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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
IALANA VITÓRIA DA COSTA GAMA
Instrumentos para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma revisão
sistemática
SANTA CRUZ - RN
2017
IALANA VITÓRIA DA COSTA GAMA
Questionários para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma
revisão sistemática
Artigo científico, apresentado a
Faculdade de Ciências da Saúde do
Trairi da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, para obtenção do
título de Bacharel em Nutrição.
Orientador: Profª. Dr. Anna Cecília
Queiroz de Medeiros.
SANTA CRUZ - RN
2017
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi -
FACISA
Gama, Ialana Vitória da Costa.
Instrumentos para avaliação de comportamentos alimentar no
Brasil: uma revisão sistemática / Ialana Vitória da Costa Gama. - Santa Cruz, 2017.
32 f.: il.
Artigo Científico (Graduação em Nutrição) - Faculdade de
Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Orientadora: Anna Cecília Queiroz de Medeiros.
1. Comportamento alimentar - Brasil. 2. Questionários. 3.
Instrumentos. 4. Psicométricos. I. Medeiros, Anna Cecília Queiroz
de. II. Título.
RN/UF/FACISA CDU 612.3(81)
IALANA VITÓRIA DA COSTA GAMA
Questionários para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma
revisão sistemática
Artigo científico, apresentado a
Faculdade de Ciências da Saúde do
Trairi da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, para obtenção do
título de Bacharel em Nutrição.
Aprovado em: ________ de __________________ de __________.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________. NOTA: __________
Profª. Dr. Anna Cecília Queiroz de Medeiros.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
___________________________________________________. NOTA: __________
Profª. Dr. Thaiz Mattos Sureira – Membro da banca.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
___________________________________________________. NOTA: __________
Profª. Dr. Luciane Paula Batista Araújo de Oliveira – Membro da banca.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, à Deus, pela vida, por todo o suporte e sabedoria.
Aos meus pais, Francisca Iolanda e Veríssimo Gama, que me forneceram
todo incentivo, amor, cuidado, apoio emocional e financeiro, contribuindo diretamente
para a minha formação acadêmica e pessoal. Ao meu irmão Carlos Gama que sempre
esteve ao meu lado com todo apoio e incentivo, virtualmente ou presencialmente.
A minha mãe de coração, Ideusa Gurgel, que esteve sempre me incentivando
e mostrando o melhor lado da vida, compartilhando da sua sabedoria e amor.
A minha orientadora Anna Cecília, que me acolheu com todo o seu carinho,
conhecimento e paciência, construindo e orientando a produção do artigo. Além disso,
agradeço por todos os conselhos e reuniões que sempre estiveram aliadas de
momentos alegres. Carrego comigo a admiração profissional e pessoal desta pessoa
incrível.
Aos professores, preceptores, colegas de turma e estágio, que contribuíram
de alguma forma para minha formação acadêmica, tornando a convivência leve e
gratificante.
Ao meu amigo/irmão de coração, Jarson Costa, que esteve comigo durante a
graduação e em âmbito externo à faculdade, compartilhando do seu cuidado, mais
próximo e intenso, e leveza ao ver a vida.
Aos meus amigos Renatha, Paulinha, Luis Henrique, Aline, Hugo, Débora,
Marise, Ana Paula, Paloma, Thiago, N. Júnior, Grasiela, Giordano, que foram
fundamentais na minha vivência em Santa Cruz e durante a graduação, tornando os
meus dias mais felizes e cheio de amor.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 7
MÉTODOS ................................................................................................................... 8
RESULTADOS ........................................................................................................... 12
DISCUSSÃO .............................................................................................................. 22
CONCLUSÃO ............................................................................................................. 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 25
ANEXOS ..................................................................................................................... 29
ANEXO A – Revista de Nutrição: Instruções aos autores (adaptado) ......................... 30
7
Instrumentos para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma revisão
sistemática¹
Avaliation of food behaviour questionnaires at Brazil: a sistematic review
Ialana Vitória da Costa Gama²
Anna Cecília Queiroz de Medeiros³
¹Artigo elaborado a partir do Trabalho de Conclusão de Curso de IVC GAMA, intitulado
“Questionários para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma revisão sistemática”.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017.
²Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi,
Graduação em Nutrição. Av. Rio Branco, S/N, Centro, 59200-000, Santa Cruz, RN, Brasil.
Correspondência para/Correspondence to: IVC GAMA.E-mail: <[email protected]>.
Telefone: +55 84 99820-3833.
³Docente da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte.
Resumo
Introdução: Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares,
buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico e acompanhamento. Objetivo:
Realizar uma revisão sistemática de literatura de questionários adaptados e validados
para o português brasileiro, que tinham como objetivo avaliar comportamentos
alimentares extremos. Métodos: Foi realizada uma busca computadorizada nas bases
de dados Lilacs, PubMED, PsycNET, Scielo, Science Direct, Scopus, Web of Science
e no Banco de Teses e Dissertações. As palavras de busca alternavam de acordo com
a necessidade de cada base e as estratégias foram sendo construídas à medida dos
resultados oferecidos na plataforma. O material foi avaliado e conduzido por três
etapas de leitura, contemplando desde só a leitura do título até a leitura do artigo
completo. Resultados: Depois da leitura completa, 122 estudos foram selecionados
para a leitura de texto completo. Neste processo, os estudos que ficaram em situação
de indecisão foram submetidos à discussão e/ou ao terceiro leitor.Após a etapa da
leitura completa, 33 artigos foram selecionados para a revisão. Dentre estes artigos, 8
foram incluídos a partir da leitura completa.Conclusão: Foram encontrados 33
questionários adaptados e validados para o Brasil contemplando as diversas faixas
etárias e especificidades de público. Dentre estes, foi observada a predominância de
instrumentos para avaliar transtornos alimentares, no entanto, também foram
encontrados questionários direcionados para outras temáticas de comportamentos
extremos.
INTRODUÇÃO Comportamento alimentar é a forma que o indivíduo se porta frente à
alimentação, podendo ser definido como “respostas comportamentais ou sequenciais
8
associadas ao ato de alimentar-se, maneira ou modos de se alimentar, padrões
rítmicos da alimentação”1. Transtornos ou comportamentos alimentares extremos,
como episódios de compulsão alimentar e comportamentos compensatórios para
controle de peso, são alguns exemplos de aspectos do comportamento alimentar que
mais amplamente são estudados, dada sua relevância clínica2,3.
Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares,
buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico e acompanhamento, tanto para
utilização em consultórios como enquanto ferramenta de investigação epidemiológica.
Portanto, questionários são uma estratégia bastante útil e de relativa facilidade de
utilização para acessar estados psicológicos e repertórios comportamentais4.
Cabe ressaltar, no entanto, que as ferramentas de avaliação desses
comportamentos devem estar adaptadas aos hábitos alimentares e culturais de cada
sociedade, considerando as principais características que influenciam o hábito
alimentar inadequado, tornando eficiente a sua aplicação4. E, além disso, deve-se
considerar que os atributos psicológicos, subjacentes ao comportamento do indivíduo,
tais como processos mentais, não podem ser medidos diretamente como fazemos
com características físicas, pois estes são construções ou conceitos que fazem parte
das teorias que tentam explicar o comportamento humano. Assim, os itens que
compõem os instrumentos de avaliação dos comportamentos alimentares devem ser
apresentados de maneira operacionalizável e, portanto, capazes de medir o que está
sendo proposto5.
Estes instrumentos apresentam-se de várias formas, abrangendo inúmeros
aspectos do comportamento alimentar, podendo ainda serem estruturados para atingir
e diagnosticar distúrbios alimentares específicos6.
Diante da importância da utilização adequada dos instrumentos para as
especificidades de cada público, o presente estudo objetivou identificar instrumentos
adaptados e validados para o português brasileiro sobre comportamentos alimentares.
MÉTODOS Uma revisão sistemática é definida como um método que sistematicamente
procura, avalia e sintetiza pesquisas e informações científicas, muitas vezes aderindo
a diretrizes7. Esta revisão sistemática foi pautada pelos preceitos do Preferred
Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), instrumento
utilizado para atender aos avanços conceituais e práticos no método das revisões
sistemáticas8.
Estratégia de busca
9
Primeiramente foi realizada uma busca computadorizada nas bases de dados
Lilacs, PubMED, PsycNET, Scielo, Science Direct, Scopus, Web of Science e no
Banco de Teses e Dissertações. As palavras de busca alternavam de acordo com a
necessidade e parametrização de cada base, para que, dessa forma, a pesquisa
abordasse o maior número de trabalhos relacionados ao assunto. Quando disponível,
foi utilizado vocabulário controlado, de acordo com a hierarquia de sinônimos que
estava disponível em cada base. Não foi definido limite temporal para a seleção dos
estudos. Na Quadro 1 encontram-se as informações sobre as buscas efetuadas.
Quadro 1. Bases de dados incluídas na pesquisa, seus idiomas oficiais, termos utilizados e número de
artigos selecionados
Base de
dados
Idioma Data da
busca
Estratégia de busca Utilizou
vocabulário
controlado
(MeSH
terms –
PubMed)?
Números de
registros
encontrados
Banco de
teses
Português 27 de
março de
2017
"comportamento alimentar"
psicométricas
Sim 2.137
LILACS Português 30 de
agosto de
2016
Eating behavior or feeding
behavior or feeding disorders
or eating disorders or hunger
or taste or appetite
[Words] and psychometrics
or validity or realiability or
factor analysis
[Words] and brazil or
brazilian or portuguese
[Words]
Sim 27
PsycNET Inglês 28 de
agosto de
2016
Any Field: (questionnaires)
OR (psychometrics) OR
(measurement) OR (test
construction) OR (test
validity) OR (test reliability)
OR (statistical validity) AND
Any Field: (eating attitudes)
OR (eating behavior) OR
(eating disorders) OR
(feeding behavior) OR
(feeding disorders) OR
(taste) OR (hunger) AND
Any Field: (Brazilian) OR
(Brazil) OR (portuguese)
Sim 119
PubMed Inglês 29 de
agosto de
2016
(questionnaires[MeSH
Terms] OR validation studies
as topic[MeSH Terms] OR
validation studies[Publication
Type] OR factor analyses,
statistical[MeSH Terms] OR
psychometrics[MeSH Terms]
AND eating behavior[MeSH
Terms] OR feeding
Sim 2.210
10
behavior[MeSH Terms] OR
feeding and eating
disorders[MeSH Terms] OR
appetite[MeSH Terms] OR
hunger[MeSH Terms] OR
taste[MeSH Terms] OR
eating behavior[Text Word])
AND (Brazil[Text Word] OR
Portuguese[Text Word] OR
brazil[MeSH Terms] OR
Brazilian)
ScienceDirect Inglês 29 de
agosto de
2016
Tak("eating behavior" OR
"eating disorders" OR
"feeding behavior" OR
"feeding disorders" OR
"hunger" OR "appetite" OR
"taste") AND
tak("questionnaire" OR
"psychometrics" OR "factor
analysis" OR "validation
studies") AND ("Brazil" OR
"Brazilian" OR "Portuguese")
Sim 102
Scielo Português 30 de
agosto de
2016
(eating behavior) OR
(feeding disorders) OR
(eating disorders) AND
(validity) OR (questionnaire)
AND (brazil) OR (brazilian)
Sim 161
Scopus Inglês 29 de
agosto de
2016
(TITLE-ABS-KEY)(eating
behavior OR feeding
behavior OR feeding
disorders OR eating
disorders OR hunger OR
taste OR appetite) AND
TITLE-ABS-KEY
(psychometric OR validity
OR realiability OR factor
analysis) AND TITLE-ABS-
KEY (brazil OR brazilian
OR portuguese))
Sim 37
Web of
Science
Inglês 29 de
agosto de
2016
((Tópico: ((((((eating
behavior OR feeding
behavior) OR appetite) OR
hunger) OR taste) OR eating
disorders) OR feeding
disorders) ANDTópico:
((((questionnaire OR
validation) OR validity) OR
psychometric) OR factor
analyse)) ANDTópico:
((Brazil OR Brazilian) OR
Portuguese))
Sim 250
O procedimento de seleção de estudos está descrito na Figura 1. Depois da
leitura do título e resumo, 122 estudos foram selecionados para a leitura de texto
completo. Neste processo, os estudos que ficaram em situação de indecisão foram
submetidos à discussão e/ou ao terceiro leitor. Quando da leitura completa, 71 estudos
11
foram excluídos pois, apesar de abordarem o tema, não tratavam especificadamente
de criação, tradução, adaptação ou validação de instrumentos para o português
brasileiro. Ainda destes estudos, 18 foram excluídos por serem estudos adaptados
para o português de Portugal.
Figura 1. Processo de Identificação e Seleção dos artigos.
Estratégia de seleção e análise
O material foi avaliado e conduzido por três etapas de leitura, contemplando
desde só a leitura do título até a leitura do artigo completo, como descrito na Figura 1.
Os artigos foram submetidos separadamente à dois leitores e, em casos de conflitos
de decisão referente à inclusão, um terceiro leitor foi consultado, para analisar e
discutir a relevância do material para o estudo. Para serem incluídos, os artigos
deveriam contemplar os seguintes critérios: utilizar questionário que, em alguma
medida, avaliasse comportamentos alimentares; terem sido realizados em população
brasileira; conter descrição de procedimentos de validação e adaptação; estarem
publicados nos idiomas português, inglês ou espanhol.
Registros identificados mediante pesquisa nos
bancos de dados (n = 5.043)
Estudos duplicatas removidos (n = 59)
Estudos selecionados para leitura de
texto completo (n = 122)
Referências excluídas
após leitura de títulos e
resumos (n = 4.862)
Estudos mantidos aptos (n
= 25) Estudos incluídos a partir da leitura completa dos
artigos, de acordo com as citações realizadas (n = 8)
Estudos excluídos por tratarem de outra temática
(n = 63)
Estudos realizados em Portugal removidos após leitura completa (n = 18)
Estudos aptos para a
revisão (n = 33)
12
Extração de dados
Um formulário padronizado foi criado para a extração e armazenamento de
dados dos instrumentos, abrangendo informações como: nomes dos questionários,
pontuação do α de Cronbach, outras medidas utilizadas, processo de validação, se
houve ou não tradução, tamanho da amostra, sexo dos participantes, método de
coleta dos dados, público alvo, objetivo do questionário, número de questões, número
de dimensões e sobre a autoadministração.
RESULTADOS Após a etapa da leitura completa, 33 artigos foram selecionados para a
revisão. Dentre estes artigos, 8 foram incluídos a partir de referências citadas nos
artigos selecionados.
Como descrito no Quadro 2, em relação ao estágio de vida das populações
utilizadas para o desenvolvimento dos instrumentos, a maior parte dos estudos
informou a idade dos participantes, porém sem maiores especificações quanto a
restrições de aplicação para apenas uma faixa etária.
Dentre os instrumentos encontrados, apenas 3 eram direcionados para o
público infantil (Quadro 2). Destes, o instrumento Parent Mealtime Action Scale
(PMAS) e o Comprehensive Feeding Practices Questionnaire (CFPQ) citado no estudo
de Warkentin et al., (2016), são direcionados para os pais e seus hábitos alimentares,
avaliando a possível influência sobre a alimentação dos seus filhos (Quadro 2). Já o
Children’s Eating Attitude Test (Cheat), também foi avaliado em pré-adolescentes com
idades de 8 a 12 anos (Quadro 2).
Foram encontrados seis instrumentos direcionados para o público
adolescente: Questionário simplificado para triagem de adolescentes com
comportamento de risco; Bulimic Investigatory Test of Edinburgh – BITE; Eating
Bahaviours and Body Image Test - EBBIT; Sessão de Transtornos Alimentares do
Development and Well-Being Assessment - DAWBA; Estágio de prontidão para
mudança do comportamento alimentar e de atividade física; Padrões de peso e
alimentação para adolescentes - QEWP-A) (Quadro 2). No entanto, outros
questionários incluíram este público (aliado à outras faixas etárias) durante o processo
de análise e/ou adaptação da escala (Eating Attitude Test; Night Eating Questionnaire
- NEQ) (Quadro 2).
Vinte e oito questionários foram traduzidos e adaptados de outros países, em
sua maioria, utilizando o procedimento de Back Translation, que é considerado um
método de controle de qualidade, ocorrendo a tradução de um documento para a
13
língua-alvo e, em seguida, a tradução para a língua de origem, objetivando garantir
que a tradução seja precisa9.
Trinta estudos realizaram análise fatorial confirmatória ou exploratória.
Destes, sete estudos utilizaram a análise fatorial confirmatória (Eating Attitude
Test,10,11; Bulimic Investigatory Test of Edinburgh – BITE,10,12; The three factor eating
questionnaire - R2113; Food Cravings Questionnaire-Trait evaluation of the participants
- FCQ-Trai14t; The Food Cravings Questionnaire-State - FCQ-State14). Apenas dois
estudos não citaram utilizar algum dos processos de análise fatorial (Children’s Eating
Attitude Test - Cheat15; The three factor eating questionnaire - R2116) (Quadro 2).
Seis questionários passaram pelo processo de validação convergente (Escala
de Atitudes Alimentares Transtornadas17; Nutrition Behavior Inventory18; The three
factor eating questionnaire - R2113; Food Cravings Questionnaire-Trait evaluation of
the participants - FCQ-Trait14; The Food Cravings Questionnaire-State - FCQ-State14)
(Quadro 2). Dezessete19, 17, 20, 21, 22, 11, 23, 13, 16, 14, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 estudos utilizaram o
Índice de Massa Corporal (IMC) durante o processo. Apenas um18 utilizou o Quociente
de Inteligência (Quadro 2).
Apenas um estudo mencionou ter adotado a amostra com idade superior a 60
anos, incluindo ambos os sexos, avaliou em seu trabalho o Questionário Nutricional
Simplificado de Apetite (QNSA) (Quadro 2). Foi identificado, ainda, que a maioria dos
instrumentos (25 questionários) utilizou populações compostas por ambos os sexos
em seu desenvolvimento (Quadro 2).
Dois questionários foram aplicados em mulheres com transtornos alimentares
(Restraint Scale; Eating and Weight Patterns - QEWP-R); um questionário foi aplicado
em pacientes obesos (Escala de Compulsão Alimentar Periódica); um estudo com
atletas (Disordered Eating in Sports Scale – DES) (Quadro 2).
14
15
Quadro 2. Avaliação para cada um dos instrumentos incluídos
Questionário Possui pontuação de confiabilidade (α de Cronbach) acima de 0,70?
Foi utilizado alguma outra medida no processo de validação/tradução?
Qual foi a medida utilizada?
Processo de validação
Tradução
Tamanho da amostra
Sexo dos participantes
Procedimentos de coletas de dados
Público alvo
Referências
ORTO-15 Não (-0,39)
Sim IMC Análise fatorial exploratória
Sim 364 Feminino e Masculino
Questionário online
Nutricionistas
19
Escala de Atitudes Alimentares Transtornadas
Sim (0,98) [Dimensões:
relações com a comida (0,63);
preocupação com a comida e ganho de
peso (0,69); práticas restritivas e
compensatórias (0,73); sentimentos
em relação à alimentação (0,36);
conceito de alimentação normal)]
Sim IMC Análise fatorial exploratória/Validade convergente (EAT-26
e Escala de Restrição Alimentar)
Não 228 Masculino Docentes das instituições
ficaram responsáveis por comunicar
sobre a pesquisa
Estudantes universitário
s
17
Sim (0,75) Sim IMC Análise fatorial exploratória/Validade convergente (EAT-26
e Restraint Scale)
Não 177 Feminino e Masculino
Entrevista e Questionário
Estudantes universitários (18 – 50
anos); Pacientes
com anorexia e
bulimia nervosa
20
Children’s Eating Attitude Test (Cheat)
Não avaliado Não - - Sim - - - - 15
Não avaliado Não - Análise fatorial exploratória
- 347 Feminino e Masculino
Convite para estudantes
matriculados em escolas de São Luis/MA
Pré-adolescente
s (8 – 12 anos)
31
16
Nutrition Behavior Inventory
Sim (0,88) Sim Quociente de inteligência;
Análise fatorial exploratória/Validade convergente (Child Behavior Checklist)
Sim 96 Feminino e Masculino
Questionário (Quociente de inteligência ≥
70)
Crianças e adolescente
s (9 – 12 anos)
18
URICA Sim (0,84) [Dimensões: ação
(0,94); contemplação (0,82); pré-
contemplação (0,82); manutenção (0,81)]
Não - Análise fatorial exploratória
Sim 175 Feminino e Masculino
Questionário População geral
32
Tripartite Influence Scale
Sim [Dimensões: mídia
(0,80); família (0,85); amigos (0,91)]
Não - Análise fatorial exploratória
Sim 118 Feminino e Masculino
Questionário Estudantes universitário
s
33
Body Shape Questionnaire
Sim (0,97) Sim IMC Análise fatorial exploratória
Não 164 Feminino e Masculino
Questionário Estudantes universitário
s
21
Questionário simplificado para triagem de adolescentes com comportamento de risco
Não avaliado Sim IMC Análise fatorial exploratória
Sim 195 Feminino e Masculino
Estudantes matriculados numa escola de Niterói-SP
Adolescentes (12 – 19,9
anos)
22
Eating Attitude Test
Não avaliado Não - Análise fatorial confirmatória
Não 60 Feminino Questionário Estudantes universitária
s
10
Sim (0,75) Sim IMC Análise fatorial confirmatória
Não 513 Feminino Convite Indivíduos (12 – 29
anos)
11
Bulimic Investigatory Test of Edinburgh - BITE
Não avaliado Não - Análise fatorial confirmatória
Sim 60 Feminino Estudantes do primeiro
semestre de 2013
matriculados nas áreas
Biomédicas e Educação e Humanidade
Estudantes universitária
s
10
17
Sim (0,76) Não - Análise fatorial confirmatória
Sim 109 Feminino e Masculino
Escolhidos aleatoriamente
por sorteio entre
estudantes matriculados
em duas escolas
públicas de Recife-PE
Adolescentes (12 – 16
anos)
12
Escala de Compulsão Alimentar Periódica
Não avaliado Não - Análise fatorial exploratória
Sim 32 Feminino e Masculino
Questionário entre os
pacientes do Grupo de
Obesidade e Transtornos Alimentares (GOTA) do Instituto e
Psiquiatria da Universidade
Federal do Rio de Janeiro
(IPUB/UFRN) e do Instituto Estadual de Diabetes e
Endocrinologia (IEDE)
Pacientes obesos
34
Eating Bahaviours andBody Image Test (EBBIT)
Sim (0,89) [Dimensões:
insatisfação com a imagem corporal e restrição alimentar (0,90); comer em excesso (0,80);
Observação: o fator 3 foi desconsiderado
por não atingir o ponto de corte]
Sim IMC Análise fatorial exploratória
- 261 Feminino Escolhidos de forma aleatória
desde que estivessem
matriculados nas escolas de Ribeirão Preto
Adolescentes (9 – 12
anos)
23
The three factor eating questionnaire - R21
Sim [Dimensões:
restrição cognitiva (0,83); comer
descontrolado 0,83;
Sim IMC Análise fatorial confirmatória/Validad
e convergente
Não 433 Feminino e Masculino
Publicidade Estudantes universitário
s
13
18
comer temocional (0,92)]
Sim (0,85) Sim IMC - Sim 125 Feminino Questionário Mulheres (funcionárias
de um hospital)
16
Sim (0,85) Sim IMC; Circunferência abdominal; Percentual de
gordura corpórea
Análise fatorial exploratória
Sim 125 Feminino Questionário Mulheres (funcionárias
de um hospital: 20 – 60 anos)
35
Food Cravings Questionnaire-Trait evaluation of the participants (FCQ-Trait)
Sim (0,96 a 097) Sim IMC Análise fatorial confirmatória/Validad
e convergente
Sim 611 Feminino e Masculino
Contato pessoal
Estudantes universitário
s
14
The Food Cravings Questionnaire-State (FCQ-State)
Sim (0,89 a 0,90) Sim IMC Análise fatorial confirmatória/Validad
e convergente
Sim 611 Feminino e Masculino
Contato pessoal
Estudantes universitário
s
14
Restraint Scale
Não avaliado Sim IMC Análise fatorial exploratória
- 39 Feminino Questionário Mulheres com
transtornos alimentares
24
Eating and Weight Patterns (QEWP-R)
Não avaliado Sim IMC Análise fatorial exploratória
Brasil 89 Feminino Entrevista realizada por
psiquiatra
Mulheres com
transtornos alimentares
25
Comprehensive Feeding Practices Questionnaire (CFPQ)
Sim (0,72 a 0,88) Não - Análise fatorial exploratória
Sim 402 Feminino e Masculino
Contato através do e-
mail ou telefone
Pais de escolares de 2 a 5 anos de idade
36
Sessão de Transtornos Alimentares do Development and Well-Being Assessment (DAWBA)
Não avaliado Não - Análise fatorial exploratória
- 174 Feminino Questionário para
diagnóstico de transtornos alimentares
(SM-IV e CID-10)
Adolescentes
37
19
Parent Mealtime Action Scale (PMAS)
Sim Não - Análise fatorial exploratória
Sim
582 díades
Feminino e Masculino
Pais de crianças
matriculadas em sete
escolas de São Paulo/Brasil
Pais de crianças (6 –
10 anos)
38
Estágio de prontidão para mudança do comportamento alimentar e de atividade física
Sim [Dimensões: porções (tamanho/quantidade) (0,78); quantidade de gordura na dieta (0,83); consumo de
frutas e vegetais (0,84); prática de atividade física
(0,69)
Sim IMC Análise fatorial exploratória
Sim 32 Feminino e Masculino
Convite aos participantes do Programa
Multiprofissional de
Tratamento da Obesidade (PMTO) da
Universidade Estadual de
Maringá
Adolescentes
26
Disordered Eating in Sports Scale (DES)
Sim (Feminino = 0,60 a 0,82);
(Masculino = 0,66 a 0,78)
Sim IMC Análise fatorial exploratória
Não 1.197 (N = 484 F; N = 713
M)
Feminino e Masculino
Entrevista e questionário
Atletas profissionais
27
Night Eating Questionnaire (NEQ)
Sim (0,78) Não - Análise fatorial exploratória
Sim 100 Feminino e masculino
Selecionados aleatoriamente entre pacientes de uma clínica
de suporte nutricional
Indivíduos com idade
acima de 11 anos
39
Escala de Atitudes em Relação ao Sabor da Health and Taste Attitude Scale (HTAS)
Sim (0,35 a 0,94) [Dimensões: desejo pessoal por doces (0,83); desejo dos outros por doce (0,94); uso da comida como
recompensa (0,83); prazer (0,35)
Sim IMC Análise fatorial exploratória
Não 90 Feminino e masculino
Convite para estudantes de graduação em
Nutrição da Universidade de São Paulo
Estudantes universitários (18 – 40
anos)
28
Loss of Control over Eating Scale (LOCES)
Não avaliado Sim IMC Análise fatorial exploratória
Sim 293 Feminino e masculino
Alunos matriculados na graduação
e pós-graduação dos
cursos de medicina e
enfermagem
Estudantes universitário
s
29
Padrões de Sim (0,92) Não - Análise fatorial Sim 105 Feminino e Estudantes do Adolescente40
20
peso e alimentação para adolescentes (QEWP-A)
exploratória masculino ensino médio escolhidos de forma aleatória
s (10 – 19 anos)
Questionário Nutricional Simplificado de Apetite (QNSA)
Não (0,41 a 0,65) Sim IMC Análise fatorial exploratória
Sim 146 Feminino e masculino
Participantes do grupo de Reabilitação
Cardiopulmonar e Metabólica
(RCPM)
Indivíduos (média de
idade de 63 anos para homens e 67 anos
para mulheres)
30
Como mostra oQuadro 1, vinte e um questionários atingiram a pontuação
acima de 0,70 para o α de Cronbach. Apenas dois questionários não atingiram o valor
mínimo do α de Cronbach (ORTO-1519; Questionário Nutricional Simplificado de
Apetite – QNSA30). Dez estudos não avaliaram o α de Cronbach (Children’s Eating
Attitude Test - Cheat15, 31; Questionário simplificado para triagem de adolescentes com
comportamento de risco22; Eating Attitude Test10; Bulimic Investigatory Test of
Edinburgh - BITE10; Escala de Compulsão Alimentar Periódica34; Restraint Scale24;
Eating and Weight Patterns - QEWP-R25; Sessão de Transtornos Alimentares do
Development and Well-Being Assessment - DAWBA37).
Quadro 3. Informações sobre os questionários
Nome do questionário Objetivo do questionário Número de questões
Número de dimensões
Autoaplicável Referência
ORTO-15 Avaliar a frequência da ortorexia nervosa
15 1 Sim 19
Escala Atitudes Alimentares Transtornadas
Avaliar a possível presença de transtornos alimentares
25 5 Sim 17
37 5 Sim 20
Children’s Eating Attitude Test (Cheat)
Avaliar riscos de transtornos alimentares em crianças
26 1 Sim 15
26 1 Sim 31
Nutrition Behavior Inventory Avalia a influência da dieta no comportamento
52 1 Sim 18
URICA Auxiliar no monitoramento terapêutico e avaliar a
motivação de pacientes
24 4 Sim 32
Tripartite Influence Scale Avaliar fatores externos que influenciam nos transtornos
alimentares
39 3 Sim 33
Body Shape Questionnaire Avaliar a satisfação corporal, aparência e ansiedade em
relação ao corpo
34 4 Sim 21
Questionário simplificado para triagem de adolescentes com comportamento de risco
Avaliar a possível presença de transtornos alimentares
2 2 Sim 22
Eating Attitude Test Rastreamento dos transtornos alimentares:
anorexia e bulimia nervosa
26 1 Sim 10
26 1 Sim 11
Bulimic Investigatory Test of Edinburgh - BITE
Rastreamento dos transtornos alimentares:
anorexia e bulimia nervosa
33 2 Sim 10
33 2 Sim 12
Escala de Compulsão Alimentar Periódica
Observar a magnitude das mudanças do
comportamento alimentar em cada paciente
16 1 Sim 34
Eating Bahaviours and Body Image Test (EBBIT)
Avaliar riscos de transtornos alimentares em crianças
42 3 Sim 23
Three-factor eating questionnaire - R21
Auxílio no diagnóstico de transtornos alimentares
21 3 Sim 13
21 3 Sim 16
21 3 Sim
Food Cravings Questionnaire-Trait evaluation of the participants (FCQ-Trait)
Avaliar comportamento de craving de alimentos
enquanto traço
39 9 Sim 14
The Food Cravings Questionnaire-State (FCQ-State)
Avaliar características relacionadas com o
comportamento
15 5 Sim 14
Restraint Scale Avaliar restrição alimentar 10 2 Sim 24
Eating and Weight Patterns – Revised (QEWP-R)
Rastreamento de transtorno da compulsão alimentar
periódica
27 2 Sim 25
Comprehensive Feeding Avaliar a influência das 49 12 Não 36
22
Practices Questionnaire (CFPQ)
práticas alimentares dos pais sobre os filhos
Sessão de Transtornos Alimentares do Development and Well-Being Assessment (DAWBA)
Avaliar riscos de transtornos alimentares em crianças
53 Não informado
Não 37
Parent Mealtime Action Scale (PMAS)
Avaliar o consumo alimentar dos pais e sua influência na
alimentação da criança
31 9 Sim 38
Estágio de prontidão para mudança do comportamento alimentar e de atividade física
Avaliar mudanças no comportamento alimentar
38 4 Sim 26
Disordered Eating in Sports Scale (DES)
Avaliar comportamentos alimentares em atletas
36 M; 34 F 5 Sim 27
Night Eating Questionnaire (NEQ)
Avaliar o comportamento alimentar
14 1 Sim 39
Escala de Atitudes em Relação ao Sabor da Health and Taste Attitude Scale (HTAS)
Avaliar a importância dos aspectos de saúde e sabor
dos alimentos
18 4 Sim 28
Loss of Control over Eating Scale (LOCES)
Avaliar a perda de controle sobre a alimentação
24 5 Sim 29
Padrões de peso e alimentação para adolescentes (QEWP-A)
Rastrear Transtorno de Compulsão Alimentar
Periódica
13 1 Sim 40
Questionário Nutricional Simplificado de Apetite (QNSA)
Avaliar o risco nutricional 4 1 Sim 30
Apenas dois dos formulários não são autoaplicáveis, sendo estes o
Comprehensive Feeding Practices Questionnaire (CFPQ) e oSessão de Transtornos
Alimentares do Development and Well-Being Assessment (DAWBA).
DISCUSSÃO Esta revisão encontrou um considerável número de instrumentos adaptados e
validados para o uso em população brasileira para monitoramento de comportamentos
alimentares extremos.
Estes instrumentos são de fáceis de administrar, eficientes e econômicos na
avaliação individual ou de grande número de indivíduos.Além disso, facilita o rastreio
de problemas relacionados ao comportamento alimentar, podendo ser aplicado por
qualquer profissional de saúde, possibilitando o direcionamento para o profissional
responsável por intervir na patologia e/ou alteração específica encontrada no
comportamento e/ou hábitos alimentares6.
Ainda por possuir propriedades psicométricas adequadas e permitir a
identificação de comportamentos que, por considerarem vergonhosos, os
respondentes poderiam deixá-los relutantes numa entrevista face-a-face, ou até
mesmo passar despercebido pelo profissional6.
Esses questionários não estão restritos para apenas um público, havendo
instrumentos direcionados para avaliação dos aspectos comportamentais da
23
alimentação de crianças, pré-adolescentes, adolescentes, adultos e idosos. Cabe
ressaltar que apenas um instrumento30 avaliou os comportamentos em idosos.
Além disso, foi observado a prevalência de instrumentos com análise para
público feminino em relação ao masculino. E destes, os questionários, em maior parte,
estão direcionados para rastreamento de transtornos alimentares, o que coincide com
os dados epidemiológicos dos distúrbios alimentares, no qual afetam
predominantemente mulheres jovens41. No entanto, essa diferença diminui em
situações de análise em indivíduo mais novos, na qual os meninos correspondem de
19 a 30% dos casos de anorexia nervosa42.
Os transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno
de compulsão alimentar periódica) foram os mais observados nos instrumentos de
rastreio encontrados na revisão em relação às outras escalas avaliadas.
No entanto, outras escalas também foram avaliadas, como por exemplo,
escalas relacionadas à satisfação corporal, proposto no instrumento Body Shape
Questionnaire que mensura, nas últimas quatro semanas, a preocupação com a forma
corporal e com o peso. Em relação ao controle sobre o comportamento, foi encontrado
oThree-factor eating questionnaire - R21, que contém três subescalas relacionadas ao
comportamento alimentar: restrição cognitiva, alimentação emocional e descontrole
alimentar13. Além disso, foram encontrados também instrumentos que avaliam
restrição alimentar, influência dos pais sobre a alimentação dos filhos, descontrole
alimentar, alimentar emocional, entre outros. Estas escalas são importantes para
promover um melhor entendimento dos distúrbios relacionados aos comportamentos
alimentares e a sua utilização na prática clínica auxilia na intervenção terapêutica mais
adequada6.
Com isso, é extremamente importante atentar para a tradução, adaptação e
validação para o público brasileiro, respeitando os hábitos alimentares, costumes e
público estudado4. Alguns estudos não apresentaram o processo de tradução, pois os
instrumentos já teriam sido produzidos no Brasil.
Outra etapa importante é a de validade de consistência interna. Dos
resultados encontrados a maioria dos questionários conseguiram atingir o valor
mínimo do α de Cronbach, porém, dois dos estudos não conseguiram atingir esse
valor19,30. É importante considerar o valor desta medida, pois esta é uma ferramenta
que avalia a confiabilidade através da consistência interna de um questionário e é
baseada na correlação de um mesmo constructo entre si e entre todos os itens do
escore total deste constructo43.
24
CONCLUSÃO Foram encontrados 33 instrumentos adaptados e validados para o Brasil
contemplando as diversas faixas etárias e especificidades de público. Foi observada a
predominância de instrumentos para avaliar transtornos alimentares, no entanto,
também foram encontrados questionários direcionados para outras temáticas de
comportamentos extremos.
O presente trabalho reúne informações que apresentam as características de
cada questionário encontrado para que sejam selecionados corretamenteantes do uso,
tornando cada vez mais palpável a promoção à saúde através do auxílio no
diagnóstico de comportamentos extremosrelacionados à alimentação. Todavia, é
necessária a continuidade do trabalho de validação e adaptação dos instrumentos,
principalmente em públicos que possuem mais vulnerabilidade, como idosos, crianças,
atletas, no qual foi percebido que há carência de escalas com direcionamento mais
detalhado e específico, como estratégia de verificação para um correto manejo e
aplicabilidade dos questionários que envolvam comportamento e alimentação.
25
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29
ANEXOS
30
ANEXO A –Revista de Nutrição: Instruções aos autores (adaptado) Artigo Original: contribuições destinadas à divulgação de resultados de
pesquisas inéditas, tendo em vista a relevância do tema, o alcance e o conhecimento gerado para a área da pesquisa (limite máximo de 3 500 palavras).
Autoria: A indicação dos nomes dos autores logo abaixo do título do artigo é limitada a 6. O crédito de autoria deverá ser baseado em contribuições substanciais, tais como concepção e desenho, ou análise e interpretação dos dados. Não se justifica a inclusão de nomes de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios acima. Também deve estar registrado na 1ª página do artigo a origem institucional e titulação acadêmica de cada autor.
A revista recomenda fortemente que todos os autores e coautores tenham seus currículos atualizados na Plataforma Lattes, para submissão de artigos.
A tramitação do artigo só será iniciada após a inclusão destas informações na página do título.
Os manuscritos devem conter, na página de identificação, explicitamente, a contribuição de cada um dos autores.
Processo de avaliação: Os originais serão aceitos para avaliação desde que não tenham sido enviados para nenhum outro periódico e/ou publicados anteriormente em eventos, preservando o caráter inédito do artigo, e que venham acompanhados de carta de encaminhamento, assinada por todos os autores do trabalho, solicitando publicação na Revista.
Todos os manuscritos só iniciarão o processo de tramitação se estiverem de acordo com as Instruções aos Autores. Caso contrário, serão devolvidos para adequação às normas, inclusão de carta ou de outros documentos eventualmente necessários.
Originais identificados com incorreções e/ou inadequações morfológicas ou sintáticas serão devolvidos antes mesmo de serem submetidos à avaliação quanto ao mérito do trabalho e à conveniência de sua publicação. Veja o item Preparo do Manuscrito.
Submissão do trabalho: É fundamental que o escopo do artigo não contenha qualquer forma de identificação da autoria, o que inclui referência a trabalhos anteriores do(s) autor(es) e da instituição de origem, por exemplo.
O texto deverá contemplar o número de palavras de acordo com a categoria do artigo. Normas textuais
As folhas deverão ter numeração personalizada desde a folha de rosto (que deverá ser numerada como número 1). O papel deverá ser de tamanho A4, com formatação de margens superior e inferior (no mínimo 2,5 cm), esquerda e direita (no mínimo 3 cm). Preparados em espaço entrelinhas 1,5, com fonte Arial 11. O arquivo deverá ser gravado em editor de texto similar à versão 2010 do Word.
Recomenda-se fortemente que o(s) autor(es) busque(m) assessoria linguística profissional (revisores e/ou tradutores certificados em língua portuguesa e inglesa) antes de submeter(em) originais que possam conter incorreções e/ou inadequações morfológicas, sintáticas, idiomáticas ou de estilo.
Devem ainda evitar: (i) o uso da primeira pessoa "meu estudo...", ou da primeira pessoa do plural "percebemos...", pois em texto científico o discurso deve ser impessoal, sem juízo de valor e na terceira pessoa do singular; (ii) no início de frases os números devem estar por extenso, e não em algarismo arábico; (iii) as sentenças devem ser curtas, claras e objetivas, (iv) parágrafos de uma única oração não são aceitáveis.
31
Os artigos devem ter, aproximadamente, 30 referências, exceto no caso de artigos de revisão, que podem apresentar em torno de 50. Sempre que uma referência possuir o número de Digital Object Identifier (DOI), este deve ser informado. Página de rosto deve conter:
Título completo em português: (i) deverá ser conciso e evitar palavras desnecessárias e/ou redundantes, como "avaliação do...", "considerações acerca de...", "Um estudo exploratório sobre..."; (ii) sem abreviaturas e siglas ou localização geográfica da pesquisa.
Sugestão obrigatória de título abreviado para cabeçalho, não excedendo 40 caracteres (incluindo espaços), em português (ou espanhol) e inglês.
Título completo em inglês, compatível com o título em português. Nome de cada autor, por extenso. Não abreviar os prenomes. Informar os dados de origem, da titulação e afiliação institucional atual de
cada autor, por extenso, sem nenhuma sigla. Indicação do endereço completo da instituição à qual o autor de
correspondência está vinculado. Informar telefone e endereço de e-mail de todos os autores. Informar, explicitamente, a contribuição de cada um dos autores no artigo. O
crédito de autoria deverá ser baseado em contribuições substanciais, tais como concepção e desenho, análise e interpretação dos dados, revisão e aprovação da versão final do artigo. Não se justifica a inclusão de nomes de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios acima.
Informar o número de Registro ORCID® (Open Researcher and Contributor ID). Caso não possua, fazer o cadastro através do link: <https://orcid.org/register>. O registro é gratuito. Saiba mais aqui. Informar se o artigo é oriundo de Dissertação ou Tese, indicando o título, autor, universidade e ano da publicação.
Poderá ser incluída nota de rodapé contendo apoio financeiro e o número do processo e/ou edital, agradecimentos pela colaboração de colegas e técnicos, em parágrafo não superior a três linhas. Observação: esta deverá ser a única parte do texto com a identificação dos autores. Resumo: todos os artigos submetidos em português ou espanhol deverão ter resumo no idioma original e em inglês, com um mínimo de 150 palavras e máximo de 250 palavras.
O texto não deve conter citações e abreviaturas. Destacar no mínimo três e no máximo seis termos de indexação, utilizando os descritores em Ciência da Saúde - DeCS - da Bireme <http://decs.bvs.br>.
Os artigos submetidos em inglês deverão vir acompanhados de resumo em português, além do abstract em inglês.
Para os artigos originais, os resumos devem ser estruturados destacando objetivos, métodos básicos adotados, informação sobre o local, população e amostragem da pesquisa, resultados e conclusões mais relevantes, considerando os objetivos do trabalho, e indicando formas de continuidade do estudo.
Para as demais categorias, o formato dos resumos deve ser o narrativo, mas com as mesmas informações. Estrutura do texto
Texto: com exceção dos manuscritos apresentados como Revisão, Comunicação, Nota Científica e Ensaio, os trabalhos deverão seguir a estrutura formal para trabalhos científicos:
Introdução: deve conter revisão da literatura atualizada e pertinente ao tema, adequada à apresentação do problema, e que destaque sua relevância. Não deve ser extensa, a não ser em manuscritos submetidos como Artigo de Revisão.
Métodos: deve conter descrição clara e sucinta do método empregado, acompanhada da correspondente citação bibliográfica, incluindo: procedimentos
32
adotados; universo e amostra; instrumentos de medida e, se aplicável, método de validação; tratamento estatístico.
Em relação à análise estatística, os autores devem demonstrar que os procedimentos utilizados foram não somente apropriados para testar as hipóteses do estudo, mas também corretamente interpretados. Os níveis de significância estatística (ex. p<0,05; p<0,01; p<0,001) devem ser mencionados.
Informar que a pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética credenciado junto ao Conselho Nacional de Saúde e fornecer o número do processo.
Ao relatar experimentos com animais, indicar se as diretrizes de conselhos de pesquisa institucionais ou nacionais - ou se qualquer lei nacional relativa aos cuidados e ao uso de animais de laboratório -, foram seguidas.
Resultados: sempre que possível, os resultados devem ser apresentados em tabelas ou figuras, elaboradas de forma a serem auto-explicativas e com análise estatística. Evitar repetir dados no texto.
Ilustrações: São consideradas ilustrações todo e qualquer tipo de tabelas, figuras, gráficos, desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, mapas, organogramas, diagramas, plantas, quadros, retratos, etc., que servem para ilustrar os dados da pesquisa. É imprescindível a informação do local e ano do estudo para artigos empíricos. Não é permitido que figuras representem os mesmos dados de tabelas ou de dados já descritos no texto.
A quantidade total de ilustrações aceitas por artigo é de 5 (cinco), incluindo todas as tipologias citadas acima.
As ilustrações devem ser inseridas após o item Referências e também enviadas separadamente em seu programa original, através da plataforma ScholarOne, no momento da submissão.
As ilustrações devem ser editáveis, sendo aceitos os seguintes programas de edição: Excel, GraphPrism, SPSS 22, Corel Draw Suite X7 e Word. Caso opte pelo uso de outro programa, deverá ser usada a fonte padrão Frutiger, fonte tamanho 7, adotada pela revista na edição.
As imagens devem possuir resolução igual ou superior a 600 dpi. Gráficos e desenhos deverão ser gerados em programas de desenho vetorial (Microsoft Excel, CorelDraw, Adobe Illustrator etc.), acompanhados de seus parâmetros quantitativos, em forma de tabela e com nome de todas as variáveis.
Não são aceitos gráficos apresentados com as linhas de grade, e os elementos (barras, círculos) não podem apresentar volume (3-D).
O autor se responsabiliza pela qualidade das ilustrações, que deverão permitir redução de tamanho sem perda de definição, respeitando-se as seguintes medidas: Formato retrato: uma coluna (7,5cm); duas colunas (15cm). Formato paisagem: uma coluna (22 x 7,5cm); duas colunas (22 x 15cm).
A cada ilustração deverá ser atribuído um título breve e conciso, sendo numeradas consecutiva e independentemente, com algarismos arábicos, de acordo com a ordem de menção dos dados. Os quadros e tabelas terão as bordas laterais abertas.
Para Gráficos, deverá ser informado título de todos os eixos. Todas as colunas de Tabelas e Quadros deverão ter cabeçalhos. As palavras Figura, Tabela e Anexo, que aparecerem no texto, deverão ser
escritas com a primeira letra maiúscula e acompanhadas do número a que se referirem. Os locais sugeridos para inserção de figuras e tabelas deverão ser indicados no texto.
Inclua sempre que necessário, notas explicativas. Caso haja alguma sigla ou destaque específico (como o uso de negrito, asterisco, entre outros), este deve ter seu significado informado na nota de rodapé da ilustração.
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Caso haja utilização de ilustrações publicadas em outras fontes bibliográficas, é obrigatório anexar documento que ateste a permissão para seu uso, e ser citada a devida fonte.
Para artigos bilíngues ou em outro idioma que não o português, deve ser observado a tradução correta das ilustrações, tabelas, quadros e figuras, além da conversão de valores para o idioma original do artigo.
O uso de imagens coloridas é recomendável e não possui custos de publicação para o autor.
Discussão: deve explorar, adequada e objetivamente, os resultados, discutidos à luz de outras observações já registradas na literatura.
Conclusão: apresentar as conclusões relevantes, considerando os objetivos do trabalho, e indicar formas de continuidade do estudo. Não serão aceitas citações bibliográficas nesta seção.
Agradecimentos: podem ser registrados agradecimentos, em parágrafo não superior a três linhas, dirigidos a instituições ou indivíduos que prestaram efetiva colaboração para o trabalho.
Anexos: deverão ser incluídos apenas quando imprescindíveis à compreensão do texto. Caberá aos editores julgar a necessidade de sua publicação.
Abreviaturas e siglas: deverão ser utilizadas de forma padronizada, restringindo-se apenas àquelas usadas convencionalmente ou sancionadas pelo uso, acompanhadas do significado, por extenso, quando da primeira citação no texto. Não devem ser usadas no título e no resumo.
Referências de acordo com o estilo Vancouver Devem ser numeradas consecutivamente, seguindo a ordem em que foram mencionadas pela primeira vez no texto, conforme o estilo Vancouver. Nas referências com dois até o limite de seis autores, citam-se todos os autores; acima de seis autores, citam-se os seis primeiros autores, seguido de et al.
As abreviaturas dos títulos dos periódicos citados deverão estar de acordo com o Index Medicus.
Citar no mínimo 80% das referências dos últimos 5 anos e oriundas de revistas indexadas, e 20% dos últimos 2 anos.
Não serão aceitas citações/referências de monografias de conclusão de curso de graduação, de trabalhos de Congressos, Simpósios, Workshops, Encontros, entre outros, e de textos não publicados (aulas, entre outros).
Se um trabalho não publicado, de autoria de um dos autores do manuscrito e/ou de outras fontes, for citado (ou seja, um artigo in press), é obrigatório enviar cópia da carta de aceitação (artigo já aprovado com previsão de publicação) da revista que publicará o referido artigo.
Se dados não publicados obtidos por outros pesquisadores forem citados pelo manuscrito, será necessário incluir uma carta de autorização, do uso dos mesmos por seus autores.
Citações bibliográficas no texto: deverão ser expostas em ordem numérica, em algarismos arábicos, meia linha acima e após a citação, e devem constar da lista de referências. Se forem dois autores, citam-se ambos ligados pelo "&"; se forem mais de dois, cita-se o primeiro autor, seguido da expressão et al.
Em citações diretas traduzidas pelos autores deve constar em nota de rodapé o trecho no idioma original. Na indicação da fonte deve constar: Tradução minha ou tradução nossa. Exemplo: (Rodgers et al., 2011, tradução nossa).
A exatidão e a adequação das referências a trabalhos que tenham sido consultados e mencionados no texto do artigo são de responsabilidade do autor. Todos os trabalhos citados no texto deverão ser listados na seção de Referências.