UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU · Em tempos de constantes mudanças no...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE INTEGRADA AVM
DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR NA FORMAÇÃO DE
LÍDERES
Por: Arnaldo Marques
Orientador
Professor: Mônica Ferreira Melo
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FACULDADE INTEGRADA AVM
DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR NA FORMAÇÃO DE
LÍDERES
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de docência superior.
Por: Arnaldo Marques
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AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus,
autor da minha vida, e realizador dos
meus sonhos. A minha orientadora
Mônica Melo pela ajuda e paciência.
Aos amigos Éder, Letícia e Daniele,
que mesmo nos momentos de
dificuldades mostraram que a união, a
amizade, a vontade de vencer e o bom
humor são ingredientes que não podem
faltar no decorrer das nossas vidas.
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DEDICATÓRIA
A minha mãe que sempre me incentivou
na caminhada pela busca do saber. A
minha amada esposa por todo amor que
tem dado a nossa família. Aos meus
filhos, Diego, João Vítor e Caio que são a
minha inspiração e a razão da minha
persistência pela busca do conhecimento.
Eu amo muito vocês.
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RESUMO
As organizações estão inseridas num ambiente caracterizado por
grandes mudanças e turbulências. A crença que se instalou há muito tempo
atrás que líder é aquele que manda porque exerce uma posição de poder, e
que está no alto escalão de comando das empresas torna qualquer outro
conceito moderno motivo de suspeita e de forte resistência para se refletir a
respeito. Entretanto, vários caminhos apontam que pessoas de diferentes
organizações estão despertando para uma nova realidade sobre liderança. As
mudanças no mundo do trabalho e as mudanças culturais apontam para a
necessidade das empresas as novas realidades sociais, políticas e culturais. E
para que isso ocorra há uma grande necessidade de mudança na linha de
comando das organizações. A grande mudança no papel do líder hoje é que
ele seja capaz influenciar no lugar de impor. O líder precisa inspirar e motivar a
sua equipe para que eles desenvolvam por prazer as suas tarefas.
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METODOLOGIA
O presente trabalho foi desenvolvido com base na experiência
profissional, com ajuda de livros específicos de administração e liderança. Os
autores Idalberto Chiavenato e Stephen P. Robbiens contribuíram muito com
os conceitos e estudos sobre liderança. Outra fonte de consulta muito
importante foi à apostila de Personalidade e Liderança do curso de pós-
graduação de gestão empresarial da faculdade Cândido Mendes de autoria da
professora Rosa Maria Braga Porto. Outras fontes utilizadas foram revistas e
consultas a sites da internet. Todo material me ajudou na coleta de dados
enriquecendo assim todo conteúdo desse trabalho. Foi feita leitura prévia no
material e posterior pesquisa em materiais de apoio em apostilas de cursos de
graduação e pós-graduação. O trabalho foi desenvolvido ao longo de 4 meses.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
DA LIDERANÇA 10
CAPÍTULO II
TEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE LÍDERES:
DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR 18
CAPÍTULO III
O LÍDER INFLUÊNCIANDO PESSOAS 31
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 41
WEBGRAFIA 42
ÍNDICE 43
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INTRODUÇÃO
Em tempos de constantes mudanças no mundo do trabalho em que a
tecnologia a cada dia ganha mais espaço em todos os setores dentro de uma
empresa, onde máquinas e programas de computador substituem homens e
até mesmo equipes inteiras. Tempos em que o consumidor está cada vez mais
exigente no processo de escolha dos seus produtos ou serviço e
consequentemente da empresa onde quer comprar. Tempos em que a
sociedade exige que as empresas não sejam somente capitalistas, mas
tenham responsabilidade empresarial, social e ambiental.
Devido a tantas mudanças e a disputa acirrada pelo cliente, é exigido
cada vez mais dos profissionais que ocupam cargos de liderança. Assim os
velhos paradigmas também vêm se renovando numa velocidade enorme.
Trazendo novos estudos, novas teorias e formas modernas de liderar que aos
poucos vão ganhando cada vez mais espaço nas organizações.
No mundo de hoje, embora ainda exista, não há mais espaço para o
gerenciamento da época antiga, onde as tarefas eram feitas na base da
imposição, no popular “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. O líder
moderno precisa entender e conhecer muito bem qual o seu verdadeiro papel.
As pessoas devem ser a essência de qualquer negócio, e para isso é
necessário que tenham um ambiente propício,
O líder precisa ter muito claro na sua mente que é através das pessoas
que são realizadas as ações e consequentemente o atingimento ou não dos
resultados, e para isso é fundamental que toda equipe estejam motivadas para
que desenvolvam o seu trabalho com alegria e compromisso. A liderança
necessária para se construir confiança é marcada por influência impulsionada
pela vida, surgindo não de cargo ou de coação e sim de caráter, competência e
compromisso.
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Líderes sempre se preocupam em como estimular a motivação de suas
equipes e está é, sem dúvida, uma habilidade crucial nos dias de hoje, pois o
desempenho motivado é um dos fatores vitais à obtenção de resultados.
Portanto, não basta apenas o líder confiar na sua equipe, é preciso
muito mais. É preciso que a equipe tenha plena confiança no líder. A equipe
precisa enxergar nele um espelho, o modelo a ser seguido.
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CAPÍTULO I
DA LIDERANÇA
Um erro frequente de compreensão sobre liderança refere-se ao seu
empobrecimento uso associado à posição de hierarquia. Sempre que o termo
“liderança” surge, ele rapidamente se encaixa mentalmente no ponto alto dos
organogramas. Já se instaurou esse tipo de ideia, é, portanto, qualquer outro
conceito que se tente descrever é motivo de suspeita e de forte resistência
para se refletir a respeito.
O modelo de educação pelo qual as pessoas estão submetidas desde a
infância é carregado de tal percepção, levando-as a uma crença consequente
de que liderar é mandar. Ouve-se inclusive a já conhecida frase: “Manda quem
pode, obedece quem tem juízo”. Nesse tipo de cultura, a figura de um líder
pode se formar a partir do poder autoritário, superior, intransponível e, em
alguns casos, que cause medo.
Entretanto, pessoas de diferentes organizações despertam para uma
realidade em que a liderança possui outras características, diferenciando-se do
tradicional modelo hierárquico, e, ao contrário da ideia corrente, ela existe para
servir. Esse conceito se traduz nas relações aprofundadas que se criam a partir
do compromisso mútuo ou propósito compartilhado entre as partes, da
responsabilidade pessoal, da influência que é exercida em vez da imposição,
da motivação obtida pelo respeito e vontade interior e da mudança que se
processa com o passar do tempo. Para que ocorra tamanha evolução, é
necessária a aprendizagem constante, levando os seguidores a uma
transformação pessoal.
Desfazer-se de ideias tão enraizadas é trabalhoso e requer reflexões
que levem a construção de novos conceitos, além da predisposição e abertura.
Portanto, a aprendizagem é imprescindível à gestão da liderança,
compreendendo-se a maneira como cada membro aprende, e através desta
condição, gerar mudanças.
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As empresas são uma das grandes forças organizadas da sociedade e,
por isso mesmo, desempenharão um papel crucial nas transformações
necessárias daqui para frente. Idalberto Chiavenato aponta para a necessidade
das empresas se adaptarem às novas realidades políticas, econômicas, sociais
e culturais, e para que isso ocorra o seu corpo gerencial deve estar sintonizado
com os rumos que a humanidade está vivendo.
De acordo com Rosa Maria Braga Porto, professora de pós-graduação
da Universidade Cândido Mendes, “mais do que as mudanças, mas a
velocidade com que elas se processam, impacta sobre maneira nas
organizações e na vida das pessoas em diversos aspectos, desde o próprio
negócio até o relacionamento humano dentro e fora das organizações. Assim
as habilidades necessárias para a gestão empresarial numa época de
mudanças dramáticas é, de fato, uma arte que cada pessoa que ocupa uma
posição de liderança precisa desenvolver, ou vai correr o risco de ser
prejudicado pela turbulência das mudanças em curso”. (P.5)
Entretanto, como toda crise é sinônimo de ameaça e de oportunidade,
de acordo com o pensamento chinês, tais mudanças dramáticas acarretarão
numa ampliação do papel das instituições e das empresas de modo a adequar
sua busca de resultados em um contexto de desenvolvimento sustentável. As
organizações passam a ter responsabilidade social e ambiental para poderem
se manter vivas e atuantes no mercado.
Rebatendo essas exigências conjunturais para os aspectos
comportamentais do gestor, surge uma outra necessidade – a de desenvolver
habilidades de liderança no gerente tradicional. A questão da formação de
líderes para as organizações torna-se de atualíssima importância para o
negócio da instituição nesse ambiente de turbulência que estamos vivendo.
Peter Drucker, em vários depoimentos, aponta para o aprimoramento
das habilidades de liderança e seu pensamento pode ser resumido da seguinte
forma: aquele que sabe e procura saber se organizar ao nível do pensamento,
sentimento, atitudes e comportamentos será capaz de liderar pessoas e
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negócios com a necessária tolerância ao estresse e a ambiguidade desses
tempos pós-modernos.
Fala-se muito sobre administração, mas muito pouco sobre o
administrador, comenta Ken O'donnel (1992). Segundo esse autor, o
administrador precisa desenvolver seus poderes e qualidades interiores para
manifestar eficazmente sua liderança nas organizações. Hoje em dia, vários
autores tais como: Ken O'donnel, Pierre Weil, Roberto Crema, Oscar
Motomura, Sylvia Vergara, falam em espiritualidade nas organizações,
justamente como uma forma de aprimoramento humano; falam de um ser
integral, holístico, capaz de comprometer-se com a empresa e com a
sociedade, buscando realização pessoal e profissional no exercício do seu
trabalho.
Chiavenato (1992 P.54) aponta para um dos mais importantes conceitos
da moderna administração – o conceito de gerência participativa. Essa forma
de gerenciamento decorre do fato do gerente gerenciar com pessoas e não
gerenciar pessoas.
A diferença é que no primeiro caso as pessoas são o sujeito ativo da
gerência e no segundo, elas são guiadas e controladas para o alcance dos
objetivos da organização.
Para promover tal mudança comportamental no gerente tradicional,
torna-se necessário eliminar a hierarquia rígida, substituir as normas e
disciplinas por uma nova ética de trabalho. Trata-se de fato, de uma mudança
organizacional, onde flexibilidade, agilidade e valorização das pessoas são a
tônica dessa nova empresa.
A excelência empresarial, contudo, está profundamente arraigada a
excelência gerencial. Assim a capacidade de liderança do gerente é
determinante para uma posição de competitividade de uma organização. É a
liderança que permite a potencialização da força humana, buscando a
combinação dos talentos individuais para obtenção de resultados.
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O líder do futuro sabe quais são os seus pontos fortes,
pontos fracos, oportunidades e ameaças. Sabe que pode
controlar suas emoções e, com isso, gerenciar a própria
motivação e dos seus seguidores. Usa essas informações para
crescer e apoiar o crescimento de todos a sua volta. Faz
diariamente o teste do espelho, verificando se aquela pessoa é
quem ele gostaria de ser e se é o tipo de pessoa que ele
respeita e valoriza. (DINIZ, 2007 P. 19)
1.1 Conceito de liderança
Podemos dar inúmeras definições de liderança. De acordo com Hersey
e Blanchard, estudiosos do assunto, liderança é o processo de exercer
influência sobre um indivíduo ou um grupo de indivíduos nos esforços para a
realização de um objetivo em uma determinada situação. Enquanto Robbins,
Stephen Paul (1943) diz que: “ Liderança é o processo de influência pelo qual
os indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas
rumo as metas comuns ou compartilhadas” (p. 371). Já Chiavenato, define
liderança como a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida
através do processo da comunicação humana a consecução de um ou de
diversos objetivos específicos.
Uma análise sobre todas as definições de liderança constata que é
comum a toda a noção de que os líderes são indivíduos que, por suas ações,
facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo a uma meta comum ou
compartilhada. Esta definição sugere que a liderança é um processo de
influência.
Poucos termos suscitaram tanto debate em torno de uma definição
como liderança. Não há dúvida de que ele é importante. E os especialistas
geralmente concordam que Bill Gates , na Microsoft; Michael Eisner , na
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Disney; Comandante Rolim, na Tam; Linda Wachner, na Warnaco; e Richard
Branson, no grupo virgin são líderes eficazes. Mas afinal os líderes já nascem
feitos ou são fabricados?
A distinção entre líder e liderança é importante, mas potencialmente
confusa. O líder é o indivíduo; liderança é a função ou atividade que o indivíduo
executa. A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana,
seja nas empresas, escolas, igrejas ou em cada um de seus departamentos.
Ela é essencial em todas as funções da administração: o administrador precisa
conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é liderar. Para
os humanistas, a liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos.
1.2 Liderança como fenômeno de influência interpessoal
Liderança é a influência interpessoal exercida em uma situação e
dirigida por meio do processo da comunicação humana para consecução de
um ou mais objetivos específicos. A liderança ocorre como um fenômeno social
e exclusivamente nos grupos sociais. Ela é decorrente dos relacionamentos
entre as pessoas em determinada estrutura social. Nada tem a ver com os
traços sociais de personalidade do líder.
A influência significa uma força psicológica, uma transação
interpessoal na qual uma pessoa age de modo a modificar o comportamento de
outra de modo intencional. A influência envolve conceitos como poder e
autoridade, abrangendo maneiras pelas quais se provocam mudanças no
comportamento das pessoas ou de grupos sociais.
O controle representa as tentativas de influência bem-sucedidas, isto
é que produzam as consequências desejadas pelo agente influenciador.
O poder significa um potencial de influência de uma pessoa sobre
outras; é a capacidade de exercer influência, embora isso não signifique que
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essa influência seja realmente exercida. O poder é um potencial influencial que
pode ou não ser realizado.
A autoridade (o conceito mais restrito desses todos) é o poder
legítimo, isto é, o poder que tem uma pessoa em virtude do seu papel ou
posição em uma instituição. É, portanto, o poder legal e socialmente aceito.
1.3 Liderança como um processo de redução da incerteza de um
grupo.
O grau em que um indivíduo demonstra qualidade de liderança
depende não somente de suas próprias características pessoais, mas também
das características da situação na qual se encontra. Liderança é um processo
contínuo de escolha que permite a empresa caminhe em direção a sua meta,
apesar de todas as perturbações internas e externas. O grupo tende a escolher
como líder a pessoa que pode lhe dar maior assistência e orientação (que
defina ou ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus
problemas) para que alcance seus objetivos.
A liderança é uma questão de redução de incerteza do grupo e o
comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, isto é, a
tomada de decisão. Nesse sentido, o líder é um tomador de decisões ou aquele
que ajuda o grupo a tomar decisões adequadas.
1.4 Liderança como uma relação funcional entre líder e
subordinados.
Liderança é uma função das necessidades existentes em uma
determinada situação e consiste em uma relação entre um indivíduo e um
grupo. A relação entre líder e subordinados repousa em três generalizações:
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A vida para cada pessoa pode ser vista como uma contínua luta
para satisfazer necessidades, aliviar tensões e manter equilíbrio.
A maior parte das necessidades individuais, em nossa cultura, é
satisfeita por meio de relações com outras pessoas e grupos sociais.
Para a pessoa, o processo de se relacionar com outras pessoas
é um processo ativo – e não passivo – de satisfazer necessidades.
A pessoa não espera que a relação capaz de lhe proporcionar os meios
de satisfazer uma necessidade ocorra naturalmente, mas ela própria procura
os relacionamentos adequados ou utiliza os relacionamentos já existentes com
o propósito de satisfazer suas necessidades pessoais. Há uma relação
funcional em que o líder é percebido pelo grupo como possuidor ou controlador
dos meios para satisfação de suas necessidades. Assim, segui-lo pode
constituir para o grupo um meio para aumentar a satisfação de suas
necessidades ou de evitar sua diminuição. O líder surge como
um meio para a consecução dos objetivos desejados por um grupo. Assim, o
líder é um estrategista que sabe indicar os rumos para as pessoas.
1.5 Liderança como um processo em função do líder, dos
seguidores e de variáveis da situação.
Liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou
grupos nos esforços para realização de objetivos em uma determinada
situação. A liderança existe em função das necessidades existentes em
determinada situação, ou seja, da conjugação de características pessoais do
líder, dos subordinados e da situação que os envolve. Trata-se de uma
abordagem situacional. O líder é a pessoa que sabe conjugar e ajustar todas
essas características. Assim, não há um tipo único e exclusivo para cada
situação.
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Bons líderes fazem as pessoas sentir que elas estão no centro
das coisas, e não na periferia. Cada um sente que ele ou ela
faz a diferença para o sucesso da organização. Quando isso
acontece, as pessoas se sentem centradas e isso dá sentido ao
seu trabalho. (Warren G. Bennis, 2012, Internet,
www.admlogist.blogsport.com.br, acessado dia 25|07|12).
Finalmente, o contexto da liderança não só influência quais
características e estilo de liderança, características do seguidor e
comportamento do líder emergirão, como também afeta se determinado líder
será eficaz. Uma enorme quantidade de dados demonstra que as ações do
líder, que funcionam bem em algumas circunstâncias, não funcionam
necessariamente bem em todas as circunstâncias.
http://www.admlogist.blogsport.com.br/
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CAPÍTULO 2
TEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE
LÍDERES: DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR
Embora existam múltiplas definições para liderança, é possível encontrar
dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e,
por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas,
exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação
humana com a vista à obtenção de determinados objetivos específicos. As
funções de liderança incluem, portanto, todas as atividades de influenciação de
pessoas, ou seja, que geram a motivação necessária para pôr em prática o
propósito definido pela estratégia e estruturado nas funções executivas.
A liderança é necessária em todos os tipos de organização
humana, seja nas empresas ou nos departamentos. Ela é
essencial em todas as funções do administrador: o
administrador precisa conhecer a natureza humana e saber
conduzir as pessoas, isto é liderar. (CHIAVENATO, 2003,
P.123)
Um aspecto importante neste conceito é a palavra influencia em lugar de
imposição. De fato, é possível impor determinadas ações a um subordinado
quando se tem poder para tal. Contudo, é impossível impor a motivação com
que cada um leva à prática essa mesma ação. É esta motivação que a
liderança procura melhorar. Para um líder não é mesma ação. É esta
motivação que a liderança procura melhorar. Para um líder não é suficiente
atingir os objetivos da organização; é necessário que as ações desenvolvidas
pelos subordinados sejam executadas por sua livre vontade.
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Os cursos de graduação e as escolas de negócios reavaliam ano a ano
o processo de ensino aprendizagem nos cursos de gestão. Esta necessidade
faz-se ainda mais presente nos cursos de liderança, pois estes cursos
necessitam de uma forte vinculação com o mercado, o que ocorre na área de
administração. Além disso, percebe-se a importância da identificação de
habilidades e competências, as quais são valorizadas pelas organizações e
podem ser desenvolvidas durante a formação do administrador.
A liderança constitui um dos temas mais pesquisados e estudados nas
últimas décadas. As teorias sobre a liderança que foram apresentadas por
autores humanistas podem ser classificadas em três grupos que apresentam
características próprias, a saber:
2.1 Teorias de traços de personalidade
São as teorias mais antigas a respeito da liderança. Um traço é uma
qualidade ou característica distintiva da personalidade. Segundo essas teorias,
o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o
distinguem das demais pessoas. O líder apresenta características marcantes
de personalidade por meio das quais pode influenciar o comportamento das
demais pessoas. Essas teorias foram influenciadas pela teoria do “grande
homem”, defendida por Carlyle para explicar que o progresso do mundo foi
produtos das realizações pessoais de alguns homens que dominam a história
da humanidade.
Os traços de personalidade sempre nos elevam para um
padrão de conduta aceitável ou não. A prática contínua dos
hábitos definem o comportamento aceitável ou não. Mesmo
com o equilíbrio exercido, sempre será fácil definir quem de fato
você é, por isso ninguém, absolutamente ninguém conseguirá
sustentar uma dupla personalidade muito tempo. (Fernando
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Macedo, internet, www.pensador.uol.com.br|frase acessado em
24|07\12)
Cada autor especifica alguns traços característicos de personalidade
que definem o líder como:
A) Traços físicos: como energia, aparência pessoal, estatura e peso.
B) Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e
autoconfiança.
C) Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade
administrativa.
D) Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização,
persistência e iniciativa.
Em resumo, um líder deve inspirar confiança, ser inteligente, perceptivo
e decisivo para ter condições de liderar com sucesso. Covey (2003) diz que o
papel do líder no século XXI não é gerenciar a mudança, mas sim criar o
próprio futuro dentro do panorama que está modificando em um conceito que
ele determina como liderar a mudança.
Na verdade, as teorias de traços são criticadas pelas seguintes razões:
A) Não ponderam a importância relativa de cada uma das várias
características e traços de personalidade que realçam os aspectos
da liderança: nem todos os traços são igualmente importantes na
definição de um líder, pois alguns deveriam ter maior realce do que
outros.
B) As teorias dos traços ignoram a influência e a reação dos
subordinados. A pergunta que paira no ar é: um indivíduo pode ser
líder para todo e qualquer tipo de subordinado ou de grupo social?
C) Essas teorias não fazem distinção entre os traços válidos quanto ao
http://www.pensador.uol.com.br|frase/
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alcance de diferentes tipos de objetivos alcançados. Em certas
missões, alguns traços de personalidade são mais importantes do
que outros: uma missão militar de guerra exige certos traços de um
líder, enquanto uma missão religiosa ou filantrópica exige outros
diferentes.
D) As teorias dos traços ignoram a situação em que a liderança se
efetiva. Nas organizações existem diferentes situações que exigem
características diferentes dos líderes. Uma situação de emergência
exige um tipo de comportamento do líder, enquanto uma situação de
estabilidade e calma exige outras características diferentes.
E) Dentro dessa abordagem simplista, uma pessoa dotada de traços de
liderança é sempre líder durante todo o tempo e em toda e qualquer
situação, o que não ocorre na realidade. Um indivíduo pode ser o
líder inconteste na seção onde trabalha e o último a dar palpites em
seu lar.
2.2 Teorias sobre estilos de liderança
São teorias que estudam a liderança em termos de estilos de
comportamento do líder em relação aos subordinados. Enquanto a abordagem
dos traços se refere aquilo que o líder é, a abordagem dos estilos de liderança
se refere aquilo que o líder faz, isto é, o seu estilo de comportamento para
liderar.
A teoria mais conhecida refere-se a três estilos de liderança: autoritária,
liberal e democrata. White e Lippitt fizeram uma pesquisa para analisar o
impacto provocado por três diferentes estilos de liderança em meninos
orientados para execução de tarefas. Os meninos foram divididos em quatro
grupos e a cada seis semanas a direção de cada grupo era desenvolvida por
líderes que utilizavam três estilos diferentes: a liderança autocrática, a liberal e
a democrata.
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2.2.1 Liderança autocrática
O líder centraliza as suas decisões e impõe suas ordens ao grupo. O
comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustração e agressividade,
de um lado, e de outro, nenhuma espontaneidade, nem iniciativa, nem
formação de grupos de amizade. Embora aparentemente gostassem das
tarefas, não demostraram satisfação em relação a situação. O trabalho
somente se desenvolvia com a presença física do líder. Quando ele se
ausentava, as atividades paravam e os grupos expandiam seus sentimentos
reprimidos, chegando a explosão de indisciplina e agressividade.
2.2.2 Liderança liberal
O líder delega totalmente as decisões ao grupo e deixa-o
completamente a vontade e sem controle algum. Embora a atividade dos
grupos fosse intensa, a produção foi medíocre. As tarefas se desenvolviam ao
acaso, com muitas oscilações, perdendo-se tempo com discussões por motivos
pessoais e não relacionados com o trabalho. Notou-se forte individualismo
agressivo e pouco respeito ao líder.
2.2.3 Liderança democrática
O líder conduz e orienta o grupo e incentiva a participação democrática
das pessoas. Houve formação d grupos d amizades e relacionamentos
cordiais entre os meninos. Líder e subordinados desenvolveram comunicação
espontâneas, francas e cordiais. O trabalho mostrou um ritmo suave e seguro,
sem alterações, mesmo quando o líder se ausentava. Houve um nítido
sentimento d responsabilidade e comprometimento pessoal além de uma
impressionante integração grupal dentro de um clima de satisfação.
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Os grupos submetidos a liderança autocrática apresentaram maior
quantidade de trabalho produzido. Sob a liderança liberal não se saíram bem
quanto à quantidade e a qualidade. Com a liderança democrática, os grupos
apresentaram um nível quantitativo de produção equivalente a liderança
autocrática, com uma quantidade de trabalho surpreendentemente superior.
Na prática, o líder utiliza os três processos de liderança, de acordo com
uma situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder tanto
manda cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar uma
decisão, como sugere a maneira de realizar certas tarefas: ele utiliza a
liderança autocrática, democrática e liberal. O desafio da liderança é saber
quando aplicar qual estilo, com quem e em que circunstâncias e atividades.
Sam Walton em entrevista disse “grandes líderes mudam de estilo para
levantar a autoestima de suas equipes. Se as pessoas acreditam nelas
mesmas, é impressionante o que elas conseguem realizar”. Já E. M. Kelly
disse que a diferença entre um chefe e um líder, é que o chefe diz, “vá”. E o
líder diz “vamos”.
A personalidade de cada um é formada pelo temperamento e pelo
caráter. Assim, o temperamento refere-se à maneira de reagir, sendo
constitucionalmente e imutável. O caráter é essencialmente formado
pelas experiências das pessoas, especialmente na infância e
modificável até certo ponto, pelos insights e por novas espécies de
experiências. (Fromm, 1978 p.53)
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TABELA: Os três estilos de liderança
AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL
A líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.
As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder.
Há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder.
O líder determina as providências para execução das tarefas, cada um por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo.
O grupo esboça as providências para atingir o alvo e pede aconselhamento do líder, que sugere alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os debates.
A participação do líder é limitada, apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem.
O líder determina a tarefa que cada um deve executar e o seu companheiro de trabalho.
A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho.
A divisão das tarefas e escolha dos colegas fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder.
O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro.
O líder procura ser um membro normal do grupo, em espirito. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” nas criticas e nos elogios.
O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado.
Fonte: (CHIAVENATO, 2003 P. 125)
2.3 Teorias situacionais da liderança
Enquanto as teorias sobre traços de personalidade são simplistas e
limitadas, as teorias sobre estilos de liderança consideram apenas certas
variáveis da situação. As terias situacionais explicam a liderança dentro de um
contexto mais amplo e partem do principio de que não existe um único estilo de
liderança válido para toda e qualquer situação. A recíproca é verdadeira: cada
situação requer um tipo de liderança para alcançar eficácia dos subordinados.
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As teorias situacionais são mais atrativas ao administrador , pois
aumentam as opções e possibilidades de mudar a situação para adequá-las a
um modelo de liderança ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo
a situação. O líder deve se ajustar a um grupo de pessoas sob condições
variadas. A localização de um líder depende da posição estratégica que ele
ocupa dentro da cadeia de comunicações e não apenas de suas características
de personalidade. A abordagem situacional da liderança passou a ganhar
predominância na teoria administrativa.
Tannenbaum e Schmidt expõem uma abordagem situacional da
liderança, com uma gama ampla de padrões de comportamento de liderança
que o administrador escolhe para as suas relações com os seus subordinados.
Cada tipo de comportamento está relacionado com o grau de autoridade
utilizado pelo líder e o grau de liberdade disponível para os subordinados,
dentro de um continuum de padrões de liderança. O comportamento de
liderança localizado no lado extremo esquerdo denota o administrador que
mantém alto grau de controle sobre os subordinados, enquanto o
comportamento localizado no lado extremo direito denota o administrador que
permite ampla liberdade de ação para os subordinados.
A teoria situacional surgiu diante da necessidade de um modelo
significativo na área de liderança, onde define-se a maturidade como a
capacidade e disposição da pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir
seu próprio comportamento. Portanto entende-se como liderança situacional o
líder que se comporta de um determinado modo ao tratar individualmente os
membros do seu grupo e de outro quando se dirigem a este como um todo,
dependendo do nível de maturidade das pessoas que o mesmo deseja
influenciar.
A liderança situacional não só sugere o estilo de liderança de alta
probabilidade para vários níveis de maturidade, como indica a probabilidade de
sucesso das outras configurações de estilo, se o líder for capaz de adotar o
estilo desejável. Estes conceitos são válidos em qualquer situação em que
alguém pretende influenciar o comportamento de outras pessoas. Num
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contexto geral, ela pode ser aplicada em qualquer tipo organizacional, quer se
trate de uma organização empresarial, educacional, governamental, militar ou
até mesmo na vida familiar.
Na teoria situacional existem quatro estilos de liderança: “Determinar”,
”Persuadir”, “compartilhar” e “Delegar”. Estes estilos resumem uma
combinação de comportamento de tarefa e de relacionamento, estabelecendo
objetivos e definindo os papéis das pessoas que são dirigidas pelo líder.
Observe o quadro a seguir:
Determinar
Para maturidade baixa. Pessoas que não tem capacidade nem vontade de
assumir a responsabilidade de fazer algo, não são seguras de si. Este
estilo caracteriza-se pelo fato de o líder definir as funções e especificar o
que as pessoas devem fazer, como, quando e onde devem executar várias
tarefas.
ESTILO APROPRIADO: Comportamento de tarefa alta e relacionamento
baixo.
Persuadir
Para maturidade entre baixa e moderada. Pessoas que não tem
capacidade e sentem disposição para assumir responsabilidades, mas
ainda não possuem as habilidades necessárias. A maior parte da direção a
ser tomada neste estilo ainda é dada pelo líder.
ESTILO APROPRIADO: Comportamento de alta tarefa e alto
relacionamento.
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Para maturidade entre moderada e alta. As pessoas possuem capacidade,
mas não estão dispostas a fazer o que o líder quer, por não estarem
seguras de si mesmas. O líder e o liderado participam juntos da tomada de
decisão. Sendo o papel principal do líder facilitar a tarefa e a
comunicação.3
ESTILO APROPRIADO: Comportamento de relacionamento alto e tarefa
baixa.
-
27
Delegar
Para maturidade alta. A pessoa tem capacidade e disposição para assumir
responsabilidades. São psicologicamente maduros. Não necessitando de
uma comunicação acima do normal ou de um comportamento de apoio.
ESTILO APROPRIADO: Comportamento de relacionamento baixo e tarefa
baixa.
Levando em consideração que o estilo de liderança a ser adotado por
determinado líder depende do nível de maturidade das pessoas que o mesmo
deseja influenciar. Devemos então definir o que é Maturidade. Em termos de
capacidade e de disposição, dizemos que o conceito de maturidade divide-se
em duas dimensões: Maturidade de trabalho (capacidade) e maturidade
psicológica (disposição).
A maturidade do trabalho está relacionada com a capacidade de fazer
alguma coisa, referindo-se ao conhecimento e a capacidade técnica. As
pessoas com alta maturidade de trabalho numa determinada área tem o
conhecimento, a capacidade e a experiência necessária para executarem
certas tarefas sem direção da parte dos outros.
A maturidade psicológica refere-se a disposição ou motivação para fazer
alguma coisa. Está ligada a confiança em si mesmo e ao empenho. As pessoas
que possuem alta maturidade psicológica julgam que a responsabilidade é
importante, tem confiança em si mesmas e sentem-se bem nesse aspecto do
seu trabalho. Não precisam de grande encorajamento para cumprir suas
tarefas.
Na liderança situacional está implícita a ideia de que o líder deve ajudar
os liderados a amadurecer até o ponto em sejam capazes e estejam dispostos
a fazê-lo, esse desenvolvimento deve ser realizado ajustando-se o
comportamento de liderança. Independente do nível de maturidade do
indivíduo ou grupo pode ocorrer algumas mudanças. Sempre que, por qualquer
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razão, o desempenho de um liderado começar a regredir e sua capacidade ou
motivação diminuir, o líder deverá fazer uma reavaliação do nível de
maturidade e dar apoio sócio-emocional e direção apropriada que o liderado
necessitar.
2.4 Formação de líder no ensino superior
Construir lideranças com qualidade acadêmica e competência de gestão
é uma necessidade cada vez mais premente entre as instituições que querem
garantir posição de destaque na expansão do ensino superior.
Num cenário de expansão anual do número de matrículas em torno de
4%, segundo a revista Ensino Superior, e na expectativa que até 2020 cerca de
10 a 15 milhões de alunos – nas projeções mais otimistas – estejam inscritos
em curso de graduação superior. Encontrar novos talentos para gerir e
administrar as instituições empresarias e de ensino para atender às demandas
da evolução deste mercado é um caminho natural necessário para acompanhar
o crescimento de vários setores.
Estimular o aprendizado, estabelecer bons relacionamentos com
empregados e manter intercâmbios com instituições internacionais são alguns
desafios impostos pela nova realidade. Para enfrentá-los, é preciso contar com
líderes capazes de mobilizar múltiplos saberes a fim de alcançar resultados
efetivos. Mas contratar profissionais do mercado com tal perfil não será
suficiente para atender à demanda. Assim, instituições começam a investir em
programas contínuos de formação de liderança, com ações de médio e longo
prazo, direcionadas a todos os níveis hierárquicos do quadro de pessoal.
Essa tendência acompanha o que vem ocorrendo entre as grandes
corporações em virtude não só do aquecimento econômico, mas também das
diversidades dos ambientes de trabalho. O desenvolvimento da liderança
aparece entre as principais preocupações dos CEOS das maiores companhias
do pais, segundo o professor da Fundação Dom Cabral, Anderson Santana. A
partir da constatação, a instituição realizou um estudo entre profissionais
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egressos de cursos de graduação, pois graduação e mestrado para
compreender os atributos profissionais mais requisitados por seus
empregadores.
Competências sociais e relacionais, como a capacidade de
comunicação e de relacionamento interpessoal aparecem como as mais
exigidas. “Os elementos necessários aos líderes são muito subjetivos”, avalia o
professor. A diversidade de gerações e de cultura nos ambientes de trabalho
pode explicar parte da demanda por competências comportamentais. Para isso
as empresas buscam pessoas capazes de liderar equipes marcadas pela
diversidade e integradas por profissionais das diversas gerações, da “baby
bommer”, passando pela X, até a Y.
Sant'anna aponta que a globalização dos mercados, é outro fator de
diversidade e exige conhecimentos multiculturais. Além disso, as empresas têm
hierarquias mais horizontalizadas em que os cargos de comando são mais
flexíveis e diversificados.
Para formar pessoas com as competências necessárias à nova
realidade, as organizações adotam tecnologias pedagógicas inovadoras. A
formação em cursos de pós-graduação, MBA e especialização é o requisito
básico. O profissional é exposto a outras formas de saberes, como assistir a
óperas, peças de teatro e participar de dinâmicas de grupo, relata Santana.
Além disso, as organizações tem procurado construir ambientes em que todos
os empregados possam exercitar a liderança no dia a dia, lidar com situações
imprevisíveis e gerir resultados.
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2.5 Aplicação no ensino
O dilema de encontrar líderes capacitados para os cargos estratégicos
foi enfrentado pela faculdade, Maurício de Nassau, que, desde a inauguração
em 2003, iniciou acelerado processo de expansão, que ganhou fôlego cinco
anos depois quando passou a integrar o grupo Ser Educacional, o maior de
educação do Nordeste.
A solução veio por meio do programa de Formação e desenvolvimento
de líderes, criado pela instituição para suprir a carência de profissionais com
perfil de liderança. “Enfrentávamos dificuldades de encontrar pessoas com
competências gerenciais voltadas para o cliente e para o mercado e também
com o conhecimento acadêmico para ocupar cargos estratégicos nas
unidades”, explica o CEO do Ser Educacional, Jânio Diniz.
A instituição selecionou trinta profissionais do quadro de pessoal para
participar de cursos com duração de seis meses a dois anos. O programa foi
desenvolvido para prepará-los segundo o perfil exigido para cada função. Seis
profissionais foram capacitados para cargos de direção de algumas das
unidades do grupo.
A Fundação Getúlio Vargas oferece o curso de gestão empresarial com
foco no mercado de trabalho, desenvolvendo competências ligadas a
capacidade de negociação, comunicação, liderança, inteligência emocional,
além de habilidades técnicas. O curso de gestão empresarial é coerente com
as atuais exigências do mundo corporativo, o curso é voltado para o
conhecimento sistêmico da gestão da empresa, que inclui a abordagem crítica
das diversas áreas, levando o participante à compreensão de todo o processo
que envolve a gestão da empresa.
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CAPÍTULO III O LÍDER INFLUÊNCIANDO PESSOAS
Durante vários anos acreditava-se que pessoas já nasciam líderes e
com o passar dos anos, suas fortes características inatas acabavam por
aparecer. “Hoje em dia os gerentes que ainda adotam posições do tipo”. “Os
líderes nascem prontos, não são desenvolvidos”. “O tempo dirá qual é o melhor
remédio”. E outros chavões tão comuns no passado, serão desmontados
diante da velocidade e complexidade das situações profissionais e até mesmo
existenciais que enfrentamos hoje. Nestes tempos bicudos as organizações
precisam mais do que bons gerentes. Elas precisam de líderes comprometidos
com a sua missão, seus valores e sua visão.
Sabe-se que desde os anos 90 as organizações estão numa busca
frenética de mudanças, capazes de lhes assegurar competitividade. Muitos
estudos no assunto apontam que a única forma de liderança exigida para
consolidar a manutenção da organização é através da criação de uma cultura
de confiança, construída através de indivíduos confiáveis. Segundo John
Hawkins, consultor norte americano, a liderança necessária para se construir
confiança é marcada por influência impulsionada pela vida, surgindo não de
cargo ou de coação e sim de caráter, competência e compromisso.
Portanto, esta é a grande chance, é o presente do momento para as
pessoas que assumem funções gerenciais em uma organização. E qual é esta
dádiva e, ao mesmo tempo este desafio? É ter a oportunidade de ser um líder,
isto é, vivenciar plenamente suas capacidades e habilidades de liderança. Esse
é o real momento para certas pessoas que nunca tiveram chance de aplicar
seu talento ou que nunca foram encorajadas a utilizar todas as suas
capacidades no trabalho, de acordo com o professor de administração Warren
Bennis, da Universidade da Califórnia.
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32
A capacidade que um indivíduo possui de influenciar alguém ou
um grupo de pessoas significa uma força psicológica, onde um
age de modo a modificar o comportamento do outro de modo
intencional, essa influencia envolve poder e autoridade,
alterando assim o modo de agir do influenciado. (MOTA, 1997,
P. 206).
3.1 Liderança e auto-desenvolvimento
A liderança não se adquire meramente pela posição hierárquica
assumida na organização; ou seja, não basta ser gerente para ser líder. É
fundamentalmente, como afirma o professor Warren Bennis, da universidade
da Califórnia, uma questão de caráter, de brilho interior. Liderança eficaz
calçada na ética é o resultado do alto nível de refinamento da personalidade,
da qualidade dos pensamentos e sentimentos de uma pessoa; enfim, da
qualidade com que ela gerencia sua própria vida. Se assim não for, como esta
pessoa pode se tornar o exemplo para ter seguidores que possam construir um
ideal comum? “Uma vasta quantidade de livros e consultores de administração
são que os líderes não nascem prontos eles são auto-desenvolvidos”
A liderança eficaz necessita de uma fonte provedora de mão dupla, isto
é, o líder se alimenta do aprendizado que obtém com outros líderes e também
com os seus seguidores. Por isso, fala-se hoje em líderes de líderes. Peter
Druker nos ensina que, há quatro competências que os líderes e seus
seguidores devem conquistar:
1 - Fornecer a visão para a sua equipe, a ponte para o futuro e a
partir disso, estratégias e metas de trabalho;
2 - Significar a visão para sua equipe através da comunicação;
3 - Construir confiança como base matriz de todas as relações na
organização;
4 - Buscar autoconhecimento, autoestima e
autodesenvolvimento.
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33
O líder deve criar condições para que a organização ajude as pessoas a
conquistar as quatro competências básicas à liderança. O líder tem como papel
fundamental induzir o acontecimento das coisas – tal como um catalisador para
uma reação química; hoje se enfatiza esse aspecto da liderança com o adjetivo
“transformacional”, indicando a capacidade do líder de fazer as coisas
acontecer.
Líderes sempre se preocupam em como estimular a motivação de suas
equipes e está é, sem dúvida, uma habilidade crucial nos dias de hoje, pois o
desempenho motivado é um dos fatores vitais à obtenção de resultados. O que
o líder pode fazer no sentido de motivar a ação de seus empregados? O líder
pode apenas criar condições para que as condições para que a motivação de
sua equipe desabroche. É uma atitude que nasce a partir de um motivo interno,
do coração e mente da pessoa. Surge um motivo intrínseco e intransferível que
a pessoa possui e que a faz agir. Daí o termo motivação advir de motivo +
ação. Pois bem, o líder pode e deve funcionar mais uma vez como um
facilitador de condições para os motivos individuais encontrarem eco na
organização, surgindo daí uma identificação de motivos pessoais com os
organizacionais.
A situação mais favorável para um líder influenciar seu grupo é
aquela em que ele estimado pelos membros, tem uma posição
de grande poder e dirige um trabalho bem definido.
(PAUL HERSEY, 1976, P. 118)
A grande fonte de sustentação de um líder é a confiança que a equipe
deposita nele. As mudanças de hoje exigem que o líder busque resultados e,
sem confiança mútua isso é muito difícil. Portanto, um dos papéis do líder
nesse sentido é monitorar as fontes de estresse da confiança. John Hawkins
aponta cinco fontes de estresse capazes de provocar um efeito vazante dentro
da equipe, são elas: 1) as realidades da vida (sentimentos magoados, panes
em equipamentos, acidentes de trabalho, etc...) 2) demandas externas
repentinas (automação, redução de pessoal, mudanças organizacionais); 3)
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34
mudança de pessoal (novos relacionamentos); 4) panes de comunicação; 5)
lado oculto da natureza humana (dificuldades interpessoais dificultando a
confiança). Essas fontes merecem a atuação e a habilidade do líder em lidar
com pessoas. Isso requer acima de tudo gostar de gente.
3.2 Liderança nas organizações
Há tempos as organizações não mostram tanta preocupação com as
pessoas que comandam os processos dentro das empresas, principalmente
devida à falta das competências que essa responsabilidade implica. São os
líderes que fazem e precisam fazer a diferença na hora de inspirar os
subordinados a conquistar os objetivos comuns.
A capacidade de influenciar e inspirar as pessoas são uma das
principais tarefas do líder, no entanto não é raro encontrar pessoas nas
empresas que não estão preparadas para ocupar a função, ou ainda que não
tenham o perfil necessário para um cargo importantíssimo. Na gestão
empresarial o verdadeiro líder não é aquele que é melhor em tudo, ou que sabe
tudo, mas aquele que conhece um pouco de cada setor e a importância de
cada setor, reconhecendo o potencial individual de cada liderado.
Influenciando-as para que elas façam o seu trabalho e atinjam os resultados
esperados.
O indivíduo que está à frente de uma equipe não deve abraçar todas as
funções e tarefas e tentar fazer tudo sozinho, muito pelo contrário, o líder é
aquele que delega as tarefas, treina e orienta os membros da sua equipe.
Um líder não deve assumir a forma de um ditador, empurrando as
tarefas para a sua equipe e aparecer somente para cobrar os resultados. O
verdadeiro líder é aquele que participa que está sempre próximo, é aquele que
faz junto, é aquele que ajuda que encoraja e que lidera pelo exemplo. Hoje
mais do que nunca o liderado precisa de reconhecimento pelo seu trabalho e
-
35
de um ambiente propício para se sentirem motivadas, para serem criativas e
desenvolverem o trabalho com qualidade.
Falar de liderança e de competências gerenciais é hoje em dia tão trivial
como dizer que as empresas possuem uma responsabilidade social perante a
sociedade. Sem dúvida alguma tais assuntos são extremamente debatidos e
estudados no âmbito organizacional, mas as explicações às quais encontram-
se em diversos artigos, livros e obras sobre tais assuntos nem sempre vêm de
encontro às necessidades das empresas. Na maioria das vezes, discute-se a
respeito do que um líder deve fazer, e se esquece de refletir sobre aquilo que
ele deve ser. Tal distinção não é de modo algum irrelevante, ou seja, é
importante levar-se em consideração sua personalidade, seu caráter e suas
características intrínsecas não somente as ações e atitudes nas tomadas de
decisões. Sabe-se que a busca de resultados tangíveis sempre foi um dos
grandes motores da vida das organizações.
3.3 Atitudes que fazem a diferença nos líderes de organizações
inteligentes
Líderes focam o lado certo. Quando ocorrer um erro, o foco deve ser
direcionado a situação que o gerou, evitando exclusivamente massacrar quem
errou. O problema deve ser discutido em detalhe, para evitar reincidência, mas
preservando o autor. Por outro lado, se há sucesso, o foco deve ser creditado à
pessoa ou às pessoas responsáveis pelo seu mérito; quando um chefe de
plantão inverte-se esse posicionamento é o caos.
Líderes diferenciam erro da morte. Os erros são sinalizações
importantes para falhas no processo. O enfoque excessivo do terror cego faz
com que as pessoas prefiram uma atuação mais limitada a correrem o risco de
passar por maus momentos. Nesse cenário, os erros deixam de ser
sinalizações para oportunidades de melhorias e passam a ser calvário para
morte.
Líderes evitam discursos vazios. Estratégias bem sucedidas interligam
ações para alcançar resultados. O paraíso natural de discursos vazios são
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36
castelos feudais com trincheiras de assessores que conversam muito e nada
fazem porque não tem poder para agir ou tomar decisões sozinhos. O que
fazem são alimentar crocodilos, gerando um clima de centralização e
dificuldades.
Líderes motivam. Nem tudo são flores. Muitas vezes é necessário
vencer adversidades e transformá-las insumos para motivação. Para conseguir
motivação os líderes devem transformar intenção em ação – e sustentá-la
dando o exemplo.
Líderes utilizam soluções elegantes e valorizam o conhecimento
aplicado. Incentivam soluções elegantes, valorizando e premiando a habilidade.
Uma multiplicidade de variáveis caracteriza um problema complexo pela
simplicidade da solução. A elegância de uma solução resulta da solução obtida
no tratamento de multiplicidade de variáveis, característica de um problema
complexo, pela simplicidade da solução.
Líderes focalizam o que é relevante. Atitude significa o querer fazer com
que efetivamente algo aconteça, transformando ideias em ações, mesmo que
em muitas situações enfrente muitas pedras e desafios pelo caminho. O foco
está intrinsecamente ligado à atitude de não dispersar energia, porém
concentrá-la. Para Bennis, os líderes para os novos tempos são aqueles que
concentram energia em seus pontos fortes... e à medida que os pontos fortes
vão sendo capitalizados, os fracos vão sendo naturalmente superados.
Os líderes irradiam confiança e melhoram o astral. Os líderes não são
sujeitos mal-humorados e carrancudos, de mal com o mundo; eles divertem-se,
tornando as coisas agradáveis, as pessoas sentem-se bem estar ao seu lado.
Não existe correlação positiva entre ser desagradável e ser competente como
líder.
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37
3.4 Um líder que faz a diferença
Em 1987, a Detroit Diesel passou para o controle da general Motors. A
companhia detinha ridículos 3% do mercado de motores para caminhões de
grande porte e havia perdido 600 milhões de dólares entre 1982 e 1987. Então
em 1988, o ex-piloto da fórmula Indy transformado em magnata dos
transportes, Roger Penske, assumiu o controle da empresa. Mantendo a
mesma diretoria e a mão de obra por hora que havia vacilado na GM, Penske
que um líder dinâmico pode fazer uma diferença muito concreta.
A maior destreza de Penske como líder foi a habilidade para conseguir a
lealdade dos seus funcionários. Seu respeito pelas necessidades e desejos
pessoais dos trabalhadores é o que parece fazer a diferença. Ele os trata como
jogadores valiosos de uma equipe vencedora.
Depois de assumir a Detroit Diesel, Penske rapidamente determinou que
o problema não era a falta de bons produtos, mas falta de motivação. A equipe
de vendas se tornara lenta e preguiçosa devido a burocracia da GM, e a mão
de obra operária estava desmoralizada.
Penske começou a reunir-se regularmente com os líderes sindicais para
reconquistar sua confiança. Concedeu ao sindicato poder de veto sobre
trabalhadores temporários e fornecedores externos. “EU não concordo com
eles o tempo todo, mas não adotamos um estilo de confronto, adotamos um
estilo de solução”, disse Penske. Jim Brown, presidente do sindicato,
concordava: “o Roger conquistou muita credibilidade de nossa parte”.
Penske também iniciou uma série de maratonas de reuniões com
pequenos grupos abrangendo a totalidade da mão d obra. Sua meta?
Conseguir que os funcionários entendessem os ramos que estavam. Ele abriu
as informações sobre salários, produtividade e investimentos de capital.
Introduziu a participação nos lucros e incentivos econômicos para a
assiduidade. Convenceu os trabalhadores que embora a companhia tivesse um
produto superior, padrões de qualidade mais elevados precisariam ser
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alcançados se desejassem vencer a concorrência. Além disso, a empresa
tornou-se enxuta e ágil – alguns departamentos foram eliminados e quase um
quarto da mão de obra burocrática da companhia foi mandado embora.
Ele também distribuiu autoridade para os níveis inferiores da
organização; uma estrutura mais achatada permitia mais agilidade na tomada d
decisões. E usou a reputação de um herói da fórmula Indy para trazer clientes
d volta. Proprietários de frotas, decepcionados com a GM, ouviam com respeito
quando Penske descreveu as mudanças que estavam ocorrendo sob sua
liderança na Detroit Diesel.
Sob a orientação de Penske, as vendas da Detroit Diesel dobraram para
1,7 bilhão de dólares por ano. A empresa passou a controlar 25% do mercado
de motores para caminhões de grande porte e voltou a ser lucrativa, com lucros
anuais superiores a 35 milhões de dólares.
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CONCLUSÃO
A liderança é um dos temas mais estudados e discutidos dos últimos
tempos. A cada reviravolta do mercado, a cada mudança no mundo do
trabalho, em que as organizações sentem o vento da incerteza soprar forte
sobre os seus negócios, inicia-se novas discussões sobre o papel do líder nas
organizações. O velho gerente, aquele que ainda carrega o jargão, do tipo
“manda quem pode, obedece quem tem juízo”, ou muda o seu estilo e a sua
maneira de conduzir a equipe, ou será extinto em poucos anos.
Sabemos que o líder tem papel fundamental na construção de uma
equipe comprometida e unida em prol dos objetivos da empresa. Uma empresa
sem direção, sem um líder que inspira e motiva a sua equipe está fadada ao
fracasso. Muitas organizações não tem sucesso nos seus projetos e acabam
perdendo mercado porque a equipe não acredita no chefe, no gerente. Muitas
vezes elas só enxergam nessas pessoas a figura de um antiquário que só
impõe que só manda que não participa e, sobretudo não goza da confiança da
sua equipe.
As organizações estão numa busca frenética por líderes inovadores e
que tenham habilidades interpessoais para estar à frente dos seus
departamentos e que através das suas ações consigam extrair o melhor de
cada funcionário. Muitas empresas estão investindo na sua liderança pagando
cursos de graduação e pós-graduação. E as instituições de ensino, estão
atualizando a cada ano o programa do curso para oferecer para seus clientes o
que há de mais moderno na área de gestão.
Em tempos de mudanças culturais e sociais surge o novo gerente, com
perfil mais atraente a realidade das organizações contemporâneas. O novo
gerente chega com a tarefa de divulgar e fazer com que os seus liderados
conheçam e entendam a missão, a visão e os objetivos da organização. O
líder moderno que entende as necessidades dos seus liderados e trabalha para
satisfazê-las, pois ele sabe que uma equipe que trabalha satisfeita e que
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40
participa das decisões, que pode expor suas opiniões trabalha melhor e se
compromete com os resultados.
Então surge uma nova necessidade – qualificar e lapidar o líder para
assumir cargos estratégicos dentro das organizações. Várias instituições de
nível superior estão adaptando os cursos de gestão com foco na liderança
justamente para capacitar esse profissional. O curso superior não pode formar
somente administradores. As instituições sejam elas de qualquer seguimento,
seja de negócios, seja de ensino, elas precisam muito mais do que
administradores, elas precisam de líderes inspiradores, que conquistam
seguidores.
-
41
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, IDALBERTO. Introdução à Teoria geral da Administração: Uma
visão abrangente da moderna administração das organizações. 7º edição
revista e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier , 2003
ROBBINS, STEPHEN PAUL. Administração Mudanças e Perspectivas. São
Paulo: Saraiva 2001
FERNANDES, ALMIR. Administração Inteligente. São Paulo: Futura, 2001
ADAIR, JOHN. Liderança e Motivação. A regra do meio a meio e os oito
princípios fundamentais para motivar os outros. São Paulo: Clio Editora, 2010
ROSA MARIA BRAGA PORTO. Personalidade e liderança: Gestão
Empresarial, Universidade Cândido Mendes, 2009
-
42
WEBGRAFIA
www.adminitradores.com.br
www.pensador.uol.com.br|frase
http://www.adminitradores.com.br/http://www.pensador.uol.com.br|frase/
-
43
INDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPITULO I
DA LIDERANÇA 10
1.1 CONCEITO DE LIDERANÇA 13
1.2 LIDERANÇA COMO FENÔMENO DE INFLUÊNCIA
INTERPESSOAL 14
1.3 LIDERANÇA COMO UM PROCESSO DE REDUÇÃO DE
INCERTEZA DE UM GRUPO 15
1.4 LIDERANÇA COMO UM PROCESSO EM FUNÇÃO DO
LÍDER, DOS SEGUIDORES E DE VARIÁVEI DA SITUAÇÃO 16
CAPITULO II
TEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE
LÍDERES: DESAFIOS DO ENSINO SUPORIOR 18
2.1 TERIAS DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE 19
2.2 TEORIAS SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA 21
2.2.1 LIDERANÇA AUTOCRÁTICA 21
-
44
2.2.2 LIDERANÇA LIBERAL 22
2.2.3 LIDERANÇA DEMOCRÁTICA 22
2.3 TEORIAS SITUACIONAIS DA LIDERANÇA 24
2.4 FORMAÇÃO DE LÍDER NO ENSINO SUPERIOR 28
2.5 APLICAÇÃO NO ENSINO 30
CAPITULO III
O LÍDER INFLUENCIANDO PESSOAS 31
3.2 LIDERANÇA E AUTO-DESENVOLVIMENTO 32
3.3 LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES 34
3.4 ATITUDES QUE FAZEM A DIFERENÇA NOS LÍDERES DE
ORGANIZAÇÕES INTELIGENTES 35
3.5 UM LIDER QUE FAZ A DIFERENÇA 37
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 41
WEBGRAFIA 42
ÍNDICE 43
AGRADECIMENTOSSUMÁRIOCAPÍTULO IDA LIDERANÇA 10CAPÍTULO IITEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE LÍDERES: DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR 18CAPÍTULO IIIO LÍDER INFLUÊNCIANDO PESSOAS 31
CONCLUSÃO 39BIBLIOGRAFIA 41WEBGRAFIA 42ÍNDICE 43TEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE LÍDERES: DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR