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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
CURSO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Marcelly dos Santos Neves
Matrícula: k221826
O discurso religioso e sua influência na mídia
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO A
UTORAL
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
CURSO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
O discurso religioso e sua influência na mídia
Monografia apresentada à
Universidade Cândido Mendes como
requisito parcial para obtenção do
título de pós-graduação em
Comunicação Empresarial.
Orientador: Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2015
Marcelly dos Santos Neves
O discurso religioso e sua influência na mídia
Orientador: Prof. Jorge Vieira
COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________
_________________________________
_________________________________
Dedicatória
À minha família, em especial, a minha mãe
Neusa Regina dos Santos Neves pelo eterno
incentivo e meus irmãos, Marcio Neves,
Marcos Neves e Mauricio Neves (in memory).
Agradecimentos
Agradeço, primeiramente, a Deus, autor e consumador da
minha fé, por ter me dado condições e capacidade de
concluir mais uma etapa da minha vida. Agradeço aos
professores que estiveram comigo durante esta longa
jornada. Agradeço também aos amigos que me apoiaram e
me deram força para que este sonho fosse realizado, e por
fim, agradeço minha família, que sempre acreditou em mim
e na minha vitória.
Resumo
O presente trabalho tem como principal objetivo mostrar como os
discursos religiosos do líder evangélico, pastor Silas Malafaia, possuem forte
influência na mídia e, assim, abordar suas repercussões na imprensa, seja ela
popular ou não. O intuito é apresentar os referenciais teológicos e sociais
utilizados por Malafaia nos diferentes meios de comunicação, sua relevância
para a sociedade que o acompanha e, ainda, suas atuações na mídia, que
sempre dá destaque ao pastor quando o assunto em voga é aborto,
homossexualidade, política, liberdade religiosa e de expressão.
Palavras-chave: Discurso religioso, líder evangélico, Silas Malafaia, mídia,
imprensa, aborto, homossexualidade, política, liberdade religiosa, liberdade de
expressão.
Sumário
INTRODUÇÃO ....................................................................................................8
1 - RELAÇÃO ENTRE A MÍDIA E A RELIGIÃO................................................10
1.1 Resumo sobre a histórica relação entre a mídia e os evangélicos.............10
1.2 A nova configuração da religião na mídia....................................................14
2 - RELAÇÃO ENTRE OS DISCURSOS MIDIÁTICOS E RELIGIOSOS DE
MALAFAIA .................................................................................................................16
2.1 Das pregações nas ruas à sua consolidação na mídia – registro do líder
religioso na história............................................................................................17
2.2 A Editora Central Gospel.............................................................................18
3 - O DISCURSO DO LÍDER RELIGIOSO E A MÍDIA......................................20
3.1 Malafaia, a Política e a liberdade religiosa e de expressão........................21
3.2 Revista Veja e Revista Forbes.....................................................................23
3.3 Programa De frente com Gabi (SBT)......................................................... 26
3.4 Números contabilizados da repercussão da entrevista à Marília
Gabriela)..............................................................................................................30
CONCLUSÃO....................................................................................................31
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................32
SITES.................................................................................................................33
ANEXOS............................................................................................................36
Introdução
O presente trabalho é resultado de algumas pesquisas feitas acerca do
campo da mídia e religião, mais concretamente sobre as atuações do pastor
Silas Malafaia, considerado um dos líderes de maior expressividade do meio
evangélico contemporâneo, por estar sempre ativo nos assuntos mais
polêmicos da atualidade, no que tange às questões do aborto,
homossexualidade, política e liberdade religiosa e de expressão.
O objetivo central deste trabalho é mostrar a influência dos discursos
religiosos realizados pelo líder evangélico na mídia e as repercussões que
estas preleções causam na imprensa, seja ela popular ou cristã. Saliento que
em nenhum momento empregarei análises teológicas sobre seus discursos ou
contextos próprios favoráveis ou desfavoráveis a respeito do objeto de estudo.
O intuito é somente apresentar os referenciais discutidos pelo pastor nos
diferentes meios de comunicação e a relevância destes argumentos na mídia.
Está organizado em três capítulos. No primeiro capítulo, serão
abordados um curto resumo sobre a história da religião evangélica brasileira,
suas primeiras relações com a mídia e, posteriormente, sua nova configuração,
mais atual, utilizando-se basicamente de referenciais teóricos. No capítulo
segundo, optei por abordar a relação do líder religioso, Silas Malafaia, com a
mídia, onde será relatada a trajetória do líder religioso, desde suas primeiras
pregações nas ruas até chegar ao ápice, que foi sua consolidação na mídia,
onde serão delineadas suas principais ações e atuações ao longo de sua
carreira como pastor evangélico. No terceiro capítulo, de forma sucinta e
objetiva, farei uma apresentação dos temas mais discutidos pelo líder
evangélico, que são a política, a liberdade religiosa e de expressão, temas
estes bastante polemizados pela mídia em geral.
Para isso, foram escolhidos dois meios de comunicação diferentes:
mídia impressa (revistas Veja e Forbes), e a mídia eletrônica (programa de TV
De frente com Gabi), em que o pastor teve maior participação ativa e influência
nas principais redes sociais (Twitter e Facebook). A metodologia aplicada foi a
pesquisa bibliográfica, enriquecida com uma vasta investigação de informações
sobre o pastor através de documentos oficiais e também de dados encontrados
na internet, cujas fontes foram os próprios sites de busca e os números obtidos
a partir das redes sociais do líder evangélico.
Capítulo 1
Relação entre a mídia e a religião
De modo geral, nos estudos a respeito da inserção dos evangélicos na
mídia, o destaque sempre recai na possível influência dos veículos de
comunicação usados por este grupo segmentado. Os evangélicos que
possuem essa ferramenta comunicacional conseguem exercer seu poder
persuasivo tanto em seus discursos religiosos, como também assumem seus
posicionamentos político, social e econômico diante da mídia. Percebe-se
também que há um crescimento significativo no interesse dos evangélicos pela
televisão, por ser o meio de comunicação de maior influência, por poder utilizar
diversos recursos, como imagens e palavras fortes e impactantes, que chamam
a atenção do público.
1.1 – Resumo sobre a histórica relação entre a mídia e os
evangélicos
Os protestantes, sobretudo os evangélicos do Brasil, têm como uma de
suas principais marcas a comunicação escrita e falada por meio da Bíblia, um
livro histórico no qual todos os cristãos regem sua fé. A centralidade desse tipo
de ferramenta utilizada sempre foi fundamental para todo e qualquer tipo de
atitude e decisões que devessem tomar, adotando como referência um texto
bíblico para se apoiar. “Este tipo de culto, de certo modo, ainda é marcado por
um fundamentalismo que possui características originárias da América do
Norte”. (L. K. A. SANTANA, Tensão atrás das "muralhas"…, pp. 65-72)
Até o final do século XIX, todas as denominações protestantes
tradicionais ou históricas já estavam estabelecidas no Brasil. Em 1820, os
anglicanos, que vieram da Inglaterra, começaram a realizar cultos em igrejas
construídas na cidade do Rio de Janeiro, e mais tarde, em outras cidades,
como São Paulo. Outro grupo de protestantes que chegou ao Brasil logo após
a Guerra Civil foi o dos norte-americanos, que se instalou, principalmente, em
Santa Bárbara – SP. Estes foram cruciais para a implantação do evangelho no
país:
“Fundaram a cidade de Americana e construíram sua igreja comum. Embora eles mesmos não objetivassem a propagação de sua fé religiosa, de modo indireto contribuíram para isso, principalmente porque provocaram a vinda de pastores para atendê-los que acabaram alguns, por exercer atividade missionária entre brasileiros. Entre eles, presbiterianos do Sul dos Estados Unidos que se estabeleceram em Campinas – SP, metodistas que ampliaram suas atividades para além dos limites do “território confederado” e batistas que acabaram fundando sua primeira igreja em Salvador – BA, recebendo como primeiro membro um ex-padre brasileiro.” (O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas, p. 52-53, set./nov. 2005)
Para Mendonça (2005), o fato de os imigrantes alemães terem chegado
ao Brasil ainda em 1824 e os anglicanos ingleses, pouco tempo antes, não
impediu de maneira nenhuma que os norte-americanos contribuíssem para a
consolidação do protestantismo no Brasil, mesmo que estes não tenham
fundado uma igreja própria, como ocorreu com os alemães e ingleses.
“O protestantismo, valendo-se das dificuldades que enfrentava a Igreja Católica por causa de fatores como o regalismo e o galicanismo, que buscavam o afastamento cada vez maior da centralidade vaticana, assim como de conflitos com a maçonaria, teve, em números absolutos, crescimento significativo. Os presbiterianos foram os que avançaram mais até os vinte anos subsequentes à Proclamação da República, quando começaram a perder para os batistas. Ganharam espaço também na atividade educacional em que investiram bastante, o que causou dificuldades no interior das próprias igrejas.” (O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas, p. 54-55, set./nov. 2005)
Nesta época, para muitos protestantes, a conversão ao evangelho era
sua única prioridade. O crescimento das igrejas era o seu objetivo principal; já
para outros, entretanto, o foco era voltado para a educação cristã, que,
segundo a mentalidade missionária norte-americana, seria o modelo ideal para
manter as pessoas civilizadas. Na verdade, este primeiro período caracterizou-
se como o início de um evangelho bem entusiasta e em desenvolvimento,
porém cheios de divergências e com crises internas, geradas, principalmente,
por pensamentos diferentes e prioridades divergentes. (Mendonça, 2005)
No entanto, há pelo menos duas décadas, os evangélicos vêm
despertando interesse de vários segmentos da sociedade, principalmente da
mídia, por estarem assumindo posições diferentes e investindo maciçamente
no campo religioso. Por exemplo: A atuação da bancada evangélica nas
questões políticas e sociais e seu consequente crescimento nos mais diversos
partidos políticos do país; o aumento do número de evangélicos comparado ao
declínio dos católicos, apontado no censo do IBGE 2010, tudo isso tem feito
com que a massa protestante entre em evidência.
Segundo Simone R. Bohn, o campo religioso evangélico está submetido
a dois tipos de movimentos que atuam em direções contrárias. Um é
caracteristicamente centrífugo, e o outro centrípeto.
“Ambos têm impactos sobre as possibilidades de tradução da filiação religiosa em lealdade política. Por um lado, a ênfase evangélica na fidelidade ao local de culto evidentemente constitui-se num incentivo a um movimento de quase cissiparidade que afeta todas as denominações. Essa ênfase no local de culto evidentemente inibe a formação de órgão(s) hierárquico(s) central(is) – de equivalentes ao papado católico em Roma – que possa(m) induzir (ou agregar) e veicular preferências políticas homogêneas. Além disso, a intensa competitividade entre as diversas denominações também dificulta a constituição de pautas de ação política comuns.” (Opin. Pública vol.10 no.2)
A partir disso, entende-se que o campo da religião evangélica brasileira
é bastante prolixo com variadas nuances e ideologias, ou seja,
“Os anos de 1990 demonstraram que a ideologia neoliberal tem influenciado o jeito de ser das igrejas evangélicas, à medida que os ideais de eficiência e resultados quantitativos e da prosperidade (aquisição de bens) como bênção divina, passaram a ser trabalhados por suas lideranças e
disseminados pela mídia evangélica” (Artigo O discurso do mundo gospel, p. 18, 2002.)
Para ser mais específica, a igreja evangélica possui vastas ramificações.
Igrejas são constituídas, se dividem se unem a outras, assumindo então, outro
tipo de protestantismo. Isso faz com que essa pluralidade religiosa cause um
conflito quando a mídia se refere aos evangélicos como se estes fossem um
só, com as mesmas ideias e com conceitos muito bem delimitados e
articulados.
Por outro lado, por mais paradoxal que possa parecer diante de todas
essas ramificações evangélicas, mencionadas acima, as diferentes
denominações existentes se homogeneízam quando se trata de dedicação
exclusiva ao culto. Essa questão tem efeitos importantes, como veremos a
seguir:
“Se, por um lado, há um mercado religioso competitivo, por outro, as autoridades das igrejas evangélicas são significativamente mais presentes na vida de seus membros. Ou seja, as lideranças evangélicas, em virtude da maior assiduidade dos fiéis, têm mais espaço para influenciá-los politicamente – se assim o desejarem”. (Opin. Pública vol.10 no.2)
Alguns estudos de Santana (2005) mostram o princípio da relação entre
a mídia e os evangélicos. Na década de 1940, o Brasil recebeu os primeiros
programas evangelísticos na rádio e as denominações pioneiras foram a Igreja
Adventista, que alcançou nível nacional, e algumas pentecostais, como a
Assembleia de Deus, o Evangelho Quadrangular, O Brasil para Cristo e Deus é
Amor. No início, os modelos de programação adotados eram nos padrões
norte-americanos, mais tarde, eles passaram a ser idealizados pelos próprios
brasileiros. O Missionário canadense Robert McAlister começou a fazer um
programa de rádio, chamado A voz da Nova Vida, que mais tarde, daria origem
à igreja evangélica de Nova Vida, no ano de 1960. Curiosamente, nesta
mesma década, as televisões começaram a passar os primeiros programas
evangélicos. Eles eram de curta duração, e os adventistas tiveram as primeiras
programações em São Paulo e depois no Rio de Janeiro. Já na metade dos
anos de 1960, o missionário McAlister resolveu iniciar seus trabalhos
evangelísticos na TV Tupi/Rio, sendo ele o primeiro pentecostal a ingressar na
tela dos brasileiros. Nesta época, existiam muitos programas de televangelistas
norte-americanos. Independente da igreja na qual pertenciam, suas
programações eram apoiadas no dom carismático de seus líderes, que falavam
de maneira incisiva sobre suas convicções teológicas e ideológicas.
Apesar disso, tais programas não fizeram com que alavancassem sua
audiência aqui no Brasil, como acontecia nos Estados Unidos, ou seja, o poder
de mobilização e persuasão que eles exerciam entre os americanos, não
funcionou entre os brasileiros, pois eram de outra cultura, tinham outra
perspectiva de vida, bem diferente do modo de vida no Brasil. Então, esses
programas só duraram até a década de 1980, quando a produção nacional de
televisão começou a crescer e pôde se desvincular da produção estrangeira.
1.2 – A nova configuração da religião evangélica na mídia
As igrejas, no geral, jamais rejeitaram os meios eletrônicos de
comunicação social, especialmente o rádio e a TV. Analisando o processo do
diálogo da igreja como um movimento de convencimento do outro, as
denominações evangélicas em foco, desde a época em que se emergiu nesses
meios, tinham como base o método da persuasão de suas doutrinas teológicas
para que as pessoas aderissem a um determinado segmento cristão, o que
viria gerar posteriormente o crescimento do Cristianismo.
Segundo Freston, os evangélicos têm como princípio religioso a
divulgação de sua fé e isto precisa acontecer em qualquer meio de
comunicação. Isso gera uma consequência, que desde sempre existiu entre os
evangélicos, “o desejo missionário do proselitismo, que possui como principal
característica a simplificação da mensagem para que haja a conversão de
muitos”. (P. FRESTON, op. cit. pp.135-136.)
“A partir dos anos de 1990, as igrejas evangélicas iniciaram um processo de buscar responder às aspirações religiosas do
ser urbano, ofertando bens simbólicos alinhados com essa realidade, em especial procurando adaptar sua forma de comunicação com os fiéis àquela relativa ao tempo presente [forma de cultuar, principalmente], buscando apelo mais popular.” (Artigo O discurso do mundo gospel, p. 18, 2002.)
Os evangélicos, então começaram a desempenhar um papel central na
mídia, como mediadores no processo de identificação com a sociedade
consumista. “Os evangélicos passaram a ocupar mais espaço no rádio e na TV
[adquirindo até mesmo redes de TV] e os programas passaram por uma
transformação, ancorados pelo mercado fonográfico”. (Artigo O discurso do
mundo gospel, p. 18, 2002.)
E essa é a parte onde Silas Malafaia, o objeto de estudo deste trabalho,
tem sua maior influência, na mídia evangélica. Uma das consequências de
desempenhar esse papel de influenciador diante da mídia, dentro do contexto
das igrejas é a assimilação por parte das diferentes tradições evangélicas, da
estética e dos discursos veiculados pelos programas de TV.
“A mídia tem desempenhado o papel de mediadora neste processo de construção da identidade evangélica, alimentando-se das manifestações culturais e aspirações das comunidades religiosas e, ao mesmo tempo, estimulando alterações no jeito de ser das próprias comunidades. Este papel é identificado pelos comunicadores e pelos fiéis como um serviço a Deus a fim de justificar o processo de enculturação”. (Artigo O discurso do mundo gospel, p. 20-21, 2002.)
No capítulo a seguir, veremos como o discurso do pastor Silas Malafaia
na mídia tem forte influência religiosa nos meios de comunicação de massa,
em geral.
Capítulo 2
Relação entre os discursos midiáticos e religiosos de Malafaia
Direto, questionador e nada legalista, este é o estilo que mais marca a
trajetória de Silas Malafaia, considerado um dos líderes religiosos mais
influentes e polêmicos da atualidade. Aos 56 anos de idade, Malafaia acumula
inúmeras atribuições: é pastor e presidente da Assembleia de Deus Vitória em
Cristo (ADVEC), presidente do Conselho de Ministros do Estado do Rio de
Janeiro (COMERJ), Conferencista Internacional, presidente da Editora e
Gravadora Central Gospel, autor de diversos livros evangelísticos, defensor da
fé cristã, inclusive no âmbito político, e apresentador do programa Vitória em
Cristo, televisionado, ininterruptamente, há mais de 30 anos.
Sua atuação midiática é tão expressiva que repercute até mesmo em
meios de comunicação não evangélicos. Por sua rígida posição a respeito de
suas convicções religiosas perante a sociedade, ele é presença constante em
jornais e revistas de grande circulação, sites e programas de TV seculares.
Além disso, o pastor Silas Malafaia já recebeu inúmeras homenagens
significativas, entre elas, a Medalha de Mérito Legislativo, maior honraria
concedida pela Câmara dos deputados, e ainda ficou entre os 100 Brasileiros
de Todos os Tempos, através de uma votação aberta realizada pelo SBT.
Desde sua juventude, Malafaia sempre almejou tornar-se um líder
influente e que seu ministério como pastor tivesse uma abrangência nacional
(Revista Fiel, Ed.84, 2012, p.14). Pioneiro das Assembleias de Deus na
televisão e pastor com mais tempo de atuação na mídia, o líder religioso
utilizou dos recursos midiáticos para levantar fundos por meio das
contribuições financeiras dos chamados “Parceiros Ministeriais”, que ajudam a
bancar o programa de TV Vitória em Cristo, que atualmente tem alcance em
todo o território nacional, inclusive é transmitido internacionalmente, dublado
em inglês, para mais de 200 países. É neste projeto que Malafaia investe hoje
a maior parte das doações.
Além dos trabalhos realizados na mídia, o pastor promove eventos
evangelísticos com megaestruturas por todo o país e, em todos eles, sempre
atraiu multidões de fiéis. Malafaia também é fundador de uma organização
filantrópica, a Associação Vitória em Cristo (AVEC), que apóia materialmente
instituições carentes, entre elas, Centros de Recuperação para Dependentes
Químicos (O Semeador, Comunidade S8 e Lutando pela Vida), hospitais,
ONGs (Casa de Maria e Marta, Lar Amor Maior, Cora, Bom Viver e AMGI) e
presídios, todas custeadas pelos parceiros da AVEC, que a cada mês doam
uma quantia em dinheiro, correspondendo aos apelos do pastor em seu
programa de TV.
2.1 – Das pregações nas ruas à sua consolidação na mídia – registro do
líder religioso na história
Em maio de 2012, Silas Malafaia completou 30 anos de atuação na
mídia. Desde sua adolescência, Silas almejava ter visibilidade na mídia. Aos 16
anos, ele vislumbrava o poder dos veículos de comunicação como facilitador
para propagar suas convicções religiosas. Desde então, o pastor demonstrava
seu diferencial no modo ousado, direto e polêmico de falar para o seu público.
(Revista Fiel, Ed.84, 2012, p.4-5)
Toda sua trajetória na mídia iniciou-se quando ele criou um coral de
jovens, com o nome de Renascer, e gravou LPs (como eram chamados os
antigos discos de vinil) para divulgar na programação de uma rádio na época
de sua juventude. Essa experiência foi o começo do seu maior desafio, que
seria criar um programa de TV. Este foi, então, o passo definitivo para sua
consolidação na mídia. (Revista Fiel, Ed.84, 2012, p.5)
Em 1982, quando começou seus trabalhos como pastor, Malafaia
descobriu uma emissora de TV com programação local, e conseguiu um
espaço de 15 minutos para apresentar um programa também chamado
Renascer. Seu primeiro patrocinador foi uma empresa de turismo. Mesmo com
patrocínio, os custos para manter um programa no ar eram muito caros, e por
conta disso o pastor começou a compartilhar suas dificuldades financeiras com
os telespectadores. Foi assim que as colaborações dos fiéis se iniciaram.
Entretanto, no decorrer dos anos outros contratempos surgiram. Os patrocínios
na televisão eram inconstantes e o valor pelo espaço começou a aumentar.
Conforme os anos passavam, o programa que, antes era chamado de
Renascer, passou a chamar-se Vitória em Cristo, e alcançou todo território
nacional, tendo a partir de então uma hora de duração. Mas, no início de 2003,
o programa começou a ser transmitido, internacionalmente, para parte da
Europa. Mais tarde, ampliou sua abrangência também para os Estados Unidos
e Ásia, na versão em português e legendado em inglês. Em 2005, já eram mais
de 45 milhões de domicílios recebendo a transmissão do programa. Mas foi só
em julho de 2010 que o Vitória em Cristo passou a ter outra realidade. Quando
o pastor Silas Malafaia ganhou uma versão dublada em inglês de seus
programas, a rede de televisão Inspiration passou a transmitir suas mensagens
para 127 países. Seis meses depois, foi feita uma nova parceria com a
emissora Daystar, então o Vitória em Cristo começou a ser exibido para mais
de 200 nações. (Revista Fiel, Ed.84, 2012, p.7)
Silas Malafaia, desde cedo, era muito procurado pelas igrejas para levar
uma mensagem de fé. Os fiéis sempre iam onde o pastor estava. E a ideia de
fundar uma editora para divulgar seus trabalhos religiosos, seja em forma de
vídeos ou de livros, partiu justamente de suas pregações ao ar livre e das
igrejas por onde passava. Malafaia, então, criou a Editora Central Gospel para
que ela viesse ajudar a levantar recursos para continuar mantendo o programa
Vitória em Cristo por meio das vendas de suas publicações.
2.2 – A Editora Central Gospel
A Central Gospel teve seu início em um pequeno quarto, na casa de sua
cunhada, Elba Alencar, que atualmente é Diretora Executiva da empresa. A
ideia deu certo e os negócios começaram a crescer. Já no ano 2000, nasceu a
Associação Vitória em Cristo, uma instituição sem fins lucrativos que, além de
ajudar a patrocinar o programa de TV e promover cruzadas evangelísticas,
trabalha em prol das causas sociais, patrocinando projetos em casas de
recuperação, penitenciárias, hospitais e comunidades carentes. (Revista Fiel,
Ed.84, 2012, p.6-7)
Em 2005 a editora cresceu tanto que estendeu sua área de atuação ao
mercado fonográfico e criou um novo selo, a marca Central Gospel Music.
Assim foi fundada uma gravadora do ramo evangélico, que atualmente conta
com 13 cantores no seu cast, que também dão suporte aos projetos realizados
pela Associação Vitória em Cristo.
Da sala pequena onde a editora deu seus primeiros passos até chegar à
atual infraestrutura foi um caminho longo. À medida que as vendas dos livros e
a fama de Malafaia cresciam, menor ficava o espaço em que estavam
instalados. Então, o escritório foi transferido para o bairro da Penha, no Rio de
Janeiro. Em pouco tempo ocuparam três andares de um prédio.
A empresa começou a expandir suas vendas e o prédio não comportava
mais as demandas atuais, sendo necessária uma área bem maior. Por causa
disso, Malafaia iniciou uma grande campanha em seu programa de TV a fim de
levantar recursos para adquirir uma propriedade maior, porém não alcançou o
valor total de que precisava. Então, o líder religioso decidiu recorrer aos
bancos. Foi através de um financiamento pelo Banco HSBC, que o pastor
conseguiu comprar o terreno (Revista Fiel, Ed. 84, 2012, p.8). As ofertas
arrecadadas pelos fiéis foram utilizadas para pagar programas de TV.
Inauguradas em fevereiro de 2010, a Central Gospel e a AVEC, hoje
ocupam uma área de 40 mil m², em Jacarepaguá (RJ). As modernas
instalações dão suporte aos projetos de Malafaia, no Brasil e no exterior.
Capítulo 3
O discurso do líder religioso e a mídia
Não só o crescimento da população evangélica se consolidou nos
últimos anos no Brasil, passando de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010,
segundo o Censo 2010 (IBGE), como também a influência de líderes cristãos
sobre temas relevantes que estão em voga na sociedade. Essa expressividade
pôde ser percebida no evento, chamado por Silas Malafaia de “manifestação
pacífica”, que foi realizado no dia 5 de junho de 2013, em Brasília. Organizado
pelo líder evangélico, mais de 70 mil pessoas lotaram a Explanada dos
Ministérios, de acordo com dados da Polícia Militar, divulgados pelo site
Verdade Gospel. Um episódio que reuniu centenas de lideranças evangélicas e
também adeptos da prática cristã. Foi considerado pela imprensa um feito
histórico no país.
Em frente ao Congresso Nacional, protestantes, liderados por Malafaia,
manifestaram-se contra o aborto, o casamento gay e o cerceamento da
liberdade de expressão e religiosa. Esta foi a segunda maior manifestação já
realizada na Capital Federal, perdendo apenas para as Diretas Já, que
aconteceu em dia de ponto facultativo. A expressividade do evento foi tamanha
que repercutiu nas redes sociais, na imprensa de todo o Brasil e até mesmo em
jornais de grande circulação de outros países.
Sempre questionador e direto nas diversas questões que envolvem o
cristianismo, e conhecido por sua rigidez ao confrontar posturas legalistas ou
heréticas que contrariam a versão da Bíblia, Malafaia publicou um livro
chamado “Pastor Silas Responde”, onde ele expõe em várias abordagens, um
misto de temas, alguns bastante polêmicos, utilizados em seus discursos
midiáticos, inclusive no protesto em Brasília.
3.1 – Malafaia, a Política e a liberdade religiosa e de expressão
Incansável na defesa da livre manifestação do pensamento, Malafaia
sempre reitera seu discurso afirmando que a Constituição Federal garante a
liberdade de opinião, principalmente nos assuntos que envolvem a comunidade
homossexual e as questões do aborto já citadas em 3.1 e 3.2. “O Brasil é um
Estado Democrático de Direito e ninguém vai calar a nossa voz, vai ter que
rasgar a Constituição do Brasil.” (Revista Fiel, ed. 98, 07/2013)
Malafaia, além de destacar-se na mídia por seus conceitos teológicos,
também destaca-se por sua grande influência na política.
“Sempre fiz questão de acompanhar projetos que estão diretamente ligados à família, à liberdade de religião e de expressão e à saúde pública. Por diversas vezes, participei de audiências públicas no Congresso Nacional. Em uma delas, somei forças para ajudar a derrotar projetos que sancionavam o aborto e presenciei a discussão sobre o estatuto da família, que realizou amplo debate a respeito de um projeto de lei que favorece os homossexuais, o PL122.” (MALAFAIA, 2011)
Um dos eventos de cunho político já mobilizado pelo líder religioso foi
uma manifestação pacífica que ocorreu no dia 5 de junho de 2013, em frente
ao Congresso Nacional, em Brasília. Malafaia reuniu mais de 70 mil pessoas,
entre elas lideranças religiosas e mais de 100 parlamentares – entre
senadores, deputados federais e estaduais, e vereadores – para protestarem
acerca de diversos projetos em tramitação na Câmara dos Deputados e no
Senado Federal, que segundo ele, ferem os princípios cristãos. A manifestação
repercutiu em todo o Brasil, nas redes sociais e também foi destaque em
jornais da Venezuela, Chile e Espanha. “Faço isso porque gosto de estar
atento à realidade política, acompanhar os noticiários, informar-me sobre os
assuntos, analisar os fatos e participar das questões que influenciam a nossa
sociedade e ferem os princípios cristãos e da família.” (MALAFAIA, 2011)
Durante a manifestação em Brasília, o pastor protestou contra o projeto
de Lei 122 que criminaliza quem critica a conduta homossexual: “Minoria não
pode calar maioria. O direito de um grupo social não pode cercear o dos outros.
Eu não quero privilégio para evangélicos, mas também não aceito privilégio
para gay”. (Revista Fiel, ed. 98, 07/2013)
Outra crítica de Malafaia foi ao Supremo Tribunal Federal pela
aprovação do casamento gay e também ao Conselho Nacional de Justiça que
obrigou os cartórios de todo o país a realizarem a união estável entre
homossexuais. “Em qualquer Estado Democrático, uma mudança de
paradigma tem que ser feita no Congresso ou através de plebiscito. Isso é uma
vergonha, uma afronta à sociedade.” (Revista Fiel, ed. 98, 07/2013)
Em relação à liberdade de expressão, o líder religioso ressaltou: “Nós,
que somos chamados de fundamentalistas, queremos uma imprensa livre até
para falar mal de nós. Os esquerdopatas [...] querem um marco regulatório
para controlar a imprensa e controlar o estado e a sociedade.” (Revista Fiel, ed.
98, 07/2013)
Essa foi a segunda manifestação pacífica coordenada pelo pastor Silas
Malafaia. A primeira aconteceu em junho de 2011, com mais de 50 mil pessoas
reunidas. Na ocasião, o líder religioso entregou ao então presidente do
Senado, José Sarney, um abaixo-assinado com mais de um milhão de
assinaturas contra a PL122.
Para Malafaia, participar da política não é uma atitude que cabe somente
aos ministros, políticos, professores, filósofos, mídia e artistas, mas a todos os
cidadãos, incluindo os evangélicos. “[...] é também de suma importância termos
pessoas que professam a nossa fé em cargo políticos, para expor nossa
necessidade, defender nossa posição a respeito dos assuntos em pauta e
defender leis que estejam em harmonia com a Lei de Deus.” (MALAFAIA,
2011)
Concluindo suas argumentações a respeito da política, o pastor defende
sua postura quanto religioso e aos seus direitos como cidadão: “Faz parte do
nosso dever como cidadão ter uma firme e embasada opinião sobre os
projetos, as leis e as decisões que regem nosso país. Estamos debaixo da lei
máxima que guia nossa vida, a Palavra de Deus. Porém, enquanto estivermos
na terra, deveremos respeitar a Constituição que rege o Brasil.” (MALAFAIA,
2011)
3.2 – Revista Veja e Revista Forbes
A revista Veja é o impresso de maior circulação no Brasil. Ela chega a
fazer uma tiragem superior a um milhão de exemplares por semana, segundo
dados divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), em 2009,
publicados em um artigo da Associação Nacional de Editores de Revistas
(ANER), que fez um levantamento sobre o Mercado Brasileiro de Revistas.
Em três páginas de entrevista, concedidas ao jornalista Pedro Dias Leite,
o pastor Silas Malafaia falou sobre o crescimento da igreja evangélica no
Brasil, política, homofobia, finanças, liberação das drogas e vida pessoal. A
reportagem foi publicada no dia 6 de junho de 2012, nas páginas amarelas da
versão impressa da Veja. (Anexo 1)
A entrevista foi realizada na sede da Assembleia de Deus Vitória em
Cristo, no bairro da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, e durou cerca de
duas horas (com informações da assessoria do pastor). Com seu jeito franco e
peculiar de expressar suas ideias, o pastor deu sua opinião para vários
assuntos polêmicos. Alguns deles a revista destacou no subtítulo: “O pastor diz
que Deus não acerta as contas de quem gasta mais do que ganha e condena
as leis contra a homofobia, que considera iniciativa de ativistas gays de olho
nos cofres públicos.” (Veja – 6 de junho/ 2012)
A publicação repercutiu em diversas mídias populares e também cristãs.
Alguns trechos das falas do pastor foram reproduzidos até no blog do
conceituado jornalista Reinaldo Azevedo, dias antes de a matéria entrar em
circulação nas bancas. Abaixo, segue o título que ele trouxe em sua
publicação, na versão on line da Veja: “NA VEJA 1 — Silas Malafaia: “O Brasil não
é homofóbico; homofobia é uma doença”.” (2 de junho/ 2012)
Só em sua publicação on line, a repercussão da notícia rendeu 360
comentários, entre favoráveis e desfavoráveis, 1,8 mil curtidas no Facebook e
194 compartilhamentos no Twitter, até a data de outubro de 2013. Pastor Silas
Malafaia comentou sua participação na revista, ao ser publicada por sua
assessoria, na época:
“Tudo isso é resultado do que Deus tem feito através da Sua Igreja. Como não é possível colocar milhões de crentes na revista, escolheram um. Tem mais a ver com o crescimento dos evangélicos, do que com a minha pessoa. Em tudo isso,
só posso afirmar: a Deus seja a glória”. (Revista Fiel – ed. 86, Julho/2012)
Outro caso, envolvendo o nome do pastor Silas Malafaia na mídia foi a
publicação de uma matéria na sucursal da Forbes, no Brasil, revista norte-
americana voltada para o segmento de negócios e economia. A notícia,
divulgada em janeiro de 2013, listava os líderes evangélicos com maior
patrimônio no Brasil e atribuiu ao Malafaia uma fortuna de R$ 300 milhões (US
$150 milhões), colocando-o em terceiro lugar nesse ranking. Abaixo, leia-se
trecho da matéria traduzida para o português:
“Em 2011, Malafaia - que vale cerca de 150 milhões de dólares de acordo com várias publicações de negócio brasileiras - lançou uma campanha chamada "O Clube de Um Milhão de Almas", que pretende levantar US $ 500 milhões (R $ 1 bilhão) para a sua igreja, a fim de criar uma rede de televisão global, que seria transmitida em 137 países.” (Publicação Original: The Richest Pastors In Brazil – Forbes – 17/01/13)
Segundo o autor da reportagem, Anderson Antunes, os dados para
chegarem a essa estimativa foram fornecidos pelo Ministério Público e pela
Polícia Federal, além de jornais e revistas brasileiras.
“As estimativas para valores líquidos foram baseados em números pelo Ministério Público do Brasil, da União e da Polícia Federal (para aqueles que têm sido investigados por esses órgãos), conforme relatado pela mídia brasileira, bem como as estimativas do valor das participações privadas de cada pastor que apareceu nas principais publicações, incluindo revistas Veja, Exame, IstoÉ, IstoÉ Dinheiro e os jornais Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo.” (Publicação Original: The Richest Pastors In Brazil – Forbes – 17/01/13)
No mesmo dia da publicação, o pastor Silas Malafaia enviou para a
imprensa uma nota de repúdio àquela informação. A notificação foi publicada
no portal de notícias on line Verdade Gospel. Leia-se trecho da nota:
“[...] 1- Eu sou o pastor que nunca neguei informação a nenhum veículo de
mídia, tanto é que meu patrimônio, receita da Associação Vitória em Cristo, da
Assembleia de Deus Vitória em Cristo, da Editora Central Gospel, já foram
publicadas por diversas entrevistas que dei, entre as quais, as páginas amarelas
da revista Veja (Anexo1).
2- Não tenho medo, nem o que esconder do meu patrimônio, porque tudo o que
possuo foi constituído de maneira legal, tanto diante da lei dos homens, quanto
das leis de Deus. E mais, há 25 anos não recebo salário de pastor, não que seja
errado ou pecado. A Bíblia diz que digno é o obreiro do seu salário. Foi uma
decisão de foro íntimo da minha relação pessoal com Deus.
3- Se juntarmos a receita da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, QUE NÃO É
MINHA, mais a receita da Associação Vitória em Cristo, QUE NÃO É MINHA,
com mais o faturamento da Editora Central Gospel, que é minha propriedade, e
mais as ofertas voluntárias que recebo por palestras dadas, somando tudo isto,
não dá a metade do que eles anunciaram como receita pessoal minha. É só para
vocês verem a safadeza e a cachorrada desses inescrupulosos.
4- Tudo o que tenho de patrimônio pessoal e renda, estão declarados na Receita
Federal. Não tenho nada a temer ou a dever. Dizer que a informação da minha
renda foi dada pelo Ministério Publico do Brasil e pela Polícia Federal é uma
afronta a essas instituições sérias, porque eles não têm autoridade legal para
fornecer nenhum tipo de informação como esta. Mais uma vez, para provar a
mentira desses safados, mediante a isto, entrarei com uma ação judicial contra a
Forbes Brasil.” (Verdade Gospel - Pr. Silas desmente ‘safadeza’ da Forbes sobre
sua renda – 18/01/13)
Tanto a notícia dada pela Forbes quanto sua nota de esclarecimento
junto à imprensa, repercutiu em todas as mídias, inclusive nas Redes Sociais.
Na versão on line da Forbes, a matéria obteve 134 comentários, 23.900
curtidas no Facebook e 1.600 retweets no Twitter, até fevereiro. Já na nota
divulgada pelo pastor Silas Malafaia no Verdade Gospel, a notícia rendeu 799
comentários, 13 mil curtidas no Facebook e 286 retweets no Twitter, também
até fevereiro.
3.3 – Programa De frente com Gabi (SBT)
As polêmicas geradas em torno da fortuna de Malafaia só não foi maior
do que a gerada por sua entrevista à jornalista Marília Gabriela, no dia 3 de
fevereiro, no programa de televisão De frente com Gabi, no SBT. O bate-papo
durou 45 minutos e a polêmica em torno dos temas abordados foi tão grande,
que, segundo a produção do programa, a audiência aumentou em 50%, um
feito histórico para a emissora, como também virou pauta em diversos meios
de comunicação, incluindo os principais jornais, sites e revistas, além da
extensa repercussão nas Redes Sociais.
Um dos temas polêmicos da entrevista foi justamente o caso da Forbes,
já citada em 4.1, onde o líder religioso é considerado o terceiro pastor mais rico
do mundo. Ao ser questionado sobre o assunto, Malafaia chegou a mostrar o
espelho do seu Imposto de Renda à apresentadora, para comprovar que a
reportagem da revista Forbes não estava correta quanto à sua fortuna. Nele,
constava o valor declarado de R$ 4,5 milhões, que segundo o pastor, é fruto do
faturamento da Editora Central Gospel, da qual é presidente, e das
conferências evangelísticas ministradas no Brasil e no exterior. O pastor
ratificou que haveria de processar a Forbes nos Estados Unidos e se explicou
para a jornalista: “Possuo um ministério que é mantido por pessoas que
acreditam em mim para darem ofertas. Quando eles falam isso, subentende-se
que eu estou roubando as pessoas, o que não é verdade”. (Entrevista ao De
frente com Gabi – SBT – 03/02/13)
Entretanto, o tema que mais repercutiu no programa e que chegou até a
desestabilizar entrevistadora foi o homossexualismo: “Nunca tinha visto o
Malafaia falando. Só havia lido. E entendi porque ele faz tanto sucesso como
pastor. É muito enfático. Por isso, senti-me na obrigação de dar o meu ponto
de vista, uma coisa que não costumo fazer”. (Nota de Marília Gabriela à
imprensa)
A exaltação na entrevista aconteceu quando o pastor fez as
seguintes declarações: “Não tenho nada contra os homossexuais, mas amo
homossexuais assim como amo bandidos. [...] Ninguém nasce gay,
homossexualismo é comportamental.” (Silas Malafaia em entrevista à Marília
Gabriela)
Estas afirmações fizeram com que alavancasse uma série de discussões
a respeito das opiniões de Silas Malafaia, que, segundo ele, gerou um
equívoco na compreensão por parte da mídia. Em abril, a Revista Fiel -
publicação impressa que funciona como prestadora de contas aos Parceiros da
Associação Vitória em Cristo – justificou as falas acima citadas: “Em nenhum
momento, Malafaia quis comparar o homossexual a um ladrão. Somente
ressaltou que ama o pecador, assim como orienta a Bíblia, mas que ele não
concorda com o pecado, seja ele pela prática de homossexualismo ou de um
ato ilícito.” (Revista Fiel, Ed.95, Abril/13)
A entrevista foi ao ar na noite do dia 3 de fevereiro, e até a manhã do dia
4 de fevereiro, o assunto continuou entre os mais comentados do Brasil no
Twitter. (Anexo 2)
Apenas 10% dos twitteiros criticaram o pastor Silas Malafaia. Em sua
maioria falaram que o pastor era manipulador. Houve críticas também sobre as
frases: “amo gays como amo bandidos” e “casais do mesmo sexo não tem
capacidade de criar um ser humano”. As reclamações se resumiram
principalmente à comparação da prática homossexual ao banditismo.
Na Timeline, mesmo pessoas não evangélicas, parabenizaram o líder
religioso por sua entrevista elucidativa, sua rapidez nas respostas e
inteligência. Supramencionado o fato de deixar a apresentadora Marília
Gabriela irritada, sem argumentos fundamentados para réplicas e sem
conhecimento bíblico. Também não foi rara a comparação da emoção da
entrevista ao combate de UFC.
No Facebook, no dia 4 de fevereiro, foram contabilizadas 188.640
pessoas que falaram sobre o assunto; mais de 37,5 mil pessoas curtiram a
entrevista na página do pastor; cerca de 10 mil pessoas registraram comentário
sobre o debate, sendo que a maioria dos comentários era ao seu favor.
Também houve críticas de pessoas que demonstraram não gostar dele, e
repercussão negativa principalmente pela comparação da prática homossexual
ao banditismo. (Anexo 3)
Já no Youtube, quando digitado “Silas Malafaia De frente com Gabi”,
apareceram cerca de 297 resultados de busca. Mas até o dia 4 de fevereiro
havia 18 vídeos do programa De frente com Gabi, totalizando mais de 257 mil
visualizações em apenas 1 dia. (Anexo 4)
Os maiores portais de notícia do país, entre populares e cristãos,
também publicaram a respeito da entrevista à Marília Gabriela. Entre eles, as
chamadas para a matéria foram variadas. No portal Terra, o que ficou em
evidência foi a declaração sobre sua fortuna: “Pastor afirma que seu patrimônio
atualizado é de R$ 4,5 milhões e não R$ 300 milhões” (Portal Terra – 04/02/13)
No Uol, a repercussão da notícia foi publicada em duas editorias
diferentes, Uol Notícias e Uol Na telinha, e deu ênfase ao homossexualismo:
“Homossexualidade é pecado claríssimo, diz Malafaia no SBT.” (Uol Notícias –
04/02/13) “Silas Malafaia provoca espanto ao falar sobre homossexualismo à
Gabi.” (Uol Na telinha – 04/02/13)
No Jornal do Brasil, a reportagem também deu visibilidade à questão
homossexual: “Absurdo! De Silas Malafaia no 'De frente com Gabi': 'Amo gays
como amo bandidos'” (Jornal do Brasil – 04/02/13)
Já na versão on line do Jornal O Dia, a repercussão do assunto girou em
torno das redes sociais: “Entrevista de Silas Malafaia na TV causa polêmica
nas redes sociais.” (O Dia – 04/02/13)
Ainda no O Dia, o site divulgou algumas das frases mais polêmicas que
ocorreu durante a entrevista de Malafaia. Leia-se trecho da publicação:
“"Safado, bandido e caluniador têm em todo lugar".
"As ofertas que eu recebo, não são só de pessoas da minha igreja. (Sobre o dízimo)".
"Eu não devo nada e não tenho o que temer". "Meu patrimônio é de R$ 4 milhões, R$ 2 milhões são da minha editora".
"Há 25 anos eu não tenho salário de pastor". "Nos últimos cinco anos eu vendi mais de um milhão de livros por ano".
"Não tem dados que declarem que eu tenho R$ 300 milhões de reais".
"Deus trabalha com uma lei de recompensa".
"Pastor é apenas um condutor".
"O homossexualismo é um comportamento".
"Eles (homossexuais) querem uma lei para atacar e atingir àqueles que querem".
"A autoridade da bíblia é condenar o pecado".
"A bíblia define o que é pecado".
"Eu estou aqui para condenar o pecado".
"O que muda é a tecnologia, o homem é a mesma coisa".
"Eu não estou aqui para impedir ninguém de ser homossexual".
"Eu abdiquei do salário da minha igreja".
"Tudo que sai da legalidade do casamento, sou contra".” (O Dia – 04/02/13)
No portal Diário de Pernambuco, a notícia deu destaque aos
comentários do Deputado Jean Wyllys (PSOL), declarado ativista gay e
defensor das causas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais):
“Depois de entrevista, Jean Wyllys chama Silas Malafaia de "falso profeta"”
(Diário de Pernambuco – 04/02/13)
Entre os portais cristãos de grande visibilidade, o Gospel Mais resumiu
os principais assuntos: “De frente com Gabi, pastor Silas Malafaia fala sobre
teologia da prosperidade, polêmica da Forbes e ativistas gays: “Eu amo os
homossexuais”.” (Gospel Mais – 04/02/13)
O Gospel Prime, outro portal evangélico, destacou a mais polêmica das
frases: “Eu amo os homossexuais como eu amo os bandidos”, diz Silas
Malafaia à Gabi. (Gospel Prime – 04/02/13)
3.4 – Números contabilizados da repercussão da entrevista à
Marília Gabriela
Após fazer uma pesquisa esmiuçada na internet sobre a participação do
pastor Silas Malafaia no programa De Frente com Gabi, os números da
repercussão da entrevista dada à jornalista Marília Gabriela foram
surpreendentes. Nota-se:
FACEBOOK: Na fanpage de Silas Malafaia, a entrevista gerou mais de
30 mil comentários, e os posts do pastor foram curtidos por mais de 70 mil
pessoas. Segundo dados estatísticos do próprio Facebook, mais de um milhão
de pessoas foram alcançadas com o assunto.
TWITTER: A entrevista ficou durante dois dias entre os assuntos mais
comentados do Brasil nessa rede social.
GOOGLE: Ao digitar “Silas Malafaia de frente com Gabi”, encontramos
mais de 612 mil resultados.
YOUTUBE: Até o dia 21 de fevereiro, 177 vídeos com a entrevista foram
postados no Youtube e alcançaram mais de 6,6 milhões de visualizações.
IMPRENSA: O assunto estampou as páginas de mais de 40 jornais de
grande tiragem no Brasil, e chegou a ser destaque na capa de um deles, o
jornal Meia Hora (Anexo 5). Na internet, não foi possível contabilizar, devido a
enorme demanda.
SBT: A audiência do programa aumentou 50% no dia da exibição da
entrevista, uma marca recorde do De frente com Gabi, segundo a produção da
emissora.
Conclusão
A abordagem central deste trabalho foi a respeito do discurso, mídia e
religião, mais especificamente, a evangélica. Tomei como objeto de estudo, o
pastor Silas Malafaia, por considerá-lo um líder com grande expressividade na
mídia atual. Por possuir vastos conhecimentos teológicos (sendo um pastor) e
também sociológicos e humanitários (sendo formado em Psicologia) a respeito
de temas intrigantes discutidos pela sociedade, concluí que seus fortes
argumentos consistem em um peso extremamente influenciador para a
sociedade e de grande relevância para a imprensa, que embora não seja
sempre favorável aos seus discursos contam com uma grande audiência de
público.
Ao cumprir todos os objetivos propostos a respeito no tema, verifiquei
uma enorme demanda de polêmica que envolve a pessoa de Silas Malafaia.
Este, por sua vez, aparece muitas vezes com sua imagem prejudicada por
manter sua postura audaz, quando utiliza-se de palavras ríspidas ao se
pronunciar diante da mídia com o objetivo de influências as pessoas de seus
conceitos e “verdades” religiosas.
Este trabalho foi muito importante para o meu conhecimento e
compreensão do tema proposto, porque tive a oportunidade de aprofundar-me
no assunto em questão. Visto que me permitiu conhecer melhor sobre o
discurso e sua influência na midiática nos mais diversos veículos de
comunicação de massa além da historicidade da religião evangélica e suas
influências significativas para a mídia atual, além de ter-me permitido
desenvolver e aperfeiçoar competências de investigação, seleção e
organização de informações, trabalhando com um objeto de estudo tão
mencionado nos meios de comunicação da atualidade, o pastor Silas Malafaia.
Bibliografia
BARSTED, Leila De Andrade Linhares. Legalização e descriminalização - 10
anos de luta feminista. Estudos Feministas, p. 104-130, Ano 0.
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Opinião Pública, vol.10, nº 2, Campinas, Out. 2004.
CUNHA, Magali do Nascimento. A influência da ideologia neoliberal na
religiosidade evangélica - O discurso do mundo “gospel”. Caminhando,
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FRESTON, P. Protestantismo e política no Brasil. Tese de Doutorado em
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MALAFAIA, Silas. Pr.Silas responde – As perguntas que você sempre quis
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MENDONÇA, Antonio Gouvêa. O protestantismo no Brasil e suas
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SANTANA, Luther King de Andrade. Religião e Mercado: A Mídia
Empresarial-Religiosa. Revista de Estudos da Religião, 2005.
Revista Fiel. 30 anos de ministério frutífero. Ano 8, nº 84, Maio 2012.
Revista Fiel. Defensor os valores cristãos e da família, Pr.Silas Malafaia é
alvo de perseguições. Ano 9, nº 95, Abril 2013.
Revista Fiel. Segunda maior manifestação já realizada em Brasília. Ano 9,
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Sites
NA VEJA 1 — Silas Malafaia: “O Brasil não é homofóbico; homofobia é uma doença. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/na-veja-1-silas-malafaia-o-brasil-nao-e-homofobico-homofobia-e-uma-doenca/. Acesso em 02/06 /2014
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Pastor Malafaia sobre fortuna: vou processar a 'Forbes' nos EUA. Disponível em: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201302041026_TRR_81974715Acesso em 04/02/15
Absurdo! De Silas Malafaia no 'De frente com Gabi': 'Amo gays como amo bandidos'. Disponível em: http://www.jb.com.br/heloisa-tolipan/noticias/2013/02/03/absurdo-de-silas-malafaia-no-de-frente-com-gabi-amo-gays-como-amo-bandidos/. Acesso em 03/02/15
Silas Malafaia provoca espanto ao falar sobre homossexualismo à Gabi. Disponível em: http://natelinha.uol.com.br/noticias/2013/02/04/silas-malafaia-provoca-espanto-ao-falar-sobre-homossexualismo-a-gabi-114418.php. Acesso em 04/02/15
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[Vídeo] De frente com Gabi, pastor Silas Malafaia fala sobre teologia da prosperidade, polêmica da Forbes e ativistas gays: “Eu amo os homossexuais”. Assista na íntegra. Disponível em: http://noticias.gospelmais.com.br/video-frente-gabi-silas-malafaia-prosperidade-gays-49267.html. Acesso em 04/02/15
Malafaia processará site que tenta cassar seu registro de psicólogo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1234146-malafaia-processara-site-que-tenta-cassar-seu-registro-de-psicologo.shtml. Acesso em 21/02/15
Rasgando o verbo do óbvio contra a conversa mole dos cretinos. Ou: Abaixo o fascismo com punhos de renda. Ou: Chute no traseiro moral dos vigaristas. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/rasgando-o-verbo-do-obvio-contra-a-conversa-mole-dos-cretinos-ou-abaixo-o-fascismo-com-punhos-de-renda-ou-chute-no-traseiro-moral-dos-vigaristas/. Acesso em 21/02/2015
Abramovay, o juiz supremo, é aquele que tentou, de modo oblíquo, pôr a sua suposta sabedoria a serviço da “causa Dirceu”. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/abramovay-o-juiz-supremo-e-aquele-que-tentou-de-modo-obliquo-por-a-sua-suposta-sabedoria-a-servico-da-causa-dirceu/. Acesso em 21/02/2015
Na democracia petista, os crimes dos companheiros devem ficar sem castigo, e os adversários não têm nem mesmo direito de defesa. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/na-democracia-petista-seus-crimes-devem-ficar-sem-castigo-e-os-adversarios-nao-tem-nem-mesmo-direito-de-defesa/. Acesso em 21/02/2015
Malafaia vai processar site que criou petição para cassar seu registro de psicólogo. Disponível em:
http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2013/02/silas-malafaia-diz-que-vai-entrar-com-processo-e-lascar-site-com-abaixo-assinado-para-cassar-seu-registro-de-psicologo.html. Acesso em 21/02/2015
Malafaia processará site que tenta cassar seu registro de psicólogo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1234146-malafaia-processara-site-que-tenta-cassar-seu-registro-de-psicologo.shtml. Acesso em 21/02/2015
Protesto virtual pode levar Silas Malafaia a perder registro de psicólogo. Disponível em: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2013/02/19/protesto-virtual-pode-levar-silas-malafaia-a-perder-registro-de-psicologo.jhtm. Acesso em 19/02/15
Abaixo-assinado pede cassação do registro de psicólogo de Silas Malafaia. Disponível em: http://odia.ig.com.br/portal/brasil/abaixo-assinado-pede-cassa%C3%A7%C3%A3o-do-registro-de-psic%C3%B3logo-de-silas-malafaia-1.550723. Acesso em 19/02/15
Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião. Disponível em http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?view=noticia&id=3&idnoticia=2170&busca=1&t=censo-2010-numero-catolicos-cai-aumenta-evangelicos-espiritas-sem-religiao. Acesso em 29/06/14
Manifestação pacífica em Brasília reúne mais de 70 mil pessoas. Disponível em: http://www.verdadegospel.com/manifestacao-pacifica-em-brasilia-reune-mais-de-70-mil-pessoas/. Acesso em 06/06/14
Anexo 1
REVISTA VEJA
Entrevista com o pastor Silas Malafaia nas páginas amarelas
Anexo 2
REPERCUSSÃO NO FACEBOOK Entrevista ao programa De frente com Gabi
Anexo 3
REPERCUSSÃO NO TWITTER Entrevista ao programa De frente com Gabi
Anexo 5
JORNAL MEIA HORA Silas Malafaia na capa do jornal popular