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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO JOSÉ GRIMAURO DE MORAES NETO ANÁLISE DA DISTÂNCIA PERCORRIDA, VELOCIDADE E INTENSIDADE DE UM JOGO DA COPA SUL-AMERICANA. VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

JOSÉ GRIMAURO DE MORAES NETO

ANÁLISE DA DISTÂNCIA PERCORRIDA, VELOCIDADE E INTENSIDADE DE UM JOGO DA COPA SUL-AMERICANA.

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE

JOSÉ GRIMAURO DE MORAES NETO

ANÁLISE DA DISTÂNCIA PERCORRIDA, VELOCIDADE E INTENSIDADE DE UM JOGO DA COPA SUL-AMERICANA.

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2018

TCC apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Educação física. Orientador: Ary Gomes Filho Coorientador: Marcelus Brito de Almeida

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Catalogação na fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE – Biblioteca Setorial do CAV.

Bibliotecária Fernanda Bernardo Ferreira, CRB4-2165

M827a Moraes Neto,José Grimauro de .

Análise da distância percorrida, velocidade e intensidade de um jogo da copa Sul-Americana /. José Grimauro de Moraes Neto- Vitória de Santo Antão,

2018.

22 folhas.; Il.

Orientador: Ary Gomes Filho.

Coorientador: Marcelus Brito de Almeida.

TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV, Bacharelado em Educação Física, 2018.

Inclui referências.

1. Futebol. 2. Jogos. 3. Copa - Sul Americana. I. Gomes Filho, Ary (Orientador). II. Almeida, Marcelus Brito de (Coorientador). III. Título.

796.33464 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE-218/2018

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JOSÉ GRIMAURO DE MORAES NETO

ANÁLISE DA DISTÂNCIA PERCORRIDA, VELOCIDADE E INTENSIDADE DE UM

JOGO DA COPA SUL-AMERICANA.

TCC apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação física da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Educação física.

Aprovado em: 06/12/2018.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Profº. Ary Gomes Filho (Orientador)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profº. Robson Dayvid da Silva Dantas (Examinador Externo)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Luvanor Santana da Silva (Examinador Externo)

Mestrando da Universidade Federal de Pernambuco

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RESUMO

Atualmente pesquisas são realizadas visando um melhor rendimento físico dos

jogadores de futebol. O Sistema de Posicionamento Global por Satélite (GPS) é um

dos métodos utilizados para determinar a demanda fisiológica dos jogadores nas

partidas. O objetivo do estudo foi avaliar a média da intensidade (MI), a distância

percorrida (DP), a velocidade média (VM) e a média da velocidade máxima (MVM)

dos jogadores em um campeonato internacional de futebol. Para este, foram

analisados 7 jogadores durante uma partida da copa Sul-Americana, fazendo uso do

GPS para avaliar a DP e a MI dos jogadores. Os resultados mostraram que a MI de

jogo foi classificada em: zero a 7 km/h marcha (V1); 7 a 10 km/h trote (V2); 10 a 14

km/h corrida leve (V3); 14 a 18 km/h moderada (V4); 18 a 22 km/h intensa (V5); e >

22km/h sprint (V6). A DP pelos jogadores foi de 7651±280m, a VM foi de

5.6±0.23km/h e a MVM foi de 26.69km/h. A partir dos resultados encontrados foi

observado que os atletas percorreram maiores distâncias nos últimos 15 minutos de

cada tempo e durante a partida permaneceram 75% do tempo em intensidade leve.

Palavras-chave: Futebol. GPS. Intensidade de jogo.

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ABSTRACT

Currently research is conducted to better physical performance of soccer players.

The Global Positioning Satellite System (GPS) is one of the methods used to

determine the physiological demands of the players in the matches. The aim of the

study was to evaluate the mean intensity (MI), the distance (SD), average speed

(VM) and the average maximum speed (MVM) players in an international football

championship. For this, we analyzed seven players during a match of the South

American Cup, making use of GPS to evaluate the DP and MI of the players. The

results showed that the game MI was classified as zero to 7 km / h speed (V1); 7-10

km / h trot (V2); 10-14 km / h light jogging (V3); 14-18 km / h moderate (V4); 18-22

km / h intense (V5); and> 22km / h sprint (V6). The DP by the players was 7651 ±

280m, the MV was 5.6 ± 0.23km / h and MVM was 26.69km / h. From the results

obtained it was observed that the athletes greater distances traveled for the last 15

minutes each time and during the remaining 75% of the starting light intensity in time.

Palavras-chave: Football. GPS. Set of intensity.

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LISTA DE ABREVIAÇÕES

DP

FC

Distância Percorrida

Frequência Cardíaca

GPS

IMC

Sistema de Posicionamento Global por Satélite

Índice de Massa Corporal

MI

MVM

Média da Intensidade

Média da Velocidade Máxima

PT

ST

Primeiro Tempo

Segundo Tempo

VM Velocidade Média

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comparação da distância percorrida, porcentagem e velocidade média do

primeiro com segundo tempo. (Valores médios ± desvio padrão) ............................ 14

Tabela 2 - Comparação da velocidade máxima a cada 15 minutos de partida.

(Valores médios ± desvio padrão) ............................................................................. 14

Tabela 3 - Comparação da distância percorrida a cada 15 minutos de partida.

(Valores médios ± desvio padrão) ............................................................................. 15

Tabela 4 - Comparação entre a distância percorrida no primeiro e segundo tempo

em diferentes intensidades de trabalho. (Valores médios ± desvio padrão) ............. 16

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 10

3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 11

3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 11

3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 11

4 METODOLOGIA ..................................................................................................... 12

4.1 Delineamento do estudo .................................................................................. 12

4.2 Amostra ............................................................................................................ 12

4.3 Procedimentos ................................................................................................. 12

4.4 Antropometria e capacidade aeróbia ............................................................... 13

4.5 Analise estatística ............................................................................................ 13

5 RESULTADOS ....................................................................................................... 14

6 DISCUSSÃO ....................................................................................................... 18

7 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 21

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22

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1 INTRODUÇÃO

É possível observar que o futebol vem passando por uma expressiva

evolução em todos os componentes do treino desportivo, seja no campo físico,

técnico, tático, psicológico, clínico e administrativo (BARBANTI; TRICOLI;

UGRINOWITSCH, 2004). Com tudo isso, surge a necessidade de profissionais

qualificados, inclusive na área do treinamento, para que sejam utilizados métodos

visando melhores resultados dentro de campo. E mais do que nunca, a tecnologia

está presente em nosso cotidiano, não sendo diferente na área esportiva.

Um dos métodos tecnológicos pioneiros no futebol foi o estudo de

deslocamentos por análise imagens registradas em vídeo, que apresenta várias

limitações para a obtenção de dados devido a difícil implementação e por requerer

câmeras e respectivos operadores para cada atleta. O surgimento dos monitores

portáteis de frequência cardíaca (FC) foi de grande importância para o

monitoramento e prescrição do treinamento físico e esportivo. Mais recentemente,

outro método foi incorporado ao mundo do futebol, sendo bem comum no alto

rendimento, que é o receptor portátil para o Global Positioning System (GPS).

A tecnologia de GPS constitui a mais consistente abordagem metodológica

para a análise de deslocamentos no futebol, em função de sua precisão, manuseio,

exatidão, dinamismo no processo de análise de dados e medição contínua. E

diferentemente de outros métodos, os dispositivos de GPS esportivo tem apenas

poucos centímetros de dimensão, podendo ser colocado na parte interna do calção

ou em um colete especialmente desenvolvido. Não causando nenhum desconforto,

risco ou limitação ao jogador, e é permitido em partidas oficiais.

No futebol, a movimentação e ocupação de espaços em campo pelos atletas

é de fundamental importância, sob o ponto de vista tático. E sabe-se a velocidade

que um atleta tem em se deslocar, pode ser o diferencial para o resultado de uma

partida, geralmente, em ações motoras como: corridas em alta velocidade e sprints,

dão início a jogadas em que são evitados ou marcados os gols.

Na prática, com o uso do GPS podemos analisar demanda fisiológica do

atleta, fator fundamental para a performance no futebol de alto rendimento. Obtendo

com absoluto grau de especificidade e precisão dados como: Distância total

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percorrida, velocidades de pico em corridas intensas e sprints, número e intensidade

de corridas intensas e sprints repetidos ao longo da partida, permitindo que haja

intervenções individuais e específicas na preparação física dos atletas analisados.

É de grande importância este tipo de análise, tanto como feedback da

demanda fisiológica em competição, assim também como ao retorno dos atletas ao

treinamento físico, após grandes períodos de inatividade. Tornando-se possível

controlar e individualizar as cargas de trabalho, através dos resultados obtidos pela

análise de deslocamento. Podendo assim, minimizar os riscos de lesões musculares,

que frequentemente surgem como consequência da fadiga. A partir disso, consegue-

se estabelecer planejamentos mais criteriosos e objetivos para treinos regenerativos,

utilizando dados obtidos durante a última partida.

Frente a essa realidade, sabendo que o uso de novos métodos e tecnologias

no futebol podem ser fatores importantes para o melhor desempenho de atletas,

devemos buscar conhecer e compreender como esses métodos podem ajudar o

treinamento físico. Assim, pelo surgimento do uso do GPS no futebol, o presente

estudo teve como objetivo analisar dados obtidos e comparar em diversos

momentos da partida.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Nas últimas décadas muitas pesquisas têm sido realizadas visando um

melhor rendimento físico de jogadores de futebol de elite, tanto durante os jogos

quanto nos períodos de treinos (BANGSBO; MOHR; KRUSTRUP, 2006). Para

estudos nessa área, é necessário ter conhecimento das exigências fisiológicas que

são impostas durante um jogo de futebol, assim, é possível aperfeiçoar o treino

físico (BANGSBO, 1996). A demanda fisiológica avaliada nos jogadores nas partidas

e treinamentos de futebol pode ser determinada pela frequência cardíaca (ALI;

FARRALY, 1991; COELHO et al., 2012; RODRIGUES et al., 2007), entretanto este

método, apesar de sua importância, não fornece dados de parâmetros essenciais

como a DP e as velocidades média e máxima encontradas durante os jogos de

futebol.

A demanda fisiológica nos jogos também tem sido observada através de

análise de imagens (BARROS et al., 2007; SALVO et al., 2007; VIGNE et al., 2010).

Este parece ser um método mais preciso para as pesquisas, mas a necessidade de

instalação de câmeras em pontos precisos do campo o torna dispendioso. Assim,

outro método de avaliação dos parâmetros fisiológicos dos jogadores é através do

GPS (COUTTS et al., 2014). A vantagem deste método está na fácil aplicação e na

melhor acessibilidade, podendo ser aplicado diversas vezes nos jogos e treinos.

Comparações já foram realizadas entre os métodos por filmagens e o GPS, para

avaliação da determinação da DP e da velocidade durante os jogos, e, segundo

Buchett et al. (2014), os resultados mostraram que não há diferença significativa

entre eles.

No Brasil muitos clubes já utilizam o GPS para monitoramento de treinos e

jogos, porém poucos estudos foram publicados em campeonatos nacionais e

interacional.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

O objetivo deste estudo foi analisar e avaliar informações sobre a distância

percorrida, a velocidade média e máxima e a intensidade dos jogadores em um jogo

oficial da Copa Sul-americana de futebol.

3.2 Objetivos Específicos

Comparar dados em diferentes momentos da partida;

Analisar e comparar os dados em diferentes posições do futebol.

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4 METODOLOGIA

4.1 Delineamento do estudo

O estudo trata-se de uma pesquisa descritiva quantitativa, que tem como

finalidade verificar a intensidade média e máxima e a distância percorrida dos

jogadores durante uma partida de futebol profissional de caráter internacional e

comparar ações dos jogos no primeiro e segundo tempo.

4.2 Amostra

A amostra do presente estudo foi constituída inicialmente por 10 jogadores de

futebol profissional, sendo excluídos da pesquisa 3 jogadores, por serem

substituídos durante o jogo, restando assim, 7 atletas para realização da pesquisa (2

zagueiros, 1 lateral, 2 meias e 2 atacantes). Os atletas pertencem a uma equipe da

série do Campeonato Brasileiro e foram analisados durante um jogo realizado pela

Copa Sul-americana de Futebol. A média de idade foi de 24.1 ± 1.25 anos, a da

estatura de 179.4 ± 2.33 cm, a massa corporal de 75.6 ± 2.18kg e o consumo

máximo de oxigênio de 54.83 mlO2/kg/min.

4.3 Procedimentos

Os dados foram coletados durante um jogo de futebol pela Copa Sul-

americana no segundo semestre de 2014. Para determinar a distância percorrida e a

intensidade dos jogadores nesta partida foi utilizado o GPS da marca Qstarz sports

record BT- Q1300ST com amostragem de frequência de 5hz. O dispositivo (massa:

76g; dimensão: 48 mm x 20 mm x 87 mm) foi fixado dentro do bolso no short dos

jogadores, ligado 5 minutos antes de se iniciar o jogo e desligado imediatamente

após o final da partida. Depois de gravados, os dados foram transferidos para um

computador e analisados no software do equipamento. A intensidade de jogo foi

determinada de acordo com a velocidade obtida e classificada em seis níveis: de 0 a

7 km/h em caminhada (V1); de 7 a 10 km/h em trote (V2); de 10 a 14 km/h em

corrida leve (V3); de 14 a 18 km/h em intensidade moderada (V4); de 18 a 22 km/h

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em alta intensa (V5); e > 22 km/h em pique (V6). A caminhada e o trote são de baixa

intensidade, as corridas de 10 a 18 km/h são de intensidade moderada e a

velocidade acima de 18 km/h são de intensidade elevada. Assim, foram realizadas

análises da velocidade máxima e média, da DP, da distância percorrida a cada

15min, e logo após foram feitas as comparações dessas variáveis entre o primeiro

tempo (PT) e segundo tempo (ST) do jogo.

4.4 Antropometria e capacidade aeróbia

A avaliação da estatura (m) e da massa corporal (kg) foi realizada em uma

balança antropométrica digital adulto com capacidade máxima de até 200kg com

régua W110H e visor em LED – (WELMY). O Índice de Massa Corporal (IMC) foi

calculado utilizando a fórmula massa corporal x estatura². E a capacidade aeróbia foi

determinada por um ventilômetro Flowmet® Ventilatory Threshould Detection

System (Micromed Biotecnologia Ltda) em uma esteira ergométrica da marca

Imbramed Milenium Classic CI - Inbrasport®.

4.5 Analise estatística

A normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro Wilk <50.

Para comparar as ações como distância percorrida e velocidade média foi utilizado o

test t de student. Para os dados com distribuição normal a comparação dos

parâmetros estudados em relação aos diferentes tempos dos jogos foi analisada

através da análise de variância ANOVA one-way para medidas repetidas, seguida

do post hoc de Bonferroni. O nível de significância adotado foi de p < 0.05. Para a

análise estatística dos dados foi utilizado o software Sigma Stat 5.0.

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5 RESULTADOS

O jogo analisado teve a duração de 93 minutos, com uma média de DP pelos

jogadores de 7651 ± 280m. A MVM atingida pelos jogadores foi de 26.69 ± 2.4 km/h.

A média da DP foi 3792 ± 144m (49.57 ± 0.3%) e 3859 ± 140m (50.43 ± 0.3%), no

primeiro e segundo tempo respectivamente. A diferença de 67m não foi

estatisticamente significativa. Da mesma forma, a média da velocidade entre o

primeiro tempo (5.6 ± 0.22 km/h) e o segundo tempo (5.6 ± 0.24 km/h) não foi

estatisticamente diferente, sendo a média da soma dos dois tempos de 5.6 ± 0.23

km/h.

Tabela 1 - Comparação da distância percorrida, porcentagem e velocidade média do primeiro com segundo tempo. (Valores médios ± desvio padrão)

1º tempo 2

º tempo

Distância percorrida (m) 3792 ± 144 3859 ± 140

Porcentagem (%) 49.57 ± 0,3 50.43 ± 0.3

Velocidade média (Km/h) 5.6 ± 0.22 5.6 ± 0.24

*p < 0.05

Fonte: MORAES NETO, J. G., 2018.

Na tabela 1 é mostrado a MVM 15min 0-15: 23.21 ± 1.36; 16-30: 24.13 ± 1.81;

31-45: 23.23 ± 1.10; 46-60: 24.65 ± 2.44; 61-75: 23.54 ± 1.56; 76-90: 26.16 ± 2.43

não sendo encontradas diferenças significativas entre os grupos no intervalo de 15

minutos.

Tabela 2 - Comparação da velocidade máxima a cada 15 minutos de partida. (Valores médios ± desvio padrão)

Velocidade máxima a cada 15 min (km/h)

1º tempo 2

º tempo

0-15 16-30 31-45 46-60 61-75 76-90

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23.21 ± 1.36 24.13 ± 1.81 23.23 ± 1.10 24.65 ± 2.44 23.54 ± 1.56 26.16 ± 2.43

*p < 0.05

Fonte: MORAES NETO, J. G., 2018.

Na tabela 2 estão apresentados os dados da DP a cada 15 min 0-15: 1204 ±

40.06; 16-30: 1094 ± 35.79; 31-45: 1494 ± 72.73; 46-60: 1154 ± 39.94; 61-75: 1109 ±

37.71 76-90: 1595 ± 73.37. Nossos dados mostraram que os jogadores correram

mais durante os últimos 15 minutos do segundo tempo em comparação aos outros

tempos, exceto no tempo 31-45 (p<0.05). Para este tempo foi encontrado diferenças

significativas em relação aos menores valores de distância percorrido.

Tabela 3 - Comparação da distância percorrida a cada 15 minutos de partida. (Valores médios ± desvio padrão)

Distância percorrida (m)

1º tempo 2º tempo

0-15 16-30 31-45 46-60 61-75 76-90

1204 ± 40.06 1094 ± 35.79*

1494 ± 72.73*

1154 ± 39.94 1109 ± 37.71 1595 ± 73.37µ

*p < 0.05 em relação aos menores valores de distância percorrida,

µp < 0,05 em relação aos outros

tempos exceto 32-45.

Fonte: MORAES NETO, J. G., 2018.

A tabela 3 mostra a DP 15min da partida no primeiro e segundo tempo. Foi

observado que a maior média de distância foi obtida no período de 31-45 min (1494

± 72.73m; p<0.05) do primeiro tempo em relação aos tempos de 1 a 15min (1204 ±

40.06 m) e 16 a 30min (1094 ± 35.79m). No segundo tempo a maior DP foi dos 31

aos 45min (1595 ± 73.37m; p<0.05) em relação aos tempos 0 a 15min (1154 ± 39.94

m) e 16 a 30min (1109 ± 37.71m), como também em relação aos períodos de 0 a 15

e 16 a 30 min do primeiro tempo (p<0.05).

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Tabela 4 - Comparação entre a distância percorrida no primeiro e segundo tempo em diferentes intensidades de trabalho. (Valores médios ± desvio padrão)

1º tempo (m) 2

º tempo (m) Soma (m)

V1- 0 - 7 km/h 2123 ± 37.89 2108 ± 34.41 4231 ± 63.94*

V2- 7 -10 km/h 713.7 ± 56.85 765.7 ± 36.51 1493 ± 83.3*

V3- 10 - 14 km/h 507.3 ± 48.52 532.1 ± 61.16 1025 ± 78.2*

V4- 14 - 18 km/h 170.9 ± 55.57 168.4 ± 58.46 336.6 ± 112.6

V5- 18-22 km/h 217.9 ± 39.53 200.0 ± 30.67 402.9 ± 65.2**

V6- > 22 km/h 59.29 ± 26.22 85.00 ± 40.70 144.3 ± 65.84

V= velocidade, *p < 0.05 em relação aos menores valores de distancia percorrida,

**p < 0.05 em

relação a intensidade >22km/h.

Fonte: MORAES NETO, J. G., 2018.

A tabela 4 mostra que os jogadores durante o jogo passam mais tempo na

intensidade 0-7km/h (4231 ± 63.94m) seguido da intensidade de 7-10 km/h (1493 ±

83.28), 10-14 km/h (1025 ± 78.22m), 18-22km/h (402.9 ± 65.24m) 14-18km/h (336.6

± 112.6) e >22km/h (144.3 ± 65.84), não sendo estatisticamente significativo quando

comparado as intensidades de 18-22km/h com 14-18km/h e 18-22km/h com

>22km/h.

Figura 1 - Comparação entre as intensidades de esforço durante a partida 0-14km/h baixa, 18km/h moderada e acima de 18km/h elevada. (Valores médios± desvio padrão)

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alta

média

baixa

0

20

40

60

80

100

*

*(%

)

Determinação da intensidade de esforço em função da velocidade máxima atingida na partida, *p < 0.05 em relação aos menores valores de porcentagem. Fonte: MORAES NETO, J. G., 2018.

Na figura 1 é mostrado que os jogadores passam: 75.04 ± 2.0% do tempo em

atividades de baixa intensidade, ou seja, caminhando ou trotando; 17.64 ± 1.9% do

tempo em atividades de intensidade moderada de 10 a 18 km/h; e apenas 7.3 ±

0.9% do tempo em atividades de intensidade elevada acima dos 18 km/h.

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6 DISCUSSÃO

Um dos principais achados deste estudo foi a verificação da DP, a velocidade

média e máxima e a intensidade dos jogadores em uma partida internacional. A

média da DP dos 7 jogadores (2 zagueiros, 1 lateral, 2 meias e 2 atacantes) que

completaram o jogo foi de 7651 ± 280m. Valores semelhantes aos nossos foram

verificados durante jogos de futebol do Campeonato Italiano (30 partidas, com 25

jogadores) através da análise da DP com utilização de multicâmeras, onde foram

observadas distâncias médias de 8929 ± 3514.7m (VIGNE et al., 2010). Fazendo

uso da mesma metodologia, o estudo de Rampinini et al. (2009), apresenta valores

de distância média de 11918 ± 294m.

Um dos poucos estudos realizados no Brasil foi mostrado, com utilização do

sistema de gravação de imagens de forma automática, a média da distância

percorrida de 55 jogadores em 4 jogos, que obteve valor de 10.012 ± 1024m

(BARROS et al., 2007). Em outro estudo (563 jogadores por pelo menos 8 partidas)

a distância foi avaliada nos jogos do campeonato Espanhol, a DP em campo da liga

dos campeões foi de 11393 ± 1016m, com variação de 5696 a 13746m, isto sendo

obtido através da metodologia Prozone ®, Leeds, England. Sarmento et al. (2014)

através de uma revisão sistemática mostraram que a distância percorrida em um

jogo de futebol varia entre 9 e 14km.

Comparando a diferença da DP entre os dois tempos, foi verificado que os

jogadores atingiram uma menor distância PT (3792 ± 144m) do que no ST (3859 ±

140 m), porém não foi estatisticamente significativa. Entretanto outros estudos

observaram maior DP no PT do que no segundo: 5709 ± 485m vs. 5684 ± 663 m (DI

SALVO et al., 2007); 5642 ± 626 vs. 4995 ± 1156m (VIGNE et al., 2010). Porém em

outro estudo mostrou diferença significativa em relação a comparação entre os dois

tempos: no primeiro 5173 ± 394 vs. no segundo tempo 4808 ± 375 m (BARROS et

al., 2007).

A MVM atingida pelos jogadores foi de 26.69 ± 2.4 km/h. Resultados

semelhantes foram encontrados em partidas da copa do mundo de 2010 no qual a

MVM dos jogadores de 5 seleções foi de 25.9 km/m e não houve diferenças

significativas nas velocidades máximas atingida entre as 5 equipes analisadas no

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estudo (DUK et al., 2011). Já a média da VM do PT desse estudo foi de 5.6 ± 0.22

km/h e no ST de 5.6 ± 0.24 km/h, não sendo diferente estatisticamente. Para a VM

nos dois tempos o valor foi de 5.6 ± 0.22 km/h. Entretanto nas partidas da copa do

mundo de 2010 foram obtidos valores maiores que os achados neste estudo, 6.84

km/h (DUK et al., 2011) com uma diferença de apenas 1.24km.

Foi observado, nesta pesquisa, que os jogadores durante a partida (Tabela 4)

passaram aproximadamente 71% do tempo em intensidade baixa (V1 e V2), 21%

em moderada (V3 e V4) e 7% (V5 e V6) em elevada. Os valores médios atingidos

foram de: 423.1 ± 63.94m na intensidade baixa (V1); seguido da intensidade de V2

(1493 ± 83.28); V3 (1025 ± 78.22m); V5 (402.9 ± 65.24m); V4 (336.6 ± 112.6); e V6

(144.3 ± 65.84), não sendo estatisticamente as velocidades de V5 comparando com

a velocidade atingida em V4. Dados semelhantes foram obtidos por Di Salvo et al.

(2007) que para as intensidades leve, moderada e elevada, obtiveram porcentagens

de 61%, 29% e 8% respectivamente. Segundo Bangsbo (2006) os jogadores

passam mais de 70% da partida exercendo intensidade leve. Comparando a

intensidade de jogo em diferentes velocidades, nesse estudo foi verificado que nas

intensidades 0-7km, 14-18km, 18-22km houve uma maior DP no PT em relação ao

segundo e nas intensidades de 07-10km, 10-14km e >22km foram percorridas

maiores distâncias no ST.

Barros et al. (2007) verificaram uma maior DP nas velocidades de: 0-11 km/h

com 2846 ± 134m no PT e 2680 ± 209 m no ST; na velocidade 11-14km/h, 874 ±

188m no PT e 726 ± 181m no ST; e de 14-19km/h, 935 ± 229 m no PT e 786 ± 197m

no ST. No presente estudo os valores para velocidades de: 0 a 10 km/h foram de

2840m no primeiro e 2873m no ST; de 10-14km/h no primeiro 507 ± 48.52m e no ST

532 ± 61.16m; e na intensidade de 14-18 km/h, 171 ± 55,57 no PT e 168.4±58.46m

no ST. Os dados mostram uma distância semelhante nas intensidades de 0 a

10km/h mesmo não sendo estatisticamente significativa, porém na distância de 10-

14km/h as diferenças foram de 367m no PT e 289 no ST, e na velocidade de 14 a

18km/h a variação foi de 764m no primeiro e 364m no ST. Em relação a distância

percorrida nesta intensidade, dados obtidos nessa pesquisa mostraram uma

semelhança com estes achados já que os valores médios da distância na

intensidade de 0 a 10 km/h que foi de 2840m no primeiro tempo e 2874m no

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segundo tempo. Entretanto esses dados não foram significativos comparando-se os

dois tempos.

A diferença de alguns dados comparados aos dados da literatura, talvez seja

em função do número reduzido da amostra. Acrescentando a isto existe uma

diferença em função do tipo de exigência da partida, bem como a forma que estão

sendo captados (SALVO et al., 2007). Faz-se necessário, desse modo, a obtenção

de dados de mais partidas dentro desta competição, para que assim possamos

comparar os nossos dados com os da literatura internacional. Além da necessidade

de se avaliar a individualização dos parâmetros determinados a partir da posição

que os jogadores ocupam em campo.

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7 CONCLUSÃO

Com base em nossos resultados pode-se concluir que os jogadores atingiram

uma menor DP que em outros trabalhos da literatura. Entretanto, a VM foi

semelhante. Foi observado, em termos de médias, que os atletas percorrem maiores

distancias nos 15 minutos finais de cada tempo. Nesta partida os jogadores

passaram mais de 75% do tempo em intensidade leve, 21% em intensidade

moderada e 7% em intensidade elevada. Além dos resultados apresentados,

ressaltamos a importância do estudo, por existirem poucas pesquisas publicadas

utilizando dados obtidos por meio do GPS em uma competição internacional.

Considerando que o número de amostra desse estudo foi reduzido, seriam

necessários outros estudos, com uma maior quantidade de sujeitos utilizando a

mesma metodologia, para obtenção de dados mais precisos.

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