UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · O avanço tecnológico que iniciou com...
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ESTRATÉGIA DE RELOCAÇÃO DE EMPREGADOS: OUTPLACEMENT
POR: RENATO LOUBACK SILVA MATIELO
ORIENTADORA
PROFa. ADÉLIA ARAÚJO
NITERÓI/RJ
2012
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ESTRATÉGIA DE RELOCAÇÃO DE EMPREGADOS: OUTPLACEMENT
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em. Gestão em Recursos Humanos
Por: Renato Louback Silva Matielo..
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NITERÓI/RJ
2012
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro a DEUS,
a minha família, professores,
colegas de turma e a minha orientadora
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha querida mãe, a meu pai, a minha avó, a meus irmãos e ao meu saudoso avô ( in memoriam), meu grande incentivador.
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RESUMO
Esta pesquisa consiste em verificar como o processo de Outplacement e da Assessoria de carreira, podem de alguma forma influenciar o comportamento e as atitudes de profissionais que desejam uma recolocação no atual mercado de trabalho. A análise tomou como fundamento quatro temas principais: breve contextualização histórica, algumas considerações sobre a atuação do psicólogo organizacional, assessoria de carreira e Outplacement. Alguns dos autores priorizados durante o estudo foram: Boog, Santos, Chiavenato, Porché & Niederer, Feldemann e Scistowski. Para atingir os objetivos propostos, utilizou-se o método da pesquisa bibliográfico. Ao analisar o conteúdo das obras disponíveis sobre os temas propostos, foi possível observar que mediante constantes mudanças que ocorrem no âmbito da atuação profissional, que se dá pelo processo de globalização, torna-se fato que somente a graduação e as especializações não suprem as necessidades reais que o mercado exige, sendo assim necessária uma visão maior dos profissionais nesse âmbito, saindo de uma visão específica e ampliando a uma visão generalista em conformidade com a atualidade. Assim sendo, a assessoria de carreira surge como um apoio ao profissional no sentido de traçar novas estratégias que venham atender as demandas desses profissionais na sua recolocação profissional, de acordo com os novos paradigmas que surgem a todo o momento.
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METODOLOGIA
PESQUISA TEÓRICA DE CARÁTER DESCRITIVO QUE UTILIZA COMO FONTE DE COLETA DE DADOS A BIBLIOGRAFIA DISPONÍVEL EM MÍDIAS IMPRESSAS E DIGITAIS, ATRAVÉS DE LIVROS, ARTIGOS E TRABALHOS ACADÊMICOS.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I. BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA. 09
1.1 Revolução Industrial 10
1.1.1 A importância da Indústria e sua expansão 10
1.2 Revolução Tecnológica 10
1.3 O processo de globalização e o desemprego 12
1.4 Especialização X Generalização conseqüência de um mundo globalizado 13
1.4.1 O mercado de trabalho no mundo globalizado e as mudanças contínuas de paradigmas 14
1.4.2 Uma nova concepção de recursos humanos em decorrência do mundo globalizado 15
CAPÍTULO 2 - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO
PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL. 16
2.1 Psicologia da organização 16
2.1.2 Relações humanas na organização 17
2.2 Alguns pontos sobre a atuação do psicólogo nas organizações 17
2.2.1 Recrutamento e Seleção de Pessoal 17
2.2.2 Treinamento e Desenvolvimento - T&D 18
2.2.3 Avaliação de desempenho / Acompanhamento de pessoal / Orientação profissional 19
2.2.4 Responsabilidade social e responsabilidade compartilhada 21
2.2.5 Programa de qualidade de vida / Programa de qualidade total 22
2.2.6 Gestão de Pessoal 23
2.2.7 Plano de Cargos e Salários 24
CAPÍTULO 3 – ASSESSORIA DE CARREIRA – OUTPLACEMENT. 25
3.1 Assessoria de Carreira e Outplacement, características do mercado de trabalho
globalizado 25
3.1.1 Algumas contribuições da psicologia na assessoria de carreira e no outplacement 28
3.2 Algumas ferramentas utilizadas no processo de assessoria de carreira e outplacement 29
3.2.1 Análise técnica das competências / Marketing pessoal 30
3.2.2 Quociente emocional (QE) e Quociente intelectual (QI) 31
3.2.3 Coaching – Treinamento e Atividades motivacionais 32
3.2.4 Networking 33
CONCLUSÃO 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
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INTRODUÇÃO
O processo de globalização e a evolução tecnológica ditam ao trabalhador novos
modelos de organização de produção. Neste cenário, surgem novas funções e
desaparecem outras, em decorrência das mudanças contínuas que caracterizam os
tempos de hoje. Porém, alguns profissionais não conseguem assimilar as variáveis que
contemplam esse novo mercado, pela diversidade de situações que norteiam a carreira
de cada um, ficando à margem desse processo. Neste contexto, novos dispositivos
passam a ser utilizados por profissionais especializados, como a assessoria de carreira e
o outplacement, que são programas de reciclagens capazes de reposicionar o trabalhador
em uma empresa ou recolocá-lo no mercado.
Foi com base nessa problemática que o tema deste trabalho foi escolhido.
Porém, para uma melhor compreensão deste assunto, faz-se pertinente uma breve
retrospectiva de como a assessoria de carreira e o outplacement tornaram-se
fundamentais para o mercado nos dias atuais.
A globalização implica ao profissional uma reorganização no que se refere à sua
qualificação, bem como à sua atuação propriamente dita. O mercado atual exige do
profissional criatividade e, acima de tudo, extrema facilidade no relacionamento
interpessoal, não bastando mais competência na área específica de atuação. O
profissional moderno tem a necessidade de estar apto a atuar também em outros setores
que não sejam de seu conhecimento específico. Ou seja, o mercado atual exige um
profissional com um perfil flexível e capacidade para enfrentar desafios.
No antigo modelo que vigorou desde a Revolução Industrial até o surgimento
dos computadores - com a agilização da informação, característica principal da
globalização -, até bem pouco, os profissionais de RH apenas encaminhavam os
trabalhadores às respectivas empresas. No âmbito atual, as áreas de atuação do RH vão
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bem mais além, oferecendo programas que visam ao desenvolvimento de
potencialidades dos trabalhadores, tanto profissionais como pessoais.
O estudo do trabalho em questão tem por objetivo explorar caminhos que
contribuam para um melhor entendimento sobre a assessoria de carreira e o
outplacement, bem como os aspectos para obter êxito nesse processo. Contudo, não se
tem a pretensão de abranger o vasto conteúdo que o tema implica, mas o propósito de se
vislumbrar a importância e os desafios desse novo viés no mercado de trabalho
globalizado.
CAPÍTULO I - BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
1.1 Revolução Industrial
A Revolução Industrial consolidou o sistema capitalista e uma nova ordem de
concepção trabalhista, pois o produto passa a não ser exclusivamente resultado da terra,
ou seja, produzido pela sociedade rural, agora o produto é resultado de uma
transformação gerada pelas máquinas a vapor que inicialmente irá caracterizar a
indústria. Esse movimento representou a passagem da sociedade rural para a sociedade
industrial, a mudança do trabalho artesanal para o trabalho assalariado, a utilização da
energia a vapor no sistema fabril em lugar da energia humana.
Segundo Arruda (1976), a Revolução Industrial iniciou-se na Inglaterra,
adquirindo maior poderio econômico em relação aos demais países do mundo
expandindo seu comércio em escala mundial, conseguindo acumular capitais, um
mercado consumidor para produtos industriais e um mercado fornecedor de matérias-
primas do qual possibilitou o investimento na construção de máquinas.
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Além do poder econômico em alta na Inglaterra neste momento, houve ganhos
sociais, pois com a melhoria das condições de higiene e de alimentação, as pessoas
passaram a viver mais tempo: a população aumentou e a indústria ganhou mais mão-de-
obra e consumidores.
1.1.1 A importância da indústria e sua expansão
Discutiremos a industrialização que possibilitou uma nova ótica no que tange às
formas do homem trabalhar e se posicionar na sociedade, uma vez que há uma migração
em massa da zona rural para um espaço fechado com máquinas.
O indivíduo, então, tem que se qualificar para operar os equipamentos. A
industrialização propiciou transformações econômicas/sociais que consistiam em
ampliar os limites de suas relações comerciais e desenvolver mercados em outros
continentes. Por esses fatores citados , foi de suma importância a expansão da indústria.
Algum tempo depois do movimento inglês, por volta de 1850,
aproximadamente, as indústrias se multiplicaram em outros países pelo continente
europeu e posteriormente América e Ásia, aquecendo cada vez mais a economia
mundial, principalmente o mercantilismo1. Para Arruda (Ibid.), a industrialização em
cada país se desenvolveu diferentemente de acordo com as condições sócio-econômicas
de cada Estado. O aumento da produtividade e os progressos da medicina colaboraram
para o crescimento da população, criando, assim, uma grande oferta de trabalhadores
que passaram a compor as indústrias, favorecendo cada vez mais a ampliação do
trabalho operário e, conseqüentemente, a indústria.
1.2 Revolução Tecnológica
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O avanço tecnológico que iniciou com a industrialização, demarcou uma nova
era no mundo, no sentido de se pensar no que se refere a uma outra fase de
transformações na sociedade. O movimento transitório industrialista e tecnológico
compreende-se a partir de uma evolução tecnológica, pois indústria e tecnologia estão
atreladas. Outras alternativas de produção sucederam-se de modo que os recursos foram
aumentando e, conseqüentemente, a tecnologia evoluindo de uma tal maneira que nos
dias atuais é enfatizada a descoberta de novos equipamentos no sentido de possibilitar
perspectivas nunca antes atingidas ou imaginadas pelo homem no início do século
passado, por exemplo.
A era tecnológica trouxe novas perspectivas de produção e, conseqüentemente,
novas atitudes. O surgimento dos computadores na segunda guerra mundial
revolucionou o processo de informação, valorizando o conhecimento. A informatização,
que se desenvolveu rapidamente por todo o mundo, praticamente fomenta os avanços
tecnológicos. Por exemplo, uma notícia, que levava bastante tempo para atravessar um
continente, passa a chegar em questão de segundos. Trata-se da era digital que cresce
numa velocidade onde o homem não acompanha, no sentido do mesmo muitas vezes
não conseguir ter acesso aos novos equipamentos. Sendo assim, esse movimento
promove mudanças nas relações sociais trabalhistas pelo fato de o trabalhador, para se
manter no mercado, ter que se adaptar às novas práticas de atuação da sua área ou, caso
isso não ocorra, ser excluído do mercado de trabalho. Acentuam-se práticas de exclusão
que tem no desemprego suas características mais perversas e preocupantes.
A economia passa a ser regida pela tecnologia, que tem como objetivo direcionar
o lucro que é pertinente ao sistema capitalista, trazendo uma nova formação econômica
e social. Da mesma forma ocorre com a educação. Não é mais a educação que
determina a tecnologia, mas é a tecnologia que direciona as novas demandas
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educacionais. Para Donkin (2003), uma outra característica fundamental da tecnologia é
o investimento na automatização da produção, que possibilitou uma maior
produtividade, lucratividade e maior taxa de desemprego. Esses avanços tecnológicos
ocorrem nos três setores da economia, na agricultura, nas indústrias e na prestação de
serviços.
A automação causou uma divisão do trabalho. De um lado os numerosos
operários não capacitados. De outro, máquinas e robôs para executar o serviço que
anteriormente pertencia a esses trabalhadores. Cabe ressaltar que a automatização
acentua a alienação no que tange ao processo de trabalho, uma vez que não há interesse
dos empreendedores em qualificar a mão-de-obra operária, e sim reduzir custos. Em
síntese, a informatização desdobra-se em vários segmentos que determinam a atual
conjuntura industrial/empresarial/organizacional.
1.3 O processo de globalização e o desemprego
Segundo Santos (2004), as transformações tecnológicas que se caracterizam
fundamentalmente pela agilidade de informação que favoreceu a aproximação dos
países que passaram a constituir alianças, uniram também organizações e pessoas,
gerindo novas formas de fazer negócio, facilitando acesso a serviços e propiciando uma
maior competitividade. Essa tendência foi nomeada como Globalização.
O relacionamento entre países permitiu a troca de produtos e matérias-primas e
uma miscigenação de culturas que, de certa maneira, passou a influenciar diretamente
no comportamento dos indivíduos. Grandes blocos econômicos se formaram, como a
Comunidade Européia, a América do Norte e os Tigres Asiáticos. No mundo
globalizado, é fundamental ter uma base sólida de conhecimentos que venham
acompanhar a evolução tecnológica dos equipamentos que influenciam no
comportamento e na própria atuação do trabalhador, no sentido deste se posicionar no
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mercado, que se torna cada vez mais competitivo, em função do processo mencionado
acima.
A organização social global desordenada acaba favorecendo uma oferta maior de
trabalho, pois com as novas tecnologias aumenta o leque de profissões. Contudo, a
desordem global não possibilita aos indivíduos de uma classe menos favorecida
inserção nessas novas áreas que surgem. Logo restam a estes ocupações de pouco
destaque nesse contexto, visto que a atualização pessoal é cara, demanda tempo e um
alto grau de instrução. Com a globalização, os modos de produção e os novos locais de
produção obrigaram as empresas a cortarem custos objetivando a obtenção de preços
menores no mercado e qualidade suficiente para suportar a concorrência. Vários postos
de trabalho são eliminados, causando o desemprego estrutural gerado pela automação
em substituição à mão-de-obra. Ou seja, a tecnologia provoca desemprego, uma
máquina substitui muitos trabalhadores.
Outro fator que fomenta o desemprego é o medo do que é novo. É importante o
profissional estar preparado para enfrentar as mudanças e suas conseqüências,
procurando atualizar-se sempre. Pois as empresas estão cada vez menos precisando de
técnicos e cada vez mais precisando de trabalhadores voltados para processos de
interpretação, elaboração e transformação do processo produtivo. Enfim, profissionais
criativos.
1.4 Especialização X Generalização conseqüência de um mundo globalizado
Esse atual mercado, sobretudo, caracteriza-se pela flexibilidade do trabalho no
sentido de necessitar de profissionais específicos e com noções de conhecimentos que
não são pertinentes à área de atuação e não tendo uma determinação mútua entre
tecnologias e organização do trabalho. Pois dependem dos limites estabelecidos por um
conjunto de condições macroeconômicas, sociais, culturais, governamentais. Há sempre
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espaço para as organizações escolherem a forma de se posicionar no mercado de
trabalho.
Segundo Ianni (1996), o mercado flexível possibilita às organizações
racionalizar o processo produtivo, reduzir custos de produção e elevar o nível de
qualidade e produtividade com um melhor atendimento às demandas do mercado. De
certa forma a flexibilidade propicia um certo combate ao desemprego desde que os
profissionais tenham possibilidade de se qualificarem. O mercado de trabalho
contemporâneo não absorve os especialistas somente. Ou seja, aquele profissional que
só sabe atuar nos limites da sua especialidade. Hoje, o trabalho globalizado aponta para
uma formação mais generalista: aquele profissional que desenvolve as atividades
pertinentes à sua atuação e também atua para além das atribuições descritas na sua área
específica.
1.4.1 O mercado de trabalho no mundo globalizado e as mudanças
contínuas de paradigmas
Nesse tópico discutiremos sobre a informatização e a automação, porque a
valorização do conhecimento suscitaram o surgimento de uma outra concepção de
modelo organizacional horizontal que se caracteriza pela divisão de tarefas e
responsabilidades onde a hierarquia não é privilegiada. As responsabilidades são
compartilhadas e algumas organizações oferecem participação dos lucros aos seus
colaboradores. Nesse modelo, a comunicação é primordial de tal forma que os
relacionamentos são praticamente a base para o êxito produtivo da organização e seu
crescimento, favorecendo o profissional flexível. Com a descentralização, as decisões
também são pertinentes aos colaboradores, possibilitando que estes demonstrem suas
habilidades e competências, podendo até servir como agente motivador para um bom
desempenho.
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Em suma, as mudanças do mercado de trabalho viabilizam-se em conformidade
com as demandas organizacionais que nesse mundo globalizado apresentam-se de forma
flexível. Elas acontecem de acordo com o direcionamento de cada empresa que, por sua
vez, muda constantemente atendendo as tendências econômicas do momento.
1.4.2 Uma nova concepção de recursos humanos em decorrência do
mundo globalizado
Nesse subitem são abordados as mudanças contínuas que acontecem no mercado
de trabalho globalizado que exigem uma organização de Recursos Humanos de acordo
com a flexibilidade das empresas, no sentido destas estabelecerem sempre novas
estratégias de produção. Haja vista que com o surgimento do modelo organizacional
horizontal que privilegia, acima de tudo, a produção em equipe, os relacionamentos
interpessoais ficam em foco.
Essa nova concepção organizacional evidencia-se pela estabilização da força de
trabalho, qualificação e desenvolvimento do quadro de empregados, comunicação e
criação de sistema de gestão mais participativo. Assim sendo, o emprego a longo prazo
é condição básica para a criação de equipes engajadas. O trabalho em grupo é
considerado como premissa básica para a nova concepção de sistemas de produção na
organização.
Segundo Mccormick (1977), os psicólogos atuavam num primeiro momento de sua
inserção nas indústrias com a perspectiva de propiciar o aumento da produtividade do
homem. Posteriormente os psicólogos desenvolveram instrumentos teóricos e práticos
que possibilitavam atuar de forma crítica nas organizações, também com vistas ao
aumento da produção. Na nova concepção de Recursos Humanos, a Psicologia se volta
para a saúde mental do homem que trabalha e as relações de trabalho.
A política de Recursos Humanos na nova concepção contempla recrutamento de
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pessoal, seleção de pessoal, treinamento, responsabilidade social, responsabilidade
compartilhada, avaliação de desempenho, acompanhamento de pessoal, orientação
profissional, programa de qualidade total, programa de qualidade de vida, plano de
cargos e salários, gestão de pessoal, assessoria de carreira, bem como qualquer outro
campo que enfoque o humano e suas relações com a produção.
CAPÍTULO 2 - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO
PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL
2.1 Psicologia da organização
A mudança contínua de paradigmas no mercado de trabalho globalizado atingiu
as empresas no sentido destas sentirem a necessidade de se reestruturar em
conformidade com os novos tempos, uma vez que o trabalho em equipe ganha
importância nos moldes de produção. Na atualidade, trata-se de privilegiar os grupos, os
relacionamentos interpessoais. As empresas passam a se configurar como grupos sociais
de modo organizacional, à medida que as pessoas têm um único objetivo, a produção.
Nessa perspectiva organizacional, a Psicologia é convidada a se posicionar no sentido
de desenvolver novas ações que possibilitem o atendimento às demandas desse novo
modelo empresarial/organizacional.
Segundo Chiavenato (1991), as organizações são permeadas pela diversidade,
logo são complexas, pois se caracterizam pela subjetividade. Portanto há uma variedade
de organizações que podem se classificar como empresas industriais, empresas
comerciais, prestadores de serviços, instituições militares e públicas, podendo estar
direcionadas para a produção de bens ou produtos e para prestação de serviços. As
organizações influenciam praticamente todos os parâmetros sociais; enfim, não existem
organizações sem sociedade e sociedade sem organizações.
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A Psicologia, por ser uma ciência que tem como um dos seus objetos de estudo a
subjetividade humana, passa a se posicionar nas organizações de uma maneira mais
dinâmica e criativa com o advento de que as relações humanas são a base dessa nova
concepção nos recursos humanos. Ela deixa de atuar por um viés comportamental, que
dá enfoque a uma produção em seqüência, passando a privilegiar a saúde mental dos
colaboradores, aproximando-se para um gerenciamento de pessoas.
2.1.2 Relações humanas na organização
As organizações induzem uma pessoa ou um grupo de pessoas, cada qual com
suas próprias necessidades e personalidades distintas, a trabalhar para atingir os
objetivos da organização, ao mesmo tempo que trabalha para alcançar o seu próprio
objetivo. (MEGINSON, 1986, P.307).
Com a citação acima, introduziremos esse subitem frisando que as organizações
atuais contemplam primordialmente os relacionamentos, à medida que todo processo de
produção é desenvolvido por equipes. Assim sendo, as pessoas que integram um
determinado conjunto organizacional atendem os interesses empresariais. Ou seja, as
relações humanas na organização se dão pela via dos interesses pessoais coincidirem
com os das organizações. Nesse sentido a satisfação pessoal é de suma importância para
o êxito das empresas, pois os colaboradores, estando motivados e engajados, passam a
defender com mais afinco os interesses organizacionais.
Portanto, a proposta da Psicologia nas organizações vai para além das já
conhecidas e tradicionais áreas de Recrutamento e Seleção de Pessoal e Treinamento.
2.2 Alguns pontos sobre a atuação do psicólogo nas organizações
2.2.1 Recrutamento e Seleção de Pessoal
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Aqui iremos discutir a importância do profissional de psicologia e dos testes
psicológicos para a admissão dos candidatos aos cargos pertinentes, porque desde os
primórdios da psicologia nas indústrias/empresas que o recrutamento e a seleção de
pessoas é de competência dos psicólogos, uma vez que a análise do comportamento dos
candidatos é premissa básica para inserção deles nas organizações.
Com o passar do tempo, os objetivos e os dispositivos aplicados no recrutamento
e seleção mudaram para atender a essa nova demanda, na busca por colaboradores
criativos e que trabalham em equipe.
No processo de análise dos prováveis colaboradores, algumas técnicas
psicológicas como: testes psicométricos – testes de aptidões; testes de personalidade –
expressivos; projetivos e inventários; técnicas de simulação – técnicas de dinâmica de
grupo; normalmente estão presentes na avaliação dos candidatos.
2.2.2 Treinamento e Desenvolvimento – T&D
A importância de abordar de comentar sobre o Treinamento e Desenvolvimento
se dá, porque como as organizações contemporâneas investem maciçamente em
Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal pelo fato de as mudanças no ambiente de
trabalho fluírem de forma contínua, consequentemente haverá uma grande necessidade
de aperfeiçoamento frente às vertentes de produção que vão surgindo de acordo com as
novas perspectivas.
Segundo Boog (2001), o treinamento e desenvolvimento são uma tendência
irreversível no mundo, principalmente no Brasil, onde o número de trabalhadores não
tem uma formação educacional adequada, e quando possui é bastante reduzida. Para ele,
essa tendência decorre de dois aspectos: um deles se dá pelo interesse que as empresas
nutrem atualmente pelos colaboradores no que se refere ao desenvolvimento destes e a
manutenção da cultura da organização.
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A era do conhecimento exige profissionais qualificados tanto na área de sua
atuação como fora dela. As relações são o ponto de partida para o bom desenvolvimento
do colaborador na organização. Logo estabelecer vínculos torna-se fundamental, bem
como uma boa comunicação faz parte do cotidiano da organização global. Por esse viés
o T&D auxilia a moldar uma forma de gestão empresarial que prioriza o
desenvolvimento de competências diversificadas voltadas sempre para resultados
imediatos que são exigidos pelo mercado de trabalho globalizado.
Para Carneiro (1994), um programa de treinamento e desenvolvimento de
pessoal consiste na ação sistematizada de educação para a capacitação, o
aperfeiçoamento e o desenvolvimento do indivíduo, à medida que propicia ao
colaborador informações sobre a organização no que se refere aos produtos e serviços
destas, bem como suas políticas e o detalhamento das suas ações, de forma a
compartilhar com o empregado as informações sobre seus negócios.
O Treinamento e o Desenvolvimento das pessoas é um dispositivo
imprescindível no atual paradigma organizacional, uma vez que os colaboradores
precisam estar capacitados, tanto intelectual como tecnicamente para manutenção da
empresa no mercado. Cabe mencionar que esta prática não é uma prerrogativa somente
da Psicologia, podendo ser elaborada e executada por outros profissionais das áreas
humanas.
2.2.3 Avaliação de desempenho / Acompanhamento de pessoal / Orientação
profissional
Iniciaremos esse tema falando sobre as avaliações de desempenho e pessoal e
orientação profissional, que contribuem para o melhor conhecimento do profissional e
de suas capacidades e aptidões para um bom desempenho na empresa.
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Uma das estratégias organizacionais para o desenvolvimento de pessoal é a
avaliação de desempenho, que corresponde a uma análise sistemática do profissional, as
atividades que ele realiza, enfocando as metas e os resultados a serem alcançados. Esse
dispositivo pode ser um ótimo meio para se identificar problemas na equipe, na
produção, bem como adequação do profissional à função exercida, podendo detectar
uma possível necessidade de treinamento dos profissionais de um determinado setor.
Segundo Chiavenato (1991) a avaliação de desempenho proporciona uma
melhor condição no que diz respeito à determinação e desenvolvimento de uma política
adequada às necessidades da empresa. Para ele, é de acordo com a política de Recursos
Humanos que se define a competência do setor que realizará a avaliação de
desempenho. Porém, algumas empresas centralizam essa responsabilidade. Ele
menciona a existência de um meio termo que é mais utilizado, tratando-se de um
sistema no qual existe a centralização no que condiz à elaboração e ao mesmo tempo
descentralização, quando se relaciona à implantação e execução. Conclui Chiavenato,
afirmando que o plano de avaliação de desempenho não é função exclusiva do setor de
Recursos Humanos e, sim, uma responsabilidade de linha que deve ser suplementada
pelo staff. Ou seja, o chefe imediato do setor, nessa forma de avaliação mencionada
acima, mantém a sua autoridade de linha, avaliando o trabalho dos subordinados por
meio do esquema traçado pelo plano. O Recursos Humanos mantém sua qualidade de
staff assessorando todas as chefias como orientador e instrutor no sentido de garantir a
boa aplicação do plano.
A Psicologia e os profissionais das áreas humanas têm privilegiado métodos de
avaliação de desempenho mais condizentes com as exigências do mercado
organizacional globalizado. Nessa perspectiva, o Recursos Humanos propicia um
acompanhamento de pessoas à medida em que verifica, analisa e dá um suporte tanto ao
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colaborador quanto ao chefe requisitante em relação ao trabalho de equipe, assiduidade,
pontualidade, conhecimentos técnicos, interesse, dentre outros.
O psicólogo organizacional além de executar a avaliação de
desempenho/acompanhamento de pessoal, pode implantar um programa de orientação
profissional, objetivando um ajustamento setorial. Pois, como já vimos, a avaliação de
desempenho detecta também as aptidões, logo serve como uma ferramenta para o
enquadramento dos colaboradores. O psicólogo pode considerar que algum colaborador
não esteja desenvolvendo o máximo de seu potencial em determinada função. Porém
não significa que este não tenha capacidade e competência para atuar no setor, faltando-
lhe apenas uma orientação para que ele possa ter um melhor aproveitamento na
organização. Portanto é nesse sentido que a orientação profissional, por esse viés, se
legitima e se apresenta como uma possibilidade de trabalho a ser desenvolvido pelo
psicólogo na empresa.
2.2.4 Responsabilidade social e responsabilidade compartilhada
Iremos ressaltar que com a grande demanda no mercado de trabalho, as
empresas atuais resolveram investir e otimizar seus recursos na responsabilidade social
dos seus funcionários, indo além do âmbito empresarial, focando a vida desses
trabalhadores dentro da empresa, para que eles possuam uma melhor qualidade de vida
e, consequentemente, obtenham uma melhor desempenho.
Nos novos tempos, as organizações configuram-se com um caráter que prima
pelo investimento sócio-econômico nas comunidades onde as mesmas encontram-se
inseridas. Os profissionais de Recursos Humanos começaram a desenvolver trabalhos
que privilegiam o colaborador fora do âmbito organizacional, à medida que se observou
que, para atingir uma boa qualidade de vida no trabalho, era necessário investir também
na melhora de vida das pessoas fora dele. Ou seja, atender às demandas dos
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colaboradores no que concerne ao contexto familiar que está relacionado às
necessidades básicas de sobrevivência, como saneamento básico, educação, saúde, lazer
e investimentos no meio ambiente. Contudo, essas intervenções tomaram uma forma de
projetos sociais dirigidos à comunidade como um todo uma vez que é impossível
contemplar somente os colaboradores fora do âmbito da empresa.
O psicólogo organizacional estabelece juntamente com a equipe as metas a
serem atingidas tanto nos aspectos de produção como na melhoria do desenvolvimento
profissional de cada um que está relacionado às condições oferecidas pela empresa e os
aspectos que englobam esse colaborador fora do âmbito organizacional. Cabe ressaltar
que a responsabilidade compartilhada está relacionada a todas as ações desenvolvidas
pela organização. Logo, os projetos sociais também são compartilhados entre todos os
membros da equipe, que de certa maneira irão se beneficiar destes por fazerem parte da
comunidade que rodeia a organização, fator esse que facilita o psicólogo nesse trabalho
de implicação social.
2.2.5 Programa de qualidade de vida / Programa de qualidade total
Nos próximos parágrafos discutiremos que as relações humanas são o ponto de
partida para o êxito organizacional, pois ajudam a melhorar as dinâmicas e o ambiente
dentro da empresa.
Os comportamentos apresentados pelos membros de uma determinada equipe
são fatores importantes a serem analisados de forma que se estabeleça uma estratégia de
intervenção que venha a atender os interesses organizacionais. A comunicação é
fundamental para atingir a qualidade, uma vez que o psicólogo estimula multiplicadores
implicando as pessoas envolvidas. Ao estimular o colaborador, a tendência é que este
tenha uma atuação melhor no exercício da sua função à medida que desempenha esta
com prazer.
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O foco do psicólogo quando está desenvolvendo um trabalho de qualidade é
sempre o ser humano. Pois, quando as necessidades do homem condizem com os
objetivos a serem atingidos pela organização, o ambiente de trabalho torna-se prazeroso
para o colaborador.
As atividades realizadas pelos psicólogos necessitam de um envolvimento e
comprometimento de todos os colaboradores com a cultura da qualidade. Aumentar a
satisfação dos clientes internos e externos e manter a qualidade de acordo com o ISO
9000. A sigla ISO significa International Organization for Standardization, ou seja,
Organização Internacional de Normalização. Ela é uma organização não governamental
que está presente hoje em cerca de 120 países. Esta organização foi fundada em 1947
em Genebra, e sua função é promover a normalização de produtos e serviços, utilizando
determinadas normas, para que a qualidade dos produtos seja sempre melhorada.
2.2.6 Gestão de Pessoal
O assunto a seguir será abordado de acordo com a visão de alguns autores, que
são de grande relevância para o entendimento de Gestão de pessoal.
Chiavenato (1992), baseia-se no sistema de administração de pessoas de Likert,
que é composto de quatro alternativas e sistemas administrativos, tais como: processo
decisorial, que consiste nas tomadas de decisões da empresa; sistema de comunicações,
que se define como as informações são transmitidas e recebidas dentro da organização;
relacionamento interpessoal, que representa a contextualização dos relacionamentos
organizacionais; sistema de recompensas e punições que define a forma de motivação
das pessoas. Essas variáveis que compõem o sistema de gestão de pessoas se dão de
forma diferenciada nas organizações, podendo fluir como um sistema autoritário
coercitivo/centralizado onde o processo decisorial se dá na cúpula da empresa: as
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comunicações são precárias, o relacionamento interpessoal é considerado prejudicial aos
interesses da organização e a ênfase se dá nas punições. Ele cita o sistema autoritário-
benevolente como uma variação do sistema autoritário por si só e o sistema consultivo,
que tende mais para o lado participativo onde o processo decisorial tem participação dos
diversos níveis hierárquicos da organização. As comunicações são horizontais, ou seja
se dão entre as pessoas e as empresas incentivam os relacionamentos interpessoais,
dando ênfase às recompensas como incentivos salariais e oportunidade de promoção.
Por último, ele cita o sistema participativo que é o mais aberto de todos os sistemas,
onde o processo decisorial se dá em todos os níveis da organização, e a cúpula
empresarial apenas controla os resultados, as comunicações fluem em todos os sentidos,
a ênfase é no trabalho em equipe, favorecendo os relacionamentos interpessoais e o foco
é nas recompensas.
Os quatro sistemas administrativos citados oferecem maneiras para gerir as
pessoas na organização, sendo que o último citado favorece a atuação do psicólogo,
uma vez que foca as relações e prioriza os comportamentos apresentados pelos
colaboradores.
... o clima organizacional depende das condições econômicas da empresa,
da estrutura organizacional, da cultura organizacional, das oportunidades de
participação pessoal, do significado do trabalho, da escolha da equipe, do preparo e
treinamento da equipe, do estilo de liderança, da avaliação e remuneração da equipe,
dentre outros fatores que podem determinar o clima organizacional.
(CHIAVENATO, 1992, P.53).
2.2.7 Plano de Cargos e Salários
Enfocaremos a questão dos Planos de Cargos e Salários, numa visão simplista e
objetiva, levando em consideração que esta é uma questão fundamental dentro de uma
organização, visando estabelecer as faixas salariais justas dos seus colaboradores.
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Nos dias atuais, a área de cargos e salários possui como escopo fundamental na
criação de mecanismos que subsidiem as fases de obtenção, de fixação e de ascensão
profissional dos colaboradores nas organizações, que em primeira instância é o objetivo
primordial dos recursos humanos. Os principais objetivos a serem alcançados com a
implantação de um plano de cargos e salários consistem em estabelecer o equilíbrio
entre os salários da empresa e os salários do mercado. O plano de cargos e salários
(PCS) também proporciona os elementos necessários ao recrutamento de pessoal. Pois,
as atribuições e responsabilidades de cada cargo constam da descrição do mesmo, bem
como oferecem subsídios ao treinamento e desenvolvimento de pessoal, uma vez que as
descrições refletem as tarefas inerentes aos cargos, além da carreira formal. O setor de
Recursos Humanos, ao fazer pesquisa de mercado, pode propor uma política salarial que
possibilite aos colaboradores um crescimento individual frente ao seu desempenho,
assegurando assim à organização, uma administração salarial eqüitativa, atual, adequada
e competitiva.
CAPÍTULO 3 - ASSESSORIA DE CARREIRA – OUTPLACEMENT
3.1 Assessoria de Carreira e Outplacement, características do mercado de trabalho
globalizado
A manutenção do trabalhador no seu emprego, algum tempo atrás, implicava,
simplesmente, um bom relacionamento do empregado na sua empresa. As relações eram
caracterizadas pelo paternalismo. Ou seja, bastava o empregado ter uma boa relação
com os seus superiores hierárquicos para ascender profissionalmente.
Segundo Scistowski (2002), a recolocação profissional num primeiro momento
consistia em o trabalhador encaminhar seus dados profissionais para uma determinada
agência de emprego, no qual os profissionais desta disponibilizavam as oportunidades,
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de acordo com as demandas do empregador, em conformidade com o currículo do
profissional desempregado. Posteriormente, esse serviço foi ampliado no momento que
as consultorias de Recursos Humanos também passaram a oferecer e executar esse
serviço, que passou na maioria das vezes a ser desenvolvido por psicólogos. Estes se
utilizavam instrumentos pertinentes da Psicologia para fazer o trabalho, tais como
entrevistas comportamentais e testes psicológicos. Quando o profissional atingia seu
objetivo maior, que era o emprego, o mesmo não tinha a preocupação de se aperfeiçoar
no que se refere aos aspectos intelectuais. Pois a única preocupação era trilhar um longo
caminho na organização com vistas às promoções e prováveis premiações, visando a se
manter no emprego até se aposentar. Esse paradigma organizacional norteou o mercado
de trabalho por várias décadas, influenciando muitas gerações que até os dias atuais
continuam atuando com essa perspectiva, resistindo às inovações tecnológicas.
Hoje é necessário conduzir a carreira profissional com uma visão holística, não
existindo mais um caminho pré-definido para a ascensão profissional. Agora, o próprio
trabalhador é o único responsável pelo desenvolvimento de sua carreira. Porém, ele tem
que se dar conta disso.
O paradigma organizacional atual exige uma reorganização no que se refere à
recolocação profissional. Sendo assim, o profissional deve obter, pelo menos, noções de
outros conhecimentos não pertinentes à sua área específica para ter a possibilidade de
algum êxito profissional. Nessa perspectiva, estabelecimentos que atuam na área de
Recursos Humanos passam a oferecer um conjunto de atividades objetivando dar
suporte ao profissional no que tange à recolocação profissional. Esse procedimento
adotado pelas consultorias de Recursos Humanos e outras instituições nomeia-se como
assessoria de carreira.
A assessoria de carreira não está direcionada apenas a propiciar o alcance dos
objetivos mencionados pelo profissional que contrata esse tipo de serviço. Muitas vezes
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está relacionada à necessidade de trabalhar as suas potencialidades. Na assessoria de
carreira são utilizadas ferramentas como: avaliações comportamentais e realização de
entrevistas simuladas, sendo importante informar ao trabalhador sobre a realidade do
mercado e o perfil exigido. Contudo, a assessoria de carreira não se caracteriza somente
pelos aspectos citados. É importante atentar para a criação sempre de novas estratégias,
procurando sempre oportunidades que geralmente estão ancoradas em um excelente
network. Além disso, um bom marketing pessoal é importante numa recolocação. Cabe
ao consultor de Recursos Humanos na execução da assessoria de carreira propiciar
apoio ao trabalhador, no sentido de melhorar sua performance, tanto nos aspectos
intelectuais como emocionais.
As empresas reduzem a mão-de-obra a todo momento, ou simplesmente decidem
trocar os colaboradores por várias razões. Dentre elas, por exemplo, a substituição do
mesmo serviço prestado por um determinado colaborador por um custo mais baixo. Por
esse viés, as organizações passam a oferecer o outplacement que compreende a
assessoria de carreira. Contudo, é um dispositivo que se caracteriza, principalmente,
pela responsabilidade que as empresas tomam para si no sentido de assessorar o
profissional demitido.
Para Santos (2004), o outplacement tem como meta analisar o profissional, com
o propósito de fornecer subsídios para que este consiga se recolocar no mercado de
trabalho. Enfim, estuda junto com o profissional uma solução de modo a lhe possibilitar
alternativas para sua carreira, levando em conta, sempre, a demanda do mercado. Tendo
em vista que a demissão na maioria das vezes desestrutura o trabalhador, o
outplacement serve como uma ferramenta no sentido de possibilitar suporte no que se
refere ao equilíbrio emocional do indivíduo, uma vez que fornece informações reais e
valiosas sobre a trajetória a ser percorrida.
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O outplacement traz vantagens tanto para a organização que contrata esse
serviço, quanto para o profissional dispensado, pois possibilita à empresa uma atuação
social e responsável em conformidade com as demandas do mundo globalizado,
garantindo a qualidade do clima organizacional e o fortalecimento da imagem da
empresa perante os seus clientes internos e externos. Para os profissionais dispensados,
o outplacement representa a minimização dos impactos que uma demissão traz, e o
apoio necessário para ele na redefinição da sua carreira.
3.1.1 Algumas contribuições da Psicologia na assessoria de carreira e no
outplacement
Falaremos a seguir da importância sobre a assessoria de carreira e o outplacement,
como práticas atualmente muito utilizadas no mercado de trabalho. Logo, os psicólogos
que atuam na área de recursos humanos agregam esses dispositivos aos trabalhos
realizados.
Segundo Holthausen (2006), a psicologia, por excelência, visa tanto os aspectos
cognitivos como os emocionais do indivíduo. Partindo da premissa de que o trabalhador
que demanda esses serviços, normalmente encontra-se desestruturado emocionalmente.
Torna-se importante para o indivíduo, que estes processos sejam executados por um
psicólogo. Pois o psicólogo à frente de uma assessoria de carreira e do outplacement,
certamente terá a preocupação de trabalhar os aspectos emocionais, dar um suporte
emocional ao indivíduo, pelo fato de possuir competência técnica para isso.
A Psicologia detém recursos que podem oferecer ao profissional a possibilidade de
uma reflexão crítica em relação à sua atuação. No sentido de mostrar aos profissionais o
lado bom das críticas e quanto elas podem acrescentar para o crescimento da sua
carreira. Além disso, a psicologia trabalha as ações que estão atreladas à compreensão e
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ao processo de aprendizagem. Logo se não houver uma mudança de comportamento do
trabalhador, ele não acompanha as mudanças que vigoram no atual paradigma
organizacional. Cabe aos psicólogos e profissionais das áreas humanas, focarem para o
profissional a importância de seu empenho e o quanto é bom receber críticas,
principalmente com a disputa acirrada por um lugar.
Nesse sentido, o aconselhamento de carreira feito pelos psicólogos permite um
equilíbrio emocional maior do profissional, proporcionando aprimoramento e
desenvolvimento, o que favorece a elaboração de um plano mais consistente de carreira.
Quando o psicólogo obtém êxito no aspecto mencionado acima, ele consegue resgatar a
auto-estima e a motivação facilitando o processo reflexivo do profissional, o que
permite conhecer as potencialidades e trabalhá-las.
3.2 Algumas ferramentas utilizadas no processo de assessoria de carreira e
outplacement
Outplacement é uma solução profissional, elaborada com o objetivo de conduzir
com dignidade e respeito os processos de demissão nas companhias. É um sistema de
ganha-ganha, que busca o beneficio de todos os envolvidos.
Os Serviços de outplacement, no início de seu desenvolvimento, eram somente
oferecidos em países mais desenvolvidos. Com o advento da globalização, a solução se
tornou um produto altamente procurado, e a prática de outplacement passou a ser mais
procurada e oferecida em outros mercados. Os países que, anteriormente, eram imunes a
mudanças na estrutura organizacional, passaram a estar expostos as mesma práticas
comuns no primeiro mundo. Começaram a ocorrer fusões e aquisições, reengenharias e
reestruturações, reorganizações e reduções de efetivo em busca de mais lucratividade
em uma economia aberta e competitiva. Esta mudança na ordem mundial não trouxe
apenas novas oportunidades ao mercado mas também novos desafios, empresariais e
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profissionais, característicos deste novo mundo que se formava. No Brasil, em meados
da década de 80, as soluções de outplacement passaram a ser mais conhecidas, com o
surgimento das primeiras empresas nacionais prestadoras deste tipo de serviço. Em
meados da década de 90 começaram a chegar ao Brasil as primeiras empresas
multinacionais do ramo, aumentando a competitivedade deste mercado. Hoje, no Brasil,
este tipo de serviço conta com diversas empresas, nacionais e multinacionais, alem de
profissionais e consultores autonômos, que dentre outros serviços oferecem soluções
diversas de gestão de talentos, dentre elas o Outplacement.
3.2.1 Análise técnica das competências / Marketing Pessoal
Estudaremos a seguir o Marketing pessoal e as Análises técnicas das competências,
de uma forma direta, uma vez que este subitem enfoca a relevância desse binômio na
realização da seleção de colaboradores na empresa.
Na assessoria de carreira e no outplacement, o primeiro aspecto do profissional a
ser analisado pelos profissionais de recursos humanos é observar se existe uma
harmonia entre as competências técnicas e a apresentação delas. Pois quando se está à
procura de uma nova oportunidade, o cartão de visita é fundamental, ou seja, um
currículo bem elaborado significa boas chances de competir a uma provável vaga de
emprego. Diante deste cenário e muitas outras transformações ocorridas no meio
organizacional e social, surgiu o Marketing Pessoal.
O Marketing Pessoal compreende desde as vestimentas do profissional até a sua
maneira de se expressar verbalmente. Portanto é importante que o mesmo tenha um
marketing pessoal eficiente e para isso ele tem que estar com uma boa assessoria que
esteja comprometida com seus interesses.
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Uma impressão ruim logo de início é muito mais difícil de ser
revertida. Portanto, a primeira impressão pode não ser a que fica, mas marca
profundamente a ponto de favorecer ou prejudicar o alcance de seus
objetivos. (MARTINS, 2006)
Em suma, o marketing pessoal, diz respeito à fase da qual se avalia as qualificações
técnicas e pessoais do profissional de forma a apresentá-lo ao mercado, com conteúdo e
apresentação clara e objetiva, sendo o ponto de partida para uma boa assessoria de
carreira e um bom outplacement.
3.2.2 Quociente emocional (QE) e Quociente intelectual (QI)
Levaremos em consideração que o mercado de trabalho valoriza os aspectos
emocionais do profissional. Sendo assim, as competências emocionais são um
diferencial que não podem ser desprezados nos parágrafos a seguir, pois tais
competências são de extrema importância e refletem diretamente em todos os campos .
Para Goleman (1995), a inteligência emocional caracteriza-se pela maneira como
as pessoas lidam com as suas emoções e com as das pessoas ao seu redor, implicando
assim a: autoconsciência, motivação, persistência, empatia, entendimento e
características sociais como: persuasão, cooperação, negociações e liderança. Ele diz
ainda, que a inteligência emocional pode ser alcançada por meio de treino e esforço,
mas isso requer persistência. As pessoas têm de identificar exatamente o que querem
alcançar – sendo um melhor ouvinte ou controlando seu temperamento. Cabe aos
psicólogos que atuam na área de Recursos Humanos disporem de instrumentos técnicos
que permitam o desenvolvimento desses aspectos. Existe outro fator importante a
ser trabalhado pelos psicólogos que diz respeito ao quociente intelectual no qual está
relacionado ao desenvolvimento cognitivo do indivíduo/profissional, sendo a relação
entre a idade mental e idade cronológica.
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Segundo Goleman (Ibid), o quociente intelectual e a inteligência emocional não
são capacidades opostas, mas distintas. Todos os seres humanos compatibilizam
perspicácia intelectual e emocional. Existe uma ligeira correlação entre intelecto e
aspectos da inteligência emocional. Embora essa correlação seja bastante pequena para
deixar claro que se tratam de duas capacidades bastante independentes. Ele diz que na
verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a inteligência emocional e que
ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a
inteligência emocional aumenta e a capacidade intelectual também, derrubando assim, o
mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um
equilíbrio entre ambas.
Em síntese, os psicólogos que estão à frente de uma assessoria de carreira e de
um trabalho de outplacement, necessitam estar aptos no sentido de desenvolver
estratégias que permitam ao profissional alcançar o equilíbrio entre: quociente
intelectual e quociente emocional. Uma vez que esses aspectos são fatores fundamentais
para obtenção de êxito no mercado de trabalho.
3.2.3 Coaching – Treinamento e Atividades motivacionais
Descreveremos a seguir as metodologias de treinamento dentro da empresa,
visando o melhor desempenho de seus funcionários. É de grande importância uma boa
atuação destes profissionais no que tange a produtividade e a qualidade.
O Coaching é uma palavra inglesa que se refere ao ato de treinar alguém, o
coach (treinador), atua encorajando ou motivando o profissional. A prática
organizacional que está desenvolvendo um trabalho de assessoria de carreira e/ou de
outplacement com o coaching inserido em sua metodologia, agrega esses valores
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objetivando treinar e motivar os profissionais com o intuito de aperfeiçoá-los para se
recolocarem no mercado de trabalho.
Para Goldsmith (2003), um processo de coaching se inicia pela demanda do
profissional que é permeado pela subjetividade, ou seja, os interesses são diversos,
podendo estar relacionados ao relacionamento interpessoal, o trabalho em equipe, a
motivação, dentre outros. Esse serviço avalia forças e fraquezas do profissional, face
aos objetivos visados e ao meio em que este atua, e define um plano que permita
alcançar os resultados desejados.
Na realidade o processo de coaching não consiste em orientar nem
uma empresa nem um relacionamento, mas sim orientar "o diálogo rumo
aos resultados pretendidos pelo participante, sejam eles pessoais ou
empresariais" (PORCHÉ e NIERDERER, 2002, P. 8).
Existem diversas finalidades no serviço de coaching, sendo algumas para
outplacement, assessoria de carreira, problemas de relacionamento no âmbito pessoal e
familiar, dentre outros. Contudo, nos detivemos somente nas contribuições do coaching
na assessoria de carreira e no outplacement, que nesse processo atua como uma
ferramenta primordial na capacitação dos profissionais à medida que este se faz
necessário, face às perspectivas atuais que contemplam o mercado de trabalho
globalizado.
3.2.4 Networking
Atuaremos na área de Networking, com o intuito de esclarecer a grandeza desta
ferramenta tão útil para o Rh.
Para Queiroz (2006), um dos pilares da empregabilidade é o Networking e
define-se por uma rede de relações humanas. Ferramenta eficaz para proporcionar aos
profissionais acesso à informação e as oportunidades no mercado de trabalho,
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compreendendo um conjunto de atitudes comportamentais, de solidariedade e de ajuda
recíproca de todos aqueles que estão em permanente interdependência nas redes de
relacionamentos. Enfim o networking é considerado a forma mais eficaz de obter
informações e de ter acesso a oportunidades e soluções para os problemas da atualidade.
Aprender a desenvolver bons relacionamentos sociais é fator de fundamental
relevância para se alcançar o sucesso. É através dos relacionamentos que
podemos obter os subsídios necessários para atingir as metas desejadas.
Neste mundo articulado por relações de total interdependência é muito
importante ser benquisto. (SCISTOWSKI, 2002, P.58).
No processo de assessoria de carreira e no outplacement, o profissional é
orientado a valorizar a sua rede de relações profissionais em diversas circunstâncias.
Não somente quando lhe é conveniente, mas também no decorrer da sua carreira
profissional. Sempre procurando as pessoas quando se encontra num momento de
dificuldade. Ou seja, cultivar a rede de relacionamento é fundamental para um bom
networker.
Face ao exposto, os profissionais com facilidade de relacionamento interpessoal são
favorecidos no sentido de estabelecer um networking mais sólido, não significando que
pessoas com dificuldades de se relacionar não consigam atingir um nível elevado de
networking. À medida que os psicólogos procuram desenvolver as habilidades nos
profissionais, ao que se refere aos relacionamentos interpessoais. Para que possam
estabelecer parâmetros para alcançarem o êxito em suas metas.
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CONCLUSÃO
O processo de globalização desordenado, como vimos, não contempla todas as
camadas sociais. Por isso, com este trabalho, pretendeu-se demonstrar que a assessoria
de carreira e o outplacement, como dispositivos utilizados por psicólogos e profissionais
de Recursos Humanos, são uma tentativa de resposta às novas exigências de um
mercado cada vez mais competitivo, oferecendo ao trabalhador chances de reciclagem e
desenvolvimento de potencialidades, capazes de o reconduzirem a uma nova colocação.
Por outro lado, a ciência psicológica contribui em muito para a execução desses
programas, por preocupar-se com o estudo do comportamento humano. Assim sendo,
cabe a esses profissionais estarem atentos aos novos campos de atuação, já que a
assessoria de carreira e o outplacement são também um dispositivo pertinente às
práticas psicológicas, à medida que enfocam as emoções, os relacionamentos
interpessoais e tudo que se refere ao comportamento do homem.
Profissionais com habilidade e discernimento da percepção e da realidade que o
cerca, aprendendo a se comunicar, a demonstrar suas emoções de maneira equilibrada,
de modo a trilhar um caminho mais amplo na arte de relacionar-se, desenvolvendo uma
reflexão crítica, potencializando a criatividade, o aumento da auto-estima e a
diminuição do stress. Esses, os novos paradigmas a serem alcançados por profissionais
que passam pelos processos da assessoria de carreira e de outplacement. E também
esses, os novos desafios para psicólogos e profissionais de Recursos Humanos, num
complexo mercado de trabalho, que está sempre apontado para o futuro.
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36
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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”RESUMOMETODOLOGIAPESQUISA TEÓRICA DE CARÁTER DESCRITIVO QUE UTILIZA COMO FONTE DE COLETA DE DADOS A BIBLIOGRAFIA DISPONÍVEL EM MÍDIAS IMPRESSASINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDOCUMENTOS ELETRÔNICOS