’”, pois “é preciso que as faculdades acolham bem a iniciativa” cujo arranque está previsto para Setembro. Por ora, o gestor do projecto está optimista quanto à adesão das unidades orgânicas, tendo já a indicação de que a Faculdade de

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UPTEC LANÇA “ECAMPUS” E ICAMPUS”O “Campus/Empresa UPTEC” – programa que disponibiliza aos empreendedores recursos humanos (professores, investiga-dores, outros colaboradores e estudantes, designadamente de pós-graduações) e ma-teriais (equipamentos afectos às unidades de investigação, laboratórios e estruturas do Parque de C&T) da U. Porto – apresenta, agora, duas novas vertentes: o “eCampus” e o “iCampus”.O subprograma “eCampus” é dirigido es-pecialmente aos antigos alunos da U.Porto que, já dotados de experiência profi ssional relevante e conhecimento do mercado, pretendam desenvolver os seus projectos de empreendedorismo. Com o apoio do UPTEC, o risco inerente ao abandono dos seus empregos para a concretização das respectivas ideias de negócio é grandemen-te minimizado. Já o subprograma “iCampus” propõe às empresas a constituição de estruturas de I&D em parceria com as unidades orgâni-cas e centros de investigação da U.Porto. Trata-se de uma iniciativa dotada de grande fl exibilidade, quer quanto ao modelo de parceria, quer quanto ao tempo de duração, quer quanto aos objectivos a atingir, quer ainda quanto à intervenção de pessoas e equipamentos. Neste contexto, o UPTEC dis-ponibiliza espaços e serviços de apoio em áreas da sua competência, prevendo-se que os projectos de maior dimensão venham a ocupar instalações próprias nos pólos uni-versitários.Criado em Fevereiro de 2007, o UPTEC – Par-que de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto é, para o seu presidente, Novais Barbosa, “mais do que uma simples incu-badora”, uma vez que, “para além dos ser-viços habituais, disponibiliza um conjunto de serviços que não se encontram em infra-estruturas semelhantes”. Serviços esses “só possíveis pela proximidade à Universidade, mais concretamente aos seus laboratórios e institutos de investigação”. Não é por isso de estranhar que, com mais de uma dezena de projectos incubados, a procura do par-que tenha já “superado as expectativas”. A incubadora do UPTEC está a funcionar em pavilhões pré-fabricados, na Asprela. Mas no próximo Verão a maioria dos projectos incubados vai transferir-se para instalações construídas de raiz, também no mesmo campus universitário. No primeiro módulo a ser erguido fi cará instalado o centro de investigação Fraunhofer (ver págs. 20 a 23), havendo, contudo, a perspectiva de acolhi-mento de mais unidades de I&D (nacionais e estrangeiras) num futuro próximo. Perfazendo um investimento total de 15 mi-lhões de euros, o novo complexo do UPTEC (constituído por três edifícios) só estará totalmente concluído em 2010. “Será uma coisa mista entre uma incubadora e um cen-tro de inovação empresarial”, estando ainda previstos “espaços para formação e realiza-ção de eventos”, adianta Novais Barbosa. O antigo reitor da U.Porto tem a esperança de que o parque “sirva de alavanca para o desenvolvimento da região Norte”.

O Clube de Empreendedorismo da U.Porto (CEdUP) organiza, entre 7 e 11 de Abril, a SPIE UP 2008 – Se-mana de Promoção da Inovação e Empreendedorismo da Universidade do Porto. O evento decorrerá em diferentes faculdades e prevê quatro grandes conferências (Empreende-dorismo em Português; E depois da Gestão; Empreendedorismo Femini-no; Das Grandes Ideias aos Grandes Negócios) e um igual número de workshops temáticos (Empreende-dorismo no Desporto; Empreende-dorismo Jovem; Empreendedorismo Social; Empreendedorismo e Criativi-dade). Entre os oradores convidados constam António Câmara (YDreams), Carlos Coelho (Ivity Brand Corp), Dimantino Costa (Critical Software), Diogo Vaz Guedes (Aquapura), Luís Portela (Bial) e Pedro Norton de Ma-tos (My Change).Com a SPIE UP 2008, o CEdUP “quer, para além de tentar mudar a men-talidade dos estudantes e outros agentes da Universidade, mostrar à cidade e ao país que a U.Porto está na vanguarda da promoção do em-preendedorismo”, diz Roberto Leão, um dos fundadores do clube. De res-to, o evento realiza-se em parceria com os organismos promotores da inovação e do empreendedorismo na U.Porto, como o UPTEC e a UPIN. Prosseguindo a experiência bem su-cedida com a Semana de Empreen-dedorismo AEFLUP, a SPIE UP 2008 pretende, em próximas edições, ga-nhar dimensão internacional, sendo de esperar, já em 2009, a presença de gurus mundiais da gestão.O CEdUP foi fundado em Setembro de 2007, graças ao espírito empre-endedor, pois então, dos estudantes da U.Porto Gonçalo Cruz (entretanto já licenciado em Gestão e Engenharia Industrial), Roberto Leão (Sociologia) e Tiago Gomes (Economia) e do anti-go aluno de Ciências Marcus Dahlem (hoje no MIT). Com cerca de 130 sócios (estudantes, antigos alunos, docentes e funcionários da U.Porto), o CEdUP “nasce da identifi cação de uma necessidade. Apesar da Uni-versidade do Porto ter uma série de projectos e entidades ligadas ao em-preendedorismo, faltava do lado dos estudantes, daqueles que devem empreender, uma plataforma onde as pessoas se encontrassem e se conhecessem”, explica Roberto Leão.A iniciativa é pioneira em Portugal e insere-se na estratégia de promoção do empreendedorismo da U.Porto. Neste quadro, o CEdUP está a liderar a candidatura da Universidade à or-ganização, em 2009, do GSW – Glo-bal Startup Workshop, um evento do MIT que envolve fi guras de proa do empreendedorismo mundial.

ser seguido por outras uni-

versidades”. Isto porque “cabe ao ensino supe-rior, não só a sensibilização das novas gerações para uma cultu-ra de risco, como a expansão do empreendedorismo qualifi ca-do. Estamos em transição para um paradigma económico que valoriza o conhecimento em detrimento de outras variáveis de negócio, como a mão-de-obra barata, os recursos naturais ou o capital fi nanceiro. Ora, o conhecimento é, em larga medida, produzido nas universidades, dado que estas possuem massa crítica e centros de I&D”. Neste sentido, “as universidades reú-nem, à partida, óptimas condições para o desenvolvimento de projectos empresariais inovadores”, conclui.Também Eduardo Carqueja, CEO da NDrive Navigation Sys-tems, considera que “as universidades devem cativar os alunos para uma lógica empreendedora”, até porque “os portugueses não são formatados para empreender, mas sim para obedecer”. Neste contexto, lamenta que haja “cursos desadequados à rea-lidade empresarial” e que alguns professores vivam “fechados nas universidades a estudar coisas sem utilidade só para produ-zir papers”. Este jovem empreendedor enaltece o facto de a sua licenciatura na FEP ter sido maioritariamente leccionada por “professores que trabalhavam em grandes grupos económicos e traziam para as aulas casos reais”, algo que, garante, “hoje é a excepção e não a regra” nas universidades portuguesas.Já Jorge Guimarães considera que “as universidades têm de educar e fazer investigação, mas não devem prestar serviços”. Para o CEO da Alert Life Sciences, existe o risco das universi-dades “fazerem concorrência desleal às empresas” em projec-tos de ID&I. “Quem está dentro das universidades não tem os custos nem as responsabilidades de um empresário, pelo que não deve prestar serviços à comunidade. Se há um problema de fi nanciamento das universidades, esse problema deve ser resolvido de outra maneira”, acrescenta.

ser seguido por outras uni-

versidades”. Isto porque “cabe ao ensino supe-rior, não só a sensibilização das novas gerações para uma cultu-ra de risco, como a expansão do empreendedorismo qualifi ca-do. Estamos em transição para um paradigma económico que valoriza o conhecimento em detrimento de outras variáveis de negócio, como a mão-de-obra barata, os recursos naturais ou o capital fi nanceiro. Ora, o conhecimento é, em larga medida, produzido nas universidades, dado que estas possuem massa crítica e centros de I&D”. Neste sentido, “as universidades reú-nem, à partida, óptimas condições para o desenvolvimento de projectos empresariais inovadores”, conclui.Também Eduardo Carqueja, CEO da NDrive Navigation Sys-tems, considera que “as universidades devem cativar os alunos para uma lógica empreendedora”, até porque “os portugueses não são formatados para empreender, mas sim para obedecer”. Neste contexto, lamenta que haja “cursos desadequados à rea-lidade empresarial” e que alguns professores vivam “fechados nas universidades a estudar coisas sem utilidade só para produ-zir papers”. Este jovem empreendedor enaltece o facto de a sua licenciatura na FEP ter sido maioritariamente leccionada por “professores que trabalhavam em grandes grupos económicos e traziam para as aulas casos reais”, algo que, garante, “hoje é a excepção e não a regra” nas universidades portuguesas.Já Jorge Guimarães considera que “as universidades têm de educar e fazer investigação, mas não devem prestar serviços”. Para o CEO da Alert Life Sciences, existe o risco das universi-dades “fazerem concorrência desleal às empresas” em projec-

SPIE UP 2008

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INVESTIGAR

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Durante esses dois dias, a produção de ciência e o en-tretenimento andaram de

braço dado. Sem percalços de maior, porque todos percebiam onde esta-vam os limites de um e de outro. Os cientistas explicavam a sua ciência e a equipa de reportagem procurava as melhores formas de fazer passar a mensagem num documentário televisivo que se pretende apelativo. Não sem antes, logo à chegada dos Estados Unidos, haver um briefi ng em que a equipa do CIBIO, coorde-nada por Paulo Célio Alves, discutiu as suas propostas para fi lmagem com a equipa americana. No dia seguinte de manhã, já o vasto equi-pamento que vinha nos dois furgões se distribuía pelo corredor dos labo-ratórios. Estava em plena laboração a equipa da produtora Dana Kemp, do operador de câmara James Ball, do técnico de som Edi e do lumino-técnico Ben.

Documentário com sabor a HollywoodTodos parecem ter gostado desta parceria impulsionada pela equipa de fi lmagens norte-americana, ape-

sar do cansaço patente na face de todos, investigadores e profi s-sionais de televisão, ao fi nal do dia. Foram horas de fi lmagens nos laboratórios, com entrevistas e simulações de passos da investigação. Dezenas de takes a explicar os avanços, as fases de evolução dos trabalhos. A equipa de fi lmagens almoçava em dez minutos e seguia para a preparação da cena seguinte – um hábito comum nos Estados Unidos, mas estranho num país mediterrânico de almoços mais demorados. Vezes sem conta o jipe do CIBIO, com quatro jovens investi-gadores, desceu e subiu a tentar a melhor tirada, a simular a descoberta de um gato morto na estrada ladeada por carvalhos

– resquício da original fl oresta portuguesa – e perto da qua-se milenar Ponte do Ave. Simpatia, piadas e sorrisos de parte a parte. A boa disposição geral imperava, apesar do descon-forto dos movimentos repetidos uma e outra vez. “Sendo um documentário sobre ciência, há aproximações a um fi lme de Hollywood”, dizia a produtora Dana Kemp no meio das várias tentativas para captar a melhor cena. Embora sem intenção de o fazer, resumia assim dois dias de trabalhos e marcava as di-ferenças entre fazer ciência, fi lmar uma reportagem e preparar um documentário para o canal National Geographic.

“Vocês foram fantásticos! Vamos repetir a cena”. A expressão ouviu-

se inúmeras vezes, com ligeiras variações, durante os dois dias de

trabalho intensivo da equipa de fi lmagens do National Geographic Channel com os investigadores do

Centro de Investigação em Biodi-versidade e Recursos Genéticos (CI-BIO), em Vairão, que nesses primei-ro dias de Fevereiro arriscaram uma

“perninha” no trabalho de actor. Durante os dias 3 e 4, o inglês e o

português emparelharam como lín-guas ofi ciais nos laboratórios deste

centro de investigação da U.Porto, a funcionarem no distinto e muito

contemporâneo edifício do LNIV (Laboratório Nacional de Investi-gação Veterinária), servido pelo já apelidado “maior corredor da

investigação da Europa”. O quadro dir-se-ia retirado de um Portugal

do século XXI que existe em certos recantos de excelência.

Ciência do

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Gato-bravo mais ameaçado no Norte da Europa“A Ciência do Gato”, um documentário sobre a origem do gato doméstico, através da genética, foi o tema que motivou a vinda da equipa norte-americana a Vairão. Ali, no CIBIO, decorrem trabalhos de investigação que detectaram a presença de ratos domésticos na dieta de certos gatos-bravos, o que pressupõe aproximações a habitações, pelo menos às mais afastadas de aglomerados populacionais. Por outro lado, em estudos gené-ticos com gatos domésticos e gatos-bravos foram encontrados alguns híbridos, o que prova o cruzamento entre as duas su-bespécies e centra as preocupações dos investigadores na con-servação do gato-bravo que, portanto, poderá estar em risco, sobretudo em zonas de populações dispersas, de habitat muito fragmentado e com poucos efectivos. A situação, segundo a investigadora Rita Oliveira, de 26 anos, que estuda dados de vários países europeus (tese de doutoramento em curso com orientação de Paulo Célio Alves e do italiano Ettore Randi, da Universidade de Bolonha), será contudo mais grave na Escócia e na Hungria, onde as diferenças genéticas entre as duas su-bespécies são menos marcadas do que em Espanha e Portugal. Ou seja, o gato-bravo estará mais ameaçado naqueles primei-ros países, o que não elimina, de todo, as preocupações pela conservação desta espécie em Portugal.O cruzamento continuado com o gato doméstico e a ausên-cia de descendência pura levam à extinção das populações de gato-bravo geneticamente puro. No Sul do país, em princípio, a situação não deverá ser tão grave em termos de conserva-ção, porque o habitat não está tão fragmentado. Um contributo importante para estas conclusões terá decorrido dos trabalhos de Pedro Monterroso, investigador do CIBIO, de 28 anos, que estudou a ecologia do gato-bravo na zona do Parque Natural do Guadiana – investigação para a qual terá sido determinante a sua experiência em trabalhos sobre o lince ibérico coordenados por Pedro Sarmento, do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). Também no CIBIO, Raquel Godi-nho já reuniu uma equipa para iniciar outro projecto que pre-tende chegar a um novo conjunto de marcadores genéticos que per-mitam uma distinção mais rápida, simples e precisa entre o gato do-méstico e o gato-bravo, bem como entre o lobo e o cão.

Origem estará em Chipre?Estes trabalhos so-bre o cruzamento en-tre as duas subespécies poderão levar à prova de que a domesticação do gato-bravo continua nos dias de hoje, explicando também, eventualmente, a origem histórica do gato doméstico. Daí o interes-se da equipa de repor-tagem do canal Natio-nal Geographic. As filmagens passaram também por outros pa-íses europeus, como Espa-nha, onde decorreram as filmagens do gato-bravo simulando o seu habitat, num cercado perto de Madrid. Em França estuda-se o esqueleto de um gato encontrado em Chipre, junto aos restos mortais de um humano, esqueleto esse que poderá constituir a prova mais antiga de aproximação deste felino ao homem. Se vierem a confirmar-se as suspeitas, a origem do gato domésti-co deixará de estar no Egipto antigo como se pensa ainda hoje. Depois das filmagens em França, a equipa regressará à sede da National Geographic, em Washington DC.Em princípio, se tudo correr como prevê a produtora Dana

Kemp, o documentário poderá ser visto durante o Verão no canal internacional da National Geogra-phic Society, disponível em cerca de 200 países. Talvez na sua casa ou noutra perto de si.

JOÃ

O C

OR

RE

IA

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“OS PORTUGUESES ESTÃO INTERESSADOSEM EXPERIMENTARNOVAS TECNOLOGIAS”

“AJUDAMOS AS EMPRESAS NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E DEPROTÓTIPOS DE PRODUTOS.”

“A SOCIEDADE FRAUNHOFER PROCURA, PRECISAMENTE, SERVIR DE ELO DE LIGAÇÃO ENTRE AS UNIVERSIDADES E AS EMPRESAS.”

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Por que foi escolhido Portugal para instalar o primeiro Instituto Fraunhofer fora da Alemanha? Houve negociações com a FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia e a UMIC – Agência para a Sociedade do Conheci-mento, em que foi referida a necessidade de adoptar em Portu-gal o modelo da Sociedade Fraunhofer. Para estas instituições, o que é feito hoje em Portugal pelas universidades não satisfaz totalmente as necessidades das empresas. Ora, a Sociedade Fraunhofer procura, precisamente, servir de elo de ligação en-tre as universidades e as empresas, através da chamada investi-gação aplicada. Por outro lado, a Sociedade Fraunhofer, que é a maior instituição de investigação aplicada da Europa, necessita de se expandir. Actualmente, trabalha apenas na Alemanha.

Mas quem deu o primeiro passo: a Sociedade Fraunhofer ou as ins-tituições portuguesas?Foi, em boa medida, uma questão de oportunidade. A passa-gem da presidência da UE da Alemanha para Portugal moti-vou um conjunto de conversas, em que se considerou que isto [a criação de um centro de investigação] seria uma boa ideia. Portugal será o primeiro país, mas provavelmente outros se seguirão. E mesmo em Portugal poderá haver mais do que um centro de investigação. Vai ser criada a entidade Fraunhofer Portugal Research e, depois, esta vai gerir centros de investiga-ção. Este é o primeiro, mas estou convicto de que haverá mais.

Qual foi a intervenção do Governo português em todo este processo?A FCT é nossa parceira fi nanceira e a nossa ligação com o vos-so Governo. Uma grande parte do fi nanciamento do centro de investigação provém do lado português.

E de quanto é esse fi nanciamento público português?Dois terços do fi nanciamento que foi calculado para os cinco primeiros anos [9 milhões de euros de investimento total]. De-pois desses cinco anos, 60 a 70% do fi nanciamento virá direc-tamente da indústria e de projectos da UE. Portanto, o fi nan-ciamento público português não será muito elevado, a não ser nesta fase de arranque. Isto porque nós partimos do zero, sem projectos ou staff.

E se passados os primeiros cinco anos o centro não conseguir comer-cializar os seus serviços?Passados os cinco anos, haverá uma avaliação dos resultados. E se essa avaliação for positiva, o centro tornar-se-á um verda-deiro Instituto Fraunhofer. Não é uma norma específi ca para Portugal. Também acontece assim na Alemanha. É uma mu-dança de nome, mas também uma prova da continuidade do projecto.

Quais são os critérios dessa avaliação?O centro tem objectivos comerciais, pelo que a avaliação se cen-trará nos contratos estabelecidos com empresas. Mas o centro não vai competir com empresas que comercializam produtos acabados. Nós não fazemos produtos! Ajudamos as empresas no desenvolvimento de produtos e de protótipos de produtos. Se porventura um dia desenvolvermos um protótipo em que acreditamos bastante e não encontrarmos uma empresa inte-ressada em produzi-lo, talvez se possa pensar num spin-off.

ENTREVISTA ADIRK ELIAS

DIRECTOR DO FRAUNHOFER PORTUGAL RESEARCH

O alemão Dirk Elias, director do Frau-nhofer Portugal Research, que se prepa-

ra para entrar em actividade, considera que o centro de investigação instalado

na U.Porto vai “promover a transferência de tecnologia e de resultados de I&D

das universidades para a indústria”. Tra-balhando na área dos ambientes tecno-

logicamente assistidos, o novo centro, cujo orçamento para os primeiros cinco

anos ronda os 9 milhões de euros, vai desenvolver pré-produtos ou protótipos

vocacionados para a prestação de cui-dados de saúde. As expectativas para a primeira unidade Fraunhofer fora da

Alemanha são grandes, até porque “os portugueses estão interessados em ex-

perimentar novas tecnologias”.

“UMA GRANDE PARTE DO FINANCIAMENTO DO CENTRO DE INVESTIGAÇÃO PROVÉM DO LADO PORTUGUÊS.“

“A PASSAGEM DA PRESIDÊNCIA DA UE DA ALEMANHA PARA PORTUGAL MOTIVOU UM CONJUNTO DE CONVERSAS

FACE-A-FACE

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FACE-A-FACE

O vosso trabalho em Portugal vai ser totalmente desenvolvido em parceria com empresas? Vamos criar um fórum industrial, em que convidamos as empresas a participar na in-vestigação, mediante o pagamento anual de uma determinada quantia em dinheiro. Nesse fórum, explicamos às empresas em que áreas vamos trabalhar, qual a nossa reputação cien-tífi ca e o que podem ganhar connosco. Isto é algo que vulgarmente se faz na Alemanha, por isso vamos começar com empresas ale-mãs, que estão prestes a assinar um acordo deste tipo. Mas também contactámos empresas portuguesas para as tentar convencer a investir. A ideia é reunir empre-sas que não concorram no mesmo mercado, para que possam desenvolver conjuntamente um pré-produto. Assim podem partilhar o produto e os custos. Com o fórum, vamos ajudar a reduzir os custos de I&D das empresas.

Em Portugal, a cooperação entre universidades e empresas é ainda tímida. Acha que o centro Fraunhofer pode contribuir para o fo-mento da inovação e do empreendedorismo?Sim, de certeza. Foi precisamente por isso que o Governo por-tuguês considerou interessante a implantação aqui de um cen-tro destes. Queremos promover a transferência de tecnologia e de resultados de I&D das universidades para a indústria. Na Alemanha, a Sociedade Fraunhofer tem uma ligação muito estreita com as universidades, porque os seus directores são igualmente professores universitários. Mas, por outro lado, esses directores conhecem muito bem a realidade industrial e, por isso, vão ao encontro das necessidades das empresas. Quando contactamos os empresários, não apresentamos ape-nas ideias técnicas. Também apresentamos casos de negócio, para que percebam como vão lucrar. Foi-nos dito que a reali-dade portuguesa era tal qual a que vocês me acabaram de des-crever. Por isso, é também um desafi o para nós convencer as empresas portuguesas a trabalhar segundo o nosso modelo.

Como vai decorrer o processo de instalação do centro Fraunhofer em Portugal?Se tudo correr bem, durante este ano assumimos uma nova entidade legal, a Fraunhofer Portugal Research, sob a qual o centro vai operar. Arrancámos com um centro de investigação a funcionar na U.Porto, no Departamento de Ciências de Com-putadores [FCUP]. Aí o espaço é limitado. Mas, em Agosto, está previsto instalarmo-nos no campus da Asprela. Ainda este ano, vamos ter dez pessoas a trabalhar a tempo integral, número que deverá crescer para 40 em cinco anos. O orçamento para 2008 é de cerca de um milhão de euros.

Quais são as suas expectativas em relação à intervenção da U.Porto no processo de instalação e desenvolvimento do instituto em Portu-gal? Acha que a Universidade vai desempenhar um papel impor-tante?Espero que sim! Estou convencido de que a U.Porto – que é a maior universidade portuguesa – pode facultar as pessoas com quem eu estou interessado em trabalhar. Claro que também vamos olhar para outras universidades, ver o que elas estão a fazer. Podemos igualmente estabelecer relações com spin-offs ou free lancers saídos da U.Porto, subcontratando essas empre-sas para desenvolver parte dos projectos.

Ambientes de Vida Assistidos

Em que áreas vai operar o centro de investigação?Vamos operar numa área que, no âmbito da UE, é designada por “Ambient Assisted Living” (Ambientes de Vida Assistidos). Trata-se de um conjunto de actividades para ajudar pessoas com necessidades especiais a usar ou a tirar maior proveito das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), de forma a integrar essas mesmas pessoas na Sociedade do Conhecimen-to. Isto signifi ca, não só aumentar a capacidade de comunica-ção das pessoas através de meios tecnológicos, como também prestar assistência na área dos cuidados de saúde. O projecto está extremamente focado neste tópico. Por isso, o que se vai fazer no Porto é um centro que se deverá chamar AICOME – Assisted Information and Communication Environments. Não se dirige apenas a pessoas idosas, pois há outros grupos que necessitam de ambientes assistidos para comunicar, incluindo eu próprio que não gosto de actualizar o software do meu com-putador. Isto é um exemplo do que eu gostaria de ver realizado automaticamente, para que não precisasse de me preocupar.

Há, portanto, uma preocupação social nesta actividade da Socie-dade Fraunhofer. É preciso ver que o resultado daquilo que fazemos tem sem-

pre de ser comercialmente interessante. Não fazemos investigação em áreas onde não temos clientes. São os nossos clientes a determi-nar exactamente aquilo em que vamos trabalhar.

A vossa actividade circunscre-ve-se, então, à I&D e à trans-ferência de conhecimento… Há uma transferência de conhecimento, mas tam-bém de pessoas. Para além do staff fi xo do centro, nós convidamos muitos estu-dantes para trabalharem connosco, de modo a que ganhem experiência com projectos reais e assim se preparem para o seu futuro trabalho. É uma boa opor-tunidade para os estudan-tes, uma vez que acabam, habitualmente, por fi car a trabalhar para as empresas que solicitam o desenvolvi-mento dos projectos.

“A IDEIA É REUNIR EMPRESAS QUE NÃO CONCORRAM NO MESMO MERCADO, PARA QUE POSSAM DESENVOLVER CONJUNTAMENTE UM PRÉ-PRODUTO.”

“A PASSAGEM DA PRESIDÊNCIA DA UE DA ALEMANHA PARA PORTUGAL MOTIVOU UM CONJUNTO DE CONVERSAS

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Promover a literacia digital

Não acha que as TIC estão a acentuar a exclusão social, agravando as diferenças entre os que possuem conhecimentos para as usar e os que não os possuem?É um tópico muito interessante, mas que não se aplica apenas a Portugal. Nós temos situações similares noutros países, até na Alemanha. Também existem problemas semelhantes em África, mas com diferentes grupos alvo. Aliás, o instituto pre-tende tirar partido da boa relação entre Portugal e África. A promoção da literacia digital é, de facto, um assunto impor-tante para nós. Mas, para promover essa literacia, temos de desenvolver produtos específi cos para cada grupo e fazer disso uma oportunidade de negócio. Vamos, por isso, ver se encon-tramos aqui empresas interessadas em colaborar connosco. Nomeadamente da área do cabo, pois em Portugal toda a gente tem televisão. Podemos, por exemplo, criar um aparelho que funcione como uma set-top-box para televisão, em vez de de-senvolver PDA’s ou computadores. No fi m, é uma questão de investimento das empresas nestes produtos.

Pode dar-nos um exemplo de um produto desenvolvido com preo-cupações sociais?Como disse, a Sociedade Fraunhofer tem vindo a desenvolver pré-produtos na área dos ambientes tecnologicamente assisti-dos. Tanto ao nível das interfaces como da microelectrónica, já foram desenvolvidos projectos re-lacionados com os cuidados de saúde. Por exemplo, colocar set-top-boxes em casa, com sensores e organizadores pessoais que não necessitam de ges-tão. A comunicação estabelece-se por si própria, sem confi guração. Por isso, é boa para ser usada por pessoas sem conhecimentos técnicos. Nesta área, te-mos os In House Projects, em que são instalados os chamados “living labs”. São projectos-piloto desenvolvidos em parceria com empresas, em que é co-locada tecnologia em casas arrendadas, de forma a perceber se essa tecnologia resulta e está bem desenhada. Assim, em cada laboratório [living lab] são os grupos alvo que testam as tecnologias, e não técnicos especializados.

Considera que Portugal tem capacidade para atrair investimento de base tecnológica? Quais são, a este nível, as vantagens compe-titivas do país?Isso é muito difícil de dizer com exactidão. Mas uma coisa pos-so dizer-lhe: os portugueses estão mais interessados do que os alemães, por exemplo, em experimentar novas tecnologias. Os alemães são difíceis de convencer a gastar dinheiro em algo novo. Já os portugueses são líderes europeus em termos de densidade de telemóveis, o que mostra que facilmente podem adoptar novas tecnologias. Uma outra vantagem de Portugal é a sua reduzida dimensão. Instalando aqui uma infra-estrutura conseguimos cobrir Porto e Lisboa – ou seja, cerca de 50% da população portuguesa – e assim realizar pesquisas de campo com pouco dinheiro.

O que é que motivou a sua vinda para Portugal como director do centro de investigação Fraunhofer?Olhem para a janela [estava um radioso dia de sol] e imaginem como está o tempo em Berlim [risos]. Claro que houve razões pessoais. A minha mulher é portuguesa e, para nós, era certo que um dia iríamos mudar para Portugal. Não sabíamos quan-do, pois eu tinha a minha empresa. E, como sabem, é sempre difícil encontrar alguém para suceder na liderança de uma em-presa.

Nascido em Frankfurt em 1966, Dirk Elias concluiu a sua licenciatura em Engenharia Electrotécnica na Universidade Técnica de Munique, tendo no fi nal do curso apresentado uma tese sobre FTDI (chips e drivers USB). Depois rumou a Berlim para integrar o GMD, um instituto de investigação especializado em Ciências da Computação. Na altura, trabalhou no protocolo de comunicações de alta velocidade ATM (Asynchronous Transfer Mode). Ainda em Berlim, vai liderar um depar-tamento de investigação no Instituto Fraunhofer FOKUS, no qual desenvolve software e hardware de gestão de ambientes de trabalho. Curiosamente, em ambos os institutos, Dirk Elias colaborou com o grupo Siemens, daí resultando uma estreita proximidade com o mundo empresarial. “Fiz sempre investigação com resultados de interesse comercial para as empresas”, salienta.Já doutorado em Ciências da Computação, Dirk Elias vive no Instituto Fraunhofer a sua grande desilusão profi ssional. O projecto na área do ATM que estava a desenvolver para a Siemens é abruptamente interrom-pido, já depois de apresentado na CeBit. Tudo porque o departamento de I&D da Siemens responsável pelo projecto fora entretanto adquirido por outra empresa, a qual não se mostrou interessada em comercializar pro-dutos ATM. “Foi difícil de aceitar”, confessa. Desapon-

tado, Dirk Elias abandona a Sociedade Fraunhofer – a maior instituição europeia de investigação, envolvendo mais de 12.500 pessoas em 56 institutos e dispondo de um orçamento anual global de cerca de 1,2 mil milhões de euros.É então que, em Fevereiro de 2000, decide fundar a Ivistar AG, um spin-off do Instituto Fraunhofer criado para desenvolver e comercializar a tecnologia IPcom. A empresa mantém a colaboração com o Instituto Frau-nhofer, mas, ainda assim, a aterragem de Dirk Elias no mundo empresarial não foi isenta de contrariedades. “Negócios e questões comerciais são difíceis de lidar, se não tivermos estado envolvidos nisso antes”, reco-nhece. Por outro lado, o esvaziar da “bolha dotcom” e a consequente queda bolsista levaram muitas empresas a suspender os seus investimentos em tecnologia.Ultrapassadas as difi culdades iniciais, a Ivistar AG consolida a sua posição no mercado do software e har-dware de gestão de ambientes de trabalho fl exíveis. Até que, em 2007, Dirk Elias é sobressaltado por um anún-cio para recrutamento do director do primeiro centro de investigação Fraunhofer em Portugal. Era a oportunida-de de se instalar no país natal da sua esposa, conforme desejo de ambos. No Porto, para além da direcção do centro, Dirk Elias vai leccionar na FEUP.

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“TEMOS DE DESENVOLVER

PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA CADA GRUPO

E FAZER DISSO UMA OPORTUNIDADE DE

NEGÓCIO.”

“AINDA ESTE ANO, VAMOS TER DEZ PESSOAS A

TRABALHAR A TEMPO INTEGRAL, NÚMERO QUE

DEVERÁ CRESCER PARA 40 EM CINCO ANOS.”

“ESTOU CONVENCIDO DE QUE A U.PORTO – QUE É A MAIOR UNIVERSIDADE PORTUGUESA – PODE FACULTAR AS PESSOAS COM QUEM EU ESTOU INTERESSADO EM TRABALHAR. ”

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Faculdade de Belas Artes (FBAUP)Av. Rodrigues de Freitas • 265 4049-021 Porto • Tlf: +351 225 192 400 • Fax: +351 225 367 036 • www.fba.up.pt

Desenhos do CorpoDuração: 30 horas (10 sessões) • Data: A definir • Inscrições: 1 a 31 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 17h às 20h • Coordenador: Prof. Mário Bismarck • Info: [email protected] • Propina: 350€

Composição pictórica em traços lar-gos: psicologia, geometria e históriaDuração: 15 horas (5 sessões) • Data: 3 a 31 de Julho • Inscrições: 1 a 31 de Maio • Vagas: 30 • Horário: das 17h às 20h (quintas-feiras) • Coordenador: Prof. José Vaz • Info: [email protected] • Propina: 180€

Imagem Digital e FotografiaDuração: 20 horas (10 sessões) • Data: A definir • Inscrições: 1 a 31 de Maio • Vagas: 15 • Horário: a determinar • Coordenador: Profa. Sílvia Simões • Info: [email protected] • Propina: 180€

Técnicas de DesenhoDuração: 30 horas (10 sessões) • Data: A definir • Inscrições: 1 a 31 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 17h às 20h • Coordenador: Prof. Jorge Marques • Info: [email protected] • Propina: 180€

Faculdade de Ciências (FCUP)Rua do Campo Alegre • 4169 - 007 PORTO • Tlf: +351 22 340 14 00 • Fax: +351 22 200 86 28 • www.fc.up.pt

As rochas e as estruturas geológicas: do campo ao laboratórioDuração: 25 horas • Data: 9 a 24 de Maio ou 12 a 27 de Setembro • Créditos: 1UC • Coordenador: Profª Maria dos An-jos Marques Ribeiro • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

Tecnologias de informação e comunicação (TIC)Duração: 25 horas • Data: 30 de Junho a 7 de Julho • Créditos: 1 UC • Coordena-

dor: Prof. André Melo • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

Modelação Gráfica ao Serviço do Ensino Duração: 25 horas • Data: 30 de Junho a 7 de Julho • Créditos: 1 UC • Coordena-dor: Prof. André Melo • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

A Drosophila no ensino da GenéticaDuração: 25 horas • Data: Junho e Julho ou Setembro e Outubro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. José Pissarra • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 100€*

Perfis de DNA” – Técnicas e aplicaçõesDuração: 25 horas • Data: Junho e Julho ou Setembro e Outubro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. José Pissarra • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 100€*

Laboratório Virtual de Biotecnologia: transpondo a Biologia Molecular do laboratório de investigação para a sala de aulaDuração: 25 horas • Data: Junho e Julho ou Setembro e Outubro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. José Pissarra • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 100€*

Tópicos de Química-Física para com-preensão do mundo actualDuração: 25 horas • Data: 16 a 21 de Junho • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. Mª Dores Ribeiro da Silva • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

Actividades Laboratoriais de Química para o 12º AnoDuração: 25 horas • Data: 23 a 28 de Junho • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. Mª Dores Ribeiro da Silva • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

Química e história dos elementos químicos representativosDuração: 25 horas • Data: Junho a Se-tembro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. Joaquim Esteves da Silva • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

Ligação QuímicaDuração: 25 horas • Data: Junho a Se-tembro • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. Joaquim Esteves da Silva • Info: Dra. Sandra Santos / Tel.: 220 402 505 / [email protected] • Propina: 80€

Qualidade da águaDuração: 25 horas • Data: Junho a Se-

tembro • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. Joaquim Esteves da Silva • Info: Dra. Sandra Santos / Tel.: 220 402 505 / [email protected] • Propina: 80€

Gestão Sustentável dos recursosDuração: 25 horas • Data: Junho a Se-tembro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. Joaquim Esteves da Silva • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

Elementos de Criptografia ContemporâneaDuração: 25 horas • Data: 30 de Junho a 11 de Julho • Créditos: 1UC • Coorde-nador: Prof. António Machiavelo • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 100€

Conhecer os Elementos de EuclidesDuração: 25 horas • Data: 16 de Junho a 27 de Julho • Créditos: 1UC • Coorde-nador: Prof. Carlos Correia de Sá • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 100€

Utilização de Computadores no Ensino da MatemáticaDuração: 25 horas • Data: 30 de Junho a 11 de Julho • Créditos: 1UC • Coorde-nador: Prof. José Carlos Santos • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 100€

Os fungos e o HomemDuração: 25 horas • Data: 26 de Junho a 01 de Julho • Créditos: 1UC • Coordena-dor: Prof. João Cabral • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected]

O Ensino das Ciências em ambientes construtivistas de aprendizagemDuração: 25 horas • Data: 25 de Junho a 01 de Julho • Créditos: 1UC • Coor-denador: Duarte Costa Pereira • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

Multimédia no Ensino da Química Duração: 25 horas • Data: 7 a 11 de Ju-lho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 100€

Os professores de Ciências e a língua portuguesaDuração: 25 horas • Data: 7 a 11 de Ju-lho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 100€

“Blogs”, Fóruns e outras plataformas virtuais colaborativas para o Ensino da Química.Duração: 25 horas • Data: 7 a 11 de Ju-lho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

FORMAÇÃO CONTÍNUA DA

UNIVERSIDADEDO PORTO

FORMAÇÃO CONTÍNUA DA

UNIVERSIDADE DO PORTO

CANDIDATURASENTRE

ABRIL E JUNHO DE 2008

AtençãoA presente lista não

dispensa a consulta da página do Catálogo de Formação Contínua da

U.Porto 2008, em ht-tp://www.up.pt > Ensino > Educação > Contínua > Catálogos, através da

qual poderá aceder a todas informações (em constante actualização) sobre os vários cursos que compõem a oferta

da U.Porto.

*** Cursos a aguardar creditação por parte da Secção Permanente do

Senado da U.Porto

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WebQuests em Química - desafios contextualizados e motivantes na WebDuração: 25 horas • Data: 8 a 18 de Ju-lho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 8 €

e-learning no ensino da QuímicaDuração: 50 horas • Data: 8 a 18 de Ju-lho • Inscrições: A definir • Créditos: 2 UC • Info.: Dra. Sandra Santos / Tel.: 220 402 505 / [email protected] • Propina: 80€

O Computador no Ensino da QuímicaDuração: 25 horas • Data: 14 a 18 de Ju-lho • Inscrições: A definir • Créditos: 1 UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

Modelação Computacional do Efeito de estufaDuração: 25 horas • Data: 14 a 18 de Ju-lho • Inscrições: A definir • Créditos: 1 UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Propina: 80€

O Computador como Ferramenta de EnsinoDuração: 25 horas • Data: 21 a 25 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /[email protected] • Pro-pina: 80€

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP)Rua Dr. Roberto Frias • 4200-465 Porto • Tlf: +351 225 074 320 • Fax: + 351 225 074 329 • www.fcna.up.pt

Perturbações do Comportamento Alimentar (2.ª edição)Duração: 40.5 horas • Data: 2 de Maio a 13 de Junho • Inscrições: * • Horário: 6.ª feira (das 16h às 19h) e Sábado (9h30 às12h30) • Créditos: 4.5 ECTS *** • Coordenadores: Prof. Doutor Victor Viana e Dr. António Roma Torres • Info: Dr.ª Cecília Morais /Tel. 225074320 /Fax: 225074329 /[email protected] • Propina: 300€

Culinária Saudável (16.ª edição)Duração: 12 horas • Data: 10 de Maio a 7 de Junho • Inscrições: * • Horário: Sá-bados de manhã • Coordenadoras: Dr.ª Patrícia Padrão e Dr.ª Cláudia Afonso • Info: Dr.ª Cecília Morais /Tel. 225074320 /Fax: 225074329 /[email protected] • Propina: 100€

* até 10 dias antes do início do curso, desde que existam

vagas disponíveis.

Faculdade de Desporto (FADEUP)Rua Dr. Plácido Costa, 91 • 4200-450 Porto • Tlf: +351 225 074 700 • Fax: +351 225 500 689 • www.fade.up.pt

Supervisão Pedagógica na Formação Inicial de Professores Duração: 30 horas • Data: 3 a 19 de Maio • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 28 de Abril • Vagas: 30 • Créditos: 1 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

Ensinar e Aprender o Jogo de VoleibolDuração: 30 horas • Data: 13 a 31 de Maio • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 7 de Maio • Vagas: 40 • Créditos: 1 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

Escola, Desporto e Necessidades EspeciaisDuração: 27 horas • Data: 2 a 11 de Junho • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 27 de Maio • Vagas: 25 • Créditos: 1 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

Hidroginástica “de rendimento” – em favor da SaúdeDuração: 30 horas • Data: 4 a 25 de Junho • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 28 de Maio • Vagas: 25 • Créditos: 1 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

Actividade Física e Educação para a SaúdeDuração: 54 horas • Data: 1 a 12 de Julho • Horário: 9h30 às 12h30 • Ins-crições: Até 25 de Junho • Vagas: 25 • Créditos: 2 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

Competência Profissional do ProfessorDuração: 30 horas • Data: 7 a 12 de Ju-lho • Inscrições: Até 1 de Julho • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Vagas: 30 • Créditos: 1 ECTS *** • Info: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

Corpo, Estética e DesportoDuração: 40 horas • Data: 7 a 15 de Julho • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 1 de Julho • Vagas: 30 • Créditos: 1,5 ECTS *** • Info.: Otília Pe-reira /225074700 • Propina: a definir

Faculdade de Direito (FDUP)Rua dos Bragas, 223 • 4050-123 Porto • Tlf: + 351 222 041 600 • Fax: + 351 222 041 614 • www.direito.up.pt

Direito e BioéticaDuração: 13 horas • Data: 5 a 9 de Maio • Candidatura: Até 23 de Abril • Vagas: 40 • Horário: Pós-Laboral (das 18h30 às 20h30) • Coordenador: Prof.ª Doutora Luísa Neto • Info: Eng.º Filipe de Jesus /Gabinete de Apoio à Formação Contínua, Mestrados e Doutoramentos /Tel.: 22 2041609 /Fax: 22 2041614 /[email protected] • Propinas: 125€

Faculdade de Economia (FEP)Rua Dr. Roberto Frias, s/n • 4200-464 Porto • Tlf: +351 225 571 100 • Fax: +351 225 505 050 • www.fe.up.pt

Pós-Graduação em Finanças e Fiscalidade (10.ª Edição) *Duração: 270 horas • Data: Outubro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até de 12 de Julho (1ª fase) • Horário: 6.ª feira (Pós-Laboral) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: ISFEP/FEP • Coordenação: Prof. Doutor Elísio Brandão • Info: Sr. Carlos Pinto /Tel. 225 571 288 /Fax: 225 505 050 /[email protected] • Propi-na: A definir

Pós-Graduação em Gestão e Direcção de Serviços de Saúde (7.ª Edição) *Duração: 270 horas • Data: Outubro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até Julho (1ª fase) • Vagas: 30 • Horário: 6.ª feira (Pós-Laboral) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: ISFEP/FEP • Coordenação: Prof. Doutor José Fernando Gonçalves e Prof. Doutor Luís Mota de Castro • Info: Sr. Carlos Pinto /Tel. 225 571 288 /Fax: 225 505 050 /[email protected] • Propina: A definir

Pós-Graduação em Gestão e Economia do Turismo e Hotelaria (3.ªEdição) *Duração: 270 horas • Data: Setembro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até Julho (1ª fase) • Vagas: 30 • Horário: 6.ª feira das (das 14h às 22h) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organiza-ção: ISFEP/FEP • Coordenação: Prof. Doutor Pedro Quelhas Brito e Prof. Dou-tor Mário Rui Silva • Info: Sr. Carlos Pinto /Tel. 225 571 288 /Fax: 225 505 050 /[email protected] • Propina: A definir

Pós-Graduação em Gestão de Fraude – detecção, controlo, prevenção e acção (2.ªedição) *Duração: 270 horas • Data: Setembro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até Julho • Vagas: 30 • Horário: 6.ª feira (Pós-Laboral) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: IS-FEP/FEP • Coordenação: Prof. Doutor Carlos Pimenta, Prof. Fernando da Costa Lima e Eng.º José Golegã Andrade • Info: Dra. Sónia Santos /Tel. 225 571 289 /Fax: 225 505 050 /[email protected] • Propina: A definir

Pós-Graduação em Gestão Imobiliária (6.ª Edição) *Duração: 270 horas • Data: Setembro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até Julho • Vagas: 30 • Horário: 6.ª feira (pós-laboral) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: ISFEP/FEP/FEP • Coordenação: Prof.ª Doutora Ana Paula Serra e Prof. Dou-

tor Rui Alves • Info: Dra. Sónia Santos /Tel. 225 571 289 /Fax: 225 505 050 /[email protected] • Propina: A definir

* Informações meramente indicativas. Não dispensam a

consulta dos serviços

Faculdade de Engenharia (FEUP)Rua Dr. Roberto Frias, s/n • 4200-465 Porto • Tlf: +351 22 508 14 00 • Fax: +351 22 508 14 40 • www.fe.up.pt

Gestão de Operações em Transporte AéreoDuração: 35 horas lectivas • Data: 5 a 9 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 09h00 às 17h30 • Coordenador: Prof. Ál-varo Costa • Info.: Serviços Académicos /225081412 /[email protected] • Propina: 1500€ *

Formação para Peritos Qualificados no Âmbito do SCE – RSECE (Energia e QAI)Duração: 78 • Data: 5 de Maio a 6 de Junho (2.ª acção) • Horário: Laboral • Coordenador: Prof. Eduardo Maldonado • Créditos: 2,5 créditos ECTS (aguarda creditação UP) • Info: Serviços Acadé-micos /22 508 14 12/ [email protected] • Propina: 1000€ *

Formação para Projectistas – Aplicação do RCCTEDuração: 15 horas • Data: 26 e 27 de Maio (2.ª acção) • Vagas: 30 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Prof. Edu-ardo Maldonado e Prof. Vasco Peixoto de Freitas • Info: Serviços Académicos /22 508 14 12/ [email protected] • Propina: 500€ *

Formação para Peritos Qualificados no Âmbito do SCE – Novo RCCTEDuração: 29 horas lectivas mais 8 horas de trabalho individual • Data: 26 de Maio a 20 de Junho (2.ª acção) • Vagas: 20 • Horário: Laboral • Coordenador: Prof. Eduardo Maldonado e Prof. Vasco Peixo-to de Freitas • Créditos: 1 ECTS • Info: Serviços Académicos /22 508 14 12/ [email protected] • Propina: 850€ * Visual Basic para Excel para EngenheirosDuração: 30 horas lectivas (+ 45 horas de trabalho individual) • Data: 26 a 30 de Maio • Vagas: 16 • Horário: das 9h30 às 17h00 • Coordenador: Prof. Fernando Gomes Martins • Créditos: 2,5 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /[email protected] • Propina: 750€ *

CICLO DE FORMAÇÃO EM ENGENHARIA ACÚSTICA 2 - Unidade de Formação em Projecto de Acústica de EdifíciosDuração: 30 horas lectivas mais 45 horas

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de trabalho individual • Data: 11 de Abril a 10 de Maio • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 18h às 22h) e sábados (das 9h às 13h) • Coordenador: Prof. Diamantino Freitas • Créditos: 2.5 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Acadé-micos /225081412 /[email protected] • Propina: 650€ 3 - Unidade de Formação em Projec-to de Sonorização e ElectroacústicaDuração: 20 horas lectivas (+ 30 horas de trabalho individual) • Data: 16 a 30 de Maio • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 18h às 22h) e sábados (das 9h às 13h) • Coordenador: Prof. Diamantino Freitas • Créditos: 2 ECTS (aguarda cre-ditação UP) • Info.: Serviços Académicos / 225081412 /[email protected] • Propina: 550€ * 4 - Unidade de Formação em Projecto de Controlo de Vibrações em Sistemas MecânicosDuração: 20 horas lectivas (+ 30 horas de trabalho individual) • Data: 6 a 20 de Junho • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 18h às 22h) e sábados (das 9h às 13h) • Coordenador: Prof. Diamantino Freitas • Créditos: 2 ECTS (aguarda cre-ditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /[email protected] • Propina: 550€ * 5 - Unidade de Formação de Processos de Acústica AmbientalDuração: 20 horas lectivas (+ 30 horas de trabalho individual) • Data: 27 de Ju-nho a 11 de Julho • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 18h às 22h) e sábados (das 9h às 13h) • Coordenador: Prof. Diamantino Freitas • Créditos: 2 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /[email protected] • Propina: 550€ *

Juntas Adesivas EstruturaisDuração: 27 horas lectivas (+ 54 horas de trabalho individual) • Data: 2 a 6 de Junho de 2008 • Vagas: 20 • Horário:: das 9h30 às 17h30 (dias 2 a 5); das 9h30 às 12h30 (dia 6) • Coordenador: Prof. Lucas Filipe Silva • Créditos: 3 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 / [email protected] • Propina: 550€ *

Gang-Of-Four Design PatternsDuração: 24 horas lectivas (+ 36 horas de trabalho individual) • Data: 23 a 27 de Junho • Vagas: 24 • Horário: das 9h30 às 17h00 • Coordenador: Prof. Ademar Aguiar • Créditos: 2 ECTS (aguarda cre-ditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /[email protected] • Propina: 1200€ *

* Desconto 10% para membros da Ordem do Engenhei-

ros, no caso de pagamento a título individual

Faculdade de Letras (FLUP)Via Panorâmica, s/n • 4150-564 Porto • Tlf: +351 226 077 100 • Fax: + 351 226 091 610 • www.letras.up.pt

Políticas Sociais e Estratégias de Inserção: instrumentos de planeamento estratégicoDuração: 22 horas presenciais • Data: 14 de Abril a 5 de Maio • Horário: Pós-Labo-ral • Inscrições: Até 7 de Abril • Créditos: 1 ECTS • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimen-to dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 106€ + 2,02€ (seguro escolar)

Sociedade Portuguesa Contempo-rânea: estrutura social, modelo(s) de desenvolvimento e mudança socialDuração: 27 horas • Data: 12 de Maio a 11 Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Abril • Créditos: 2 ECTS • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Servi-ços • Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 128€ + 2,02€ (seguro escolar)

Iniciação ao NVivo7: ferramenta informática de tratamento de infor-mação de cariz qualitativoDuração: 9 horas • Data: 11 a 13 Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: 26 Maio a 4 Junho • Organização: Depar-tamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 51€ + 2,02€ (seguro escolar)

Entrevistas Qualitativas: fundamentos e práticaDuração: 9 horas presenciais • Data: 3, 4 e 5 Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Maio • Créditos: 1 ECTS • Organização: Departamento de So-ciologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP / 226077148 /[email protected] • Propina: 51€ + 2,02€ (seguro escolar)

Metodologias de Avaliação de Projectos de IntervençãoDuração: 27 horas presenciais • Data: 6 e 13 Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscri-ções: Maio • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendi-mento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 203 € + 2,02€ (seguro escolar)

Gestão Construtiva de ConflitosDuração: 12 horas • Data: 2 a 12 de Ju-nho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Até Junho • Créditos: 1 ECTS • Orga-nização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Servi-ços Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 64€ + 2,02€ (seguro escolar)

Geografia de Portugal revisitada - Águas DocesDuração: 27 horas presenciais • Data: 25 de Junho a 3 de Julho • Horário: Sába-dos (das 9h às 13h) • Inscrições: 2 a 16 de Junho • Créditos: 1,1 UC-CCPFC e 2,5 ECTS • Organização: Departamento de Geografia • Info.: Sector de Aten-dimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 115€ + 2,02€ (seguro escolar)

Geografia de Portugal revisitada - Migrações e questões sócio–demográficasDuração: 27 horas presenciais • Data: 25 Junho a 3 Julho • Horário: das 9h às 13h • Inscrições: 2 a 16 Junho • Créditos: 1,1 UC-CCPFC e 2,5 ECTS • Organiza-ção: Departamento de Geografia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 115€ + 2,02€ (seguro escolar)

Inglês para Serviços Públicos - Julho 2008Duração: 28 horas • Data: Julho • Ho-rário: Pós-Laboral • Inscrições: Junho • Créditos: 1 ECTS • Organização: Depar-tamento de Estudos Anglo-Americanos • Info.: Sector de Atendimento dos Ser-viços Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 120€ + 2,02€ (seguro escolar)

Curso Intensivo de FrancêsDuração: 60 horas • Data: 21de Junho a 22 de Julho • Horário: de 3.ª a 6.ª feiras (Pós-Laboral) • Inscrições: Maio • Créditos: 3 ECTS • Info.: Sector de Aten-dimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /[email protected] • Propina: 300€ + 2,02€ (seguro escolar)

Práticas de Campo - Escavação Arqueológica (Castanheiro do Vento)Duração: 40,5 horas • Data: Julho de 2008 • Horário: de 2.ª. e 6.ª feira, das 9h às 18h00 • Inscrições: de 16 a 30 de Ju-nho • Créditos: 1,5 ECTS • Organização: Departamento de Ciências e Técnicas do Património - Secção Arqueologia • Info.: Sector de Atendimento dos Servi-ços Académicos da FLUP /226077148 / [email protected] • Propina: 25€ a pagar à FLUP (inscrição) + Seguro Escolar: 2,02€ e 200€ a pagar à ACDR (estadia)

Core Concerns in Contemporary Britain Duração: 25 horas • Data: 7 a 18 de Ju-lho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: 16 a 20 Junho • Créditos: 1 UC -CCPFC (a presente acção releva para a pro-gressão na carreira de Professores dos Grupos 110, 220 e 330) • Organização: Departamento de Estudos Anglo-Ame-ricanos • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP / 226077148 /[email protected] • Propina: 105€ + 2,02€ (seguro escolar)

Curso de Actualização para Profes-sores de Português como Língua EstrangeiraDuração: 30 horas • Data: 7 a 19 de Ju-lho • Créditos: 3 ECTS • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP / 226077148 / [email protected] • Propina: 250€ + 2,02€ (seguro escolar)

Faculdade de Medicina (FMUP)Al. Prof. Hernâni Monteiro • 4200 - 319 Porto • Tlf: +351 22 551 3600 • Fax: +351 22 551 3601 • www.med.up.pt

Métodos Qualitativos em EpidemiologiaDuração: 81 horas • Data: 4 a 26 de Abril • Inscrições: * • Horário: 6.ª feira (das 16h às 20h) e Sábado (das 9h às 18h) • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676 / [email protected]

Neuroendocrinia digestiva, microbio-ma e metabolismoDuração: 67,5 horas • Data: 7 a 24 de Abril • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 350€

Genética Humana e DoençaDuração: 67,5 horas • Data: 14 a 24 de Abril • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 150€

Metodologia de Investigação em SaúdeDuração: 108 horas • Data: 28 de Abril a 3 de Maio • Inscrições: * • Horário:das 8h às 18h • Créditos: 4 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 400€

Sistemas de Informação Geográfica em SaúdeDuração: 81 horas • Data: 5 de Maio a 5 de Julho • Inscrições: * • Horário: Manhã • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676/ [email protected] • Propina:

Investigação em Doenças OncológicasDuração: 81 horas • Data: 5 de Maio a 16 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 14h às 17h/18h • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676 /[email protected] • Propina: 300€

Stresse Oxidativo e Anti-oxidantes Duração: 67,5 horas • Data: 5 a 12 de Maio • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info:

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Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 350€

Farcogenómica e Epidemiologia MolecularDuração: 67,5 horas • Data: 5 a 14 de Maio • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected]: 150€

Revisão Sistemática e Meta-AnáliseDuração: 108 horas • Data: 10 de Maio a 28 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 14h às 19h/19h30 • Créditos: 4 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676 /[email protected]: 400€

Epidemiologia ClínicaDuração: 81 horas • Data: 16 de Maio a 15 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 8h às 18h (Maio) / das 15h às 20h (Julho) • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676/ [email protected] • Propina: 300€

Bioquímica NutricionalDuração: 67,5 horas • Data: 16 a 30 de Maio • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 350€

Nutrição e Saúde PúblicaDuração: 81 horas • Data: 23 de Maio a 12 de Julho • Inscrições: * • Horário: Das 8h às 18h (Maio); Das 9h às 11h (Julho) • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676/ [email protected] • Propina: 300€

Determinação de actividades enzímicasDuração: 67,5 horas • Data: 2 a 9 de Junho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected]: 350€

Demografia e SaúdeDuração: 81 horas • Data: 4 de Junho a 31 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 15h às 19h • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 300€

AngiogéneseDuração: 67,5 horas • Data: 11 a 27 de Junho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 350€

Investigação em Doenças CardiovascularesDuração: 81 horas • Data: 14 de Junho a 19 de Setembro • Inscrições: * • Horário: Das 9h às 13h (Junho); das 14h às 18h (Julho); das 16h às 20h (Setembro) • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676/ [email protected] • Propina: 300€

Métodos Instrumentais de AnáliseDuração: 27 horas • Data: 16 a 20 de Junho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 1 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 200€

Cultura de Células AnimaisDuração: 67,5 horas • Data: 30 de Junho a 4 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676 /[email protected] • Propina: 350€

Epigenética e CancroDuração: 67,5 horas • Data: 7 a 17 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /[email protected] • Propina: 150€

* até 15 dias antes do início do módulo

Faculdade de Medicina Dentária (FMDUP)Rua Dr. Manuel Pereira da Silva • 4200-392 Porto • Tlf: +351 220 901 100 • Fax: +351 220 901 101 • www.fmd.up.pt

Medicina Dentária Conservadora (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 7 a 21 Abril • Candidatura: * • Vagas: 25 • Horário: das 9h30 às 12h30 • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Guerra Capelas • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 50€

Infecção Cruzada em Medicina Dentária (curso teórico-prático com componente laboratorial) Duração: 27 horas (9 sessões pre-senciais) • Data: 09 a 14 de Abril • Candidatura: ** • Vagas: 100 • Horário: Pós-Laboral • Coordenação: Benedita Sampaio Maia • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 60€

Imagiologia Digital, Imagem por Res-sonância Magnética e Imagiologia em Reabilitação Oral (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 10 a 17 de Abril • Candida-tura: * • Vagas: 50 • Horário: das 8h30 às 13h30 • Créditos: 1 ECTS • Coor-

denação: Teixeira Koch • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 50€

Biomecânica aplicada à Reabilitação Oral protética (curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 12 de Abril • Candidatura: * • Vagas: 60 • Horário: das 9h às 19h • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Reis Campos • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 50€

Biomateriais na Regeneração Óssea em Medicina Dentária (curso teórico)Duração: 27 horas (9 sessões pre-senciais) • Data: 18 de de Abril • Candidatura: * • Vagas: 200 • Horário: das 8h30 às 18h • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Mário Vasconcelos • In-formações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 50€

Anestesia em Medicina Dentária (curso teórico-prático)Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 19 de Abril • Candidatura: * • Vagas: 60 • Horário: das 9h às 19h • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: João F. C. Carvalho e António Reis • Infor-mações: Carla Pinto /Tel.: 220901197/ [email protected] • Propina: 50€

Estética e Cosmética Dentária (curso teórico-prático)Duração: 27 horas (9 sessões pre-senciais) • Data: 05 a 19 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 200 • Horá-rio: das 9h30 às 12h30 • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Mário Jorge Silva • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 / [email protected] • Propina: 100€

Diagnóstico e Plano de Tratamento em Ortodontia II (curso teórico)Duração: 27 horas (9 sessões pre-senciais) • Data: 10 a de 31 Maio • Candidatura: * • Vagas: 25 • Horário: das 8h30 às 13h • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Jorge Dias Lopes • In-formações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 100€

Infecção Orodentária: Etiologia, Resposta Imunitária, Diagnóstico e Terapêutica Farmacológica (curso teórico)Duração: 27 horas (9 sessões pre-senciais) • Data: 13 a 23 de Maio • Candidatura: ** • Vagas: 150 • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Maria Helena Fernan-des • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 60€

Radiografia Intra-oral Digital, Radio-grafia Panorâmica Digital e Tomogra-fia Computorizada – BTI Scan

(curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 13 a 20 de Maio • Candi-datura: * • Vagas: 5 • Horário: das 9h às 13h30 • Créditos: 1 ECTS *** • Coor-denação: Teixeira Koch • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 100€

Cirurgia e Patologia Oral em Odontopediatria (curso teórico) Duração: 54 horas • Data: 14 a 21 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 150 • Horário: das 9h às 19h30 • Créditos: 2 ECTS • Coordenação: António Fe-lino • Informações: Carla Pinto / Tel.: 220901197 / [email protected] • Propina: 100€

Dúvidas e Dilemas em Materiais Dentários (curso teórico livre) Duração: 4 horas • Data: 17 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 200 • Horário: das 9h às 13h • Coordenação: Mário Vasconcelos • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 50€

Halitose, Higiene Oral e seu Controlo Químico (curso teórico)Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 27 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 200 • Horário: das 8h30 às 19h • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: Miguel Pinto • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Pro-pina: 50€

Enceramento em Medicina Dentária (curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 3 a 17 de Junho • Candi-datura: * • Vagas: 10 • Horário: das 9h às 13h30 • Créditos: 1 ECTS *** • Co-ordenação: Sampaio Fernandes • Infor-mações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 / [email protected] • Propina: 100€

Traumatismos Dento-Alveolares (curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 4 de Junho • Candidatura: * • Vagas: 150 • Horário: das 9h às 19h30 • Créditos: 1 ECTS • Coordena-ção: António Felino • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 50€

Novas Tecnologias em Prótese Den-tária e Oclusão (curso teórico com demonstração prática)Duração: 27 horas • Data: 11 e 25 de Junho • Candidatura: * • Vagas: 10 • Horário: das 9h às 13h30 • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: João Carlos Pinho e Sampaio Fernandes • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 200€

Laser Er:YAG na Cirurgia Oral (curso teórico-prático)

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Duração: 27 horas (9 sessões presen-ciais) • Data: 18 Junho • Candidatura: * • Vagas: 150 • Horário: das 9h às 19h30 • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: António Felino • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 50€

Insucessos em Endodontia (curso teórico)Duração: 27 horas (9 sessões pre-senciais) • Data: 6 a 13 de Junho • Candidatura: * • Vagas: 25 • Horário: das 14h às 18h30 • Créditos: 1 ECTS • Co-ordenação: Irene Pina Vaz • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /[email protected] • Propina: 75€

* Até 8 dias antes da realização do curso

** Até 15 dias antes da realização do curso

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP)Rua do Dr. Manuel Pereira da Silva • 4200-392 Porto • Telf: +351 226 079 700 • Fax: +351 226 079 725 • www.fpce.up.pt

Teatro do Oprimido (1ª Ed.)Duração: 36 horas • Data: 6 de Maio a 1 de Julho • Inscrições: até 1 de Abril • Horário: Pós-Laboral • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Emília Costa /226 061 890; [email protected] • Propina: 180€

Processo de Diagnóstico de Necessidades FormativasDuração: 24 horas presenciais • Data: 24 de Abril a 22 de Maio • Inscrições: até 14 de Abril (previsão) • Horário: 3.ª feira (das 18h45 às 21h45) e sábados (das 10h às 13h) • Créditos: 1 ECTS *** • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Filomena Jordão /226 061890; [email protected] • Propina: 150€

Recrutamento e Selecção de Pessoal (4.ª Ed.)Duração: 15 horas presenciais • Data: 14 a 23 de Abril • Inscrições: até 4 de Abril (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 1,5 ECTS *** • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Filomena Jordão /226 061890; [email protected] • Propina: 120€

A Prova Projectiva de Rorschach III - Crianças: a expressão do desenvolvi-mento infantil e das suas vicissitudes através dos dados Rorschach Duração: 18 horas presenciais • Data: 14 a 21 de Maio • Inscrições: até 4 de Maio (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Crédi-tos: 2 ECTS *** • Numerus Clausus: 25 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dr. Victor Moita /226 061 890; [email protected] • Propina: 120€

A Prova Projectiva de Rorschach II - Adultos: a expressão da maturidade e das suas vicissitudes através dos dados Rorschach Duração: 18 horas presenciais • Data. 21 de Abril a 8 de Maio • Inscrições: até 11 de Abril (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 2 ECTS *** • Numerus Clausus: 25 • Coordenador(a)/ Info: Prof. Dr. Victor Moita /226 061 890; [email protected] • Propina: 120€

Atendimento ao Público: um serviço de referência em unida-des documentaisDuração: 15 horas presenciais • Data: 16 a 30 de Maio • Inscrições: até 9 de Maio (previsão) • Horário: 6.ª feira (das 18h30 às 21h30) e sábado (das 10h às 13h) • Créditos: 1,5 ECTS *** • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Filomena Jordão /226 061890; [email protected] • Propina: 75€

A Prova Projectiva de Rorschach IV - Adolescentes/jovens: a expressão da adolescência e do desenvolvimento juvenil, e das suas vicissitudes através dos dados Rorschach Duração: 18 horas presenciais • Data: 22 a 29 de Maio • Inscrições: até 12 de Maio (previsão) • Horário: Pós-La-boral • Créditos: 2 ECTS *** • Numerus Clausus: 25 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dr. Victor Moita /226 061 890; [email protected] • Propina: 120€

(Per)cursos de educação e formação de adultos: - formação avançada (2.ª Ed.)Duração: 30 horas presenciais • Data: 6 de Maio a 26 de Junho • Inscrições: até 24 de Abril (previsão) • Horário: Pós-La-boral • Créditos: 3 ECTS *** • Numerus Clausus: 21 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Isabel Menezes /226 061 890; [email protected] • Propina: 150€

Análise Qualitativa de Dados através do Nvivo7 (1ª Ed.)Duração: 21 horas • Data: Maio • Nu-merus Clausus: 25 • Coordenador(a) / Info: Prof. Dr. José Alberto Correia/ 226 061890; [email protected] • Propina: A definir

Recrutamento e Selecção de Pessoal (5.ª Ed.)Duração: 15 horas presenciais • Data: 2 a 13 de Junho • Inscrições: até 26 de Maio (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 1,5 ECTS • Numerus Clau-sus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Filomena Jordão /226 061890; [email protected] • Propina: 120€

Formação no âmbito da Prestação de Serviços e do Atendimento à Popula-ção com Surdez/Comunidade SurdaDuração: 15 horas presenciais • Data: 7 a 11 de Julho • Inscrições: até 30 de Junho (previsão) • Horário: das 14h30 às 17h30 • Créditos: 1,5 ECTS *** • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Orquídea Coelho /226 061890; [email protected] • Propina: 120€

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)Largo Prof. Abel Salazar, 2 • 4099-003 Porto • Tlf.: +351 222 062 200 • Fax: +351 222 062 232 • www.icbas.up.pt

Medicina Laboratorial de Animais de CompanhiaData: 1 de Maio a 1 de Junho • Ins-crições: até 15 de Abril • Vagas: 10 (Sessões teóricas sem limite de número de participantes) • Créditos: 8,5 ECTS • Informações: Tel.: 252660400 (A/C Goretti Lobo) /[email protected] • Pro-pina: 1500€ (inclui os almoços dos dias de trabalho, o jantar de encerramento, o material de apoio pedagógico, o exame final e a avaliação)

Biologia dos organelos celularesDuração: 13 horas e meia presenciais • Data: 16 a 28 de Junho • Inscrições: Até 15 de Maio • Vagas: 10 participantes (Sessões teóricas sem limite de número de participantes) • Horário: pós-laboral (6 aulas teóricas de 1h e 30 min. e duas sessões laboratoriais práticas) • Créditos: 1,5 ECTS • Coordenação: Prof. Doutor Alexandre Lobo da Cunha • Informações: [email protected] (Prof. Doutor Ale-xandre Lobo da Cunha) • Propina: 125 € (Curso completo, incluindo sessões teóricas e laboratoriais) /50€ (sessões teóricas)

PÓS-GRADUAÇÃO /CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃOEspecialização em Ciências Médico-Legais (*)Duração: 2 Semestres • Data: Início a 26 de Setembro • Inscrições: de 2 de Junho a 18 de Julho (1ª fase) • Vagas: 60 • Horário: 6.ª feira (14h às 20h) e sábados (das 9h às 18h) • Créditos: 60 ECTS • Director: Profª Doutora Maria José Pinto da Costa • Info: Secretariado Pós-Gradu-ações - 222062221 /[email protected] • Propina: 600€

Pós-Graduação em Acupunctura e Moxibustão(*)Duração 2 Semestres • Data: Início a 9 de Outubro • Inscrições: de 02 de Junho a 18 de Julho (1ª fase) • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 16 às 20 horas), sábados (das 9h às 19h) e domingos (das 9h às 13h) Créditos: 30 ECTS •

Director: Dr. Asdrubal Pinto • Info: Secre-tariado Pós-Graduações – 222062221 /[email protected] • Propina: 2400€

Pós-Graduação em Enfermagem de Anestesiologia (*)Duração: 2 Semestres • Data. Início a 11 de Outubro • Inscrições: de 2 de Junho a 18 de Julho (1ª fase) • Vagas: 40 • Horário: 2.ª feira e sábados (das 9h às 18h30) • Créditos: 40 ECTS • Director: Dra. Maria Eduarda Amadeu • Info: D. Cláudia 222077549 ou [email protected] /Secre-tariado Pós-Graduações – 222062221 /[email protected] • Propina: 1750€

Especialização em Medicina Tradicional Chinesa (*)Duração: 3 Semestres • Data: A definir • Inscrições: de 2 de Junho a 18 de Julho (1ª fase) • Vagas: 30 • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 70 ECTS • Director: Prof. Doutor Henry Greten • Info: Secre-tariado Pós-Graduações - 222062221 ou [email protected] • Propina: 3000€

(*) Curso em fase de Acreditação e creditação.

UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO E FOR-MAÇÃO SOBRE ADULTOS E IDOSOS (UNIFAI)Intervenção Comunicacional no EnvelhecimentoDuração: 16 horas • Data: 19 a 24 de Abril (Porto) / 4 a 5 de Julho (Lisboa) • Inscrições: Até 1 de Abril (Porto) /Até 13 de Junho (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 / [email protected] /[email protected] • Propina: Professores - 130€ • Estudan-tes - 90€

Metodologias e Instrumentos de Gestão em Equipamentos GerontológicosDuração: 64 horas • Data: 3 de Maio a 28 de Junho • Inscrições: Até 11 de Abril • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax: 222062232 /[email protected] / [email protected] • Propina: 600€

GerontotecnologiaDuração: 7 horas • Data: 18 de Abril (Porto) / 9 de Maio (Lisboa) • Inscrições: Até 1 de Abril (Porto) /Até 18 de Abril (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 /[email protected] / [email protected] • Propina: Professo-res - 75€ • Estudantes - 60€

Análise de Dados Qualitativos (NUD*IST)Duração: 15 horas (8 de Maio a 12 de Junho de 2008) • Inscrições: Até 18 de

30

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Abril • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax: 222062232 /[email protected] /[email protected] • Propina: Professo-res - 130€ • Estudantes - 90€

Envelhecer Activamente: Nova Perspectiva de CuidadosDuração: 7 horas • Data: 30 de Maio • Inscrições: Até 9 de Maio • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portu-gal /Tel.222062280 /Fax:222062232 / [email protected] /[email protected] • Propina: Professores - 75€ • Estudantes - 60€

Intervenção Neuropsicológica no EnvelhecimentoDuração: 14 horas • Data: 15 a 16 de Maio (Porto) /29 a 30 de Maio (Lisboa) • Inscrições: Até 24 de Abril (Porto) /Até 9 de Maio (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Por-tugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 /[email protected] /[email protected] • Propina: Professores - 130€ • Estudan-tes - 90€

Reabilitação em Pessoas Idosas - Treino Funcional em AVD´sDuração: 7 horas • Data: 12 de Julho (Porto) /11 de Julho (Lisboa) • Ins-crições: Até 20 de Junho • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Por-tugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 /[email protected] /[email protected] • Propina: Professores - 75€ • Estudantes - 60€

Intervenção Ambiental no EnvelhecimentoDuração: 16 horas • Data: 13 a 20 de Junho (Porto) /21 a 28 de Julho (Lisboa) • Inscrições: Até 23 de Maio (Porto) /Até 2 de Junho (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portu-gal /Tel.222062280 /Fax:222062232/ [email protected] /[email protected] • Propina: Professores - 130€ • Estudan-tes - 90€

Demência de tipo AlzheimerDuração: 8 horas • Data: 5 de Julho (Porto) / 12 de Julho(Lisboa) • Inscri-ções: Até 13 de Junho (Porto) /Até 20 de Junho (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232/ [email protected] /[email protected] • Propina: Professores - 80€ • Estudantes - 65€

Escola de Gestão do Porto (EGP)Rua de Salazares, 842 • 4149-002 Porto • Tlf: +351 22 615 32 70 • Fax: +351 22 610 08 61 • www.egp.up.pt

SEMINÁRIOS DE ALTA DIRECÇÃO: Supply Chain ManagementDuração: 8 horas • Data: 13 de Maio • Candidatura: Até 30 de Abril • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Alcibíades Paulo Guedes • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 750€ (450€ para inscrições confirmadas até 15 de Abril)

Re-starting “top-line” Growth in Mature IndustriesDuração: 8 horas • Data: 27 de Maio • Candidatura: Até 13 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coorde-nador: William Werther • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1000€ (600€ para inscrições confirmadas até 29 de Abril)

Marketing RelacionalDuração: 8 horas • Data: 5 de Junho • Candidatura: Até 21 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coorde-nador: Carlos Melo Brito • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 750€ (450€ para inscrições confirmadas até 5 de Maio)

The Negotiations Masterclass SeminarDuração: 8 horas • Data: 18 de Junho • Candidatura: Até 4 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coorde-nador: Steven Sonsino • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1000€ (600€ para inscrições confirmadas até 21 de Maio)

The Inspirational Leadership SeminarDuração: 8 horas (19 de Junho de 2008) • Candidatura: Até 5 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coorde-nador: Steven Sonsino • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1000€ (600€ para inscrições confirmadas até 21 de Maio)

Comunicação EfectivaDuração: 16 horas • Data: 1 e 2 de Julho • Candidatura: Até 17 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coorde-nador: Maria João Costa • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1600€ (1100€ para inscrições confirmadas até 3 de Junho)

Brands that Make Sense & Making Sense Communicating BrandsDuração: 16 horas • Data: 8 e 9 de Julho • Candidatura: Até 22 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordena-dor: Luís Reis / Pedro Pina • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Men-des; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1500€ (1050€ para inscrições confirmadas até 9 de Junho)

CURSOS DE CURTA E MÉDIA DURAÇÃO:O Papel dos RH no Sucesso Estraté-gico SustentávelDuração: 40 horas • Data: 14 de Abril a 12 de Maio • Candidatura: Até 1 de Abril • Vagas: 20 • Horário: das 9h00 às 18h • Coordenador: Cândida Santos • Informações /contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1400€

Curso de Comércio InternacionalDuração: 54 horas (12 manhãs) • Da-ta: 7 a 31 de Maio • Candidatura: Até 24 de Abril • Vagas: 20 • Horário: 12 manhãs, em 3 semanas consecutivas, de 4.ª a Sábado, das 8h30 às 13h00 • Coordenador: José Rijo • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1800€

Curso de Gestão de ProjectosDuração: 40 horas • Data: 26 de Maio a 4 de Junho • Candidatura: Até 16 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h (4 sessões) / das 9h às 13h (2 sessões) • Coordenador: Eduardo Santos • Informações /contactos: An-tonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1500€

Curso de Valor Acrescentado para o Accionista e Value Based Manage-ment 8,ª Ed.Duração: 30 horas • Data: 6 a 21 de Maio • Horário: das 8h30 às 13h30 • Máximo: 20 participantes • Info: Tel: 22 6153270 /[email protected] • Propina: 1250€ (incluindo material de apoio às aulas e coffee-breaks)

Como escolher KPIsDuração: 12 horas • Data: 16 a 18 de Junho • Candidatura: Até 30 de Maio • Vagas: 20 • Horário: 9h às 13h • Coor-denador: Joaquim Barreiros/Vasco Viana • Informações /contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 700€

Análise Financeira de EmpresasDuração: 40 horas • Data: 25 de Junho a 17 de Julho • Candidatura: Até 11 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 8h30 às13h30 • Coordenador: Jorge Farinha • Informações /contactos: An-tonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1400€

Criatividade Prática para a InovaçãoDuração: 24 Horas • Data: 3, 4 e 11 de Julho • Candidatura: Até 23 de Junho • Vagas: 20 • Horário: 3 dias, das 9h às 18h • Coordenador: Francisco Teixeira e Melo • Informações /contactos: An-tonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 [email protected] • Propinas: 1300€

PROGRAMAS DE LONGA DURAÇÃO:MBA ExecutivoDuração: 1 mês (período de homogenei-zação) + 3 trimestres • Candidatura: Até 30 de Junho • Vagas: 50 • Horário: 6.ª feira (das 8h30 às 20h) e sábados (das 8h30 às 13h30) • Coordenador: Luís ReisInformações /contactos: Carla Lima; 22 615 32 73; [email protected] • Propinas: 14000€

MBA/DFA em logísticaDuração: 1mês (período de homoge-neização) + 3 trimestres • Candidatura: Até 30 de Junho • Vagas: 20 • Horário: Full-time: das 8h30 às 13h (4 vezes por semana) /Part-time: das 8h30 às 13h (2 vezes por semana) • Coordenador: Alcibíades Paulo Guedes (ed. Porto) • Informações /contactos: Carla Lima; 22 615 32 73; [email protected] • Propinas: 7200€

MBA - Master of Business Adminis-tration*Duração: 1mês (período de homogenei-zação) + 3 trimestres* • Candidatura: Até 30 de Junho • Vagas: 20 • Horário: Full-time: das 8h30 às 13h (4 vezes por semana) /Part-time: das 8h30 às 13h (2 vezes por semana) • Coordenador: Jorge Farinha* • Informações /contactos: Isabel Pinho; 22 615 32 71; [email protected] • Propinas: *

* Informações sujeitas a alteração, uma vez que o progra-

ma de MBA se encontra em reformulação

Reitoria da U.Porto /Instituto de Recursos e Iniciativas ComunsPraça Gomes Teixeira • 4099-002 Porto • Tlf: +351 220 408 000 /043 • Fax: +351 220 408 186/7 /4 • www.reit.up.pt

Universidade de VerãoDuração: 3 semanas • Data. 7 a 26 de Julho • Inscrições: A decorrer • Horário: de Segunda a Sábado todo dia • Cré-ditos: 6 ECTS (1 ECTS cada módulo) • Organização: U.Porto, com a colabo-ração da Câmara Municipal de Arouca • Info: Joana Coutinho / [email protected] / tel: 220408053 • Propina *(inclui alimentação): 270€ (2 módulos) /410€ (3 módulos) /530€ (4 módulos) /670€ (5 módulos) / 700€ (6 módulos)

* Alojamento não incluído no valor da propina

Curso Protecção Integrada Da Vinha U.Porto - Curso On-LineDuração: 37 horas • Data: 6 de Junho a 4 de Julho • Inscrições: até 16 de Maio • Créditos: 1 ECTS • Coordenação científica: Profa. Doutora Ana Aguiar • Organização: U.Porto • Info: Joana Cou-tinho /[email protected] /tel: 220408053 • Propina: 150€

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Page 34: UPorto Alumni #04

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Faculdade de Arquitectura(FAUP)Informações: Serviços Académicos • Telef: +351 226 057 185 • [email protected] • www.fa.up.pt A

2.º Ciclo / Mestrado Metodologias de Intervenção no Patrimó-nio Arquitectónico *

Faculdade de Belas Artes(FBAUP)Informações: Gabinete de Apoio ao Estudante - Serviço de Expediente e Alunos • Telef: +351 225 192 402 • [email protected] • www.fba.up.pt

2.º Ciclo /MestradoArte e Design para o Espaço Público • Desenho e Técnicas de Impressão • Design de Imagem • Design Gráfico e Projectos Editoriais • Escultura • Estudos Artísticos • Pintura • Prática e Teoria do Desenho • Práticas Artísticas Contem-porâneas

Faculdade de Ciências (FCUP)Informações: Gabinete de Pós-Gradu-ação • Telef: +351 220 402 030 • [email protected] • www.fc.up.pt

2.º Ciclo /MestradoAstronomia • Biodiversidade, Genética e Evolução • Biologia • Biologia e Geologia em Contexto Escolar • Biologia e Ges-tão da Qualidade da Água • Ciência de Computadores • Ciências do Consumo e Nutrição (Em leccionação conjunta com a FCNAUP)

• Ciências e Tecnologia do Ambiente • Desenvolvimento Curricular pela Astrono-mia • Ecologia, Ambiente e Território • Engenharia Agronómica • Engenharia Geográfica • Engenharia Matemática • Ensino da Biologia e da Geologia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Se-cundário • Ensino da Física e da Química no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário • Ensino da Matemática no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário • Física • Física Médica • Física e Química em Contexto Escolar • Fisiologia Molecular de Plantas (Em

leccionação conjunta com a Universidade do Minho)

• Genética Forense • Geomateriais e

FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA

(2º e 3º CICLO)DA UNIVERSIDADE

DO PORTO

CURSOS E CICLOS DE ESTUDO

ANO LECTIVO 2008/2009

AtençãoA presente lista não

dispensa a consulta da página dos cursos nas

páginas das respectivas faculdades.

* Curso Não Adequadoa Bolonha

Recursos Geológicos (Em leccionação conjunta

com o ICBAS e as universidades de Aveiro e do Minho) •

Matemática • Matemática para Professo-res • Modelação, Análise e Optimização de Processos Industriais • Química • Re-cursos Biológicos Aquáticos • Sistemas de Informação Geográfica • Tecnologia, Ciência e Segurança Alimentar (Em leccionação

conjunta com a Universidade do Minho) • Viticultura e Enologia (Em leccionação conjunta com a Universi-

dade Técnica de Lisboa)

3º Ciclo / Doutoramento Astronomia • Biodiversidade, Genética e Evolução (Em leccionação conjunta com a Uni-

versidade de Lisboa) • Biologia de Plantas (Em

leccionação conjunta com as universidades de Aveiro e

do Minho) • Consumo Alimentar e Nutrição (Em leccionação conjunta com a FCNAUP) • Ciência de Computadores • Matemática Apli-cada (Em leccionação conjunta com o ICBAS, a FEP

e a FEUP) • Física (Em leccionação conjunta com as

universidades de Aveiro e do Minho) • Geociências (Em leccionação conjunta com a Universidade de Aveiro)

• Matemática (Programa Inter-Universitário em

leccionação conjunta com a Universidade de Coimbra)

• Química

Faculdade de Ciências da Nu-trição e Alimentação (FCNAUP)Informações: Secção de Alunos e Ex-pediente • Telef: +351 225 074 323 • [email protected] • www.fcna.up.pt

2.º Ciclo / Mestrado Alimentação Colectiva • Nutrição Clínica

Faculdade de Desporto (FADEUP)Informações: Sector de Alunos • Telef: +351 225 074 724 • [email protected]@fade.up.pt • www.fade.up.pt

2.º Ciclo / MestradoActividade Física Adaptada • Actividade Física e Saúde • Actividade Física para a Terceira Idade • Desenvolvimento Motor • Desporto para Crianças e Jovens • Ensino da Educação Física e Desporto (Aguarda registo pela DGES) • Gestão Desportiva • Treino de Alto Rendimento Desportivo

3.º Ciclo / Doutoramento Actividade Física e Saúde

Faculdade de Direito (FDUP)Informações: Secção de Alunos • Telef: +351 220 041 603 • [email protected] • www.fd.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado Direito

Faculdade de Economia (FEP)Informações: Secção de Alunos de Pós-Graduação • Telef: +351 225 571 100 • [email protected] • www.fep.up.pt

2.º Ciclo / Mestrado Análise de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão • Contabilidade • Economia • Economia e Administração de Empresas • Economia e Gestão da Inovação • Eco-nomia e Gestão das Cidades • Economia e Gestão Internacional • Economia e Ges-tão de Recursos Humanos • Economia e Gestão do Ambiente Finanças • Finanças e Fiscalidade • Gestão e Economia de Serviços de Saúde • Gestão Comercial • Marketing • Métodos Quantitativos em Economia e Gestão • Modelação e Simulação Económica

3.º Ciclo / Doutoramento Ciências Empresariais • Economia

Faculdade de Engenharia (FEUP)Informações: Divisão de Pós-Graduação e Educação Contínua • Telef: +351 225 081 977 / 412 • [email protected] • www.fe.up.pt

2.º Ciclo / Mestrado Automação, Instrumentação e Controlo * • Ciências da Informação (Em leccionação

conjunta com a FLUP) • Construção • Design Industrial • Engenharia Biomédica • Engenharia de Minas e Geo-Ambiente • Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais • Engenharia de Serviços e Gestão • Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (Em leccionação conjunta com a FEP)

• Métodos Computacionais (Em leccionação

conjunta com a FCUP, em Ciências de Engenharia) •

Multimédia (Em leccionação conjunta com a FBAUP,

FCUP e FLUP) • Transportes *

3.º Ciclo / Doutoramento Bioengenharia (Em leccionação conjunta com a

FMUP e o ICBAS) • Engenharia Biomédica • Engenharia Civil • Engenharia de Minas e Geo-recursos * • Engenharia e Gestão de Transportes • Engenharia Electrotéc-nica e de Computadores • Engenharia Industrial e Gestão • Engenharia Informá-tica • Engenharia Mecânica • Engenharia Química e Biológica • Engenharia do Ambiente * • Engenharia Física * • En-genharia Metalúrgica e de Materiais* • Informática (Em leccionação conjunta com a FCUP

e as universidades de Aveiro e do Minho) • Líderes para Indústrias Tecnológicas (Em leccionação

conjunta com as universidades do Minho e Técnica de

Lisboa) • Sistemas Sustentáveis de Energia (Em leccionação conjunta com as universidades de

Lisboa e Técnica de Lisboa, no âmbito do Programa MIT/

Portugal) • Telecomunicações(Em leccionação conjunta com a FCUP e as universidades

de Aveiro e do Minho)

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Page 35: UPorto Alumni #04

Em vez de salas de aula vão estar os espaços de um convento. O trânsito na VCI será trocado por caminhadas solarengas na montanha, os apar-tamentos, transformados em hotel rural e, à noite, o “Piolho” e a Ribeira não passarão de memórias perdidas ao som de um sarau conventual. Em moldes idílicos se constrói o cenário que aguarda todos os alumni, licen-ciados ou estudantes de pós-gra-duações, nacionais e estrangeiros, que se candidatarem (as inscrições foram já abertas) à primeira Universi-dade de Verão da U.Porto.É em “versão Verão” que a U.Porto e o concelho de Arouca vão dar as boas-vindas aos 90 participantes (30 por semana) esperados numa inicia-tiva inédita em Portugal e que, de 7 a 26 de Julho, vai levar ao distrito de Aveiro os saberes gerados na maior universidade do país. Isto através de cursos semanais de curta dura-ção, devidamente certificados (com um máximo de 6 créditos ECTS) e centrados em temáticas integradas no contexto regional em que vão ter lugar.Aproximar a Universidade da região envolvente e reforçar a oferta da U.Porto ao nível da formação “fora de horas” são os principais objec-tivos de um projecto que segue o exemplo de outras grandes universi-dades europeias. “Já temos cursos de Verão mas são coisas pouco es-truturadas. O que quisemos foi or-ganizar uma Universidade de Verão com carácter residencial”, explica a vice-reitora Maria de Lurdes Correia Fernandes. “Arouca tem um envol-vimento regional, nomeadamente pela existência da Serra da Freita, do maciço da Gralheira e do con-vento, que proporciona fenómenos interessantes em várias áreas. São

essas condições especiais que este curso multidisciplinar vai explorar”, acrescenta.Da teoria para o topo da Serra da Arada, passando pelas “pedras pa-rideiras” até às profundezas das mi-nas de volfrâmio de Regoufe e com intervalos para um doce conventual num mosteiro do século X, são mui-tos os atractivos que conduzirão os participantes ao “laboratório” de Arouca. Estruturados em seis mó-dulos temáticos e privilegiando uma forte componente prática, os cursos vão cruzar as áreas da História da Arte e Botânica (1ª semana), Geolo-gia e Saúde (2ª semana) e Literatura e Desenvolvimento Regional e Local (3ª semana).Todos os módulos serão leccionados e avaliados - através de relatórios orais ou escritos - por professores da U.Porto. Caberá a estes liderar os estudantes num quotidiano dividido entre aulas nas salas do convento de Arouca, visitas de estudo, saídas de campo e conferências por espe-cialistas convidados. Antes do des-canso - opcional - num hotel local, os participantes vão ainda usufruir de um programa cultural que inclui concertos e um sarau. Actividades que, para Maria de Lurdes Correia Fernandes, vão potenciar “a partilha de experiências” numa iniciativa que, no futuro, “pode alargar-se a outras regiões do país, dependendo do im-pacto desta primeira edição”. Para que nada falhe na Universida-de de Verão, a U.Porto conta com o apoio da autarquia de Arouca, que garante apoio logístico e os transportes no interior do concelho. Benefícios incluídos numa propina que variar entre os 270 euros (dois módulos) e os 700 euros (programa completo), estando previstos bene-fícios para os alumni. Em opção de alojamento, aos valores referidos acresce, por noite, 33 euros (quarto duplo partilhado) ou 50 euros (quarto individual).Para mais informações, deve contac-tar Joana Coutinho, da Unidade de Educação Contínua da Reitoria da U.Porto, pelo telefone 220408053, ou consultar o site do evento em www.reit.up.pt.TR

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Faculdade de Farmácia (FFUP)Informações: Secção de Pós-Graduação e de Expediente • Telef: +351 222 078 981 • [email protected] • www.ff.up.pt2.º Ciclo / Mestrado Análises Clínicas • Controlo de Qualidade • Química Analítica Ambiental • Tecnolo-gia Farmacêutica • Toxicologia Analítica Clínica e Forense

Faculdade de Letras (FLUP)Informações: Secção de Pós-GraduaçãoTelef: +351 226 077 171 • [email protected] • www.letras.up.pt

2.º Ciclo / Mestrado Arqueologia • Didáctica das Línguas Maternas ou Estrangeiras e Supervisão Pedagógica em Línguas • Ensino de Português e de Línguas Clássicas no 3º Ciclo no Ensino Básico e no Secundário • Ensino de Português e de Língua Es-trangeira no 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário • Ensino de Inglês e de Alemão/Francês/Espanhol no Ensino Básico • Ensino de Filosofia no Ensino Secundário • Ensino de História e Geo-grafia no 3º Ciclo no Ensino Básico e no Ensino Secundário • Ensino de Inglês e de Alemão/Francês/Espanhol no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Se-cundário • Ensino do Português Língua Segunda / Língua Estrangeira • Estudos Alemães • Estudos Anglo-Americanos • Estudos Literários, Culturais e Interartes • Filosofia • História Contemporânea • História da Arte Portuguesa • História e Educação • História e Património • História Medieval e do Renascimento • História, Relações Internacionais e Coo-peração • Linguística • Riscos, Cidades e Ordenamento do Território • Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamen-to do Território • Sociologia • Tradução e Serviços Linguísticos

3.º Ciclo / Doutoramento Arqueologia • Crítica Textual e Crítica Genética • Estudos Alemães • Estudos Anglo-Americanos • Filosofia • Geografia • História • História da Arte Portuguesa • Linguística • Literaturas e Culturas Ro-mânicas • Sociologia

Faculdade de Medicina (FMUP)Informações: Instituto de Pós-GraduaçãoTelef: +351 225 513 676 • [email protected] • www.med.up.pt

2.º Ciclo / Mestrado Bioética • Ciências Forenses (Em leccionação

conjunta com a FCUP, FDUP, FFUP, FMDUP, FPCEUP e

ICBAS) • Cirurgia Ortognática e Ortodontia • Epidemiologia • Evidência e Decisão em Saúde • Informática Médica (Em

leccionação conjunta com a FCUP) • Medicina e Oncologia Molecular • Microcirurgia (Em

leccionação conjunta com o ICBAS) • Psiquiatria e Saúde Mental • Saúde Pública (Em lecciona-

ção conjunta com o ICBAS)

3.º Ciclo / Doutoramento

Investigação Clínica e em Serviços de Saúde • Medicina e Oncologia Mole-cular (Em leccionação conjunta com o ICBAS) • Metabolismo - Clínica e Experimentação • Neurociências (Em leccionação conjunta com

o ICBAS) • Saúde Pública (Em leccionação

conjunta com o ICBAS) • Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada (GABBA) (Em leccionação conjunta com a FCUP e

o ICBAS)

Faculdade de Medicina Dentária (FMDUP)Informações: Secção de Alunos • Telef: +351 220 901 100 • [email protected] • www.fmd.up.pt

2.º Ciclo / Mestrado Cirurgia Oral • Implantologia • Medicina Dentária Conservadora • Oclusão, ATM e Dor Orofacial • Odontopediatria • Or-todontia • Periodontologia • Prótese Fixa Implantar e Convencional • Reabilitação Oral Saúde Oral Comunitária

Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCEUP)Informações: Serviço Académico • Te-lef: +351 226 079 700 / 226 061 887 • [email protected] • www.fpce.up.pt

2.º Ciclo / Mestrado Ciências da Educação (este ciclo de estudos

suporta um Mestrado Erasmus Mundus) • Ensino das Artes Visuais no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário (Em lec-

cionação conjunta com a a FBAUP) • Estudos de Desenvolvimento em Ciências Sociais e Educacionais • Temas de Psicologia

3.º Ciclo / Doutoramento Ciências da Educação • Psicologia

Instituto de Ciênicas Biomédi-cas de Abel Salazar (ICBAS)Informações: Secretaria de Pós-Gra-duação • Telef: +351 222 062 221 • [email protected] • www.icbas.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado Ciências do Mar - Recursos Marinhos • Ciências da Enfermagem • Contamina-ção e Toxicologia Ambientais (Em leccionação

conjunta com a FCUP) • Medicina Legal • Oncologia • Medicina Tradicional Chinesa (aguarda registo pela DGES)

3º Ciclo / DoutoramentoBioquímica (Em leccionação conjunta com a FCUP) • Ciências do Mar e do Ambiente (Em

leccionação conjunta com a FCUP e as universidades de

Aveiro e do Minho) • Patologia e Genética Mo-lecular (Em leccionação conjunta com a FMUP)

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PRIMEIRA UNIVERSIDADE

DE VERÃO DAU. PORTO

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PORTO, CIDADE, REGIÃO

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O tema geral do 3º Encontro Porto Cidade Região pro-movido pela Universidade e pela Junta Metropolitana do Porto, “Porto Região de Conhecimento”, assumia

como determinante o capital de conhecimento da região. O de-bate foi dividido em seis áreas estratégicas: Ambiente, Energia e Sustentabilidade; Saúde; Educação/Formação; Mar; Conteúdos; Manufactoring (indústria transformadora), envolvendo sempre elementos de dentro e fora da U.Porto. Os trabalhos decorreram a 28 e 29 de Janeiro, no Palácio da Bol-sa, em parte à porta fechada para facilitar um contacto mais es-treito entre as entidades e para promover a troca e conciliação de ideias. Segundo o programa defi nido, Março terá sido o mês da validação e elaboração das conclusões sectoriais e Abril o mês

da apresentação do relatório fi nal. Entretanto, constituiu-se um grupo de trabalho acompanhante e, sobretudo, “facilitador” deste processo, nas palavras de Jorge Gonçalves, vice-Reitor da U.Porto. Houve igualmente a intenção de evitar excesso de protagonismos de cada uma das partes envolvidas, acrescentou o vice-Reitor. Não obstante, como afi rmava Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, na sessão de abertura da iniciativa, “a Uni-versidade do Porto é e sempre será a cabeça desta vasta região”, enquanto o Reitor, José Marques dos Santos, salientava o simbo-lismo da iniciativa: “A U.Porto afi rma-se, uma vez mais, como actor decisivo na defi nição de estratégias de desenvolvimento da região Norte”.

Momento de uniãoÀ pergunta como pode a U.Porto contribuir para o desenvolvi-mento da região, a resposta foi dividida em duas: contributos para melhoria dos vários níveis de ensino e formação e contri-butos para incentivar a inovação e competitividade no tecido produtivo. Quanto à relação da Universidade com as empresas e agentes económicos, entendeu-se ser crucial alargar o âmbito das inicia-tivas de transferência de conhecimento e tecnologia para evitar que se restrinjam apenas às grandes empresas, contribuindo

assim para que se construa uma nova imagem da indústria no Norte. As empresas precisam que a U.Porto as mantenha ao corrente das tecnologias e do conhecimento (aplicados) mais recentes, para não perderem o comboio do futuro. Este aspecto tornar-se ainda mais pertinente na indústria trans-

formadora (Manufactoring) e já se mostrou útil nos sectores dos têxteis e calçado, tantas vezes com morte anunciada mas sempre adiada. O grande objectivo é criar e fabricar aqui e vender no mundo, sabendo que a diferença está nas pessoas e no conhecimento que se transfere para a economia e se desenvolve, repensando os modelos de organização da indústria e incentivando as empre-sas a contribuir para as soluções de formação. Implicará ainda a construção de uma estratégia regional, com a participação da Universidade, da CCDRN, da Junta Metropolitana e de associa-ções empresariais. Propõe-se a criação de um grupo de refl exão para defi nir áreas de I&D estratégicas e indicar um encarregado de negócios para Bruxelas.

Educação e formação são um todoA montante da transferência de conhecimento para as empre-sas, o Ensino e a Formação será outra grande área para a qual a U.Porto poderá dar o seu contributo. Na vasta produção de saber na área das ciências da educação, das didácticas das ciências e no diverso grupo de investigadores com experiência na prepa-ração de conteúdos e metodologias para o ensino, ganham as escolas, nomeadamente as do ensino básico, e a formação de recursos humanos. Sabe-se que existem distorções na igualdade de acesso à universidade e a U.Porto, assumindo este desafi o, salientava o vice-Reitor Jorge Gonçalves, pode apoiar os estudan-tes e a comunidade escolar na criação de meios que apoiem a aprendizagem, o ensino e o auto-estudo.A ideia-chave é conceber a educação e formação como um todo, articulando o ensino básico, secundário e superior, bem como a formação contínua. Aqui, mais do que pontes entre os subsiste-mas, existe um só palco onde se movimentam vários actores. En-tre as acções a estabelecer estão: a criação de um grupo de trabalho para defi nir o espaço de actuação de um cluster e quem nele irá participar; a actuação da U.Porto na sua zona de acção para apoiar um ensino básico e secundário que sejam de excelência e reforçar a formação contínua; a organização de uma campanha para me-lhorar a imagem e o valor social da aprendizagem.

U.Porto impulsiona parceria regional com

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Cluster na saúde avançaApesar do acerto de posições para medidas de médio e longo prazo continuar, o Encontro Porto Cidade Região não foi falho em medidas mais imediatas. Na área da Saúde, fortalece-se o pólo competitividade e produção de conhecimento aplicado com a recente criação do I3S que congrega dois laboratórios associa-dos, IPATIMUP e IBMC/INEB, adicionada ao saber de topo que tem vindo a ser produzido noutros campos da saúde, às pontes existentes com grandes empresas da região e ao empenho das diversas entidades (faculdades, hospitais, centros de I&D e em-presas). Já foi avançado um nome para este cluster que envolverá também entidades de Coimbra, Braga e Lisboa, para além do Porto: “Health Cluster Região Norte”.Todas as entidades participantes neste grupo de debate valida-ram os objectivos e missão deste pólo de competitividade e mos-traram vontade de nele participar, ainda antes da sua criação formal. O pólo será fundado nos princípios da “cooptição”, que significa um misto de cooperação e competição, da dinamização de projectos e facilitação de serviços state of de art aos associados.

O pólo será orientado para as necessidades do mercado global, usando as verbas disponibilizadas segundo as orientações do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Conteúdos e estação marítima no NorteTambém na área dos Conteúdos, a receita de sucesso envolve parcerias e é baseada nas indústrias/empresas de conteúdos da região, de escala nacional e internacional, implicando também centros de investigação e produção de conhecimento (universi-dades) e governo. Os clusters de Austin e Barcelona são exemplos citados nesta área.Neste sentido, considerou-se necessário criar uma estrutura de governação, constituir um grupo de trabalho com representan-tes das diversas sensibilidades, criar um centro de investigação e formação em indústrias criativas e organizar um festival/mostra. Será necessário ainda procurar novas formas de financiamento do sector; actuar ao longo de toda a cadeia de conteúdos digitais (concepção, produção e disponibilização); facilitar o acesso do sector a arquivos nacionais, assim como alargar a presença de operadores regionais e de conteúdos de ciência e cultura nos ca-nais nacionais.No sector Mar, está prevista, para este ano, a criação de uma estação de monitorização de vários parâmetros costeiros, con-

tribuindo nomeadamente para estudar o uso de sistemas alternativos de produção de energia. O objectivo acorda-do neste sector é, no entan-to, bem mais vasto: criar, no Norte, um pólo de referência internacional para o mar. Para

tal, contribuirão não só as acções que estão em curso, mas tam-bém a elaboração de um “plano estratégico operacional para o mar”, articulando outros planos mais específicos, já existentes ou a elaborar, e ainda as aconselhadas criações de um observató-rio, de um congresso anual e de projectos-piloto.

Porto, exemplo na qualidade de vidaNo sector do Ambiente, Energia e Sustentabilidade, a missão é tornar a Área Metropolitana do Porto exemplar do ponto de vista da qualidade de vida urbana. O caminho passa pela intervenção em cinco áreas fundamentais.

Desde logo, passa pela crucial área dos transportes e mobilidade. As acções definidas no encontro envolvem a elaboração de um “plano metropolitano de transportes escolares”; a substituição dos combustíveis tradicionais por gás natural; a promoção do transporte colectivo; a criação de parques de estacionamento periféricos; de mais corredores “BUS” e de faixas pedonais e dedicadas a veículos de duas rodas. A diminuição do nível de “electrização” da cidade, que se mantém acima da média por razões históricas, será outra área de intervenção.Numa terceira área, será preciso diminuir o fosso entre arqui-tectura e engenharia, promovendo as boas práticas na Universi-dade, incentivando o aproveitamento da luz solar, a micro-gera-ção e a cogeração. A água é um bem escasso, por isso é preciso usá-lo racionalmente, assinala a quarta área fundamental para melhoria da qualidade de vida urbana, o que implica também a educação, um plano de recurso para uso racional e a recupe-ração de uma linha de água para servir de exemplo a actuações futuras. A quinta área, intervenção na envolvente, inclui a cria-ção de uma área de paisagem protegida, a sustentabilidade no que toca a fogos, o aproveitamento energético da biomassa, a criação de áreas de lazer e a elaboração de dois planos: de in-tervenção em solos e para enfrentar as alterações climáticas na Área Metropolitana.

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CULTURA

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A pós uma primeira edição no Mercado Ferreira Borges e as seguintes no Palácio de

Cristal, a Mostra de Ciência, Ensino e Inovação da Universidade do Porto muda-se este ano para as instalações da Faculdade de Desporto (FADEUP), por detrás do Hospital de São João. As-sim o obrigam as obras no Palácio de Cristal. A data foi também deslocada para a frente no calendário. Em vez de Março, a VI Mostra decorrerá de 10 a 13 de Abril.

O desporto vai marcar de forma especial esta edição da Mostra, não só porque acolhe o evento, mas também porque decorre-rá, em paralelo, um vasto conjunto de actividades desportivas. Como explica Paulo Jorge Colaço, coordenador do programa paralelo FADEUPsport, “pretende-se que exista uma forte ani-mação desportiva da Faculdade, que envolva toda a comuni-dade da U.Porto e visitantes da Mostra, já que algumas destas actividades poderão ser participadas por todos”. Estas iniciati-vas envolvem a Associação de Estudantes da FADEUP que, em estreita articulação com diversos gabinetes, nomeadamente através dos centros de treino, será responsável pela sua reali-zação. Os gabinetes mais directamente envolvidos são: Atletis-mo, Educação Física Especial, Ginástica, Natação, Recreação e Tempos Livres e Voleibol. Entre as actividades previstas estão: Aulas de Step; Street Soccer; Escalada; Animação Desportiva; Orientação; Hip-hop; UPSwim; Torneio de Voleibol; Sarau de Ginástica; Boccia; Goalball; Atletismo para Defi ciência Visual; Basquetebol em Cadeira de Rodas.Como habitualmente, foram contactadas as escolas do Norte e Centro Norte do país, assim como 111 câmaras municipais, algu-mas a apoiar directamente a organização na divulgação da Mos-tra. Será, de resto, montado um sistema de avaliação da efi cácia de comunicação na Mostra, tendo em vista a sua melhoria.

A VI Mostra de Ciência, Ensino e Inovação tem, na presente edição, um

especial sabor desportivo. O centro nevrálgico desta

verdadeira festa do conhe-cimento é a Faculdade de

Desporto, na Asprela, onde vai decorrer, de 10 a 13 de

Abril, um vasto leque de actividades. Neste âmbito, destacam-se naturalmente

as comemorações do Dia da Universidade, cuja ses-

são solene está marcada para 9 de Abril.

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O Dia da Universidade do Porto será assinalado com um conjunto de ini-ciativas que incluem a Sessão Solene a 9 de Abril, a apresentação do “Livro de Francisco Rodrigues: Primeiro Atlas do Mundo Moderno”, pela Editora UP (17h00, Sala do Fundo Antigo, Reito-ria), os Cumprimentos da Academia ao Reitor (18h00, Salão Nobre da Reitoria) e um concerto de Jazz ao ar livre (18h00, Praça Gomes Teixeira). As comemorações integram ainda um Concerto Comemorativo do 97º Ani-versário da U.Porto (21h00, 5 de Abril, Casa da Música), a SPIE UP 2008 (7 a 11 de Abril) e a Mostra de Ciência, En-sino e Inovação.

Programa

9h30 Abertura da Sessão SoleneJosé Carlos Marques dos Santos – Rei-tor da Universidade do Porto

Orador convidado:Emilio Botín – Presidente do Grupo Santander“El papel y la responsabilidad social de las empresas en el apoyo a las Uni-versidades”.

Intervenções:António Pinho Vargas – Em representa-ção dos antigos alunos.Ana Raquel Teixeira – Em representa-ção dos estudantes.Rui Gouveia – Em representação dos funcionários não docentes.

Entrega de Prémios 2008– Entrega de diplomas aos estudantes contemplados com o Prémio Incentivo – Entrega de diploma aos docentes ga-lardoados com o Prémio “Excelência E-Learning U.Porto” Proclamação de Professores Eméritos da U.PortoProf. Arquitecto Nuno PortasProf. Arquitecto Sérgio Fernandez

Três grandes áreasA área expositiva organiza-se em três grandes áreas: Ciências da Saúde; Ciências e Tecnologias; Ciências Sociais, Artes e Humanidades. No interior destas grandes áreas, os stands de departamentos das faculdades e as unidades de investigação da U.Porto estão organizados em núcleos temáticos, ou clus-ters, de acordo com a proximidade das relações que mantêm na actividade científica.Durante quatro dias, centenas de professores, investigadores e estudantes das 14 faculdades e de 12 dos mais importantes centros de investigação da U.Porto vão transferir as actividades mais apelativas dos seus laboratórios e salas de aulas para os pavilhões da Faculdade de Desporto (junto ao Hospital de São João e à estação de metro do IPO) para dar a conhecer e ex-perimentar as actividades de ensino, investigação e prestação de serviços que quotidianamente se realizam na maior univer-sidade do país. O visitante da Mostra tem a possibilidade de assistir a várias dezenas de demonstrações de Ciência e Tec-nologia produzidas na U.Porto e participar pessoalmente em outras tantas experiências, testes e ensaios.

Clarificar ideiassobre o futuroPara os jovens estudantes do ensino básico e secun-dário que ambicionam entrar no ensino superior, a Mostra de Ciência, Ensi-no e Inovação assume-se como um privilegiado mo-mento de esclarecimento. Só aqui será possível per-correr, num mesmo local, as mais diversas carreiras e cursos superiores dispo-níveis nas 14 faculdades da

U.Porto. Além disso, o contac-to pessoal com a comunidade académica permite-lhes obter resposta directa a dúvidas so-bre o conteúdo, organização e abrangência dos cursos da

U.Porto, as relações da Universidade com o mundo profissio-nal, o quotidiano académico na cidade do Porto, as alterações provocadas pelo Processo de Bolonha, entre outras questões.A Mostra não é, contudo, um evento exclusivo para futuros estudantes universitários. Só no ano passado, 12.000 pesso-as participaram nesta festa do conhecimento, onde é possível compreender o impacto que a Universidade tem na comunida-de e no desenvolvimento científico e tecnológico do país.A VI Mostra de Ciência, Ensino e Inovação estará aberta entre as 10 e as 19h00 dos dias 10, 11 e 13 de Abril – no sábado, dia 12, as portas mantêm-se abertas até às 23h00. Em qualquer dos dias, a entrada é gratuita. Os grupos, nomeadamente de escolas, podem solicitar marcação de visita através do telefone 22 040 80 68.

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A área expositiva organiza-se em três grandes áreas: Ciências da Saúde; Ciências e Tecnologias; Ciências Sociais, Artes e Humanidades.

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EMPREENDER

Muitos portugueses estão longe de imaginar que neste país se desenvolvem sistemas GPS tecno-logicamente pioneiros e telemóveis com software 100% nacional. Pois bem: do Porto para o mundo, a NDrive Navigation Systems bate-se com os gigantes das telecomunicações estribada na relação preço/qualidade e no carácter inovador dos seus produtos. Formados na U.Porto, Eduardo Carqueja e João Neto assumem sem rebuço o risco de navegarem na vanguarda da tecnologia e do empreendedorismo.

Se calhar é uma fatalidade nacional. Com os Descobri-mentos quinhentistas, Portugal contribuiu decisivamen-te para o aperfeiçoamento da cartografi a e da orientação

náutica. Cinco séculos decorridos, há novos portugueses a que-rer provar que a História se repete. Eduardo Carqueja e João Neto, os dois fundadores e administradores da NDrive Navi-gation Systems, estão empenhados em facilitar a orientação já não de marinheiros, mas sim dos cidadãos em geral na sua vida quotidiana. Para tanto, encontram-se hoje a desenvolver e

a comercializar com sucesso produtos GPS (Global Position System) e smartphones equipados com sistemas de nave-gação. Mas a travessia desta dupla de empreendedores também conheceu o seu “Cabo das Tormentas”, sem

que, contudo, tenha havido cedên-cias à tentação pessimista dos

“velhos do Restelo”.A epopeia teve início

em 2001, no Porto. E a caravela que

levava a bor-do Eduardo Carqueja e um outro

sócio, que en-tretanto abando-nou o projecto,

chamava-se Info-Portugal, empresa

que se propunha desenvolver software de navegação para instalação em telemóveis. Mas a embarcação rapidamente sofre um rombo no casco, obrigando à reorientação do negócio. “Na altura falava-se muito da 3ª ge-ração de telefones móveis e esperava-se que as pessoas fossem utilizar muitos mais serviços nos telemóveis. Por isso, achei que os serviços baseados na localização constituíam uma boa oportunidade empresarial”, explica Eduardo Carqueja. Acon-

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tece que “os telemóveis de 3ª geração foram o maior logro da tecnologia dos últimos tempos, pois não havia aparelhos. Só serviu para vender licenças aos governos. Eu fui dos que acre-ditei que ia acontecer uma revolução tecnológica. Só que essa revolução não aconteceu e, passados dois anos, estávamos pra-ticamente falidos. Tínhamos produtos interessantes, mas não havia aparelhos onde os aplicar”.Todavia, não regressaram à estaca zero. Entretanto a empresa, para a qual haviam canalizado 2 milhões de euros de investi-mento e contratado 20 pessoas, já se tinha abalançado na tare-fa hercúlea de produzir mapas do país inteiro. “Tornámo-nos muito bons geograficamente falando, pois coligíamos grandes bases de dados geográficos. E acabámos por vender serviços baseados nesse know-how a entidades públicas, sobretudo au-tarquias, que têm uma enorme actividade na área do ordena-mento do território”, recorda Eduardo Carqueja.Não tendo cão, caçaram com gato. Por outras palavras, não havendo telemóveis 3G, a InfoPortugal passou a comercializar telefones móveis QTek, fabricados em Taiwan. “Não eram da última geração, mas permitiam programar e colocar aplica-ções com mapas nossos”, explica Eduardo Carqueja. O sucesso levou mesmo à criação de um spin-off para a comercialização desses telemóveis (HTC/ QTek), os quais “têm hoje uma quota interessante no segmento da telefonia”.

Bênção presidencialEm 2005, os responsáveis da InfoPortugal sentiram que “o mer-cado, tecnologicamente falando, estava a atingir a maturidade, o que permitia voltar a pôr de pé o sonho inicial de resolver os problemas de localização das pessoas”. Neste sentido, tornaram a concertar esforços no desenvolvimento de uma solução de na-vegação que, um ano depois, entraria no mercado sob a marca NDrive. Tratou-se do primeiro software para GPS totalmente desenvolvido nosso país e único na Península Ibérica, embora o hardware fosse de outras marcas. Ainda assim, em 2006, Ca-vaco Silva presenteou o Rei Juan Carlos de Espanha com um GPS NDrive, procurando, deste modo, transmitir a ideia de um Portugal moderno e inovador. “[O Presidente da República] foi o nosso melhor relações públicas, porque criou um primeiro awa-reness da marca”, garante Eduardo Carqueja. Em Julho de 2007 dá-se a cisão da InfoPortugal – que passa a dedicar-se apenas aos conteúdos cartográficos e é adquirida maioritariamente pelo grupo Impresa – e a subsequente cria-ção da NDrive Navigation Systems, empresa que centra a sua actividade nas soluções de navegação pessoais e portáteis NDri-ve Go (software e hardware da marca). Esta gama de produtos foi recentemente enriquecida com o G800: o primeiro sistema GPS do mundo com fotografias aéreas, sendo estas fornecidas

pela multinacional norueguesa Blom. “Para nós era evidente que a lógica do Google Ear-th cativava muita gente. As fotografias reais dão mais precisão e facilitam a interpreta-ção das ruas”, defende Eduardo Carqueja, justificando assim a pertinência de um pro-duto no qual investiram 200 mil euros. O G800 é comerciali-zado em Portugal, Espanha, França e Itália, mas será ainda lan-çado em Inglaterra, Benelux, Alemanha e países escandinavos, prevendo-se a venda, em 2008, de 200 mil destes aparelhos.

1º telemóvel portuguêsTambém no final de 2007, a empresa lançou o primeiro tele-móvel de tecnologia inteiramente portuguesa: o NDrive Phone 300, aparelho que incorpora um sistema GPS, entre outras valências (Windows móvel, sistema operativo Microsoft, Hi-Fi, bluetooth, etc.). Para Eduardo Carqueja, foi “uma evolução natural”, dado que “há cada vez mais pessoas a querem que os sistemas de navegação venham incorporados nos telemó-veis”. Este smartphone está a ser comercializado em Portugal (mais de 5 mil unidades vendidas) e Espanha, devendo sê-lo igualmente em França e Itália. Em 2008 esperam-se vendas da ordem dos 100 mil aparelhos. De resto, 50% da produção da NDrive destina-se ao mercado externo. E para ser competitiva, designadamente face aos gi-gantes das telecomunicações, a empresa escora-se na “boa re-lação preço/qualidade” dos seus produtos. Por outro lado, há uma aposta constante na inovação (em 2007, o investimento em I&D rondou os 400 mil euros) e uma “grande confiança” na produtividade da equipa de engenheiros. A principal des-vantagem é, naturalmente, o “desconhecimento da marca lá fora”, factor crucial num sector em que “as compras são muito emotivas”. Daí que Eduardo Carqueja reconheça ser “um desa-fio complicado” ombrear com a concorrência internacional.A NDrive gerou, em 2007, um volume de negócios de 11,4 mi-lhões de euros, valor que espera triplicar este ano. Para tanto, prevê comercializar mais de 400 mil aparelhos (GPS e telemó-vel) e investir 500 mil euros no desenvolvimento de novos pro-dutos, designadamente um primeiro sistema de navegação com comunicações e um GPS com medidor de alcoolemia. Além

de Eduardo Carqueja, licenciado em Economia pela FEP e antigo docente de Marketing desta faculdade, e de João Neto, licenciado em Engenharia Electrónica pela FEUP e ex-investiga-dor do INESC/Porto, a empresa con-ta com mais de 50 colaboradores, na sua maioria qualificados.

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ALMA MATER

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Em cima dos estiradores repousam plantas ou simples esquissos de projectos que, na esmagadora maioria das vezes, se quedam pela simples condição de exercícios académicos. A arquitectura é assim: oscila entre a espe-culação própria da arte e o pragmatismo da construção. Como demiurgos, os estudantes da FAUP tentam dar um princípio organizador aos seus pequenos mundos. O traço é ainda periclitante como o voo inaugural das aves, mas no papel desfi lam já as primeiras propostas de ocu-pação do espaço e de defi nição de um tempo. Neste tumulto criativo, o edifício da FAUP insinua-se com a lascívia de uma musa. A obra de Álvaro Siza Vieira abre-se em luz coada e faz soltar a geometria dos objec-tos, lembrando aos estudantes que a arquitectura resulta da tensão entre a estética e a funcionalidade. Nas salas, corredores e biblioteca da “mais bela escola do mundo”, como lhe chamou o arquitecto Alexandre Alves Costa, acontece o excesso. Esse tanto, esse imenso tanto que só os mestres conseguem emprestar as suas obras. RMG

UM EXCESSO DE SIZA

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VIDAS & VOLTAS

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Era ano de eleições para a Presidência da República, mas Portugal habituara-se a viver friamente esses momen-tos porque o resultado era conhecido. Nada a assinalar,

portanto, excepto que, nessas eleições de 21 de Julho de 1951, se apresentaria Ruy Luís Gomes, matemático e professor da Universidade do Porto, depois considerado “sem idoneidade”, portanto não elegível, pelo Supremo Tribunal, mais uma ma-nigância “de secretaria” do regime salazarista. Apesar da oposi-ção democrática e republicana candidatar o almirante Quintão Meireles, as eleições seriam ganhas por Craveiro Lopes – in-dicado pelo partido do poder, a União Nacional –, que sucedia assim a Óscar Carmona.As atenções viravam-se então para assuntos mais prosai-cos do dia-a-dia. A televisão ainda não chegara aos lares portugueses. Entre os vários concertos e espectáculos de teatro que havia na cidade, a memória das gentes do Por-

to guardava, em particular, um de ballet contemporâneo, “Hungaria” de Miklós Rózsa, que tinha acontecido uns meses antes. Na manhã de 15 de Março de 1951, a cidade acordou com uma notícia na rádio e jornais que apelava, vagamente, a essa me-mória e parecia prometer a presença de uma grande estrela no Coliseu: “O célebre ‘Ballet Shungária’, proveniente do A-lasca, tendo como primeira bailarina a conhecida Cyd Chourisso, chega hoje ao fi m da tarde à Estação de S. Bento donde seguirá em cortejo até ao Coliseu para actuar, logo à noite, no sarau do Orfeão Universitário do Porto”.

A Chourisso do “Ballet Shungária”Com providenciais toques de magia ortográfi ca, a fórmula in-falível do anúncio juntava referências ao ballet “Hungária” e a Cyd Sharisse, a famosa e formosa partnair de Fred Astaire e Gene Kelly nos musicais dos estúdios da MGM, nomeadamen-te em “Singin’in the Rain”. E ainda o Orfeão Universitário do Porto, cujos saraus eram habitual fonte de bons momentos de diversão. Apesar de muitos desconfi arem da associação de to-dos os elementos, a proposta parecia imperdível. Pela raridade do momento, para uns, ou pela estranheza e o caricato da pro-posta, para outros. O anúncio referia ainda a chegada da estrela Chourisso e do seu “Ballet Shungária” à Estação de S. Bento e a deslocação, em cortejo, em direcção ao Coliseu.A foto atesta o sucesso da fórmula, com os assistentes a acu-mularem-se nos passeios para assistir ao distinto cortejo que

A NECESSIDADE AGU-ÇA O ENGENHO. AS-SIM ACONTECEU EM JULHO DE 1951, QUANDO O ORFEÃO UNIVERSITÁRIO DO PORTO, CARENTE DE VERBAS PARA CUSTE-AR A SUA DIGRESSÃO DE PÁSCOA, DECIDIU PARODIAR GRANDES ESTRELAS DO SHOW-BIZZ DA ÉPOCA. O RESULTADO FOI O “BALLET SHUNGÁ-RIA”, CUJA ESTRELA MAIS RUTILANTE ERA CYD CHOURISSO. NA BAIXA PORTUENSE, A CHEGADA DA SUPOS-TA DIVA FOI DEVIDA-MENTE SAUDADA E NO COLISEU A PANTOMI-NA REDUNDOU NUM SUCESSO DE PÚBLICO.

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incluía as estrelas em “dona Elvira” – emprestada, claro, por-que não havia dinheiro para alugar –, saudando a populaça, e batedores engalanados a abrir caminho à frente. Nem mais. O facto de ser sábado e muitas famílias passearem nas ruas da Baixa ajudou. Vistas ao vivo, as estrelas eram dotadas de feições mais duras do que a delicadeza dos passos dançantes da verdadeira Cyd Sharisse faria supor. Nem do Alasca, quanto mais do “A-lasca”! Na realidade, estas “lascas” tinham entrado no comboio em Campanhã para saírem em S. Bento.

Saiotes, rendas e pernas peludasCerto é que, para além do sucesso nas ruas, o Coliseu estava “à pinha”. E o espectáculo esteve à altura. Tudo cuidadosamente ensaiado, porque a galeria não perdoava falhas! Uma vez che-gou a cair no palco uma galinha viva atirada de pára-quedas da galeria. Após as actuações musicais do Orfeão, começaram as varieda-des. Bailarinas com saiotes rendados a preceito, elegantíssimo o de Cyd Chourisso, interpretariam a “Dança das Horas”, de Ponchieli. Mas os pêlos das pernas não enganavam, até porque não estava suficientemente estudado o efeito das hormonas masculinas na performance das atletas. A surpresa inicial deu rapidamente lugar à gargalhada. Ainda mais desbragada com a falhada entrada em palco da famosa Chourisso que se chamava afinal Rui Vaz Osório e, apesar do cuidadoso ensaio, se estate-lou no chão ao tentar um acrobático, digamos, “grand jeté”. Mas até a queda tinha aspecto de ter sido ensaiada!

O Orfeão arranjou, assim, receita suficiente para a uma boa di-gressão de Páscoa – porque era isso que estava em causa – pela Galiza. “Boa casa” no Coliseu significava dinheiro para supor-tar uma bem sucedida digressão na Páscoa desse ano. Antes, através de uma janela aberta na montra do Café Palladium, onde hoje está instalada a loja FNAC de Santa Catarina e que na época era muito frequentado por estudantes, foram vendi-dos também alguns bilhetes para o sarau.Os orfeonistas da época salientam a imaginação, coragem e a ca-pacidade de mobilização da população, em comparação com a ac-tividade actual destes grupos… Os tempos mudam, as solicitações de cultura, lazer e diversão são hoje imensas. Fruto do tempo?

Da esq. para a dta. e de cima para baixo: Lino Mendes, Licínio Cardoso (“manager” de Cyd Chourisso), Rui Vaz Osório (Cyd Chourisso), Herbert Sequeira; Américo Marques; Tavares Fortuna; Manuel Vasconcelos; António Ramalhão; José Cruchinho Leitão; Agostinho Sena Esteves.

Da esq. para a dta.:Rui Vaz Osório, Manuel Figueiredo e Licínio Cardoso.

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VINTAGE

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DESCOBRIR O PASSADO DA ACTIVIDADE CLÍNICA ATRAVÉS DA LEITURA DO INSTRU-

MENTO É A ABORDAGEM QUE SE PRETENDE INCENTIVAR NA HISTÓRIA DA MEDICINA

DA FMUP. EIS UM POUCO DE MEMÓRIA DA CIRURGIA, NUM OLHAR BREVE POR PEÇAS

ESCOLHIDAS DO MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA MAXIMIANO LEMOS. A VIAGEM

COMEÇA NO EMBLEMÁTICO BISTURI.

Emblemático na cirurgia. Nada é mais cortante e preciso do que um bisturi. Lâmina pequena e ligeira como o seu nome, de um metal para abrir tecidos sem esforço.

A evolução do bisturi, tal como os restantes instrumentos mé-dicos, acompanhou a evolução da ciência, técnica e tecnologia, a efi cácia e a progressiva preocupação com o bem-estar do do-ente e, genericamente, a evolução da sociedade. Na disciplina de História da Medicina e no museu respectivo da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), a regente da disciplina tenta desenvolver a abordagem da história a partir da observação do instrumento. Amélia Ricon Ferraz, também di-rectora do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos, explica como a leitura do objecto leva ao contexto histórico-científi co em que foi produzido e utilizado. Assim se tentará fazer, neste texto, uma espécie de cirurgia histórica básica do instrumento cirúrgico. Os avanços da ciência e técnica não se refl ectiram, contudo, de modo imediato e homogéneo nas prá-ticas cirúrgicas e nos instrumentos que lhe estão associados. As infl uências exerceram-se progressivamente.

Artistas de cutelariaNão recuaremos muito para além da Era Moderna. Um dos momentos marcantes no avanço dos instrumentos cirúrgicos foi o início do uso de armas de fogo no Renascimento. A ex-tracção de projécteis, a amputação de membros severamente lesados, o controlo das hemorragias e o reequilíbrio da circu-lação sanguínea obrigaram a encontrar novos instrumentos. Foi o que fez Ambroise Paré (1510-1590), com a ligadura e a pinça em bico de corvo. “Les oeuvres de Chirurgie”, de Jac-ques Guillemeau, publicado em 1594, incluía pela primeira vez na história da Medicina desenhos graduados de instrumentos

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COMEÇA NO EMBLEMÁTICO BISTURI.

EA evolução do bisturi, tal como os restantes instrumentos mé-dicos, acompanhou a evolução da ciência, técnica e tecnologia, a efi cácia e a progressiva preocupação com o bem-estar do do-ente e, genericamente, a evolução da sociedade. Na disciplina de História da Medicina e no museu respectivo da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), a regente da disciplina tenta desenvolver a abordagem da história a partir da observação do instrumento. Amélia Ricon Ferraz, também di-rectora do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos, explica como a leitura do objecto leva ao contexto histórico-científi co em que foi produzido e utilizado. Assim se tentará fazer, neste texto, uma espécie de cirurgia histórica básica do instrumento cirúrgico. Os avanços da ciência e técnica não se refl ectiram, contudo, de modo imediato e homogéneo nas prá-ticas cirúrgicas e nos instrumentos que lhe estão associados. As infl uências exerceram-se progressivamente.

Artistas de cutelariaNão recuaremos muito para além da Era Moderna. Um dos momentos marcantes no avanço dos instrumentos cirúrgicos foi o início do uso de armas de fogo no Renascimento. A ex-tracção de projécteis, a amputação de membros severamente lesados, o controlo das hemorragias e o reequilíbrio da circu-lação sanguínea obrigaram a encontrar novos instrumentos. Foi o que fez Ambroise Paré (pinça em bico de corvo. “Les oeuvres de Chirurgie”, de Jac-ques Guillemeau, publicado em na história da Medicina desenhos graduados de instrumentos

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EXTRAIRHISTÓRIA DO

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para informação de fabricantes que, até aí, eram habitualmen-te armeiros, ferreiros, ou fabricantes de agulhas e navalhas. A decoração dos instrumentos, antes com madeira, osso e chifre, passou a ser feita com materiais orgânicos mais dispendiosos, sinal do estatuto social e económico do cirurgião que os usava, como ébano, marfi m e carapaça de tartaruga. É o caso dos dois primeiros bisturis que surgem na fotografi a organiza-dos evolutivamente de baixo para cima (pág. 44). O bisturi curvo, em marfi m e latão, foi usado na cirurgia da hérnia inguinal, curvo e boleado na ponta para não ferir os intes-tinos. O bisturi recto e articulado que surge logo a seguir é feito em tartaruga, latão e aço, e apresenta marcas de aproxi-mação à chama, na linha das descobertas de Pasteur e Lister sobre anti-sepsia na prática cirúrgica. Ambos os bis-turis datam do século XIX, mas correspondem ao contexto científi -co referido antes.O século XVII inicia um período de extraordinárias evoluções nas ciências e também na Medicina. Foi o século de Galileu, Bacon e Des-cartes que fundaram as bases da ci-ência moderna, o trabalho metódico e sistemático baseado na dúvida e na prova empírica. Surgem o microscópio e o termó-metro que muito infl uenciaram as evoluções seguintes.Os primeiros catálogos conhecidos de instrumentos cirúrgicos foram publica-dos no século XVIII. O primeiro foi elabo-rado por um cuteleiro de Paris, J.J. Perret, mas o primeiro catálogo publicado por um fabricante de instrumentos cirúrgicos saiu das mãos de J.H. Savigny. Como a ampu-tação era a intervenção mais praticada, os cuteleiros dominavam a produção. Havia três tipos de instrumentos: os cortantes (serras, fa-cas, bisturis e trépanos); os não cortantes (sondas, tenáculos, ganchos e cautérios); e as pinças articuladas e de dissecação, que exigiam a fundição de metal, a concepção de encaixes, afi ação, polimento e, quando necessário, adaptação de cabos. Cada cirurgião tinha os seus próprios instrumentos, guardados em estojos e organizados por funções. Havia os estojos de litotomia (para eliminação de cálculos no sistema urinário, por exemplo), de amputação e trepanação (interven-ção com incisão craniana). O estojo do cirurgião Carlos Lima (1866-1958), em pele e metal, é um destes exemplos. Foi, con-tudo, no século XIX que os hospitais começaram a ter instru-mentos disponíveis.

EXTRAIRHISTÓRIA DO

Estojo de Carlos Lima

para informação de fabricantes que, até aí, eram habitualmen-te armeiros, ferreiros, ou fabricantes de agulhas e navalhas. A decoração dos instrumentos, antes com madeira, osso e chifre, passou a ser feita com materiais orgânicos mais dispendiosos, sinal do estatuto social e económico do cirurgião que os usava, como ébano, marfi m e carapaça de tartaruga. É o caso dos dois primeiros bisturis que surgem na fotografi a organiza-dos evolutivamente de baixo para cima (pág. 44). O bisturi curvo, em marfi m e latão, foi usado na cirurgia da hérnia inguinal, curvo e boleado na ponta para não ferir os intes-tinos. O bisturi recto e articulado que surge logo a seguir é feito em tartaruga, latão e aço, e apresenta marcas de aproxi-mação à chama, na linha das descobertas de Pasteur e Lister sobre anti-sepsia na prática cirúrgica. Ambos os bis-turis datam do século XIX, mas correspondem ao contexto científi -

O século XVII inicia um período de extraordinárias evoluções nas ciências e também na Medicina. Foi o século de Galileu, Bacon e Des-cartes que fundaram as bases da ci-ência moderna, o trabalho metódico e sistemático baseado na dúvida e na prova empírica. Surgem o microscópio e o termó-metro que muito infl uenciaram as evoluções

Os primeiros catálogos conhecidos de instrumentos cirúrgicos foram publica-dos no século XVIII. O primeiro foi elabo-rado por um cuteleiro de Paris, J.J. Perret, mas o primeiro catálogo publicado por um fabricante de instrumentos cirúrgicos saiu das mãos de J.H. Savigny. Como a ampu-tação era a intervenção mais praticada, os cuteleiros dominavam a produção. Havia três tipos de instrumentos: os cortantes (serras, fa-cas, bisturis e trépanos); os não cortantes (sondas, tenáculos, ganchos e cautérios); e as pinças articuladas e de

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Instituto Pasteurde Lisboa

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A manufactura de cutelaria em Portugal surgiu à boleia da industrialização impulsionada pelo Marquês de Pombal, após o terramoto de 1755. Entre os fabricantes e vendedores portugueses em actividade a partir do início do século seguinte, estão António Polycarpo Baptista, o Instituto Pasteur de Lisboa, Constantino da Costa Lopes; A.J. Costa Lopes, Eugénio Pereira e Eurocitel, Manuel Valente dos Santos e Manuel Nunes Antão. Destes, des-tacaram-se cinco.

ANTÓNIO POLYCARPO BAPTISTA (POLYCARPO)No século XIX, destacou-se a ofi cina de António Polycarpo Baptista, prova-velmente natural da Benedita, que funcionou na Travessa de S. Nicolau, em Lisboa, a partir de 1822. A qualidade das peças deste fabricante de cutelaria e instrumentos cirúrgicos foi reconhecida com as mais altas distinções. A an-tiga fábrica passou por vários proprietários e surgiu a Cutelaria Polycarpo, em 1910, propriedade de Xavier da Gama e Artur Neves Teles. Em 1912, estes proprietários construíram uma nova fábrica em Arroios e fecharam a antiga ofi cina na Rua de S. Nicolau, mantendo-se aquela em actividade até 1921.

INSTITUTO PASTEUR DE LISBOAA produção de instrumentos cirúrgicos no Instituto Pasteur de Lisboa, situ-ado na Rua Nova do Almada, terá começado na década de 1930, apesar do negócio de compra e venda de instrumentos ser anterior. Os seus serviços estavam divididos em quatro secções, sendo a 4ª ligada a produtos e equipa-mentos de laboratório, farmácia e instalações médicas e ainda a instrumen-tos cirúrgicos. No Porto, o Instituto Pasteur de Lisboa era representado pela Casa A. Magalhães, no Largo dos Lóios.

MANUEL VALENTE DOS SANTOS (MAVAS)Foi funcionário do Instituto Pasteur de Lisboa. Algum tempo depois, come-çou a trabalhar na zona onde nasceu, Soutelo da Branca (Albergaria-a-Ve-lha), montando aí ofi cina. Mais do que um fabricante, Manuel Valente dos Santos foi um criador e inventor, com patentes e instrumentos vendidos em vários países. Mantinha contacto com cirurgiões e assistia às suas tarefas, controlando a funcionalidade dos objectos produzidos. Depois de uma apre-sentação paralela a um Congresso de Urologia em Miami, abriu uma ofi cina, em 1968, em Newark, Nova Jersey. Nos EUA, trabalhou para a Weck, onde também formou outros técnicos e, já regressado a Portugal, produziu para a Stryker Surgical International Company, entre 1981 e 1989.

EUROCITEL (CITEL)Criada em 1973/74, na Benedita (Alcobaça), a partir da empresa Eugénio Pe-reira, que antes laborava na zona de Lisboa. A Eurocitel produz instrumen-tos para o mercado nacional e internacional, com uma forte componente de formação, nomeadamente em articulação com o Centro de Formação para a Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM) e com escolas. Dispõe de 18 funcionários e é gerida por Eugénio Pereira e sua irmã, Maria Armanda Coelho Pereira Grant.

MANUEL NUNES ANTÃO (ANTÃO)Foi um dos discípulos de Manuel Valente dos Santos e seu conterrâneo. Ini-ciou a produção de instrumentos cirúrgicos na sua casa, também em Soutelo da Branca, no fi nal da década de 1940. Após 1956, criou a sua própria ofi cina. Antão produziu instrumentos para vários hospitais e instituições privadas e elaborou catálogos em várias áreas cirúrgicas. Por exemplo na área da Gine-cologia, o catálogo era dominado pela Electrocirurgia e Cirurgia a Laser. Ape-sar do equipamento diverso de que dispõe, a produção é fundamentalmente manual e, em muitos casos, a pedido do cliente e produzida especifi camente para responder a cada pedido.

A revolução esterilizadoraEntre o século anterior e a primeira metade do século XIX, os avanços na Química, Física e Engenharia permitiram o desen-volvimento do trabalho e da aplicação dos metais e da sua diver-sifi cação. A prata é dos metais não ferrosos mais utilizados na manufactura dos instrumentos cirúrgicos pela sua maleabilida-de e elevada resistência à oxidação e corrosão pelos fl uidos cor-

porais (o terceiro bisturi, na foto da pág. 44, de cima para baixo, é de prata alemã e aço).As descobertas de Pasteur sobre microorga-nismos patogénicos e a sua eliminação por acção térmica, bem como as descobertas de Joseph Lister sobre a desinfecção com fenol na prática cirúrgica, revolucionaram real-mente a Medicina e a Cirurgia, assim como a concepção dos instrumentos. Desde logo, o aquecimento preconizado por Pasteur e os métodos anti-sépticos de Lister provocavam uma degradação mais acelerada dos mate-riais orgânicos. Estes começaram então a ser abolidos dos instrumentos cirúrgicos, assim como as articulações fi xas e as formas complexas, onde se alojam mais facilmente microorganismos. Embora a electro-lami-nação (com níquel e crómio) fosse utilizada desde as primeiras décadas do século XIX, somente nos fi nais deste século passa a ser largamente aplicada, desta vez sem objecti-vos estéticos, mas porque parecia proteger o aço dos sucessivos desgastes (no quarto bis-turi, na foto da pág. 44, de cima para baixo, entra o aço cromado). Ter-se-ia de aguardar a introdução do aço inoxidável a partir da década de 20 do século XX para se obter a resistência do material desejada. O alumí-nio (o quinto bisturi, na foto da pág. 44, de cima para baixo, é de aço e alumínio) foi outro metal não ferroso introduzido na ma-nufactura dos instrumentos pela sua leveza, apesar da sua exígua durabilidade e dureza.As peças fi nais da fotografi a terminam com dois instrumentos contemporâneos, de for-mas mais simples, primando pela funciona-lidade e não pelo aspecto, garantindo a faci-lidade de esterilização. Primeiro um bisturi em aço inoxidável facilmente esterilizável de duas peças separáveis. A lâmina é construí-da numa liga com uma percentagem de car-bono que a torna mais cortante. O último é constituído com cabo em plástico, material que inundou as sociedades contemporâne-as nas últimas décadas, e é descartável.

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NOVA EDUCAÇÃO NA NOVA CIÊNCIA PARA A NOVA SOCIEDADEFUNDAMENTOS DE UMA PEDAGOGIA CIENTÍFICA CONTEMPORÂNEA, VOLUME I

DUARTE COSTA PEREIRAEDITORA UP

A explicação de como a Educação infl ui sobre as nossas mentes e a procura da melhor maneira de o fazer tem evoluído, no mínimo, como a Psicologia, sujeita pelo menos a três revoluções desde o co-meço do século XX: a comportamental, a cognitiva e a discursiva. Enfi m, os conteú-dos de que a Educação se serve, particu-larmente o que é abordado neste livro – a Ciência –, evoluíram desde o iluminismo do século XVIII até ao construtivismo actual, passando pelas diferentes formas de positivismo dos séculos XIX e XX. A optimização da Educação Científi ca terá que passar pela consideração de todas estas características, não só para facilitar a inserção na Sociedade do Conhecimento como também para contrariar os aspectos negativos dessa sociedade. É isso que o autor deste livro despretensiosamente pretende fazer, socorrendo-se da vasta experiência da sua longa carreira.O autor é docente da Faculdade de Ciên-cias da Universidade do Porto. Os seus interesses de investigação têm estado relacionados com a actividade docente e têm coberto aspectos relacionados com a epistemologia, a sociologia, a psicologia e a potenciação da Didáctica das Ciências pelas Tecnologias da Informação e Comu-nicação (TIC).

MONTRA

OS FANTASMAS DE SERRALVESANDRÉ TAVARESDAFNE EDITORA

A Casa de Serralves é uma obra singular no contexto português e uma das expres-sões melhor conservadas de um certo modo de construir e pensar a arquitectura que marcou a Europa, no período entre guerras. Conduzido pelo industrial têxtil Carlos Alberto Cabral, o processo de desenho e construção da casa foi acompanhado pelo arquitecto Marques da Silva e contou com contributos dos arquitectos parisienses Charles Siclis, Jacques-Émile Ruhlmann e Jacques Gréber. “Exemplar notável das práticas de construção de luxo entre as exposições de Paris de 1925 e 1937, Ser-ralves sintetiza uma ambição de liderança social e espiritual que acompanhou o de-bate das vanguardas europeias”, explica o autor. Este livro apresenta a biografi a dos arquitectos parisienses e desvenda as peripécias de construção da casa e dos jardins, através da leitura e interpretação de materiais originais existentes em arqui-vos do Porto e Paris.O autor, André Tavares (Porto, 1976), é arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (2000). Em 2005 publicou o livro Arquitectura antitu-berculose, trocas e tráfi cos na construção terapêutica. O livro, edição da Dafne Editora, foi apresentado numa sessão a 27 de Novembro de 2007, com o apoio da Fundação de Serralves e do Instituto Mar-ques da Silva.

DIREITO E DESPORTOESTUDOS FISCAIS E DE GESTÃO

GLÓRIA TEIXEIRA (COORDENAÇÃO)EDIÇÕES ALMEDINA

Esta “breve apresentação” do tema “Fis-calidade e Desporto”, como designa a co-ordenadora desta edição, Glória Teixeira, investigadora do Centro de Investigação Jurídico-Económica (CIJE) e professora da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, baseia-se na Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto e corres-pondente legislação fi scal. Os textos são a versão escrita de apresentações orais numa conferência sobre o tema que de-correu em Abril de 2007, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto. O volume inclui textos sobre: fi scalidade e desporto; o regime fi scal dos clubes desportivos de utilidade pública; o perfi l do gestor desportivo; a tributação do ren-dimento dos praticantes desportivos; o regime jurídico do desporto profi ssional; as taxas de IVA e a prática de actividades desportivas. Dos anexos, constam a Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto (Lei nº 5/2007) e o Livro Branco Sobre o Desporto, publicado pela Comissão das Comunidades Europeias.No texto “Fiscalidade e Desporto”, Glória Teixeira considera de “duvidosa constitu-cionalidade nacional e europeia” o esta-belecido nos números 2 e 3 do artigo 18º da Lei nº 5/2007: “Não são susceptíveis de recurso fora das instâncias competen-tes na ordem desportiva as decisões e deliberações sobre questões estritamente desportivas” (nº2, artº18).

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Após um jantar/debate com o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, antigo aluno de Economia na U.Porto, que decorreu no fi nal de Janeiro no Casino da

Figueira da Foz, a Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Economia (AAAFEP) inaugura um programa de iniciativas em articulação com a Associação de Estudantes da mesma fa-culdade. O primeiro momento desse programa conjunto será uma iniciativa inédita designada “Jantar de Vocações”.O “Jantar de Vocações” decorrerá em Abril e juntará antigos e actuais estudantes em debate à volta de um conjunto de 12 te-mas, a que corresponde igual número de mesas: 1. Gestão Au-tárquica; 2. Gestão Internacional; 3. Gestão Cultural; 4. Gestão Social; 5. Gestão Bancária; 6. Gestão de Saúde; 7. Marketing; 8. Auditoria e Consultoria; 9. Comunicação Social; 10. Cons-trução Civil; 11. Finanças; 12. Mercados Financeiros. A cada uma das mesas/tema corresponderá um conjunto de 10 pesso-as, sendo oito estudantes e dois antigos alunos que lançarão o tema. O jantar decorrerá a 10 de Abril, no Bessa Hotel, no Por-to, prevendo-se mais de 100 presenças entre antigos e actuais estudantes. Informações actualizadas poderão ser consultadas na sítio da AAAFEP (http://www.fep.up.pt/aaafep/).O jantar/debate com o ministro Teixeira dos Santos, a 26 de Janeiro, reuniu mais de 100 pessoas, entre associados da AA-AFEP, acompanhantes e convidados da Delegação Regional do Norte da Ordem dos Economistas, que se associou à iniciativa. O convidado discursou sobre a situação macroeconómica actu-al, nomeadamente sobre a conjuntura económica internacio-nal, o défi ce orçamental e a política de investimento. A escolha da Figueira da Foz, segundo Jo-aquim Branco, presidente da AAAFEP, enquadra-se na necessidade de descen-tralizar as iniciativas da as-sociação, que, de resto, tem associados por todo o país.

ODepartamento de Matemática da Faculdade de Ciên-cias da U.Porto (FCUP) pretende estabelecer uma rela-ção mais próxima com os antigos alunos, para ajustar

a respectiva formação e melhor servir o mercado de trabalho. Neste sentido, será necessário aumentar a actual base de dados e criar um primeiro observatório de emprego, contribuindo assim para conhecer o potencial de empregabilidade das for-mações em Matemática.O objectivo passa ainda, explica o coordenador do projecto, João Nuno Tavares, também professor no Departamento de Matemática, por recolher depoimentos sobre a relevância da formação matemática nas várias actividades profi ssionais que actualmente os antigos alunos desempenham, ajudando a di-rigir os conteúdos e metodologias para um ensino mais efi caz e com maior potencial de atracção no mercado de trabalho. Os depoimentos poderão também ser usados para suportes de di-vulgação dos cursos e saídas profi ssionais, inspirando novos es-tudantes. Alguns depoimentos recolhidos já estão disponíveis no sítio http://www.fc.up.pt/mat/index.php?id=3. Para deixar um depoimento basta preencher o respectivo formulário, em http://www.fc.up.pt/mat/, podendo sempre contactar o coor-denador do projecto através do e-mail: [email protected]á, no entanto, em vias de adjudicação um estudo a uma em-presa da especialidade que faça uma recolha mais sistemática, rigorosa e completa através de inquéritos a antigos alunos e de entrevistas a instituições empregadoras, como instituições de ensino, empresas do sector industrial, seguradoras, Instituto Nacional de Estatística, Rede Eléctrica Nacional, Bolsa, entre outras.Entretanto, reiniciaram-se as actividades de formação contí-nua, creditadas pelo Conselho Científi co e Pedagógico da For-

mação Contínua, dirigidas a professores do ensino secundário, o que contri-buirá para uma mais estreita li-gação aos antigos alunos e para a melhoria do ensino.

nua, creditadas pelo Conselho Científi co e Pedagógico da For-

A escolha da Figueira da Foz, segundo Jo-

mação Contínua, dirigidas a professores do ensino secundário, o que contri-buirá para uma mais estreita li-gação aos antigos alunos e para a melhoria do ensino.

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U.PORTO EM NÚMEROS

Pólos universitários

Faculdades

Escola de Gestão

Docentes (1860 ETI - 1312 doutores)

Docentes com doutoramento

Funcionários

Estudantes

Estudantes de 1º Ciclo e Mestrado Integrado

Estudantes de 2º Ciclo (mestrado)

Estudantes de 3º Ciclo (doutoramento)

Estudantes Post-Doc

Estudantes estrangeiros (7% do total)

em programas de mobilidade

em cursos de 1º Ciclo (licenciatura)

em cursos de 2º Ciclo (mestrado)

em cursos de 3º Ciclo (doutoramento)

investigadores Post-Doc

Nacionalidades diferentes

Universidades estrangeiras com protocolo de cooperação

Programas de Formação

Cursos do 1º Ciclo

Cursos de Mestrado Integrado

Cursos de 2º Ciclo (mestrado)

Cursos de 3º Ciclo (doutoramento)

Cursos de Formação Contínua

Vagas disponíveis em 2007/08 (15,1% das vagas

nacionais)

Vagas preenchidas na 1ª fase do concurso nacional

2007/08 (99,5% das vagas preenchidas)

Mais alta média ponderada do último colocado das

universidades públicas

Unidades de investigação

Unidades com classifi cação “Excelente” e “Muito Bom”

Laboratórios Associados ao Estado

Artigos científi cos indexados na ISI Web of Science em

2006 (20,3% da produção nacional)

Patentes (das quais 12 foram criadas entre 2005-2006)

Bibliotecas

Títulos de Monografi as

Revistas científi cas disponíveis on-line

Downloads de artigos científi cos

Residências Universitárias

Camas

Unidades de alimentação (cantinas, bares, etc)

Lotação das cantinas

Refeições servidas por dia

Preço de refeição em cantina de aluno de 1º ciclo

Prémios e distinções científi cas, de ensino e promoção

cultural só no ano de 2006

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1 693

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300

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3 947

149,3

693113

1 721

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91 214

202 270

13 6001,95 €

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