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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
KarnyUa Sylvia dos Santos Oliveira
BRINQUEDOTECA urn espa~o ludico para crian~as de dois anos
Curitiba
2004
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Karnylla Sylvia dos Santos Oliveira
BRINQUEDOTECA urn espafo ludico para crianfas de do is anos
Trabalho de Conclus~o de Curso apresentado ao
Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciencias
Humanas Letras e Artes da Universidade Tuiuti
do Parana como requisito parcial para obtencao
do grau de Licenciatura em Pedagogia
Prof Orientador Janine Gross
Curitiba
2004
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Agradeto a minha mae Shirley meu pai Paulo e
meu irmao Paulinho que mesmo eu tendo me
ausentado do meu far depositaram loda orya do
mundo para que eu atingisse meus objetivos A
minha Querida orientadora Janine que me
presenteou com sua amizade e dedic89ao e que
em todos as momentos dividiu seus conhecimento
e eseve sempre disposta a ajudar E em especial
a minha amiga Carmen Navarro que eseve
presente em todos as momentos da minha vida
neste perfodo e tamMm as minhas amigas Leila e
Elizangea A Prof Eliane Garcia Duarte que esteve
me ajudando e me 8uxiliando com seus
conhecimentos e amizade assim como a Dulce
Alves que foi minha companheira em lodos as
momentos e a equipe Educon que de forma direta
elou indireta contribufram nesse percurso
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SUMARIO
1 INTRoDUyAo
2 CAPiTULO 1
A CRIAN~A DE 0 A 2 ANOS
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIAN~A
BRINCAR t UM DIREITO
BRINCAR
BRINCAR E IMPORTANTE
BRINCAR SOZINHA
07
09
09
21
21
24
32
39
41
BRINCAR APRENDENDO 44
4 CAPiTULO 3 46
A BRINQUEDOTECA
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
46
47
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO DESENVOLVIMENTOS 48
SELE~AO DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA 49
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
LEIS SOBRE OS BRINQUEDOS
ASSISTENCIA TECNICA
BRINQUEDOS IMPORTADOS
49
50
51
52
PUBLICI DADE 53
SEGURAN~A 53
5 CONCLUsAo
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
54
56
LlSTA DE TABELAS
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTAGIO SENSORIO-MOTOR 12
TABELA 2 - OBSERVAltOES IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA
CRIANltA DE 0 A 2 ANOS 19
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RESUMO
A presente pesquisa originou-se da utilizacao de ideias dos autores emaplica-Ias na brinquedoteca como espaco ludico para crianl(as da faixa eta ria de daisanos Assim como no Referencial Curricular Nacional para a Educa~ao Infantil astres visoes pelo educador Educar onde propiciar situa~oes de cuidadosbrincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuirpara a desenvolvimento das capacidades infantis de relaltao interpessoal Guidarande a base do cuidado do ser humano e compreender como ajudar 0 Dutro a sedesenvolver como ser humano valorizar e ajudar a desenvolver capacidades sendourn ato em relacao ao Dutro e a si proprio que possui uma dimensao express iva eimplica em procedimentos especificos Alem disso a terceira visao do educador eBrincar ende ao realizar este ato as crian((as recriam e repensam osacontecimentos que Ihes deram origem sabendo que estao brincando Nasbrincadeiras as crian((as transformam os conhecimentos que ja possuiamanteriormente em conceitos gerais com as quais brincam Utilizando como linhateorica as estudos de Adriana Friedmann (1996) Nylse Helena Silva Cunha (1994)Piaget (1978) entre outros a fim de avaliar seus dizeres e esclarecimento fazendocom que a academica tenha uma visao esclarecida sabre 0 assunto abordado
Palavras-chave brincar brinquedoteca crianyas de dois anos ludico
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1 INTRODUltAO
Brinqueda e sinonimo de diverseo e prazer para as crianryas Ele tambern
possibilita aprendizado conhecimento e descoberta do mundo Quando 0 brinquedo
e born estimula a imaginaltao desenvolve a criatividade e propicia ah3m de urn
passatempo saudavel a desenvolvimento de diversas funltoes vita is como raciocinio
e coordenacao motara Dessa forma as criancas adquirern com mais naturalidade e
prazer maior saude fisica e mental no presente e futuro
Seguinda este raciocinio este projeto vern ao encontro da necessidade em
desenvolver urn trabalho direcionado para educaryao de crianryas de 0 a 2 anos
levando-se em conta 0 brinquedo como agente estimulador da cogniao da
coordenagc3o motara e do desenvolvimento emocional
o trabalho apresenta diversos autores e seus pontos de vista diante da
educalt8o de crianCas de 0 a 2 anos da necessidade do ludico como recurso
pedag6gico para 0 desenvolvimento intelectual e emocional do individuo
o brinquedo e 0 marco inicial para integrar 0 individuo aD seu ambiente a
fim de apresentar uma concepyao cientifica onde 0 brinquedo e na verdade a forma
de exteriorizar 0 mundo infantil a industrializa9ao do brinquedo e uma realizayao
deste desejo tao intima
E apresentado e estudado a brinquedoteca como proposta pratica que
propicia um espao ludico para crianas de 0 a 2 anos
No desenvolvimento deste trabalho sao apresentadas respostas para
questionamentos acerca da brinquedoteca conforme segue abaixo
bull E possivel 0 brinquedo ser um recurso capaz de estimular 0
desenvolvimento intelectual da crianya de 0 a 2 anos
12
bull Existem recursos dinamicos e praticos que poderiam ser apresentados na
escola ou no ambiente familiar capazes de estimular na crian~a de 0 a 2
anos uma melher coordenalt8o motara desenvolvimento cognitiv~ e
educalaquo8o emocional
bull A educa-8o de crian98s de 0 a 2 anos precisa ser direcionada para que
seja desenvolvida nesses pequenos individuos capacidades motoras e
sensoria is
bull E necessaria mostrar a pais e mestres que a crianlt8 precisa de urn
ambiente estimulador desafiador e que atenda a suas necessidades de
aprendizagem
Alem dos questionamentos a trabalho apresenta urn estudo sabre a fase
sens6rio motor proposto por Jean Piaget e Vygotsky (Capitulo 1) e apresenta a
Brinquedoteca como proposta de criaao de um ambiente estimulador (Capitulo 3)
Para a elaboraao deste trabalho sao utilizados como recursos de pesquisa
obras bibliograficas classicas e pesquisa em sites oficiais levando-se em
consideralt8o 0 estudo do brinquedo da brincadeira e da brinquedoteca na
educaltc3o de criancas de 0 a 2 anos servindo de referendal para 0 estudo da fase
sensoria motor
2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
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brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
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desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
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TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
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Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
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quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
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subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
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resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
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3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
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aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
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nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Karnylla Sylvia dos Santos Oliveira
BRINQUEDOTECA urn espafo ludico para crianfas de do is anos
Trabalho de Conclus~o de Curso apresentado ao
Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciencias
Humanas Letras e Artes da Universidade Tuiuti
do Parana como requisito parcial para obtencao
do grau de Licenciatura em Pedagogia
Prof Orientador Janine Gross
Curitiba
2004
7
Agradeto a minha mae Shirley meu pai Paulo e
meu irmao Paulinho que mesmo eu tendo me
ausentado do meu far depositaram loda orya do
mundo para que eu atingisse meus objetivos A
minha Querida orientadora Janine que me
presenteou com sua amizade e dedic89ao e que
em todos as momentos dividiu seus conhecimento
e eseve sempre disposta a ajudar E em especial
a minha amiga Carmen Navarro que eseve
presente em todos as momentos da minha vida
neste perfodo e tamMm as minhas amigas Leila e
Elizangea A Prof Eliane Garcia Duarte que esteve
me ajudando e me 8uxiliando com seus
conhecimentos e amizade assim como a Dulce
Alves que foi minha companheira em lodos as
momentos e a equipe Educon que de forma direta
elou indireta contribufram nesse percurso
8
SUMARIO
1 INTRoDUyAo
2 CAPiTULO 1
A CRIAN~A DE 0 A 2 ANOS
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIAN~A
BRINCAR t UM DIREITO
BRINCAR
BRINCAR E IMPORTANTE
BRINCAR SOZINHA
07
09
09
21
21
24
32
39
41
BRINCAR APRENDENDO 44
4 CAPiTULO 3 46
A BRINQUEDOTECA
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
46
47
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO DESENVOLVIMENTOS 48
SELE~AO DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA 49
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
LEIS SOBRE OS BRINQUEDOS
ASSISTENCIA TECNICA
BRINQUEDOS IMPORTADOS
49
50
51
52
PUBLICI DADE 53
SEGURAN~A 53
5 CONCLUsAo
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
54
56
LlSTA DE TABELAS
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTAGIO SENSORIO-MOTOR 12
TABELA 2 - OBSERVAltOES IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA
CRIANltA DE 0 A 2 ANOS 19
10
RESUMO
A presente pesquisa originou-se da utilizacao de ideias dos autores emaplica-Ias na brinquedoteca como espaco ludico para crianl(as da faixa eta ria de daisanos Assim como no Referencial Curricular Nacional para a Educa~ao Infantil astres visoes pelo educador Educar onde propiciar situa~oes de cuidadosbrincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuirpara a desenvolvimento das capacidades infantis de relaltao interpessoal Guidarande a base do cuidado do ser humano e compreender como ajudar 0 Dutro a sedesenvolver como ser humano valorizar e ajudar a desenvolver capacidades sendourn ato em relacao ao Dutro e a si proprio que possui uma dimensao express iva eimplica em procedimentos especificos Alem disso a terceira visao do educador eBrincar ende ao realizar este ato as crian((as recriam e repensam osacontecimentos que Ihes deram origem sabendo que estao brincando Nasbrincadeiras as crian((as transformam os conhecimentos que ja possuiamanteriormente em conceitos gerais com as quais brincam Utilizando como linhateorica as estudos de Adriana Friedmann (1996) Nylse Helena Silva Cunha (1994)Piaget (1978) entre outros a fim de avaliar seus dizeres e esclarecimento fazendocom que a academica tenha uma visao esclarecida sabre 0 assunto abordado
Palavras-chave brincar brinquedoteca crianyas de dois anos ludico
11
1 INTRODUltAO
Brinqueda e sinonimo de diverseo e prazer para as crianryas Ele tambern
possibilita aprendizado conhecimento e descoberta do mundo Quando 0 brinquedo
e born estimula a imaginaltao desenvolve a criatividade e propicia ah3m de urn
passatempo saudavel a desenvolvimento de diversas funltoes vita is como raciocinio
e coordenacao motara Dessa forma as criancas adquirern com mais naturalidade e
prazer maior saude fisica e mental no presente e futuro
Seguinda este raciocinio este projeto vern ao encontro da necessidade em
desenvolver urn trabalho direcionado para educaryao de crianryas de 0 a 2 anos
levando-se em conta 0 brinquedo como agente estimulador da cogniao da
coordenagc3o motara e do desenvolvimento emocional
o trabalho apresenta diversos autores e seus pontos de vista diante da
educalt8o de crianCas de 0 a 2 anos da necessidade do ludico como recurso
pedag6gico para 0 desenvolvimento intelectual e emocional do individuo
o brinquedo e 0 marco inicial para integrar 0 individuo aD seu ambiente a
fim de apresentar uma concepyao cientifica onde 0 brinquedo e na verdade a forma
de exteriorizar 0 mundo infantil a industrializa9ao do brinquedo e uma realizayao
deste desejo tao intima
E apresentado e estudado a brinquedoteca como proposta pratica que
propicia um espao ludico para crianas de 0 a 2 anos
No desenvolvimento deste trabalho sao apresentadas respostas para
questionamentos acerca da brinquedoteca conforme segue abaixo
bull E possivel 0 brinquedo ser um recurso capaz de estimular 0
desenvolvimento intelectual da crianya de 0 a 2 anos
12
bull Existem recursos dinamicos e praticos que poderiam ser apresentados na
escola ou no ambiente familiar capazes de estimular na crian~a de 0 a 2
anos uma melher coordenalt8o motara desenvolvimento cognitiv~ e
educalaquo8o emocional
bull A educa-8o de crian98s de 0 a 2 anos precisa ser direcionada para que
seja desenvolvida nesses pequenos individuos capacidades motoras e
sensoria is
bull E necessaria mostrar a pais e mestres que a crianlt8 precisa de urn
ambiente estimulador desafiador e que atenda a suas necessidades de
aprendizagem
Alem dos questionamentos a trabalho apresenta urn estudo sabre a fase
sens6rio motor proposto por Jean Piaget e Vygotsky (Capitulo 1) e apresenta a
Brinquedoteca como proposta de criaao de um ambiente estimulador (Capitulo 3)
Para a elaboraao deste trabalho sao utilizados como recursos de pesquisa
obras bibliograficas classicas e pesquisa em sites oficiais levando-se em
consideralt8o 0 estudo do brinquedo da brincadeira e da brinquedoteca na
educaltc3o de criancas de 0 a 2 anos servindo de referendal para 0 estudo da fase
sensoria motor
2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
14
brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
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resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
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BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
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E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
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possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
7
Agradeto a minha mae Shirley meu pai Paulo e
meu irmao Paulinho que mesmo eu tendo me
ausentado do meu far depositaram loda orya do
mundo para que eu atingisse meus objetivos A
minha Querida orientadora Janine que me
presenteou com sua amizade e dedic89ao e que
em todos as momentos dividiu seus conhecimento
e eseve sempre disposta a ajudar E em especial
a minha amiga Carmen Navarro que eseve
presente em todos as momentos da minha vida
neste perfodo e tamMm as minhas amigas Leila e
Elizangea A Prof Eliane Garcia Duarte que esteve
me ajudando e me 8uxiliando com seus
conhecimentos e amizade assim como a Dulce
Alves que foi minha companheira em lodos as
momentos e a equipe Educon que de forma direta
elou indireta contribufram nesse percurso
8
SUMARIO
1 INTRoDUyAo
2 CAPiTULO 1
A CRIAN~A DE 0 A 2 ANOS
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIAN~A
BRINCAR t UM DIREITO
BRINCAR
BRINCAR E IMPORTANTE
BRINCAR SOZINHA
07
09
09
21
21
24
32
39
41
BRINCAR APRENDENDO 44
4 CAPiTULO 3 46
A BRINQUEDOTECA
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
46
47
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO DESENVOLVIMENTOS 48
SELE~AO DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA 49
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
LEIS SOBRE OS BRINQUEDOS
ASSISTENCIA TECNICA
BRINQUEDOS IMPORTADOS
49
50
51
52
PUBLICI DADE 53
SEGURAN~A 53
5 CONCLUsAo
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
54
56
LlSTA DE TABELAS
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTAGIO SENSORIO-MOTOR 12
TABELA 2 - OBSERVAltOES IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA
CRIANltA DE 0 A 2 ANOS 19
10
RESUMO
A presente pesquisa originou-se da utilizacao de ideias dos autores emaplica-Ias na brinquedoteca como espaco ludico para crianl(as da faixa eta ria de daisanos Assim como no Referencial Curricular Nacional para a Educa~ao Infantil astres visoes pelo educador Educar onde propiciar situa~oes de cuidadosbrincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuirpara a desenvolvimento das capacidades infantis de relaltao interpessoal Guidarande a base do cuidado do ser humano e compreender como ajudar 0 Dutro a sedesenvolver como ser humano valorizar e ajudar a desenvolver capacidades sendourn ato em relacao ao Dutro e a si proprio que possui uma dimensao express iva eimplica em procedimentos especificos Alem disso a terceira visao do educador eBrincar ende ao realizar este ato as crian((as recriam e repensam osacontecimentos que Ihes deram origem sabendo que estao brincando Nasbrincadeiras as crian((as transformam os conhecimentos que ja possuiamanteriormente em conceitos gerais com as quais brincam Utilizando como linhateorica as estudos de Adriana Friedmann (1996) Nylse Helena Silva Cunha (1994)Piaget (1978) entre outros a fim de avaliar seus dizeres e esclarecimento fazendocom que a academica tenha uma visao esclarecida sabre 0 assunto abordado
Palavras-chave brincar brinquedoteca crianyas de dois anos ludico
11
1 INTRODUltAO
Brinqueda e sinonimo de diverseo e prazer para as crianryas Ele tambern
possibilita aprendizado conhecimento e descoberta do mundo Quando 0 brinquedo
e born estimula a imaginaltao desenvolve a criatividade e propicia ah3m de urn
passatempo saudavel a desenvolvimento de diversas funltoes vita is como raciocinio
e coordenacao motara Dessa forma as criancas adquirern com mais naturalidade e
prazer maior saude fisica e mental no presente e futuro
Seguinda este raciocinio este projeto vern ao encontro da necessidade em
desenvolver urn trabalho direcionado para educaryao de crianryas de 0 a 2 anos
levando-se em conta 0 brinquedo como agente estimulador da cogniao da
coordenagc3o motara e do desenvolvimento emocional
o trabalho apresenta diversos autores e seus pontos de vista diante da
educalt8o de crianCas de 0 a 2 anos da necessidade do ludico como recurso
pedag6gico para 0 desenvolvimento intelectual e emocional do individuo
o brinquedo e 0 marco inicial para integrar 0 individuo aD seu ambiente a
fim de apresentar uma concepyao cientifica onde 0 brinquedo e na verdade a forma
de exteriorizar 0 mundo infantil a industrializa9ao do brinquedo e uma realizayao
deste desejo tao intima
E apresentado e estudado a brinquedoteca como proposta pratica que
propicia um espao ludico para crianas de 0 a 2 anos
No desenvolvimento deste trabalho sao apresentadas respostas para
questionamentos acerca da brinquedoteca conforme segue abaixo
bull E possivel 0 brinquedo ser um recurso capaz de estimular 0
desenvolvimento intelectual da crianya de 0 a 2 anos
12
bull Existem recursos dinamicos e praticos que poderiam ser apresentados na
escola ou no ambiente familiar capazes de estimular na crian~a de 0 a 2
anos uma melher coordenalt8o motara desenvolvimento cognitiv~ e
educalaquo8o emocional
bull A educa-8o de crian98s de 0 a 2 anos precisa ser direcionada para que
seja desenvolvida nesses pequenos individuos capacidades motoras e
sensoria is
bull E necessaria mostrar a pais e mestres que a crianlt8 precisa de urn
ambiente estimulador desafiador e que atenda a suas necessidades de
aprendizagem
Alem dos questionamentos a trabalho apresenta urn estudo sabre a fase
sens6rio motor proposto por Jean Piaget e Vygotsky (Capitulo 1) e apresenta a
Brinquedoteca como proposta de criaao de um ambiente estimulador (Capitulo 3)
Para a elaboraao deste trabalho sao utilizados como recursos de pesquisa
obras bibliograficas classicas e pesquisa em sites oficiais levando-se em
consideralt8o 0 estudo do brinquedo da brincadeira e da brinquedoteca na
educaltc3o de criancas de 0 a 2 anos servindo de referendal para 0 estudo da fase
sensoria motor
2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
14
brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
8
SUMARIO
1 INTRoDUyAo
2 CAPiTULO 1
A CRIAN~A DE 0 A 2 ANOS
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIAN~A
BRINCAR t UM DIREITO
BRINCAR
BRINCAR E IMPORTANTE
BRINCAR SOZINHA
07
09
09
21
21
24
32
39
41
BRINCAR APRENDENDO 44
4 CAPiTULO 3 46
A BRINQUEDOTECA
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
46
47
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO DESENVOLVIMENTOS 48
SELE~AO DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA 49
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
LEIS SOBRE OS BRINQUEDOS
ASSISTENCIA TECNICA
BRINQUEDOS IMPORTADOS
49
50
51
52
PUBLICI DADE 53
SEGURAN~A 53
5 CONCLUsAo
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
54
56
LlSTA DE TABELAS
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTAGIO SENSORIO-MOTOR 12
TABELA 2 - OBSERVAltOES IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA
CRIANltA DE 0 A 2 ANOS 19
10
RESUMO
A presente pesquisa originou-se da utilizacao de ideias dos autores emaplica-Ias na brinquedoteca como espaco ludico para crianl(as da faixa eta ria de daisanos Assim como no Referencial Curricular Nacional para a Educa~ao Infantil astres visoes pelo educador Educar onde propiciar situa~oes de cuidadosbrincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuirpara a desenvolvimento das capacidades infantis de relaltao interpessoal Guidarande a base do cuidado do ser humano e compreender como ajudar 0 Dutro a sedesenvolver como ser humano valorizar e ajudar a desenvolver capacidades sendourn ato em relacao ao Dutro e a si proprio que possui uma dimensao express iva eimplica em procedimentos especificos Alem disso a terceira visao do educador eBrincar ende ao realizar este ato as crian((as recriam e repensam osacontecimentos que Ihes deram origem sabendo que estao brincando Nasbrincadeiras as crian((as transformam os conhecimentos que ja possuiamanteriormente em conceitos gerais com as quais brincam Utilizando como linhateorica as estudos de Adriana Friedmann (1996) Nylse Helena Silva Cunha (1994)Piaget (1978) entre outros a fim de avaliar seus dizeres e esclarecimento fazendocom que a academica tenha uma visao esclarecida sabre 0 assunto abordado
Palavras-chave brincar brinquedoteca crianyas de dois anos ludico
11
1 INTRODUltAO
Brinqueda e sinonimo de diverseo e prazer para as crianryas Ele tambern
possibilita aprendizado conhecimento e descoberta do mundo Quando 0 brinquedo
e born estimula a imaginaltao desenvolve a criatividade e propicia ah3m de urn
passatempo saudavel a desenvolvimento de diversas funltoes vita is como raciocinio
e coordenacao motara Dessa forma as criancas adquirern com mais naturalidade e
prazer maior saude fisica e mental no presente e futuro
Seguinda este raciocinio este projeto vern ao encontro da necessidade em
desenvolver urn trabalho direcionado para educaryao de crianryas de 0 a 2 anos
levando-se em conta 0 brinquedo como agente estimulador da cogniao da
coordenagc3o motara e do desenvolvimento emocional
o trabalho apresenta diversos autores e seus pontos de vista diante da
educalt8o de crianCas de 0 a 2 anos da necessidade do ludico como recurso
pedag6gico para 0 desenvolvimento intelectual e emocional do individuo
o brinquedo e 0 marco inicial para integrar 0 individuo aD seu ambiente a
fim de apresentar uma concepyao cientifica onde 0 brinquedo e na verdade a forma
de exteriorizar 0 mundo infantil a industrializa9ao do brinquedo e uma realizayao
deste desejo tao intima
E apresentado e estudado a brinquedoteca como proposta pratica que
propicia um espao ludico para crianas de 0 a 2 anos
No desenvolvimento deste trabalho sao apresentadas respostas para
questionamentos acerca da brinquedoteca conforme segue abaixo
bull E possivel 0 brinquedo ser um recurso capaz de estimular 0
desenvolvimento intelectual da crianya de 0 a 2 anos
12
bull Existem recursos dinamicos e praticos que poderiam ser apresentados na
escola ou no ambiente familiar capazes de estimular na crian~a de 0 a 2
anos uma melher coordenalt8o motara desenvolvimento cognitiv~ e
educalaquo8o emocional
bull A educa-8o de crian98s de 0 a 2 anos precisa ser direcionada para que
seja desenvolvida nesses pequenos individuos capacidades motoras e
sensoria is
bull E necessaria mostrar a pais e mestres que a crianlt8 precisa de urn
ambiente estimulador desafiador e que atenda a suas necessidades de
aprendizagem
Alem dos questionamentos a trabalho apresenta urn estudo sabre a fase
sens6rio motor proposto por Jean Piaget e Vygotsky (Capitulo 1) e apresenta a
Brinquedoteca como proposta de criaao de um ambiente estimulador (Capitulo 3)
Para a elaboraao deste trabalho sao utilizados como recursos de pesquisa
obras bibliograficas classicas e pesquisa em sites oficiais levando-se em
consideralt8o 0 estudo do brinquedo da brincadeira e da brinquedoteca na
educaltc3o de criancas de 0 a 2 anos servindo de referendal para 0 estudo da fase
sensoria motor
2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
14
brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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LlSTA DE TABELAS
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTAGIO SENSORIO-MOTOR 12
TABELA 2 - OBSERVAltOES IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA
CRIANltA DE 0 A 2 ANOS 19
10
RESUMO
A presente pesquisa originou-se da utilizacao de ideias dos autores emaplica-Ias na brinquedoteca como espaco ludico para crianl(as da faixa eta ria de daisanos Assim como no Referencial Curricular Nacional para a Educa~ao Infantil astres visoes pelo educador Educar onde propiciar situa~oes de cuidadosbrincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuirpara a desenvolvimento das capacidades infantis de relaltao interpessoal Guidarande a base do cuidado do ser humano e compreender como ajudar 0 Dutro a sedesenvolver como ser humano valorizar e ajudar a desenvolver capacidades sendourn ato em relacao ao Dutro e a si proprio que possui uma dimensao express iva eimplica em procedimentos especificos Alem disso a terceira visao do educador eBrincar ende ao realizar este ato as crian((as recriam e repensam osacontecimentos que Ihes deram origem sabendo que estao brincando Nasbrincadeiras as crian((as transformam os conhecimentos que ja possuiamanteriormente em conceitos gerais com as quais brincam Utilizando como linhateorica as estudos de Adriana Friedmann (1996) Nylse Helena Silva Cunha (1994)Piaget (1978) entre outros a fim de avaliar seus dizeres e esclarecimento fazendocom que a academica tenha uma visao esclarecida sabre 0 assunto abordado
Palavras-chave brincar brinquedoteca crianyas de dois anos ludico
11
1 INTRODUltAO
Brinqueda e sinonimo de diverseo e prazer para as crianryas Ele tambern
possibilita aprendizado conhecimento e descoberta do mundo Quando 0 brinquedo
e born estimula a imaginaltao desenvolve a criatividade e propicia ah3m de urn
passatempo saudavel a desenvolvimento de diversas funltoes vita is como raciocinio
e coordenacao motara Dessa forma as criancas adquirern com mais naturalidade e
prazer maior saude fisica e mental no presente e futuro
Seguinda este raciocinio este projeto vern ao encontro da necessidade em
desenvolver urn trabalho direcionado para educaryao de crianryas de 0 a 2 anos
levando-se em conta 0 brinquedo como agente estimulador da cogniao da
coordenagc3o motara e do desenvolvimento emocional
o trabalho apresenta diversos autores e seus pontos de vista diante da
educalt8o de crianCas de 0 a 2 anos da necessidade do ludico como recurso
pedag6gico para 0 desenvolvimento intelectual e emocional do individuo
o brinquedo e 0 marco inicial para integrar 0 individuo aD seu ambiente a
fim de apresentar uma concepyao cientifica onde 0 brinquedo e na verdade a forma
de exteriorizar 0 mundo infantil a industrializa9ao do brinquedo e uma realizayao
deste desejo tao intima
E apresentado e estudado a brinquedoteca como proposta pratica que
propicia um espao ludico para crianas de 0 a 2 anos
No desenvolvimento deste trabalho sao apresentadas respostas para
questionamentos acerca da brinquedoteca conforme segue abaixo
bull E possivel 0 brinquedo ser um recurso capaz de estimular 0
desenvolvimento intelectual da crianya de 0 a 2 anos
12
bull Existem recursos dinamicos e praticos que poderiam ser apresentados na
escola ou no ambiente familiar capazes de estimular na crian~a de 0 a 2
anos uma melher coordenalt8o motara desenvolvimento cognitiv~ e
educalaquo8o emocional
bull A educa-8o de crian98s de 0 a 2 anos precisa ser direcionada para que
seja desenvolvida nesses pequenos individuos capacidades motoras e
sensoria is
bull E necessaria mostrar a pais e mestres que a crianlt8 precisa de urn
ambiente estimulador desafiador e que atenda a suas necessidades de
aprendizagem
Alem dos questionamentos a trabalho apresenta urn estudo sabre a fase
sens6rio motor proposto por Jean Piaget e Vygotsky (Capitulo 1) e apresenta a
Brinquedoteca como proposta de criaao de um ambiente estimulador (Capitulo 3)
Para a elaboraao deste trabalho sao utilizados como recursos de pesquisa
obras bibliograficas classicas e pesquisa em sites oficiais levando-se em
consideralt8o 0 estudo do brinquedo da brincadeira e da brinquedoteca na
educaltc3o de criancas de 0 a 2 anos servindo de referendal para 0 estudo da fase
sensoria motor
2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
14
brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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RESUMO
A presente pesquisa originou-se da utilizacao de ideias dos autores emaplica-Ias na brinquedoteca como espaco ludico para crianl(as da faixa eta ria de daisanos Assim como no Referencial Curricular Nacional para a Educa~ao Infantil astres visoes pelo educador Educar onde propiciar situa~oes de cuidadosbrincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuirpara a desenvolvimento das capacidades infantis de relaltao interpessoal Guidarande a base do cuidado do ser humano e compreender como ajudar 0 Dutro a sedesenvolver como ser humano valorizar e ajudar a desenvolver capacidades sendourn ato em relacao ao Dutro e a si proprio que possui uma dimensao express iva eimplica em procedimentos especificos Alem disso a terceira visao do educador eBrincar ende ao realizar este ato as crian((as recriam e repensam osacontecimentos que Ihes deram origem sabendo que estao brincando Nasbrincadeiras as crian((as transformam os conhecimentos que ja possuiamanteriormente em conceitos gerais com as quais brincam Utilizando como linhateorica as estudos de Adriana Friedmann (1996) Nylse Helena Silva Cunha (1994)Piaget (1978) entre outros a fim de avaliar seus dizeres e esclarecimento fazendocom que a academica tenha uma visao esclarecida sabre 0 assunto abordado
Palavras-chave brincar brinquedoteca crianyas de dois anos ludico
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1 INTRODUltAO
Brinqueda e sinonimo de diverseo e prazer para as crianryas Ele tambern
possibilita aprendizado conhecimento e descoberta do mundo Quando 0 brinquedo
e born estimula a imaginaltao desenvolve a criatividade e propicia ah3m de urn
passatempo saudavel a desenvolvimento de diversas funltoes vita is como raciocinio
e coordenacao motara Dessa forma as criancas adquirern com mais naturalidade e
prazer maior saude fisica e mental no presente e futuro
Seguinda este raciocinio este projeto vern ao encontro da necessidade em
desenvolver urn trabalho direcionado para educaryao de crianryas de 0 a 2 anos
levando-se em conta 0 brinquedo como agente estimulador da cogniao da
coordenagc3o motara e do desenvolvimento emocional
o trabalho apresenta diversos autores e seus pontos de vista diante da
educalt8o de crianCas de 0 a 2 anos da necessidade do ludico como recurso
pedag6gico para 0 desenvolvimento intelectual e emocional do individuo
o brinquedo e 0 marco inicial para integrar 0 individuo aD seu ambiente a
fim de apresentar uma concepyao cientifica onde 0 brinquedo e na verdade a forma
de exteriorizar 0 mundo infantil a industrializa9ao do brinquedo e uma realizayao
deste desejo tao intima
E apresentado e estudado a brinquedoteca como proposta pratica que
propicia um espao ludico para crianas de 0 a 2 anos
No desenvolvimento deste trabalho sao apresentadas respostas para
questionamentos acerca da brinquedoteca conforme segue abaixo
bull E possivel 0 brinquedo ser um recurso capaz de estimular 0
desenvolvimento intelectual da crianya de 0 a 2 anos
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bull Existem recursos dinamicos e praticos que poderiam ser apresentados na
escola ou no ambiente familiar capazes de estimular na crian~a de 0 a 2
anos uma melher coordenalt8o motara desenvolvimento cognitiv~ e
educalaquo8o emocional
bull A educa-8o de crian98s de 0 a 2 anos precisa ser direcionada para que
seja desenvolvida nesses pequenos individuos capacidades motoras e
sensoria is
bull E necessaria mostrar a pais e mestres que a crianlt8 precisa de urn
ambiente estimulador desafiador e que atenda a suas necessidades de
aprendizagem
Alem dos questionamentos a trabalho apresenta urn estudo sabre a fase
sens6rio motor proposto por Jean Piaget e Vygotsky (Capitulo 1) e apresenta a
Brinquedoteca como proposta de criaao de um ambiente estimulador (Capitulo 3)
Para a elaboraao deste trabalho sao utilizados como recursos de pesquisa
obras bibliograficas classicas e pesquisa em sites oficiais levando-se em
consideralt8o 0 estudo do brinquedo da brincadeira e da brinquedoteca na
educaltc3o de criancas de 0 a 2 anos servindo de referendal para 0 estudo da fase
sensoria motor
2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
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brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
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desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
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TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
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Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
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quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
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subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
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resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
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Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
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manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
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Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
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o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
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3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
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Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
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BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
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v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
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possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
11
1 INTRODUltAO
Brinqueda e sinonimo de diverseo e prazer para as crianryas Ele tambern
possibilita aprendizado conhecimento e descoberta do mundo Quando 0 brinquedo
e born estimula a imaginaltao desenvolve a criatividade e propicia ah3m de urn
passatempo saudavel a desenvolvimento de diversas funltoes vita is como raciocinio
e coordenacao motara Dessa forma as criancas adquirern com mais naturalidade e
prazer maior saude fisica e mental no presente e futuro
Seguinda este raciocinio este projeto vern ao encontro da necessidade em
desenvolver urn trabalho direcionado para educaryao de crianryas de 0 a 2 anos
levando-se em conta 0 brinquedo como agente estimulador da cogniao da
coordenagc3o motara e do desenvolvimento emocional
o trabalho apresenta diversos autores e seus pontos de vista diante da
educalt8o de crianCas de 0 a 2 anos da necessidade do ludico como recurso
pedag6gico para 0 desenvolvimento intelectual e emocional do individuo
o brinquedo e 0 marco inicial para integrar 0 individuo aD seu ambiente a
fim de apresentar uma concepyao cientifica onde 0 brinquedo e na verdade a forma
de exteriorizar 0 mundo infantil a industrializa9ao do brinquedo e uma realizayao
deste desejo tao intima
E apresentado e estudado a brinquedoteca como proposta pratica que
propicia um espao ludico para crianas de 0 a 2 anos
No desenvolvimento deste trabalho sao apresentadas respostas para
questionamentos acerca da brinquedoteca conforme segue abaixo
bull E possivel 0 brinquedo ser um recurso capaz de estimular 0
desenvolvimento intelectual da crianya de 0 a 2 anos
12
bull Existem recursos dinamicos e praticos que poderiam ser apresentados na
escola ou no ambiente familiar capazes de estimular na crian~a de 0 a 2
anos uma melher coordenalt8o motara desenvolvimento cognitiv~ e
educalaquo8o emocional
bull A educa-8o de crian98s de 0 a 2 anos precisa ser direcionada para que
seja desenvolvida nesses pequenos individuos capacidades motoras e
sensoria is
bull E necessaria mostrar a pais e mestres que a crianlt8 precisa de urn
ambiente estimulador desafiador e que atenda a suas necessidades de
aprendizagem
Alem dos questionamentos a trabalho apresenta urn estudo sabre a fase
sens6rio motor proposto por Jean Piaget e Vygotsky (Capitulo 1) e apresenta a
Brinquedoteca como proposta de criaao de um ambiente estimulador (Capitulo 3)
Para a elaboraao deste trabalho sao utilizados como recursos de pesquisa
obras bibliograficas classicas e pesquisa em sites oficiais levando-se em
consideralt8o 0 estudo do brinquedo da brincadeira e da brinquedoteca na
educaltc3o de criancas de 0 a 2 anos servindo de referendal para 0 estudo da fase
sensoria motor
2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
14
brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
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possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
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aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
12
bull Existem recursos dinamicos e praticos que poderiam ser apresentados na
escola ou no ambiente familiar capazes de estimular na crian~a de 0 a 2
anos uma melher coordenalt8o motara desenvolvimento cognitiv~ e
educalaquo8o emocional
bull A educa-8o de crian98s de 0 a 2 anos precisa ser direcionada para que
seja desenvolvida nesses pequenos individuos capacidades motoras e
sensoria is
bull E necessaria mostrar a pais e mestres que a crianlt8 precisa de urn
ambiente estimulador desafiador e que atenda a suas necessidades de
aprendizagem
Alem dos questionamentos a trabalho apresenta urn estudo sabre a fase
sens6rio motor proposto por Jean Piaget e Vygotsky (Capitulo 1) e apresenta a
Brinquedoteca como proposta de criaao de um ambiente estimulador (Capitulo 3)
Para a elaboraao deste trabalho sao utilizados como recursos de pesquisa
obras bibliograficas classicas e pesquisa em sites oficiais levando-se em
consideralt8o 0 estudo do brinquedo da brincadeira e da brinquedoteca na
educaltc3o de criancas de 0 a 2 anos servindo de referendal para 0 estudo da fase
sensoria motor
2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
14
brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
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resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
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Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
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BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
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E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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2 CAPiTULO 1
A CRIANtA DE 0 A 2 ANOS
Segundo Mussen (1974) hi varios pontos importantes a serem notados
quanta ao primeiro ana de vida da crianca 0 recem-nascido e urn organismo
incrivelmente dotado de sistemas sens6rio-motores em pleno funcionamento sendo
capaz de fazer associacoes entre estimulos e respostas desde as primeiros dias de
vida tornando-se importante 0 papel do significado e da familiaridade com eventos
antes que terminem as 6 (seis) primeiros meses
Nesta idade a crianC8 presta atencao preferencialmente aDs estimulos
visuais e auditivos que tenham caracteristicas 8im - nao inequivocas (tais como
luzes m6veis sons intermitentes)
Mais tarde ainda no primeiro ana de vida a medida que vai amadurecendo
ela mantem atencao prolongada em eventos diferentes que despertam a criacao de
hip6teses e que auxiliam na compreensao Suas condutas motoras a semelhanca
de seus esquemas mentais tambem se desenvolvem rapidamente e por volta dos
12 (doze) meses esta apresentando aloes planejadas e bem coordenadas com
bralos e pernas Por volta de 1 (um) ana de idade ela adentra 0 universe do
significado aplicando r6tulos lingOisticos aos fen6menos familiares
Ao final do primeiro ano 0 bebe e uma crian9a conhecedora e pensadoraque adquiriu um certo conhecimento e algumas ideias a respeito do mundobem como modos de se defrontar com ele (MUSSEN 1974 p157-162)
De acordo com Piaget (1978) durante 0 primeiro ana e meio de vida 0 bebe
esta no periodo sensoria-motor do desenvolvimento durante a qual sua inteligencia
se manifesta atravs de suas aloes Quando um bebe de 1 (um) ano quer um
14
brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
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aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
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alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
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nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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56
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Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
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14
brinquedo que esta sabre uma colcha distante dele ele a puxa para si para apanhar
o mesmo
Par isso que Piaget considera esta conduta como inteligente nao
denominando de operacc3o mas antes de esquema de 89lt30 E uma resposta
generalizada que pode ser empregada na solugao de uma variedade de problemas
o habito de S8 sacudir no berco a fim de fazer com que brinquedos atadas
balancem au S8 movam e Dutra exemplo de urn esquema de 89210
Em qualquer idade durante a infaneia 0 bebe tem um eonjunto de tais
esquemas 0 bebe pode sugar toear bater ou saeudir e quando Ihe e apresentado
urn novo brinquedo exibe de modo tipico uma destas respostas Segurar uma
mamadeira sacudir urn chocalho a fim de produzir fulda sugar com mais eficieuromcia
ou procurar uma bola que rolou para fora do campo visual constituem exemplos de
comportamento motor coordenado que Piaget denomina de esquemas sen so rio-
motor Ou seja segundo Piaget (1978) quando a eriana devido ao
desenvolvimento mental adquire a capacidade de representar internamente 0
objeto permite-se tambem que a mesma reconheca a existencia externa do objeto
A principal tarefa cognitiva da infancia e a conquisla do objeto Por volta dotim do primeiro ano a crian9a come9a a procurar 0 objeto ainda quando esleesta ocuto revelando que pode entao diferenciar entre 0 objeto e aexperiencia do objeto Esse colapso do egocentrismo e provocado pelarepresenta9aomenta do objeto ausente a primeira manifesta9ao da funyaosimb6Hcaque se desenvove graduamente durante 0 segundo ana de vida ecujas atividades dominam 0 estagio seguindo do desenvolvimento mental(DAVID 1978 p 84)
A aprendizagem e a memoria e portanto os estimulos as inteligencias se
processam atraves de estagios difereneiados Para Jean Piaget 0 primeiro estagio
do desenvolvimento cognitiv~ de uma crianca e 0 estagio sen so rio-motor (tabela 1)
Um periodo em que os bebes aprendem sobre si mesmos e seu mundo mediante
seu proprio desenvolvimenta sensorial e da atividade motara Nessa fase
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
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alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
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nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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56
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httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
15
desenvolvem conceitos cognitivos importantes como 0 da permanencia do objeto au
sua percep9ao ou ainda uma pessoa continua a existir mesma quando fora do
campo de sua visao Esse dominic e essen cia I para a compreensao do tempo do
espa90 e dos objetos e assim dispara a inteligencia espacial Outro co nee ito
importante que emerge durante esse periodo e 0 conhecimento de que alguns
eventos causam Qutros e que apertando urn boneco de borracha 0 mesma emite urn
som qualquer As inteligencias no cerebra das criancas de 10 (dez) meses come9am
a S8 diferenciar mas suas habilidades de representa9ao ness a fase sao muito
limitadas e a percepcao de que palavras e numeros sao simbolos somente floresce
com vigor no estagio pre-operacional
Durante as primeiros dais anos as criamas que respondem basicamenteatraves de reflexos e de comportamentos aleat6rios passam a organizarsuas atividade em relaltaoao ambiente a coordenar informaltoesa partir deseus sentidos e a progredir na aprendizagem na habitualtaoenoscondicionamentos para a aprendizagem significativa descobrindo aospoucos que os livros e as figuras sao simples objetos mas representamsfmbolos do mundo real (ANTUNES 1998 p 24)
16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
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possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
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aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
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alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
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nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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16
TABELA 1 - ETAPAS DO ESTARIO SENSORIO-MOTOR
SUBESTAGIO Faixa Etaria Estimu[os e Aprendizagem
Reflexos o a 1 mes Exercitam reflexos inatos e ganham certo contrale
sobre os mesmas mas nao coordenam as
informaltoes e seus sentidos e naG desenvolvem a
perCep9lt30 da permanencia do objeto
Rea5es 1 a 4 meses Repetem comportamentos agradaveis que ocorrem
circulares ocasionalmente e comeltam a coordenar as
primarias informacoes sensoriais E importante conversar com
o bebe valorizar seu balbucio e faze-Io descobrir sua
linguagem
Rea(foes 4 a 8 meses Interessam-se pelo ambiente e repetem rea95es que
circulares levarn a resultados interessantes Mostram que
secundilrias dominam o conceito de permanencia do objeto Eimportante deixar a crianca brincar com objetos de
diferentes formas e reconhecer figuras
CoordenaltElo 8 a 12 Podem preyer eventos e 0 comportamento e mais
de esquemas meses deliberado e intencional a medida que coordenam
secundarios esquemas aprendidos previamente
Rea95es 12 a 18 Mostram curiosidade e variam propositalmente suas
circulares meses altoes para perceberem os resultados Exploram
terciarias objetos tentam novas atividades e usam a tentativa
de erro para a solultaode problemas Deve comeltar
a diferenciar sons e descobrir seus significados
Combinaltoes 18 a 24 Como ja desenvolvem um sistema de simbolos e
menta is meses usam a linguagem no mais se restringem a tentativa
e erro para resolver problemas Comeltam a pensar
em eventos e prever suas conseqOelncias e ja usam a
linguagem para dizer a que querem au nao Eimportante que descubram 0 sentido dos tal heres e
das gravuras
ANTUNES 1998 p2S
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
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E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
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situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
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A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
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identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
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transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
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objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
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possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
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Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
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Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
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aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
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alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
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Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
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nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
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tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
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BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
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4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
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Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
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brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
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SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
17
Para escrever sabre a crianga de dois anos e necessaria iniciar citando algo
sabre a crianga recem-nascida pais a crianga ate seus primeiros 7 (sete) dias
ainda esta S8 recuperando do trauma fisiol6gico do parto e esta comegando a S8
estabelecer e S8 adaptar ao meio
De acordo com Piaget (1978) no estgio sensorio motor 0 bebe responde
ao mundo quase inteiramente mediante esquemas sensorios-motores funciona no
presente imediato respondenda aDs estfmulos presentes nao planeja nem
intenciona e naG tern nenhuma representayao interna de objetos - imagens mentais
au palavras que representem objetos e possam ser manipulados mental mente
Piaget achava que essas representa~6es internas nao se desenvolviamantes des 18 aos 24 meses propondo que a bebe avanraatraves de umaserie de subestagios chegando gradualmente ao desenvolvimento darepresenta9ao interna par volta dos 18 meses e somente entao a crianraconsegue formar e manipular imagens mentais e utilizar simbolos(BEE1996 p 197)
Vale salientar que para Piaget a mudanya dos esquemas sens6rio-motores
simples do periodo de bebe para os esquemas mentais complexos da infancia
posterior e obtida atraves da operayao de tres processos basicos assimilaqao onde
e um processo ativo e existe uma seletividade na informayao que se assimila
Acomodaqao onde e um processo complementar ao da assimilayao e envolve
modificar 0 esquema em resultados das novas informayoes E onde se reorganiza
as ideias melhora as habilidades e se reorganiza as ideias E equilibraqao onde
Piaget descreve tres pontos particularmente significativos de reorganizaao ou
equilibrayao cada um introduzindo um novo estagio de desenvolvimento 0 primeiro
ocorre aproximadamente aos 18 (dezoito) meses (que e 0 que se quer estudar)
quando a crianya passa a dominancia do esquema sens6rio e motores simples para
o uso dos primeiros simbolos 0 segundo ocorre entre os 5 (cinco) e 7 (sete) anos
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
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transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
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objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
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possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
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Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
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Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
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aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
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alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
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nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
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tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
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4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
18
quando a crian9a acrescenta uma serie de novos e poderosos esquemas que
Piaget qualifica como opera90es E a terceira maior equilibra9ao e na adolescencia
quando a crian9a entende como operar ideias eventos ou objetos
Piaget descreve trls pontcs particularmente significativos de reorganizacaoou equilibravao ( ) 0 primeiro ocorre aproximadamente aos 16 mesesquando a crianca passa a dominalfao do esquema sensoria e matoressimples para a usa dos primeiros simbolos (BEE 1996 p 196)
Vygotsky (1988) quando discute sobre 0 brinquedo fala especificamente
sabre a brincadeira do faz~de-conta tal como a brincadeira de casinha escolinha
cabo de vaSSDura assemelhando-o a um cavalo e essa discussao e privilegiada par
causa de seu desenvolvimento Ele prop6e sobre a importancia da situal)ao concreta
para que a crianl)a relacione entre os elementos percebidos e seus significados
Numa situayao imaginaria como a da brincadeira de ~faz-de-conta~ aDcontrario a crian(fa e levada a agir num mundo imaginario (0 6nibus que elaesta dirigindo na brincadeira par exemplo) onde a situa~o e definida pel0Significado estabelecido peJa brincadeira (0 6nibus 0 motorista aspassageiros etc) e nao pelos elementos reais concretamenle presentes (ascadeiras da sala onde ela esta brincando de 6nibus as bonecas etc)(OLIVEIRA 1995 p 66)
A brincadeira de faz-de-conta estudada par Vygotsky corresponde ao jogo
simb61ico estudado por Piaget Para Vygotsky 0 brinquedo prove de situa90es
concretas ou seja uma situal)3o de tranSil)80 entre a al)3o da crianl)a com objetos
concretos e suas al)oes com significados parem mesmo sendo brincadeiras de faz-
de-conta elas possuem regras e sao justamente estas que faz com que a crianl)a
se comporte de forma mais avanl)ada do que habitualmente para sua faixa etaria
No brinquedo a crian(fa cornporta-se de forma rnais avan(fada do que nasatividades da vida real e tambem aprende a separar objeto e significadoEmbora num exame superficial possa parecer que 0 brinquedo tern poucasemelhan(fa com atividades psicol6gicas mais complexas do ser humanouma analise mais aprofundada revela que as a(foes no brinquedo sao
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
19
subordinadas aos significados dos objetos contribuindo claramente para adesenvolvimento da crian98 (OLIVEIRA 1995 p 67)
o papel do brinquedo na idade pre-escolar e reconhecido praticamente por
todas porem para dominar 0 processD do desenvolvimento psiquico da crianga
segundo Vygotsky (1988) neste estagio quando 0 brinquedo desempenha 0 papel
dominante nao e suficiente para reconhecer este papel na atividade ludica E
necessaria enta~ compreender claramente em que consista a brincadeira suas
regras e que seu desenvolvimento seja apresentado
o desenvolvimento mental de uma crian98 e conscientemente reguladosobretudo pelo contrale de sua rela980 preclpua e dominante com arealidade pelo contrale de sua atividade principal Neste caso 0 brinquedo ea atividade principal e par conseguinte essencial saber como controlar abrinquedo de uma crianya e para fazer isto e necessaria saber comosubmete-Ias as leis de desenvolvimento do pr6prio brinquedo caso contrariohavera uma paralisayao do brinquedo em vez de seu controle (VYGOTSKY1988 p 122)
Para Vygotsky atividade principal e aquela que em conexao com a qual
ocorrem as mais importantes mudanyas no desenvolvimento psiquico da crianya e
dentro da qual se desenvolvem processos psiquicos que preparam 0 caminho da
transiyao da crianya para um novo e mais levado nivel de desenvolvimento
Em relayao ao brinquedo assim como em relayao a qualquer atividadeprincipal nossa tarefa nao consiste apenas em explicar esta atividade apartir de atividades mentais da crianya ja formadas mas tambem emcompreender a partir da origem e do desenvolvimento do pr6prio brinquedoas conex6es psiquicas que aparecem e sao formadas na crianya durante aperiodo em que essa e a atividade principal (VYGOTSKY 1988 p 122-123)
Conlorme Vygotsky (1994) 0 brinquedo e caracterizado pelo lato de seu
alvo residir no pr6prio processo e nao no resultado da ayao Ele utiliza 0 exemplo do
cavalo de pau do porque a crianya galopa em um cavalo de pau e diz que a
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
20
resposta dada e que quando uma crianC8 galopa e porque sua fantasia foi
estimulada Que ela imagina que se trata de urn caval a 8 correspondentemente
age como S8 assim 0 fosse au seja ela a menta e cavalga Porem para ele esta
explica9ao e infundada pois parte de um tipo de estudo a partir de mudan9as ja
existentes em sua consciencia ou seja deveria comecyar a examinar a real atividade
da crian98 para depois compreender as mudantas correspondentes em sua
consciencia e 56 ap6s descobrir 0 efeito oposto a esta consciemcia ora sim
modificada no desenvolvimento posterior a brincadeira
Assim 0 brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crian~aNo brinquedo a crianltra sempre se comporta alE~m do comportamentohabitual de sua idade alE~m de seu comportamento diario no brinquedo ecomo se ela Josse maior do que na realidade (VYGOTSKY 1994 p 134)
A relatividade de brinquedo e desenvolvimento pode ser comparada arelarao instru9ao - desenvolvimento 0 brinquedo fornece ampla estrutura basica
para mudanras das necessidades e da consciemcia A crianra se desenvolve
atraves da atividade do brinquedo
o brinquedo e muito mais a lembranra de a[guma coisa que realmente
aconteceu do que imaginarao ~ mais a memoria em a9ao do que uma situarao
imaginaria nova
Em urn sentido no brinquedo a criantya e livre para determinar suas pr6priasatyoes No entanto em outro sentido e uma Jiberdade ilus6ria pais suasatyOes sio de fato subordinadas aos significados dos objetos e a criantyaage de acordo com eles (VYGOTSKY 1994 p 136)
A criarEloimaginaria pode ser considerada como um meio para desenvolver
o pensamento abstrato da crian9a
21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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21
Este e 0 periodo em que existe maior numero de aquisi(6es per parte da
crianva apesar que neste 0 bebe 56 apresenta comportamentos reflexos No
segundo mes ele ja comeca a desenvolver as reacoes circulares pois a crianga
quando estimulada par urn tata tenta repeti-Ia iniciando suas primeiras acoes
coordenadas
Neste periodo e sugerido por Cunha (1994) que seja enriquecido 0 campo
visual e auditiv~ para que a crianca perceba estimulos diferentes Brinquedos como
mobiles coloridos m6biles que S8 movimentarn mobiles sonoras e ate mesma
improvisados tais como pano vermelho e brinquedinhos pendurados em lugares
visiveis sao bern aceitos pela criama Sao faceis e estimulam Ela mesma pode
construir com 0 seu professor ou familiar
Por volta dos 4 (quatro) meses a crianga jil comega a desenvolver a
coordenacao6ptico-manual e a preensao palmar A crianca ja estende as bracinhos
e tenta pegar os objetos adquirindo informac6es atraves dos sentidos
Ja aos 6 (seis) meses 0 que envolve a criancae a nOyEio da permanencia do
objeto pais comeya a perceber que os objetos existem apesar de nao estarem
sendo vistos e passa a procura-Ios Quando par exemplo escondemos alguma
coisa abaixo de uma fralda ela levanta a mesma para encontrar 0 que foi escondido
Esta aquisiyao e indispensavel a qualquer aprendizagem Neste periodo e
importante incentivar a crianya com brinquedos ao alcance de suas maos tais como
pequenos chocalhos brinquedos para morder bichinhos de vinil e de diferentes
texturas (CUNHA 1994 p34)
Cunha (1994) descreve que a crian9a dos 8 (oito) aos 12 (doze) meses de
idade apresenta um grande desenvolvimento motar po is ja se loco move mais
facilmente e e capaz de passar os objetos de urna mao para a outa ueSIDADI~laquo t-~ ~
~l~~~l~Se~1riql
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
22
manipular objetos imita ge5t05 e sons Neste periodo e interessante estimular com
brinquedos de puxar e empurrar cubos de panos para jagar apresentar caixas com
varios objetos para por e tirar caixinha de musica enfim brinquedos que possam
5er manipulados sem oferecer perigo sempre estimulando a crianrya a interagir com
o meio de forma a perceber a reaty130 de suas 81)0e5
A crian9a dos 12 (doze) aos 18 (dezoito) meses come9a a observar 0 efeito
de sua conduta no ambiente a sua volta Ela aprende a andar e esta habilidade
proporciona a ela explorar 0 espa90 correndo de um lado para 0 outro Coordena as
duas maos age por tentativas sucessivas ate acertar a que deseja pede eaisas
apontando para 0 objeto e seu vocabulario aumenta Nesta fase segundo Cunha
(1994) e interessante apresentar a crian9a os chamados brinquedos pedag6gicos
aqueles que oferecem oportunidades de manipulaCElo realizando alguma proposta
tais como encaixar argolas bolas e brinquedos de encaixar e de abrir partin has
Dos 18 (dezoilo) aos 24 (vinle e quatro) meses a crian9a internaliza as
alt6es realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas Sua memoria ja esta
ativa desenvolve a capacidade de imitar inicianda assim 0 processo de
representacao mental que ira subsidiar 0 surgirnento da brincadeira simb6lica 0
jogo do faz-de-conta que S8 estabelecera na proxima fase alem de poder contar
com 0 aperfeicoamento da motricidade podendo correr e trepar Nesta fase Cunha
(1994) prop6e atividades que possam empurrar carrinhos e outros brinquedos de
puxar A criancaja consegue brincar com bloeas de construcaobrinquedos grandes
de desmontar sobe degraus pequenos e escorregadores adaptados Consegue
percorrer tuneis e brincar com cavalinhos de pau e bicicletas sem pedal Enfim a
crian9a de 2 (dois) anos ja constr6i seus brinquedos com a ajuda do professor
bastando este ter criatividade e vontade para tal
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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56
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Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
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RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
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VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
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httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
Durante todo 0 desenvolvimento motor sensorial e cognitiv~ e importante
23
Esteja atento aos sinais
estar atento a observa(foes importantes conforme segue
TABELA 2 - OBSERVACOES IMPQRTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA DE OA 2 ANOS
Responda aos charas au as solicital)6es de
ajuda do bebe Nao pense que mimar faz mal
mas descubra se ele realmente esls
interessado em sua oferta de carinho
Torne sua vida interessante Os bebes necessitam ter objetos interessantes
ao seu redor Brinquedos com varias cores e
formas diferentes sao estimulantes e um m6bile
pendurado sabre a beryo desafia a argucia
Converse sempre Fale em tom alto e devagar use palavras curtas
e sentenyas simples Faya perguntas e repita
seus balbucios Ele nao entende as palavras
mas percebe as inteny6es
Leia para a bebe Nao importa que ele nao entenda suas hist6rias
mas a leitura e essencial quando feita com
calma mas usando muitas express6es
Seja regente de uma orquestra imaginaria
Ensine-o a explorar seu mundo
Deixe uma musica ao fundo valorize a
descoberta do sam Mostre que a sam
movimenta seu corpo Dance com a bebe
Os bebes precisam de espayo e oportunidade
para engatinhar explorando seu mundo e
desenvolvendo noyao de independencia Nao
deixe a mao esse mundo de coisas que
quebram que podem ser derrubadas au
engolidas
ANTUNES P 26 1998
Algo coincide entre a teorias da aprendizagem de Piaget e a educagc3o
emocional proposta por Gardner e se complementam ao afirmar que e importante
oferecer a crian(fa nesta idade um leque de atividades onde as sentimentos e os
talentos estao em forma(fao pais e a partir desta perspectiva que e posslvel
propiciar a crianga a manifestag30 de sua personalidade
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
24
o capitulo 1 mostrou urn pouco do desenvolvimento da crianya seus
habitos sua aprendizagem emocional e suas inteligencias Assim como para
escrever sabre a crianga de 2 (dais) anos e necessaria escrever citar algo sabre a
crianca recem-nascida ate esta idade e a relaryao do desenvolvimento cognitiv~ com
a necessidade de brinquedos para estimulaao da criana Segundo Piaget (1978)
o bebe passa por esquemas mentais assim como para Vygotsky (1994) a criana
precisa brincar de faz-de-conta porem 56 pode ser feita uma analise desde que a
crianca seja estudada antes da atividade e depois dela ja praticada descritos neste
capitulo e a seguir No segundo capitulo sera abordado 0 relacionamento da crianca
e do brinquedo
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
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transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
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possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
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aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
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alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
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Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
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nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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56
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
25
3 CAPiTULO 2
o BRINQUEDO E A CRIANltA
Segundo 0 dieionario da Lingua Portuguesa Melhoramentos (1992)
brineadeira significa A9ao de brinear Brinquedo Festa familiar Baile improvisado
Zombaria Brincar significa Divertir-se com jogos de criancas Oivertir-S8 distrair-
S8 Nao levar as caisas a serio
A Brinquedoteea na defini9ao da Professora Nylse Helena da Silva Cunha
(1994) Presidente da Associa9ao Brasileira de Brinquedotecas e um espa90
preparado para estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a uma grande
variedade de brinquedos e um lugar onde tudo convida a explorar a sentir a
experimentar E Brinquedo Objeto feito para divertimento entre crian9as
Brincadeira Divertimento entre criancas
Jogos brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da crianca pais 0
brinear esta presente na humanidade Para Didonet (apud SANTOS 1995) 0 brincar
anteeede a humanidade Ja Santos (1995) afirma que os animais tambem brineam
embora 0 ser humano ser-de-cultura brinque diferente
o brincar e portanto uma atividade natural espontanea e necessaria para a
erian9a eonstituindo-se em pe9a importantissima na sua forma9ao Seu papel
transcende a mere contrale de habilidades sendo muito mais abrangente pais sua
importancia e notavel ja que atraves dessas atividades a crianya constroi seu
proprio mundo alem do que ela tern esse direito Como 0 proprio significado do
dicionario brincar significa distrair-se divertir-se com jog os apropriados para a idade
da crianya pois isso ajuda 0 desenvolvimento metal cognitiv~ e motor
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
26
Segundo Rodrigues apud Santos 1995 a lunyao dos jogos e dos brinquedos
nao S8 limita ao mundo das emoyoes e da sensibilidade ela aparece ativa tambem
no dominic da inteligencia e cooperam em lin has decisivas para a evolucao do
pensamento e de todas as funyoes menta is superiores Assume tambem uma
funcao social e esse fato taz com que as atividades ludicas extravasem sua
importancia para aham do individuo
Dos 2 (dais) aos 4 (quatro) anos as brincadeiras que prevalecem sao a
brincadeira de faz-de-conta magica por excelelncia pOis e considerada uma das
fases mais marcantes da fantasia infantil Quando a crianca S8 envolve nesta
brincadeira ela assume papeis da vida adulta e isso proporciona que faca a
mediaC8o entre 0 real e 0 imaginario Porem isto deve fazer parte de uma
brincadeira e naD do cotidiano da crianca Conforme esse fingimento da
realidade vivenciada no faz-de-conta distingue-se da imitacao e constitui-se uma
recriayao das percepyoes da crianya (RODRIGUES apud SANTOS 1995 p 4)
Portanto quando a crianca se envolve nesta brincadeira ela assume
caracteristicas de adultos de sua convivencia onde pode - se ate mesmo avaliar se
a mesma passa par alguma dificuldade e descobrir onde esta a relerida dificuldade
para tratar a crianca Nessa perspectiva devemos ahar 0 brinquedo como urn fator
de extrema relevancia no desenvolvimento inlanti (SANTOS 1995 p 4)
Quando a crianca tem este conhecimento de mundo que e 0 de brincar
jogar construir muitas vezes seus proprios brinquedos ela cria seu proprio mundo
deixando de ser urn adulto em miniatura sem as obrigacoes que muitas vezes os
pais por lalta de tempo Ihes imp6em
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BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
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v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
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E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
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situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
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A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
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identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
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transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
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objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
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possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
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Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
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Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
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aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
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alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
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Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
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nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
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tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
27
BRINCAR E UM DIREITO
o brincar e urn direito da crianca e este e reconhecido em declaracoes
conven90es e leis como nos mostra a Convencao sabre as Direitos da Crianca
(1989) adotadas pela Assembleia das Naqoes Unidas como a seguir veremos
Artigo 310_
1 Os Estados Partes reconhecem Ii crianQa 0 direito ao repouso e aos tempos
livres 0 direilo de parlicipar em jogos e atividades recreativas pr6prias da sua idade
e de participar livremente na vida cultural e artistica
2 Os Estados Partes respeitam e promovem 0 direito da crianQa de participar
plenamente na vida cultural e arlistica e encorajam a organiz8gBo em seu beneficia
de formas adequadas de tempos livres e de atividades recreativas artisticas e
culturais em condiqijes de igualdade
Tambem a Constituiq80 Brasileira (1988) apresenta no capitulo VII
Art 227 Eo dever da familia da sociedade e do Estado assegurar a crianqa e ao
adolescente com absoluta prioridade 0 direito a vida a saude a alimentacao a
educaqao ao lazer a profissionalizaq80 a cultura a dignidade ao respeilo aliberdade e a convivencia familiar e comunitaria al8m de coloca-Ios a satvo de toda
forma de negligencia discriminacao exploracao violencia crueldade e opressao
sect 1 0 0 Estado promovera programas de assistencia integral a saude da crianqa e
do adolescente admitida a parlicipaq80 de entidades nM governamentais e
obedecendo aos seguintes preceitos
materno-infantil( )
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
28
v - obediencia aDs princfpios de brevidade excepcionalidade e respeito it condicc3o
peculiar de pessoa em desenvolvimento quando da aplicacao de qualquer medida
privativa da liberdade
VI - estimulo do poder publico atraves de assistencia juridica incentivos fiscais e
subsidios nos termos da lei ao acolhimento sob a forma de guarda de crianca ou
adolescente 6riao au abandonado
VII - programas de preven9ao e atendimento especializado a crianca e aD
adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins
sect 4deg A lei punira severamente 0 abuso a violencia e a exploracao sexual da crianca
e do adolescente
sect 5deg A adocao sera assistida pelo poder publico na forma da lei que estabelecera
cases e condic6es de sua efetivaCc30 par parte de estrangeiros
sect 6 Os filhos havidos ou nao da rela9ao do casamento ou por ad09ao terao os
mesmos direitos e qualificac6es proibidas quaisquer designac6es discriminat6rias
relativas a filiacao
sect 7deg No atendimento dos direitos da crianca e do adolescente levar-se-a em
considera9ao 0 disposto no art 204
Assim como tambem no Estatuto da Crian9a e do Adolescente (1990)
mostra no Capitulo II art 16 0 direito a liberdade compreende os seguintes
aspectos I - ir vir e estar nos logradouros publicos e espacos comunitarios
ressalvados as restric6es legais II - opiniao e expressao III - crenca e culto
religioso IV - brincar praticar esportes e divertir-se V - participar da vida familiar e
comunitaria sem discriminacao VI - participar da vida politica na forma da lei VII -
buscar refugio auxilio e orientacao
29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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29
E assim tambem como consta no Referencial Curricular Nacional para a
Educaao Infantil volume 1 1995 a concepcao de crianga e uma n0980
historicamente construida e conseqOentemente vern mudando ao longo dos tempos
naO se apresentancto de forma homogenea nem mesma no interior de uma mesma
sociedade e epoca Assim e passivel que par exemple em uma mesma cidade
existam diferentes maneiras de S8 considerar as criangas pequenas dependendo da
classe social a qual pertencem as grupos etnicos do qual fazem parte
A crianca como todo ser humano e urnsujeito social e hist6rico e faz parte de umaorganizacao familiar que esta inserida emuma sociedade com uma determinadacultura em urn determinado momentohist6rico E profundamente marcada pelomeio social em que se desenvolve Acrianya tem na familia biol6gica ou nao umponto de referencia fundamental apesar damultiplicidade de interayoes socia is queestabelece com outras instituiyoes sociais(RCNEIMEC 1995)
EDUCAR
A instituiltao de educa(ao infantil deve tornar acessivel a todas as crianltas
que a freqQentam indiscriminadamente elementos da cultura que enriquecem a seu
desenvolvimento e inSer(80 social cumprindo um papel socializador propiciando a
desenvolvimento da identidade das crian(as par meio de aprendizagens
diversificadas realizadas em situa(oes de interaltao
As instituioes de educaao infantil podem oferecer as crianas condioes
para que as aprendizagens ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de
30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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30
situa96es pedag6gicas intencionais ou orientadas pelos adultos E importante
ressaltar porem que essas aprendizagens de natureza diversa oeorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil
Educar significa portanto propiciarsitu8c6es de cui dad OS brincadeiras eaprendizagens orientadas de forma integradae que possam contribuir para adesenvolvimento das capacidades infantis derelaC8ointerpessoal de ser e estar com asoutros em uma atitude basica de aceitaC80respeito e confianca e 0 acesso pel ascrian9as aos conhecimentos mais amplos darealidade sociocultural
Neste processo a educacao podera auxiliar 0 desenvolvimento das
capacidades de apropriay8o e conhecimento das potencialidades corporais afetivas
emocionais esteticas e eticas na perspectiva de contribuir para a formayao de
crianyas felizes e saudaveis
CUIDAR
A base do cuidado humane e compreender como ajudar 0 outro a se
desenvolver como ser humano Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades 0 cuidado e urn ato em relayao ao outro e a si pr6prio que possui uma
dimensao expressiva e implica em procedimentos especificos
o desenvalvimenta integral depende tanta das cuidadas relacianais que
envolvem a dimensao afetiva e dos cuidados com os aspectos biol6gicos do corpo
coma a qualidade da alimentao e das cuidadas cam a sade quanta da farma
como esses cuidados sao oferecidos e das oportunidades de acesso a
conhecimentos variados
31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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31
A identificaC8o dessas necessidades sentidas e expressas pelas crian98s
depende tambem da compreensilo que 0 adulto tem das varias formas de
comunicaC80 que elas em cada faixa eta ria possuem e desenvolvem
Prestar atenC80 e valorizar 0 choro de urn bebe e responder a ele com urn
cuidado ou outro depende de como e interpretada a expressao de choro e dos
recursos existentes para responder a ele E passivel que alguns adultos conversem
com 0 bebe tentando aca[ma-Io au que peguem-no imediatamente no colo
embalando-o
o cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das
criancas que quando observadas ouvidas e respeitadas pod em dar pistas
importantes sobre a qualidade do que estao recebendo Os procedimentos de
cuidado tambem precisam seguir os principios de promoC8o a saude Para se atingir
as objetivos dos cuidados com a preservaC8o da vida e com 0 desenvolvimento das
capacidades humanas e necessaria que as atitudes e procedimentos estejam
baseados em conhecimentos especificos sobre 0 desenvolvimento biologico
emocional e intelectual das crian9as levando em considera9ao as diferentes
realidades socioculturais
Para cuidar e preciso antes de tudo estar comprometido com 0 outr~ com
sua singularidade ser solidario com suas necessidades confiando em suas
capacidades Disso depende a constru9ao de um vfnculo entre quem cuida e quem
e cuidado
Alem da dimensao afetiva e relacional docuidado e preciso que a professor pass aajudar a crianca a identificar suasnecessidades e prioriza-Ias assim comoatende-Ias de forma adequada Assim cuidarda criancae sobretudo dar atencaoa elacomo pessoa que esta num continuocrescimento desenvolvimentocompreendendo sua singularidade
32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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32
identificando e respondendo as suasnecessidades Ista inclui interessar-se sabreo que a crianca sente pensa 0 que ela sabesabre si e sabre 0 mundo visando aampliavao deste conhecimento e de suashabilidades que aos poucos a tornan30 maisindependente e aut6noma
BRINCAR
A brincadeira e uma linguagem infantil que mantE~m urn vinculo essencial
com aquila que e 0 nao-brincar Se a brincadeira e uma 8930 que ocorre no plano
da imagina98o isto implica que aquele que brinca tenha 0 dominic da linguagem
simb6lica Isto quer dizer que e necessaria haver consciencia da diferen98 existente
entre a brincadeira e a realidade imediata que Ihe forneceu conteudo para realizar-
se
Entao para brincar e preciso apropriar-se de elementos da realidade
imediata de tal forma a atribuir-Ihes novas significados Essa peculiaridade da
brincadeira ocorre par meio da articula9ao entre a imaginaltao e a imita9ao da
realidade Toda brincadeira e uma imita9aO transformada no plano das emoltoes e
das ideias de uma realidade anteriormente vivenciada
Isso significa que uma crianlta que par exemplo bate ritmicamente com as
pes no chao e imagina-se cavalgando sob um cavalo esta arientando sua a9ao pelo
significado da situalt80 e par uma atitude mental e nao somente pela percepltao
imediata dos objetos e situa~oes
Ao brincar as crianltas recriam e repensam os acontecimentos que Ihes
deram origem sabendo que estao brincandoO principal indicador da brincadeira
entre as criancas e 0 papel que assumem enquanto brincam Ao adotar outros
papsis na brincadeira as crian~as agem frente a realidade de maneira nao-literal
33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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33
transferindo e substituindo suas acoes cotidianas pelas a(foes e caracteristicas do
papel assumido utilizando-se de objetos substitutivos
A brincadeira favorece a auto-estima nas criancas auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisiryoes de forma criativa Brincar contribui assim para a
interiorizaao de determinados modelos de adulto no ambito de grupos sociais
diversos Essas signifrcacoes atribuidas ao brincar transformam-no em um espaco
singular de constituiao infantil
Nas brincadeiras as criancas transformam as conhecimentos que ja
possuiam anteriormente em conceitos gerais com as quais brinca Per exemplo
para assumir urn determinado papel numa brincadeira a crianca deve conhecer
alguma de suas caracteristicas
Para brincar e necessaria que as criancas ten ham certa independencia para
escolher seus companheiros e os papeis que iraQ assumir no interior de um
determinado tema e emedo cujos desenvolvimentos dependem unicamente da
vontade de quem brinca
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas
mesmas as criancas podem acionar seus pensamentos para a resolucao de
problemas que Ihe sao irnportantes e significativos Propiciando a brincadeira
portanto cria-se urn espaco no qual as criancas podern experimentar 0 mundo e
internalizar uma compreensao particular sobre as pessoas os sentimentos e os
diversos conhecimentos
o brincar apresenta-se par meio de varias categarias de experiencias que
sao diferenciadas pelo usa do material ou dos recursos predominantemente
implicados Essas categorias incluem a movimento e as mudancas da percepcao
resultantes essencialmente da mobilidade fisica das criancas a relacao com os
34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
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34
objetos e suas propriedades fisicas assim como a combinayao e associay80 entre
eles a linguagem oral e gestual que oferecem varios nlveis de organiza9ao a serem
utilizados para brincar as conteudos sociais como papeis situa90es valores e
atitudes que S8 referem a forma como 0 universo social se constr6i e finalmente os
Iimites definidos pelas regras constituindo-se ern urn recurso fundamental para
brincar
As brincadeiras de faz-de-conta os jogos de constru9ao e aqueles que
possuem regras como as jogos de sociedade (tambem chamados de jog os de
tabuleiro) jogos tradicionais didaticos corpora is etc propiciam a ampliatyao dos
conhecimentos infantis per meio da atividade ludica
Eo adulto na figura do professor portanto que na institui9ao infantil auxilia
a estruturar 0 campo das brincadeiras na vida das crianyas CanseqDentemente eele que organiza sua base estrutural par meio da oferta de determinados objetos
fantasias brinquedos au jogos da delimitacao e arranjo dos espacos e do tempo
para brincar
Par intermedio de brincadeiras os professores podem observar e constituir
uma visao dos process os de desenvolvimento das criancas em conjunto e de cad a
uma em particular registrando suas capacidades de usa das linguagens assim
como de suas capacidades sociais e dos recursas afetivos e emocionais que
disp6em
A interven9ao intencional baseada na observa9ao das brincadeiras das
criancas oferecendo-Ihes material adequado assim como urn espaco estruturada
para brincar permite a enriquecimento das competencias imaginativas criativas e
arganizacianais infantis Cabe ao professor arganizar situac6es para que as
brincadeiras ocarram de maneira diversificada para propiciar as criancas a
35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
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Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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35
possibilidade de escolherem as temas papeis objetos e companheiros com quem
brincar ou as jogos de regras e construcao e assim elaborarem de forma pessoal e
independente suas emocoes sentimentos conhecimentos e regras sociais
E necessaria que 0 professor tenha consciencia que na brincadeira as
criancas recriam e estabilizam aquila que sabem sabre as mais diversas esferas do
conhecimento em uma atividade espontfmea e imaginativa Nessa perspectiva nao
S8 deve confundir situacoes nas quais S8 objetiva determinadas aprendizagens
relativas a conceitos procedimentos au atitudes explicitas com aquelas nas quais as
conhecimentos sao experimentados de uma maneira espont~mea e destituidos de
objetivos irnediatos pelas crian~as Pode-se entretanto utilizar os jog os
especialrnente aqueles que possuern regras como atividades didaticas E preciso
porem que 0 professor tenha consciencia que as crian~as nao estarao brincando
livremente nestas situa~5es po is ha objetivos didaticos em questao
Na institui~ao de educa~ao infantil 0 professor constitui-se no parceiro mais
experiente par excehsectncia cuja fun980 e propiciar e garantir urn ambiente rico
prazeroso saudavel e nao discriminat6rio de experiencias educativas e socia is
variadas
Dificilmente alguem question a tal direito mas sabe-se por outro lado que
ele nao esta sendo cumprido
A brincadeira nao e um mera passatempo ela ajuda no desenvolvimento da
crian9a fazendo com que a mesma socialize-se e descubra degmundo
A brincadeira constitui-se basicamente em urn sistema que integra a vidasocial da criama nos apresentando a ideia de que para a criantya emespecial a de 0 a 2 anos 0 brincar passa a fazer parte do processo dedesenvolvimento cognitivo e emocional nao sendo desvinculado de sua vidasocial(FRIEDMANN 1996 p30)
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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56
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VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
36
Eo importante citar neste trabalho a evolu9ao de nossa sociedade onde a
falta de esparyo fisico ocasionado pelo progresso da civilizaC2Io tern dificultado a ato
de brincar Cabe ressaltar tambem que hi urn numero muito pequeno de
brinquedotecas no Brasil E esta e uma condi9ao sine qua non a aprendizagem
Entao 0 que S8 caloca a todo instante e que a crianrya tern urn direito verdadeiro de
brincar apoiado par leis e normas e que para que a crianca possa estar
conseguindo seu mundo de brinquedos e brincadeiras sao necessarios que S8
instalem imediatamente as brinquedotecas 0 planejamento urbano esqueceu-se
das praryas e jardins as casas perderam as quintais e transformou-se em
minusculos apartamentos as pra9as existentes e as ruas tornaram-se violentas as
ma8S que tomavam conta dos tithos abraryaram 0 mercado de trabalho e as
criangas ficaram com pouco espago fisico para sua ludicidade
Frente a tais constata90es e eminente a atua9ao de todos aquelesindivfduos preocupados com a infancia no sentido de resgatar a espa90 quea brinquedo vem perdendo em nossa sociedade Pensar em oferecer umespa90 fisico e temporal tensectcomo decorrencia natural a possibilidade de ascrianltas interagirem com outras crian9as assim como com adultosperpetuando-se de forma paralela a cultura [udica tradicional(FRIEDMANN1996p34)
Santos (1995) cita que brincar e um ato de grande importancia onde
oportuniza a crianga a escolher 0 tipo de brinquedo que quer utilizar naquele
momento pois alem de brinquedos industriais as brinquedotecas unem as criangas
para que possam realizar brincadeiras de rodas dramatizagoes atividades em
grupos etc 0 que para muitas crianryasfilhos unicos se torna uma socializaryao
apropriada e necessaria
A brincadeira considerada como um vicio no come90 da idade moderna foiintroduzida nas instituiltoeseducacionais p6s-humanitarios com 0 intuito detomar esses espayos prazerosos e tambem como um meio educacional(Friedmann 1996 p 29)
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
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BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
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4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
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Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
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brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
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SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
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livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
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Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
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estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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56
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
37
Seguinda a propasta de Friedmann (1996) a autora alerta que a brincar fai
colocado sob os mesmaS principios que sustentaram a ideia do novo homem era
necessaria treina-Ia Esse processo de pedagogizaC2Io da atividade ludica foi
agressivo dando origem ainda hoje a sistemas para a utilizacao educacional do
brincar Com esta evolwao cada geraryao transformava as brincadeiras antigas em
suas proprias especificas trabalhando com 0 antigo e com 0 novo e cad a geraC8o
carregando suas pr6prias caracteristicas e padr6es
Par tim a brincadeira era considerada como urn vicio no comeco da idade
madema e com isto foi introduzida nas instituicoes educacionais par filantropistas
que tiveram como intuito criar estes espacos prazerosos como tamhem urn meio
educacional
BRINCAR Eo IMPORTANTE
Brincar e importante porque e born e 90stoso e da felicidade e ser feliz euroIestar rnais predisposto a ser bondoso a amar 0 pr6ximo e a partilharfraternalmente(CUNHA 1994 p 11)
Dificilmente alguem ira questionar esta importancia ou direito Porem
sabemos que nao se da a devida importancia Muitas crianltas nao brincam ou
brincam muito pouco e os motivos disto sao inumeros
Quando a crianlta brinca ela exercita suas potencialidades levando a
alcanltar niveis de desempenho que s6 as alt6es por motivaltao intrinseca
consegue Allamdisso a crianya aprende sem estresse ou medo de errar mas com
prazer pela aquisiyao do conhecimento Na atividade de brincar a crianya
desenvolve a sociabilidade faz amigos e aprende a conviver respeitando 0 direito
dos outros e as normas grupais
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
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tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
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BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
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4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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56
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Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
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Paulo icone 1988
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httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
38
aprende a engajarmiddotse nas atjljdades pelo prazer de participar Brincandoa crianta prepara-se para 0 futuro experimentando 0 mundo ao seu redordentro dos limiles que a sua condiyao atual permite tarnanda-5e operativ~(Cunha 1994 p 12)
Cunha (1994) no pargrafo acima menciona a condi9aO operativa fazendo
uma ponte com Jean Piaget que considera que a crianca tenta compreender seu
mundo atraves de urn relacionamento ativo com pessoas e objetos au seja a partir
da experiemcia com acontecimentos a crianca vai se aproximando nurn ritmo
consistente do objetivo ideal que e 0 raciocinio abstrato De uma forma geral para
Piaget a aquisiC80 das operacoes e 0 centro do crescimento intelectual
Descrevendo de forma basica compreendemos 0 fato de que uma dadaquantidade de agua de um copo nao se altera quando a transferimos paraum outro recipiente de forma diferente sendo esta acao considerada umoperayao ja que sabemos poder restabelecer a condiyao original vertendoa agua novamente para 0 primeiro copo este raciocfnio abstrato econsiderado como aquisiyao das operacoes (MUSSEN 1974 p31)
A sociedade e colocada como grande vila neste processo de integra9ao da
crianya com a realidade onde nao hi consciencia social no que tange it
brincadeira ou seja a sociedade ainda nao considera a brincadeira como um
recurso no desenvolvimento cognitiv~ da crianya pois crianyas muitas vezes sao
tratadas como adultos em miniaturas ou nao podem atrapalhar os adultos por causa
do seu estresse do dia-a-dia ou ainda 0 que e pior as crianyas nao tem com a que
brincar
Cunha (1994) diz que os brinquedos sao parceiros silenciosos que desafiam
a crian9a possibilitando descobertas e estimulando a auto-expressao desde que
haja tempo e que a crian9a se aprofunde na brincadeira vista que existem diversas
formas de brincar como soltar a imaginayao au inventar ou sem medo de desgostar
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
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56
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Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
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leone 1992
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Alegre Artes Medicas 1995
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psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
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Paulo icone 1988
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httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
39
alguem au sem medo de ser punida au tambem brincar com seriedade e esta ja e
praticada par crianryas mais velhas
As primeiras atividades Judicas do ser humane sao aryoes explorat6rias
como no casa do bebe que explora a si mesmo suas possibilidades de movimento
de produgao de sons de uso do espago e de comunicagao sendo fundamental para
este processo de construryao Manipulando objetos vai experimentando 0 mundo ao
seu redor pelo prazer de descobrir e satisfazendo sua curiosidade par conhecer
(CUNHA 1994 p 19)
Criangas pequenas mexem em tudo e jogam objetos ao chao tambem e
para contornarmos esta situaryc3o e necessaria que de a crianca objetos que possam
ser manipulados sem perigo e mostrar-Ihes que da mesma forma que e divertido
tirar brinquedos da caixa e divertido tambem guardar estes brinquedos S6 depois
que aprenderem ista e que passarao a utilizamiddotlos de forma mais adequada
BRINCAR SOZINHA
Toda crianca 90sta de estar com Qutras mas tambem brinca sozinha E
normal passar por esta etapa sendo fundamental que brinque sozinha tambem para
que possa lidar com seus sentimentos emo90es e descubra seus interesses onde
mesmo sem percebemos quando a crianya faz algo que gosta assim como qualquer
ser humano ela esta realizada e quando se esta realizada entao pode-se dizer que
se encontrou na sua area
brincar sozinho It importante porque neste tipo de brinquedo a crian9amergulha na sua fantasia e alimenta sua vida interior quando mais profundofor este mergulho mais estara exercitando sua capacidade de concentrar aaten98o de inventar e principalmente de permanecer concentrado numaatividade (Cunha 1994 p 20)
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
40
Bee (1996) cita que brincar nao e uma atividade trivial ou vazia mas sim
brincando que se atinge grande parte do desenvolvimento cognitiv~ a forma como e
elaborado a brincar muda de maneira obvia desde 0 primeiro ate 0 sexto ana de
vida seguindo uma sequencia que se ajusta muito bem aos estagios de Piaget
Este e urn momento que deve ser respeitado por ser urn momento no qualestao sendo cultivadas qualidades importantes para a formatao de habiiosque irao influir na qualidade do seu futuro desempenho (CUNHA 1994p20)
A partir dos 12 (doze) meses a crian9a passa a se interessar por objetos
novos e por volta dos 2 (dais) anos de idade as criancas comecam a usar as
objetos para construir eaisas seus pr6prios brinquedos e seu proprio mundo de
imaginac80
Ela calcca coisas na boca sacode-as movimenta-as pelo chao e estesbrinquedos sao a chave para 0 desenvolvimento cognitivo agindo comoestimulo de aprendizagem (BEE 1996 p 199)
Friedmann (1996) diz que a crian9a se desenvolve integralmente no aspeeto
cognitiv~ afetivo fisico-motor moral linguistico e social porem este processo so
acontece a partir do momenta em que a crian~a faz sua interay80 com 0 meio ffsico
e social que na concep~ao de Piaget distinguem-se nos tres estagios de
desenvolvimento onde varia de acordo com a idade que seriam a periado sensorio-
motor que e desde oi nascimento ate um ana e meio a dois anas de idade 0 periada
da inteligencia representativa que passui 0 periodo pre-aperatoria e das operaltoes
concretas que vai das dais anas ate os doze anos de idade e periado das
operaltoesinformais que vai dos doze anos ate dezesseis anos de idade Ou seja
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
41
nesta perspectiva de Piaget a atividade ludica (para criancas de ate dois anos de
idade) e caracteristica essencial
A ludicidade 0 brinquedo e 0 brincar fazem com que a crianca S8
desenvolva cognitivamente levando a sua aprendizagem po is quando a crianl(a
brinca ela S8 interessa pela brincadeira e com isto adquire conhecimento
necessaria E nisso que 0 profissional da area deve explorar na crianca que atraves
da ludicidade ele desenvolva seu atune cognitivamente
A ludicidade e uma necessidade do ser humane em qualquer idade e naopode ser vista apenas como diversao 0 desenvolvimento pessoal social ecultural colabora para uma boa saude mental prepara para um estadointerior fertil facilita as processos de socializaCao comunicacao expressaoe construcao do conhecimento (SANTOS 1997 p 12)
Conforme Santos todo ser humane tem direito a ludicidade seja a idade que
for pois quanto mais 0 adulto vivenciar sua ludicidade maior sera a chance de este
profissional trabalhar com a crian9a de forma prazerosa ou seja brincar e uma
necessidade basica assim como a nutri9ao a salide a habita9ao e a educa9~1O
brincar ajuda a crian9a no seu desenvolvimento fisico afetivo intelectual e social e
atraves destas atividades a crian9a forma conceitos relaciona conceitos ideias
estabelece rela90es 16gicas desenvolve a expressao oral e corporal refor9a
habilidades sociais reduz a agressividade e integra-se na sociedade
Na brincadeira de faz-de-conta a crianca traduz 0 mundo dos adultos paraa dimensao de suas possibilidades e necessidades 0 pensamento dacrianca evolui a partir de suas acOes razao pela qual as atividades sao taoimportanles para 0 desenvolvimento do pensamento infantil(CUNHA 1994 p20)
o adulto ve noS brinquedos sua cultura E como geralmente as crian9as
permanecem por algumas horas nas brinquedotecas devemos aproveitar este
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
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ed Rio de Janeiro lahar 1978
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56
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Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
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INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
42
tempo para fazer com que as crianC8s saltern sua imaginaclt3oa brinquedo propoe
urn mundo imaginiuio a crianC8 e representa a visaa de que a adulto tern da crianc8
ou seja no case da crianca 0 imaginario varia conforme a idade ja a adulto introduz
nos brinquedos imagens que variam de acordo com a sua cultura
E muito importante brincar sDzinho mas e valida tambem lembrar que
tam bern e importante fazer com que a crianC8 socialize-s8 com Qutras E essa e
uma das funcoes da brinquedoteca mesma que a crianca brinque para lela mente
ela deve estar interagindo e convivendo em mesma espaco com Qutras crianc8s de
sua idade au nao e sair do universo dos adultos
As vezes dizer eu tambem quero brincar nao significa que quer brincarjunto mas ao lado de qualquer maneira e a comero da vonlade departicipar par parte de alguem que ainda nao aprendeu a partilhar(CUNHA1994 p 21)
As crian9as desenvolvem habilidades quando brincar com jogos de encaixar
quebra-cabe9as jogos de empilhar estes requerem concentra9ao aten9ao e
dedicay80 destas pelos brinquedos desde que elas percebam a necessidade de um
planejamento de suas a90es
Estes jogos tornam as crianras mais aptas a desempenhar larefas quetalvez nao conseguissem realizar se nao estivessem em situarao ludicaslivres de cobranra e das obrigaloriedades Brincando a crianra alcanraniveis de desempenho bern mais alios parque nao sente cansaro (CUNHA1994 p23)
A crianya tambem necessita criar seus brinquedos porem ela deve ser
motiva e esta mativay8a deve servir de desafia para a mesma Tambem e
necessaria demanstrar canfian9a naquila que a crian9a esta fazenda para que ela
tenha seguranya e firmeza em seus atas
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
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4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
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SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
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Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
43
BRINCAR APRENDENDO
A crian9a n~o e urn adulto em miniatura nem deve crescer 56 atendendo assolicitacaes dos adultos pois assim nao desenvolvera autonomia nem sensade responsabilidade Se for respeitada em seus interesses e subsidiada emsuas buscas certamente mantera vivo 0 prazer de aprender e fara daconstrucao do seu proporciona 0 aprender - fazendo e brincando Atravesde jogos e brincadeiras a crianea pode aprender novos conceitos adquiririnformscoes e ate mesmo superar dificuldades de aprendizagem (CUNHA1994 p24)
E muito importante para a crianya brincar com prazer pais 56 assim eta
consegue gravar em sua memoria aquilo que eta aprendeu Assim como ha
professores que ensinam seus alunos atraves de metodos ludicos atraves de jog os
e brincadeiras Assim como esse espa90 tambem e irnportante para que 0 educar ou
ate mesmo os brinquedistas (pessoas responsaveis pela brinquedoteca) mostrem
para as crian9as que elas sao crian9as e nao adultos em miniatura
Este capitulo abordou a rela9ao entre a crianya e 0 brinquedo onde mostra
a direito que a crianya tern sabre querer e poder brincar conviver em urn ambiente
ludico 0 capitulo 3 aborda a brinquedoteca e tipos de brinquedos para crianyas de
dais anos bern como suas etapas e desenvolvimento como veremos a seguir
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
44
4 CAPiTULO 3
BRINQUEDOTECA
Segundo Cunha (1994) Brinquedoteca e um espa~o criado para favorecer
brincadeira e um espa90 aonde as crianC8s vao para brincar livremente com todo 0
estimulo it manifestayao de suas potencialidades e necessidades hidicas Muitos
brinquedos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressao da
criatividade
Friedmann (1994) define brinquedoteca como 0 espa~o preparado para
estimular a crianca a brincar possibilitando 0 acesso a urna grande variedade de
brinquedos dentro de um ambiente especialmente criado para ela diante disto 0
ludico convida a crianca a explorar 8 sentir e a experimentar Sendo um ambiente
para estimular a criatividade deve ser preparado de forma criativa com espacos
que incentivem a brincadeira de faz de conta a dramatiz8cao a constru980 a
soluyao de problemas a socializayao e a vontade de inventar
As brinquedotecas facilitam 0 aces so das crianyas ao direito de brincar e se
desenvolver sem exigir investimentos elevados Com este pensamento foi publicado
no site do BNDS pelo Departamento de Desenvolvimento Social algumas dicas para
a cria~ao de uma brinquedoteca onde Jose Carlos Vaz (2004) alerta que 0 primeiro
passo para a implantayao de uma brinquedoteca e definir quais serao seus objetivos
e 0 publico a ser atingido Em fun~ao disso sera possivel definir as atividades a
serem realizadas 0 local de instalalY8o suas normas de funcionamento deg acervo a
ser adquirido 0 perfil dos profissionais e 0 treinamento que receberao
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
45
Referente a investimento a implantaao de uma brinquedoteca VAZ (2004)
diz que e passivel com pequenos investimentos que variam em funcao do tamanho
do seu acervo e das instalac6es Alem do espayo para as brincadeiras deve haver
espao para sanitarios dep6sitos e administraao 0 espao para as crianas pode
ser composto de viuias salas au de urn unico salaD dividido em varios ambientes au
cantos para atividades diferentes atraves de tapetes tipas de piso divis6rias ou
pela disposicao da mobilia e dos brinquedos
A montagem da brinquedoteca pode ser realizada com apoio de entidadesfilantr6picas e de empresas Este apoio pode se estender nac 56 a doaYaode brinquedos e equipamentos mas tambem ao emprestimo de inslala90ese orientacao na implantacao do projeto e no treinamento de funcionarios
(VAZ 2004)
OS BRINQUEDOS DA BRINQUEDOTECA
Para Cunha (1994) objetos sons movimentos espaos cores figuras
pessoas tudo pode virar brinquedo atraves de urn processo de interacao em que
funcionam como alimentos que nutrem a atividade ludica e importante utilizar todos
as recursos disponiveis a tim de estimular a brincadeira
AIIalo ( apud Friedmann 1996) brinquedos industrializados artesanais
reitos em diversos materia is construidos pelas proprias criancas traz as
brinquedotecas a oportunidade de oferecer a seus usuarios urn leque variado de
opoes
Para VAZ (2004) e imprescindivel realizar uma pesquisa sabre as condioes
de vida e as habitos de brincar das crianC8s com as quais S8 pretende trabalhar para
nortear a planejamento da implantaao e a definiao das atividades Aprofundando-
S8 as pesquisas pode-s8 fazer urn levantamento das tradicoes culturais locais
relacionadas a atividade de brincar 0 importante nao e ter um grande numera de
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
46
brinquedos mas sim urn grande numero de experiEmcias ludicas (CUNHA 1994
p31)
Quando S8 tala em crianyas de 0 a 2 anos e importante ressaltar suas
capacidades motoras suas habilidades cognitivas e sua percepcc3o sensorial A
crian9a de no primeira ano de vida usa as maos para agarrar e explorar os objetos
as recem-nascidos tern urn reflexo denominado preen sao mediante 0 qual fecham
a mao quando urn objeto toea sua palma como passar do tempo 0 bebe vai
adquirindo a habilidade de dirigir a mao para um objeto interessante (BASSEDAS
1999 p32)
BRINQUEDOS PARA DIFERENTES ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
Os brinquedos servem de convite ao brincar desde que provoquem na
crian9a interesse de interagir e este interesse vai estar oscilando conforme 0
desafio que ele apresenta para a crian9a Cunha (1994) especifica bem esta
afirmaCElo ao proferir que os brinquedos devem estar adequados ao interesse as
necessidades e as capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a crian~a se
encontra
Outro ponto levantado par Cunha (1994) Eoque a escola deve ir alm dos
criterios de indica~ao per faixa etiuia mas sim levandomiddotse em conta que cada
crian~a tem seu ritmo proprio de desenvolvimento e caracteristicas proprias que
devem ser levadas em considera~ao
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
47
SELEltAo DE BRINQUEDOS PARA A BRINQUEDOTECA
Cunha (1994) descreve que 0 primeiro criterio a ser levado em conta na
escolha dos brinquedos que deverao campor a acervo da brinquedoteca e a de
atender ao interesse das criancas incentivando a crianga a conhecer novas formas
de brincar cuidando para que os brinquedos expostos na brinquedoteca nao sejam
muito frageis muito pequenos au que instiguem a violencia
Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente 0 que os Qutros
fazem sao prejudiciais e mon6tonos Alguns brinquedos nao sao estimulantes e
servem apenas para a diversao dos adultos fazendo das criancas simples
espectadoras Uma boa dica e tazer com que a crianga na medida do passivel
participe da escolha (PROCON 2004)
OS BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS
Conforme citado pelo Procon (2004) na hora da compra e preciso atenao
porque existem brinquedos para todas as faixas etarias Quanto mais adequado aidade da crianca mais util e prazeroso ele sera Nao adianta atraves de brinquedos
tentar veneer eta pas do desenvolvimento infantil Isso eontraria a natureza e pode
eausar prejuizo ao desenvolvimento 0 brinquedo sera mais uti 1 se puder ser
aproveitado pela criana por um periodo mais longo durante varias etapas do
desenvolvimento Alguns brinquedos estimulam a criana para uma vida saudavel
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
48
livre e solidaria contribuindo ainda para a desenvolvimento do companheirismo e da
amizade Par outro lado existem brinquedos que naD cumprem sua funyao e nem
sao divertidos para as crianyas Alguns produtos podem inclusive refletir
negativamente no desenvolvimento infantil estimulando ociosidade e automatismo
alem de deixar a crianya sedentaria
Seguindo orienta90es propostas pelo PROCON (2004) deve-se evitar
brinquedos
bullCom partes pontiagudas cantos afilados quinas ou arestas cortantes
bullCom cord6es superiores a 30 em
bullCom pe9as pequenas que as crian9as possam engolir
bull Com aberturas que pass am prender as dedos
bullCuja base seja de material inflamavel
bullCom Voltagem superior a 36 volts
bull Com materia is que incluam vidros ou que S8 quebrem facilmente
bullCom materiais toxicos ou que saltern tintas
bull Com cheiro e formas que imitem alimentos conhecidos
bull Com embalagem onde nao esteja impresso 0 nome e 0 enderecyo do fabricante
LEIS SaBRE as BRINQUEDOS
No Brasil existe uma norma tecnica registrada no Inmetro a EB 2082 - NBR
1178692 que trata exclusivamente da seguran9a dos brinquedos fabricados e
comercializados no pais 0 brinquedo deve ser submetido a varios testes que
simulam situa90es pelas quais ele passaria nas maos das criancyas
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
49
Eo uma garantia adquirir brinquedos que tenham 0 Selo de Qualidade do
Institute Nacional de Metrologia (lnmetro) e da Associagao Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ) Vale lembrar que 0 brinquedo e um produto
sujeito a todas as exigencias do C6digo de Defesa do Consumidor A embalagem
eou manual de instru90es devem conter todas as informagoes escritas de forma
clara e em portugues informando as caracteristicas do brinquedo para qual faixa
eta ria S8 destina eventuais riscos que possa apresentar numera de pegas regras
de montagem e S8 faz parte de uma serie ou colegao Nenhum produto deve ser
adquirido sem uma clara identifica9ao do fabricante ou do importador
A Norma NBR 1178692 preve uma serie de ensaios que visam verificar a
conformidade de brinquedos lais como ensaies para estabelecer teer de
substancias perigosas requisitos de embalagem rotulagem de brinquedos para
criangas de ate 3 anos levando-se em considerayao tamanho e natureza
acabamento ensaios de impacto e rufdos entre outros a fim de garantir a qualidade
e a seguranya no manuseio destes brinquedos
ASSISTENCIA TECNICA
o Procon (2004) informa que a responsabilidade abrange somente a rede de
assistencia tecnica autorizada que opera em seu nome Existe tam bern a
assistencia tecnica especializada que tern vinculo com 0 fabricante feita par
profissionais autonomos au em lojas de reparos e restaurayao de brinquedos Em
servilfos que envolvam a reparalfao de produtos devem ser empregados
componentes e pelfas novas Peyas recuperadas ou usadas s6 podem ser utilizadas
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
50
com autorizayao do consumidor e cabe ao fabricante au importador a manutencao
do mercado com pe9as e componentes para reposiyao par urn prazo de tempo
nunca inferior a vida uti I do brinquedo a nota fiscal deve ser exigida e guardada com
a descricc3o do brinquedo pais ela e a prova da compra e e documento em case de
eventuais problemas Ocorrendo defeitos 0 fornecedor tem prazo de 30 dias para
repara-Ios Ap6s esse prazo 0 consumidor pode exigir a substituiyao do prod uta par
outro da mesma especie e em perfeitas condiryoesde usa ou devolu9c10 da quantia
paga corrigida monetariamente au ainda 0 abatimento proporcional do preryo
BRINQUEDOS IMPORTADOS
Para 0 Procon (2004) os brinquedos importados tambem devem obedecer
as determina90es do C6digo de Defesa do Consumidor 0 importador e 0 principal
responsavel par defeitos ou danos que as brinquedos possam apresentar ou causar
Muitos brinquedos entram no pais de forma clandestina e sao comercializados de
forma irregular sem garantia de seguran9a e qualidade 0 pre90 desses produtos
pode ate ser vantajoso mas eles pod em representar riscos para 0 usuaria e em
casa de problemas nao ha como responsabilizar ninguem 0 importador deve
assegurar a oferta de companentes e pegas de reposigao enquanto 0 produto for
fabricado e depois de cessada mante-Ia por um determinado periodo
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
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Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
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ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
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OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
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Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
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httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
51
PUBLICI DADE
Conforme os proeedimentos do Proeon (2004) antes de eomprar eimportante conferir no brinquedo 0 que foi mostrado na publicidade pais ela nem
sempre e precisa sabre as funcoes tamanho e desempenho do brinquedo 0
conteudo de um folheto anuncio de jornal televisao ou qualquer outra forma de
mensagem publicitaria deve ser rigorosamente cumprido tanto em relacao aD preco
como ao modele do prod uta A publicidade sera enganosa quando omitir urn
elemento essential Par exemplo urn anuncio que mostre bonecos vendidos com
equipamentos (nave varios acess6rios em geral) mas cada item e vendido
separadamente as anuncios devem ser cumpridos exatamente como foram
publicados 0 fornecedor deve manter os dados faticos hknicos e cientificos que
daD sustentagEio a mensagem E
SEGURANtA
Segundo Aflalo (1996) atualmente os fabrieantes proeuram seguir as
normas da ABNT mas a equipe deve estar verificando mesmo assim para que os
brinquedos com pecas pequenas s6 sejam utilizadas por criancas acima de tres
anos pois abaixo desta idade a crian9a leva objetos a boca podendo engolir ou ser
colocada no ouvido ou nariz Onde brinquedos de madeiras devem ser muito bem
lixado sem lascas e cantos bem arredondados brinquedos de atirar em alvos
devem ter ventosas para proteger as pontas das setas cordas fios ou barbantes
devem ter no maximo 30cm de comprimento para evitar acidentes onde brinquedos
com rufdos muito fortes podem prejudicar a audicao brinquedos eletricos devem ter
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
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Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
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Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
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em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
52
sempre a supervisao de um adulto principalmente S8 utilizados par crianyas
menores de oita anos
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
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Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
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1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
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Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
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56
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Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
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SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
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em 23082004
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
53
CONCLusAo
Ao concluir este trabalho percebe-se a importancia do professor de
constantemente S8 questionar em porque educar 0 que ensinar e principalmente em
como ensinar Na busca de respostas a estes requisitos ele certamente vai S8
deparar com as teorias da educac8o Indo al8m do apenas ensinar 0 professor S8
defronta com a aluno e diante dele faz-se necessaria uma reflexao deste individuo
sua vida em sociedade sua caracteristica familiar e suas habilidades motoras e de
aprendizado
o trabalho esta direcionado ao estudo dos resultados dos estimulos
externos na crianya de 0 a 2 anos sugerindo para isto a implantaryao e 0 usa da
brinquedoteca e do espaco Iud ice como ferramenta de ensina Porem e impassive I
deixar de lade a irnportancia didatico-pedag6gica desta inter-rela~ao A crian~a de 0
a 2 anos apresentada por Piaget passa por diversos estagios de aprendizagem
sensariais e rnotoras ela possui uma linguagem propria que vai se aprimorando
inicialrnente atraves de reflexos evoluindo a ponto de desenvolver suas
combina~6es mentais urn peri ado onde a brincadeira e 0 envolvimento emocional
do adulto que cuida desta crian~a vaG sendo assinalados servindo de contribui~ao
na forma~ao intelectual deste individuo 0 trabalho apresenta tambem a importancia
do envolvimento emocional neste processo apoiada na tearia da inteligencia
emocional proposta par Gardner
A brinquedoteca e uma proposta positiva pois atende aD desenvoivimento
das potenciaiidades das crianas e um mundo novo a ser descoberto peia criana
desafia a crian~a a alcan~ar nfveis de desempenho que somente a experimenta~ao
e possivei de conceder Aiem disto a brinquedoteca quando pedagogicamente
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
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BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
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1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
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VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
54
estruturada levando-se em conta quest5es de seguran9a de adequa9ao a idade
respectiva e uma forma de fazer com que 0 ato de aprender se tome algo natural
E diante disto que 0 fazer pedagogico se desenvolve que 0 papel do
educando ultrapassa a barre ira do metoda estagnado S8 aprimorando no tempo
assumindo uma postura responsavel diante do ensinar
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES Celso Jogos para eslimulaqao das multiplas intefigmcias 4 ed
Petropolis Vozes 1998
BASSEDAS Eulalia HUGUET Teresa SOLE Isabel Aprender e ensinar na
Educaqao InfantilPorto Alegre Artes Medicas 1999
BEE Helen A Crianqa em Oesenvolvimento 7 ed Porto Alegre Artes Medicas
1996
CUNHA Nylse H S Brinquedoteca Um mergulho no brincar 2 ed Sao Paulo
Maltase 1994
DAVID Elkind Crianqas e adolescentes Ensaios Interpretativos sabre - Piagel 3
ed Rio de Janeiro lahar 1978
FRIEDMANN ADRIANA ret all 0 Oireito de Brincar a brinquedoteca 3 ed Sao
Paulo Scritta Abrinq 1996
GOLEMAN Danielet al Espirito Crialivo Sao Paulo Cultrix 2000
GOLEMAN Daniel IntefigenciaEmocional 46 ed Rio de Janeiro Objetiva 1995
MUSSEN et all Desenvolvimento e Personafidade da Crianqa 4 ed
Sao PauloHarper amp Row do Brasil 1974
Melhoramentos dicionario da lingua portuguesa 1 ed Sao Paulo Melhoramentos1992
OLIVEIRA Maria Kohl Vygotky Aprendizado e desenvolvimento socio-historico 2
ed Sao Paulo SCipione 1995
56
BRASIL Ministerio da Educa~ao e do Desporto Secretaria de Educa~ao
Fundamental Referencial curricular nacional para educaqao infantil Ministerio da
Educa~ao e do Desporto Secreta ria de Educa~ao Fundamental Brasilia MECSEF
1998 Volume 1 Introdu~ao
RODRIGUES MARIA 0 Desenvolvimento do pre-escolar e 0 jogo Sao Paulo
leone 1992
SANTOS Santa Maria Pires et all Brinquedoteca Sucata vira Brinquedo Porto
Alegre Artes Medicas 1995
VYGOTSKY LS A forma9iiosocial da menteO desenvolvimento dos processos
psicol6gicos superiores Sao Paulo Martins Fontes 1994
VYGOTSKY LS et all Linguagem desenvolvimento e aprendizagem 5 ed Sao
Paulo icone 1988
INMETRO Fiscaliza~ao Disponivel em
httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
PROCON BrinquedosDisponivel em httpwwwpbhgovbrproconbrinquedospdf
acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
55
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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httpwwwinmetrogovbrfiscalizacaotreinamento2003Ibrinquedo2003pdf Acesso
em 23082004
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acesso em 23082004
VAZ Jose Carlos Brincar e urn direito da Crian~a Disponivel em
httpfederativobndesgovbrdicasD022htm Acesso 28082004
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