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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
OS BENEFÍCIOS DA DANÇA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DO PÚBLICO
IDOSO PRATICANTES DE DANÇA DO PROJETO DE BEM COM A VIDA
NATAL/RN 2017
PAULA SUELY DA COSTA ESTEVAM
OS BENEFÍCIOS DA DANÇA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DO PÚBLICO IDOSO PRATICANTES DE DANÇA DO PROJETO DE BEM COM A VIDA
Trabalho apresentado como método avaliativo para a Conclusão de Curso de Educação Física - Bacharelado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
ORIENTADORA: Profa. Dra. Rosie
Marie Nascimento De Medeiros
NATAL/RN
2017
TERMO DE APROVAÇÃO
PAULA SUELY DA COSTA ESTEVAM
OS BENEFÍCIOS DA DANÇA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DO PÚBLICO IDOSO PRATICANTES DE DANÇA DO PROJETO DE BEM COM A VIDA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Educação Física Bacharelado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito à obtenção do título de grau de superior em Educação Física, pela seguinte banca examinadora:
____________________________________ Profa. Dra. Rosie Marie Nascimento De Medeiros - Departamento de
Educação Física da Universidade Federal, UFRN.
_______________________________ Prof. Leandro Medeiros Da Silva – Especialização – Universidade Potiguar,
UnP
___________________________________ Profa. Dra. Maria Isabel Brandão de Souza Mendes - Departamento de
Educação Física da Universidade Federal, UFRN.
Natal/RN, Dezembro de 2017
Dedico primeiramente a Deus, pois sem Ele não chegaria onde cheguei e
a minha família, por acreditar e apoiar meus sonhos.
AGRADECIMENTOS A minha orientadora, Profa. Rosie Marie Nascimento De Medeiros, pelo acompanhamento e orientação. As minhas queridas amigas, Narjara Carvalho e Pollyanna Bezerra, que estiveram ao meu lado em toda essa jornada. Ao meu querido e estimado amigo Diego Otaviano, por todo apoio, dedicação e paciência. Aos queridos professores Leandro Medeiros Da Silva e Maria Isabel Brandão de Souza Mendes, por participarem da banca e serem parte essencial nesse trabalho. As minhas amigas do peito Amanda de Morais e Dayenne Laurentino, que mesmo distantes se fazem presentes com todo apoio psicológico. Ao curso de Educação Física do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por me tornar capaz de chegar até aqui.
Senhor, fazei de mim como as ondas do mar que fazem de cada recuo um impulso para ir mais adiante.
Cecília Meireles
Resumo O presente trabalho se propõe a produzir uma pesquisa descritiva
utilizando o método de estudo transversal para o Curso Superior de Educação
Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte com o tema “OS
BENEFÍCIOS DA DANÇA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DO PÚBLICO
IDOSO PRATICANTES DE DANÇA DO PROJETO DE BEM COM A VIDA”,
buscando compreender a importância de inserir a dança no cotidiano dos
idosos e identificar os benefícios proporcionados nas capacidades funcionais
pela mesma. Participaram da pesquisa 40 idosos, de 60 a 85 anos. Divididos
em dois grandes grupos, 20 sedentários e 20 que praticam dança. Foram
aplicados dois questionários que avaliariam a capacidade funcional e o nível de
independência. Verificou-se que os idosos que praticam dança apresentam
melhores resultados nas capacidades funcionais, menores riscos de doenças,
melhor desempenho físico, mantendo a autonomia e independência na terceira
idade.
Palavras chave: Dança. Idoso. Capacidade funcional
Abstract
A descriptive research using the cross-sectional study was proposed
for the Physical Education Degree at the Federal University of Rio Grande do
Norte. The study “THE BENEFITS OF DANCE IN THE FUNCTIONAL
CAPACITY OF THE OLD PUBLIC DANCE PRACTICERS OF THE PROJECT
WELL WITH LIFE”, seeks to understand the importance of inserting the dance
in the daily life of the elderly and to identify its benefits in the functional
capacities. Forty elderly, between 60 and 85 years old participated to
descriptive research and were divided into two large groups: one these with 20
sedentary elderlies and the other one with 20 elderlies that dance. It was
applied two interviews that evaluated the functional capacities and the level of
independence and it was verified that elderlies that practice dance present
better results in the functional capacities, less risks to contract diseases and
better physical perfomance, keeping the independence in the third age.
Keywords: Dance, Elderly, Functional Capacity.
Lista de gráficos
GRÁFICO 01 – IDOSOS ATIVOS - SEXO ........................................................................ 25 GRÁFICO 02 – IDOSOS ATIVOS - IDADE. ...................................................................... 25 GRÁFICO 03 – IDOSOS ATIVOS – TEMPO DE ATIVIDADE FÍSICA ............................... 25 GRÁFICO 04 – IDOSOS ATIVOS - DOENÇA................................................................... 26 GRÁFICO 05 – IDOSOS SEDENTÁRIOS - SEXO ............................................................ 26 GRÁFICO 06 – IDOSOS SEDENTÁRIOS - IDADE ........................................................... 26 GRÁFICO 07 – IDOSOS SEDENTÁRIOS – DOENÇA ...................................................... 27 GRÁFICO 08 –TESTE DE BONFAQ IDOSOS ATIVOS – CLASSIFICAÇÃO.................. 28 GRÁFICO 09 – TESTE DE BONFAQ IDOSOS SEDENTÁRIOS– CLASSIFICAÇÃO....... 28 GRÁFICO 10 – TESTE BARTHEL IDOSOS ATIVOS – CLASSIFICAÇÃO ....................... 29 GRÁFICO 11 – TESTE BARTHEL IDOSOS SEDENTÁRIOS – CLASSIFICAÇÃO .......... 30 GRÁFICO 12 – COMPARAÇÃO DOS DOIS GRUPOS - BONFAQ .................................. 30 GRÁFICO 13 – COMPARAÇÃO DOS DOIS GRUPOS – TESTE DE BARTHEL .............. 31
SUMÁRIO
1. Introdução..............................................................................................................13
2. Objetivo................................................................................................15
3. Justificativa..........................................................................................15
4. Metodologia.........................................................................................16
4.1 Tipo de pesquisa...........................................................................16
4.2 População e amostra....................................................................17
5. Revisão da Literatura..........................................................................17
5.1 O que é atividade física?..............................................................17
5.2 A Importância da atividade física................................................18
5.3 A Importância de atividade física para os idosos......................19
5.4 O que é a Capacidade Funcional para o idoso?........................20
5.5 O que é dança?..............................................................................21
5.6 Dança como atividade física........................................................22
5.7 Os benefícios da dança para o idoso..........................................23
6. Coleta de Dados..................................................................................24
7. Resultados...........................................................................................24
7.1 Perfil dos participantes ativos.....................................................25
7.2 Perfil dos participantes sedentários............................................26
7.3 Resultados do teste de Bonfaq nos idosos ativos – capacidade funcional...............................................................................................27
7.3.1 Resultados do teste de Bonfaq nos idosos sedentários – capacidade funcional..........................................................................28
7.4 Resultados do teste de Barthel nos idosos ativos – escala de independência.....................................................................................29
7.4.1 Resultados do teste de Barthel nos idosos sedentários – escala de independência....................................................................29
7.5 Avaliação geral da capacidade funcional – Teste de
Bonfaq..................................................................................................30
7.5.1 Avaliação geral da escala de independência – Teste de Barthel..................................................................................................31
8. Discussão..............................................................................................32
9. Conclusão............................................................................................33
Referências..........................................................................................34
Anexos.................................................................................................37
13
1. INTRODUÇÃO
A população idosa no Brasil cresce a cada dia, estamos caminhando
para um envelhecimento demográfico, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, o índice de mortalidade vem decaindo nos
últimos anos. As pessoas estão chegando a idades mais avançadas com mais
frequência, e é necessário garantir a toda essa população idosa um
envelhecimento mais saudável. Diante da nova realidade existente, torna-se
necessário uma maior dedicação para a promoção da saúde e qualidade de
vida que os idosos têm e passarão a ter. A qualidade de vida dos idosos está
diretamente relacionada com a sua saúde, acreditando-se que o ser humano
em geral tem uma boa vida quando possui saúde física e mental.
O envelhecimento é um processo biológico natural, com o avanço
cronológico da idade é comum que nosso corpo sofra algumas alterações,
como a depreciação de funções físicas, como nos sistemas osteomuscular,
cardiorrespiratório e nervoso. A atividade física busca minimizar as
consequências dessas perdas, proporcionando um envelhecimento mais
saudável e independente. O envelhecimento produz perda progressiva das
aptidões funcionais e da integração social, e a dança vem contribuir na melhora
e/ou manutenção dessas perdas, refletindo positivamente na qualidade de vida
dos idosos. Envelhecimento et al. (2013)
A promoção à saúde dos idosos é incentivada de várias maneiras
através de atividades, que podem ter papéis que vão além do bem estar físico.
Tais atividades estão normalmente relacionadas com atividades físicas,
atividades manuais, grupos de viagens, entre outros, que se tornam uma
associação do lazer em decorrência da necessidade da socialização do idoso.
Atualmente existem várias modalidades físicas que podem ser voltadas
para promoção à saúde, cada uma oferecendo características especificas, que
vão de acordo com a necessidade e gosto de cada pessoa, musculação,
corrida, artes marciais, treino funcional, yoga, natação e dança, são alguns
exemplos de atividades que produzem movimentos corporais e resultam no
gasto de energia, queima calórica e melhoram a função cardiorrespiratória.
14
Dentre essas modalidades supracitadas, voltaremos o nosso olhar para
a dança e seus possíveis benefícios para os idosos. Segundo Okuma (1998), a
dança é a melhor opção para grupos de idosos, pois facilita o convívio em
grupo, a integração e o fortalecimento de amizades, além da ocupação do
tempo livre, evitando angústias e incertezas. (Fafibe 2013) A dança, na verdade, acompanha o homem desde sua aparição e em
sua organização social. Foram diversas as formas pelas quais esta atividade se
manifestava no homem, ele dançava como meio de comunicação,
acasalamento, interação de grupos, relações e etc. A dança era parte viva e
funcional das comunidades, uma verdadeira reação e interação com o universo
no qual se vivia. A dança percorreu um longo caminho até chegar à
profissionalização. Amaral (2009) Desse modo percebe-se que a dança é
própria do homem, um canal de expressão. Acredita-se que a dança proporciona a sociabilização e faz com que seu
participante seja uma pessoa mais motivada, independente do sexo e da idade.
(LEME, 2011). E quais danças podem ser praticadas por idosos? Todos os
estilos de dança podem ser adaptados para o público idoso, sendo removidos
os movimentos que gerem qualquer risco físico, entretanto as adaptações
serão feitas conforme a capacidade física de cada um, sua disponibilidade e
preferência. Alguns dos estilos que podem ser utilizados na prática são: dança
folclórica, zumba, bolero, forró, dança de roda, danças populares ou dança do
ventre.
A dança desenvolve a coordenação motora, agilidade, ritmo e percepção
espacial, desperta e aprimora musicalidade corporal de forma inteligente e
natural, permitindo uma melhora na autoestima e a ruptura de diversos
bloqueios psicológicos, possibilita o convívio e o aumento do rol de relações
sociais, torna-se uma opção de lazer e promove inclusive melhora de doenças
e outros problemas. (GOBBO, 2005).
Estudos realizados comprovam que a capacidade funcional é útil para
avaliar o estado de saúde dos idosos, tendo em vista as repercussões do
aumento de sua expectativa de vida e as novas repercussões sobre o cotidiano
desses indivíduos. A capacidade funcional pode ser avaliada com enfoque em
dois domínios: as atividades básicas da vida diária, também chamadas de
15
atividades de autocuidado ou de cuidado pessoal e as atividades instrumentais
da vida diária, também denominadas de habilidades de mobilidade ou de
atividades para manutenção do ambiente. Duca, Silva e Hallal (2009).
Acredita-se que o envelhecimento ativo é o processo de otimização das
oportunidades de saúde, de participação e de segurança, com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida das pessoas à medida que ficam mais velhas.
Brandão (2009).
Nesse sentido indagamos: Qual a importância de trabalhar a dança com
os idosos? Quais os benefícios que a dança pode proporcionar na capacidade
funcional dos idosos?
2. OBJETIVOS
Compreender a importância de inserir a dança no cotidiano dos idosos e
identificar os benefícios proporcionados nas capacidades funcionais pela dança
3. JUSTIFICATIVA
Vejo a dança como uma atividade Física completa. Sendo o campo de
atuação da educação física demasiado abrangente, fazendo da dança uma das
nossas ferramentas de trabalho na promoção a saúde, resolvi investigar os
benefícios que a dança pode trazer aos seus praticantes. Por forte apreço a
população idosa e reconhecendo suas fragilidades e limitações físicas, ciente
da relevância que a atividade física oferece a esse grupo, resolvi focar minha
pesquisa nessa área. A dança faz parte da minha vida desde a infância, foi um
dos motivos que me levou a cursar Educação Física, logo quis unificar a dança
com os idosos, estudando como a dança poderia melhorar a qualidade de vida
deles, assim como melhora a minha.
Proporcionar mais qualidade de vida aos idosos, promovendo um
envelhecimento saudável, auxiliando nas atividades diárias por meio da dança.
Com base no crescimento constante da população idosa, há uma necessidade
de novas contribuições para o mercado. Sendo o público o idoso parte
16
relevante da sociedade, acredita-se na importância de estudos que possam
esclarecer os benefícios que a dança pode proporcionar ao idoso.
Muitas das doenças que comumente acompanham a velhice podem ser
prevenidas ou retardadas com a prática de atividades físicas. A dança é uma
atividade que trabalha com o corpo de forma completa, sendo uma ótima
atividade para auxiliar no cotidiano dos idosos, promovendo uma melhora das
funções funcionais diárias e autoestima.
Numa perspectiva de promoção a saúde, a dança é uma atividade que
contribui com o cognitivo, o condicionamento físico, as habilidades motoras e o
convívio social. Devido as suas características, a dança pode assumir um papel
importante na promoção da saúde dos idosos. O processo de envelhecimento
ocasiona várias mudanças no âmbito da saúde, como: limitações físicas, tempo
de reação (reflexo), perda da força e massa muscular, entre outras, em
consequência disso é importante que haja programas de assistência voltados
para os idosos.
Acreditando na relevância teórica deste estudo para que por meio dele
possa haver uma maior elucidação no tocante aos assuntos relacionados à
qualidade de vida do idoso, de maneira mais específica através da dança,
como meio de promoção a saúde. O acervo é muito restrito, o presente estudo
pretende contribuir com a comunidade acadêmica, explanando sobre temas
diversos que poderão servir de base teórica para profissionais que se dedicam
ao trabalho com idosos.
4. METODOLOGIA
4.1 TIPO DE PESQUISA
• Descritiva.
• Levantamento. • Estudo transversal.
17
As pesquisas descritivas têm o objetivo bem estipulado, procedimentos
estruturados e direcionados para solucionar um problema ou fazer uma
avaliação. (MATTAR, 2005).
Levantamento: é a interrogação direta das pessoas cujo comportamento
se deseja conhecer. Procede-se à solicitação de informações a um grupo
significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida,
mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos
dados coletados. Quanto o levantamento recolhe informações de todos os
integrantes do universo pesquisado, tem-se um censo. (GIL, 2008).
Os estudos transversais consistem em uma ferramenta de grande
utilidade para a descrição de características da população, para a identificação
de grupos de risco e para a ação e o planejamento em saúde. (BASTOS;
DUQUIA, 2007).
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população dessa pesquisa trata-se de dos grupos idosos, acima de 60
anos, sedentários e praticantes de dança (que frequentam aulas de dança
regularmente) na cidade de Natal/RN.
• População 1: Idosos sedentários
• População 2: Idosos praticantes de dança
• Amostra 1: 20
• Amostra 2: 20
• Critério de amostragem não probabilístico.
5. REVISÃO DE LITERATURA
5.1 O que é atividade física?
Para a organização Mundial de Saúde (OMS), atividade física é qualquer
movimento produzido pela musculatura esquelética que resulte em um gasto
energético.
18
Para a Oncofisio, atividade física é simplesmente o movimento do corpo
que consome energia, andar, subir escadas, jogar futebol, trabalhar no jardim
ou dançar são bons exemplos de atividades físicas. Segundo Fox (1998), a
atividade física propõe melhorias no sistema imunológico, cardíaco, vascular,
muscular, auxilia no controle de peso, previne contra a diabetes, aumenta a
autoestima e o bem estar, controla o estresse e facilita as atividades cotidianas.
Ultimamente a sociedade vem adotando um estilo de vida cada vez mais
saudável, buscando melhorar a qualidade de vida. A prática de atividades
físicas é um dos meios mais utilizados para quem busca uma vida saudável.
A prática de atividade física também promove a melhora da composição
corporal, a diminuição de dores articulares, o aumento da densidade mineral
óssea, a melhora da utilização de glicose, a melhora do perfil lipídico, o
aumento da capacidade aeróbia, a melhora de força e de flexibilidade, a
diminuição da resistência vascular. E, como benefícios psicossociais
encontram-se o alívio da depressão e aumento da autoconfiança. Franchi e
Montenegro (2005).
Atualmente, está comprovado que quanto mais ativa é uma pessoa
menos limitações físicas ela tem. Dentre os inúmeros benefícios que a prática
de exercícios físicos promove, um dos principais é a proteção da capacidade
funcional em todas as idades, principalmente nos idosos. Franchi e Montenegro
(2005).
5.2 A Importância da atividade física
“A prática regular de determinada atividade física reduz
substancialmente o risco de morrer de doença cardíaca coronária e diminui o
risco de infarto, câncer de cólon, diabetes e pressão alta entre outras doenças.”
(ALVES, 2012). A prática de atividades físicas diminui os riscos de doenças,
sendo ela imprescindível na vida humana, uma vida ativa é sinônimo de uma
vida saudável. A prática de exercícios regulamente ajuda a manter uma boa
saúde física e mental. A inatividade física torna-se prejudicial à saúde do
indivíduo, pois ele aumenta suas chances de desenvolver doenças cardíacas,
diabetes e problemas de pressão.
19
O exercício físico leva o indivíduo a uma maior participação social,
resultando em um bom nível de bem-estar biopsicofísico, fatores esses que
contribuem para a melhoria de sua qualidade de vida. Cheik et al. (2003) As
pessoas que adotam uma vida ativa possuem uma vida mais saudável.
Segundo a OMS saúde é definida como um estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não somente ausência de doenças.
Durante a realização de exercício físico, ocorre liberação da endorfina e
da dopamina pelo organismo, propiciando um efeito tranquilizante e analgésico
no praticante regular, que frequentemente se beneficia de um efeito relaxante
pós-esforço e, em geral, consegue manter-se um estado de equilíbrio
psicossocial mais estável frente às ameaças do meio externo. Cheik et al.
(2003) O bem estar promovido pela atividade física, dura horas mesmo após a
prática, devido aos hormônios liberados, deixando o indivíduo mais feliz.
5.3 A Importância de atividade física para os idosos
À medida que o tempo vai passando o organismo vai ficando
desgastado e vai perdendo sensibilidade, mobilidade e flexibilidade, a adoção
de um estilo de vida ativo promoverá um envelhecimento mais saudável e
qualitativo (Scherer, 2013). Corazza (2001) acredita que os benefícios
propostos aos idosos que praticam uma atividade física regular, vão além de
aspectos fisiológicos, o psicológico e o social também são desenvolvidos. O
convívio com outras pessoas que o idoso possa conversar contribui para suas
relações sociais e pessoais, proporcionando ao idoso um ambiente mais
confortável que ele poderá interagir sem sentir-se deslocado.
É muito importante que os idosos adotem um estilo de vida saudável,
com a prática de alguma atividade física, a fim de prevenir doenças e
enfraquecimento muscular, que impedem um envelhecimento saudável. O
exercício físico pode ser usado no sentido de retardar e, até mesmo, atenuar o
processo de declínio das funções orgânicas que são observadas com o
envelhecimento, pois promove melhoras na capacidade respiratória, na reserva
20
cardíaca, no tempo de reação, na força muscular, na memória recente, na
cognição e nas habilidades sociais. Cheik et al. (2003)
Jacob Filho (2006) Acredita que
Com a evolução do conhecimento gerontológico,
tornou-se mais evidente que o determinante maior
do estado de saúde não é um órgão ou sistema
isoladamente, mas o estado funcional do conjunto,
nele incluindo os aspectos emocionais e
ambientais, corroborando o conceito amplificado
emitido pela OMS em 1947, no qual “saúde é um
estado de pleno bem-estar físico, psíquico e
social”.
A atividade física desempenha importante papel na recuperação das
aptidões. Dentre todas as técnicas utilizadas, detecta-se que aquelas que
provocam aumento de força e elasticidade muscular são as que permitem
maior adaptação às limitações existentes. Jacob Filho (2006) Com os
alongamentos obtidos através da dança existe uma melhora na flexibilidade e
no tônus muscular, os músculos ganham mais força para realizar movimentos
funcionais.
5.4 O que é a Capacidade Funcional para o idoso?
Capacidade funcional (CF) pode ser definida como a eficiência do idoso
em corresponder às demandas físicas do cotidiano, que compreende desde as
atividades básicas para uma vida independente até as ações mais complexas
da rotina diária. Câmara et al. (2008) é importante para a saúde do idoso que
ele seja capaz de realizar atividades de modo autônomo, pois permanece a
ideia de utilidade, o idoso não precisa achar que se tornou um fardo para sua
família, realizando a maioria das suas atividades sem auxilio, ele trabalha e
desenvolve mais sua capacidade funcional.
Por capacidade funcional entende-se o desempenho para a realização
das atividades do cotidiano ou atividades da vida diária. Franchi e Montenegro
(2005).
21
A capacidade funcional é um importante indicador do estado de saúde e
seu declínio está associado à mortalidade neste grupo etário. Duca, Silva e
Hallal (2009).
Um estilo de vida fisicamente inativo pode ser causa primária da
incapacidade para realizar atividades da vida diária, porém de acordo com seu
estudo, um programa de exercícios físicos regulares pode promover mais
mudanças qualitativas do que quantitativas, como por exemplo, alteração na
forma de realização do movimento, aumento na velocidade de execução da
tarefa e adoção de medidas de segurança para realizar a tarefa. Além de
beneficiar a capacidade funcional, o exercício físico promove melhora na
aptidão física. No idoso os componentes da aptidão física sofrem um declínio
que pode comprometer sua saúde. A aptidão física relacionada à saúde.
Franchi e Montenegro (2005).
5.5 O que é dança?
A dança pode ser caracterizada como uma expressão corporal em que
vivenciamos emoções, alegria e liberdade. Ela é uma das artes mais antigas
que se conhece. Segundo Guimarães (2003 apud GARCIA et. al, 2009), a
dança está presente desde os primórdios como forma de manifestação natural
e ritual, promovendo o desenvolvimento integral do ser humano.
Silva & Mazo (2007) afirmam que a dança é uma arte que se desenvolve
no espaço e no tempo, expressa sensibilidade por meio do movimento corporal
e se utiliza de linguagens sonora, visual e tátil. Portanto, esse tipo de atividade
física também é uma atividade de expressão, em que se movimenta o corpo e
se expressa à alma.
Dançar é próprio do homem, antes de definirem a dança, ela já existia, a
união da música e do movimento que concedem vida a dança. Ao se descobrir
a melodia, sons, ritmos e movimentos o homem começou a dançar (Garcia e
Haas, 2003). A dança é como o espelho da alma, nela se expressa os mais
verdadeiros sentimentos, une-se a arte e a emoção. Esta intrínseca no ser
humano desde a antiguidade, todavia com a evolução a dança foi perdendo
sua essência na sociedade moderna.
22
5.6 Dança como atividade física
A dança é uma ótima maneira de queimar calorias e se divertir ao
mesmo tempo, é uma prática completamente social, agradável e extremamente
prazerosa, envolve coordenação motora, agilidade, equilíbrio, força e
flexibilidade (DULTRA 2012). Dança é um dos meios mais adotados de
atividades físicas, pois exercita o corpo, eleva à frequência cardíaca, melhora a
postura, produz bem estar generalizado e também por ser uma atividade
completamente democrática, com poucas restrições, baseada nas inúmeras
modalidades que se ofertam.
De acordo com Camila Saipp (2012 p.1)
A dança, além dos benefícios estéticos, proporciona doses de relaxamento e diversão,
trazendo ao aluno uma diversidade de exercícios que ele não encontraria em mais nenhum
esporte. Além disso, por envolver música associada ao movimento e expressão corporal,
traz ao praticante, a sensação de liberdade e
vivências diferentes com o corpo.
A dança atualmente, além de ser uma atividade física lúdica,
proporciona a comunicação através de gestos do corpo. Souza et al. (2010)
Essa arte transforma o corpo em um canal de comunicação, as expressões
corporais proporcionadas pela dança, faz com que seus praticantes tenham um
maior domínio sobre seus corpos. Desse modo a dança garante a manutenção
da saúde e a socialização, contribuindo para uma vida saudável e plena.
Percebe-se que a dança não é uma atividade física que exercita apenas
os músculos, mas também a mente.
A dança tem como objetivo trabalhar o organismo do individuo
harmoniosamente, respeitando as suas emoções, o seu estado fisiológico,
desenvolvendo habilidades motoras, o autoconhecimento e ainda possibilitando
benefícios como: prevenção e combate a situações estressantes; estimular a
oxigenação do cérebro; melhorar o funcionamento das glândulas; reforçar os
músculos e a proteção das articulações; auxiliar no aumento do desempenho
23
cognitivo, da memória, da concentração e da atenção, proporcionar
cooperação, colaboração, contato social; estimular a criatividade, a melhora da
autoestima, da autoimagem e o resgate cultural. (Souza et al. 2010).
5.7 Os benefícios da dança para o idoso
A dança é uma e das atividades físicas preferidas pelos idosos (SILVA;
IWANOWICZ, 1998); Ela não oferece problemas com faixa etária e nem
distinção de sexo, é um lugar em que ajuda os idosos e se socializarem e
trabalharem em grupo, a atividade é procurada por idosos por ser uma prática
que trabalha com adaptação. Os indivíduos idosos não acompanham mais o
ritmo da sociedade, logo eles procurarão atividades que se adaptem com mais
facilidade as suas limitações (Connor, 2000). A experiência da dança para os
idosos não se limita apenas na prática do exercício físico, é uma oportunidade
de lazer e diversão do idoso. Além disso, mesmo com o envelhecimento terá a
sensação de renovo e disposição.
Segundo Souza et al. (2010)
Como atividade física, a dança talvez seja a mais
completa de todas, por dar manutenção da força
muscular, sustentação, equilíbrio, potência
aeróbica, movimentos corporais de total amplitude
e mudanças do estilo de vida.
Com base no pensamento de Souza, a dança torna-se uma atividade
perfeita para os idosos, seus benéficos são inúmeros e atingem principalmente
as maiores necessidades advindas com a idade. A dança também permite que
o idoso descubra a capacidade de suas articulações, os seus limites, o prazer
de poder extravasar suas emoções e seus sentimentos através de seu corpo.
Souza et al. (2010)
Souza et al. (2010) O corpo dos idosos é afetado de um modo geral,
sendo que os membros inferiores são os mais prejudicados, pois com o passar
do tempo surgem limitações ligadas ao declínio das capacidades físicas,
24
perdas na aptidão funcional, entre outras, e a dança pode beneficiar os idosos,
retardando esses fatores que comprometem sua condição física. (BOCALINI,
SANTOS e MIRANDA, 2007).
6. COLETA DE DADOS
A coleta dos dados da pesquisa será obtida através da aplicação de dois
questionários:
• Questionário de Avaliação Funcional Multidimensional Brasileira OARS – BOMFAQ
(RAMOS, 1993).
• Escala de Barthel - Avaliação das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD)
O método da entrevista utiliza-se de uma pessoa entrevistada e um
entrevistador que faz nota dos dados obtidos; os questionários são lidos e
respondidos pela pessoa pesquisada. (MATTAR, 2005).
Assim serão aplicados os instrumentos citados, para que ocorra de
maneira satisfatória para a obtenção dos resultados.
7. RESULTADOS
Foram entrevistados 40 indivíduos idosos, de ambos os sexos, com
idades de 60 anos até 85 anos. Foram separados em dois grupos, ativos
praticantes de dança e sedentários.
Os idosos ativos foram os participantes do programa De Bem Com a
Vida, provido pela CAURN, e tem por objetivo melhorar a qualidade de vida dos
seus associados e controlar a diabetes e hipertensão, com acompanhamento
integral da saúde, com apoio de uma equipe multiprofissional.
25
Os idosos sedentários, que não praticam nenhuma atividade física,
foram escolhidos de forma aleatória, moradores da cidade de Natal/RN.
7.1 PERFIL DOS PARTICIPANTES ATIVOS
Divididos por sexo, predominou o sexo feminino. Sendo em número: 13
mulheres e 7 homens.
Gráfico 01 – Idosos ativos - Sexo
As idades foram de 60 anos até 79 anos. Sendo principalmente entre 60
anos a 64 anos
Gráfico 02 – Idosos ativos - idade.
Majoritariamente praticam dança há menos de 1 ano. Gráfico 03 – Idosos ativos – tempo de atividade física
65%35%
SEXOFEMININO MASCULINO
DE 60 À 64 ANOS55%
DE 65 À 69 ANOS25%
DE 70 À 74 ANOS10%
DE 75 À 79 ANOS10% IDADE
60%15%
25%
HÁ QUANTO TEMPO PRATICA ATIVIDADE FÍSICA?
ATÉ 1 ANO ATÉ 2 ANOS MAIS DE 2 ANOS
26
Dos idosos entrevistados, 80% possui alguma doença diagnosticada.
Sendo a hipertensão a principal entre elas e em seguida a diabetes. As demais
doenças que não foram especificadas no gráfico, na categoria Outras,
encontram-se: osteoporose, cardiopatia, câncer na tireoide, fibromialgia,
arritmia, hérnia de disco, aneurisma e câncer de ovário. 70% dos idosos fazem
uso de algum medicamento. Gráfico 04 – Idosos ativos - doença
7.2 PERFIL DOS PARTICIPANTES SEDENTÁRIOS
Divididos por sexo, continuou prevalecendo o sexo feminino, com: 14
mulheres e 6 homens. Gráfico 05 – Idosos sedentários - sexo
As idades foram de 60 anos até 85 anos. Sendo principalmente entre 65
anos a 69 anos. Gráfico 06 – Idosos sedentários - idade
HIPERTENSÃO30%
DIABETES26%ARTROSE
4%
DISLIPIDEMIA4%
HIPOTIREOIDISMO18%
OUTRAS18%
QUAL DOENÇA?
70%
30%
SEXOFEMININO MASCULINO
DE 60 À 64 ANOS25%
DE 65 À 69 ANOS30%
DE 70 À 74 ANOS20%
DE 75 À 79 ANOS20%
DE 80 À 85 ANOS5%
IDADE
27
Assim como o outro grupo, 80% dos idosos possui alguma doença
diagnosticada. A hipertensão ocupa a segunda posição, com 20% dos
entrevistados, logo em seguida a diabetes com 12%. A categoria Outras ficou
com quase 50%, entre elas estão: osteoporose, arritmia, hérnia de disco,
problemas de próstata e vesícula. 75% dos idosos fazem uso de algum
medicamento. Gráfico 07 – Idosos sedentários – doença
7.3 RESULTADOS DO TESTE DE BONFAQ NOS IDOSOS ATIVOS – CAPACIDADE FUNCIONAL
O teste visa avaliar o nível de dificuldade nas tarefas da vida diária. São
realizadas 15 perguntas de atividades cotidianas, e com base nas respostas,
os indivíduos são classificados de acordo com o número de atividades
comprometidas.
0 atividades comprometidas – Sem comprometimento
1 – 3 atividades comprometidas – Comprometimento leve
4 – 6 atividades comprometidas – Comprometimento moderado
Mais de 6 atividades comprometidas – Comprometimento grave
Algumas atividades como: pentear o cabelo, andar em local plano,
tomar banho, ir ao banheiro, andar perto de casa, fazer compras e preparar
refeições, eles não apresentaram nenhuma dificuldade.
HIPERTENSÃO20%
DIABETES12%
ARTRITE3%
ARTROSE6%
DISLIPIDEMIA9%
DEPRESSÃO3%
OUTRAS47%
QUAL DOENÇA?
28
Gráfico 08 – Idosos ativos: Teste de Bonfaq – Classificação
65% dos idosos ativos não apresentaram comprometimento e 35%
comprometimento leve. Nenhum deles apresentou comprometimento
moderado ou grave.
7.3.1 RESULTADOS DO TESTE DE BONFAQ NOS IDOSOS SEDENTÁRIOS – CAPACIDADE FUNCIONAL
Em todas as atividades os idosos apresentaram pelo menos algum leve
comprometimento.
Gráfico 09 – Idosos sedentários: Teste de Bonfaq – Classificação
Apenas 25% dos idosos não apresentaram comprometimento. Os outros
ficaram quase igualmente distribuídos em comprometimento leve (25%),
moderado (20%) e grave (30%).
65%
35%
0% 0%
CLASSIFICAÇÃO
SEM COMPROMETIMENTO
COMPROMETIMENTO LEVE
COMPROMETIMENTOMODERADO
COMPROMETIMENTO GRAVE
SEM COMPROMETIMENT
O25%
COMPROMETIMENTO LEVE
25%
COMPROMETIMENTO MODERADO
20%
COMPROMETIMENTO GRAVE
30%
CLASSIFICAÇÃO
29
7.4 RESULTADOS DO TESTE DE BARTHEL NOS IDOSOS ATIVOS – ESCALA DE INDEPENDÊNCIA
Avalia o nível de independência do indivíduo idoso, através das
atividades da vida diária.
O teste é composto por 10 perguntas e cada uma delas possui uma
pontuação conforme o nível de independência para determinada atividade.
100 pontos – Totalmente independente
Igual ou maior que 60 – Dependência leve
40 – 55 – Dependência moderada
20 – 35 – Dependência grave
Menor que 20 – dependência total
Atividades como banho, higiene pessoal, continência, sistema urinário,
uso do banheiro e mobilidade, todos os idosos entrevistados são
independentes. Gráfico 10 – Teste Barthel idosos ativos – Classificação
A maioria dos idosos ativos (65%) apresentou independência, os demais
(35%), apresentaram dependência leve.
7.4.1 RESULTADOS DO TESTE DE BARTHEL NOS IDOSOS SEDENTÁRIOS – ESCALA DE INDEPENDÊNCIA
Os idosos participantes da pesquisa não apresentaram nenhum nível de
dependência nas atividades: Banho e higiene pessoal.
35%
65%
CLASSIFICAÇÃODEPENDÊNCIA LEVE INDEPENDENTE
30
Gráfico 11 – Teste Barthel idosos sedentários – Classificação
A maioria dos idosos sedentários apresentaram dependência leve e
apenas 20% apresentou independência.
7.5 COMPARAÇÃO DOS DOIS GRUPOS – TESTE DE BONFAQ
Nessa fase da pesquisa, comparadas às respostas dos dois públicos
entrevistados.
Gráfico 12 – Comparação dos dois grupos - Bonfaq
80%
20%
CLASSIFICAÇÃODEPENDÊNCIA LEVE INDEPENDENTE
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Ativos Sedentários
COMPARAÇÃO DOS DOIS GRUPOS – TESTE DE BONFAQ
Sem comprometimento Comprometimento leveComprometimento moderado Comprometimento grave
31
Pelos gráficos percebe-se que os idosos praticantes de dança
apresentaram resultados mais positivos comparados aos idosos sedentários.
Nenhum idoso ativo foi classificado com comprometimento moderado ou
grave, com base no teste de Bonfaq.
O grupo dos idosos sedentários ficou com dividido quase igualmente nas
categorias do teste. Apenas 25% foi classificado sem comprometimento,
valor abaixo dos idosos que foram classificados com comprometimento
grave, 30%.
7.5.1 COMPARAÇÃO DOS DOIS GRUPOS – TESTE DE BARTHEL
Gráfico 13 – Comparação dos dois grupos – Teste de Barthel
Percebe-se que mais da metade do público sedentário possui uma
dependência leve, o triplo do valor dos independentes, que foram apenas 20%
ou seja, precisam de alguma ajuda para realizar determinada atividade básica
da vida diária.
Nos idosos ativos, apesar de 35% precisarem de algum auxilio para
realizar determinada atividade, 65% possuem uma vida independente, em
que podem realizar, até o presente momento, atividades da vida diária sem
ajuda de terceiros, fortalecendo assim sua autonomia.
35%
80%
65%
20%
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
Ativos Sedentarios
COMPARAÇÃO DOS DOIS GRUPOS – TESTE DE BARTHEL
Dependência leve Independente
32
8. DISCUSSÃO
Com base nos gráficos percebe-se que os idosos que praticam a dança
como atividade física possuem melhores desempenhos nas atividades
funcionais, contribuindo diretamente como sua independência. As atividades da
vida diária (AVD) são referidas como: tomar banho, vestir-se, levantar-se e
sentar-se, caminhar a uma pequena distância; ou seja, atividades de cuidados
pessoais básicos e, as atividades instrumentais da vida diária (AIVD) como:
cozinhar, limpar a casa, fazer compras, jardinagem; ou seja, atividades mais
complexas da vida cotidiana. Franchi e Montenegro (2005).
Todo o grupo apresentou algum tipo de doença, sendo as principais
diabetes e hipertensão, porém os idosos ativos relataram essas doenças mais
controladas. Nenhum dos idosos ativos relatou quadro de depressão.
Uma ação ou grupo de ações funcionais, realizada de maneira mais
rápida ou sustentada por mais tempo, remete ao potencial funcional do idoso.
Câmara et al. (2008). Um plano de treino para o indivíduo idoso, com base em
atividades que sejam mais agradáveis para ele, garantem atuações funcionais
aprimoradas no cotidiano.
A capacidade funcional é um importante indicador do estado de saúde e
seu declínio está associado à mortalidade neste grupo etário. Duca, Silva e
Hallal (2009). A independência tende a cair com o passar dos anos, o que afeta
inteiramente a qualidade de vida do idoso, pois ele pode passar a sentir-se
inútil por não ter condições de realizar certas atividades sozinho. A capacidade
funcional do idoso consiste em importante indicador do grau de independência.
Duca, Silva e Hallal (2009).
Apenas os idosos sedentários, através do teste de Bonfaq, foram
classificados com comprometimento grave, ou seja, possuem dificuldade em
seis ou mais atividades da vida diária, que influencia diretamente na
autonomia, pois eles necessitam de alguma ajuda externa.
A incapacidade funcional constitui um forte preditor de mortalidade na
população de idosos, devendo, portanto, ser incluída na rotina de avaliação
diagnóstica dos profissionais de saúde que lidam com este público-alvo. Duca,
Silva e Hallal (2009). Desse modo percebe-se a importância de avaliar as
33
capacidades funcionais dos idosos para oferecer uma melhora na qualidade de
vida e na independência.
9. CONCLUSÃO Conclui-se que, independente da prática de alguma atividade física, a
maioria dos idosos possui alguma dificuldade na capacidade funcional, porém,
os que praticam atividade física, no presente estudo a dança, apresentaram
melhores resultados nos testes aplicados através dos questionários utilizados,
que podem ser vistos nos gráficos acima.
É fácil perceber os benéficos que a dança pode proporcionar aos seus
praticantes. Dentre esses benefícios foi possível notar que além da melhora
física dos idosos eles apresentam uma melhor qualidade de vida social e
psíquica, pois a convivência com outras pessoas traz consigo a comunicação e
distração dos problemas e barreiras enfrentadas por eles e lhes permitem ter
momentos mais saudáveis e felizes.
Percebeu-se a importância de inserir a dança no cotidiano dos idosos e
os benefícios que a mesma traz capacidades funcionais, realizando tarefas do
dia a dia sem muitas dificuldades, dessa forma os idosos possuem um melhor
desempenho nas atividades da vida diária e permanecem com a autonomia
intacta.
Um envelhecimento saudável é essencial na vida de qualquer pessoa
idosa, a prática de qualquer atividade física garantirá uma melhor qualidade de
vida. É importante que a sociedade tenha consciência desses benéficos, para
que todos possam adotar um estilo de vida mais saudável e assim um
envelhecimento independente.
34
REFERÊNCIAS
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(Org.). População: Taxas brutas de mortalidade. 2015.
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Gerontologia Biomédica, Programa de Pós Graduação, Universidade
Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2009.
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formas de avaliação e tendências. Acta Fisiátrica, Campinas, v. 4, n.
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35
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• LEME, Lia Carla Gordon. AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE. In:
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delineamentos mais empregados em epidemiologia: estudo
36
transversal. Scientia Medica: regados... Bastos JLD, Duquia RP NOTAS DE EPIDEMIOLOGIA E ESTATÍSTICA, Porto Alegre, v. 17, n.
4, p.229-232, out/dez. 2007.
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CLÁSSICO. Revista Ensaio Geral, Belém, v. 1, n. 1, p.01-06, jun. 2009.
37
ANEXOS
38
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Tenho a satisfação de convidar VSa. para participar do projeto de pesquisa intitulado:
OS BENEFÍCIOS DA DANÇA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DO IDOSO,
sob responsabilidade da pesquisadora PAULA SUELY DA COSTA ESTEVAM.
Informo que o objetivo principal dessa pesquisa é: Compreender a importância de
inserir a dança no cotidiano dos idosos e identificar os benefícios proporcionados
nas capacidades funcionais pela dança, Sua participação consiste em: Responder os
questionários, segundo sua disponibilidade. As perguntas dos questionários referem-se a
dados sobre sua capacidade funcional nas atividades da vida diária. A sua participação
é muito importante na obtenção de dados para o referido projeto. Desejo ressaltar que
sua participação será mantida dentro do mais absoluto sigilo e sua privacidade estará
resguardada. Informo que os dados obtidos serão analisados e poderão ser divulgados a
comunidade científica por meio de artigo científico e apresentação da pesquisa.
Eu,___________________________________________________________________,
RG____________________, nascido em ___________________ e domiciliado em
Natal, município do Rio grande do Norte.
Declaro que concordo em participar como voluntário do projeto OS BENEFÍCIOS DA
DANÇA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DO IDOSO sob responsabilidade da
pesquisadora PAULA SUELY DA COSTA ESTEVAM. Declaro que fui
satisfatoriamente esclarecido que o estudo será realizado a partir da entrevista e
aplicação de questionários. Não haverá riscos para minha saúde e posso consultar a
pesquisadora responsável em qualquer época, pessoalmente ou por telefone, para
esclarecimento de qualquer dúvida. Estou livre para, a qualquer momento, deixar de
participar da pesquisa e que não preciso apresentar justificativas para isso. Todas as
informações por mim fornecidas e os resultados obtidos serão mantidos em sigilo e,
estes últimos serão utilizados apenas na comunidade acadêmica, sem a minha
identificação. Serei informado de todos os resultados obtidos, independentemente do
fato de mudar meu consentimento em participar da pesquisa. Não terei quaisquer
benefícios ou direitos financeiros sobre os eventuais resultados decorrentes da pesquisa.
Assim, consinto em participar do projeto de pesquisa em questão.
__________________________________ ________________________________
Voluntário Pesquisador
39
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PAULA SUELY DA COSTA ESTEVAM
FICHA DE DADOS
DATA: ____/____/______
NOME: _______________________________________________________________
SEXO: F ( ) M ( )
IDADE: _______________
1. PRATICA ALGUMA ATIVIDADE FÍSICA? SIM ( ) NÃO ( )
SE SIM, QUAL? ____________________ HÁ QUANTO TEMPO? _______________
2. PORTADOR DE ALGUMA DOENÇA DIAGNOSTICADA? SIM ( ) NÃO ( )
SE SIM, QUAL? ________________________________________________________
______________________________________________________________________
3. FAZ USO DE ALGUM MEDICAMENTO? SIM ( ) NÃO ( )
40
CAPACIDADE FUNCIONAL
“Brazilian OARS Multidimensional Functional Assessment Questionnaire – BOMFAQ” (RAMOS, 1993)
Agora eu gostaria de perguntar sobre algumas atividades e tarefas do seu dia a dia. Estamos interessados em saber se o (a) sr (a) consegue fazer estas atividades sem nenhuma necessidade de auxílio ou se precisa de alguma ajuda, ou se não consegue fazer tais atividades de forma nenhuma.
SEM
DIFICULDADE
COM DIFICULDADE Não
Respondeu POUCA MUITA
Deitar/Levantar – cama
Comer
Pentear cabelo
Andar no plano
Tomar banho
Vestir-se
Ir ao banheiro em tempo
Subir escada (1 lance)
Medicar-se na hora
Andar perto de casa
Fazer compras
Preparar refeições
Cortar unhas dos pés
Sair de condução
Fazer limpeza de casa
TOTAL
Não Sabe
41
O BOMFAQ (Ramos et al, 1993) avalia a dificuldade referida na
realização de 15 atividades de vida diária (AVD), validado previamente, sendo 8
atividades físicas de vida diária (AFVD): deitar / levantar da cama, comer,
pentear cabelo, andar no plano, tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro em tempo
e cortar unhas dos pés, e 7 atividades instrumentais de vida diária (AIVD): subir
escada (1 lance), medicar-se na hora, andar perto de casa, fazer compras,
preparar refeições, sair de condução e fazer limpeza de casa.
É quantificado o total de AVD que o paciente refere dificuldade para
realizá-las, ou seja, o total de atividades comprometidas. No instrumento
BOMFAQ, a dificuldade em desempenhar as tarefas cotidianas, quando
presente, é categorizada em “muita” e “pouca”, porém foi considera-se apenas
a presença ou não de dificuldade na atividade referida. Deve ser enfatizado
que a resposta deve ser em relação à capacidade atual referida pelo paciente e
não ao hábito de realizar determinada atividade, visto que, algumas atividades
instrumentais carregam consigo algumas características culturais relacionadas
ao gênero, como preparar refeição e fazer limpeza de casa. O objetivo é saber
se o paciente tinha capacidade motora para a realização das atividades.
Classificação dos indivíduos de acordo com o número de atividades
comprometidas: sujeitos sem comprometimento, ou seja, não relataram
dificuldade para a realização das 15 atividades, sujeitos que apresentaram de
uma a três atividades comprometidas (comprometimento leve), sujeitos que
apresentaram de quatro a seis atividades comprometidas (comprometimento
moderado) e por último, sujeitos que apresentaram sete ou mais atividades
comprometidas (comprometimento grave).
42
ESCALA DE BARTHEL
ALIMENTAÇÃO (10) INDEPENDENTE. Capaz de utilizar qualquer talher. Come em tempo razoável. (5) AJUDA. Necessita de ajuda para cortar, passar manteiga, etc. (0) DEPENDENTE. BANHO (10) INDEPENDENTE. Lava-se por completo em ducha ou banho de imersão, ou usa a esponja por todo o corpo. Entra e sai da banheira. Pode fazer tudo sem ajuda de outra pessoa. (0) DEPENDENTE. VESTIR-SE (10) INDEPENDENTE. Veste-se, despe-se e arruma a roupa. Amarra os cordões dos sapatos. Coloca cinta para hérnia ou o corpete, se necessário. (5) AJUDA. Necessita de ajuda, mas realiza pelo menos metade das tarefas em tempo razoável. (0) DEPENDENTE. ATIVIDADES ROTINEIRAS (10) INDEPENDENTE. Lava o rosto, as mãos, escova os dentes, etc. Barbeia-se e utiliza sem problemas a tomada, no caso de aparelho elétrico. (0) DEPENDENTE. INTESTINO (10) CONTINENTE. Não apresenta episódios de incontinência. Se são necessários enemas ou supositórios, coloca-os por si só. (5) INCONTINENTE OCASIONAL. Apresenta episódios ocasionais de incontinência ou necessita de ajuda para o uso de sondas ou outro dispositivo. (0) INCONTINENTE SISTEMA URINÁRIO (10) CONTINENTE. Não apresenta episódios de incontinência. Quando faz uso de sonda ou outro dispositivo, toma suas próprias providências. (5) INCONTINENTE OCASIONAL. Apresenta episódios ocasionais de incontinência ou necessita de ajuda para o uso de sonda ou outro dispositivo. (0) INCONTINENTE
43
USO DO TOILET (10) INDEPENDENTE. Usa o vaso sanitário ou urinol. Senta-se e levanta-se sem ajuda (embora use barras de apoio). Limpa-se e veste-se sem ajuda (5) AJUDA. Necessita de ajuda para manter o equilíbrio, limpar-se e vestir a roupa. (0) DEPENDENTE. TRANSFERENCIA DA CAMA PARA CADEIRA E VICE VERSA (15) INDEPENDENTE. Não necessita de qualquer ajuda, se utiliza cadeira de rodas, faz isso independentemente. (10) AJUDA MÏNIMA. Necessita de ajuda ou supervisão mínima (05) GRANDE AJUDA. É capaz de sentar-se, mas necessita de assistência total para a passagem. (0) DEPENDENTE. MOBILIDADE EM SUPERFÍCIES PLANAS (15) INDEPENDENTE. Pode caminhar sem ajuda por até 50 metros, embora utilize bengalas, muletas, próteses ou andador. (10) AJUDA. Pode caminhar até 50 metros, mas necessita de ajuda ou supervisão. (5) INDEPENDENTE EM CADEIRA DE RODAS. Movimenta-se na cadeira de rodas, por pelo menos 50 metros. (0) DEPENDENTE. ESCADAS (10) INDEPENDENTE. É capaz de subir ou descer escadas sem ajuda ou supervisão, embora necessite de dispositivos como muletas ou bengala ou se apoie no corrimão. (5) AJUDA. Necessita de ajuda física ou supervisão (0) DEPENDENTE. PONTUAÇÃO Total - 0 a 100 Dependência total – Menos de 20 pontos Dependência grave – De 20 a 35 pontos Dependência moderada – De 40 a 55 pontos Dependência leve – Maior ou igual a 60 pontos Independente – 100 pontos