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UNIVERSIDADE DE UBERABA
TATIANY FRANÇA DIAS DE MELO
RELAÇÃO ENTRE OS BIÓTIPOS PERIODONTAIS E REABSORÇÃO ÓSSEA
UBERABA-MG
2014
TATIANY FRANÇA DIAS DE MELO
RELAÇÃO ENTRE OS BIÓTIPOS PERIODONTAIS E REABSORÇÃO ÓSSEA
UBERABA-MG
2014
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
como parte dos requisitos para obtenção do título
de Especialista em Implantodontia da
Universidade de Uberaba.
Orientador: Prof. Dr. Saturnino Calabrez Filho.
FICHA CATALOGRÁFICA
Melo, Tatiany França Dias de.
M491r Relação entre os biótipos periodontais e reabsorção óssea /
Tatiany França Dias de Melo -- Uberaba, 2014.
17 f.
Trabalho de Conclusão de (Pós-graduação em Implantodontia) --
Universidade de Uberaba.
Orientador: Prof. Dr. Saturnino Calabrez Filho
1. Odontologia. 2. Implantes dentários. I. Título.
CDD: 617.693
Ficha elaborada por Marcos Antônio de Melo Silva - Bibliotecário - CRB6 2461
FOLHA DE APROVAÇÃO
TATIANY FRANÇA DIAS DE MELO
RELAÇÃO ENTRE OS BIÓTIPOS PERIODONTAIS E REABSORÇÃO ÓSSEA
Aprovada em:______/_______/________.
BANCA EXAMINADORA:
______________________________________________________
______________________________________________________
_______________________________________________________
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
parte dos requisitos para obtenção do título de
Especialista em Implantodontia da Universidade de
Uberaba.
Área de concentração: Implante.
Dedico este trabalho com todo meu amor e carinho para meu avô (Paulo Dias de Melo) (in
memorian) pelo grande exemplo de honestidade, dignidade, lealdade e de perseverança que
foi durante a vida. Sei que no plano superior em que se encontra, está feliz por mais esta
conquista.
Dedico aos meus pais e irmão (Rubens Dias de Melo, Tânia Maria França de Melo e
Rubens Dias de Melo Júnior) por sempre estarem presente ao meu lado, me apoiando e
incentivando. Dedico também ao prof. Dr. Saturnino Calabrez Filho, orientador deste
trabalho, pelo brilhante profissional, professor e pelo ser humano grandioso que é.
Agradeço, em primeiro lugar a Deus, por sempre estar presente na minha vida, por
ter me dado mais esta oportunidade na minha vida profissional.
Em segundo lugar, agradeço aos meus pais e irmão (Rubens Dias de Melo, Tânia
Maria França de Melo e Rubens Dias de Melo Júnior) pelo amor, carinho, honestidade,
lealdade, dignidade, generosidade, confiança, apoio, incentivo, pelo exemplo de caráter e
profissionais que são e por sempre estarem presentes ao meu lado. Sem essa base meus
objetivos de vida seriam muito mais difíceis de serem alcançados!
Agradeço também ao prof. Dr. Saturnino Calabrez Filho pela dedicação, orientação
e por ter aceito ser orientador desse trabalho, que se fez fundamental para realização desse,
pela oportunidade de realizar esse trabalho e por ser essa pessoa magnífica e brilhante
profissional.
Quero agradecer aos colegas de turma, em especial aos que realmente se mostraram
serem amigos e que também pude aprender com eles o conhecimento que possuem. Foi
muito satisfatório poder conviver com vocês.
Aos professores pelos ensinamentos.
A todos vocês MUITO OBRIGADA!
“ O rio atinge seu objetivo porque aprendeu a contornar os obstáculos.”
(Augusto Cury)
RESUMO
O correto diagnóstico dos biótipos periodontais (delgado/espesso/misto), que deve ser
realizado durante a fase de planejamento do tratamento, é essencial para uma correta e
adequada fases cirúrgica e protética, uma vez que os biótipos gengivais reagem de maneira
distintas frente uma incisão e confecção de retalhos (espessura total ou mucoperiósteo,
parcial, dividido e incisões sem retalho ou flapless). Ao utilizar retalho de espessura total
em um biótipo gengival delgado, devido a elevação do periósteo juntamente com a mucosa,
esse biótipo delgado terá uma grande chance de ter como resultado pós-cirúrgico retração
gengival e reabsorção óssea, o que implica negativamente na estética final e na menor
sobrevida dos implantes. Esse resultado negativo não ocorrerá em nenhum biótipo
gengival, ao utilizar outros tipos de retalho (espessura parcial, dividido e incisões flapless),
pois manterão o adequado contorno e volume de tecido mole, pelo fato de permanecer o
periósteo aderido ao osso.
Palavras-chave: biótipos periodontais, reabsorção óssea, tipos de retalhos.
ABSTRACT
The right diagnosis of gingival biotypes (thin/thick/mixed) must be achieve during the
phase of planning of treatment, which is essential for the correct and appropriate surgery
and prosthetics phases, once the gingival biotypes reacts the differents forms in the
presence of incision and make flap in these softs tissues. When using full thickness flap in
thin gingival biotype, due the elevation of the periosteum along with the mucosa, this thin
biotype will have a great chance to have as post-surgical outcome a recession gums and
bone resorption, which implies in a negative in the final aesthetic and a less survival of the
implants. This negative result post-surgical will not occur in a not any gingival biotype,
when using the others kinds of flap (partial thickness, divided and flapless) because
maintains the appropriate profile and the volume of the soft tissue, because maintain in
place the periosteum.
Keywords: gingival biotypes, bone resorption, kinds of flaps.
PROPOSIÇÃO
O propósito deste trabalho é relatar a importância da identificação dos biótipos periodontais
para a correta manipulação desses tecidos moles e duros nas fases cirúrgica e protética, para
que o implante dental instalado tenha adequado volume ósseo e tecido mole recobrindo-o,
não ocorrendo assim a reabsorção óssea, o que ficará funcional e esteticamente corretos,
devolvendo ao paciente a função mastigatória satisfatória e harmonia do sistema.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 10
2 DISCUSSÃO............................................................................................................... 16
3 CONCLUSÃO............................................................................................................ 19
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 20
10
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos tempos a população tem demonstrado um maior interesse pela estética
e Odontologia, levando a um crescente desenvolvimento desta área e como consequência
uma maior busca de restaurações com aspectos naturais, como: coroas totais, facetas
laminadas, de modo a devolver ao paciente a função e a beleza em relação à dentição
natural. Como resultado tem-se uma grande procura para a substituição de dentes perdidos.
O implante é cada vez mais utilizado na Odontologia, caracterizado por apresentar um
cilindro de titânio, que mimetiza a função natural da raiz do dente. A prótese sobre esse
implante pode ser cimentada ou parafusada, que terá a mesma função da coroa de um dente
natural1.
A Implantodontia respaldou, por um período de tempo como sucesso dos implantes
dentais, a ocorrência do fenômeno da osseointegração2, que é definida como a aposição
direta de tecido ósseo com a superfície de titânio3.
Na Implantodontia moderna deseja-se obter não apenas a osseointegração4, mas a
integração harmoniosa entre implantes e tecidos moles e duros, o que leva a uma maior
longevidade desses implantes, incluindo a análise do biótipo periodontal do paciente, que
pode ser delgado, espesso e misto6.
É de extrema relevância diagnosticar o biótipo gengival do paciente na fase de
planejamento do tratamento, a fim de realizar uma abordagem cirúrgica e protética mais
adequada ao caso clínico8, evitando assim a formação da reabsorção óssea. Outros fatores
devem ser analisados como possíveis causas de perda óssea em torno dos implantes são:
calor e pressão gerados excessivamente durante a instalação dos implantes, trauma oclusal,
alterações do espaço biológico e a biomecânica do desenho do implante9.
A importância de determinar o biótipo periodontal do paciente, refere-se as reações
dos biótipos frente a um trauma cirúrgico no momento da instalação dos implantes. Por
possuírem características anatômicas e fisiológicas específicas, sabe-se que o biótipo
delgado é mais propenso a ocorrer retração gengival como resposta da reabsorção óssea,
que o biótipo gengival espesso, sendo em ambos biótipos realizado o mesmo tipo de retalho
cirúrgico, o de espessura total5. Ao realizar um retalho parcial, ou um retalho dividido, essa
reabsorção óssea e retração gengival não ocorrerá, pois o periósteo é preservado sobre o
11
tecido ósseo, permitindo assim um bom e contínuo suprimento sanguíneo para o osso
subjacente8.
Desse modo é fundamental saber realizar e indicar a utilização do retalho cirúrgico
(espessura total, parcial, dividido e retalho flapless) em que não necessita visualizar o osso,
para que se mantenha um adequado e harmonioso volume de tecidos moles e duros ao redor
dos implantes e dos dentes adjacentes8
Segundo o autor10
a reabsorção quando estava presente até a terceira rosca do
implante era considerado como sucesso do mesmo, enquanto nas pesquisas atuais alguns
autores têm relatado que o resultado final no tratamento com implantes dentais depende de
características dos pacientes e propriedades específicas da anatomia e fisiologia do local
que será instalado o implante11
.
Osseointegração é definida como um termo histológico em que se tem a aposição de
tecido ósseo em contato direto com a superfície do implante, tendo assim uma perfeita
cicatrização do implante instalado, sem a interposição de tecido conjuntivo na interface3.
Para as porções de pescoço e corpo do implante a osseointegração ocorre de
maneira distinta, pois o corpo do implante apresenta uma superfície áspera, o que atrai
maior quantidade de osteoblastos para a região, acarretando uma maior síntese de matriz
óssea. Já o pescoço do implante, que possui uma porção lisa, não atrairá os osteoblastos
para a formação óssea futura4.
O autor12
citou que uma equipe de pesquisadores relatou as contra-indicações dos
implantes dentais, como: a baixa qualidade e quantidade óssea e a proximidade com
estruturas anatômicas. Como fatores sistêmicos foram relatados: diabetes não-controlada,
discrasias sanguíneas (leucopenia, anemia), osteoporose, etilismo, desordens psiquiátricas,
alto índice de irradiação nas regiões de cabeça e pescoço e contra-indicações gerais para a
cirurgia.
A taxa de sobrevida dos implantes dentais é altamente dependente da integração
entre implante e tecidos duros e moles da cavidade oral. Em implantes osseointegrados com
sucesso, uma análise da interface implante/tecidos começa na região de crista óssea. No
primeiro ano de função do implante instalado com êxito, observa-se uma perda óssea menor
ou igual a 0,2 milímetros anualmente. Seis hipóteses são plausíveis para essa perda óssea,
12
como: trauma cirúrgico, sobrecarga oclusal, peri-implantite, presença de microgap,
diminuição do espaço biológico6.
Na Implantodontia moderna é importante ocorrer não somente a osseointegração,
mas principalmente o sucesso no suporte funcional da prótese sobre implante. Desse modo
é importante realizar uma minuciosa avaliação dos tecidos moles em torno dos dentes
vizinhos, de maneira a garantir que tenha osso suficiente e manutenção dos tecidos moles5,
realizando assim uma abordagem cirúrgica e protética mais adequada ao caso clínico8.
A literatura13
mostra que a aparência saudável dos tecidos periodontais difere de
indivíduo para indivíduo. De um lado, o periodonto tem como característica anatômica:
uma volumosa, espessa e fibrótica faixa de gengiva marginal, tecidos queratinizados
geralmente abundantes, dentes curtos e largos, com contornos gengivais planos, papilas
mais curtas e largas, osso subjacente espesso e denso. De outro lado, as características
anatômicas periodontais apresentam-se como: estreita e festonada faixa de gengiva
marginal, dentes estreitos e alongados, papilas longas e triangulares, menor quantidade de
tecido queratinizado e arquitetura óssea subjacente caracterizada por deiscências e
fenestrações. Essas duas características anatômicas distintas servem para ilustrar a
existência de uma acentuada diferença periodontal, chamada de biótipo periodontal ou
gengival.
De acordo com a literatura13
citado pelo autor2 foi estabelecido dois tipos de padrão
tecidual: fino/festonado e plano/espesso.
A determinação do biótipo periodontal é um dos caminhos para o sucesso na
Periodontia e Implantodontia, uma vez que compreende-se melhor como as patologias se
desenvolvem em diferentes situações, como por exemplo: o entendimento da formação da
bolsa periodontal ou da retração gengival ao redor dos dentes com margem gengival
inflamada, a repercussão biológica de preparos intra-sulculares, o impacto biológico da
remodelação tecidual após a extração dental ou instalação de implantes2.
Entre as possíveis causas de reabsorção óssea em torno de implantes dentais, pode-
se citar: trauma cirúrgico, torque dado inadvertidamente no momento da instalação do
implante em especial em implantes com desenhos de parafusados cônicos, qualidade óssea
da região, carregamento inadequado do implante e o calor excessivo gerado na instalação
do implante. Outros fatores também foram relatados como causas de perda óssea:
13
alterações do espaço biológico em torno dos implantes, características da superfície do
implante e a porção polida do pescoço do implante em contato com o osso9,14
.
A estabilidade da gengiva marginal, papilas peri-implantares e do osso subjacente
depende de fatores relacionados, como os biológicos (distância biológica e biótipo
gengival), cirúrgicos (tipos de retalhos: espessura total ou mucoperiósteo, parcial, dividido
e procedimentos sem retalhos ou flapless), implante (formato e posição final) e protéticos.
Uma vez decidido o local para instalação do implante, deve-se observar a relação dos
tecidos moles e duros, pois determinam os contornos gengivais e alturas das papilas. O
modo pelo qual os tecidos moles são manejados e incisados também influencia o grau de
reabsorção e estabilidade dos tecidos duros5.
A importância da preservação do espaço biológico, que é definido como a distância
necessária para a existência da saúde dos tecidos moles e duros entre a base do sulco
gengival e a crista óssea alveolar, pois não terá aumento da reabsorção da crista óssea,
mantendo em posição adequada as margens dos tecidos moles, não causando assim um
impacto negativo na estética final15
.
Foi observado que a presença de tecido ósseo entre um dente e um implante, ou
entre dois implantes, é um importante critério para a formação e preservação das papilas,
como por exemplo: ao se medir do ponto de contato interproximal até a crista óssea for de
0,5mm ou menos, a papila estará presente em cem por cento dos casos15
.
Uma das causas comuns que tem sido proposta para a falha de implantes é o trauma
cirúrgico6, em que a técnica precisa de incisão e o desenho do retalho são de fundamental
importância. Quando realizados inadverdidamente8 tem-se como resultado a formação de
fibras de tecido conjuntivo e extensão apical do epitélio juncional. No momento da
perfuração óssea para instalação do implante, o calor gerado e a pressão excessiva
empregada na região de crista óssea também contribuem para a reabsorção óssea, que é
uma das causas de perda de implante6.
A indicação e o uso da técnica de incisão, com a confecção do tipo de retalho
(espessura total, parcial, divido e flapless) de acordo com o biótipo gengival do paciente
desempenham importante função, pois não causarão injúrias aos tecidos moles e duros, não
tendo assim um resultado desfavorável8.
14
A elevação do retalho de espessura total, que é elevado para facilitar a visualização
da região que será instalado o implante e identificar estruturas anatômicas, também tem
sido relatado como causa de reabsorção óssea, principalmente quando realizado no biótipo
delgado, pela ruptura dos vasos supraperiostais. Alguns pesquisadores têm relatado que a
perda óssea horizontal após uma cirurgia óssea, com utilização de retalho mucoperiósteo é
de aproximadamente 0,8mm. O osso reabsorvido é observado no segundo estágio da
cirurgia (cirurgia de reabertura para colocação dos cicatrizadores) em implantes
osseointegrados com sucesso, é geralmente vertical e tem sido medido entre 0,2mm e
1,3mm. Esse osso perdido precocemente ao redor dos implantes é definido como
saucerização. As características desse osso reabsorvido devido ao trauma cirúrgico e
realização de retalho de espessura total, tem sido mais encontrada uma perda óssea vertical
que horizontal6-7
.
Como fator primário para a escolha do protocolo cirúrgico mais adequado para o
caso clínico, é fundamental saber reconhecer e identificar o biótipo periodontal do paciente,
utilizando a melhor incisão e desenho do retalho5.
Perante o biótipo gengival do paciente é possível prever uma espessura constante de
tecido mole peri-implantar seguindo-se os contornos horizontais e verticais festonados do
tecido ósseo subjacente5.
Clinicamente é possível fazer uma diferenciação entre os biótipos espesso e
delgado, utilizando uma sonda periodontal inserida no sulco gengival, ao meio da face dos
incisivos centrais superiores, em que o biótipo delgado mostra a sombra de cor cinza da
sonda periodontal por baixo da gengiva marginal, ao passo que o biótipo espesso, a sonda
fica oculta na gengiva marginal13
.
Dessa maneira, o biótipo espesso é mais resistente ao trauma cirúrgico, por possuir
características de gengiva marginal mais espessa e fibrótica, tecidos queratinizados
geralmente são abundantes e tecido ósseo subjacente mais denso e espesso. Já o biótipo
delgado é mais propenso a ocorrer retração gengival e reabsorção óssea como consequência
do trauma cirúrgico, por possuir características anatômicas como: estreita faixa de gengiva
marginal, menor quantidade de tecido queratinizado e osso subjacente caracterizado com
deiscências e fenestrações. Diante disso, entende-se melhor a importância de se examinar o
biótipo gengival5. Também é fundamental uma avaliação pré-operatória do paciente,
15
incluindo exames de imagem como: radiografias periapicais e panorâmicas, como também
a solicitação de tomografia computadorizada (TC) com utilização do guia radiográfico em
posição na área edêntula, para avaliação da topografia óssea e estruturas anatômicas da
região a ser instalado o implante17
.
Análises realizadas sugerem que o trauma cirúrgico com rebatimento de um retalho
de espessura total, gera reabsorção do osso alveolar exposto. A extensão da perda óssea
vertical depende da espessura inicial das paredes na osteotomia, que permanecem após o
preparo cirúrgico. Como resultado, a instalação de implantes unitários usando retalhos com
extensões limitadas, minimiza a contração das papilas e do osso interproximal, como
verificado na literatura18
ao compararem a perda na crista óssea interproximal após o
rebatimento de um retalho mucoperiósteo amplo e incluindo as papilas, com um retalho de
espessura que mantém pelo menos 0,1mm das papilas interproximais, verificaram que a
reabsorção óssea interproximal para retalhos amplos foi de 1,2mm maior que nos casos
com rebatimento mínimos de retalho 5,18
.
Já as incisões realizadas com bisturi circular (punch), em que não necessita descolar
o periósteo para visualizar o osso têm vantagens, pois diminui o tempo cirúrgico, permite
um melhor contorno da mucosa, ausência de retalho mucoperiósteo e assim ausência de
suturas, não tendo retração gengival e reabsorção óssea por não ter interrupção na irrigação
sanguínea para o tecido ósseo8.
Desse modo é fundamental realizar procedimentos cirúrgicos minimamente
invasivos, para garantir que as margens gengivais mantenham suas posições originais,
tendo certeza do adequado volume ósseo subjacente5, o que garante a manutenção dos
volumes teciduais, melhores resultados estéticos, maior longevidade dos implantes dentais
e menos desconforto ao paciente, principalmente no biótipo delgado, uma vez que o
periósteo não será afastado com o retalho, mantendo o suprimento sanguíneo suficiente ao
tecido ósseo subjacente, não ocorrendo no pós-cirúrgico retração gengival e reabsorção
óssea, mantendo assim um adequado contorno gengival ao redor dos dentes e implantes8.
16
3 DISCUSSÃO
Devido ao grande interesse pela estética, os pesquisadores vêm realizando trabalhos
e experimentos sobre os implantes dentais, aprimorando técnicas e materiais1. Atualmente,
é grande a demanda de tratamentos com implantes, sendo instalados por ano cerca de
500.000 implantes, com índice de sucesso de noventa e cinco por cento. Esse sucesso é
resultado dos avanços nas pesquisas científicas, que evoluíram o desenho e a superfície dos
implantes e também procedimentos regenerativos de tecidos moles e duros, mais
apropriados ao biótipo periodontal do paciente8.
Na Implantodontia moderna é relevante ocorrer não apenas a osseointegração, mas
principalmente o sucesso no suporte funcional da prótese implantossuportada5. Desse
modo, é essencial para um bom e adequado tratamento cirúrgico e protético, diagnosticar o
biótipo gengival do paciente (delgado/espesso) durante a fase de planejamento do
tratamento8, fato também observado pelo autor
5 em que a escolha do protocolo cirúrgico
mais adequado para o caso clínico é fundamental reconhecer o biótipo periodontal do
paciente, utilizando a melhor incisão e desenho do retalho.
Importantes fatores para um bom resultado estético com implantes dentais são os
níveis de suporte ósseo e dimensões dos tecidos moles adjacentes a dentes e implantes18
,
como também relatado pela literatura6,19
que a taxa de sobrevida dos implantes dentais é
altamente dependente da integração entre implantes e tecidos duros e moles da cavidade
oral.
Uma das causas comuns que têm sido relatada para a falha de implantes é o trauma
cirúrgico, uma vez que os biótipos gengivais respondem de maneiras distintas, quando
submetidos à injúria e manipulação cirúrgica6, fato também observado pelo autor
8 em que a
técnica precisa de incisão e o tipo de retalho de acordo com o biótipo gengival do paciente
desempenham importante função, uma vez que não causarão injúrias aos tecidos moles e
duros, não ocorrendo falha de implantes dentais.
Outras possíveis causas de reabsorção óssea citadas pela literatura6
são: sobrecarga
oclusal, peri-implantite, presença de microgap e diminuição do espaço biológico.
Autores9,14
também relataram como causas de perda óssea em torno de implantes:
características da superfície do implante, torque dado inadvertidamente no momento da
17
instalação do implante, qualidade óssea da região, carregamento inadequado do implante e
o calor excessivo gerado na instalação do implante.
De acordo com a literatura5,8
associando-se o biótipo gengival e o retalho de
espessura total, que oferece uma melhor visão8, observa-se como resultado pós-cirúrgico a
retração gengival e a reabsorção óssea, principalmente quando o biótipo periodontal é do
tipo delgado, o que ocorre em menor taxa no biótipo espesso, indo ao encontro com o
autor5, que relata maior resistência do biótipo espesso frente ao mesmo tipo de retalho
(espessura total) por apresentar características de gengiva marginal mais espessa e fibrótica,
maior quantidade de tecido queratinizado e tecido ósseo subjacente mais denso e espesso,
que são características anatômicas opostas presentes no biótipo gengival delgado, estando
de acordo com a literatura6, que afirmaram que os biótipos periodontais reagem de modos
distintos ao serem submetidos ao mesmo tipo de retalho, por apresentarem características
anatômicas e fisiológicas distintas.
Já as incisões realizadas com bisturi circular, indicado quando se tem um adequado
volume de tecido ósseo subjacente a mucosa, apresenta vantagens pois: diminui o tempo
cirúrgico, permite melhor contorno da mucosa, ausência de suturas e por não necessitar de
descolar o periósteo o tecido gengival não terá retração e reabsorção óssea pós-cirúrgica8,
por não ocorrer a ruptura dos vasos supraperiostais5-6-7
.
Desse modo de acordo com a literatura5 é fundamental realizar procedimentos
minimamente invasivos, a fim de garantir que as margens gengivais mantenham as
posições originais garantindo dessa maneira a manutenção dos volumes teciduais, melhores
resultados estéticos, maior longevidade dos implantes dentais, como também descrito por
outros autores6,8
uma vez que o periósteo não será afastado, por não utilizar retalho de
espessura total, será mantido o suprimento sanguíneo suficiente ao tecido ósseo subjacente,
não ocorrendo no pós-cirúrgico retração gengival e reabsorção óssea, principalmente no
biótipo delgado, mantendo um adequado contorno gengival ao redor dos dentes e
implantes.
Portanto, de acordo com os autores5,8
é fundamental para o sucesso final dos
implantes dentais, avaliar os biótipos gengivais e manejar corretamente os tecidos moles
periodontais, confeccionando o tipo de retalho mais adequado ao caso clínico do paciente8,
evitando assim a ocorrência de retração gengival e reabsorção óssea pós-cirúrgica5-6
, o que
18
auxiliará não apenas na estética final, mas também na maior taxa de sobrevida dos
implantes6.
19
4 CONCLUSÃO
De acordo com a literatura concluimos que:
A) O sucesso no tratamento final com implantes dentais é dependente da integração
harmoniosa entre os tecidos: ósseo, conjuntivo e epitelial.
B) Uma das causas comuns relatadas como falhas de implantes é o trauma cirúrgico, pois
os biótipos gengivais (delgado/espesso) reagem de modos distintos ao serem submetidos à
injúria e a manipulação cirúrgica.
C) Ao confeccionar um retalho de espessura total, sabe-se que o biótipo delgado tem maior
chance de sofrer retração gengival e reabsorção óssea pós-cirúrgica.
D) Ao utilizar retalhos parciais, divididos e incisões sem retalhos no biótipo periodontal
delgado tem-se várias vantagens como: ausência de retração gengival e reabsorção óssea,
manutenção de um adequado volume e contorno da mucosa, diminuição do tempo cirúrgico
e ausência de suturas.
20
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1. OBJETIVO
A revista ImplantNews, de periodicidade bimestral, destina-se à publicação de trabalhos
inéditos de pesquisa aplicada, bem como artigos de atualização, relatos de casos clínicos e
revisão da literatura na área de Implantodontia e de especialidades multidisciplinares que a
envolvam.
2. NORMAS
2.1. Os trabalhos enviados para publicação devem ser inéditos, não sendo permitida a sua
apresentação simultânea em outro periódico.
2.2. Os trabalhos deverão ser enviados via e-mail ou correio.
2.2.1. No caso de envio por correio, o arquivo deverá ser gravado em CD, em formato
DOC, acompanhado de uma cópia em papel, com informações para contato (endereço,
telefone e e-mail do autor responsável). O CD deverá estar com a identificação do autor
responsável, em sua face não gravável, com caneta retroprojetor.
2.2.2. No caso de envio por e-mail, é necessário colocar no assunto da mensagem o título
do trabalho, além de especificar no corpo do e-mail, em tópicos, o que está sendo enviado.
2.3. O material enviado, uma vez publicado o trabalho, não será devolvido.
2.4. A revista ImplantNews reserva todos os direitos autorais do trabalho publicado.
2.5. A revista ImplantNews receberá para publicação trabalhos redigidos em português.
2.6. A revista PerioNews submeterá os originais à apreciação do Conselho Científico, que
decidirá sobre a sua aceitação.
Os nomes dos relatores/avaliadores permanecerão em sigilo e estes não terão ciência dos
autores do trabalho analisado.
2.7. O trabalho deverá ser enviado juntamente com o Termo de Cessão de Direitos Autorais
e Formulário de Conflito de Interesses, assinados pelo(s) autor(es) ou pelo autor
responsável, conforme modelo encontrado neste PDF.
2.8. As informações contidas no Formulário de Conflito de Interesses deverão ser
acrescentadas ao final do artigo, em forma de texto, como Nota de Esclarecimento.
Exemplo:
Nota de esclarecimento:
Nós, os autores deste trabalho, não recebemos apoio financeiro para pesquisa dado por
organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Nós, ou os
membros de nossas famílias, não recebemos honorários de consultoria ou fomos pagos
como avaliadores por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação
deste trabalho, não possuímos ações ou investimentos em organizações que também
possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Não recebemos honorários
de apresentações vindos de organizações que com fins lucrativos possam ter ganho ou
perda com a publicação deste trabalho, não estamos empregados pela entidade comercial
que patrocinou o estudo e também não possuímos patentes ou royalties, nem trabalhamos
como testemunha especializada, ou realizamos atividades para uma entidade com interesse
financeiro nesta área.
2.9. Os trabalhos desenvolvidos em instituições oficiais de ensino e/ou pesquisa deverão
conter no texto referências à aprovação pelo Comitê de Ética. A experimentação
envolvendo pesquisa com humanos deve ser conduzida de acordo com princípios éticos
(Declaração de Helsinki, versão 2008).
2.10. Todos os trabalhos com imagens de pacientes, lábios, dentes, faces etc., com
identificação ou não, deverão conter cópia do Formulário de Consentimento do Paciente,
assinado por este.
3. APRESENTAÇÃO
3.1. Estrutura
3.1.1. Trabalhos científicos (pesquisas, artigos e teses) – Deverão conter título em
português, nome(s) do(s) autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução
e/ou revisão da literatura, proposição, material(ais) e método(s), resultados, discussão,
conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em inglês (abstract), unitermos
em inglês (keywords) e referências bibliográficas.
Limites: texto com, no máximo, 35.000 caracteres (com espaços), 4 tabelas ou quadros e 20
imagens (sendo, no máximo, 4 gráficos e 16 figuras).
3.1.2. Revisão da literatura – Deverão conter título em português, nome(s) do(s) autor(es),
titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou proposição, revisão da
literatura, discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em inglês
(abstract), unitermos em inglês (keywords) e referências bibliográficas.
Limites: texto com, no máximo, 25.000 caracteres (com espaços), 10 páginas de texto, 4
tabelas ou quadros e 20 imagens (sendo, no máximo, 4 gráficos e 16 figuras).
3.1.3. Relato de caso(s) clínico(s) – Deverão conter título em português, nome(s) do(s)
autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou proposição, relato
do(s) caso(s) clínico(s), discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês,
resumo em inglês (abstract), unitermos em inglês (keywords) e referências bibliográficas.
Limites: texto com, no máximo, 18.000 caracteres (com espaços), 2 tabelas ou quadros e 34
imagens (sendo, no máximo, 2 gráficos e 32 figuras).
3.2. Formatação de página:
1. Margens superior e inferior: 2,5 cm
2. Margens esquerda e direita: 3 cm
3. Tamanho do papel: carta
4. Alinhamento do texto: justificado
5. Recuo especial da primeira linha dos parágrafos: 1,25 cm
6. Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas
7. Controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado
8. As páginas devem ser numeradas
3.3. Formatação de texto:
1. Tipo de fonte: times new roman
2. Tamanho da fonte: 12
3. Título em português: máximo de 90 caracteres
4. Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulos principais
5. Resumos em português e inglês: máximo de 250 palavras cada
6. Unitermos e keywords: máximo de cinco. Consultar Descritores em Ciências da
Saúde – Bireme (www.bireme.br/decs/)
3.4 Citações de referências bibliográficas
1. No texto, seguir o Sistema Numérico de Citação, no qual somente os números
índices das referências, na forma sobrescrita, são indicados no texto.
2. Números sequenciais devem ser separados por hífen (ex.: 4-5); números aleatórios
devem ser separados por vírgula (ex.: 7, 12, 21).
3. Não citar os nomes dos autores e o ano de publicação.
Exemplos:
Errado: “Bergstrom J, Preber H² (1994)...”
Correto: “Vários autores¹-²-³ avaliaram que a saúde geral e local do paciente é necessária
para o sucesso do tratamento”; “Outros autores¹-³ concordam...”
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. Quantidade máxima de 30 referências bibliográficas por trabalho.
4.2. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade única e exclusiva dos
autores.
4.3. A apresentação das referências bibliográficas deve seguir a normatização do estilo
Vancouver, conforme orientações fornecidas pelo International Committee of Medical
Journal Editors (www.icmje.org) no “Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to
Biomedical Journals”.
4.4. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o “List of Journals
Indexed in Index Medicus” e impressos sem negrito, itálico ou grifo/sublinhado.
4.5. As referências devem ser numeradas em ordem de entrada no texto pelos
sobrenomes dos autores, que devem ser seguidos pelos seus prenomes abreviados, sem
ponto ou vírgula. A vírgula só deve ser usada entre os nomes dos diferentes autores. Incluir
ano, volume, número (fascículo) e páginas do artigo logo após o título do periódico.
Exemplo:
“Schmidlin PR, Sahrmann P, Ramel C, Imfeld T, Müller J, Roos M et al. Peri-implantitis
prevalence and treatment in implantoriented private practices: A cross-sectional postal and
Internet survey. SchweizMonatsschrZahnmed 2012;122(12):1136-44.”
4.5.1. Nas publicações com até seis autores, citam-se todos.
4.5.2. Nas publicações com sete ou mais autores, citam-se os seis primeiros e, em seguida,
a expressão latina et al.
4.6. Deve-se evitar a citação de comunicações pessoais, trabalhos em andamento e os não
publicados; caso seja estritamente necessária sua citação, as informações não devem ser
incluídas na lista de referências, mas citadas em notas de rodapé.
4.7. Exemplos
4.7.1. Livro:
Brånemark P-I, Hansson BO, Adell R, Breine U, Lindstrom J, Hallen O et al.
Osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaw. Experience form a 10-
year period. Stockholm: Alqvist&Wiksell International, 1977.
4.7.2. Capítulo de livro:
Baron R. Mechanics and regulation on ostoclastic bone resorption. In: Norton LA,
Burstone CJ. The biology of tooth movement.Florida: CRC, 1989. p.269-73.
4.7.3. Editor(es) ou compilador(es) como autor(es):
Brånemark PI, Oliveira MF (eds). Craniofacial prostheses:
anaplastologyandosseointegration. Chigago: Quintessence; 1997.
4.7.4. Organização ou sociedade como autor:
ClinicalResearch Associates. Glass ionomer-resin: state of art. Clin Res Assoc Newsletter
1993;17:1-2.
4.7.5. Artigo de periódico:
Diacov NL, Sá JR. Absenteísmo odontológico. RevOdontUnesp 1988;17(1/2):183-9.
4.7.6. Artigo sem indicação de autor:
Fracture strength of human teeth with cavity preparations. J Prosthet Dent
1980;43(4):419-22.
4.7.7. Resumo:
Steet TC. Marginal adaptation of composite restoration with and without flowable liner
[abstract].J Dent Res 2000;79:1002.
4.7.8. Dissertação e tese:
Molina SMG. Avaliação do desenvolvimento físico de préescolares de Piracicaba, SP
[tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas;1997.
4.7.9. Trabalho apresentado em evento:
Buser D. Estética em implantes de um ponto de vista cirúrgico. In: 3º Congresso
Internacional de Osseointegração: 2002; APCD - São Paulo. Anais. São Paulo: EVM;
2002. p. 18.
4.7.10. Artigo em periódico on-line/internet:
Tanriverdiet al. Na in vitro test model for investigation of desinfection of dentinal tubules
infected whith enterococcus faecalis. Braz Dent J 1997,8(2):67- 72. [Online] Available
from Internet.[cited 30-6-1998]. ISSN 0103-6440.
5. TABELAS OU QUADROS
5.1. Devem constar sob as denominações “Tabela” ou “Quadro” no arquivo eletrônico e ser
numerados em algarismos arábicos.
5.2. A legenda deve acompanhar a tabela ou o quadro e ser posicionada abaixo destes ou
indicada de forma clara e objetiva no texto ou em documento anexo.
5.3. Devem ser autoexplicativos e, obrigatoriamente, citados no corpo do texto na ordem de
sua numeração.
5.4. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos em nota colocada abaixo do corpo
da tabela/quadro ou em sua legenda.
6. IMAGENS (Figuras e Gráficos)
6.1. Figuras
6.1.1. Devem constar sob a denominação “Figura” e ser numeradas com algarismos
arábicos.
6.1.2. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivo ou folha impressa à parte.
6.1.3. Devem, obrigatoriamente, ser citadas no corpo do texto na ordem de sua numeração.
6.1.4. Sinais ou siglas devem estar traduzidos em sua legenda.
6.1.5. Na apresentação de imagens e texto, deve-se evitar o uso de iniciais, nome e número
de registro de pacientes. O paciente não poderá ser identificado ou estar reconhecível em
fotografias, a menos que expresse por escrito o seu consentimento, o qual deve acompanhar
o trabalho enviado.
6.1.6. Devem possuir boa qualidade técnica e artística, utilizando o recurso de resolução
máxima do equipamento/ câmera fotográfica.
6.1.7. Devem ser enviadas via e-mail ou gravadas em CD, com resolução mínima de
300dpi, nos formatos TIF ou JPG e largura mínima de 10 cm.
6.1.8. Não devem, em hipótese alguma, ser enviadas incorporadas a arquivos de programas
de apresentação (PowerPoint), editores de texto (Word for Windows) ou planilhas
eletrônicas (Excel).
6.2. Gráficos
6.2.1. Devem constar sob a denominação “Figura”, numerados com algarismos arábicos e
fornecidos, preferencialmente, em arquivo à parte, com largura mínima de 10 cm.
6.2.2. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivo ou folha impressa à parte,
ordenadas sequencialmente com as figuras.
6.2.3. Devem ser, obrigatoriamente, citados no corpo do texto, na ordem de sua numeração.
6.2.4. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos em sua legenda.
6.2.5. As grandezas demonstradas na forma de barra, setor, curva ou outra forma gráfica
devem vir acompanhadas dos respectivos valores numéricos para permitir sua reprodução
com precisão.