UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO SUPERIOR DE...
Transcript of UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO SUPERIOR DE...
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PLANO DE EMERGÊNCIA EM AEROPORTOS:
CASO AEROPORTO INTERNACIONAL DE GUARULHOS
FERNANDO GALBE DE SPIRITO MARCELO MARCELINO DA SILVA
MARCELO MARCONDES RIBEIRO DOS SANTOS
São Paulo 2003
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO SUPERIOR DE AVIAÇÃO CIVIL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PLANO DE EMERGÊNCIA EM AEROPORTOS:
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado à Banca Examinadora, como exigência parcial para a obtenção de título de Graduação do Curso de Aviação Civil, Habilitação em Gestão de Aeroportos, da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação da Pro°. Vinícius Roberto Silveira Filho
São Paulo 2003
BANCA EXAMINADORA
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho aos nossos pais, familiares e amigos.
“Há homens que lutam um dia e são bons”;
Há outros que lutam um ano e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons
mas aos que lutam toda vida, esses são imprescindíveis”.
Bertold Brecht
AGRADECIMENTO
Agradecemos este trabalho, em especial o nosso coordenador do curso de Aviação Civil Prof° Edson Luis Gaspar, a todos os Professores e Funcionários que colaboraram conosco para a realização deste trabalho e a todos àqueles que acreditam que a ousadia e o erro são caminhos para as grandes realizações.
JUSTIFICATIVA
Este trabalho será de fácil compreensão aos colegas que por algum motivo
poderá se interessar em estudar este assunto mais profundamente. Poderão surgir
novas idéias para que se minimize cada vez mais o impacto que uma ocorrência
dessas pode causar a todos os envolvidos.
MOTIVAÇÃO
A motivação foi o desafio proposto ao grupo em procurar novas idéias para o
sistema de alarme do Corpo Voluntário de Emergência, (CVE), nos aeroportos
brasileiros a fim de um serviço mais eficiente para prestar socorro às vitimas de
acidentes aeronáuticos.
RESUMO
Este trabalho tem por seu objetivo principal demonstrar o que vem a ser um
Plano de Emergência nos aeroportos do Brasil, específico no aeroporto de
Internacional de Guarulhos. A sua característica é a de salvar vidas, ou seja, toda
pessoa que se encontra em uma emergência aeronáutica, é considerada uma vítima
em potencial.
O trabalho aborda todo o assunto referente aos integrantes do Plano de
Emergência, (PLEM), suas funções e responsabilidades no momento em que são
acionados.
Todos os procedimentos por emergência médica serão relacionados, alem de
outros tipos de emergência que podem ocasionar uma paralisação aeroportuária até
que todas as ocorrências tenham sido extintas.
A importância em treinar pessoas em caso de acidentes aeronáuticos e a
importância de um treinamento simulado. Como é elaborado o treinamento, seus
possíveis erros durante este evento e suas correções.
Todas as áreas envolvidas, suas dimensões de atuação, até onde são
permitidas a responsabilidade por parte dos órgãos competentes do aeroporto em
um evento dessa natureza.
O presente trabalho trará sugestões com relação ao acionamento do alarme
de emergência no aeroporto de Guarulhos, podendo se estender aos demais
aeroportos do Brasil.
ABSTRACT
This work has for its main objective to demonstrate what it comes to be a Plan
of Emergency in the airports of Brazil, specific in the airport of the International of
Guarulhos. Its characteristic is to save lives, or either, all person who if finds in an
aeronautical emergency, is considered a victim in potential.
The work all approaches the referring subject to the integrant ones of the Plan
of Emergency, (PLEM), its functions and responsibilities at the moment where they
are set in motion.
All the procedures for medical emergency will be related, alem of other types
of emergency that can cause a aeroportuária stoppage until all the occurrences have
been extinct.
The importance in training people in case of aeronautical accidents and the
importance of a simulated training. As it is elaborated the training, its possible errors
during this event and its corrections.
All the involved area, its dimensions of performance, until where the
responsibility on the part of the competent agencies of the airport in an event of this
nature is allowed.
The present work will bring suggestions with relation to the drive of the alarm
of emergency in the airport of Guarulhos, having been able to extend itself to the too
much airports of Brazil.
SUMÁRIO
RESUMO 8
ÍNDICE DE TABELAS 15
ÍNDICE DE FIGURAS 16
ESTRUTURA DO TRABALHO 17
CAPÍTULO 1 18
1.1 CONCEITOS 18 1.1.1 Plano de Emergência – PLEM 18
1.2 PARTICIPANTES DO PLEM 20 1.2.1 Coordenador de Emergência. 20 1.2.2 Coordenador de Segurança. 20 1.2.3 Centro de Operações Aeroportuárias. – COA 20 1.2.4 Centro de Operações de Emergência. – COE 20 1.2.5 Comissão de Emergência – CE 21 1.2.6 Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEM. 21 1.2.7 Corpo de Bombeiros. 21 1.2.8 Defesa Civil 22 1.2.9 Ministério da Agricultura – MA 23 1.2.10 Órgão SIPAER 23 1.2.11 Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico: 23 1.2.12 Elo do Sistema 23 1.2.13 Oficial de Segurança de Vôo –Osv 23 1.2.14 Agente de Segurança de Vôo -Asv 24 1.2.15 Elemento Credenciado -(Ec) 24 1.2.16 Segurança De Vôo 24 1.2.17 Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 24 1.2.18 Vistoria de Segurança de Vôo 25 1.2.19 Relatório de Perigo -RELPER 25 1.2.20 Polícia da Aeronáutica – PA 25 1.2.21 Posto de Coordenação Móvel – PCM 25 1.2.22 Receita Federal 26 1.2.23 Seção Contra Incêndio – SCI 26 1.2.24 Serviço de Salvamento Aquático – (SAR) 27 1.2.25 Postos de Primeiros Socorros – (PPS) 27 1.2.26 Operador de Aeronave 28 1.2.27 Seção de aviação Civil – (SAC) 28 1.2.28 Alfândega 29 1.2.29 Imigração 29 1.2.30 Polícia Militar - (PM) 29 1.2.31 Rede Médico-Hospitalar 29
1.2.32 Polícia Civil 29 1.2.33 Brigada de Incêndio 30 1.2.34 Organizações Detentoras de Equipamentos para Emergência. 30 1.3 RESUMO DO CAPITULO 1. 33
CAPÍTULO 2 34 2.1 PROCEDIMENTOS PARA EMERGÊNCIA AERONÁUTICA 34 2.1.1 Objetivo 34 2.1.2 Finalidade 34 2.1.3 Avaliação de Eficiência 34 2.1.4 Emergência Aeronáutica 34 2.1.5 Características da Emergência Aeronáutica 35 2.1.6 Características das Fases de Emergência Aeronáutica 35 2.2 Gradação de Emergência Aeronáutica 36 2.2.1 Características da Classificação de Alerta Branco 36 2.2.2 Características da Classificação de Alerta Amarelo 36 2.2.3 Características da Classificação de Alerta Vermelho 37 2.2.3.1 Peculiaridade da Situação de Alerta Vermelho por Acidente Aeronáutico Inevitável 37 2.2.3.2 Peculiaridade da Situação de Alerta Vermelho por Acidente Aeronáutico Consumado 37 2.2.4 Acidente Aeronáutico 37 2.2.5 Incidente Aeronáutico 38 2.2.6 Área De Atuação 39 2.2.7 Atribuições dos Integrantes do PLEM para Desinterdição de Pista. 41 2.2.8 Fase de Pré-Investigação 41 2.2.9 Responsabilidade 42 2.2.10 Fase de Desinterdição de Pista 42 2.2.12 Atribuições dos Integrantes do PLEM para Atendimento a Mal Súbito ou Ferimento Abordo de Aeronave 43 2.2.13 Controle de Tráfego Aéreo (TWR) 43 2.2.14 Atribuição dos Integrantes do PLEM para Atendimento a Mal Súbito ou Ferimentos a Passageiros Durante os Procedimentos de Embarque e Desembarque ou Trânsito e que se Encontrarem nas Dependências do Aeroporto. 44 2.2.15 Atribuições dos Integrantes do PLEM para Atendimento a Mal Súbito a Tripulantes e Funcionários da Infraero. 44 2.2.16 Atribuições dos Integrantes do PLEM para Atendimento a Falecimento a Bordo de Aeronave. 45 2.2.17 Procedimentos para Emergência por Materiais Perigosos. 45 2.2.18 Tabela de Procedimento e Lista de Mercadorias Perigosas com seus Números de Referencias e Procedimentos. 45 2.2.19 Atribuições Detector do Acidente 48 2.2.20 Procedimentos para Emergência por Desastres Naturais 48 2.2.21 Procedimentos Para Emergência por Incêndio em Instalações 48 2.2.22 Glossário de Emergência e Segurança 48 2.2.23 Área Controlada 49 2.2.24 Área Controlada Restrita 49 2.2.25 Área Controlada Alfândega 49 2.22.26 Área de Sinistro 49 2.2.27 Área de Triagem 49
2.2.27 Área de Cuidados Médicos 50 2.2.28 Área de Evacuação 50 2.2.29 Área de Estabilização 51 2.2.30 Área de Estacionamento de Segurança ou de Emergência 51 2.2.31 Plano de Emergência Aeroportuária 51 2.2.32 Plano de Segurança da Aviação Civil -PNA VSEC 51 2.2.33 Plano De Segurança Aeroportuária (PSEG) 52
2.3 RESUMO DO CAPITULO 2. 53
CAPITULO 3 54 AÇÕES DO PLEM 54 Local do Sinistro 56 A Ficha de Identificação 57 Área de Atuação do CVE 60 Treinamento Simulado 61 Falhas na Comunicação 62
CONCLUSÃO 64
BIBLIOGRAFIA 65
15
ÍNDICE DE TABELAS
(TABELA 1.MODELO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE EMPRESAS DENTRO DO AEROPORTO)........................................................................... 31
( TABELA 2. MODELO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE EMPRESAS FORA DO AEROPORTO)................................................................................ 32
TABELA 3 CÓDIGOS DE PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ................ 46
16
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 PONTOS DE ENCONTRO DO CVE. ............................................. 22
FIGURA. 2 ÁREA DE ATUAÇÃO DO AEROPORTO DE VIRACOPOS........ 40
FIGURA 3 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL – FRENTE. .................... 58
FIGURA 4 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL - VERSO........................ 59
FIGURA 5 ÁREA DE ATUAÇÃO..................................................................... 60
FIGURA 6: MODELO DE “RÉGUA” PARA O ALARME CVE........................ 63
17
ESTRUTURA DO TRABALHO
No capitulo 1, iremos abordar sobre os conceitos e de todos os órgãos
integrantes que fazem parte do Plano de Emergência. Cada um tem o seu
papel fundamental em uma ação de catástrofe.
No capitulo 2 iremos abordar os procedimentos para uma emergência
aeronáutica, todas as suas características, as fases, os tipos de alertas que
são dados nos aeroportos áreas de atuação, tabelas para emergência com
cargas perigosa, enfim uma descrição mais detalhada dos procedimentos a
serem tomados pelas pessoas responsáveis pelos aeroportos.
No capitulo 3, iremos abordar as ações em que o coordenador do COE
deve fazer , como é a atuação no local do sinistro as fichas de identificação e a
sugestão do grupo para a melhoria do alarme do CVE no aeroporto de
Guarulhos
18
CAPÍTULO 1
1.1 CONCEITOS
1.1.1 Plano de Emergência – PLEM
“Documento que atribui responsabilidade, estabelece procedimentos e
define meios em pessoal e material, que possibilitem minimizar os efeitos de
uma emergência aeronáutica na área do aeródromo". (NSMA 3-1/CENIPA, item
2-34).
Muitos aeroportos estão ultimamente investindo em maiores tecnologias,
maior segurança, isso devido ao grande aumento na demanda de passageiros
nos últimos tempos.
Alem destes conceitos sobre tecnologia, aumento na segurança
aeroportuária, os aeroportos brasileiros desenvolveram Planos de Emergência,
que seu objetivo seja estabelecer ações, em caso de acidente aeronáutico.
Esses planos foram feitos a partir da orientação da INFRAERO,
Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária, que é um órgão
responsável pela administração nos maiores terminais do País, e o DAC de
acordo com a Segurança de Vôo da OACI.
A maioria dos acidentes ou incidentes ocorrem nas áreas próxima à
pista de pouso e decolagens. Em 254 casos de pousos e decolagens a OACI
analisou no período de 1970 a 1984, 31% ocorreram nos primeiros mil metros a
partir da cabeceira e amenos de 30 metros do seu eixo, 16% ocorreram depois
da pista, dentro de uma área retangular de 60 X 500m junto à cabeceira
oposta. (Fonte: Parte integrante da revista Sipaer, nº 31, junho de 1996).
Existem varias modalidades para os tipos de emergência que podem
acontecer num aeroporto, como emergência aeronáutica ou médica, por
19
materiais perigosos, incêndio em instalações, desastres naturais, paralisação
de atividades, tumulto, assalto, atentados, bagagens suspeitas, por ameaça e
por apoderamento ilícito de aeronave.
Plano de emergência aeronáutica nada mais é que a utilização dos
meios disponíveis no aeródromo para o caso de um possível alerta no
aeroporto.
Os planos são definidos por três níveis de alerta:
O alerta branco, o alerta amarelo e o alerta vermelho Enfim, os Planos
de emergência devem seguir todos os passos estabelecidos a partir do
momento que se caracteriza uma situação de “alerta”, onde todos os
envolvidos, possam seguir etapas para atender a ocorrência com um alto grau
de eficácia sem precisar de muito esforço.
Tudo isso se deve a um intenso programa de treinamento, onde os
órgãos envolvidos passam por diversas situações como cursos, seminários,
palestras e atividades práticas onde irão aplicar esses estudos em um
empenho numa situação de emergência.
Sempre são feitos periódicos exercícios de emergência onde todas as
equipes são acionadas atuando como se fosse uma situação real de um
desastre, para um melhor aprimoramento das pessoas e entidades envolvidas.
Como definição o acidente aeronáutico, é toda a ocorrência relacionada
com operação de aeronave quando uma pessoa tenha embarcado em uma
aeronave com intenção de realizar um vôo, ate o momento que em que todas
as pessoas tenham dela desembarcado.
È responsabilidade da Infraero a elaboração, aprovação, atualização e
manutenção da eficácia do Plano nos aeroportos sob sua administração.
Onde um aeródromo seja militar, é de responsabilidade do Ministério da
Aeronáutica o mesmo procedimento que a Infraero utiliza.
Cabe ao CENIPA, o poder de avaliação nos aeródromos a eficácia do
PLEM, corrigindo os erros assim que for conveniente aos administradores dos
aeroportos.
20
1.2 PARTICIPANTES DO PLEM
1.2.1 Coordenador de Emergência.
É responsável para coordenar as atividades desenvolvidas no aeroporto
em caso de emergência.
1.2.2 Coordenador de Segurança.
É responsável para coordenar a proteção da área envolvida em uma
emergência.
1.2.3 Centro de Operações Aeroportuárias. – COA
Dependência onde são coordenadas todas as atividades relativas ao
movimento das aeronaves no solo.
1.2.4 Centro de Operações de Emergência. – COE
Dependência do aeroporto onde possui equipamentos como mapas,
plantas, rádios, e outros meios para prestar informação a todas as pessoas que
estejam envolvidas diretamente em um acidente aeronáutico. Fazer o
acompanhamento da ocorrência. Efetuar o acionamento dos meios próprios
para a prestação de socorro para o combate direto e acionar os meios de
prestação de socorro aos hospitais do município onde o aeroporto estiver
instalado, como bombeiros, policia, defesa civil e se for caso, acionar também a
autoridade legista.
21
1.2.5 Comissão de Emergência – CE
Estabelecer os entendimentos prévios entre os órgãos integrantes do
PLEM, o superintendente do aeroporto instituirá a Comissão de Emergência
(CE) composta por representante de todas as organizações previstas para
integrá-la.
1.2.6 Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEM.
Acionada nos casos de emergência por materiais perigosos que incluam
materiais radiativos ou no caso de emergências aeronáuticas onde pode existir
carga perigosa a bordo da aeronave em situação de alerta.
1.2.7 Corpo de Bombeiros.
Corporação militar responsável pelo combate a incêndio e salvamento
nas áreas urbanas e industriais do município. Integrante do PLEM para atuar
em apoio aos bombeiros do aeródromo, como também efetuar combate a
incêndio e salvamento no caso de acidente aeronáutico num raio acima de 8
km, ocorrido fora do alcance do SCI.
NOTA: é determinado pela NSMA 3-4 que bombeiros do aeroporto
possam atuar em caso de acidente fora do aeródromo num raio de até 8 km
contados a partir do centro do aeroporto. Fora dessa área, é responsabilidade
do bombeiro estadual atuar no caso de acidente.
No caso de um acidente fora do aeródromo, a primeira corporação que
chegar ao local, fica responsável pela área, até o OSV chegar ao local
assumindo o comando das operações.
1.2.7 Corpo de Voluntários de Emergência – CVE
Grupo de pessoas treinadas para a atividade voluntária de prestação de
primeiros socorros e triagem das vitimas de acidente e auxilio na remoção para
hospitais em caso de acidente. Todos os Ceveanos são identificados nos
22
aeroportos através de “broches” com o desenho do logo da Infraero em seus
crachás. Em todos os aeroportos, existem os pontos de encontro do CVE como
vemos na figura abaixo.
Figura 1 Pontos de Encontro do CVE.
Fonte: Foto ilustrativa
1.2.8 Defesa Civil
Órgão do governo existente nos estados do Brasil, que atende a
população em caso de emergência ou calamidade pública.
23
1.2.9 Ministério da Agricultura – MA
Órgão integrante do PLEM a ser acionado em caso de emergência
envolvendo vôos internacionais e domésticos, quando transportados animais,
produtos vegetais ou insumos agropecuários.
1.2.10 Órgão SIPAER
Órgão integrante do PLEM acionado para realizar orientação e
investigação dos acidentes aeronáuticos e reparos necessários por danos
causados para que seja restabelecida a operação normal da pista.
1.2.11 Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico:
"Grupo de técnicos devidamente qualificado para investigação de
acidentes aeronáuticos". (NSMA 3-1, do CENIPA, item 208).
1.2.12 Elo do Sistema
“Organização do Ministério da Aeronáutica ou outro órgão não ligado ao
Ministério da Aeronáutica que, pela natureza de suas atividades, tenha
atribuições de prevenção e/ou investigação de acidentes aeronáuticos e esteja
integrado ao SIPAER”, (NSMA 3-1/CENIPA, item 2-{11}).
1.2.13 Oficial de Segurança de Vôo –Osv
"Oficial aviador, com Curso de Segurança de Vôo, não incluído em
categoria especial e designado para o exercício da função". (NSMA 3-
1/CENIPA, item 2-17).
24
1.2.14 Agente de Segurança de Vôo -Asv
"Pessoa qualificada, com Curso de Segurança de Vôo, credenciada
junto ao CENIPA, para fins de Investigação e Prevenção de Acidentes".
(transcrito do item 2-3 da NSMA 3-1 do CENIPA).
1.2.15 Elemento Credenciado -(Ec)
Pessoa qualificada pelo CENIPA, com o estágio de Segurança de Vôo
para Administradores de Aeroporto, para exercer atividades de prevenção de
acidentes aeronáuticos, incluindo a elaboração do Plano de Emergência
Aeronáutica em Aeródromo, bem como a realização das ações preliminares de
investigações de acidentes aeronáuticos ({fundamentado em trechos diversos
das Normas do SIPAER e em correspondência Oficial do CENIPA}).
1.2.16 Segurança De Vôo
Expressão adotadas nas normas do CENIPA, compreendendo todas as
medidas que tenham por finalidade prevenir acidentes ou incidentes
aeronáuticos.
1.2.17 Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
"E o documento que estabelece um conjunto de ações definidas e
dirigidas para a segurança às atividades aéreas, integrando planejamento e
meios referentes a um determinado período e tempo e a uma área física, com
descrição, cronograma e definição de etapas, bem como a forma de
acompanhamento e combate de ações". (NSMA 3-1/CENIPA, item 2-25).
25
1.2.18 Vistoria de Segurança de Vôo
"Vistoria feita por elemento credenciado pelo CENIPA, a fim de se
verificar as condições ou situações insatisfatórias, ou fatores potenciais de
perigo, que afetem ou possa afetar a segurança de vôo". (NSMA 3-1/CENIPA,
item 3-1).
1.2.19 Relatório de Perigo -RELPER
"Documento que leva ao Comando o conhecimento de fatos ou
evidências relacionadas com a atividade aérea, para os quais são necessárias
ações de segurança, a fim de evitar incidentes ou acidentes aeronáuticos".
(NSMA 3-1/CENIPA, item 2-20).
1.2.20 Polícia da Aeronáutica – PA
Onde houver base aérea no aeroporto, o PA é acionado para a proteção
das áreas internas do aeroporto.
1.2.21 Posto de Coordenação Móvel – PCM
Responsável para coordenar ações no local da ocorrência, e ficar em
contato direto com o COE, TWR, SCI, a fim de reportar tudo o que se passa ao
comando operacional, a evolução do resgate.
Por exemplo, no aeroporto de Guarulhos, (GRU), este veículo, está
dotado de uma mini-câmera instalada no teto e um link para que, em um
eventual acidente ela seja acionada e o Coordenador do COE, possa empregar
medidas a partir das imagens geradas desta câmera. E serve também para que
o CENIPA se utilize das imagens para realizar as investigações. (mini-câmera
no detalhe abaixo)
26
Foto 1: Viatura PCM do Aeroporto de Guarulhos
1.2.22 Receita Federal
Órgão integrante a ser acionado em caso de vôos internacionais em
operações de emergência Serviço aduaneiro.
1.2.23 Seção Contra Incêndio – SCI
Parte integrante do PLEM para a prestação de socorro as vitimas e
combate a incêndios dentro do aeroporto e nas aeronaves para efetuar o
salvamento de pessoas, colocando as vitimas em local seguro e encaminhando
aos hospitais.
27
1.2.24 Serviço de Salvamento Aquático – (SAR)
Integrante do aeroporto ou órgão governamental, especializado em
resgate a vitimas no salvamento aquático.
1.2.25 Postos de Primeiros Socorros – (PPS)
Integrante do aeroporto, composto por médico e um auxiliar de
enfermagem, equipado com equipamentos hospitalares, (material médico,
ambulâncias, medicamentos), tem a finalidade de atender pessoas que
transitem pelo aeroporto e também prestar serviços, realizar a coordenação
junto ao pessoal do CVE. Em aeroportos onde operam aeronaves com
capacidades maiores do que cinqüenta passageiros deverá existir uma carreta
onde existirão equipamentos e materiais de primeiros socorros.
Foto 2 Carreta com equipamentos médicos e materiais de primeiros socorros. Fonte Própria.
Fonte própria
28
Foto 3: Treinamento CVE –Aeroporto de Guarulhos – Inicio dos primeiros socorros. Fonte Própria.
1.2.26 Operador de Aeronave
Denominação genérica que mostra o representante da aeronave
envolvida em uma emergência.
1.2.27 Seção de aviação Civil – (SAC)
Pessoa do órgão do DAC, existente em todo o aeroporto para controle
de e fiscalização da atividade de aviação civil.
29
1.2.28 Alfândega
Integrante do Ministério da Fazenda, instalada no aeroporto responsável
pela entrada e saída de bens do país.
1.2.29 Imigração
Órgão do Departamento da Polícia Federal, existente em cada aeroporto
internacional e responsável pela fiscalização de entrada e saída de pessoas no
país.
1.2.30 Polícia Militar - (PM)
Órgão pertencente à polícia militar, que é responsável pela segurança
das áreas públicas, proteção do local de emergência e do controle de trânsito
viário entre o aeroporto e a rede médico-hospitalar.
1.2.31 Rede Médico-Hospitalar
Hospitais públicos próximos aos aeroportos que dispõe equipes para
prestações dos primeiros socorros e remoção das vitimas de acidentes.
1.2.32 Polícia Civil
Órgão do governo estadual responsável pelo exercício das atividades
em assuntos de competência especifica.
30
1.2.33 Brigada de Incêndio
Pertencente ao aeroporto para o combate a incêndio em instalações.
1.2.34 Organizações Detentoras de Equipamentos para Emergência.
Todas as entidades que possuam equipamentos úteis no auxilio de
remoção de aeronaves acidentadas e de desinterdição da pista e demais áreas
operacionais do aeródromo.
Nos modelos na próxima página, O PLEM tem de conter em seu
documento a noção de quais os equipamentos que as empresas possuem (fora
e dentro do aeroporto), para uma desinterdição rápida da pista, segura e eficaz
para que o aeroporto volte a sua operacionalidade assim que possível ao
normal. Em posse desses dados o COE em comunicação com PCM, OSV,
operador da aeronave, mecânicos, etc., saberá qual empresa será preciso
acionar dentro e fora do aeroporto.
31
RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EXISTENTES NA ÀERA DO AEROPORTO
(Tabela 1. modelo de prestação de serviços de empresas dentro do aeroporto)
Equipamentos Quant. Detentor Localização Bancada Teste Hidráulica p/ Anv 1 VARIG Hangar Carregador p/ Bateria CM12A10 1 TAF Hangar Calibrador de Pneu Portátil 2 VARIG Hangar Caminhão com Capacidade p/ 4000 kg 1 VASP Hangar Compressor Tecni-Arr Mod TA 20/70 1 TAF Hangar Compressor Portátil 1 TAF Hangar Camioneta com capacidade p/300kg(pampa) 1 GOL Hangar Estropo p/ motor de bandeirantes e Xingu 1 TAF Hangar Estropo p/ motor de DC10 1 TAF Hangar Fonte externa elétrica P/ 28 e14 volts 2000 amp elétrica 1 TAF Hangar Fonte externa elétrica P/ 28 volts 900 amp bateria 2 TAF Hangar Garrafa de acetileno p/ solda 2 TAF Hangar Luminária c/ 5 lâmpadas (móvel) 1 TAF Hangar Maquina de soldar Ban-Tan-Super 1 TAF Hangar Macacos p/ Bandeirante, xingu, navajo, carajá, citation Caravan 12T 4 TAF Hangar Macacos p/ Seneca, baron, cessna 310 - 03 T 3 TAF Hangar Prancha Para Transportar até 1000 kg 1 TAF Hangar Prensa com capacidade p/ 06 T 1 TAF Hangar Talha com capacidade p/ 1000 kg 1 TAF Hangar Talha com capacidade p/ 500 kg 1 TAF Hangar Macaco Jacaré capacidade 1,5 T 1 SATA Pátio Macaco Jacaré capacidade 2,5 T 1 SATA Pátio Trator Valmet 6 SATA Supervisão Ar condicionado para aeronave 1 SATA Supervisão Empilhadeira capacidade 3,5 T 1 SATA Supervisão Dollye 21 SATA Pátio Trator Rucker (até 747) 1 SATA Patio Trator Paymover (até 767) 1 SATA Patio Loader (até 6,8 T) 2 SATA Patio Escala Rebocavel 4 SATA Patio
32
RELAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EXISTENTES FORA DA ÀREA DO
AEROPORTO
(Tabela 2. modelo de prestação de serviços de empresas fora do aeroporto)
EquEquipamento Quant. Detentor Localização Ônibus de 45 lugares 1 Sr.Itaécio Babytur Micro ônibus de 20 lugares 2 Sr.Itaécio Babytur Topic de 10 lugares 4 Sr.Itaécio Babytur Kombi de 08 lugares 4 Sr.Itaécio Babytur Cabos de Aço de 1,5 “ 100m Supervisor Só Ferro Guindaste sobre rodas até 80 T 1 Chefe da Turma Só Ferro Cabos de Aço de 1,5" 200m Sr.Paulo Construtora Makro Guindaste sobre rodas até 90 T 1 Sr.Paulo Construtora Makro Muck até 13 T 1 Sr.Paulo Construtora Makro Guindaste ferroviário 70 T 1 Sr.Silvio Zantiere CPTM Macaco 50 T 2 Sr.Silvio Zantiere CPTM Guindaste sobre rodas até 25T 1 Paulo Rangel Só Ferro Cabos de Aço de 2" 200m Tarcisio Sampaio Só Ferro Carretas especiais até 80 T 8 Ronaldo Fiúza Só Ferro Cabo de Aço 40m Lauro Lima Lima Transporte Ltda Macacos 20 T 1 Lauro Jr. Lima Transporte Ltda Veículos com destanqueiro c/ capacidade 33m/ 100.000 Lts 3 Lauro Jr. Lima Transporte Ltda Guindaste de 8 T 1 Ismael Fiúza Fort Munk
33
1.3 RESUMO DO CAPITULO 1.
Neste capitulo pudermos ter noções de quanto é importante
conhecermos um Plano de Emergência Aeronáutica instalada em todos os
aeródromos, civis e militares, para que em caso de um evento como este
estejamos preparados tecnicamente para uma solução do problema com maior
eficiência e rapidez para a prestação do socorro as vitimas de acidente
aeronáutico. Devemos também conhecer todos os órgãos envolvidos para
tomarmos a decisão correta ao acionarmos os meios de auxílio a fim de
atender as vitimas com maior rapidez e eficiência e para podermos voltar à
normalidade de operação do aeroporto.
34
CAPÍTULO 2
2.1 PROCEDIMENTOS PARA EMERGÊNCIA AERONÁUTICA
2.1.1 Objetivo
Permitir o atendimento imediato, no máximo 3 minutos, por parte dos
órgãos envolvidos, com a finalidade de proceder ao salvamento de pessoas, a
prestação de primeiros socorros, providências junto às vítimas, preservação da
aeronave acidentada, realização da pré-investigação no local e a desinterdição
de pista.
2.1.2 Finalidade
Este procedimento concentra as medidas a serem ativada pela
Superintendência do Aeroporto, na ocorrência de Emergência Aeronáutica no
Aeródromo ou área adjacente, que possa ser atendida através dos meios
disponíveis.
2.1.3 Avaliação de Eficiência
Será feita anualmente através de exercício simulado, programado pela
Superintendência do Aeroporto.
2.1.4 Emergência Aeronáutica
Expressão adotada nas normas do CENIPA, nas Regras de Tráfego
Aéreo editado pelo Departamento de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV) e
nas normas da INFRAERO sobre o assunto, para se referir a uma situação de
perigo em que se encontra uma aeronave e seus ocupantes, decorrentes de
anomalia técnica ou operacional, ou, ainda, por motivo de apoderamento ilícito
ou ameaça de bomba com identificação positiva de alvo.
35
2.1.5 Características da Emergência Aeronáutica
A situação de perigo em que se encontra uma aeronave e seus
ocupantes; decorrentes de anomalia técnica ou operacional, que demanda o
acionamento das ações do PLEM.
2.1.6 Características das Fases de Emergência Aeronáutica
Com. a finalidade da aplicação das medidas constantes neste
procedimento, a Emergência Aeronáutica é caracterizada pelas seguintes
fases:
Fase de alerta ou acidente consumado;
Fase de pré-investigação do acidente;
Fase de desinterdição de pista;
A Fase de alerta ou de acidente consumado demanda, por parte dos
órgãos envolvidos, providências específicas de acordo com a emergência
aeronáutica registrada.
A Fase de pré-investigação de acidentes aeronáuticos tem início quando
acontece o acidente, logo após as ações de salvamento e combate a incêndio.
A Fase de desinterdição de pista se processa após a liberação da
aeronave pela autoridade do SIPAER, ou imediatamente depois do acidente,
quando se verificar que as medidas são imprescindíveis para salvamento de
vidas humanas.
36
2.2 Gradação de Emergência Aeronáutica
Com a finalidade de auxiliar na mobilização adequada dos meios de
socorros, são adotadas neste PLEM as seguintes gradações para avaliar o
grau de perigo em que se encontra uma aeronave, de acordo com a
informação da Torre de Controle (TWR):
a) Alerta Branco.
b) Alerta Amarelo.
c) Alerta Vermelho.
2.2.1 Características da Classificação de Alerta Branco
A anormalidade reportada pelo Cmt. da aeronave à TWR indicando
problemas de ordem técnica ou operacional, sem configurar a possibilidade de
evolução para um acidente aeronáutico, requerendo medidas acauteladoras
por parte dos serviços de salvamento e coordenação .
Exemplo: o Cmt. da aeronave comunica a TWR que vai retornar para
pouso, em face do trem de pouso não haver recolhido tendo, no entanto, se
certificado que o mesmo está baixado e travado.
2.2.2 Características da Classificação de Alerta Amarelo
A anormalidade reportada pelo Cmt. da aeronave à TWR indicando a
existência de problemas de ordem técnica ou operacional, com possibilidades
de evolução para um acidente aeronáutico, requerendo medidas de prontidão
por parte dos integrantes do serviço de salvamento e coordenação.
Exemplo: Após a decolagem o Cmt. comunica à TWR que o trem de
pouso se chocou com objeto estranho na pista, indicando estar o mesmo
avariado, que vai alijar parte do combustível para pousar dentro de
aproximadamente 02 (duas) horas.
37
2.2.3 Características da Classificação de Alerta Vermelho
É utilizado para classificar as seguintes situações de perigo:
a) acidente aeronáutico inevitável; e;
b) acidente aeronáutico consumado;
2.2.3.1 Peculiaridade da Situação de Alerta Vermelho por Acidente
Aeronáutico Inevitável
É a anormalidade reportada pelo Cmt. da aeronave a TWR indicando
problemas que tornam inevitável o acidente aeronáutico, pede a mobilização de
todos os integrantes do serviço de salvamento e coordenação.
2.2.3.2 Peculiaridade da Situação de Alerta Vermelho por Acidente
Aeronáutico Consumado
Todos os integrantes de salvamento e coordenação entram em ação
imediata.
2.2.4 Acidente Aeronáutico
“Toda a ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave,
havida entre o período em que qualquer pessoa entra na aeronave, com a
intenção de realizar um vôo, até o momento em que todas as pessoas tenham
desembarcado e durante a qual”:
a) qualquer pessoa sofra lesões graves ou morra como resultado de:
-entrar na aeronave;
-estar em contato direto com qualquer parte da aeronave Incluindo parte
que dela tenha se desprendido ou;
-exposição direta a sopro de hélice ou sopro de jato.
38
-Exceto quando as lesões resultarem de causas naturais, forem auto ou
por outros infligidos, ou forem causadas a clandestinos escondidos fora das
áreas normalmente destinadas a passageiros e tripulantes.
b) a aeronave sofra dano ou falha de estrutura que:
-afete adversamente a resistência estrutural, desempenho ou
características de vôo;
-exija substituição ou reparos importantes do componente afetado; e
c) a aeronave seja considerada desaparecida ou o local onde se
encontrar seja, absolutamente inacessível (NSMA 3-6/CENIPA).
2.2.5 Incidente Aeronáutico
“Uma ocorrência, que não um acidente, associada à operação de uma
aeronave, que afete ou pudesse ter afetado à segurança. São classificados
como incidentes, entre outros, e desde que impliquem em outras
conseqüências”:
-falha do motor ou parada busca, incluindo sua substituição quando o
dano limitou-se ao motor, suas carenagens e acessórios;
-falha da hélice, incluindo sua substituição, danos a pontas de asas,
antenas, freios, pequenos furos ou amassamentos na fuselagem, estouro de
pneus ou soltura da recapagem;
-alarme de fogo real ou falso, ou ainda princípios de incêndio;
-pouso não intencional em local não previsto ou inadequado;
-colisão com pássaros;
-vazamento de combustível, lubrificante ou outros fluídos ou qualquer
deficiência nos sistemas correlacionados; falha nas comunicações de rádio,
auxílio ou equipamento de navegação, quando voando por instrumentos ou
quando julgados necessários; e
-perda de controle da aeronave no solo “"(NSMA 3-1/CENIPA, item 2-
13).
39
2.2.6 Área De Atuação
Conforme a figura na próxima página, NSMA 3-4, os meios alocados no
PLEM são dimensionados para atender as emergências aeronáuticas na área
do aeródromo ou no raio de 8 Km, tomando como base o centro geométrico do
aeroporto, onde os CCI e demais equipamentos, em função das características
e condições do terreno (pistas, áreas de cota nula, estradas e etc.), conseguem
chegar a tempo de prestar socorro. À medida que o acidente ocorrer fora
dessas áreas, os meios alocados passam a perder a sua capacidade prática de
utilização, passando a ser de competência do Órgão de Defesa Civil. Nas
localidades onde não houver Organização Militar da Aeronáutica com oficiais
de Segurança de Vôo - OSV e o acidente ocorrer fora da área de atuação do
PLEM, o Superintendente designará um de seus elementos credenciado pelo
CENIPA (EC), para conduzir a ação inicial, de acordo com as normas do
SIPAER.
40
Figura. 2 Área de Atuação do aeroporto de VIRACOPOS
Fonte. KGPO Escritório de Arquitetura, Amparo - SP.
41
2.2.7 Atribuições dos Integrantes do PLEM para Desinterdição de Pista.
Coordenador de Emergência:
a} Assumir a coordenação das atividades, junto as equipes de remoção.
b} Dar apoio ao operador da aeronave, colocando a sua disposição, os
recursos do aeroporto e os meios alocados neste plano (incluindo os recursos
externos.
c} Alertar o operador sobre os critérios, quando da liberação da pista
principal para operações de pouso e decolagem, após realização da vistoria.
Todas as despesas que por ventura forem efetuadas na operação de
desinterdição de pista será de responsabilidade do proprietário operador.
NOTA 2: O Coordenador de Emergência é o responsável pela
comunicação com a torre de controle, quando da liberação da pista principal,
logo após concluídas as ações de investigação, remoção e vistorias realizadas
pelo OSV, para as operações de pouso e decolagem.
NOTA 3: Quando tratar-se de aeronave Militar, o comandamento das
ações de remoção competirá à Base Aérea, através de representante,
passando o representante da Administração do Aeroporto (Coordenador de
Emergência} a assessorá-lo, colocando à disposição os meios alocados no
PLEM.
IMPORTANTE: O destroço deverá ser removido para uma distância
lateral superior a 60 (sessenta) metros da pista, depois de liberados pelo OSV.
2.2.8 Fase de Pré-Investigação
Nesta parte do PLEM es tão estabelecidos os procedimentos para a
ação inicial da investigação do Acidente e segue as determinações da NSMA
3-6
42
2.2.9 Responsabilidade
A ação inicial em qualquer acidente é da responsabilidade da
Organização Militar do Ministério da Aeronáutica, instituída pelo SIPAER, mais
próximo do local do Acidente. (Transcrição da NSMA 3-6)
Quando ocorrer situação de emergência aeronáutica aciona-se o
representante da Organização Militar (OSV) e caso evolua para acidente
aeronáutico, logo após a conclusão da ação de salvamento e extinção de
incêndio, o OSV assume o comando da investigação, passando o
representante da Administração do Aeroporto o dirigente do PCM -a assessorá-
lo.
Quando o acidente aeronáutico ocorrer fora da área do aeródromo a
realização da ação inicial, será conduzida pelo primeiro elemento qualificado
pelo SIPAER que chegar ao local do sinistro até a chegada do OSV, que
assumirá o comando da investigação passando o elemento credenciado a
assessorá-lo.
NOTA: Quando ocorrer suspeita de que o acidente aeronáutico ocorreu
em virtude de atentado à bomba, a Polícia Federal será acionada para efetuar
exame pericial em conjunto com as autoridades Aeronáuticas.
2.2.10 Fase de Desinterdição de Pista
Nesta parte do PLEM estão contidas as providências para a remoção da
aeronave acidentada ou de seus destroços para um local que não
ofereça perigo às operações do aeródromo.
A fase de desinterdição de pista se processa após a liberação da
aeronave pela autoridade do SIPAER ou, imediatamente, depois do acidente,
quando se verificar que as medidas são imprescindíveis para o salvamento de
vidas humanas.
A remoção é de responsabilidade do proprietário operador da aeronave
sob a coordenação do Coordenador de Emergência.
43
2.2.11 Procedimentos para Emergência Médica
Este procedimento engloba o conjunto de medidas a serem adotadas,
com vistas a prestar os primeiros socorros a passageiros e tripulantes
acometidos de mal súbito ou ferimentos, que venham ocorrer no período
compreendido entre a liberação para o embarque e o desimpedimento após o
desembarque no terminal de passageiros. Além de estabelecer procedimentos
a serem adotados para falecimento no âmbito do Aeroporto ou abordo de
aeronave.
2.2.12 Atribuições dos Integrantes do PLEM para Atendimento a Mal
Súbito ou Ferimento Abordo de Aeronave
NOTA: No caso de passageiros que embarquem nos Aeroportos de
origem, já na condição de paciente, não caberá a Superintendência do
Aeroporto, nenhuma responsabilidade quanto à prestação de atendimento
médico ou remoção, podendo, nesses casos, apenas conceder as facilidades
de locomoção nas áreas do aeroporto e as de comunicação que se fizerem
necessárias, quando solicitadas pelos interessados.
2.2.13 Controle de Tráfego Aéreo (TWR)
Informar ao COA, transmitindo os dados relativos à emergência e a hora
estimada para o pouso da aeronave.
Comunicar os dados recebidos:
a) ao Supervisor do Aeroporto;
b) à Empresa Aérea
c) à SAC.
44
2.2.14 Atribuição dos Integrantes do PLEM para Atendimento a Mal Súbito
ou Ferimentos a Passageiros Durante os Procedimentos de Embarque e
Desembarque ou Trânsito e que se Encontrarem nas Dependências do
Aeroporto.
NOTA: no caso de passageiros que embarquem nos Aeroportos de
origem, já na condição de paciente, não caberá a Superintendência do
Aeroporto nenhuma responsabilidade quanto à prestação de atendimento
médico ou remoção, podendo, esses casos, apenas conceder as facilidades de
locomoção nas áreas do aeroporto e as de comunicação que se fizerem
necessárias, quando solicitadas pelos interessados.
2.2.15 Atribuições dos Integrantes do PLEM para Atendimento a Mal
Súbito a Tripulantes e Funcionários da Infraero.
NOTA 1: O tripulante que terá direito a atendimento será aquele que
estiver de serviço a e encontrar-se nas dependências do Aeroporto.
NOTA 2: O procedimento adotado para funcionários da INFRAERO, é
feito devido convênio entre os órgãos.
Nesta parte do PLEM, estão definidos procedimentos a serem adotados.
Quando ocorrer situação de emergência médica com tripulante ou
funcionário da INFRAERO nas dependências do aeroporto.
a) Comunicar ao Supervisor do Aeroporto;
b) Proceder conforme instruções do Coordenador de Emergência.
Supervisor do aeroporto:
c) Comunicar os dados recebidos ao Coordenador de Emergência;
d) A Empresa Aérea;
e) A SAC.
45
2.2.16 Atribuições dos Integrantes do PLEM para Atendimento a
Falecimento a Bordo de Aeronave.
Controle Tráfego Aéreo {TWR}:
Informar os dados ao COA, transmitindo os seguintes dados:
Matrícula e operador da aeronave;
Estimada para o pouso; e
Outras informações pertinentes.
2.2.17 Procedimentos para Emergência por Materiais Perigosos.
Os procedimentos aplicáveis nesta do PLEM são desencadeados no
caso de ocorrência com as seguintes espécies de materiais ou seus similares:
a) Combustíveis, lubrificantes e produtos inflamáveis, corrosivos, tóxicos
ou venenosos, que possam afetar a saúde e segurança de pessoas ou causar
danos em geral;
b) Armas, munições, produtos bélicos em geral, produtos radioativos e
outros similares.
2.2.18 Tabela de Procedimento e Lista de Mercadorias Perigosas com
seus Números de Referencias e Procedimentos.
Os procedimentos de respostas às emergências pára aeronaves que se
apresentam na tabela 01 são destinados a orientar os membros da tripulação
quando no advento de um incidente durante o vôo relacionado a volume(s) que
contenha mercadorias perigosas.
Uma vez identificado o volume, deverá encontrar a identificação
correspondente no campo “INFORMAÇÕES ADICIONAIS” do NOTOC.
46
Como usar a tabela – O campo “Numero do procedimento” se
refere à CLASSE DE RISCO PRIMÁRIO IATA. Ao se consultar a tabela de
procedimentos a respostas de emergência, cada numero de procedimento leva
a uma relação de informações relativas ao risco que envolve o produto e trás
orientações sobre as medidas que devem ser adotadas. A chave alfabética se
indica por separado na tabela de procedimentos; se há outros riscos possíveis
de substancias. Em alguns casos a orientação vinda do numero de
procedimento pode-se completar com informações proporcionada pela chave
alfabética.
Tabela 01
Procedimentos de respostas às emergências para aeronaves.
Siga os Procedimentos de Emergência Apropriados na Aeronave
Considere o pouso tão logo seja praticável
Use os códigos da tabela abaixo.
Tabela 3 Códigos de procedimentos de emergência Número do
Procedimento Risco
Intrinsico Risco para a
aeronave Risco para os
ocupantes Procedimento
em caso de perda ou
vazamento
Procedimentos para extinção de incêndios
Outras considerações
01 Explosão que possa provocar Falhas estruturais
Incêndio ou Explosão
O que indica a chave alfabética
Uso de 100% de oxigênio; Não fumar.
Todos os agentes de acordo com a viabilidade; uso do procedimento padrão contra incêndio.
Possível perda abrupta de pressurização
02 Gás não inflamável; a pressão pode provocar riscos em casos de incêndio.
Mínimo O que indica a chave alfabética
Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima das chaves alfabéticas “A”, “I” ou “P”
Todos os agentes de acordo com a viabilidade; uso do procedimento padrão contra incêndio
Possível perda abrupta de pressurização
03 Liquido sólido ou inflamável
Incêndio ou Explosão
Fumaça, emanação de calor, e como indicado na chave alfabética
Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima; Não fumar; mínimo de eletricidade
Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”
Possível perda abrupta de pressurização
04 Combustão Incêndio e/ou Fumaça, Uso de 100% Todos os Possível perda
47
espontânea ou pirofórica quando exposta ao ar
Explosão emanação de calor, e como indicado na chave alfabética
de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima
agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”
abrupta de pressurização; mínimo de eletricidade se chave alfabética “f” ou “H”
05 Oxidante, pode inflamar outros materiais. Pode explodir no calor de um incêndio
Incêndio e/ou Explosão; possível dano de corrosão
Fumaça, emanação de calor, e como indicado na chave alfabética
Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima
Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”
Possível perda abrupta de pressurização
06 Tóxico, pode ser fatal se inalado ou ingerido, ou absorvido pela pele
Contaminação com o sólido ou liquido tóxico
Toxidade aguda, efeitos podem ser tardios
Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima; não tocar sem luvas
Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”
Possível perda abrupta de pressurização; mínimo de eletricidade se chave alfabética “f” ou “H”
07 Radiação procedente de volumes quebrados ou avariados
Contaminação por fuga do material radioativo
Exposição à radiação e contaminação
Não mover as embalagens; evitar contato
Todos os agentes de acordo com a viabilidade.
Chamar por uma pessoa qualificada na aeronave
08 Corrosivos, vapores incapacitantes se inalados ou em contato com a pele
Possível risco de corrosão
Irritação nos olhos, nariz e garganta
Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima; não tocar sem luvas
Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”
Possível perda abrupta de pressurização; mínimo de eletricidade se chave alfabética “f” ou “H”
09 Nenhum risco inerente
O que indica a chave alfabética
O que indica a chave alfabética
Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima das chaves alfabéticas “A”.
Todos os agentes de acordo com a viabilidade; sem água no caso da chave alfabética “W”
Nenhum
10 Gás inflamável, alto risco de combustão se houver uma fonte de ignição
Incêndio e/ou Explosão
Fumaça, emanação de calor, e como indicado na chave alfabética
Uso de 100% de oxigênio; estabelecer e manter uma ventilação máxima; Não fumar; mínimo de eletricidade
Todos os agentes de acordo com a viabilidade.
Possível perda abrupta de pressurização
Fonte: BCR Treinamento e Consultoria - SP Chave
alfabética Risco Adicional Chave
alfabética Risco Adicional
A Anestésico N Nocivo C Corrosivo P Tóxico E Explosivo S Combustão Espontânea F Inflamável W Se molhado exala gases tóxicos ou inflamáveis
H Alta combustão X Oxidante I Irritante/ Produz Lagrimas L Outro risco menor ou
nenhum M Material magnetizado
48
2.2.19 Atribuições Detector do Acidente
a) Acionar a SCI, e o Supervisor do Aeroporto, informando o local e as
características do acidente
b) Tomar medidas para o isolamento da área colocando sinalização
convencional.
2.2.20 Procedimentos para Emergência por Desastres Naturais
O presente procedimento engloba conjunto de medidas a serem
adotados, no caso de emergência por desastres naturais tais como: vendavais,
e outros fenômenos da natureza, que afetam a operacionalidade do
aeródromo.
2.2.21 Procedimentos Para Emergência por Incêndio em Instalações
O procedimento está inserido o conjunto de medidas a serem
desencadeadas pela Superintendência do aeroporto, no caso de ocorrência de
incêndio nas instalações de aeroporto. A pessoa que detectar o incêndio,
evacuar o local, avisar o funcionário da infraero e combater o incêndio se
possuir treinamento para esse fim.
2.2.22 Glossário de Emergência e Segurança
Os termos a seguir relacionados são extraídos das normas referentes a
Emergências e Segurança, ou adaptados de textos específicos sobre o
assunto, e se destinam a auxiliar a elaboração do PLEM.
49
2.2.23 Área Controlada
Locais da área aeroportuária definida e demarcada pela Administração
do Aeroporto, onde o acesso de pessoas e viaturas demanda a utilização de
credenciamento.
2.2.24 Área Controlada Restrita
Por Área Controlada, onde se exerce controle de segurança específico,
para prevenção de acidentes aeronáuticos ou de proteção contra interferência
ilícita.
2.2.25 Área Controlada Alfândega
Parte da Área Controlada, destinada às atividades da ALFÂNDEGA, da
Polícia Federal ou outros organismos do Estado, onde se exerça controle de
segurança específico, para prevenção de acidentes aeronáuticos ou de
proteção contra' interferência ilícita,
2.22.26 Área de Sinistro
Local ao redor de uma aeronave acidentada com raio de
aproximadamente 100 metros, onde atua apenas o pessoal de combate a
incêndio e de salvamento. A expressão também se aplica no caso de outros
sinistros na área aeroportuária, que resulte em ferimentos ou ameaças à saúde
de pessoas. (NSMA 3-4/CENIPA).
2.2.27 Área de Triagem
Local contíguo à Área de Sinistro com vento favorável à direção da
aeronave, onde são concentradas as vítimas para fins de seleção para
atendimento médico. (NSMA 3-4/CENIPA).
50
Foto 4: Área de triagem 2.2.27 Área de Cuidados Médicos
Local contíguo à Área de Triagem, onde as vítimas recebem cuidados
médicos de acordo com a prioridade evidenciada na triagem. (NSMA 3-
4/CENIPA)
2.2.28 Área de Evacuação
Local contíguo à Área de Cuidados Médicos, onde ficam concentradas
as viaturas mobilizadas para atendimento de vítimas. (NSMA 3-4/CENIPA).
51
2.2.29 Área de Estabilização
Local adaptado nas instalações do Aeroporto (salão ou Hangar), onde
possam ser acomodados os feridos que por recomendações médicas não
devam ser removidos de imediato para os hospitais. Esta área, sempre que
possível, deverá conter facilidades para o desempenho de atividades médicas
(NSMA 3-4/CENIPA).
2.2.30 Área de Estacionamento de Segurança ou de Emergência
Local previsto no Mapa de grade do Aeroporto, onde deverá ser
orientado o estacionamento de aeronave que se encontrar sob qualquer forma
de perigo (apoderamento ilícito, suspeita de explosivos, material perigoso, etc.).
2.2.31 Plano de Emergência Aeroportuária
Documento instituído pela NOSER IAC-2501, do DAC, elaborado pela
Superintendência do Aeroporto em complemento ao Plano de Segurança
Aeroportuária, para assegurar uma resposta pronta a todas as emergências
relativas aos atos ilícitos.
2.2.32 Plano de Segurança da Aviação Civil -PNA VSEC
Documento elaborado pelo Departamento de Aviação Civil e aprovado
pelo seu Diretor-Geral, com a finalidade de proteger a Aviação Civil contra atos
de Interferência Ilícita.
52
2.2.33 Plano De Segurança Aeroportuária (PSEG)
Documento instituído pela NOSER IAC 2501 do DAC, elaborado pela
Superintendência do Aeroporto, com a finalidade de proteger a Aviação Civil
contra atos de Interferência ilícita.
OBS : Na INFRAERO, os procedimentos previstos integram o Plano de
Segurança PSEG.
2.2.34 Apoderamento Ilícito de Aeronave
"O apoderamento ilícito de aeronave consiste no exercício do controle
sobre tripulantes ou passageiros, interferindo no curso normal da aeronave
pelo uso da força ou por outro tipo de ameaça". (Plano de Segurança da
Aviação Civil -PNA VSEC).
53
2.3 RESUMO DO CAPITULO 2.
Em se tratar de um plano de emergência todo a equipe de do
PLEM do aeroporto deve estar devidamente capacitada ao manusear todo e
qualquer equipamento no aeroporto, conhecer cada padrão, normas e ao tratar
com pessoas envolvidas em acidentes, saber qual procedimento a ser tomado
a fim de eliminar todo e qualquer risco a saúde e preservar a vida das pessoas
envolvidas em acidentes aeronáuticos. Ter um treinamento especial no que se
relaciona com a carga perigosa, sabendo e conhecendo os riscos que ela
possa trazer a sociedade.
54
CAPITULO 3
AÇÕES DO PLEM
Quando é dado um alerta vermelho no aeroporto, todos devem ocupar
os seus postos de imediato, mas esse passo deve ser dado em ação
coordenada, de modo que todos cheguem ao local o mais rápido e organizado
possível. Tudo isso se da através de uma comunicação feita pelo piloto,
dizendo que algo está errado e é feita uma comunicação para a torre, onde
esta encaminha a mensagem ao COE, que se tomará às devidas precauções,
como no fluxograma abaixo:
FLUXOGRAMA DE COMUNICAÇÃO
SIPAA
Oficial de Opérações
SAR
SCI
Serviços Médicos
Hospitais
EC - SIPAER
Operador da Aeronave
Corpo de Bombeiros(Externo)
Segurança do Aeroporto
CVE
Hospitais Externos
Ambulâncias
PCM
COE
Aviação Geral
IML
Empresas de Combustível
Manutenção do Aeroporto
Alfandega e Imigração
Relações Públicas
Ônibus para Transporte
Administraçao do Aeroporto
Torre de ControleTWR
Piloto
Fonte: NSMA 3-4
Acionar se houver
necessidade.
55
A partir dessas informações o COE saberá quem acionar dentro do
aeroporto. Há um documento existente na sala de comunicações onde
coordenador do PLEM tem de seguir passo a passo todos os procedimentos
de comunicação.
Este documento possui alguns dos seguintes dados como:
- qual o tipo de aeronave;
- quantas pessoas a bordo da aeronave;
- quantidade de combustível;
- qual o tipo de carga que está sendo transportada;
- qual o tipo de alerta, (branco, amarelo ou vermelho);
- hora estimada para pouso;
- prefixo da aeronave
- quais as anomalias apresentadas pelo piloto;
- hora do inicio e fim de todas as operações;
Em posse dessas informações, o coordenador do PLEM, deve seguir
uma lista neste documento que contém todos os integrantes do Plano de
Emergência, com nomes dos responsáveis, meios de comunicação, quem foi à
pessoa que recebeu essas informações, como se fosse um “check-list”, para
poder acionar todos os meios sem a abtenção de erros. Isso tudo deve ser
anotado neste documento, para se saber se todas a ações foram concluídas e
com sucesso.
56
FLUXOGRAMA DE COORDENAÇÃO
Defesa Civil
Equipes deEvacuação de
Feridos
Serviço Médico
CVE
PCM
Corpo de Bombeiros
Hospitais
SAR
SCI
COE Oficial de Operações Órgãos ATC
Coordenador do PLEm
Fonte: NSMA 3-4
Local do Sinistro
No local do acidente, somente pessoas autorizadas podem ficar na pista
de um aeroporto. A maior participação dos envolvidos é a do CVE, onde o
número de pessoas é grande, dependendo do aeroporto.
O CVE, tem várias funções a serem seguidas no local do acidente.
Eles são facilmente identificados pela sua função através do uso de
coletes coloridos e trabalham em equipes de 7 pessoas cada;
Coletes verdes: 4 pessoas que são os “maqueiros”
Coletes vermelhos: 2 pessoas que são os “socorristas”
Coletes azuis: 1 pessoa “líder de equipe”
57
As equipes são obrigadas a colocar uma ficha de identificação na vítima,
onde o médico que sempre acompanha as equipes pode determinar as
seguintes situações:
Determinar se a vitima é prioridade 1, 2 ou 3;
Determinar se a vitima está morta;
Prioridade 1: A vitima necessita de um atendimento de urgência deve ser
transportada ao hospital o mais próximo e mais rápido possível, seja de
ambulância ou helicópteros;
Prioridade 2: A vitima após receber os primeiros atendimentos, deverá
aguardar a remoção no local do acidente para ser encaminha ao hospital seja
somente feita por ambulâncias;
Prioridade 3: A vitima recebe os primeiros socorros e se desloca ao
ônibus que a Infraero deve disponibilizar para assim que possível, ela ser
encaminhada ao hospital
A Ficha de Identificação
Elas devem permanecer junto a vitima até a chegada ao hospital, onde
lá os médicos já podem identificar quais foram os procedimentos que foram
tomados pelos médicos do aeroporto, e este cartão de identificação tem as
seguintes informações como no modelo abaixo:
58
Figura 3 Ficha de Identificação Pessoal – FRENTE.
59
Fonte INFRAERO
Figura 4 Ficha de Identificação Pessoal - VERSO
Fonte INFRAERO.
60
Área de Atuação do CVE
É onde se compreende o local da ocorrência. Neste local a equipe
do CVE, realizará a triagem, farão os primeiros socorros e encaminharão aos
hospitais próximos ao aeroporto. Neste mesmo local, se localiza as equipes de
comandos dos bombeiros o “Faísca Comando”, alem do PCM (Posto de
Comando Móvel), como vemos no desenho abaixo:
Figura 5 Área de Atuação
61
Fonte INFRAERO
Treinamento Simulado
Todos os aeroportos são obrigados a pelo menos duas vezes ao ano,
praticar o treinamento simulado como é o caso do aeroporto de Guarulhos. Ele
servirá de treinamento aos novos Ceveanos, tanto como a reciclagem do
pessoal mais antigo.
O simulado se inicia com uma aeronave colocada na pista, como na foto
abaixo, de forma que se caracteriza um alerta vermelho (consumado), no
aeroporto. Todos os órgãos são acionados e são deslocados até o local do
acidente.
As primeiras unidades a chegarem no local são as equipes dos
bombeiros onde a função deles é controlar e extinguir o incêndio a fim de que
os Ceveanos possam atuar e dar os primeiros socorros aos acidentados que ali
estão, para que logo depois se possa ser realizada as triagens. No momento
da triagem são determinados quais são as vitimas nas prioridades II ou III.
Somente o médico pode determinar o falecimento das vitimas.
62
No momento do primeiro atendimento as equipes do CVE vão
identificando e direcionando as vitimas que irão passar pelas áreas de triagem.
No local da triagem, de um lado ficam as vitimas “Prioridade II”, ou seja, vitimas
irão aguardar um tempo a mais uma remoção para o hospital. E no outro lado,
ficam as vitimas “Prioridade III”, cuja a necessidade de serem transportadas ao
hospital com maior urgência possível. Neste momento os lideres de equipes
identificados com os coletes azuis deverão estar atentos a todos os transportes
disponíveis para o hospital. Com ajuda de médicos, eles saberão qual a vitima
que esta na área de triagem será primeiro transportado. No caso de uma
ambulância, ela pode transportar até duas vitimas de uma vez só, mas no caso
dos helicópteros somente uma vitima pode ser transportada por vez. E no caso
de Guarulhos, aconteceu um erro por parte dos líderes de equipes quando um
helicóptero acabou de pousar dois lideres deram a ordem ao mesmo tempo
para que levassem seus pacientes até ao helicóptero, um teve de retornar ao
local da triagem. Isso com o movimento ir e voltar com a vitima ate a aeronave
pode causar maiores conseqüências traumáticas às vitimas.
Outro erro que deve ser revisto pelos responsáveis do aeroporto de
Guarulhos, foi que todos os Ceveanos estavam usando bonés e quando eles
se aproximam dos helicópteros pode haver uma ingestão da turbina e
ocasionado um acidente aeronáutico real.
Desde o inicio do simulado até o seu final, decorreram apenas 40
minutos de trabalho, tudo isso deve ao ótimo desempenho de todas as pessoas
envolvidas no acidente.
Depois de dado o final do trabalho por parte das equipes de socorro,
entra a equipe de desinterdição da pista onde se espera que em até quatro
horas após o inicio do acidente, a pista volte a ter sua operação normalizada.
Falhas na Comunicação
Sempre há falhas na comunicação por exemplo, no aeroporto de
Guarulhos, através de conversas informais com o pessoal de CVE, foi
detectado que quando se aciona o alarme, nem todos os Ceveanos de plantão
63
conseguem perceber que foi dado um alerta para que eles entrem em
prontidão. Hoje o alarme é dado através do sistema de som do aeroporto,
portanto alguns pontos no aeroporto, podem ficar comprometidos. Os
Ceveanos podem estar no TECA (terminal de cargas), na área remota, enfim
lugares onde o sistema não seja possível ser escutado com clareza. Por isso o
grupo está sugerindo um equipamento, “áudio-visua”l, que seja de baixo custo
e possa ser colocado em todas as dependências de todos os aeroportos. Este
equipamento seria similar a uma “régua”, onde haveriam 3 luzes de cores
diferentes, uma branca, amarela e vermelha, junto com uma sirene avisando
que o alarme esta sendo acionado. Isso serve para demonstrar quais os
códigos CVE estarão sendo acionados, como por exemplo:
Luz branca acesa: CVE 1,
Luz amarela acesa: CVE 2 e
Luz vermelha acesa: CVE 3.]
Quando todas as luzes forem desligadas será caracterizado CVE 4, ou
seja, todo tipo de atividade que envolve as equipes de emergência do
aeroporto será declarada finalizada.
Esta régua seria instalada em colunas nas dependências, assim todos
os lugares do aeroporto estariam cobertos por este tipo de sistema e portanto
todos os voluntários estariam a disposição em uma emergência.
Figura 6: Modelo de “régua” para o alarme CVE
Obs: As luzes seriam estrboscópicas e um sistema sonoro de aviso.
������
�
�
������
�
�
������
64
CONCLUSÃO
Após diversas pesquisas, estudos, consultas em órgãos, periódicos, leis,
chegamos a estas informações que concluímos o presente trabalho, com a
certeza de que há muito ainda a ser estudado.
Concluímos que o aeroporto Internacional de Guarulhos dispõe de
pessoas devidamente treinadas a operar em uma situação de risco e prestar
socorro as vítimas, entretanto, constatamos que o aeroporto apresenta falhas
em seu alarme.
A consciência de todos é de promover treinamentos para que sempre
hajam pessoas dispostas e bem preparadas em atuar em condições de
emergências aeroportuárias.
Com a sugestão dada, espera-se que a Infraero possa estar estudando
a viabilidade da implantação deste sistema ou ainda, através de nossos
estudos um equipamento mais eficiente ainda a ser instalados em todos os
aeroportos do Brasil para aumentar cada vez mais a segurança aeroportuária.
Todos os aeroportos devem realizar e ter em seu poder, um Plano de
Emergência Aeronáutico, para que se possa tomar as decisões mais acertadas
a esse tipo de evento que acontece todos os anos nos aeroportos do Brasil e
do mundo.
65
BIBLIOGRAFIA
Parte Integrante da revista Sipaer, “SEGURANÇA DE VÔO E
EMERGÊNCIA EM AEROPORTOS”, nº 31, jun p. 24-25 1996.
NSMA 3-1 Investigação e Prevenção de acidentes Aeronáuticos
“CONCEITUAÇÕES E VOCÁBULOS, EXPRESSÕES E SÍMBOLOS NO USO
DO SIPAER”, fev. de 1999.
NSMA 3-4 Investigação e Prevenção de acidentes Aeronáuticos “PLANO
DE EMERGÊNCIA AERONÁUTICA EM AERÓDROMO”.Jan 1996
NSMA 3-5 Investigação e Prevenção de acidentes Aeronáuticos
“COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES E INCIDENTES AERONÁUTICOS”, jan. de
1996.
NSMA 3-6 Investigação e Prevenção de acidentes Aeronáuticos
“INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE E INCIDENTE AERONÁUTICO”, jan de
1996.
CVE INFRAERO Manual de primeiros Socorros, Curso de formação de
Voluntários de emergência.
NVTEC INSTITUTE, Plano de emergência aeronáutica: Órgãos
Integrantes do PLEM. On-Line. Disponível em ����������������� ���� .
Acesso em 25 out. 2003
Noser 2501: Apoderamento Ilícito de Aeronave. On-Line. Disponível em
http://www.tripsatr.com.br/atrnews/atr10_p5.htm . �����������������������
Instrução técnica “Plano de Emergência em Aeródromos”, nº 31 Corpo
de Bombeiros do Estado de São Paulo.