UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU · Em tempos de constantes mudanças no...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR NA FORMAÇÃO DE LÍDERES Por: Arnaldo Marques Orientador Professor: Mônica Ferreira Melo Rio de Janeiro 2012

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

    FACULDADE INTEGRADA AVM

    DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR NA FORMAÇÃO DE

    LÍDERES

    Por: Arnaldo Marques

    Orientador

    Professor: Mônica Ferreira Melo

    Rio de Janeiro

    2012

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

    FACULDADE INTEGRADA AVM

    DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR NA FORMAÇÃO DE

    LÍDERES

    Apresentação de monografia à Universidade

    Cândido Mendes como requisito parcial para

    obtenção do grau de docência superior.

    Por: Arnaldo Marques

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeço em primeiro lugar a Deus,

    autor da minha vida, e realizador dos

    meus sonhos. A minha orientadora

    Mônica Melo pela ajuda e paciência.

    Aos amigos Éder, Letícia e Daniele,

    que mesmo nos momentos de

    dificuldades mostraram que a união, a

    amizade, a vontade de vencer e o bom

    humor são ingredientes que não podem

    faltar no decorrer das nossas vidas.

  • DEDICATÓRIA

    A minha mãe que sempre me incentivou

    na caminhada pela busca do saber. A

    minha amada esposa por todo amor que

    tem dado a nossa família. Aos meus

    filhos, Diego, João Vítor e Caio que são a

    minha inspiração e a razão da minha

    persistência pela busca do conhecimento.

    Eu amo muito vocês.

  • RESUMO

    As organizações estão inseridas num ambiente caracterizado por

    grandes mudanças e turbulências. A crença que se instalou há muito tempo

    atrás que líder é aquele que manda porque exerce uma posição de poder, e

    que está no alto escalão de comando das empresas torna qualquer outro

    conceito moderno motivo de suspeita e de forte resistência para se refletir a

    respeito. Entretanto, vários caminhos apontam que pessoas de diferentes

    organizações estão despertando para uma nova realidade sobre liderança. As

    mudanças no mundo do trabalho e as mudanças culturais apontam para a

    necessidade das empresas as novas realidades sociais, políticas e culturais. E

    para que isso ocorra há uma grande necessidade de mudança na linha de

    comando das organizações. A grande mudança no papel do líder hoje é que

    ele seja capaz influenciar no lugar de impor. O líder precisa inspirar e motivar a

    sua equipe para que eles desenvolvam por prazer as suas tarefas.

  • METODOLOGIA

    O presente trabalho foi desenvolvido com base na experiência

    profissional, com ajuda de livros específicos de administração e liderança. Os

    autores Idalberto Chiavenato e Stephen P. Robbiens contribuíram muito com

    os conceitos e estudos sobre liderança. Outra fonte de consulta muito

    importante foi à apostila de Personalidade e Liderança do curso de pós-

    graduação de gestão empresarial da faculdade Cândido Mendes de autoria da

    professora Rosa Maria Braga Porto. Outras fontes utilizadas foram revistas e

    consultas a sites da internet. Todo material me ajudou na coleta de dados

    enriquecendo assim todo conteúdo desse trabalho. Foi feita leitura prévia no

    material e posterior pesquisa em materiais de apoio em apostilas de cursos de

    graduação e pós-graduação. O trabalho foi desenvolvido ao longo de 4 meses.

  • SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO 08

    CAPÍTULO I

    DA LIDERANÇA 10

    CAPÍTULO II

    TEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE LÍDERES:

    DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR 18

    CAPÍTULO III

    O LÍDER INFLUÊNCIANDO PESSOAS 31

    CONCLUSÃO 39

    BIBLIOGRAFIA 41

    WEBGRAFIA 42

    ÍNDICE 43

  • 8

    INTRODUÇÃO

    Em tempos de constantes mudanças no mundo do trabalho em que a

    tecnologia a cada dia ganha mais espaço em todos os setores dentro de uma

    empresa, onde máquinas e programas de computador substituem homens e

    até mesmo equipes inteiras. Tempos em que o consumidor está cada vez mais

    exigente no processo de escolha dos seus produtos ou serviço e

    consequentemente da empresa onde quer comprar. Tempos em que a

    sociedade exige que as empresas não sejam somente capitalistas, mas

    tenham responsabilidade empresarial, social e ambiental.

    Devido a tantas mudanças e a disputa acirrada pelo cliente, é exigido

    cada vez mais dos profissionais que ocupam cargos de liderança. Assim os

    velhos paradigmas também vêm se renovando numa velocidade enorme.

    Trazendo novos estudos, novas teorias e formas modernas de liderar que aos

    poucos vão ganhando cada vez mais espaço nas organizações.

    No mundo de hoje, embora ainda exista, não há mais espaço para o

    gerenciamento da época antiga, onde as tarefas eram feitas na base da

    imposição, no popular “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. O líder

    moderno precisa entender e conhecer muito bem qual o seu verdadeiro papel.

    As pessoas devem ser a essência de qualquer negócio, e para isso é

    necessário que tenham um ambiente propício,

    O líder precisa ter muito claro na sua mente que é através das pessoas

    que são realizadas as ações e consequentemente o atingimento ou não dos

    resultados, e para isso é fundamental que toda equipe estejam motivadas para

    que desenvolvam o seu trabalho com alegria e compromisso. A liderança

    necessária para se construir confiança é marcada por influência impulsionada

    pela vida, surgindo não de cargo ou de coação e sim de caráter, competência e

    compromisso.

  • 9

    Líderes sempre se preocupam em como estimular a motivação de suas

    equipes e está é, sem dúvida, uma habilidade crucial nos dias de hoje, pois o

    desempenho motivado é um dos fatores vitais à obtenção de resultados.

    Portanto, não basta apenas o líder confiar na sua equipe, é preciso

    muito mais. É preciso que a equipe tenha plena confiança no líder. A equipe

    precisa enxergar nele um espelho, o modelo a ser seguido.

  • 10

    CAPÍTULO I

    DA LIDERANÇA

    Um erro frequente de compreensão sobre liderança refere-se ao seu

    empobrecimento uso associado à posição de hierarquia. Sempre que o termo

    “liderança” surge, ele rapidamente se encaixa mentalmente no ponto alto dos

    organogramas. Já se instaurou esse tipo de ideia, é, portanto, qualquer outro

    conceito que se tente descrever é motivo de suspeita e de forte resistência

    para se refletir a respeito.

    O modelo de educação pelo qual as pessoas estão submetidas desde a

    infância é carregado de tal percepção, levando-as a uma crença consequente

    de que liderar é mandar. Ouve-se inclusive a já conhecida frase: “Manda quem

    pode, obedece quem tem juízo”. Nesse tipo de cultura, a figura de um líder

    pode se formar a partir do poder autoritário, superior, intransponível e, em

    alguns casos, que cause medo.

    Entretanto, pessoas de diferentes organizações despertam para uma

    realidade em que a liderança possui outras características, diferenciando-se do

    tradicional modelo hierárquico, e, ao contrário da ideia corrente, ela existe para

    servir. Esse conceito se traduz nas relações aprofundadas que se criam a partir

    do compromisso mútuo ou propósito compartilhado entre as partes, da

    responsabilidade pessoal, da influência que é exercida em vez da imposição,

    da motivação obtida pelo respeito e vontade interior e da mudança que se

    processa com o passar do tempo. Para que ocorra tamanha evolução, é

    necessária a aprendizagem constante, levando os seguidores a uma

    transformação pessoal.

    Desfazer-se de ideias tão enraizadas é trabalhoso e requer reflexões

    que levem a construção de novos conceitos, além da predisposição e abertura.

    Portanto, a aprendizagem é imprescindível à gestão da liderança,

    compreendendo-se a maneira como cada membro aprende, e através desta

    condição, gerar mudanças.

  • 11

    As empresas são uma das grandes forças organizadas da sociedade e,

    por isso mesmo, desempenharão um papel crucial nas transformações

    necessárias daqui para frente. Idalberto Chiavenato aponta para a necessidade

    das empresas se adaptarem às novas realidades políticas, econômicas, sociais

    e culturais, e para que isso ocorra o seu corpo gerencial deve estar sintonizado

    com os rumos que a humanidade está vivendo.

    De acordo com Rosa Maria Braga Porto, professora de pós-graduação

    da Universidade Cândido Mendes, “mais do que as mudanças, mas a

    velocidade com que elas se processam, impacta sobre maneira nas

    organizações e na vida das pessoas em diversos aspectos, desde o próprio

    negócio até o relacionamento humano dentro e fora das organizações. Assim

    as habilidades necessárias para a gestão empresarial numa época de

    mudanças dramáticas é, de fato, uma arte que cada pessoa que ocupa uma

    posição de liderança precisa desenvolver, ou vai correr o risco de ser

    prejudicado pela turbulência das mudanças em curso”. (P.5)

    Entretanto, como toda crise é sinônimo de ameaça e de oportunidade,

    de acordo com o pensamento chinês, tais mudanças dramáticas acarretarão

    numa ampliação do papel das instituições e das empresas de modo a adequar

    sua busca de resultados em um contexto de desenvolvimento sustentável. As

    organizações passam a ter responsabilidade social e ambiental para poderem

    se manter vivas e atuantes no mercado.

    Rebatendo essas exigências conjunturais para os aspectos

    comportamentais do gestor, surge uma outra necessidade – a de desenvolver

    habilidades de liderança no gerente tradicional. A questão da formação de

    líderes para as organizações torna-se de atualíssima importância para o

    negócio da instituição nesse ambiente de turbulência que estamos vivendo.

    Peter Drucker, em vários depoimentos, aponta para o aprimoramento

    das habilidades de liderança e seu pensamento pode ser resumido da seguinte

    forma: aquele que sabe e procura saber se organizar ao nível do pensamento,

    sentimento, atitudes e comportamentos será capaz de liderar pessoas e

  • 12

    negócios com a necessária tolerância ao estresse e a ambiguidade desses

    tempos pós-modernos.

    Fala-se muito sobre administração, mas muito pouco sobre o

    administrador, comenta Ken O'donnel (1992). Segundo esse autor, o

    administrador precisa desenvolver seus poderes e qualidades interiores para

    manifestar eficazmente sua liderança nas organizações. Hoje em dia, vários

    autores tais como: Ken O'donnel, Pierre Weil, Roberto Crema, Oscar

    Motomura, Sylvia Vergara, falam em espiritualidade nas organizações,

    justamente como uma forma de aprimoramento humano; falam de um ser

    integral, holístico, capaz de comprometer-se com a empresa e com a

    sociedade, buscando realização pessoal e profissional no exercício do seu

    trabalho.

    Chiavenato (1992 P.54) aponta para um dos mais importantes conceitos

    da moderna administração – o conceito de gerência participativa. Essa forma

    de gerenciamento decorre do fato do gerente gerenciar com pessoas e não

    gerenciar pessoas.

    A diferença é que no primeiro caso as pessoas são o sujeito ativo da

    gerência e no segundo, elas são guiadas e controladas para o alcance dos

    objetivos da organização.

    Para promover tal mudança comportamental no gerente tradicional,

    torna-se necessário eliminar a hierarquia rígida, substituir as normas e

    disciplinas por uma nova ética de trabalho. Trata-se de fato, de uma mudança

    organizacional, onde flexibilidade, agilidade e valorização das pessoas são a

    tônica dessa nova empresa.

    A excelência empresarial, contudo, está profundamente arraigada a

    excelência gerencial. Assim a capacidade de liderança do gerente é

    determinante para uma posição de competitividade de uma organização. É a

    liderança que permite a potencialização da força humana, buscando a

    combinação dos talentos individuais para obtenção de resultados.

  • 13

    O líder do futuro sabe quais são os seus pontos fortes,

    pontos fracos, oportunidades e ameaças. Sabe que pode

    controlar suas emoções e, com isso, gerenciar a própria

    motivação e dos seus seguidores. Usa essas informações para

    crescer e apoiar o crescimento de todos a sua volta. Faz

    diariamente o teste do espelho, verificando se aquela pessoa é

    quem ele gostaria de ser e se é o tipo de pessoa que ele

    respeita e valoriza. (DINIZ, 2007 P. 19)

    1.1 Conceito de liderança

    Podemos dar inúmeras definições de liderança. De acordo com Hersey

    e Blanchard, estudiosos do assunto, liderança é o processo de exercer

    influência sobre um indivíduo ou um grupo de indivíduos nos esforços para a

    realização de um objetivo em uma determinada situação. Enquanto Robbins,

    Stephen Paul (1943) diz que: “ Liderança é o processo de influência pelo qual

    os indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas

    rumo as metas comuns ou compartilhadas” (p. 371). Já Chiavenato, define

    liderança como a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida

    através do processo da comunicação humana a consecução de um ou de

    diversos objetivos específicos.

    Uma análise sobre todas as definições de liderança constata que é

    comum a toda a noção de que os líderes são indivíduos que, por suas ações,

    facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo a uma meta comum ou

    compartilhada. Esta definição sugere que a liderança é um processo de

    influência.

    Poucos termos suscitaram tanto debate em torno de uma definição

    como liderança. Não há dúvida de que ele é importante. E os especialistas

    geralmente concordam que Bill Gates , na Microsoft; Michael Eisner , na

  • 14

    Disney; Comandante Rolim, na Tam; Linda Wachner, na Warnaco; e Richard

    Branson, no grupo virgin são líderes eficazes. Mas afinal os líderes já nascem

    feitos ou são fabricados?

    A distinção entre líder e liderança é importante, mas potencialmente

    confusa. O líder é o indivíduo; liderança é a função ou atividade que o indivíduo

    executa. A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana,

    seja nas empresas, escolas, igrejas ou em cada um de seus departamentos.

    Ela é essencial em todas as funções da administração: o administrador precisa

    conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é liderar. Para

    os humanistas, a liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos.

    1.2 Liderança como fenômeno de influência interpessoal

    Liderança é a influência interpessoal exercida em uma situação e

    dirigida por meio do processo da comunicação humana para consecução de

    um ou mais objetivos específicos. A liderança ocorre como um fenômeno social

    e exclusivamente nos grupos sociais. Ela é decorrente dos relacionamentos

    entre as pessoas em determinada estrutura social. Nada tem a ver com os

    traços sociais de personalidade do líder.

    A influência significa uma força psicológica, uma transação

    interpessoal na qual uma pessoa age de modo a modificar o comportamento de

    outra de modo intencional. A influência envolve conceitos como poder e

    autoridade, abrangendo maneiras pelas quais se provocam mudanças no

    comportamento das pessoas ou de grupos sociais.

    O controle representa as tentativas de influência bem-sucedidas, isto

    é que produzam as consequências desejadas pelo agente influenciador.

    O poder significa um potencial de influência de uma pessoa sobre

    outras; é a capacidade de exercer influência, embora isso não signifique que

  • 15

    essa influência seja realmente exercida. O poder é um potencial influencial que

    pode ou não ser realizado.

    A autoridade (o conceito mais restrito desses todos) é o poder

    legítimo, isto é, o poder que tem uma pessoa em virtude do seu papel ou

    posição em uma instituição. É, portanto, o poder legal e socialmente aceito.

    1.3 Liderança como um processo de redução da incerteza de um

    grupo.

    O grau em que um indivíduo demonstra qualidade de liderança

    depende não somente de suas próprias características pessoais, mas também

    das características da situação na qual se encontra. Liderança é um processo

    contínuo de escolha que permite a empresa caminhe em direção a sua meta,

    apesar de todas as perturbações internas e externas. O grupo tende a escolher

    como líder a pessoa que pode lhe dar maior assistência e orientação (que

    defina ou ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus

    problemas) para que alcance seus objetivos.

    A liderança é uma questão de redução de incerteza do grupo e o

    comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, isto é, a

    tomada de decisão. Nesse sentido, o líder é um tomador de decisões ou aquele

    que ajuda o grupo a tomar decisões adequadas.

    1.4 Liderança como uma relação funcional entre líder e

    subordinados.

    Liderança é uma função das necessidades existentes em uma

    determinada situação e consiste em uma relação entre um indivíduo e um

    grupo. A relação entre líder e subordinados repousa em três generalizações:

  • 16

    A vida para cada pessoa pode ser vista como uma contínua luta

    para satisfazer necessidades, aliviar tensões e manter equilíbrio.

    A maior parte das necessidades individuais, em nossa cultura, é

    satisfeita por meio de relações com outras pessoas e grupos sociais.

    Para a pessoa, o processo de se relacionar com outras pessoas

    é um processo ativo – e não passivo – de satisfazer necessidades.

    A pessoa não espera que a relação capaz de lhe proporcionar os meios

    de satisfazer uma necessidade ocorra naturalmente, mas ela própria procura

    os relacionamentos adequados ou utiliza os relacionamentos já existentes com

    o propósito de satisfazer suas necessidades pessoais. Há uma relação

    funcional em que o líder é percebido pelo grupo como possuidor ou controlador

    dos meios para satisfação de suas necessidades. Assim, segui-lo pode

    constituir para o grupo um meio para aumentar a satisfação de suas

    necessidades ou de evitar sua diminuição. O líder surge como

    um meio para a consecução dos objetivos desejados por um grupo. Assim, o

    líder é um estrategista que sabe indicar os rumos para as pessoas.

    1.5 Liderança como um processo em função do líder, dos

    seguidores e de variáveis da situação.

    Liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou

    grupos nos esforços para realização de objetivos em uma determinada

    situação. A liderança existe em função das necessidades existentes em

    determinada situação, ou seja, da conjugação de características pessoais do

    líder, dos subordinados e da situação que os envolve. Trata-se de uma

    abordagem situacional. O líder é a pessoa que sabe conjugar e ajustar todas

    essas características. Assim, não há um tipo único e exclusivo para cada

    situação.

  • 17

    Bons líderes fazem as pessoas sentir que elas estão no centro

    das coisas, e não na periferia. Cada um sente que ele ou ela

    faz a diferença para o sucesso da organização. Quando isso

    acontece, as pessoas se sentem centradas e isso dá sentido ao

    seu trabalho. (Warren G. Bennis, 2012, Internet,

    www.admlogist.blogsport.com.br, acessado dia 25|07|12).

    Finalmente, o contexto da liderança não só influência quais

    características e estilo de liderança, características do seguidor e

    comportamento do líder emergirão, como também afeta se determinado líder

    será eficaz. Uma enorme quantidade de dados demonstra que as ações do

    líder, que funcionam bem em algumas circunstâncias, não funcionam

    necessariamente bem em todas as circunstâncias.

    http://www.admlogist.blogsport.com.br/

  • 18

    CAPÍTULO 2

    TEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE

    LÍDERES: DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR

    Embora existam múltiplas definições para liderança, é possível encontrar

    dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e,

    por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas,

    exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação

    humana com a vista à obtenção de determinados objetivos específicos. As

    funções de liderança incluem, portanto, todas as atividades de influenciação de

    pessoas, ou seja, que geram a motivação necessária para pôr em prática o

    propósito definido pela estratégia e estruturado nas funções executivas.

    A liderança é necessária em todos os tipos de organização

    humana, seja nas empresas ou nos departamentos. Ela é

    essencial em todas as funções do administrador: o

    administrador precisa conhecer a natureza humana e saber

    conduzir as pessoas, isto é liderar. (CHIAVENATO, 2003,

    P.123)

    Um aspecto importante neste conceito é a palavra influencia em lugar de

    imposição. De fato, é possível impor determinadas ações a um subordinado

    quando se tem poder para tal. Contudo, é impossível impor a motivação com

    que cada um leva à prática essa mesma ação. É esta motivação que a

    liderança procura melhorar. Para um líder não é mesma ação. É esta

    motivação que a liderança procura melhorar. Para um líder não é suficiente

    atingir os objetivos da organização; é necessário que as ações desenvolvidas

    pelos subordinados sejam executadas por sua livre vontade.

  • 19

    Os cursos de graduação e as escolas de negócios reavaliam ano a ano

    o processo de ensino aprendizagem nos cursos de gestão. Esta necessidade

    faz-se ainda mais presente nos cursos de liderança, pois estes cursos

    necessitam de uma forte vinculação com o mercado, o que ocorre na área de

    administração. Além disso, percebe-se a importância da identificação de

    habilidades e competências, as quais são valorizadas pelas organizações e

    podem ser desenvolvidas durante a formação do administrador.

    A liderança constitui um dos temas mais pesquisados e estudados nas

    últimas décadas. As teorias sobre a liderança que foram apresentadas por

    autores humanistas podem ser classificadas em três grupos que apresentam

    características próprias, a saber:

    2.1 Teorias de traços de personalidade

    São as teorias mais antigas a respeito da liderança. Um traço é uma

    qualidade ou característica distintiva da personalidade. Segundo essas teorias,

    o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o

    distinguem das demais pessoas. O líder apresenta características marcantes

    de personalidade por meio das quais pode influenciar o comportamento das

    demais pessoas. Essas teorias foram influenciadas pela teoria do “grande

    homem”, defendida por Carlyle para explicar que o progresso do mundo foi

    produtos das realizações pessoais de alguns homens que dominam a história

    da humanidade.

    Os traços de personalidade sempre nos elevam para um

    padrão de conduta aceitável ou não. A prática contínua dos

    hábitos definem o comportamento aceitável ou não. Mesmo

    com o equilíbrio exercido, sempre será fácil definir quem de fato

    você é, por isso ninguém, absolutamente ninguém conseguirá

    sustentar uma dupla personalidade muito tempo. (Fernando

  • 20

    Macedo, internet, www.pensador.uol.com.br|frase acessado em

    24|07\12)

    Cada autor especifica alguns traços característicos de personalidade

    que definem o líder como:

    A) Traços físicos: como energia, aparência pessoal, estatura e peso.

    B) Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e

    autoconfiança.

    C) Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade

    administrativa.

    D) Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização,

    persistência e iniciativa.

    Em resumo, um líder deve inspirar confiança, ser inteligente, perceptivo

    e decisivo para ter condições de liderar com sucesso. Covey (2003) diz que o

    papel do líder no século XXI não é gerenciar a mudança, mas sim criar o

    próprio futuro dentro do panorama que está modificando em um conceito que

    ele determina como liderar a mudança.

    Na verdade, as teorias de traços são criticadas pelas seguintes razões:

    A) Não ponderam a importância relativa de cada uma das várias

    características e traços de personalidade que realçam os aspectos

    da liderança: nem todos os traços são igualmente importantes na

    definição de um líder, pois alguns deveriam ter maior realce do que

    outros.

    B) As teorias dos traços ignoram a influência e a reação dos

    subordinados. A pergunta que paira no ar é: um indivíduo pode ser

    líder para todo e qualquer tipo de subordinado ou de grupo social?

    C) Essas teorias não fazem distinção entre os traços válidos quanto ao

    http://www.pensador.uol.com.br|frase/

  • 21

    alcance de diferentes tipos de objetivos alcançados. Em certas

    missões, alguns traços de personalidade são mais importantes do

    que outros: uma missão militar de guerra exige certos traços de um

    líder, enquanto uma missão religiosa ou filantrópica exige outros

    diferentes.

    D) As teorias dos traços ignoram a situação em que a liderança se

    efetiva. Nas organizações existem diferentes situações que exigem

    características diferentes dos líderes. Uma situação de emergência

    exige um tipo de comportamento do líder, enquanto uma situação de

    estabilidade e calma exige outras características diferentes.

    E) Dentro dessa abordagem simplista, uma pessoa dotada de traços de

    liderança é sempre líder durante todo o tempo e em toda e qualquer

    situação, o que não ocorre na realidade. Um indivíduo pode ser o

    líder inconteste na seção onde trabalha e o último a dar palpites em

    seu lar.

    2.2 Teorias sobre estilos de liderança

    São teorias que estudam a liderança em termos de estilos de

    comportamento do líder em relação aos subordinados. Enquanto a abordagem

    dos traços se refere aquilo que o líder é, a abordagem dos estilos de liderança

    se refere aquilo que o líder faz, isto é, o seu estilo de comportamento para

    liderar.

    A teoria mais conhecida refere-se a três estilos de liderança: autoritária,

    liberal e democrata. White e Lippitt fizeram uma pesquisa para analisar o

    impacto provocado por três diferentes estilos de liderança em meninos

    orientados para execução de tarefas. Os meninos foram divididos em quatro

    grupos e a cada seis semanas a direção de cada grupo era desenvolvida por

    líderes que utilizavam três estilos diferentes: a liderança autocrática, a liberal e

    a democrata.

  • 22

    2.2.1 Liderança autocrática

    O líder centraliza as suas decisões e impõe suas ordens ao grupo. O

    comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustração e agressividade,

    de um lado, e de outro, nenhuma espontaneidade, nem iniciativa, nem

    formação de grupos de amizade. Embora aparentemente gostassem das

    tarefas, não demostraram satisfação em relação a situação. O trabalho

    somente se desenvolvia com a presença física do líder. Quando ele se

    ausentava, as atividades paravam e os grupos expandiam seus sentimentos

    reprimidos, chegando a explosão de indisciplina e agressividade.

    2.2.2 Liderança liberal

    O líder delega totalmente as decisões ao grupo e deixa-o

    completamente a vontade e sem controle algum. Embora a atividade dos

    grupos fosse intensa, a produção foi medíocre. As tarefas se desenvolviam ao

    acaso, com muitas oscilações, perdendo-se tempo com discussões por motivos

    pessoais e não relacionados com o trabalho. Notou-se forte individualismo

    agressivo e pouco respeito ao líder.

    2.2.3 Liderança democrática

    O líder conduz e orienta o grupo e incentiva a participação democrática

    das pessoas. Houve formação d grupos d amizades e relacionamentos

    cordiais entre os meninos. Líder e subordinados desenvolveram comunicação

    espontâneas, francas e cordiais. O trabalho mostrou um ritmo suave e seguro,

    sem alterações, mesmo quando o líder se ausentava. Houve um nítido

    sentimento d responsabilidade e comprometimento pessoal além de uma

    impressionante integração grupal dentro de um clima de satisfação.

  • 23

    Os grupos submetidos a liderança autocrática apresentaram maior

    quantidade de trabalho produzido. Sob a liderança liberal não se saíram bem

    quanto à quantidade e a qualidade. Com a liderança democrática, os grupos

    apresentaram um nível quantitativo de produção equivalente a liderança

    autocrática, com uma quantidade de trabalho surpreendentemente superior.

    Na prática, o líder utiliza os três processos de liderança, de acordo com

    uma situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder tanto

    manda cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar uma

    decisão, como sugere a maneira de realizar certas tarefas: ele utiliza a

    liderança autocrática, democrática e liberal. O desafio da liderança é saber

    quando aplicar qual estilo, com quem e em que circunstâncias e atividades.

    Sam Walton em entrevista disse “grandes líderes mudam de estilo para

    levantar a autoestima de suas equipes. Se as pessoas acreditam nelas

    mesmas, é impressionante o que elas conseguem realizar”. Já E. M. Kelly

    disse que a diferença entre um chefe e um líder, é que o chefe diz, “vá”. E o

    líder diz “vamos”.

    A personalidade de cada um é formada pelo temperamento e pelo

    caráter. Assim, o temperamento refere-se à maneira de reagir, sendo

    constitucionalmente e imutável. O caráter é essencialmente formado

    pelas experiências das pessoas, especialmente na infância e

    modificável até certo ponto, pelos insights e por novas espécies de

    experiências. (Fromm, 1978 p.53)

  • 24

    TABELA: Os três estilos de liderança

    AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL

    A líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.

    As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder.

    Há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder.

    O líder determina as providências para execução das tarefas, cada um por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo.

    O grupo esboça as providências para atingir o alvo e pede aconselhamento do líder, que sugere alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os debates.

    A participação do líder é limitada, apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem.

    O líder determina a tarefa que cada um deve executar e o seu companheiro de trabalho.

    A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho.

    A divisão das tarefas e escolha dos colegas fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder.

    O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro.

    O líder procura ser um membro normal do grupo, em espirito. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” nas criticas e nos elogios.

    O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado.

    Fonte: (CHIAVENATO, 2003 P. 125)

    2.3 Teorias situacionais da liderança

    Enquanto as teorias sobre traços de personalidade são simplistas e

    limitadas, as teorias sobre estilos de liderança consideram apenas certas

    variáveis da situação. As terias situacionais explicam a liderança dentro de um

    contexto mais amplo e partem do principio de que não existe um único estilo de

    liderança válido para toda e qualquer situação. A recíproca é verdadeira: cada

    situação requer um tipo de liderança para alcançar eficácia dos subordinados.

  • 25

    As teorias situacionais são mais atrativas ao administrador , pois

    aumentam as opções e possibilidades de mudar a situação para adequá-las a

    um modelo de liderança ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo

    a situação. O líder deve se ajustar a um grupo de pessoas sob condições

    variadas. A localização de um líder depende da posição estratégica que ele

    ocupa dentro da cadeia de comunicações e não apenas de suas características

    de personalidade. A abordagem situacional da liderança passou a ganhar

    predominância na teoria administrativa.

    Tannenbaum e Schmidt expõem uma abordagem situacional da

    liderança, com uma gama ampla de padrões de comportamento de liderança

    que o administrador escolhe para as suas relações com os seus subordinados.

    Cada tipo de comportamento está relacionado com o grau de autoridade

    utilizado pelo líder e o grau de liberdade disponível para os subordinados,

    dentro de um continuum de padrões de liderança. O comportamento de

    liderança localizado no lado extremo esquerdo denota o administrador que

    mantém alto grau de controle sobre os subordinados, enquanto o

    comportamento localizado no lado extremo direito denota o administrador que

    permite ampla liberdade de ação para os subordinados.

    A teoria situacional surgiu diante da necessidade de um modelo

    significativo na área de liderança, onde define-se a maturidade como a

    capacidade e disposição da pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir

    seu próprio comportamento. Portanto entende-se como liderança situacional o

    líder que se comporta de um determinado modo ao tratar individualmente os

    membros do seu grupo e de outro quando se dirigem a este como um todo,

    dependendo do nível de maturidade das pessoas que o mesmo deseja

    influenciar.

    A liderança situacional não só sugere o estilo de liderança de alta

    probabilidade para vários níveis de maturidade, como indica a probabilidade de

    sucesso das outras configurações de estilo, se o líder for capaz de adotar o

    estilo desejável. Estes conceitos são válidos em qualquer situação em que

    alguém pretende influenciar o comportamento de outras pessoas. Num

  • 26

    contexto geral, ela pode ser aplicada em qualquer tipo organizacional, quer se

    trate de uma organização empresarial, educacional, governamental, militar ou

    até mesmo na vida familiar.

    Na teoria situacional existem quatro estilos de liderança: “Determinar”,

    ”Persuadir”, “compartilhar” e “Delegar”. Estes estilos resumem uma

    combinação de comportamento de tarefa e de relacionamento, estabelecendo

    objetivos e definindo os papéis das pessoas que são dirigidas pelo líder.

    Observe o quadro a seguir:

    Determinar

    Para maturidade baixa. Pessoas que não tem capacidade nem vontade de

    assumir a responsabilidade de fazer algo, não são seguras de si. Este

    estilo caracteriza-se pelo fato de o líder definir as funções e especificar o

    que as pessoas devem fazer, como, quando e onde devem executar várias

    tarefas.

    ESTILO APROPRIADO: Comportamento de tarefa alta e relacionamento

    baixo.

    Persuadir

    Para maturidade entre baixa e moderada. Pessoas que não tem

    capacidade e sentem disposição para assumir responsabilidades, mas

    ainda não possuem as habilidades necessárias. A maior parte da direção a

    ser tomada neste estilo ainda é dada pelo líder.

    ESTILO APROPRIADO: Comportamento de alta tarefa e alto

    relacionamento.

    Compartilhar

    Para maturidade entre moderada e alta. As pessoas possuem capacidade,

    mas não estão dispostas a fazer o que o líder quer, por não estarem

    seguras de si mesmas. O líder e o liderado participam juntos da tomada de

    decisão. Sendo o papel principal do líder facilitar a tarefa e a

    comunicação.3

    ESTILO APROPRIADO: Comportamento de relacionamento alto e tarefa

    baixa.

  • 27

    Delegar

    Para maturidade alta. A pessoa tem capacidade e disposição para assumir

    responsabilidades. São psicologicamente maduros. Não necessitando de

    uma comunicação acima do normal ou de um comportamento de apoio.

    ESTILO APROPRIADO: Comportamento de relacionamento baixo e tarefa

    baixa.

    Levando em consideração que o estilo de liderança a ser adotado por

    determinado líder depende do nível de maturidade das pessoas que o mesmo

    deseja influenciar. Devemos então definir o que é Maturidade. Em termos de

    capacidade e de disposição, dizemos que o conceito de maturidade divide-se

    em duas dimensões: Maturidade de trabalho (capacidade) e maturidade

    psicológica (disposição).

    A maturidade do trabalho está relacionada com a capacidade de fazer

    alguma coisa, referindo-se ao conhecimento e a capacidade técnica. As

    pessoas com alta maturidade de trabalho numa determinada área tem o

    conhecimento, a capacidade e a experiência necessária para executarem

    certas tarefas sem direção da parte dos outros.

    A maturidade psicológica refere-se a disposição ou motivação para fazer

    alguma coisa. Está ligada a confiança em si mesmo e ao empenho. As pessoas

    que possuem alta maturidade psicológica julgam que a responsabilidade é

    importante, tem confiança em si mesmas e sentem-se bem nesse aspecto do

    seu trabalho. Não precisam de grande encorajamento para cumprir suas

    tarefas.

    Na liderança situacional está implícita a ideia de que o líder deve ajudar

    os liderados a amadurecer até o ponto em sejam capazes e estejam dispostos

    a fazê-lo, esse desenvolvimento deve ser realizado ajustando-se o

    comportamento de liderança. Independente do nível de maturidade do

    indivíduo ou grupo pode ocorrer algumas mudanças. Sempre que, por qualquer

  • 28

    razão, o desempenho de um liderado começar a regredir e sua capacidade ou

    motivação diminuir, o líder deverá fazer uma reavaliação do nível de

    maturidade e dar apoio sócio-emocional e direção apropriada que o liderado

    necessitar.

    2.4 Formação de líder no ensino superior

    Construir lideranças com qualidade acadêmica e competência de gestão

    é uma necessidade cada vez mais premente entre as instituições que querem

    garantir posição de destaque na expansão do ensino superior.

    Num cenário de expansão anual do número de matrículas em torno de

    4%, segundo a revista Ensino Superior, e na expectativa que até 2020 cerca de

    10 a 15 milhões de alunos – nas projeções mais otimistas – estejam inscritos

    em curso de graduação superior. Encontrar novos talentos para gerir e

    administrar as instituições empresarias e de ensino para atender às demandas

    da evolução deste mercado é um caminho natural necessário para acompanhar

    o crescimento de vários setores.

    Estimular o aprendizado, estabelecer bons relacionamentos com

    empregados e manter intercâmbios com instituições internacionais são alguns

    desafios impostos pela nova realidade. Para enfrentá-los, é preciso contar com

    líderes capazes de mobilizar múltiplos saberes a fim de alcançar resultados

    efetivos. Mas contratar profissionais do mercado com tal perfil não será

    suficiente para atender à demanda. Assim, instituições começam a investir em

    programas contínuos de formação de liderança, com ações de médio e longo

    prazo, direcionadas a todos os níveis hierárquicos do quadro de pessoal.

    Essa tendência acompanha o que vem ocorrendo entre as grandes

    corporações em virtude não só do aquecimento econômico, mas também das

    diversidades dos ambientes de trabalho. O desenvolvimento da liderança

    aparece entre as principais preocupações dos CEOS das maiores companhias

    do pais, segundo o professor da Fundação Dom Cabral, Anderson Santana. A

    partir da constatação, a instituição realizou um estudo entre profissionais

  • 29

    egressos de cursos de graduação, pois graduação e mestrado para

    compreender os atributos profissionais mais requisitados por seus

    empregadores.

    Competências sociais e relacionais, como a capacidade de

    comunicação e de relacionamento interpessoal aparecem como as mais

    exigidas. “Os elementos necessários aos líderes são muito subjetivos”, avalia o

    professor. A diversidade de gerações e de cultura nos ambientes de trabalho

    pode explicar parte da demanda por competências comportamentais. Para isso

    as empresas buscam pessoas capazes de liderar equipes marcadas pela

    diversidade e integradas por profissionais das diversas gerações, da “baby

    bommer”, passando pela X, até a Y.

    Sant'anna aponta que a globalização dos mercados, é outro fator de

    diversidade e exige conhecimentos multiculturais. Além disso, as empresas têm

    hierarquias mais horizontalizadas em que os cargos de comando são mais

    flexíveis e diversificados.

    Para formar pessoas com as competências necessárias à nova

    realidade, as organizações adotam tecnologias pedagógicas inovadoras. A

    formação em cursos de pós-graduação, MBA e especialização é o requisito

    básico. O profissional é exposto a outras formas de saberes, como assistir a

    óperas, peças de teatro e participar de dinâmicas de grupo, relata Santana.

    Além disso, as organizações tem procurado construir ambientes em que todos

    os empregados possam exercitar a liderança no dia a dia, lidar com situações

    imprevisíveis e gerir resultados.

  • 30

    2.5 Aplicação no ensino

    O dilema de encontrar líderes capacitados para os cargos estratégicos

    foi enfrentado pela faculdade, Maurício de Nassau, que, desde a inauguração

    em 2003, iniciou acelerado processo de expansão, que ganhou fôlego cinco

    anos depois quando passou a integrar o grupo Ser Educacional, o maior de

    educação do Nordeste.

    A solução veio por meio do programa de Formação e desenvolvimento

    de líderes, criado pela instituição para suprir a carência de profissionais com

    perfil de liderança. “Enfrentávamos dificuldades de encontrar pessoas com

    competências gerenciais voltadas para o cliente e para o mercado e também

    com o conhecimento acadêmico para ocupar cargos estratégicos nas

    unidades”, explica o CEO do Ser Educacional, Jânio Diniz.

    A instituição selecionou trinta profissionais do quadro de pessoal para

    participar de cursos com duração de seis meses a dois anos. O programa foi

    desenvolvido para prepará-los segundo o perfil exigido para cada função. Seis

    profissionais foram capacitados para cargos de direção de algumas das

    unidades do grupo.

    A Fundação Getúlio Vargas oferece o curso de gestão empresarial com

    foco no mercado de trabalho, desenvolvendo competências ligadas a

    capacidade de negociação, comunicação, liderança, inteligência emocional,

    além de habilidades técnicas. O curso de gestão empresarial é coerente com

    as atuais exigências do mundo corporativo, o curso é voltado para o

    conhecimento sistêmico da gestão da empresa, que inclui a abordagem crítica

    das diversas áreas, levando o participante à compreensão de todo o processo

    que envolve a gestão da empresa.

  • 31

    CAPÍTULO III O LÍDER INFLUÊNCIANDO PESSOAS

    Durante vários anos acreditava-se que pessoas já nasciam líderes e

    com o passar dos anos, suas fortes características inatas acabavam por

    aparecer. “Hoje em dia os gerentes que ainda adotam posições do tipo”. “Os

    líderes nascem prontos, não são desenvolvidos”. “O tempo dirá qual é o melhor

    remédio”. E outros chavões tão comuns no passado, serão desmontados

    diante da velocidade e complexidade das situações profissionais e até mesmo

    existenciais que enfrentamos hoje. Nestes tempos bicudos as organizações

    precisam mais do que bons gerentes. Elas precisam de líderes comprometidos

    com a sua missão, seus valores e sua visão.

    Sabe-se que desde os anos 90 as organizações estão numa busca

    frenética de mudanças, capazes de lhes assegurar competitividade. Muitos

    estudos no assunto apontam que a única forma de liderança exigida para

    consolidar a manutenção da organização é através da criação de uma cultura

    de confiança, construída através de indivíduos confiáveis. Segundo John

    Hawkins, consultor norte americano, a liderança necessária para se construir

    confiança é marcada por influência impulsionada pela vida, surgindo não de

    cargo ou de coação e sim de caráter, competência e compromisso.

    Portanto, esta é a grande chance, é o presente do momento para as

    pessoas que assumem funções gerenciais em uma organização. E qual é esta

    dádiva e, ao mesmo tempo este desafio? É ter a oportunidade de ser um líder,

    isto é, vivenciar plenamente suas capacidades e habilidades de liderança. Esse

    é o real momento para certas pessoas que nunca tiveram chance de aplicar

    seu talento ou que nunca foram encorajadas a utilizar todas as suas

    capacidades no trabalho, de acordo com o professor de administração Warren

    Bennis, da Universidade da Califórnia.

  • 32

    A capacidade que um indivíduo possui de influenciar alguém ou

    um grupo de pessoas significa uma força psicológica, onde um

    age de modo a modificar o comportamento do outro de modo

    intencional, essa influencia envolve poder e autoridade,

    alterando assim o modo de agir do influenciado. (MOTA, 1997,

    P. 206).

    3.1 Liderança e auto-desenvolvimento

    A liderança não se adquire meramente pela posição hierárquica

    assumida na organização; ou seja, não basta ser gerente para ser líder. É

    fundamentalmente, como afirma o professor Warren Bennis, da universidade

    da Califórnia, uma questão de caráter, de brilho interior. Liderança eficaz

    calçada na ética é o resultado do alto nível de refinamento da personalidade,

    da qualidade dos pensamentos e sentimentos de uma pessoa; enfim, da

    qualidade com que ela gerencia sua própria vida. Se assim não for, como esta

    pessoa pode se tornar o exemplo para ter seguidores que possam construir um

    ideal comum? “Uma vasta quantidade de livros e consultores de administração

    são que os líderes não nascem prontos eles são auto-desenvolvidos”

    A liderança eficaz necessita de uma fonte provedora de mão dupla, isto

    é, o líder se alimenta do aprendizado que obtém com outros líderes e também

    com os seus seguidores. Por isso, fala-se hoje em líderes de líderes. Peter

    Druker nos ensina que, há quatro competências que os líderes e seus

    seguidores devem conquistar:

    1 - Fornecer a visão para a sua equipe, a ponte para o futuro e a

    partir disso, estratégias e metas de trabalho;

    2 - Significar a visão para sua equipe através da comunicação;

    3 - Construir confiança como base matriz de todas as relações na

    organização;

    4 - Buscar autoconhecimento, autoestima e

    autodesenvolvimento.

  • 33

    O líder deve criar condições para que a organização ajude as pessoas a

    conquistar as quatro competências básicas à liderança. O líder tem como papel

    fundamental induzir o acontecimento das coisas – tal como um catalisador para

    uma reação química; hoje se enfatiza esse aspecto da liderança com o adjetivo

    “transformacional”, indicando a capacidade do líder de fazer as coisas

    acontecer.

    Líderes sempre se preocupam em como estimular a motivação de suas

    equipes e está é, sem dúvida, uma habilidade crucial nos dias de hoje, pois o

    desempenho motivado é um dos fatores vitais à obtenção de resultados. O que

    o líder pode fazer no sentido de motivar a ação de seus empregados? O líder

    pode apenas criar condições para que as condições para que a motivação de

    sua equipe desabroche. É uma atitude que nasce a partir de um motivo interno,

    do coração e mente da pessoa. Surge um motivo intrínseco e intransferível que

    a pessoa possui e que a faz agir. Daí o termo motivação advir de motivo +

    ação. Pois bem, o líder pode e deve funcionar mais uma vez como um

    facilitador de condições para os motivos individuais encontrarem eco na

    organização, surgindo daí uma identificação de motivos pessoais com os

    organizacionais.

    A situação mais favorável para um líder influenciar seu grupo é

    aquela em que ele estimado pelos membros, tem uma posição

    de grande poder e dirige um trabalho bem definido.

    (PAUL HERSEY, 1976, P. 118)

    A grande fonte de sustentação de um líder é a confiança que a equipe

    deposita nele. As mudanças de hoje exigem que o líder busque resultados e,

    sem confiança mútua isso é muito difícil. Portanto, um dos papéis do líder

    nesse sentido é monitorar as fontes de estresse da confiança. John Hawkins

    aponta cinco fontes de estresse capazes de provocar um efeito vazante dentro

    da equipe, são elas: 1) as realidades da vida (sentimentos magoados, panes

    em equipamentos, acidentes de trabalho, etc...) 2) demandas externas

    repentinas (automação, redução de pessoal, mudanças organizacionais); 3)

  • 34

    mudança de pessoal (novos relacionamentos); 4) panes de comunicação; 5)

    lado oculto da natureza humana (dificuldades interpessoais dificultando a

    confiança). Essas fontes merecem a atuação e a habilidade do líder em lidar

    com pessoas. Isso requer acima de tudo gostar de gente.

    3.2 Liderança nas organizações

    Há tempos as organizações não mostram tanta preocupação com as

    pessoas que comandam os processos dentro das empresas, principalmente

    devida à falta das competências que essa responsabilidade implica. São os

    líderes que fazem e precisam fazer a diferença na hora de inspirar os

    subordinados a conquistar os objetivos comuns.

    A capacidade de influenciar e inspirar as pessoas são uma das

    principais tarefas do líder, no entanto não é raro encontrar pessoas nas

    empresas que não estão preparadas para ocupar a função, ou ainda que não

    tenham o perfil necessário para um cargo importantíssimo. Na gestão

    empresarial o verdadeiro líder não é aquele que é melhor em tudo, ou que sabe

    tudo, mas aquele que conhece um pouco de cada setor e a importância de

    cada setor, reconhecendo o potencial individual de cada liderado.

    Influenciando-as para que elas façam o seu trabalho e atinjam os resultados

    esperados.

    O indivíduo que está à frente de uma equipe não deve abraçar todas as

    funções e tarefas e tentar fazer tudo sozinho, muito pelo contrário, o líder é

    aquele que delega as tarefas, treina e orienta os membros da sua equipe.

    Um líder não deve assumir a forma de um ditador, empurrando as

    tarefas para a sua equipe e aparecer somente para cobrar os resultados. O

    verdadeiro líder é aquele que participa que está sempre próximo, é aquele que

    faz junto, é aquele que ajuda que encoraja e que lidera pelo exemplo. Hoje

    mais do que nunca o liderado precisa de reconhecimento pelo seu trabalho e

  • 35

    de um ambiente propício para se sentirem motivadas, para serem criativas e

    desenvolverem o trabalho com qualidade.

    Falar de liderança e de competências gerenciais é hoje em dia tão trivial

    como dizer que as empresas possuem uma responsabilidade social perante a

    sociedade. Sem dúvida alguma tais assuntos são extremamente debatidos e

    estudados no âmbito organizacional, mas as explicações às quais encontram-

    se em diversos artigos, livros e obras sobre tais assuntos nem sempre vêm de

    encontro às necessidades das empresas. Na maioria das vezes, discute-se a

    respeito do que um líder deve fazer, e se esquece de refletir sobre aquilo que

    ele deve ser. Tal distinção não é de modo algum irrelevante, ou seja, é

    importante levar-se em consideração sua personalidade, seu caráter e suas

    características intrínsecas não somente as ações e atitudes nas tomadas de

    decisões. Sabe-se que a busca de resultados tangíveis sempre foi um dos

    grandes motores da vida das organizações.

    3.3 Atitudes que fazem a diferença nos líderes de organizações

    inteligentes

    Líderes focam o lado certo. Quando ocorrer um erro, o foco deve ser

    direcionado a situação que o gerou, evitando exclusivamente massacrar quem

    errou. O problema deve ser discutido em detalhe, para evitar reincidência, mas

    preservando o autor. Por outro lado, se há sucesso, o foco deve ser creditado à

    pessoa ou às pessoas responsáveis pelo seu mérito; quando um chefe de

    plantão inverte-se esse posicionamento é o caos.

    Líderes diferenciam erro da morte. Os erros são sinalizações

    importantes para falhas no processo. O enfoque excessivo do terror cego faz

    com que as pessoas prefiram uma atuação mais limitada a correrem o risco de

    passar por maus momentos. Nesse cenário, os erros deixam de ser

    sinalizações para oportunidades de melhorias e passam a ser calvário para

    morte.

    Líderes evitam discursos vazios. Estratégias bem sucedidas interligam

    ações para alcançar resultados. O paraíso natural de discursos vazios são

  • 36

    castelos feudais com trincheiras de assessores que conversam muito e nada

    fazem porque não tem poder para agir ou tomar decisões sozinhos. O que

    fazem são alimentar crocodilos, gerando um clima de centralização e

    dificuldades.

    Líderes motivam. Nem tudo são flores. Muitas vezes é necessário

    vencer adversidades e transformá-las insumos para motivação. Para conseguir

    motivação os líderes devem transformar intenção em ação – e sustentá-la

    dando o exemplo.

    Líderes utilizam soluções elegantes e valorizam o conhecimento

    aplicado. Incentivam soluções elegantes, valorizando e premiando a habilidade.

    Uma multiplicidade de variáveis caracteriza um problema complexo pela

    simplicidade da solução. A elegância de uma solução resulta da solução obtida

    no tratamento de multiplicidade de variáveis, característica de um problema

    complexo, pela simplicidade da solução.

    Líderes focalizam o que é relevante. Atitude significa o querer fazer com

    que efetivamente algo aconteça, transformando ideias em ações, mesmo que

    em muitas situações enfrente muitas pedras e desafios pelo caminho. O foco

    está intrinsecamente ligado à atitude de não dispersar energia, porém

    concentrá-la. Para Bennis, os líderes para os novos tempos são aqueles que

    concentram energia em seus pontos fortes... e à medida que os pontos fortes

    vão sendo capitalizados, os fracos vão sendo naturalmente superados.

    Os líderes irradiam confiança e melhoram o astral. Os líderes não são

    sujeitos mal-humorados e carrancudos, de mal com o mundo; eles divertem-se,

    tornando as coisas agradáveis, as pessoas sentem-se bem estar ao seu lado.

    Não existe correlação positiva entre ser desagradável e ser competente como

    líder.

  • 37

    3.4 Um líder que faz a diferença

    Em 1987, a Detroit Diesel passou para o controle da general Motors. A

    companhia detinha ridículos 3% do mercado de motores para caminhões de

    grande porte e havia perdido 600 milhões de dólares entre 1982 e 1987. Então

    em 1988, o ex-piloto da fórmula Indy transformado em magnata dos

    transportes, Roger Penske, assumiu o controle da empresa. Mantendo a

    mesma diretoria e a mão de obra por hora que havia vacilado na GM, Penske

    que um líder dinâmico pode fazer uma diferença muito concreta.

    A maior destreza de Penske como líder foi a habilidade para conseguir a

    lealdade dos seus funcionários. Seu respeito pelas necessidades e desejos

    pessoais dos trabalhadores é o que parece fazer a diferença. Ele os trata como

    jogadores valiosos de uma equipe vencedora.

    Depois de assumir a Detroit Diesel, Penske rapidamente determinou que

    o problema não era a falta de bons produtos, mas falta de motivação. A equipe

    de vendas se tornara lenta e preguiçosa devido a burocracia da GM, e a mão

    de obra operária estava desmoralizada.

    Penske começou a reunir-se regularmente com os líderes sindicais para

    reconquistar sua confiança. Concedeu ao sindicato poder de veto sobre

    trabalhadores temporários e fornecedores externos. “EU não concordo com

    eles o tempo todo, mas não adotamos um estilo de confronto, adotamos um

    estilo de solução”, disse Penske. Jim Brown, presidente do sindicato,

    concordava: “o Roger conquistou muita credibilidade de nossa parte”.

    Penske também iniciou uma série de maratonas de reuniões com

    pequenos grupos abrangendo a totalidade da mão d obra. Sua meta?

    Conseguir que os funcionários entendessem os ramos que estavam. Ele abriu

    as informações sobre salários, produtividade e investimentos de capital.

    Introduziu a participação nos lucros e incentivos econômicos para a

    assiduidade. Convenceu os trabalhadores que embora a companhia tivesse um

    produto superior, padrões de qualidade mais elevados precisariam ser

  • 38

    alcançados se desejassem vencer a concorrência. Além disso, a empresa

    tornou-se enxuta e ágil – alguns departamentos foram eliminados e quase um

    quarto da mão de obra burocrática da companhia foi mandado embora.

    Ele também distribuiu autoridade para os níveis inferiores da

    organização; uma estrutura mais achatada permitia mais agilidade na tomada d

    decisões. E usou a reputação de um herói da fórmula Indy para trazer clientes

    d volta. Proprietários de frotas, decepcionados com a GM, ouviam com respeito

    quando Penske descreveu as mudanças que estavam ocorrendo sob sua

    liderança na Detroit Diesel.

    Sob a orientação de Penske, as vendas da Detroit Diesel dobraram para

    1,7 bilhão de dólares por ano. A empresa passou a controlar 25% do mercado

    de motores para caminhões de grande porte e voltou a ser lucrativa, com lucros

    anuais superiores a 35 milhões de dólares.

  • 39

    CONCLUSÃO

    A liderança é um dos temas mais estudados e discutidos dos últimos

    tempos. A cada reviravolta do mercado, a cada mudança no mundo do

    trabalho, em que as organizações sentem o vento da incerteza soprar forte

    sobre os seus negócios, inicia-se novas discussões sobre o papel do líder nas

    organizações. O velho gerente, aquele que ainda carrega o jargão, do tipo

    “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, ou muda o seu estilo e a sua

    maneira de conduzir a equipe, ou será extinto em poucos anos.

    Sabemos que o líder tem papel fundamental na construção de uma

    equipe comprometida e unida em prol dos objetivos da empresa. Uma empresa

    sem direção, sem um líder que inspira e motiva a sua equipe está fadada ao

    fracasso. Muitas organizações não tem sucesso nos seus projetos e acabam

    perdendo mercado porque a equipe não acredita no chefe, no gerente. Muitas

    vezes elas só enxergam nessas pessoas a figura de um antiquário que só

    impõe que só manda que não participa e, sobretudo não goza da confiança da

    sua equipe.

    As organizações estão numa busca frenética por líderes inovadores e

    que tenham habilidades interpessoais para estar à frente dos seus

    departamentos e que através das suas ações consigam extrair o melhor de

    cada funcionário. Muitas empresas estão investindo na sua liderança pagando

    cursos de graduação e pós-graduação. E as instituições de ensino, estão

    atualizando a cada ano o programa do curso para oferecer para seus clientes o

    que há de mais moderno na área de gestão.

    Em tempos de mudanças culturais e sociais surge o novo gerente, com

    perfil mais atraente a realidade das organizações contemporâneas. O novo

    gerente chega com a tarefa de divulgar e fazer com que os seus liderados

    conheçam e entendam a missão, a visão e os objetivos da organização. O

    líder moderno que entende as necessidades dos seus liderados e trabalha para

    satisfazê-las, pois ele sabe que uma equipe que trabalha satisfeita e que

  • 40

    participa das decisões, que pode expor suas opiniões trabalha melhor e se

    compromete com os resultados.

    Então surge uma nova necessidade – qualificar e lapidar o líder para

    assumir cargos estratégicos dentro das organizações. Várias instituições de

    nível superior estão adaptando os cursos de gestão com foco na liderança

    justamente para capacitar esse profissional. O curso superior não pode formar

    somente administradores. As instituições sejam elas de qualquer seguimento,

    seja de negócios, seja de ensino, elas precisam muito mais do que

    administradores, elas precisam de líderes inspiradores, que conquistam

    seguidores.

  • 41

    BIBLIOGRAFIA

    CHIAVENATO, IDALBERTO. Introdução à Teoria geral da Administração: Uma

    visão abrangente da moderna administração das organizações. 7º edição

    revista e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier , 2003

    ROBBINS, STEPHEN PAUL. Administração Mudanças e Perspectivas. São

    Paulo: Saraiva 2001

    FERNANDES, ALMIR. Administração Inteligente. São Paulo: Futura, 2001

    ADAIR, JOHN. Liderança e Motivação. A regra do meio a meio e os oito

    princípios fundamentais para motivar os outros. São Paulo: Clio Editora, 2010

    ROSA MARIA BRAGA PORTO. Personalidade e liderança: Gestão

    Empresarial, Universidade Cândido Mendes, 2009

  • 42

    WEBGRAFIA

    www.adminitradores.com.br

    www.pensador.uol.com.br|frase

    http://www.adminitradores.com.br/http://www.pensador.uol.com.br|frase/

  • 43

    INDICE

    FOLHA DE ROSTO 02

    AGRADECIMENTOS 03

    DEDICATÓRIA 04

    RESUMO 05

    METODOLOGIA 06

    SUMÁRIO 07

    INTRODUÇÃO 08

    CAPITULO I

    DA LIDERANÇA 10

    1.1 CONCEITO DE LIDERANÇA 13

    1.2 LIDERANÇA COMO FENÔMENO DE INFLUÊNCIA

    INTERPESSOAL 14

    1.3 LIDERANÇA COMO UM PROCESSO DE REDUÇÃO DE

    INCERTEZA DE UM GRUPO 15

    1.4 LIDERANÇA COMO UM PROCESSO EM FUNÇÃO DO

    LÍDER, DOS SEGUIDORES E DE VARIÁVEI DA SITUAÇÃO 16

    CAPITULO II

    TEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE

    LÍDERES: DESAFIOS DO ENSINO SUPORIOR 18

    2.1 TERIAS DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE 19

    2.2 TEORIAS SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA 21

    2.2.1 LIDERANÇA AUTOCRÁTICA 21

  • 44

    2.2.2 LIDERANÇA LIBERAL 22

    2.2.3 LIDERANÇA DEMOCRÁTICA 22

    2.3 TEORIAS SITUACIONAIS DA LIDERANÇA 24

    2.4 FORMAÇÃO DE LÍDER NO ENSINO SUPERIOR 28

    2.5 APLICAÇÃO NO ENSINO 30

    CAPITULO III

    O LÍDER INFLUENCIANDO PESSOAS 31

    3.2 LIDERANÇA E AUTO-DESENVOLVIMENTO 32

    3.3 LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES 34

    3.4 ATITUDES QUE FAZEM A DIFERENÇA NOS LÍDERES DE

    ORGANIZAÇÕES INTELIGENTES 35

    3.5 UM LIDER QUE FAZ A DIFERENÇA 37

    CONCLUSÃO 39

    BIBLIOGRAFIA 41

    WEBGRAFIA 42

    ÍNDICE 43

    AGRADECIMENTOSSUMÁRIOCAPÍTULO IDA LIDERANÇA 10CAPÍTULO IITEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE LÍDERES: DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR 18CAPÍTULO IIIO LÍDER INFLUÊNCIANDO PESSOAS 31

    CONCLUSÃO 39BIBLIOGRAFIA 41WEBGRAFIA 42ÍNDICE 43TEORIAS SOBRE LIDERANÇA E A FORMAÇÃO DE LÍDERES: DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR