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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO LABORATÓRIO DE ENGENHARIA DE SUSTENTABILIDADE MANUAL CONDENSADO DE ECOTECNOLOGIAS CURSO DE FÉRIAS - ECUMENISMO E MEIO AMBIENTE « A humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum. » (13); «o ser humano ainda é capaz de intervir de forma positiva » (58); «nem tudo está perdido, porque os seres humanos, capazes de tocar o fundo da degradação, podem também superar-se, voltar a escolher o bem e regenerar-se » (205). Papa Francisco, ` Laudato siMaterial retirado do livro: Processo formativo em educação ambiental:escolas sustentáveis e COM-VIDA: tecnologias ambientais/ Dulce Maria Pereira.- 2. ed. - Ouro Preto:Editora da UFOP, 2015. ISBN 978-85-288-0310-5 Cópias e reproduções autorizadas mediante citação da fonte. Janeiro/ 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL

DE OURO PRETO

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA DE

SUSTENTABILIDADE

MANUAL CONDENSADO DE ECOTECNOLOGIAS

CURSO DE FÉRIAS - ECUMENISMO E MEIO AMBIENTE

« A humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na

construção da nossa casa comum. » (13); «o ser humano ainda é

capaz de intervir de forma positiva » (58); «nem tudo está perdido,

porque os seres humanos, capazes de tocar o fundo da

degradação, podem também superar-se, voltar a escolher o bem e

regenerar-se » (205). Papa Francisco, ` Laudato si’

Material retirado do livro: Processo formativo em educação

ambiental:escolas sustentáveis e COM-VIDA: tecnologias ambientais/

Dulce Maria Pereira.- 2. ed. - Ouro Preto:Editora da UFOP, 2015.

ISBN 978-85-288-0310-5

Cópias e reproduções autorizadas mediante citação da fonte.

Janeiro/ 2016

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PASSO A PASSO ECOTÉCNICAS

Para garantir bons resultados, além de promover técnicas sustentáveis que de fato

sejam viáveis economicamente e tecnicamente, sempre prioriorizar as necessidades e

o conhecimento local, bem como, observar sempre a disponibilidade local quando na

escolha de materiais.

Ecotécnica1: Conforto Visual - Iluminação

Informações técnicas pautadas no trabalho de ALVES (2011).

Passo 1: Verificar qual é a direção do norte geográfico do terreno.

Pode-se utilizar bússulas, na falta desta, uma regra simples e grosseira é estender o

braço direito na direção do sol nascente (leste) e o braço esquerdo na direção do sol

poente (oeste). Pela disposição dos pontos cardeais, podemos concluir que o Sul ficará

voltado para as costas e o Norte para a frente.

Figura 1: Norte geográfico. Para saber mais a respeito acesse o site http://goo.gl/4PyWtq.

Figura 2: Norte verdadeiro (ALVES, 2011).

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Passo 2: Posicionar Fachadas.

Optar por fachadas voltadas para Norte e Leste para melhor aproveitamento de luz

natural.

Passo 3: Melhorar a distribuição de luz.

Evitar salas muito compridas;

Evitar salas com aberturas em uma só fachada;

Utilizar aberturas mais altas.

Ecotécnica 2: Materiais alternativos para Isolamento Acústico

Passo 1: A escola deve observar a disposição dos espaços onde a concentração é necessária;

Passo 2: Caso haja problemas com ruídos externos, identificar a fonte e planejar barreiras de

vegetação, como muros verdes;

Passo 3: Verificar se há problemas de reverberação em sala de aula, sabendo que

valores típicos são 0,4 < Tr < 0,5. Para tal, utilize o seguinte endereço eletrônico:

http://goo.gl/eWsI7v.

Passo 4: No caso de reverberação, uma alternativa é interferir no volume revestindo

paredes e piso com materiais macios e porosos, como espuma, carpete, algodão, lã de

vidro, cortiça, tapetes ou tecidos grossos. Seguem algumas opções:

Paredes com mantas sustentáveis como a PROMA laje, que é feita com aparas

do seu próprio processo de produção

(http://atitudesustentavel.com.br/blog/2013/09/01/manta-antialergica-e-sustentavel-de-

isolamento-acustico/);

Utilizando o Drywall (http://atitudesustentavel.com.br/blog/2011/12/13/12-

vantagens-do-uso-de-drywall-em-construcoes/);

Tijolos ecológicos (http://atitudesustentavel.com.br/blog/2011/09/06/confira-as-

vantagens-do-tijolo-ecologico/);

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Isolantes a base de PET

(http://atitudesustentavel.com.br/blog/2011/06/15/material-feito-de-pet-gera-

isolamento-acustico/);

Ecotécnica 3: Conforto Térmico - Ventilação Natural

Passo 1: Observar localmente (moradores mais antigos da comunidade) a direção

predominante do vento, sabendo que é um parâmetro que varia com o tempo e no

espaço;

Passo 2: Caso necessário intervenções para melhorar a circulação interna de ar,

observar o quadro com características que devem ter as construções, considerando-se

as zonas climáticas, ou os itens que se segue:

Figura 4: Características das construções, considerando as zonas climáticas. Fonte: Modificado de LENGEM (2004),

p.690 e 691.

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Ventilação por convecção: Na ventilação por convecção, a renovação de ar ocorre devido

ao posicionamento de aberturas em diferentes alturas. Esse efeito é mais acentuado quando há

maior diferença de altura entre as aberturas.

Ecotécnica 4: Qualidade dos pátios escolares

Passo 1: Observar a planta da escola para melhor conhecer o espaço físico disponível;

Passo 2: Utilizando a criatividade e os recursos abundantes na região, como pneus,

madeiras, argilas, rochas ornamentais, ou outros, criar espaços que cultivem o Belo, as

Cores, a Vegetação e a Harmonia entre os usuários, seja com bancos, esculturas,

jardins, parques infantis ou áreas para prática de esportes.

Segue agora um passo a passo específico para construir um jardim vertical com

pallets (http://www.labioguia.com/jardin-vertical-en-un-palet/):

Passo 1: Escolher pallets em melhores condições. Uma vez com eles, pode-se lixar e

em seguida envernizar ou simplesmente pincelar com óleo de girassol para que o

material tenha uma vida mais longa;

Passo 2: Utilizando um tecido impermeável, cobrir um dos lados e também o fundo (o

ideal é colocar duas camadas do tecido para garantir a resistência do material);

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Passo 3: Agora temos que encher o pallet com solo e plantar;

Passo 4: Com o pallet no chão para facilitar o trabalho, escolha plantas com folhas e

flores pequenas. Pode ser feito combinações com alface e salsa por exemplo.

Passo 5: Uma vez plantado, regar. Deixe os pallets no chão até que as plantas se

acomodem. O ideal é aguardar 2 semanas para levantá-los;

Figura 5: Detalhe do tecido impermeável e sua fixação. Fonte:

Figura 6: Detalhe do tecido

impermeável e sua fixação. Fonte:

Figura 7: Pallet no chão. Fonte:

Figura 8: Pallet deitado e na vertical. Fonte:

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Passo 6: Irrigação. Nota-se que a terra, especialmente na parte superior, geralmente

seca muito rápida. Uma boa opção seria adicionar uma irrigação por gotejamento

caseiro para evitar correr o risco de esquecer. Podendo por exemplo, deixar a garrafa

pet, como no esquema abaixo pendurada acima do pallet.

Ecotécnica 5: Economia de Energia Elétrica

Tendo em vista o presente curso Educação Ambiental - Escolas Sustentáveis, é

pertinen- te trazer a luz do conhecimento que as escolas podem e devem criar projetos

e solicitar finaciamento do Governo Federal para tais investimentos. Estes projetos

devem ter, entre 36 outras informações, identificados onde estão os maiores gastos de

energia e propostas de minimização como as descritas abaixo. Para saber mais sobre

como solicitar o financiamen- to acesse http://goo.gl/NWvwpo.

Melhoramentos que culminam com uma maior eficiência energética

Passo 1: Priorizar o uso de equipamentos que utilizem fontes renováveis de energia para

o abastecimento da escola, tais como, painéis fotovoltaicos (energia solar) para

aquecimento de água, por exemplo; biomassa (verificar proximidade com fazendas ou

criadores de gado), energias eólica e geotérmica, sempre de acordo com as

possibilidades do local.

Figura 9: Irrigação caseira. Detalhe

da espuma para não entupir o

cotonete. Fonte:

https://inforagro.wordpress.com/20

10/08/19/irrigacao-alternativa-2/

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Passo 2: Utilizar lâmpadas de tecnologia LED (fluorescentes compactas ou circulares e

utilizar apenas as que apresentem o selo do PROCEL - Programa Nacional de

Conservação de Energia Elétrica), bem como, sensores de presença nos ambientes;

Ecotécnica 6: Fogão Solar

Existem diversos modelos de Fogão Solar, utilizando materiais diversos. Este pode ser

visto na íntegra em: http://www.sustentavelnapratica.net/arquivos/fogaosolar.pdf

Materiais necessários: Duas caixas (uma maior que a outra com folga de cerca de

2cm), material isolante (papel, serragem, fibra de coco, isopor), vidro, papelão ou

plástico transparente (maior do que a caixa grande), cola branca, régua e esquadro,

lápis, estilete, tesoura, fita adesiva, papel de alumínio, papel pardo ou papel rascunho,

2 parafusos com rosca, porca ou borboleta e um pedaço de arame.

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Reserve a caixa maior e comece a trabalhar com a caixa menor;

Passo 7: Passe cola em toda área interna da caixa.

Passo 8: Em seguida, cole papel de alumínio de modo a cobrir todo do fundo e as

laterais da caixa interna.

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Passo 16: Preparar o refletor. Para prepará-lo, corte um pedaço de papelão do tamanho

da tampa, deixando duas abas com suporte para prender na tampa. Cole papel de

alumínio em uma das faces. Prenda o refletor na tampa fazendo um furo e utilizando

um parafuso de rosca com uma porca ou uma borboleta. E pronto!

Ecotécnica 7: Telhado Verde

De acordo com Lengen (2004), Para confeccionar o telhado verde, são necessárias

algumas etapas (Silva 2011, Lengen 2004):

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Figura 37: Composição do telhado verde com argila expansiva. Fonte:

http://www.cinexpan.com.br/argila-expandida/telhado-verde.html

Passo 1: Observar se a superfície que receberá o telhado verde está impermeável para

a água da chuva, com uma camada de concreto por exemplo, ou em caso de telhado de

madeira pode-se usar um compensado de madeira como base.

Passo 2: Cobrir a superfície com material impermeável (manta asfáltica ou lona

plástica), para evitar infiltração.

Passo 3: Colocação da camada drenante. Esta camada pode ser constituída de brita,

seixos, argila expandida, além de materiais comerciais, com espessura variando de 7 a

30 cm.

Passo 4: Colocação da camada filtrante. Podem ser membranas comercializadas

(Bidim) ou mesmo areia.

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Passo 5: Colocação da terra adubada ou substrato vegetal, aproximadamente uns 15

cm (http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/casa/coberturas-cidades-casa-

conforto-termico-498083.shtml?func=1&pag=1&fnt=14px).

Passo 6: Colocação da camada vegetal, como gramas por exemplo.

Passo 7: Irrigar abundantemente por quarenta dias após a colocação. E pronto!

Ao escolher as espécies observar as típicas de cada região, em função do bioma no

qual a sua região está inserida, e dar preferência para estas de forma a contribuir com

a biodiversidade local. Mais informações no site:

http://www.jardineiro.net/classe/gramados-e-forracoes.

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Ecotécnica 8: Captação da Água de Chuva

Passo 1: Antes de iniciar a construção de um sistema de Aproveitamento da Água de

Chuva, conheça um pouco mais sobre as chuvas que caem em sua região, e os

princípios e componentes básicos deste sistema. Estas informações serão importantes

para dimensionar o tamanho da cisterna que armazenará a agua, para tal, é necessário

calcular a área de captação, em função da geometria do telhado e o volume de chuva.

Calcular a área do telhado: Para calcular a área de uma superfície,

é preciso saber como calcular a área de alguns formatos geométricos básicos como o

retângulo da figura abaixo. Fonte:http://www.sempresustentavel.com.br/hidrica/aguadechuva/agua-de-

chuva.htm

Figura 42: Telhado de casa com geometria retangular.

Para conhecer o volume de chuva,

pode-se construir um pluviômetro simples,

com uma haste de madeira de aproximadamente 1,5m, uma régua e uma

garrafa pet. Veja mais detalhes em:

http://www.sempresustentavel.com.br/hidrica/aguadechuva/agua-de-

chuva.htm.

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Passo 2: Instalação de calhas e condutores.

Passo 3: Instalação de filtro e separador das primeiras águas de chuva.

Nesse modelo é usado uma peneira com malha fina, tipo tela mosquiteiro ou peneira

grande de cozinha, e um recipiente que pode ser um vaso ou um balde com um registro

instalado no fundo e um tubo na lateral conectando com a cisterna.

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Passo 4: Cisterna e tratamento.

Um projeto de baixo custo para residência urbana propõe o uso de minicisternas de água

de chuva. A minicisterna além de cumprir com sua função inicial pela qual foi

projetada, também mostrou ser uma excelente ferramenta didática para escolas, podendo

ser construída com bombona (tambor) ou com caixa de água de qualquer tamanho,

desde que tenha onde instalar.

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Ecotécnica 9: Filtro Caseiro

A construção de um Filtro Caseiro para reciclarmos nossas águas cinzas é simples,

pode ser feito por nós mesmos em nossas casas ou como práticas acadêmicas, como na

figura abaixo. Fonte: http://www.ipemabrasil.org.br/institutoweb13.htm

Figura XX: Filtro caseiro didático. Fonte:

http://escolavaldelice.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html

Materiais necessários: 3 a 5 reservatórios (podemos usar tambores de 200 litros

comprados em ferro velho), conforme interesse.

Passo 1: Separar as águas cinzas das águas negras.

Passo 2: No primeiro reservatório, fazer uma entrada para água na borda de cima do

reservatório e para a saída, temos que criar um sistema sifão (veja figura abaixo), que

capta a água uns 60 cm abaixo do nível da água de entrada.

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Esta é a nossa caixa séptica que irá separar o grosso da gordura. Como a gordura boia,

o nossa captação de água vai estar submerso 60 cm abaixo no nível dos canos de

entrada e saída de água.

Passo 3: No segundo reservatório (filtragem mineral), colocamos brita, areia e terra

em camadas de 10 cm. Temos que deixar um bom espaço (40 cm) da borda de cima

até a superfície do nosso leito filtrante (brita, areia e terra) para o acumulo de água

que pode ocorrer quando a demanda de água for maior que o tempo de filtragem.

A saída de água e feita pelo fundo do reservatório.

Passo 4: No terceiro reservatório, no fundo, colocamos brita até uma altura de 10 cm.

Em seguida, acrescentamos uma mistura de solo com por exemplo, casca de arroz ou

carvão ativado (material filtrante), formando uma camada de 40 cm. Por fim, uma

ultima camada com material filtrante, uns 10 cm. Podemos plantar arroz e plantas

aquáticas como junco, aguapés e lírio para ajudar na filtragem.

A saída de água e feita pelo fundo do reservatório.

Passo 5: Criar um pequeno lago ornamental para o jardim. Temos que cavar um

pequeno buraco de 1,5 – 2,0 m de diâmetro e aproximadamente 50 cm de

profundidade, e posteriormente, cobrimos a superfície deste buraco com lona plástica.

Antes, porém, temos que livrar a superfície de raízes ou pedras pontiagudas que

possam furar o plástico. Colocar um pouco de areia pode ajudar nesta operação.

Passo 6: Cobrir com um pouco de brita o fundo do lago, com cuidado para não furar a

lona plástica. Nestas britas, colocamos plantas aquáticas de varias espécies tipo: lírios

do brejo, juncos e aguapé. Podemos colocar peixes também que se alimentarão de

matéria orgânica em suspensão na água.

É importante termos aguapés, eles são muito eficientes como filtros naturais.

Passo 7: Para deixar seu lago mais bonito, na borda, podemos colocar terra e algumas

pedras para receber flores e plantas.

Alguns trabalhos já utilizam a água recuperada a partir do lago para fins de irrigação e

lavagens em geral.

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Passo 8: Em uma das extremidades do lago podemos criar uma praia feita de areia e

brita, nesta praia colocamos um cano (ladrão de água) e conectamos com o quarto

reservatório de filtragem (mineral), composto por britas como o segundo.

Passo 9: O último reservatório conterá água reciclada para uso.

Pronto! Nosso sistema de tratamento para Águas Cinzas esta criado, esta água já

pode ser usada em limpeza, descarga de banheiro e irrigação do jardim.

CUIDADOS

O primeiro reservatório deve ser colocado em local ventilado e tampado, o

processo anaeróbico produz gases de mau cheiro.

Os aguapés se reproduzem rapidamente, de tempos em tempos, devemos retirar

o excesso.

O tamanho do filtro depende do volume de esgoto a ser lançado.

Ecotécnica 10: Fazendo um Círculo de Bananeiras

Passo 1: Instalar uma caixa de gordura ou construir um filtro de areia e brita

para filtrar a água;

Passo 2: Direcionar está água para o círculo preparado.

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Ecotécnica 11: Bacia de Evapotranspiração

Também conhecido como Tanque de Evapotranspiração (TEVAP) é um sistema de

tratamento e reaproveitamento dos nutrientes da água negra (proveniente do vaso

sanitário), para produção de flores e frutas.

Materiais necessários: Entulho, pneus usados, terra, areia, lona e plantas.

O dimensionamento da bacia é de aproximadamente 2 m3/pessoa.

Passo 1: Orientação em relação ao sol.

Como a evapotranspiração depende em grande parte da incidência do sol, a bacia deve

ser orientada para a face norte (no hemisfério sul) e sem obstáculos como árvores altas

próximas à bacia, tanto para não fazer sombra como para permitir a ventilação.

Passo 2: Dimensionamento

A forma de dimensionamento da bacia é: largura de 2 metros e profundidade de 1

metro. O comprimento é igual ao número de moradores da casa, ou utilizadores

habituais do sistema. Para uma casa com cinco moradores, a dimensão fica assim:

(LxPxC) 2x1x5 = 10 m3.

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Passo 3: Construção da bacia.

Pode-se construir a bacia de diversas maneiras, mas, visando a economia, a

sustentabilidade e a segurança, a técnica mais indicada de construção é a

do Ferrocimento (Figura 55). As paredes ficam mais leves e, principalmente, usam

muito menos material. O ferrocimento é uma técnica de construção com grade de ferro e

tela de “viveiro” coberta com argamassa. A argamassa da parede deve ser de duas (2)

partes de areia (lavada média) por uma (1) parte cimento e argamassa do piso deve ser

de duas (3) partes de areia (lavada) por uma (1) parte cimento.

Pode-se usar uma camada de concreto sob (embaixo) o piso caso o solo não seja muito

firme, funcionando como fundação.

Passo 4: Câmara anaeróbia

Depois da bacia devidamente montada e impermeabilizada, mantendo-a úmida por três

dias, vem a construção da “câmara de digestão”, que é facilitada com o uso de pneus

usados e do entulho da obra (Figura 56). A câmara é composta do duto de pneus e de

tijolos inteiros (bem queimados) alinhados ou cacos de tijolos, telhas e pedras,

colocados até a altura dos pneus. Isto cria um ambiente com espaço livre para a água e

beneficia a proliferação de bactérias que quebrarão os sólidos em moléculas de

micronutrientes.

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Passo 5: Dutos de inspeção.

Neste ponto pode-se iniciar a fixação dos 3 dutos de 50mm de diâmetro (Figura 57),

conforme indicado, para a inspeção e coletas de amostras de água.

Figura 57: Detalhe dos tubos de inspeção. Fonte:

http://www.setelombas.com.br/2010/10/bacia-de-evapotranspiracao-bet/

Passo 6: Camadas de materiais.

Acima da camada de pneus e entulhos, acrescentar a segunda camada de brita (+/- 10

cm).

A seguir convém utilizar algum tipo de manta permeável (ex: bidim) para evitar que a

areia (+/- 10 cm) da camada superior (terceira) desça e feche os espaços da brita.

Em seguida vem a camada de solo (+/- 25 cm) que vai até o limite superior da bacia.

Procure usar um solo rico em matéria orgânica e mais arenoso do que argiloso. Por fim

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vem a última camada, que fica acima do nível da BET. Essa camada é composta de

folhagem seca, também conhecida pelos praticantes da Permacultura como Mulch.

Passo 7: Proteção (Mulch)

Como a bacia não tem tampa, para evitar o alagamento pela chuva, ela deve ser coberta

com folhagem seca. Todas as folhas que caem das plantas e as aparas de gramas e

podas, são colocadas sobre a bacia para formar um colchão por onde a água da chuva

escorre para fora do sistema. E para evitar a entrada da água que escorre pelo solo, é

colocada uma fiada de tijolos ou blocos de concreto, ao redor da bacia para que ela

fique mais alta que o nível do terreno.

Passo 8: Plantio

Por último, deve-se plantar espécies de folhas largas como mamoeiro, bananeiras,

taiobas, caetés, etc (Figura 58) o passar do tempo, se aparecerem min ocas e outros

organismos do solo, como cascudos e insetos, não se assuste, isto é sinal de que o seu

sistema de tratamento est funcionando muito em e o solo est ficando mais fértil

stes organismos au iliam na digestão do esgoto.

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Ecotécnica 12: Biosistema Integrado (BI)

O BI é composto por 3 elementos básicos, o biodigestor, o biofiltro e a zona de

raízes. Segue um passo a passo para a construção de cada elemento.

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O servações • É necess rio, periodicamente, fazer a retirada do e cesso de lodo

acumulado no reator e dar a ele destinação apropriada • Note-se que o biodigestor não

torna a água do efuente potável, não serve para con- sumo humano, para tal, seria

necessário ainda, efetuar a fltração através de areia e carvão ativado, para a retirada

dos sólidos suspensos, do sabor e do odor resultantes, além da esterilização da água

por fervura ou cloração.

Ecotécnica 13: Construção do Banheiro Seco

http://www.sustentavelnapratica.net/arquivos/banheiroseco.pdf

Onde construir?

Quanto ao local, construir onde tiver a maior incidência solar, face Norte.

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Ecotécnica 14: Passos para fazer a Compostagem

Passo 1

Preparar, evitando espaços muito úmidos, uma superfície plana à sombra, onde vão ser

dispostas as pilhas ou leiras de compostagem, com uma camada impermeabilizante de

concreto para evitar a infiltração do chorume no solo. Devem existir, nessa área, canale-

tas que direcionem o chorume de forma a recolhe-lo posteriormente. O chorume

orgânico ou biológico é um biofertilizante líquido, rico em nutrientes e sais minerais.

Basta diluí-lo em água, em uma proporção de 1/5 até 1/10, e borrifar nas folhas de sua

horta.

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Passo 2

Separar as cascas de frutas, restos de poda das plantas, cascas de ovos e outras matérias

orgânicas (como estrume de animais). Picar ou partir o material que é colocado na pilha

acelera o processo de decomposição. Não se devem incluir no material a ser

compostado resíduos animais, para evitar o aparecimento de ratos e baratas.

Passo 3

Empilhar sobre a superfície plana o material separado, em camadas, que deve ter

aproxima- damente 15-20cm de espessura, com os mais grosseiros por baixo, para

facilitar a drenagem.

Passo 4

Sobre cada camada, coloca-se uma camada de terra de 2 a 3cm, que serve como

inoculante, adicionando micro-organismos ao monte. O ar precisa circular livremente ao

redor de cada monte, para facilitar o processo, e sua largura ou altura não deve

ultrapassar 1-1,5m.

Passo 5

Cobrir o monte com folhas, para evitar o ressecamento, quando o clima for quente e

seco.

Passo 6

Espetar molhos de erva seca na vertical ou canas de bambu para permitir a penetração

do ar. Formado o monte, o composto começa a se aquecer, atingindo temperaturas entre

60-80ºC, o suficiente para pasteurizá-lo, destruindo os elementos patogênicos.

Passo 7

Virar o monte, passados 15 dias, de forma que as camadas do fundo devem ser postas

para cima.

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Passo 8

Virar o monte novamente, após 5 semanas, de forma que os materiais da parte de fora

sejam colocados no interior. O teor de umidade deve ser verificado e, se necessário,

rega- se o monte, que deve manter de 45 a 65% de umidade. Embora esta seja

necessária no processo de fermentação, o excesso de água causa a compactação e o

apodrecimento dos materiais. No período de chuva o monte deve ser coberto com folhas

de bananeira ou lona, para evitar a penetração excessiva de água. Caso se torne úmido

demais, o mon- te deve ser virado ou corrigido, misturando-se materiais secos.

Passo 9

Observar que, no fim do terceiro mês, o composto costuma estar pronto para ser utiliza-

do. Ele deve ser castanho-escuro, granulado, e deve ter odor de húmus.

Passo 10

Verificar se ainda existem materiais que não sofreram transformação e separá-los ou

deixá-los mais tempo no monte até terminar o processo de decomposição. Se a decom-

posição for parcial, o composto aplicado no solo pode reduzir a quantidade de azoto (ni-

trogênio) disponível para o crescimento das plantas. O composto é de melhor qualidade

quando esfarela, não devendo ser pesado ou pegajoso.

O guia apresentado a seguir sistematiza detalhes sobre problemas e soluções para se

fazer uma boa compostagem.

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Ecotécnica 15: Minhocário

Material necessário (Fonte: http://goo.gl/Ss6YB3)

• Três cai as em cor escura, tipo container, galões ou outros, que possam ser

empilhadas sem o apoio das tampas e uma tampa;

• Torneirin a de e edouro;

• Uma furadeira com roca de 4 ou 5 milímetros (ou outra técnica para fazer furos em

plástico)

• Minhocas

• Su strato (inicialmente um saco de 20Kg);

• Jornal sem cor ou serragem;

• Restos de comida

Passo 1- Faça de 10 a 15 furos no fundo das caixas 1 e 2 com a broca tamanho 5 e

alguns furos na tampa com a broca tamanho 4.

Passo 2 - Corte a lateral da caixa 3 e fixe a torneirinha (use silicone para vedar a

torneira).

Passo 3 - Coloque uns cinco dedos de terra na caixa 1 e as minhocas, a quantidade

inicial é de 200 a 250. Existem produtos no mercado que vêm prontos para o uso,

inclusive com as mi- nhocas do tipo californianas vermelhas, que se adequam melhor

a esse fim.

Passo 4 - Deixe um ou dois dias antes de colocar os restos de comida, acrescentando

uma camada fina de terra, serragem ou jornais sem cor.

Como Usar - Quando a caixa 1 estiver cheia, passe-a para baixo e deixe compostar,

colocando a terra e os restos de alimento na caixa 2. Depois de 45 dias o húmus estará

pronto para uso.

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Ecotécnica 16: Horta Vertical

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Ecotécnica 17: Construção da Horta Circular

Passo 8

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Para finalizar, o manejo deve ser feito com o sistema orgânico de produção, utilizando

adubo gerado em composteiras, incluindo a rotação das culturas, que consiste em não

repetir culturas da mesma família no mesmo lugar, bem como a adubação verde, que

consiste em usar plantas, geralmente da família das leguminosas, cortadas no solo para

melhor disponibilização de nitrogênio.

Ecotécnica 18: Óleo de cozinha para fazer Sabão

Receita 1:

• 5 L de óleo de cozin a usado;

• 2 L de gua;

• 200 ml de amaciante;

• 1 kg de soda c ustica em

escama.

Figura 56 – Sabão caseiro

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Passo 1

Colocar, com cuidado, a soda em escamas no fundo de um balde.

Passo 2 - Em seguida, adicionar a água fervendo e mexer até diluir a soda.

Passo 3 - Acrescentar o óleo e mexer. Misturar bem o amaciante.

Passo 4 - Por a mistura numa forma e cortar as barras de sabão somente no dia seguinte.

Receita 2 (com aroma):

• 4 L de óleo de cozin a usado;

• 2 L de gua;

• ½ copo de sa ão em pó;

• 1 kg de soda c ustica;

• 5 ml de óleo arom tico de erva-doce ou outro a gosto.

Passo 1 - Aquecer a água. Separar 0,5L para dissolver o sabão em pó.

Passo 2 - Dissolver a soda cáustica no 1,5L de água restante. Adicionar lentamente as

duas solu- ções ao óleo e mexer durante 20min.

Passo 3 - Adicionar a essência, mexendo bem, e despejar nas formas escolhidas.

Desenformar ape- nas no dia seguinte firma Daysiellen : “O ideal é colocar esse óleo

que não será mais usado em uma gar- rafa pet, aquelas de refrigerante, e encaminhar

para a reciclagem. Atualmente, ONGs e empresas desenvolvem projetos de reutilização

do óleo de cozin a, o que é om para a economia e para a saúde do nosso planeta ”

Quem quiser produzir sabão em quantidades maiores pode fazer parcerias com paste-

larias e barracas de pastel da feira, para colher o óleo que normalmente é jogado fora e

doar para que seja transformado em sabão de boa qualidade.

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Ecotécnica 19: Tintas de Solo

Tinta de parede

Materiais necessários:

• P ; • Potes de cola de 1 L:

• n ada; • Vasil a graduada em ml de 2 L;

• scova de aço para limpeza da parede; • Polvil o azedo;

• Peneira de pedreiro (taman o arroz); • Potes de soda c ustica;

• sp tula para limpeza de parede; • Vassoura de piaçava;

• Rolo de pintura de lã; • Sacos para coletar terra;

• Broc a; • Li a;

• Pincéis para arremate; • Água;

• Vasil a para pintura • Copo;

(tamanho suficiente para o rolo); • Col er de pau ou misturador adaptado

ou vapt-vupt;

• Balde de 30 L com tampa bem vedada;

Material Necessário para 18 litros de tinta com cola branca:

• 8 kg de terra ou 2 galões de 3,6 L de terra;

• 4 kg de cola branca;

• 8 L de água.

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Passo 4

Antes de aplicar a tinta, limpar bem a superfície a ser coberta, certificando-se de que

não há mofo, umidade, vazamentos ou infiltrações, cal ou mesmo tinta a óleo, esmalte

ou tin- ta acrílica que possam comprometer a pintura. Em paredes com pouca

porosidade, mui- to lisas ou esfarelando, é necessária uma demão de cola diluída em

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água, na proporção de 1 para 1. A camada de cola funciona como se fosse um fundo

preparador da parede.

A tinta feita com terra não pode ser aplicada em paredes já pintadas com cal, pois ume-

dece as crostas de cal, que caem. É preciso fazer a limpeza do excesso com escova de

aço ou lixa.

A tinta feita com terra não pode ser aplicada diretamente em paredes que já receberam

pinturas com tinta a óleo, esmalte ou tinta acrílica. É preciso correr uma escova de aço

ou lixa para retirar boa parte dessas tintas e criar porosidade. Uma demão de cola

diluída ajuda a preparar essas paredes para pintura.

«toda mudança tem necessidade de motivações e dum caminho

educativo» (15); estão envolvidos todos os ambientes educacionais,

por primeiro « a escola, a família, os meios de comunicação, a

catequese» (213). Papa Francisco, ` Laudato si’