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Universidade
Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
INFLUÊNCIA DO ENXÁGÜE BUCAL COM BEBIDA CARBOIDRATADA SOBRE O DESEMPENHO EM
TESTE ESPECÍFICO DE FUTEBOL
Marina Assef Delorenzo Barreto
LONDRINA – PARANÁ
2010
DEDICATÓRIA
A Deus, por me acompanhar e me dar força durante os momentos difíceis ...
Aos meus pais que foram compreensivos e companheiros nas horas em que mais
precisei...
Aos meus amigos que me deram apoio nas minhas decisões...
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Leandro Ricardo Altimari, orientador, que me auxiliou em todas as
etapas deste trabalho.
A minha família, pela confiança, motivação e compreensão.
Ao meu amigo Lucas Adriano Pereira, pela força e ajuda em relação a esta jornada
de graduação e realização deste trabalho.
Ao Professor Ariobaldo Frisselli e colaboradores, pela concessão de informações
valiosas para a realização deste estudo.
Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de
nossas vidas.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste
trabalho.
BARRETO, Marina Assef Delorenzo. Influência do enxágüe bucal e da ingestão com bebida carboidratada sobre o desempenho em teste específico de futebol. Trabalho de conclusão de curso de Educação Física Bacharelado – Universidade Estadual de Londrina, 2010.
RESUMO
O futebol é a modalidade mais praticada no mundo todo. Com relação às fontes
energéticas que sustentem a partida, a literatura aponta o metabolismo aeróbio
como a principal fonte de energia. Porém os jogadores durante o jogo realizam
diversos sprints repetidos. Nesse sentido, o teste para mensuração da capacidade
de realização de sprints repetidos (RSAt) é utilizado no futebol para entender os
mecanismos fisiológicos envolvidos na realização desses sprints e verificar o
desempenho dos jogadores. Com relação a recursos ergogênicos, estudos recentes
sugerem uma nova alternativa ergogênica, o enxágüe bucal de carboidrato (ECHO).
O objetivo do trabalho foi analisar os efeitos do ECHO sobre a RSA em jogadores de
futebol. Foram selecionados nove atletas de futebol da categoria infantil (15,0 ± 1,5
anos; 60,7 ± 4,84 kg; 1,72 ± 0,05 m; 20,50 ± 1,25 kg/m2). Os quais foram submetidos
a um teste de RSA (RSAt). O tempo do melhor sprint (RSAmelhor), a média de
tempo dos sprints (RSAmédia), e a queda de desempenho ao longo dos sprints (IF)
foram determinados. Os atletas foram submetidos a três condições experimentais de
modo randomizado: enxágüe CHO (ECHO), enxágüe placebo (EPLA) e controle.
Para verificar as diferenças entre as variáveis nas três condições experimentais foi
utilizada análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas. A significância
adotada foi P<0,05. Não houve diferença entre as condições experimentais nas
variáveis de desempenho analisadas (RSAmelhor 7,30 ± 0,31s ECHO, 7,30 ± 0,30s
EPLA e 7,26 ± 0,16s Controle. RSAmédia 7,71 ± 0,30s ECHO, 7,71 ± 0,25s EPLA e
7,66 ± 0,24s Controle. IF 5,58 ± 2,16% ECHO, 5,77 ± 3,04% EPLA e 5,55 ± 3,72
Controle). O enxágüe bucal com CHO não foi capaz de melhorar o desempenho em
teste de capacidade de sprints repetidos em jovens jogadores de futebol.
Palavras chave: Carboidrato; Futebol; Sprints Repetidos; Recursos Ergogênicos
BARRETO, Marina Assef Delorenzo. Influência do enxágüe bucal e da ingestão com bebida carboidratada sobre o desempenho em teste específico de futebol. Trabalho de conclusão de curso de Educação Física Bacharelado – Universidade Estadual de Londrina, 2010.
ABSTRACT
The soccer is the most practiced sports in the world. About the energetic fonts that
sustains the match, the literature points the aerobic metabolism is the main energy
source. However the soccer players realize many of repeated sprints during a soccer
match. Accordingly, the test for measuring the capacity of repeated sprints (RSAt) is
very used in the soccer to understand the physiologic mechanisms involved in the
execution of the sprints and test the performance of the players. With respect of
Ergogenic soucses, recent studies, suggest a new alternative of ergogenic, the
carbohydrate mouth rinse (ECHO). The objective was to analysis the effect of ECHO
on RSA test of soccer players. Were selected nine soccer players of youth category
(15,0 ± 1,5, 60,7 ± 4,84 kg; 1,72 ± 0,05 m; 20,5 ± 1,25 kg/m2). Those athletes was
involved in a RSA test (RSAt). The best time of sprints (RSA best), the mean time
(RSA mean), and the decrease of performance was determinate at the time of sprints
(IF). The subjects were involved in 3 experiment conduction of a randomized design:
rinse-mouth with CHO (ECHO), one other occasion with placebo (EPLA), and control.
The mouth wash with CHO or PLA was followed at 5 minutes before and immediately
at the time of the beginning of the test and the subjects were instructed to rinse the
fluid around their mouth for 10 seconds and then spit the fluid out. To analyses the
significant interaction between experimental conduction, the ANOVA was explored.
Alpha significance level was set at P< 0,05. There was no difference between
experimental conductions in the analyses of performance (RSAbest 7,30 ± 0,31s
ECHO, 7,30 ± 0,30s EPLA e 7,26 ± 0,16s Control. RSAmean 7,71 ± 0,30s ECHO,
7,71 ± 0,25s EPLA e 7,66 ± 0,24s Control. IF 5,58 ± 2,16% ECHO, 5,77 ± 3,04%
EPLA e 5,55 ± 3,72 Control). The results demonstrate that carbohydrate mouth rinse
has no power to increase the performance in repeated sprints of youth soccer
players.
Keywords: Carbohydrate; Soccer; Repeated Sprints; Ergogenic Sources.
SUMÁRIO
RESUMO iii
ABSTRACT iv
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 05
1.1 Justificativa................................................................................................. 06
1.2 Objetivos.................................................................................................... 07
1.3 Hipóteses................................................................................................... 07
2 REVISÃO DELITERATURA...................................................................... 08
2.1 Carboidrato................................................................................................ 08
2.2 Enxágue bucal de carboidrato. ................................................................. 09
2.2.1 Mecanismo de ação................................................................................... 09
2.2.2 Enxágue bucal de CHO e desempenho.................................................... 09
2.3 Capacidade de realizar sprints repetidos (RSA)...................................... 10
3 METODOLOGIA....................................................................................... 12
3.1 Amostra...................................................................................................... 12
3.2 Desenho experimental............................................................................... 12
3.3 Antropometria............................................................................................ 13
3.4 Capacidade de realizar sprint repetido (RSAt)…………………………….. 13
3.5 Enxágue bucal de carboidrato................................................................... 14
3.6 Análise Estatística...................................................................................... 14
4 RESULTADOS........................................................................................... 16
5 DISCUSSÃO.............................................................................................. 18
6 CONCLUSÃO............................................................................................ 21
REFERÊNCIAS 22
5
1 INTRODUÇÃO
O futebol é a modalidade esportiva mais praticada atualmente, tendo milhões de
espectadores em todo mundo (EKBLOM, 1997), tornando o esporte como um grande
empreendimento no Brasil e no mundo (FAVANO et al., 2008) e que envolve várias
áreas de conhecimento.
Do ponto de vista fisiológico, é um jogo extremamente complexo e suas ações
específicas mostram uma grande diversidade de esforço, evidenciando suas distintas
fontes energéticas. Com relação a essa variedade de sistemas energéticos que dão
sustentação à partida, a literatura aponta o metabolismo aeróbio como o principal para
fornecer energia a uma partida de futebol (SANTOS, SOARES, 2001). Porém o futebol
é uma modalidade de característica intermitente, pois os jogadores durante uma partida
realizam diversos sprints repetidos. O teste para mensuração da capacidade de
realização de sprints repetidos (RSAt) é utilizado no futebol para entender os
mecanismos fisiológicos envolvidos na realização desses sprints. Alguns autores
sugerem que dentro da modalidade, esse tipo de teste torna-se importante melhor
entender as capacidades físicas sobre o desempenho dos jogadores (SPENCER et al.,
2005).
Com relação ao desempenho físico, durante uma partida de futebol, ocorre
depleção de 40 a 90% do glicogênio muscular, e a fadiga proveniente no final da partida
e durante os sprints, pode ser causada pela diminuição desse substrato energético em
algumas fibras musculares (BANGSBO, LAIA, KRUSTRUP, 2007). Sendo assim, a
suplementação com carboidrato antes e durante partidas é um recurso ergogênico
utilizado em larga escala por jogadores de futebol para aumentar a performance
durante os últimos estágios do jogo (GUERRA, SOARES, BURINI, 2001).
Dessa forma, estudos relatam uma melhora de desempenho com a ingestão de
CHO em exercícios de curta duração (~1h) e intensidade alta (>75% VO2 max)
(ANANTARAM et al., 1995; El-SAYED, BALMER, RATTU, 1997; JEUKENDRUP et al.,
1997; NEUFER et al., 1987) em ciclistas treinados em endurance. Uma possível
6
contribuição do CHO ingerido após a primeira hora de exercício seria de
aproximadamente 5 a 15g de CHO exógeno.
Nesse sentido, em um estudo realizado por Carter et al. (2004 b) envolvendo
infusão de carboidrato diretamente na corrente sanguínea e teste contra o relógio de 1h
de ciclismo não afetou a performance, sugerindo que esse aumento no desempenho
possa ser proveniente de mecanismos gastrointestinais, mais especificamente na
cavidade oral. Assim, surgiu a idéia de uma nova alternativa de recurso ergogênico, o
enxágüe bucal de carboidrato, alvo de investigação de estudos recentes (BEELEN et
al., 2009; CARTER et al., 2004; CHAMBERS et al., 2009; ROLLO et al., 2008). A
hipótese é que o enxágüe de CHO promove um aumento da performance de ciclistas
treinados a partir de receptores bucais que ativam mecanismos centrais de
determinadas regiões do cérebro, influenciando diretamente aspectos motivacionais do
sistema nervoso central e gerando um impacto positivo sobre a performance do
exercício (BEELEN et al., 2009; CARTER et al., 2004 a; CHAMBERS et al., 2009;
ROLLO et al., 2008).
Em relação a RSA, o enxágue bucal com CHO poderia atuar minimizando os
efeitos deletérios da fadiga neuromuscular e influenciar diretamente no desempenho do
teste, baseado no fato de que os mecanismos de ação envolvidos estão relacionados
com sinais aferentes oriundos dos receptores bucais. Dessa forma, os estudos apontam
que estes sinais ativam regiões centrais que estão relacionadas à motivação e o
controle motor; como o córtex cingulado anterior, córtex insular e o corpo estriado, e
ainda, aumentam a ocorrência de potenciais motores evocados pelo aumento na
excitabilidade cortical (CHAMBERS et al., 2009).
1.1 Justificativa
Os estudos encontrados sobre enxágüe bucal foram realizados com atletas de
ciclismo (BEELEN et al, 2009; CARTER et al, 2004b, CHAMBERS et al, 2009; ROLLO
et al, 2008) e corredores (WHITHAM e MCINNEY, 2007; ROLLO et al, 2009; POTTIER
7
et al, 2008). Dessa forma, uma investigação em outras modalidades esportivas poderia
ser realizada a fim investigar uma possível melhora no desempenho de atletas em
esporte de competição. Sendo assim, pretende-se melhorar o nível de desempenho dos
atletas de futebol a partir de um novo recurso ergogênico, como o enxágüe bucal de
carboidrato.
Alem disso, a literatura relata desconfortos gastrointestinais a partir da ingestão
de bebidas carboidratadas por corredores e ciclistas (PETERS, 1993, 2000), ocorrendo
uma queda do desempenho do atleta. O enxágüe bucal tem como vantagem a exclusão
desses possíveis desconfortos, uma vez que o atleta não ingere a solução.
1.2 Objetivo
Verificar a influência do enxágüe bucal de solução carboidratada sobre o
desempenho de atletas em teste específico de futebol.
1.3 Hipótese
Acreditamos que o enxágüe bucal com carboidrato possa aumentar o
desempenho de atletas jovens de futebol em teste especifico.
8
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Carboidrato
A suplementação com carboidrato é utilizada em larga escala em diversas
modalidades esportivas. O carboidrato é um ergogênico que prorroga o tempo de
permanência do esforço, mantendo os níveis de glicogênio muscular (LIMA-SILVA et
al., 2007) e também os níveis de oxidação de carboidrato (JEUKENDRUP, 2008).
Estudos mostram seu efeito ergogênico do carboidrato potencializado em exercício de
longa duração prevenindo a desidratação, aumentando o desempenho dos exercícios e
diminuindo a sensação de fadiga (COYLE & COGGAN, 1984; JEUKENDRUP, 2008).
O efeito ergogênico do carboidrato depende de alguns fatores, como a duração
do exercício (>1h), a intensidade (> 75% VO2 max), forma (gel ou líquida),
concentração, tipo, e também a quantidade de carboidrato utilizada (JEUKENDRUP,
2008). No que diz respeito a modalidades com caráter intermitente como o futebol, o
consumo de carboidrato usualmente ocorre em forma líquida de solução concentrada
de 600 a 1.000 ml (6 a 10% de CHO), observando uma menor utilização de glicogênio
muscular (GUERRA, SOARES, BURINI, 2001). Nesse sentido, foi observado que após
a utilização de uma solução concentrada de CHO de 6,4% em atletas de futebol
testados em protocolo de exercício intermitente, houve menor redução na habilidade de
passe em relação ao grupo placebo (ALI & WILLIAMS, 2009). Utilizando a mesma
concentração de CHO do estudo anterior, Ali & Williams (2007) também observaram
melhora de desempenho na modalidade de futebol. Com relação a utilização de CHO
em forma de gel e em uma concentração de 0,89 mL/kg antes de teste intermitente de
alta intensidade, foi verificado melhora de desempenho de atletas de futebol
(PATTERSON; GRAY, 2007). E ainda a substância foi capaz e melhorar o desempenho
em exercícios de endurance e também durante partida de futebol (LEATT & JACOBS,
1989).
9
2.2 Enxágue bucal de CHO
2.2.1 Mecanismo de ação
Ainda não se sabe exatamente os mecanismos responsáveis pelo aumento do
desempenho a partir de enxágüe bucal de carboidrato, no entanto, especula-se a
existência de receptores de CHO na cavidade oral que enviam mensagem para a
região cerebral responsável pela motivação (CARTER et al., 2004b; CHAMBERS,
2009). Essa hipótese teve início no estudo de Carter et al. (2004a), em que foi
verificado uma possível melhora na performance em time-trial de 1 hora de ciclismo
através da infusão intravenosa de glicose, acreditando que poderia surgir algum efeito
sobre o desempenho, a partir de uma maior disponibilidade de glicose no plasma para
oxidação e também para consumo muscular (CARTER et al., 2004a). Porém, não foi
encontrado qualquer efeito ergogênico, sugerindo que o inicio do mecanismo da ação
ergogênica do CHO se inicia na cavidade oral (CARTER et al., 2004b).
Dando continuidade aos estudos, Chambers et al. (2009), verificou através de
ressonância magnética que o enxágüe bucal de CHO, independentemente da doçura
da solução, ativa determinadas regiões cerebrais a que influenciam o comportamento e
emoções, incluindo córtex cingulado anterior, córtex insular, operculum frontal, córtex
orbitofrontal e corpo estriado, o que pode emergir um impacto sobre a performance do
exercício (CHAMBERS et al., 2009).
2.2.2 Enxágue bucal de CHO e desempenho
Em estudo que foram observados os efeitos do enxágüe bucal na performance
de ciclistas de endurance treinados, utilizando maltodextrina e glicose (CHAMBERS et
al., 2009) e apenas maltodextrina (CARTER et al., 2004b; ROLLO et al., 2008), foi
10
verificado aumento de performance dos atletas em exercício de endurance com
duração aproximada de 1 hora. Concluindo que o enxágüe bucal de solução de CHO
aumenta o desempenho durante 1h de teste de cicloergômetro, comparado com o
enxágüe de água (CARTER et al, 2004; CHAMBERS et al, 2009; POTTIER et al, 2008).
Por outro lado, um estudo, também com ciclistas treinados de endurance,
realizou exercício de cicloergômetro por aproximadamente 1 hora, não sendo
observado algum efeito ergogênico do enxágüe bucal de CHO (BALLEN et al., 2009).
Quanto aos estudos realizados com corredores (WHITHAM & MCINNEY, 2007;
ROLLO et al., 2009; POTTIER et al., 2008), ocorreram resultados divergentes, de modo
que em corridas de 30 minutos à aproximadamente 1 hora, os atletas percorreram
maior distancia na condição CHO (ROLLO et al., 2008, 2009). Enquanto que no estudo
realizado por Whitham & McKinney (2007), os resultados não mostraram uma ação
ergogênica do CHO.
Com relação a PSE, os estudos mostraram resultados similares, não observando
diferenças quanto a PSE nas diferentes condições, CHO e placebo, sendo afirmado
que por apresentarem a mesma PSE, a intensidade elevou-se, o que torna os
indivíduos mais eficientes (CARTER et al., 200b; POTTIER et al., 2008; ROLLO et al.,
2008, 2009; CHAMBERS et al., 2009).
2.4 Capacidade de Sprints Repetidos (RSA)
A capacidade de Sprints Repetidos (RSA) é um termo utilizado para a realização
de sprints com o mínimo de recuperação possível (SPENCER et al, 2005) e capaz de
distinguir os melhores jogadores do time, a partir do melhor desempenho realizado
(BISHOP, 2007).
Estudos realizados na área de futebol tiveram a finalidade de construir um teste
específico para verificar a habilidade dos jogadores de realizarem sprints repetidos,
sendo esta uma característica fundamental para o melhor desempenho na modalidade
(RAMPININI et al., 2007; BISHOP, 2007). Dessa forma Impellizzeri et al. (2008),
11
validaram um teste que é capaz de distinguir jogadores de diferentes posições, bem
como, diferentes níveis de competição. Utilizando o mesmo teste Rampinini et al. (2007)
encontraram correlações moderadas entre o teste e a distância percorrida em altas
intensidades pelos jogadores durante uma partida de futebol.
O RSAt consiste em seis sprints de 40m (20m + 20m, ida e volta) separados por
20s de recuperação passiva como proposto por Rampinini et al. (2007) e validado por
Impellizzeri et al. (2008). Ao sinal do avaliador, o individuo realiza um sprint de 20m,
toca com os pés sobre a linha demarcada e volta para o início o mais rápido possível.
12
3 METODOLOGIA
3.1 Amostra
A amostra foi composta com doze jogadores de futebol da categoria infantil,
porém com ausência de três jogadores durante o período de coleta de dados fizeram
parte deste estudo apenas nove atletas (15,0 ± 1,5 anos; 60,7 ± 4,84 kg; 1,72 ± 0,05 m;
20,5 ± 1,25 kg/m2) de um clube com sede na cidade de Londrina, PR, Brasil, e
envolvida em competições regionais e estaduais. Como critérios de inclusão, os
indivíduos deveriam ter experiência de pelo menos dois anos na modalidade.
Todos os indivíduos foram convenientemente informados sobre a proposta do
estudo e sobre os procedimentos aos quais seriam submetidos, e posteriormente,
assinaram junto com seu responsável legal um termo de consentimento livre e
esclarecido. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local, de
acordo com as normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre
pesquisa envolvendo seres humanos.
3.2 Desenho experimental
Os indivíduos realizaram um total de quatro visitas ao local de coleta de dados.
Na primeira visita foram realizadas as medidas antropométricas (massa corporal e
estatura). Nas visitas subsequentes os indivíduos realizaram o teste para mensurar a
capacidade para sprints repetidos (RSAt). O RSAt foi aplicado em três condições
diferentes: condição enxágue bucal com bebida carboidratada (ECHO), enxágue bucal
com bebida placebo (EPL) e controle (C). Cada teste foi separado por um mínimo de 72
horas.
13
Cada sujeito teve um horário padronizado entre os dias de testes para que o
mesmo realizasse o teste no mesmo horário do anterior para evitar influências
circadianas. Os Indivíduos foram orientados também a absterem-se do consumo de
bebidas alcoólicas e substâncias cafeinadas (mate, chocolate, café, guaraná e
refrigerante a base de cola) nas 24 horas precedentes aos testes procurando evitar
possíveis interferências.
3.3 Antropometria
A massa corporal (MC) foi medida em balança da marca URANO®, com precisão
de 0,1 kg ao passo que a estatura (E) foi obtida em estadiômetro de madeira, com
precisão de 0,1 cm. Todos os indivíduos foram medidos descalços, vestindo roupa de
treino. O índice de massa corporal (IMC) foi determinado pelo quociente MC/E2, sendo
a MC expressa em quilogramas (kg) e a E em metros (m).
3.4 Capacidade de realizaçao de sprints repetidos (RSAt)
Os atletas se posicionam atrás de uma linha imaginária demarcada por uma
célula fotoelétrica (Multi Sprint, Hidrofit®) ligada a um computador, e um cone, ao sinal
do avaliador o indivíduo inicia os sprints o mais rápido possivel. Após 20s de
recuperação passiva um novo sprint é iniciado até que se complete 6 sprints. Antes do
início dos sprints os atletas realizaram um aquecimento padronizado pelo preparador
físico da equipe. Cinco minutos depois do aquecimento os sujeitos começaram o teste
que iniciou após uma contagem regressiva de 5s, após cada sprint essa contagem foi
realizada para que o indivíduo estivesse preparado na linha inicial e respeitasse o
intervalo de 20s corretamente. O tempo do melhor sprint (RSAmelhor, a média de
tempo dos sprints (RSAmédia), e a queda de desempenho ao longo dos sprints (índice
14
de fadiga, IF) foram determinados como medidas de desempenho. Todos os testes
foram realizados no campo de futebol onde os atletas treinavam habitualmente.
Previamente ao início do estudo foi realizado um protocolo de familiarização para
minimizar os efeitos de aprendizagem e garantir a reprodutibilidade do teste. Todos os
participantes foram testados em situação idêntica ao protocolo experimental, em duas
diferentes ocasiões, com um intervalo de 48h. O coeficiente de correlação intra-classe
encontrado foi: 0.66, 0.59 e -0.83 para RSAmelhor, RSAmédia e IF(%),
respectivamente.
3.5 Enxágue oral de CHO
Os atletas selecionados aleatoriamente e receberam aproximadamente 10 ml de
solução de maltodextrina, com concentracao de 6% de carboidrato (ECHO) dissolvido
em suco de uva, ou placebo (EPL) que era apenas o suco de uva. Ambas soluções não
foram distinguidas quanto a doçura e viscosidade, e foram administradas cinco minutos,
e imediatamente antes do teste RSAt. Os indivíduos eram orientados a realizarem
movimentos com a língua mantendo a bebida na boca por aproximadamente 10
segundos, após isso, a solução era descartada. O processo foi conduzido em ordem
aleatória em sistema duplo-cego, com pelo menos 72 h de intervalo entre um teste e
outro.
3.6 Análise Estatística
A análise dos dados foi realizada por meio do programa STATISTICA 6.0TM. Foi
utilizado para estatística descritiva valores de média e desvio padrão. Para verificar a
esfericidade dos dados recorreu-se ao teste de Mauchly, caso os dados não se
confirmassem como esféricos foram utilizadas as correções de Grenhouse Geisser.
15
Para estatística inferencial foi utilizado análise de variância (ANOVA) para medidas
repetidas. A significância adotada foi de 5%.
16
4 RESULTADOS
Na Tabela 1 estão descritos os dados das variáveis de desempenho no RSAt
nas três condições experimentais. Os dados são expressos em média e desvio padrão.
Nenhuma diferença significante (p>0,05) foi encontrada nas três variáveis analisadas
(RSAmelhor, RSAmédio e IF) nas condições experimentais estudadas.
Tabela 1. Desempenho no teste RSA nas diferentes condições experimentais (n=9).
Média DP
Intervalo de
Confiança (95%) Mínimo Máximo
ECHO 7,308 0,3195 7,062 7,553 6,84 7,78
RSAmelhor (s) EPLA 7,302 0,3019 7,070 7,534 6,77 7,65
C 7,261 0,1698 7,119 7,403 7,03 7,45
ECHO 7,713 0,3021 7,481 7,945 7,30 8,16
RSAmédia (s) EPLA 7,719 0,2574 7,521 7,917 7,45 8,10
C 7,662 0,2474 7,455 7,869 7,30 7,98
ECHO 5,586 2,1610 3,918 7,253 1,97 7,59
IF (%) EPLA 5,777 3,0468 3,435 8,119 1,90 10,00
C 5,557 3,7271 2,441 8,673 2,12 13,52
RSA média = média dos sprints, IF = índice de fadiga, RSA best = melhor sprint, ECHO
= enxágue com carboidrato, EPLA = enxágue placebo.
A Figura 1 traz o tempo médio do grupo em cada sprint no RSAt nas três
condições experimentais. Foi observado um aumento no tempo para realização dos
sprints, porém esse aumento se deu de maneira muito próxima entre as condições
experimentais, de modo que nenhuma diferença significante foi encontrada (p>0,05).
17
Figura 1. Tempo médio para realização de cada um dos seis sprints no RSAt nas
diferentes condições experimentais (n=9).
18
5 DISCUSSÃO
Considerando a hipótese de que o ECHO poderia melhorar a RSA em jovens
jogadores de futebol, pela ativação de centro superiores relacionados a motivação e
pelo aumento dos potenciais motores evocados, o objetivo do presente estudo foi
investigar os efeitos do ECHO sobre o desempenho no RSAt em jogadores de futebol.
Contudo, esta hipótese não foi confirmada uma vez que os resultados demonstraram
que o ECHO não foi capaz de melhorar o desempenho dos atletas.
Muitos estudos têm sido desenvolvidos com a utilização de diversas estratégias
ergogênicas (GUERRA; SOARES; BURINI, 2001). Nesse sentido, os pesquisadores
tem se preocupado em utilizar protocolos de testes que simulem a condição real da
modalidade, buscando aproximar os testes com características da competição e,
consequentemente aumentando a validade ecológica dos estudos. Desse modo, o
RSAt é previamente validado para medir a RSA em jogadores de futebol (IMPELIZZERI
et al., 2008) o que denota a característica aplicada do estudo.
Pouco ainda se sabe sobre os mecanismos responsáveis pelo aumento do
desempenho a partir do ECHO, no entanto, especula-se a existência de receptores de
carboidrato na cavidade oral que enviam mensagem a região cerebral responsável pela
motivação (CARTER et al., 2004a, CHAMBERS, 2009). A partir do estudo de Chambers
et al. (2009), foi verificado através de ressonância magnética que o ECHO,
independentemente da doçura, ativou determinadas regiões cerebrais as quais
influenciam o comportamento e emoções, incluindo córtex cingulado anterior, córtex
insular, operculum frontal, córtex orbitofrontal e corpo estriado, podendo emergir um
impacto sobre a performance do exercício.
Em desempenho de ciclistas de endurance treinados os efeitos observados a
partir da utilização de ECHO, utilizando maltodextrina e glicose (CHAMBERS et al.,
2009), apenas maltodextrina (CARTER et al., 2004b, ROLLO et al., 2008) e ainda
gatorade (POTTIER et al., 2008) foi verificado aumento de performance dos atletas em
exercicio de endurance com duração aproximada de 1 hora. Dessa forma, dentre os
estudos citados, a solução de CHO apresentou um aumento de desempenho durante
19
1h de teste de cicloergômetro (CARTER et al., 2004b, CHAMBERS et al., 2009,
POTTIER et al., 2008).
Por outro lado, Ballen et al. (2009) realizaram exercício de cicloergômetro em
atletas de endurance por aproximadamente 1 hora, não observando um efeito
ergogênico do enxágüe bucal de CHO. E ainda em estudos realizados com corredores
(WHITHAM & MCINNEY, 2007, ROLLO et al., 2008, 2009), as divergências ocorreram
de modo que em corridas de 30 minutos à aproximadamente 1 hora, os atletas
percorreram maior distancia na condição CHO (ROLLO et al., 2008, 2009). Enquanto
que no estudo realizado por Whitham & McKinney (2007), os resultados não mostraram
uma ação ergogênica do ECHO.
Os resultados encontrados no presente estudo mostraram um aumento do tempo
de realização de cada sprint que de fato não foi significante (p>0,05). No entanto, a
coleta de dados foi realizada em campo de futebol suiço, sem controle das condições
ambientais como temperatura e umidade, ocorrendo deslizes na grama que poderiam
explicar esse tempo aumentado entre os sprint repetidos. Considerando que os estudo
que observaram efeito ergogênico positivo do ECHO, foram realizados em laboratórios
onde essas condições ambientais foram controladas de forma que a temperatura foi de
aproximadamente 20°C e umidade relativa de 55% (CHAMBERS et al., 2009; CARTER
et al., 2004b; ROLLO et al. 2008, 2009).
Ainda nesse sentido, os estudos utilizam de diferentes tipo de carboidrato os
quais são maltodextrina (BALLEN et al., 2009; CARTER et al., 2004b; CHAMBERS et
al., 2009; WHITHAM & MCINNEY, 2007), glicose (CARTER et al., 2004b) e gatorade
(POTTIER et al., 2008), e a concentração dos mesmos foi em torno de 6%,
apresentando resultados divergentes.
Com relação ao tipo de teste adotado, a literatura aponta que em teste de
shutter-run, utilizado em varias modalidades esportivas, a ingestão de bebida
carboidratada melhora o desempenho de indivíduos ativos fisicamente (WELSH, 2002).
Dessa forma, buscamos dentro da literatura o teste de característica intermitente que
mais se aproxima de uma situação real de um jogo de futebol, sendo o RSAt o que
mais se encaixou nessas condições. No entanto não foi encontrado nenhum resultado
significante (p>0,05).
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Embora o resultado do presente estudo não seja confirmado, segundo a revisão
de literatura realizada, cerca de 71% dos sete estudos sobre ECHO analisados,
mostraram uma ação ergogênica positiva. Em resumo, o ECHO é um recurso
ergogênico alvo de poucas e recentes pesquisas e novos estudos devem ser realizados
a fim de melhorar seu entendimento.
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6 CONCLUSÃO
Os resultados desse estudo indicaram que o enxágüe bucal com carboidrato não
foi capaz de proporcionar melhora significativa no desempenho do teste da capacidade
de realização de sprints repetidos (RSAt) em jovens jogadores de futebol. Embora a
substância influencie o desempenho em alguns tipos de exercício devido a suas ações
centrais, não foi possível detectar seu efeitos nas condições estudadas no presente
estudo.
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