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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NA GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES Por: Fabiana da Silva Denberg Orientador Prof. Ana Cláudia Morrissy Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NA GESTÃO DE

ORGANIZAÇÕES

Por: Fabiana da Silva Denberg

Orientador

Prof. Ana Cláudia Morrissy

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NA GESTÃO DE

ORGANIZAÇÕES

Apresentação de monografia à Universidade Cândido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão de Instituições Financeiras

Por: Fabiana da Silva Denberg

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AGRADECIMENTOS

Aos meus amigos e funcionários do

Banco do Brasil. Particularmente aos

funcionários da Agência Primeiro de

Março-RJ pela inspiração sobre o tema

deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

A uma pessoa muito especial que conheci

em 2009 que me fez desejar mais da vida.

Por acreditar em mim, por me incentivar

sempre, por ser meu amigo e acima de tudo

pela integridade que possui, dedico a você

este trabalho.

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RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar a importância da liderança para o

sucesso das organizações, assim como identificar elementos fundamentais para

promover a liderança de forma eficaz. Busca-se entender quais características um

gestor deve possuir para transformar-se em um líder, que maximize os resultados

da empresa, mantendo um bom clima organizacional.

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METODOLOGIA

Este trabalho será realizado através de pesquisa bibliográfica em livros de

administração, gestão de pessoas e psicologia aplicada a respeito do assunto

liderança. Além disso, com consultas a sítios especializados na internet .

No tocante aos livros utilizados destaca-se os do autor Idalberto

Chiavenato, James Hunter e Warren Bennis que serviram de apoio para o

desenvolvimento da pesquisa.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - As Organizações 11

1.1 Conceitos e ambiente das organizações

1.2 Organizações e suas influências

CAPÍTULO II - Liderança 17

2.1 Conceitos de Liderança

2.2. Tipos de liderança

2.3 A importância da motivação para o exercício da liderança

2.4 Teorias contemporâneas sobre motivação

CAPÍTULO III – Gestores líderes 36 3.1 Gerenciamento X Liderança 3.2 A importância da liderança no gerenciamento de equipes

CONCLUSÃO 41 BIBLIOGRAFIA 44

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INTRODUÇÃO

Antigamente, o que se via nas organizações era um modelo de

gerenciamento baseado em comando e controle, no qual o funcionário tinha a

obrigação de realizar a tarefa sem questionamentos ou novas idéias. Esse tipo de

mentalidade militar foi apropriada até os anos 80, onde o clima social era diferente

e o ambiente empresarial estável. Hoje em dia a estabilidade acabou e o que

existe é um cenário de constantes mudanças, baseadas em novos valores como

a responsabilidade social.

Podemos dizer que grande parte das mudanças ocorridas nos últimos anos

no modo de gerenciar se deve ao que chamamos hoje de liderança. Percebe-se

que a importância da liderança nas organizações tem sido ponto passivo entre

estudiosos do tema, basta observar a proliferação de artigos, de revistas

especializadas ou não, de livros publicados e de palestras que tratam sobre

gestão.

Ao contrário do que acontece nas áreas exatas da administração -

contabilidade, finanças e métodos quantitativos em geral - não há regras para a

gestão de pessoas. Não há verdades absolutas e muito menos conhecimentos

definitivos de como lidar com pessoas. Como diz um provérbio popular dos

estudiosos do comportamento humano, “Deus deixou os problemas mais fáceis

para os estudiosos das ciências exatas”. De fato é possível prever o

comportamento do Universo dentro de 1 bilhão de anos, mas é impossível prever

o comportamento de uma pessoa no próximo minuto. Nós não conseguimos

prever nem mesmo o nosso próprio comportamento nas próximas 24 horas: quais

serão nossas atitudes, emoções e reações aos diferentes acontecimentos que

enfrentaremos. (MAXIMIANO, 2005).

Diante disso é possível afirmar que a gestão de pessoas é a área mais

desafiadora do trabalho dos gestores dentro de uma empresa, soma-se a isso a

importância de conhecer, entender, refletir e atualizar os conceitos de liderança e

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motivação, buscando a melhor maneira de lidar com pessoas, isto é, a liderança

eficaz.

A liderança é um dos papéis que os gestores devem desempenhar. A

liderança também é um processo social, interligado com a motivação. Só há

liderança quando há liderado, que seguem o líder por algum motivo. As pessoas

seguem um líder, desde que a realização da tarefa também seja de seu interesse.

O líder precisa dos liderados para realizar metas e vice-versa. (MAXIMIANO,

2005).

O entendimento da função de liderança talvez seja uma das principais

buscas da sociedade. E por razões óbvias: o destino de uma família, uma

empresa, uma comunidade, um país, está diretamente associado à capacidade

de sua liderança. Uma era que tem a informação como seu recurso primeiro é

bastante diferente daquela cujos principais recursos foram o capital, a forca física

ou a terra. Nesta nova era a discussão sobre se a liderança é ou não resultado de

traços de personalidade, estilos de condução de indivíduos e grupos, ou marca de

nascença torna-se irrelevante e até deixa de fazer sentido. O que se quer são

pessoas abraçando uma causa que mobilizem outras a fim de que o conteúdo

desta causa se torne realidade. Há pessoas que nascem líderes e outras que

aprendem a desenvolver sua capacidade de liderança ao longo de décadas.

Grande parte das empresas gasta todos os anos milhões de reais em

treinamento, desenvolvimento e consultoria para suas equipes de liderança.

Contudo, mais de 90% do que é gasto acaba se revelando um enorme

desperdício de tempo e dinheiro. Claro que os gerentes ficam animados com os

cursos e empenhados em aplicar o que aprenderam. Mas as pesquisas mostram

que menos de 10% mudam de fato seu comportamento em conseqüência do

treinamento. (HUNTER, 2004).

Infelizmente temos acompanhado que a maioria se preocupa apenas em

impressionar todos com seus diplomas e certificados vistosos de vasto

conhecimento. Em geral estas pessoas são capacitadas para administrar, mas

são incapazes de liderar. Estudos recentes demonstram que mais de dois terços

das pessoas pedem demissão de seus chefes, não das empresas, ou seja, a

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maioria significativa dos que deixam suas organizações está renunciando a um

gerente ineficaz ou incompetente. (HUNTER,2004).

Este conhecimento nos leva a reflexão sobre aqueles que não se

encorajam em pedir demissão, como será o dia-a-dia de trabalho? Que

desempenho estão tendo estes profissionais? Quantos conseguem suportar as

pressões? Quantos estão em licença-saúde por questões relacionadas a

liderança deficiente ou ineficiente? Enfim quanto as organizações geram de

prejuízo ou deixam de contabilizar melhores resultados por terem gestores

preocupados em ser chefes e não líderes eficazes. (HUNTER, 2004).

O estudo das teorias sobre liderança tem por finalidade elucidar a natureza

singular da figura do líder através de várias abordagens teóricas da liderança. Os

papéis dos líderes combinam habilidades técnicas, humanas e conceituais, que

aplicam em diferentes graus e em diversos níveis organizacionais.

Diante da importância e da atualidade do tema, este trabalho buscará

identificar os elementos fundamentais para uma liderança eficaz dentro de

organizações, uma vez que apresentam em seu quadro funcional, equipes que

devem ser coordenadas e motivadas em busca do atingimento das metas e de

um bom clima organizacional.

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CAPÍTULO I

AS ORGANIZAÇÕES

1.1 Conceitos e ambiente das organizações

A origem da palavra organização vem do grego e significa “ferramenta ou

instrumento”. Podemos observar que raramente as organizações são propostas

como um fim em si mesmo.

As organizações estão por toda parte. Estão presentes desde a primeira

existência do homem que vive em sociedade, pelo simples fato de se organizar

para a realização de algo. E presentes tanto na sociedade como na vida

particular.

As realizações da sociedade moderna só aconteceram porque as pessoas em

grupo se envolvem em projetos comuns ou pretendem atingir metas.

Portanto, as organizações existem porque um grupo de pessoas se reuniu para

atingir um objetivo único. E as pessoas são os principais recursos que as

organizações utilizam para realizar seus objetivos.

Para Chiavenato (1997, p.264) a palavra organização tem diversos significados

em administração:

1. A organização sob o ponto de vista das ciências comportamentais – representa

um sistema de comportamento de todos os participantes, todas as relações

formais e informais;

2. A organização no sentido de empresa – seria um empreendimento moldado

para atingir um objetivo;

3. A organização como função administrativa – representa a organização como

parte do processo administrativo. É o agrupamento de atividades necessárias

para atingir os objetivos da empresa e a atribuição de cada agrupamento a um

executivo com devida autoridade para atingir tais atividades. A Organização

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requer, pois o estabelecimento de ralações de autoridade com disposições para a

coordenação entre as mesmas, tanto vertical como horizontalmente, na estrutura

da empresa.

Gibson (1981, p.38) refere-se às organizações como “sistemas que

perseguem metas e objetivos que podem ser alcançados de modo eficaz e

eficiente pela ação conjunta de indivíduos”. Além disso, criam ambientes, pois têm

influência sobre comportamentos, desenvolvem a sociedade e interagem com

outras organizações.

O principal grupo social das organizações é o secundário, isso nas

organizações formais, onde as pessoas têm relações regidas por regulamentos

explícitos, utilizando-se de recursos, divisão de trabalho e processos de

transformação. As organizações formais são burocracias, justamente por se

basearem em regulamentos, com direitos e obrigações. Freqüentemente as

organizações exageram na tentativa de regulamentar tudo o que for possível a

respeito do comportamento humano.

Existem três características fundamentais da burocracia, segundo Maximiano

(2000, p.117):

- Formalidade – que são as normas;

- Impessoalidade – a autoridade está ligada aos cargos que ocupam e não às

pessoas;

- Profissionalismo – os funcionários buscam uma carreira.

Mas dentro de toda a organização formal, existe a informal, que segue

características dos grupos primários (família, amigos, vizinhos), e estão

envolvidos diretamente com a cultura e o clima organizacional.

Para Chiavenato (1997, p.117), Mary Follett é um dos principais ícones dos

chamados “psicólogos da organização”, e a mesma apresenta os seguintes

aspectos da organização:

- Constitui o resultado de uma série de intransigências que levam em conta um

número infinito de possibilidades em torno de uma situação específica ou única;

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- É uma força viva, móvel, fluida;

- Representa pessoas que reagem e respondem a estímulos que não podem ser

definidos com precisão.

Sendo assim, todos os problemas de uma organização, onde quer que

ocorram, constituem problemas de relações humanas. A filosofia da organização

para Follett pode ser resumida em dois aspectos básicos: interpenetração de

autoridade ao invés de superioridade e controle sobre fatos mais do que sobre

pessoas, marcando assim a importância dos indivíduos, seus relacionamentos e

sentimentos, como fator importante para o bom funcionamento da organização.

Uma visão interessante do processo de sobrevivência das organizações é

o apresentado por Morgan (1996, p.69), onde as organizações, como organismos

da natureza, dependem para sobreviver, da habilidade de adquirir adequado

suprimento de recursos necessários ao sustento da existência. Nesse esforço,

tais organizações enfrentam a competição com outras organizações e, uma vez

que comumente exista escassez de recursos, somente os mais adaptados

sobrevivem.

A natureza, o número e a distribuição de organizações em qualquer tempo

dependem da disponibilidade de recursos, bem como da competição dentro e

entre diferentes espécies de organizações. O ambiente é, assim, o fator crítico na

determinação de quais organizações terão sucesso e quais fracassarão,

selecionando os competidores mais fortes através da eliminação dos mais fracos.

1.2 Organizações e suas influências

As organizações são tão antigas quanto à história do homem. Através dos

séculos as pessoas se reuniram para alcançar determinados objetivos, primeiro

em família, depois em tribos e, posteriormente, em unidades políticas mais

sofisticadas.

A construção das pirâmides, templos e navios, a criação de governos,

comércio e as próprias guerras, são provas de que as organizações já ensaiavam

a sua atual estrutura, baseada apenas no conceito de que se houvesse uma

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“organização” entre os indivíduos, os objetivos seriam realizados. Embora esse

esforço conjunto para se alcançar algo não tivesse nome formal, a idéia de “se

organizar” espalhava-se por todas as antigas civilizações.

A Igreja Católica Romana, segundo J. D. Money (apud CHIAVENATO,

1997, p.24), “deveria ser considerada como a organização mais eficiente de todos

os tempos”. A sua organização hierárquica mostrava-se simples e eficiente, pois a

organização mundial opera sob o comando de um só indivíduo, o Papa, cuja

autoridade lhe foi delegada de forma imediata por uma autoridade divina superior.

Assim como a Igreja Católica, a organização militar serviu como referência

na compreensão das organizações em geral, primeiro porque possuía um

princípio de unidade de comando pelo qual cada subordinado só poderia ter

apenas um superior. Segundo, porque nela surgiu a escala hierárquica, através

de níveis de comando de acordo com o grau de autoridade e responsabilidade de

cada indivíduo.

Com a amplitude que as guerras tomaram, para tornar viáveis as batalhas

por todo o continente, o controle continuou centralizado, mas houve uma

descentralização da execução.

Outra contribuição da organização militar foi o princípio de direção, onde se

pressupunha que cada soldado deveria saber exatamente o que se esperava dele

e o que deveria fazer.

A partir de 1776, a invenção da máquina a vapor por James Watt e a sua

posterior aplicação à produção, segundo Chiavenato (1997, p.26), fez nascer uma

nova concepção de trabalho que modificou completamente a estrutura comercial

e social da época, provocando mudanças de ordem econômica, política e social, e

transformando o século XVIII em um dos mais importante da história da

humanidade.

A Revolução Industrial, como é chamado esse período, iniciou-se na

Inglaterra e rapidamente se difundiu por todo o mundo civilizado. A principal

mudança foi a passagem do capitalismo comercial para o industrial, assinalando a

passagem da Idade Moderna para a Contemporânea.

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A produção manual é substituída pela industrial, a ferramenta pela

máquina, que contribuiu para consolidar o capitalismo como modo de produção

dominante.

Esse momento revolucionário, de passagem da energia humana para

motriz, é o ponto culminante de uma evolução tecnológica, social e econômica,

que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média¹.

Com as novas atividades advindas da Revolução Industrial, as empresas

industriais precisavam coordenar a mão-de-obra empregada que, ao invés de

pequenos grupos de aprendizes e artesãos dirigidos por mestres habilitados,

passou a ser um batalhão de operários da nova classe proletária que se criou a

partir deste processo.

Ao invés de instrumentos rudimentares de trabalho manual, o problema era

o de operar máquinas, cuja complexidade aumentava. Os produtos passaram a

ser elaborados em operações parciais que se sucediam, cada uma delas

entregue a um grupo de operários especializados em tarefas específicas, que na

maioria das vezes não sabiam ou ignoravam a finalidade da peça ou da tarefa

que estavam executando. Simplesmente a faziam. Essa nova situação contribuiu

para apagar da mente do operário o sentimento de estar produzindo e

contribuindo para o bem da sociedade.

Os empresários estavam preocupados em produzir sempre mais e pelo

menor custo, e acabaram deixando de lado a gestão do pessoal e a coordenação

do esforço produtivo. Assim, a Revolução Industrial, apesar de ter provocado

mudanças profundas na estrutura empresarial e econômica da época, não chegou

a influenciar diretamente os princípios de administração das empresas então

utilizados.

Com essa atitude de gerenciamento precária e despreocupada da época,

além dos baixos salários pagos aos operários, criou-se um profundo

descontentamento entre a relação empresário e operários, resultando em

movimentos organizacionais por parte dos trabalhadores e a formação de

associações.

¹ Baixa Idade Média - é o período da Idade Média que se estende do século XII ao século XV.

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Foi com essa invenção e proliferação das máquinas durante a Revolução

Industrial, tanto na Europa quanto na América do Norte, que os conceitos de

organização se tornaram mecanizados. Foi necessário que as organizações se

adaptassem às exigências das máquinas, aumentando a tendência à

burocratização.

De qualquer maneira, a Revolução Industrial foi um importante marco na

estruturação das organizações, principalmente pelo início de um novo tipo de

relações entre operários e empresários, o que permitiu uma evolução gradativa

das relações sociais até chegar ao estágio verificado nos dias de hoje.

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CAPÍTULO II

LIDERANÇA

2.1 Conceitos de Liderança

Conceituar liderança é uma tarefa difícil, haja vista os diversos enfoques

encontrados na literatura disponível sobre o assunto.

James C. Hunter (2006, p.18) define liderança como “a habilidade de

influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos

comuns, inspirando confiança por meio da força do caráter.

Ken Blanchard apresenta liderança como “um processo de influenciar

pessoas. John Maxwell afirma que “liderança é influência...nada mais, nada

menos”.

Liderar significa conquistar as pessoas, envolvê-las de forma que coloquem

seu coração, mente, espírito, criatividade e excelência a serviço de um objetivo

(HUNTER, 2006, p.20).

Bergamini (1994) apresenta três abordagens na definição do termo

liderança:

a) preocupação com o líder: alguns autores associam liderança com

características pessoais, como carisma e firmeza. É o caso de Roberts

(1989), que, ao delinear o perfil de Átila, o huno, como o de um exímio

líder, estabelece os seguintes atributos da liderança: lealdade, coragem,

anseio, resistência emocional, vigor físico, empatia, poder de decisão,

antecipação, sincronização, competitividade, autoconfiança,

responsabilidade, credibilidade, tenacidade, confiabilidade, vigilância e

proteção. Esta abordagem é bastante restrita, pois pressupõe que a

liderança seja um dom nato;

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b) preocupação com aquilo que o líder faz: um segundo grupo de

pesquisadores concentrou seus esforços na investigação de diferentes

estilos de liderança. Procurou-se, neste momento, estabelecer a

correlação entre o comportamento do líder – independentemente de

suas características pessoais – e a eficácia da liderança. Foram

descritos básicos, o autoritário e o democrático. Entre estes dois foram

sendo encaixados os demais estilos de liderança;

c) teorias situacionais: tanto os autores que buscaram delinear o perfil do

líder quanto os autores que procuraram estabelecer o estilo ideal de

liderança omitiram em suas pesquisas a análise do ambiente que cerca

a relação líder/subordinado. Eles procuraram identificar um perfil/estilo

ideal para o líder, que seria o mais indicado em qualquer situação.

Outro grupo de autores aposta em duas variáveis diferentes das

supracitadas e que determinam a eficácia de um líder: as características do

liderado e as circunstâncias ambientais da organização. De acordo com seus

estudos não existiria um perfil ideal de líder, tão pouco um estilo ideal de

liderança. Defendem que há um estilo mais adequado à situação existente e

contestam que a liderança seja um dom nato. Para eles, os administradores

podem e devem ser treinados para o exercício da liderança.

Conforme SOTO (2002), uma liderança bem-sucedida depende de

comportamentos, habilidades e ações apropriadas e não de características

pessoais. Os três tipos de habilidades que os líderes utilizam são: as técnicas, as

humanas e as conceituais. A habilidade técnica se refere a conhecimento e a

capacidade de uma pessoa em qualquer tipo de processo ou técnica. A habilidade

humana é a capacidade para trabalhar de maneira eficaz com as pessoas para

obter resultados no trabalho em equipe. A habilidade conceitual é a capacidade

para pensar em termos de modelos, marcos diferenciadores e relações amplas.

O que é relevante considerar no estudo de liderança é a sua relação com a

motivação dos trabalhadores. Bennis e Nannus (1988, p.15) ao refletirem sobre a

questão concluem que líderes são aqueles que “delegam poder aos empregados,

a fim de que eles procurem novas maneiras de atuar”.

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Ramos (1989, p.146) ao modelar a nova organização como uma interação

de homens parentéticos apresenta o líder como um “agente capaz de facilitar o

desenvolvimento de iniciativas livremente geradas pelos indivíduos, passíveis de

amalgamarem sob a forma de configurações reais”. Em outras palavras um

agente de motivação.

Todas estas visões possuem um traço em comum: o líder deve

proporcionar ao seu liderado o apoio necessário à motivação no trabalho, ou seja,

não cabe ao líder influenciar o liderado a alcançar um dado objetivo. A motivação

para o alcance do objetivo deve ser intrínseca ao trabalhador. Ao líder cabe o

papel de facilitador. (DE PREE, 1989).

Bergamini (1994, p.105), ao analisar a relação entre liderança e motivação,

constata que “esses dois termos, a partir de um determinado momento, parecem

definitivamente unidos na teoria e na prática por uma relação de causa e efeito”. A

autora salienta, entretanto que a função do líder não é motivar seus liderados,

pois a motivação é uma força intrínseca, mas cabe ao líder manter seus liderados

motivados. Esta proposta baseia-se na premissa de que “quando aceitam um

novo emprego, as pessoas, em geral, estão cheias de esperança e acalentam

expectativas, sendo, por isso, depositárias de um rico manancial de motivação”.

Entretanto não é sempre que o líder irá se deparar com uma equipe

voluntariamente motivada. Muitas vezes, ele precisa saber criar um ambiente no

qual o trabalhador possa despertar o seu potencial motivacional. Esta tarefa é

muito mais difícil do que apenas manter o trabalhador motivado. Por isso, todo o

esforço no sentido de não desmotivar um trabalhador é fundamental no processo

de liderança.

Sendo assim, é possível dizer que ao líder cabem dois papéis

fundamentais:

a) auxiliar na alavancagem da energia motivacional nos liderados - Não se

trata aqui de incentivar os trabalhadores ao alcance do objetivo

proposto. O papel do líder é, antes de tudo, desenvolver um ambiente

de trabalho no qual o trabalhador possa acionar sua motivação

intrínseca. De acordo com o proposto anteriormente, isto pode ser

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conseguido através de três ações conjuntas: Despertar no funcionário o

sentido do trabalho, estimular sua participação e proporcionar-lhe

educação;

b) manter a energia motivacional dos liderados – Se por um lado é

impossível motivar alguém, por outro lado é muito fácil desmotivar uma

pessoa. O líder através de uma comunicação e de um adequado

esforço de reconhecimento precisa estar constantemente preocupado

em manter a motivação do seu liderado. (DE PREE, 1989).

A partir das análises feitas, é possível conceituar liderança como a

capacidade de acionar e manter a motivação dos trabalhadores para o alcance

dos objetivos propostos pela organização. Pode-se, assim, conceber o líder como

o administrador empenhado em promover o crescimento dos seus subordinados

rumo à participação e à criatividade, utilizando-se, para tanto, da delegação e

tornando-se, assim, segundo Max de Pree e James C. Hunter, um “servidor”.

2.1.1 A evolução do conceito de liderança

De acordo com Hersey e Blanchard (1986, p.106) “na teoria da

administração científica ou clássica, a função do líder era, obviamente, a de

estabelecer e fazer cumprir critérios de desempenho para atender aos objetivos

da organização. O líder concentrava-se nas necessidades da organização e não

nas pessoas”.

A escola das relações humanas começou a enfatizar a importância da

satisfação humana para a produtividade, questões como sentimentos, atitudes e

relações interpessoais passaram a ser enfocadas, uma vez que teriam uma

relação direta com o atingimento dos objetivos pretendidos pela organização. O

homem passou a ser visto como um ser social, orientado pelas regras e valores

do grupo informal. (HERSEY; BLANCHARD, 1986).

A partir da concepção de homo social, surgiu a necessidade de um líder

que facilitasse a relação das pessoas no grupo e que orientasse o grupo no

alcance dos objetivos organizacionais. O líder passou, então, a concentrar-se nas

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necessidades das pessoas enquanto seres sociais, como forma de atingir as

necessidades da organização (HERSEY; BLANCHARD, 1986).

A partir de estudos realizados na Universidade de Michigan, EUA,

observou-se que a característica do líder taylorista e do líder de relações

humanas permeiam ainda hoje os ambientes organizacionais. Há certos líderes

que se inserem mais na primeira situação e há outros que se identificam mais

com a segunda. Assim surgiram dois conceitos, de orientação para a produção e

o de orientação para o empregado. (HERSEY; BLANCHARD, 1986).

Os líderes orientados para a produção tendem a ser autoritários e

enxergam as pessoas como recursos para a administração. Os líderes orientados

para o empregado tendem a agir democraticamente, enxergando as pessoas

como seres humanos na organização. (HERSEY; BLANCHARD, 1986).

O enriquecimento do trabalho seria alcançado através de um aumento da

responsabilidade, do desafio e da amplitude do trabalho. Em outras palavras o

enriquecimento do trabalho seria obtido através da delegação de autoridade e

responsabilidade ao trabalhador. (HERSEY; BLANCHARD, 1986).

Dentro dessa premissa surge o novo perfil de líder.Um líder capaz de

delegar tarefas e de dar apoio ao empregado. Um líder preocupado com o

planejamento da organização como um todo, e não mais com o controle de cada

um de seus funcionários. (HERSEY; BLANCHARD, 1986).

A relação entre atitudes e comportamentos do administrador, líder, no

entanto, nem sempre é verdadeira. Argyris (1971) apresenta dois padrões de

comportamento possíveis para os administradores: A e B. O padrão A caracteriza

os chefes fechados, com dificuldades e de apoiar os subordinados. Estas

pessoas, em geral, adotam uma postura rígida de supervisão e controle. O padrão

B caracteriza os chefes abertos, com facilidade de expansão e apoio. Seu

comportamento, em geral, é de confiança, preocupação e flexibilidade.

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2.2. Tipos de liderança

A história tem demonstrado que a utilização abusiva e inadequada do

poder contextual através da coerção, autoritarismo e distribuição de recompensas

manipulativas que oprimem e despersonalizam os seres humanos, começa a criar

reações individuais e coletivas em vários setores da sociedade, particularmente

nas organizações.

O modelo de gerenciamento militar comanda pela autoridade; a liderança

empresarial precisa obter lealdade, alcançar comprometimento e merecer

respeito. Só assim poderá exercer atos influenciais que integrem os indivíduos ao

redor de objetivos comuns e ações coletivas.

Liderança, como já foi visto, é um fenômeno relacional, os atos influenciais

geram reações nos liderados e essas, por sua vez, estimulam respostas nos

líderes. O relacionamento entre líder e liberado não se dá, entretanto, no vácuo,

mas sim numa determinada realidade social que envolve situações e contingência

das mais variadas.

Líder e liderados atuam num cenário dinâmico de interações, permeadas

por intenções e finalidades limitadas em algum tipo de estrutura, como ó o caso

da empresa. Uma das alternativas para a análise da eficácia dos estilos de

liderança considerados é verificar como os atos de influências em termos da

energia despendida pelo líder e grau de controle que esse tem sobre o liderado,

atuam no grau de envolvimento desse último.

De acordo com Chiavenato (2005), existem três tipos de liderança, que são

a liderança autocrática, liberal e democrática e estas possuem algumas

características:

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Cronograma

de Trabalho

Liderança

Autocrática

Liderança

Democrática

Liderança

Liberal Tomada de Decisões

Apenas o líder decide e fixa as diretrizes sem qualquer

participação do grupo.

As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e

assistido pelo líder.

Total liberdade para a tomada de decisões grupais ou individuais,

com participação mínima do líder.

Programação dos Trabalhos

O líder determina providências pra a

execução das tarefas, uma por vez, na

medida em que são necessárias e de

modo imprevisível pra o grupo

O próprio grupo esboça providências e técnicas para atingir o alvo com o aconselhamento técnico

do líder. As tarefas ganham novos contornos

com os debates.

A participação do líder no debate é limitada apresentando apenas alternativas ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer

informações desde que solicitada.

Divisão do Trabalho

O líder determina qual a tarefa que cada um deverá executar e

qual seu companheiro de trabalho.

A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus próprios

colegas.

Tanto a divisão das tarefas quanto a

escolha dos colegas ficam por conta do grupo. Com absoluta falta de participação do

líder. Participação do Líder

O líder pessoal e dominador nos

elogios e nas críticas ao trabalho de cada

um.

O líder procura ser um membro normal do grupo. É objetivo e estimula com fatos, elogios ou críticas.

O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar o curso das coisas. Faz apenas comentários quando

perguntado.

Fonte: CHIAVENATO, 2005.

Buscando acrescentar estilos de liderança aos expostos acima por

Chiavenato, segue uma breve comparação entre os estilos citados e outros

conhecidos na literatura.

2.2.1 - Liderança Autocrática x Liderança Coercitiva

A Liderança autocrática, nesta interpretação pode ser chamada de

Coercitiva, pois, baseia seus atos influenciais predominantemente no poder de

coerção e de posição. Define a coerção como a habilidade de influenciar através

da potencial punição. A liderança coercitiva, como aqui considerada, baseia-se no

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uso do poder de coerção e posição, que depende alta quantidade de energia,

procurando o maior controle possível sobre as ações e reações do liderado, o que

tende a gerar passividade, alienação, despersonalização e reações lentas e

estereotipadas aos atos influenciais.

São formas muito utilizadas para coagir os liderados: ameaças, punições e

pressões por parte do líder se multiplicam num esforço de vencer a barreira da

indiferença e da ausência de comportamento que caracteriza a atuação do

liderado. Isso significa atenção contínua no sentido de evitar desvios dos padrões

rigidamente estabelecidos e presença física constante de uma figura de

autoridade para assegurar o cumprimento estrito das diretivas, impedindo o

envolvimento que é um ato voluntário e consciente.

A coação, obrigatoriedade transforma as pessoas em máquinas ou coisas,

destituídas da capacidade de decidir, irracionalidade e a ineficiência do trabalho,

escravo ou forçado, de pessoas esmagadas pelo temor das represálias morais.

Estes tipos de posturas podem acabar com a capacidade de produzir e gerar

divisas o que denota a queda do crescimento da empresa e que não é interesse e

nem está nas metas de nenhum negócio.

Nenhuma organização que atue em um mercado competitivo, onde a

qualidade e o custo dos bens ou serviços são essenciais para a sua

sobrevivência, pode se dar ao luxo e de forma não empreendedora desperdiçar

energia humana, de seus colaboradores estejam eles em que níveis estiverem,

sejam líderes ou a outra ponta desta interação, os liderados.

Lideranças coercitivas desperdiçam cronicamente essa energia, controlam

desnecessariamente os funcionários, impedindo o envolvimento e engajamento

dps mesmos na busca de soluções práticas para as questões da empresa. Os

diferentes tipos de poder utilizados pelo líder têm efeitos marcadamente diversos

nos subordinados (liderados).

Em se tratando da liderança controladora, embora a energia despendida

seja menor e a forma de controle mais formal e impessoal, baseada em normas e

procedimentos, há uma pressão difusa que impede o livre pensar e iniciativa. É a

padronização de atividades em busca da eficiência mecânica. Esta liderança

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também gera subcondutividade, pois, ao procurar reduzir a realidade e padrões

estáveis e repetitivos de atuação, não consegue lidar com a imprevisibilidade dos

acontecimentos.

A energia despendida no esforço da padronização permite, entretanto, a

possibilidade de um controle menos próximo, sem a constante presença física do

líder, que é constituída pela figura de autoridade onipresente e onisciente que

cobra, controla e busca erros, evitando os contatos face a face e preferindo a pura

e simples aplicação das regras, normas e procedimentos formais fornecidos pelo

poder contextual que a organização lhe atribui.

Formas de controle encorajam a participação mínima, levam o funcionário

a cumprir regras e nada mais. Além disso, atender aos instrumentos de controle

tende a se tomar o objetivo dos subordinados, pois é assim que esses

administram suas próprias inseguranças e evitam sanções, controle encoraja o

funcionário a atuar segundo o manual de normas e procedimentos, impedindo o

seu envolvimento com os resultados e objetivos da organização.

2.2.2 - Liderança Controladora x Liderança Democrática

A Liderança Controladora de certa forma se assemelha com a Liderança

Democrática esboçada acima, logo, este estilo de liderança se apóia mais no

poder de posição e de recompensa, embora use episodicamente o poder de

coerção. Esse é utilizado de forma mais sutil, sob a forma de manipulação

material ou emocional.

O liderado, por sua vez, goza de um espaço confortável para atuar, desde

que não ameace a autoridade, experiência, prestígio e conhecimento dos que

ocupam posições de liderança. As normas, regras e procedimentos, de maneira

geral, valorizam o respeito, a colaboração e a harmonia, mesmo que superficiais.

Isso libera o líder da necessidade de exercer um controle maior sobre o liderado,

uma vez que esse tem consciência dos limites tolerados pelo contexto social.

Essas condições resultam numa maior probabilidade de se elevar o nível de

envolvimento do liderado com os resultados e objetivos da organização.

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A filosofia básica da liderança controladora é a falta de confiança nas

pessoas, a crença de que existe apenas uma maneira de fazer as coisas certas

de que as pessoas são incompetentes, não tem vontade de trabalhar, daí a

necessidade de controlar suas atividades.

2.2.3 - Liderança Orientadora x LiderançaLiberal

É um estilo raramente abordado na literatura especializada por possuir

alguma conotação paternalista. Utiliza episodicamente o poder da posição;

portanto a autoridade do cargo, de recompensa, de conhecimento e de conexão.

Ao contrário dos estilos coercitivos e controlador, que limitam o âmbito de seus

atos influenciais no sentido vertical, de cima para baixo, a liderança orientadora os

expande também na direção de baixo para cima e horizontalmente, permitindo

assim que as barreiras estruturais sejam ultrapassadas, tendendo a incentivas a

sinergia organizacional.

Na liderança orientadora, a energia aplicada é menor do que nas

anteriores, sendo o mesmo verdadeiro para o grau de controle exercido sobre os

liderados. Essa assume a forma de acompanhamento, supervisão, orientação e

esclarecimentos periódicos. Os relacionamentos face a face tendem a ser mais

freqüentes, baseando-se mais no poder de conhecimento e conexão do que na

posição de recompensa.

A liderança orientadora que também pode-se denominar como integrador,

a utiliza pouca energia para exercer atos influenciais, uma vez que atua por

emulação, identificação, exemplo, absorvidos voluntariamente pelo liderado,

eliminando assim a necessidade de controle do líder. A ausência de controle

tende a facilitar e a estimular a elevação do nível de envolvimento do liderado.

O exercício do controle e monitoramento pode influenciar o grau de

envolvimento dos membros de uma organização, e os indivíduos podem variar

sua amplitude de envolvimento desde a alienação (envolvimento negativo) até o

compromisso (envolvimento positivo). Uma outra alternativa para avaliar a eficácia

dos vários estilos de liderança proposta diz respeito à duração dos atos

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influenciais do líder em relação ao liderado e ao grau de resistência provocado no

mesmo.

A qualidade das relações entre líder e liderados poderá ser baixa quando a

duração dos efeitos do ato influencial for curta e o grau de resistência do liderado

for alto. Isso equivale a dizer que a eficácia será baixa, obrigando o líder a repetir

o ato influencial cada vez que pretender obter uma determinada reação.

Esse caso típico da liderança coercitiva que atua através da ameaça,

punição ou sofrimento. Tende a gerar no liderado a resistência passiva,

caracterizada pela lentidão, interpretação distorcida do ato influencial, sabotagem,

desinteresse, além da submissão, provocando conflitos a organização. São essas

reações que provocam a escalada do poder de coerção e o abuso do poder de

posição como justificativas "aceitáveis" para as punições, gerando, em

conseqüência, mais resistência que poderá desembocar na violência.

Quanto os atos influenciais são exercidos através da lideração de estilo

controlador, a sua duração tenderá a ser média, gerando um grau semelhante de

resistência. Por essa razão, a eficácia pode ser considerada mediana, levando o

líder à necessidade de reforçar seus atos influenciais com controles indiretos

apoiados em aspectos formais, cobranças periódicas e medidas disciplinares.

Poderia ainda ter de se utilizar de manipulação através de prêmios,

recompensas e vantagens, que acabam por estimular a competição entre os

liderados, inibindo assim a integração e a confiança tanto entre esses últimos

quanto entre líderes e liderados. Isso gera uma lealdade interesseira e

contingencial que prejudica a moral do grupo. Assim nota-se a necessidade de se

enfatizar as características do líder.

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2.3 A importância da motivação para o exercício da liderança

A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades

dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem

satisfazer essas necessidades. Assim, o homem passou a ser considerado um

animal dotado de necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta ou

isoladamente. Satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar e, assim por

diante, continua e infinitamente (NAVARRO, 2000).

O indivíduo precisa suprir suas necessidades para motivar-se e alcançar

seus objetivos. Não é só o dinheiro que motiva o funcionário, há também outras

necessidades que cada um tem. Os fatores de satisfação, que envolvem

sentimentos de realização, crescimento profissional e de reconhecimento que se

podem experimentar num trabalho desafiante e pleno. Esses fatores têm um

efeito positivo sobre a satisfação no trabalho, muitas vezes, resultando um

aumento de capacidade total de produção da pessoa. (NAVARRO, 2000).

Fatores Motivadores

• realização;

• trabalho desafiante;

• reconhecimento do desempenho;

• maior responsabilidade;

• crescimento e desenvolvimento.

As pessoas são levadas à ação também para cumprir determinadas tarefas

através de motivos. Existem fatores que dão estímulo para essa pessoa realizar

as tarifas. São os meios de motivação que são diversificados. (NAVARRO, 2000).

Muitas pessoas realizam determinadas tarefas por serem “obrigadas”, ou seja,

são impostas determinações para que essa pessoa cumpra. Uma meta. Este tipo

de motivação não é adequado. Onde por ter sido exposta, não haverá um

empenho total nas tarefas, ao contrário, isso vai gerar um desinteresse ainda

maior prejudicando, assim, a realização da tarefa. (NAVARRO, 2000).

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Muitas pessoas pelo convívio em sociedade são motivadas por pressões que

esse meio social determina. A pessoa cumpre atividades porque outras pessoas

também o fazem. Ela não age por si, mas sim, para acompanharem e cumprirem

as ações ou perspectivas de outras pessoas. Esse tipo de motivação também não

é totalmente “rentável”. A pessoa toma a iniciativa motivadora, mas não é por si

própria. Senão assim não há um contentamento pessoal. (NAVARRO, 2000).

Ocasionalmente são encontradas pessoas que agem por iniciativa própria.

Fazem tudo porque elas querem. Em muitos casos a pessoa automotivada mora

onde quer morar, do modo como prefere, e age em função de objetivos que

escolheu, como bons para ela. A automotivação se resume na convicção que a

pessoa tem de que deseja os frutos do sucesso e os deseja tão ardentemente

que está disposta a lutar por eles. (NAVARRO, 2000).

Ao longo dos anos, passamos a acreditar que quando uma pessoa se põe a

caminho de um objetivo, ela não necessariamente está motivada a atingir esse

objetivo. Os fatores que a levam a caminhar naquela direção podem-lhe ser

intrínsecos ou extrínsecos. Quando são intrínsecos há motivação, quando são

extrínsecos, há apenas movimento. (NAVARRO, 2000).

Os motivos que levam uma pessoa a perseguir um objetivo podem ser

resultados de estímulos externos ou internos. Quando o fator vem de terceiros é

externo à pessoa, não existe motivação, apenas movimento. Por outro lado, se

você está correndo em busca de seu objetivo por vontade própria, por uma

necessidade de realização pessoal, você encontrou sua motivação. (NAVARRO,

2000).

É fato que muitas vezes, uma pessoa sente-se levada a fazer algo para evitar

uma punição ou conquistar uma recompensa. Entretanto, em ambos os casos, a

iniciativa para a realização da tarefa não partiu da própria pessoa, mas de um

terceiro, que a estimulou de alguma forma para que ela se movimentasse em

direção ao objetivo pretendido. A pessoa não teria caminhado em direção ao

objetivo caso não houvesse a punição ou a recompensa. (NAVARRO, 2000).

As pessoas podem, também agir levadas por um impulso interno, por uma

necessidade interior. Neste caso existe vontade própria para alcançar o objetivo,

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existe motivação, que pode ser transformada em movimento permanente por

meio da doutrinação. Aliás, é isso que as organizações produtivas buscam.

Porém, na maioria das vezes, o que se vê é a aplicação de técnicas de estímulo

ao movimento imediatista. O movimento é uma situação passageira. Só dura

enquanto persistirem os estímulos que o gerem. Além disso, a eliminação dos

estímulos normalmente provoca insatisfação e um comportamento indesejável.

(NAVARRO, 2000).

A motivação determina o fazer, tornando-se o elemento chave para o

resultado de várias propostas de vida, e, em particular a obtenção de qualidade

nos programas de excelência que muitas organizações objetivam introduzir, e,

ainda mais difícil, conseguir a sua manutenção. (NAVARRO, 2000).

Grande parte dos equívocos cometidos em torno da motivação deve-se à

confusão que se estabelece entre as duas palavras. Quem usa indistintamente

uma pela outra, acaba chamando urubu de meu louro. Incentivo é a ação

intencional de um agente externo sobre o indivíduo, para estimular seu empenho

com vistas a um determinado objetivo. Motivação como já foi explicado, é um

estado interior, que leva uma pessoa a se empenhar mais por um objetivo e ainda

ficar feliz com isso. (NAVARRO, 2000).

Incentivar é dirigir palavras de estímulo e encorajamento fazer pregações

sobre a importância da meta proposta oferecer recompensas e outras. No item

das recompensas entram as campanhas de incentivo, muitas vezes

incorretamente denominadas campanhas motivacionais. O incentivo é importante

e geralmente dá resultado a curto prazo. Mas para manter um grupo - ou

indivíduo - motivado é preciso mais do que isso. (PENNA, 2001, p.39).

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2.4 Teorias contemporâneas sobre motivação

2.4.1 A teoria de ERG

Segundo esta teoria há três grupos de necessidades essenciais: existência,

relacionamento e crescimento. O grupo da existência se refere aos nossos

requisitos materiais básicos. O segundo grupo se refere as nossas necessidades

de relacionamento, o desejo de manter importantes relações interpessoais. As

necessidades de crescimento se referem a um desejo intrínseco de

desenvolvimento pessoal. (Robbins, 2002, p. 157).

A teoria ERG demonstra que mais de uma necessidade pode estar ativa

simultaneamente e se uma necessidade de nível alto for reprimida, o desejo de

satisfazer oura de nível mais baixo aumentará.

Esta teoria não assume a existência de uma hierarquia rígida, na qual uma

necessidade de nível baixo tenha que ser satisfeita substancialmente antes de se

poder seguir adiante. As necessidades de nível baixo levam a um desejo de

satisfazer as necessidades de nível alto; mas múltiplas necessidades podem

operar em conjunto como motivadoras e a frustração em tentar satisfazer uma

necessidade de nível alto pode resultar na regressão a uma necessidade de nível

baixo. (Robbins, 2002, p.157).

Além disso, variáveis como educação, antecedentes familiares e ambiente

cultural podem alterar a importância de cada um dos grupos de necessidade para

uma pessoa. As evidências demonstram que pessoas em culturas diferentes

classificam as necessidades de maneira distinta.

2.4.2 A teoria das necessidades de Mcclelland

Esta teoria aborda três necessidades: realização, poder e associação.

Necessidade de realização: busca da excelência, de se realizar em relação a

determinados padrões, de lutar pelo sucesso. Necessidade de poder:

necessidade de fazer as outras pessoas se comportarem de uma maneira que

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não fariam naturalmente. Necessidade de associação: desejo de relacionamentos

interpessoais próximos e amigáveis. (Robbins, 2002, p.157).

Em sua pesquisa sobre necessidade de realização, Mcclelland descobriu

que os grandes realizadores se diferenciam das outras pessoas pelo seu desejo

de fazer melhora as coisas. Buscam situações em que possam assumir a

responsabilidade de encontrar soluções para os problemas nas quais possam

receber rápido feedback para saber se estão melhorando e para as quais possam

estabelecer metas moderadamente desafiadoras. (Robbins, 2002, p.158).

A necessidade de poder é o desejo de impactar, de ter influência e de

controlar as outras pessoas. Os indivíduos que tem essa necessidade aflorada

gostam de estar no comando, buscam a influência sobre os outros, preferem estar

em situações competitivas e de status e tendem a se preocupar mais com o

prestígio e a influência do que propriamente com o desempenho eficaz.

Os indivíduos que tem orientação para a associação buscam amizade,

preferem situações de cooperação em vez de competição e desejam

relacionamentos que envolvam um alto grau de compreensão mútua.

As necessidades de poder e de associação costumam estar intimamente

relacionadas ao sucesso gerencial. (Robbins, 2002, p.159).

As pessoas com alta necessidade de realização preferem trabalhos com

bastantes responsabilidades, feedbacks e um grau médio de riscos. Quando

estas características prevalecem, os grandes realizadores se sentem fortemente

motivados. (Robbins, 2002, p. 159).

2.4.3 Teoria da avaliação cognitiva

Esta teoria sustenta que, disponibilizar recompensas externas a

comportamentos que já foram recompensados intrinsecamente tende a diminuir o

nível gerencial de motivação do indivíduo (Robbins, 2002, p.160). Por exemplo:

premiações por atingimento de metas, cujos prêmios não tenham valor para os

premiados. Ao contrário do que se pretende, este tipo de reconhecimento muitas

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vezes reduz a satisfação interna que o indivíduo consegue ao realizar seu

trabalho, levando ao desinteresse de buscar tal meta.

A teoria da avaliação cognitiva pode ter relevância para as funções dentro

das organizações que se encontram no meio-termo, nem muito desagradáveis

nem extremamente interessantes. (Robbins, 2002, p.162).

2.4.4 Teoria da fixação de objetivos

Esta teoria sustenta que objetivos específicos e desafiadores, com

feedback conduzem a melhores desempenhos.

Edwin Locke (2002, p.162) propôs que a intenção de lutar por um objetivo

é a maior fonte de motivação no trabalho. Pode-se afirmar que objetivos

específicos: a) melhoram o desempenho; b) que o feedback também conduz a

melhores desempenhos; c) que objetivos específicos e desafiadores produzem

melhores resultados; d) e que a meta genérica do “faça o melhor que puder” não

levam ao resultado desejado.

Isso quer dizer que quando as pessoas se comprometem com um objetivo

específico as chances são maiores de atingir o resultado desejado. Assim como

também são maiores as chances quando as pessoas recebem feedback em

relação ao seu progresso, pois isto as ajuda a perceber as discrepâncias entre o

que tem feito e aquilo que tem realizado para o alcance do objetivo.

Além disso, quando os indivíduos participam da fixação dos seus objetivos

a probabilidade de aceitação de objetivos desafiadores é maior do que seria se a

meta fosse imposta. Isto porque as pessoas em geral se comprometem mais com

as escolhas das quais fazem parte.

Segundo Robbins (2002, p.163):

“Além do feedback quatro fatores influenciam a relação objetivo-desempenho. Estes são: a) o comprometimento com o objetivo, b) a auto-eficácia adequada, c) as características da tarefa e d) a cultura nacional.”

A teoria da fixação de objetivos pressupõe que o indivíduo está

comprometido com objetivo, ou seja, está determinado a não abandoná-lo.

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A auto-eficácia se refere à convicção individual de que se é capaz de

realizar determinada tarefa. Quanto maior sua auto-eficácia, maior sua confiança

em sua possibilidade de realizar uma tarefa com sucesso. As pessoas com

elevada auto-eficácia parecem responder ao feedback negativo com mais

determinação e motivação, enquanto aquelas com baixa auto-eficácia tendem a

perder seu empenho quando recebem feedback negativo. (Robbins, 2002, p.163).

A teoria em questão reforça que as intenções quando articuladas em

termos de objetivos específicos e desafiadores são uma fonte motivacional

poderosa. Sob as condições adequadas, elas podem conduzir à melhoria do

desempenho. Entretanto, não existe evidência de que esses objetivos estejam

associados ao aumento da satisfação com o trabalho.

2.4.5 Teoria do Reforço

É uma abordagem comportamentalista e argumenta que o reforço

condiciona o comportamento. Os teóricos do reforço vêem o comportamento

como causa do ambiente, para eles o que controla o comportamento são os

reforços. Assim quando um comportamento é reforçado logo após o

acontecimento aumenta a probabilidade de que aquele comportamento se repita.

Em sua forma mais pura, contudo, a teoria do reforço ignora sentimentos,

atitudes, expectativas e outras variáveis cognitivas que, sabe-se, tem impacto

sobre o comportamento. Os comportamentos que você assume no trabalho e a

quantidade de esforço que despende em cada tarefa são afetados pelas

conseqüências de seu comportamento. (Robbins, 2002, p.163).

2.4.6 Teoria da Equidade

Segundo esta teoria os indivíduos comparam as entradas (trabalho-

esforço, experiência, educação, competência) e os resultados obtidos

(remuneração, aumentos, reconhecimentos) de seu trabalho com aqueles de

outros funcionários e respondem de maneira a eliminar quaisquer injustiças.

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Quando esta comparação traz a percepção de que estas relações são

iguais, dizemos que existe um estado de equidade. Percebemos nossa situação

como justa, ou que a justiça prevalece. Quando percebemos que as relações são

desiguais, experimentamos uma tensão de equidade. Este estado de tensão

negativa oferece motivação para uma ação corretora. (Robbins, 2002, p.164).

De acordo com Robbins (2002, p.166) aumentando a percepção de justiça

de processo, os funcionários passam a ver seus chefes e a organização de

maneira positiva, mesmo que estejam insatisfeitos, com sua remuneração,

oportunidades de promoção e outras conquistas pessoais.

A teoria da equidade demonstra que, para a maioria dos trabalhadores, a

motivação é influenciada significativamente pelas recompensas relativas, bem

como pelas recompensas absolutas.

2.4.7 Teoria da expectativa

Esta teoria sustenta que a força da tendência para agir de determinada

maneira depende da força da expectativa de que a ação trará certo resultado, e

da atração que este resultado exerce sobre o indivíduo. Isto significa que o

funcionário se sente motivado a despender um alto grau de esforço quando

acredita que isto vai resultar em uma boa avaliação de desempenho; que a boa

avaliação vai resultar em recompensas organizacionais, tais como bonificação,

aumento de salário ou promoção; e que estas recompensas vão atender as suas

metas pessoais (Robbins, 2002, p.167).

A teoria enfoca três relações:

• Relação esforço-desempenho. A probabilidade percebida pelo indivíduo de

que certa quantidade de esforço vai levar ao desempenho.

• Relação desempenho-recompensa. O grau em que o indivíduo acredita

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CAPÍTULO III

GESTORES LÍDERES

3.1 Gerenciamento X Liderança

Segundo COVEY (2003), liderança não é o mesmo que gerenciamento.

Gerenciamento é uma visão dos métodos, o melhor modo de se conseguir

determinadas coisas. Liderança lida com objetivos e metas concentrando-se em

conseguir coisas desejadas, e deve vir primeiro que o gerenciamento. Enquanto

os gerentes têm foco em sistemas, processos e tecnologia, procurando dirigir os

trabalhadores, os líderes estão orientados para as pessoas, contexto e cultura,

procurando servir os colaboradores da organização (CHIAVENATO, 2005).

KOTLER (2002) identificou que o principal motivo de, atualmente, existir

carência de líderes empresarias e o excesso de gerentes é o fato de que, a maior

ênfase nas escolas e no trabalho foi dada ao desenvolvimento de aptidões

gerenciais e não de liderança.

Nas organizações nos deparamos com gerentes que não são verdadeiros

líderes e não podemos culpá-los totalmente, pois, muitas vezes foram colocados

num papel de liderança sem o desenvolvimento desta habilidade, ou seja, sem

preparo para ocupar um cargo tão estratégico.

Durante muito tempo as pessoas eram promovidas a um cargo gerencial

por apresentarem um ótimo desempenho técnico, as competências

comportamentais eram pouco valorizadas, o que importava era o conhecimento a

respeito do trabalho e não o relacionamento interpessoal. As empresas

promoviam os seus melhores técnicos e não desenvolviam a sua habilidade de

liderar e com isto acabam perdendo ótimos profissionais e ganhando gerentes

medíocres e equipes desmotivadas.

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Hoje liderar é basicamente relacionamento. É óbvio que o líder precisa ter

competência técnica, mas, ele tem que concentrar seus esforços no

desenvolvimento de sua competência comportamental, pois seu dia a dia será

repleto de administração de conflitos, negociação, busca de sinergia, enfim,

necessidade de inter relação e comunicação constantes. Para isto, o líder terá

que conquistar as pessoas e envolvê-las para que façam de coração o que

precisa ser feito, da melhor maneira possível.

O líder legítimo possui algumas qualidades que o distinguem e fazem dele

um bom exemplo, são elas: a honestidade, a confiabilidade, o compromisso com

as pessoas, a capacidade de ouvir, o tratamento respeitoso, ele é positivo e

entusiasmado e, principalmente, gosta de gente.

O líder que ama o que faz assume a responsabilidade pessoal pelo

sucesso de sua equipe, ele sabe que impacta na vida das pessoas que o rodeiam

e quer que todos sejam vitoriosos. Além disto, ele está sempre formando novos

líderes, pois acredita que a liderança deve ser desenvolvida por todas as

pessoas, já que em várias esferas de nossa vida podemos atuar como líderes.

Para KOTLER (2002), liderança é essencialmente o processo de ajudar a

mudar alguns aspectos fundamentais para aproveitar as condições mutantes da

economia e do mercado. Como processo, a administração geralmente é

associada a coisas como planejar, elaborar orçamentos, organizar, contratar

funcionários, controlar e resolver problemas. A liderança, vista como processo,

geralmente é associada à determinação da direção na qual a organização deve

caminhar, à criação de uma visão de futuro, à capacidade de persuadir

funcionários e outras pessoas importantes a aceitar idéias novas e implementá-

las, assim como, criar estratégias, fazer com que as pessoas estejam dispostas a

seguir, motivar e inspirar as pessoas para que a visão se torne realidade, apesar

de todos os obstáculos. Também é associada à transferência de poder para as

pessoas, para que estas façam com que as coisas aconteçam. COVEY (2003),

complementa que liderança é comunicar o valor e o potencial das pessoas com

tanta clareza que elas passam a ver isso em si mesmas e segundo BENNIS

(1996), a liderança é como a beleza: difícil de definir, mas fácil de reconhecer.

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CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADORAS ENTRE GERENTES E LÍDERES.

Gerentes Líderes

Administra Inova

É uma cópia É um original

Foco: sistemas e estruturas Foco: pessoas

Apoia-se no controle Inspira confiança

Visão de curto prazo Visão de longo prazo

Pergunta como e quando Pergunta o quê e por quê

Tem os olhos sempre nos limites Tem os olhos sempre no horizonte

Limita Dá origem

Aceita o status quo Desafia

É o clássico bom soldado É a sua própria pessoa

Faz certo as coisas Faz a coisa certa

Fonte: SANTOS, 1997

3.2 A importância da liderança no gerenciamento de equipes

Na medida em que as equipes crescem em popularidade, o papel do líder

que orienta seus membros também cresce em importância. O papel do líder de

equipe é diferente do papel tradicional de liderança exercido pelos supervisores

de primeira linha. J. D. Bryant, supervisor de uma fábrica da Texas Instruments,

em Dallas, descobriu isso, de acordo com o exemplo apresentado por Robbins

(2002): Um dia, ele estava supervisionando, feliz, os 15 funcionários responsáveis

pela linha de montagem de placas de circuitos. No dia seguinte, foi informado que

a empresa estava adotando o trabalho em equipe, e ele deveria tornar-se um

"facilitador". Espera-se que eu ensine à equipe tudo o que sei e depois deixe as

pessoas tomarem suas próprias decisões, ele disse. Confuso com o novo papel,

ele admitiu que não havia um plano claro sobre o que se esperava que ele

fizesse.

Muitos líderes não estão preparados para enfrentar a mudança para

equipes. Mesmo os executivos mais competentes enfrentam problemas com a

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transição, pois todas aquelas coisas de comando-e-controle (citado no início

deste trabalho) que foram encorajados a fazer até então se tornam inapropriadas.

Não há mais sentido nessas capacitações. Existem executivos que são líderes de

equipes naturais, outros que não são e também não conseguirão ser e, os que

não são líderes de equipes mas podem aprender a ser.

O desafio enfrentado pela maioria dos executivos, portanto, é tornar-se um

líder de equipe eficaz. Eles precisam desenvolver habilidades como a paciência

para compartilhar informações, confiar nos outros, abrir mão da autoridade e

compreender o momento certo para intervir.

Os líderes eficazes dominam a dificuldade de equilibrar o conhecimento

sobre quando intervir e quando deixar a equipe sozinha. Os líderes novatos

podem tentar manter muito o controle quando a equipe precisa de mais

autonomia, ou deixar seus membros desamparados quando precisam de apoio e

ajuda.

Segundo Robbins (2002), um estudo que envolveu 20 empresas que se

reorganizaram em torno do trabalho em equipe descobriu algumas

responsabilidades comuns que todos os líderes têm de assumir. Isso inclui o

aconselhamento, a facilitação, o trato com problemas disciplinares, a revisão dos

desempenhos grupais/individuais, o treinamento e a comunicação. Muitas dessas

responsabilidades são pertinentes aos administradores em geral. Uma maneira

melhor de descrever o trabalho de um líder de equipe é focando duas prioridades:

administrar as fronteiras externas da equipe e facilitar o processo da equipe.

Essas duas propriedades podem ser divididas nos seguintes papéis:

Os líderes de equipe são elementos de ligação com os componentes

externos. Estes incluem a administração superior, outras equipes internas,

clientes e fornecedores. O líder representa a equipe diante desses grupos,

assegura os recursos necessários, esclarece as expectativas dos outros acerca

da equipe, colhe informações de fontes externas e as compartilha com os

membros da equipe.Os líderes de equipe são solucionadores de problemas.

Quando os membros enfrentam dificuldades e pedem ajuda, os líderes se reúnem

com eles em busca de soluções. Raramente se trata de questões técnicas ou

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operacionais, pois os membros da equipe costumam ter mais conhecimentos

desse tipo do que o líder. A contribuição mais provável do líder será no

aprofundamento das questões, na ajuda para fazer com que as pessoas falem

sobre os problemas, bem como na busca de recursos externos. Por exemplo,

quando uma equipe de uma indústria aeroespacial teve uma sobrecarga de

trabalho, seu líder assumiu a responsabilidade de contratar mais pessoal. Levou o

caso aos superiores e conseguiu a aprovação do departamento de recursos

humanos da empresa.Os líderes de equipe são administradores de conflitos.

Quando surgem as desavenças, eles ajudam a processar o conflito. Qual a fonte

do conflito? Quem está envolvido? Quais são as questões envolvidas? Quais

opções de solução estão disponíveis? Quais são as vantagens e as desvantagens

de cada uma? Conseguindo que os membros se direcionem para essas

perguntas, o líder minimiza os aspectos destrutivos dos conflitos internos da

equipe.Os líderes de equipe são como treinadores. Definem os papéis e as

expectativas, ensinam, apóiam, torcem e fazem o necessário para ajudar os

membros a melhorar seu desempenho no trabalho.

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CONCLUSÃO

As organizações estão inseridas em um contexto social, político,

econômico e cultural e, dessa forma, sofrem alterações ao longo do tempo em

função das mudanças que ocorrem no ambiente externo. Essas mudanças

acabam impactando também a maneira como as pessoas são tratadas no

ambiente de trabalho.

Quando falamos em pessoas, não falamos em simples sistemas como

financeiro, logístico e outros que as organizações utilizam, mas sim de sistemas

complexos chamados de talentos humanos, ocupando um lugar privilegiado nas

organizações.

O homem deve ser considerado em sua complexidade como um ser que

pensa, reflete, produz idéias novas, sendo capaz também de provocar mudanças,

as quais podem ser para melhor ou pior. Tudo dependerá do seu estado de

motivação, bem como da forma como ele é tratado dentro da empresa.

As relações de poder são uma constante na vida de qualquer pessoa e

devem ser encaradas como parte integrante das relações humanas, variando em

intensidade, de acordo com cada situação específica.

Diariamente somos envolvidos ou influenciados, e até mesmo incentivados

nessas relações de poder, tanto no trabalho quanto em casa. É importante que

todos tenham consciência que a ação e reação causada por esse processo faz

parte da sociedade, sendo através dela que descobrimos, almejamos ou

realizamos atividades, e é assim que as transformações muitas vezes acontecem.

Uma verdadeira revolução se processa no interior das organizações que

estão se modernizando, com a criação e a experimentação de novos modelos de

gestão empresarial.

Dogmas considerados inabaláveis, tais como hierarquia rígida, comando

centralizado, distribuição controlada do poder e da autoridade, divisão do trabalho

por especialização, individualismo e competitividade interna, estão fragilizados e

incapazes de responder às necessidades de integração, de visão adequada dos

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processos de trabalho, de relações internas mais abertas, de veiculação de

informações em todos os níveis e direções.

A má distribuição e utilização do poder dentro das organizações pode gerar

desequilíbrios e descaracterizar o líder, causando sentimentos inibidores como

medo, ansiedade, submissão, revolta, resistência à mudança, etc.

A convivência com maus líderes torna os liderados desmotivados e

potencialmente perigosos para o desempenho da organização, capazes de reagir

de maneira incontrolável, configurando muitas vezes um cenário quase impossível

de se reverter. Uma vez quebrada a capacidade das pessoas estarem motivadas,

o ciclo de ação e reação pode sofrer conseqüências desastrosas e danosas para

a organização, visto que a motivação não é algo que possa ser simplesmente

imposta, mas decorre de todo um ambiente e condições propícias para gerar esse

sentimento.

Para consecução de seus projetos, o empreendedor abre mão da

centralização e poder e flexibiliza o seu estilo de liderança, pois é exigido que

seus colaboradores sejam capazes de executar várias tarefas, isto é, que sejam

polivalentes para que se alcance um objetivo comum.

Quando temos uma organização com objetivos comuns definidos e

compartilhados, passa a ser de responsabilidade mútua (líderes e liderados) a

manutenção de comportamentos, valores e ideologias adotadas para que a

liderança seja reflexo da qualidade das relações interpessoais, procurando desta

forma evitar a poluição dos modos de exercer o poder.

Ninguém mais se manterá líder pela doutrina de comandar, mas pela capacidade

de envolver e saber usar seus envolvidos, procurando o comprometimento pela

consciência do próprio grupo em se sentir importante pelo meio escolhido.

A motivação está estreitamente relacionada às necessidades humanas.

Portanto, cabe ao administrador estar consciente da função de motivar os

subordinados para que a empresa possa atingir de maneira mais eficaz os seus

objetivos.

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É fundamental para o profissional se sentir importante para a empresa. O

prazer de exercer sua função vem com um elogio, uma promoção, uma

homenagem, coisas que fazem o ser humano se sentir bem consigo mesmo e

com seu trabalho. E essas são atribuições de um líder e para isso é

imprescindível que este entenda o comportamento dos integrantes de sua equipe,

tornando-se, desta forma, mais fácil a tarefa de influenciá-los objetivando o

alcance das metas organizacionais.

O grande desafio dos atuais administradores é gerenciar toda essa

diversidade de idéias, criatividade e pessoas, que são únicas, com diferentes

percepções dentro de uma organização que tem como principal objetivo o

cumprimento de sua missão, seja ela social, de lucratividade ou mesmo

filantrópica.

Os impasses sofridos pelas organizações com relação à complexidade do

problema da liderança são os mesmos nos mais variados ramos da atividade,

estando estritamente vinculados ao processo da motivação humana para o

trabalho, área do conhecimento na qual praticamente começamos apenas a

ensaiar os primeiros e trôpegos passos.

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