TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA
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TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA
Livia Jacarandá de Faria – UTIPed HBDF
www.paulomargotto.com.br
Brasília, 7 de setembro de 2013
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Tromboembolismo na Infância Formação do trombo:
Envolve lesão vascular,adesão e agregação plaquetária e geração de trombina.
Trombina cliva o fibrinogênio e oferece fibrina à matriz
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Tromboembolismo na Infância• Tríade de Virshow:
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Tromboembolismo na InfânciaDissolução do trombo
Fibrinólise(defesa do organismo)- a própria trombina desencadeia a liberação do fator tecidual ativador de plasminogênio nas céls endoteliais;este converte plasminogênio em plasmina
Plasmina- degrada fibrina
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Tromboembolismo na Infância Proteína C e proteína S: Fatores ativados pela trombina A proteína C ativada ligada à proteína S age através da
clivagem de fatores de coagulação ativados(V, VII) Deficiência predispõe a doença trombótica
Antitrombina III: Responsável por mais de 50% da atividade
anticoagulante do plasma Complexo anticoagulante com fatores ativados :
II,IX,X,XI,XII Deficiência : síndrome nefrótica,CIVD,patologias
hepáticas
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Tromboembolismo na Infância
A doença tromboembólica tornou-se mais frequente na última década:
Maior disponibilidade de exames Pacientes com maior sobrevida Aumento do índice de suspeição Cateter central tornou-se rotina
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Tromboembolismo na InfânciaAinda é patologia rara comparativamente aos adultos: RNs- 2,4 por 1000 Crianças – 0,07/10000 pacientes Adultos- 2,5 a 5 por 100 pacientes
Crianças(após período neonatal e antes da adolescência): risco reduzido devido à maior propriedade antitrombótica do endotélio,redução da geração de trombina,aumento dos níveis de α2macroglobulina(inibe ação da trombina)
Em 90% dos casos há fator precipitante
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Tromboembolismo na Infância
Importância :
Frequentemente associada a infecção relacionada a cateter,fonte de êmbolos, risco de perda de um acesso que seria futuramente importante
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Tromboembolismo na InfânciaCausas de trombose:
É multifatorial , geralmente ligado a fator desencadeante (1 ou mais fatores de risco)
Causas mais frequentes: infecção e câncer
Cateter
Síndrome Nefrótica – perda de proteínas anticoagulantes
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Tromboembolismo na Infância
Cateter
Mais frequente em lactentes
Sugere-se maior tendência no cateter em subclávia e femural que jugular
PICC - menor risco em pré escolares e escolares
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Tromboembolismo na InfânciaCardiopatia Congênita:
Alterações de fluxo
Policitemia
Lesões endoteliais
Maior incidência de trombofilias
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Tromboembolismo na InfânciaMalignidade
Hiperviscosidade
Mediadores inflamatórios
Leucemias,sarcomas,tu cerebrais
Quimioterápicos
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Tromboembolismo na InfânciaTrombose Arterial:
SNC,extremidades,coração
8,5/10000 admissões
Idade pico – lactentes
Doença cardíaca,cirurgia, cateteres (umbilical arterial em posição alta – menor risco)
Mortalidade 6,8%
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Tromboembolismo na InfânciaFatores de risco para trombose em crianças:•Cateter central•Infecção•Cirurgia•Trauma•Leucemia, cancer, quimioterapia•Doenças inflamatórias especialmente LES•Doença renal•Cardiopatia congênita•Anemia falciforme•Vasculite,malformações vasculares
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Tromboembolismo na InfânciaO que se sabe sobre o diagnóstico:
Radiológico
Não há definição quanto ao método ótimo
Geralmente é possível fazer o diagnóstico com Doppler e se negativo,venografia
Outros- RM,CT(TEP),ecocárdio
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Tromboembolismo na Infância• Ultrassonografia- não há visualização completa de VCS
ou subclávia; sensibilidade de 37%• Venografia- sensibilidade de 79%• Melhor opção – venografia com RM• Angiografia é pouco realizada por radiologistas
pediátricos
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Tromboembolismo na InfânciaEmbolia Pulmonar:
Cintilografia – avaliação inicial
Considerar angiotomografiaTrombose de Seio Venoso:
RM
CT com e sem contraste
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Tromboembolismo na Infância Laboratório D-dímero – tem sido usado como screening em
adultos.Negativo excluiria trombose,mas positivo deve ser confirmado por exame de imagem
Utilidade em crianças ainda não é clara;não deve ser considerado para exclusão e altos níveis podem indicar alto risco de persistência do trombo
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Tromboembolismo na Infância Avaliação de trombofilia:
Fibrinogênio,atividade de AT-III, PtnC,Ptn S,Acs antifosfolipídeos, atividade do plasminogênio
Pesquisa genética
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Tromboembolismo na Infância
ANTICOAGULANTES:
I- Heparina
Standard- aumenta capacidade de inativação de enzimas da coagulação,em particular da trombina
Doses são idade dependente,com lactentes apresentando maiores requerimentos- manter anti Fxa- 0,35 a 0,7U/ml
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Tromboembolismo na Infância
Lactentes- 28UI/Kg/h
Crianças maiores de 1a- 20UI/Kg/h
Clearance é mais rápido em neonatos – maior volume de distribuição
Efeitos colaterais:
sangramento –1,5% , osteoporose
trombocitopenia induzida por heparina
Reversão- protamina
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Tromboembolismo na Infância
Protocolo de Administração:
I – Dose de ataque:75UI/Kg EV em 10min
II – Manutenção inicial:
28UI/Kg/h em menores de 1 ano
20UI/Kg/h em maiores de 1 ano
III- Ajustar dose para TTPa de 60 a 85seg (assumindo que reflita anti Xa de 0,35 a 0,70)
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Tromboembolismo na Infância
IV – Coleta para TTPa 4hs após dose de ataque e 4hs após alterações na infusão
V – Hemograma e TTPa diários quando valores terapêuticos são atingidos
OBS:se risco de sangramento, não realizar bolus
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Tromboembolismo na Infância• Reversão do Efeito da Heparina: Tempo decorrido da administração:
Heparina Protamina < 30min 1.0 mg/100 UI heparina 30–60min 0.5–0.75 mg/100 UI 60–120min 0.375–0.5 mg/100 UI
> 120 min 0.25–0.375 mg/100 UI
Dose máxima: 50mgTaxa de infusão:máximo de 5mg/min
(Guidelines - Chest,Fev 2012)
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Tromboembolismo na Infância
II- HBPM(heparina de baixo peso molecular)
Vantagens potenciais – mínima monitorização,falta de interferência com outras drogas
Pequeno risco de trombocitopenia e osteoporose,raramente sangramento
Manter antiFXa de 0,5 a 1U/ml
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Tromboembolismo na Infância
Doses Enoxaparina:
< 2m -
1,5mg/kg/dose a cada 12hs (tratamento)
0,75mg/kg/dose a cada 12hs(profilaxia)
>2m
1mg/kg/dose a cada 12hs(tratamento)
0,5mg/kg/dose a cada 12hs(profilaxia)
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Tromboembolismo na Infância
III- Antagonistas da vitamina K
Reduz fatores dependentes de vitK – II, VII,IX e X.
Problemático em RNs : LM apresenta baixas concentrações de vitK e fórmula tem suplementação
Apresentação apenas em comprimidos – estabilidade da diluição não definida
Dose inicial de 0,2mg/kg , com ajustes objetivando INR de 2 a 3
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Tromboembolismo na Infância Protocolo de ajuste das doses: I – Dia 1: Ataque de 0,2mg/kg (INR basal de 1 a 1,3)II – Dia 2 a 4: INR Conduta 1,1-1,3 repetir dose inicial 1,4 a 1,9 50% da dose inicial 2,0 a 3,0 50% da dose inicial 3,1 a 3,5 25% da dose inicial > 3,5 suspensão até INR < 3,5 e reiniciar com metade da dose
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Tromboembolismo na Infância
III – Manutenção:
INR Conduta
1,1 a 1,4 aumento em 20% da dose
1,5 a 1,9 aumento em 10% da dose
2,0 a 3,0 manter
3,1 a 3,5 redução de 10% da dose
> 3,5 suspender até INR< 3,5 e
reiniciar com redução de 20% da dose
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Tromboembolismo na Infância
Efeitos colaterais – sangramento(menor que 3,2% por paciente por ano em pacientes com prótese valvar)
Se INR >8 sem sangramento significante – vit K
Sangramento importante – plasma fresco,complexo protrombínico, fator VIIa
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Tromboembolismo na Infância
IV- AntiplaquetáriosAspirina
Antiagregante plaquetário,clearance lento no recém-nascido
Dose proposta- 1 a 5mg/kg/dia
Raramente causa hemorragia importante, exceto na presença de defeito hemostático prévio
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Tromboembolismo na InfânciaDipiridamol:
2 a 5mg/kg/diaClopidogrel:
0,2mg/kg/dia
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Tromboembolismo na Infância Trombolíticos:
Ação mediada por conversão do plasminogênio em plasmina
Streptoquinase –mais barato,mas com maior potencial alergênico e pode ser menos eficaz em crianças
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Tromboembolismo na Infância
TPA- ativador de plasminogênio tecidual
É o agente de escolha devido à baixa imunogenicidade.Mais caro
Dose: 0,5mg/kg/h em 6hs
Contra indicações relativas: história de AVC, ataque isquêmico transitório e hipertensão
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Tromboembolismo na Infância Controle- d-dímero e fibrinogênio (limite inferior de
100mg/dl) Doses baixas para restaurar patência de cateter Doses mais altas para lise de trombos Sangramento em até 68%,com necessidade de transfusão
em 39%(risco maior quanto maior a duração)
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Tromboembolismo na Infância
Antes de utilizar corrigir trombocitopenia e deficiência de vitK
Sangramentos volumosos – parar infusão e administrar crioprecipitado
Deve ser considerado em trombose extensa e embolia pulmonar maciça
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Tromboembolismo na InfânciaRemoção do Cateter:
Remoção deve ser realizada após 2 a 4 dias de anticoagulação
Caso remoção não seja possível: monitorar com exames de imagem
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Tromboembolismo na InfânciaFiltros de VCI – crianças maiores com trombos em MMII
e contraindicação à anticoagulação.Não há guidelines a respeito do uso em crianças
Trombectomia- rara, risco de lesão vascular
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Tromboembolismo na InfânciaAnticoagulação:
Tromboembolismo secundário: até 3 meses de tratamento
Tromboembolismo idiopático: 6 meses de tratamento
Tromboembolismo idiopático recorrente e síndrome antifosfolipideo – manutenção persistente
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Tromboembolismo na InfânciaPrognóstico da TVP:
Mortalidade de 2,2%
Recorrência de 8,1 a 21%
TEP ainda muito subestimado
Não há indicação para anticoagulação de rotina em paciente com acesso venoso central
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Tromboembolismo na InfânciaCrianças de alto risco:
Imobilização prolongada,grandes cirurgias, trauma,NPT domiciliar prolongada,fatores de risco(cateter, história familiar)
Parece haver benefício da profilaxia em adolescentes, especialmente se longo tempo acamados
Não há consenso quanto ao regime
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Tromboembolismo na Infância BIBILOGRAFIA:• Thompson ,Jill A; McSwain,David S; Stroud,Melanie A. Venous
thromboembolism prophylaxis in the pediatric trauma population. Journal of Pediatric Surgery (2013) 48, 1413–1421
• Chalmers, E;Ganesen,V;Liesner,R; Maroo,S. Guideline on the investigation, management and prevention of venous thrombosis in children. British Journal of Haematology, 154, 196–207
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Tromboembolismo na Infância• McCrory,CM;Brady,K;Takemoto,C; Tobias,J. Thrombotic
disease in critically ill children. Pediatr Crit Care Med 2011 Vol. 12, No. 1
![Page 44: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/44.jpg)
GUIDELINES (Chest,Fevereiro 2012)
![Page 45: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/45.jpg)
GUIDELINES
I- Trombose venosa sistêmica em neonatos:
Cateter venoso central deve ser removido após 3 a 5 dias de terapêutica anticoagulante(2C)
Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular ou heparina standard seguida de baixo peso molecular
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GUIDELINES
Duração de anticoagulação: 6 semanas a 3 meses(2C)
Trombólise indicada apenas se oclusão causando comprometimento crítico de membros ou órgãos(2C)
Se indicada trombólise, preferir t PA após uso de plasminogênio(2C)
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GUIDELINES
II – Trombose de veia renal em neonatos:
É a forma mais comum de trombose venosa espontânea
25% dos casos bilateral
52 a 60% extensão em VCI
Sobrevida próxima a 100%
Sequelas : IRC e hipertensão
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GUIDELINES• Recomendações:
Se unilateral na ausência de insuficiência renal ou extensão para VCI: tratamento de suporte com monitoração radiológica ou anticoagulação com heparina standard/ baixo peso molecular por 6 semanas a 3 meses(2C)
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GUIDELINES
Se acometimento bilateral com evidência de lesão renal – anticoagulação com heparina standard/baixo peso molecular ou trombólise com t PA seguida de anticoagulação com heparina(2C)
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GUIDELINES
III – Profilaxia em cateter venoso central de neonatos:
Patência deve ser mantida com uso de heparina standard na dose de 0,5UI/Kg/h (1 A )
Obstrução do cateter – trombólise após avaliação clínica adequada(2C)
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GUIDELINES
IV – Profilaxia para shunts Blalock-Taussig
Oclusão em 1 a 17% dos casosRecomendações:
Terapia intraoperatória com heparina standard(2C)
Após a cirurgia – manutenção com aspirina ou sem anticoagulação(2C)
![Page 52: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/52.jpg)
GUIDELINES
V – Terapêutica para trombose de artéria femural:
Recomenda-se heparina standard como terapia inicial(1B) ou heparina de baixo peso molecular(2C)
Sugere-se manutenção ou conversão para heparina de baixo peso molecular para completar 5 a 7dias de tratamento(2C)
![Page 53: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/53.jpg)
GUIDELINES
Trombólise é recomendada se criança com comprometimento que causa risco de morte ou grave acometimento de órgão sem resposta ao uso inicial de heparina(1C)
Em risco de óbito iminente e contraindicação a trombólise recomenda-se intervenção cirúrgica(1C)
![Page 54: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/54.jpg)
GUIDELINES
VI – Profilaxia de cateter arterial periférico:
Recomenda-se infusão de heparina standard (0,5UI/ml) a 1ml/h(1 A)
![Page 55: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/55.jpg)
GUIDELINES
VII – Tratamento de trombose de artéria periférica secundário ao uso de cateter:
Recomenda-se remoção imediata do cateter(2B)
Se sintomático – anticoagulação com heparina standard com ou sem trombólise ou trombectomia com heparinização subsequente(2C)
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GUIDELINES
VIII – Profilaxia de cateter arterial umbilical em neonatos:
1 a 3% de trombose sintomática
Recomendações:
Deve ser preferido o posicionamento alto (2B)
Sugere-se profilaxia com heparina standard pelo cateter na concentração de 0,25 a 1UI/ml para manter patência(2 A)
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GUIDELINES
IX – Profilaxia de cateterismo cardíaco:
Para neonatos e crianças necessitando cateterismo via artéria recomenda-se uso de heparina standard no lugar de não profilaxia(1 A) ou aspirina(1B), na dose de 100UI/Kg em bolus no lugar de 50UI/Kg (1B)
Em procedimentos prolongados recomendam-se novas doses(2B)
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GUIDELINES
X – Trombose de seio venoso em RNs:
Incidência : 2,6 por 100000
Entre neonatos com hemorragia intraventricular, a trombose de seio venoso é documentada em 31% e é mais frequente quando a hemorragia talâmica está presente
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GUIDELINES
7 a 19% de mortalidade e comprometimento neurológico em 36 a 79% dos sobreviventes
Em neonatos sem hemorragia volumosa sugere-se anticoagulação inicialmente com heparina standard e posteriormente baixo peso molecular com duração entre 3semanas e 6 meses (2C)
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GUIDELINES
Para neonatos com hemorragia significativa sugere-se anticoagulação ou tratamento de suporte com monitoração radiológica no dia 5 a 7 e anticoagulação se extensão do trombo(2C)
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GUIDELINES
XI – AVC isquêmico arterial em RNs
Difícil diagnóstico – RM
1:4000 nascidos vivos
Déficit neurológico ou epilepsia em 50 a 75% dos sobreviventes
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GUIDELINESRecomendações:
Primeiro AVC na ausência de fonte de êmbolos sugere-se terapia de suporte(2C)
Primeiro AVC e fonte documentada sugere-se anticoagulação com heparina standard ou baixo peso molecular(2C)
AVCs recorrentes – terapia anticoagulante ou aspirina(2C)
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GUIDELINES
XII – TVP e Embolia pulmonar em crianças:
95% tem fator de risco identificável
Quando espontânea,em geral em MMII
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GUIDELINES• Recomendações:
Primeiro tromboembolismo relacionado ou não ao cateter – terapia com heparina standard ou baixo peso molecular (1B)
Tromboembolismo idiopático – terapia anticoagulante por 6 a 12meses(2C)
Tromboembolismo secundário com resolução do fator de risco – terapia por 3 meses(2C)
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GUIDELINES
Criança com fator de risco presente ,mas potencialmente reversível,sugere-se anticoagulação em doses terapêuticas ou profiláticas até a resolução do fator de risco(2C)
Criança com tromboembolsimo recorrente idiopático recomenda-se tratamento por tempo não definido com inibidores da vitK (1 A)
![Page 66: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/66.jpg)
GUIDELINES
Criança com tromboembolismo e cateter venoso central,caso o cateter não esteja funcionante ou não seja mais necessário, recomenda-se a remoção(1B).Sugere-se ao menos 3 a 5 dias de anticoagulação antes da remoção(2C)
Se o acesso é funcionante e necessário sugere-se permanência com uso de anticoagulantes(2C)
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GUIDELINES
Em crianças com trombose e cateter ainda necessário recomenda-se após os 3 meses iniciais de terapia ,uso de doses profiláticas de antagonistas de vitK(para INR de 1,5 a 1,9) ou HBPM(para anti fator Xa de 0,1 a 0,3UI/ml) até a remoção do cateter(2C)
Se ocorrer trombose recorrente em uso de profilaxia,continuar com doses terapêuticas até remoção do cateter e por no mínimo 3meses após tromboembolismo(2C)
![Page 68: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/68.jpg)
GUIDELINES
XIII – Trombólise em crianças com TVP:
Trombólise é recomendada somente em risco de óbito ou perda de membro (2C)
Se utilizada em pacientes com baixos níveis de plasminogênio ,sugere-se suplementação(2C)
![Page 69: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/69.jpg)
GUIDELINES
XIV – Crianças com cateter venoso central:
Para cateter venoso central sugere-se flush com solução fisiológica, heparina ou urokinase para manter patência(2C)
Para cateter obstruído sugere-se t PA ou urokinase para restaurar patência(2C); se após 30min patência não é restaurada, sugere-se segunda dose
![Page 70: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/70.jpg)
GUIDELINES
Para crianças com cateteres de curta ou média permanência não se recomenda profilaxia de rotina(1B)
Para crianças em uso de NPT domiciliar prolongada recomenda-se profilaxia com inibidores da vitK(2C)
![Page 71: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/71.jpg)
GUIDELINES
XV – Hipertensão pulmonar primária:
Sugere-se anticoagulação com inibidores da vitK no mesmo momento em que se iniciam outras terapêuticas(2C)
![Page 72: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/72.jpg)
GUIDELINES
XVI – Trombose de seio venoso em crianças:
0,6 por 100000 crianças, sendo > 40% em neonatos
9 a 29% de óbitos
Déficits neurológicos em > de 50%
![Page 73: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/73.jpg)
GUIDELINES• Recomendações:
Crianças sem hemorragia intracraniana significativa – anticoagulação com heparina standard ou HBPM e subsequente inibidor de vitK ou HBPM por no mínimo 3 meses (1B)
Se após três meses persistem sintomas ou oclusão , manter por mais 3 meses(2C)
![Page 74: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/74.jpg)
GUIDELINES
Em crianças com hemorragia significativa sugere-se anticoagulação como para crianças sem hemorragia ou monitoração radiológica com 5 a 7 dias e anticoagulação se extensão do trombo é percebida(2C)
Sugere-se trombólise,trombectomia ou descompressão cirúrgica somente em casos severos sem resposta à heparina standard inicial(2C)
![Page 75: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/75.jpg)
Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto
Consultem também!
![Page 76: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/76.jpg)
• A incidência estimada de tromboembolismo venoso sintomático em neonatos é de 0,24/10.000 crianças admitidas. Trombos ocorrem em cerca de 30% de todos os cateterismos venosos umbilicais, mas em sua grande maioria são assintomáticos. A trombose venosa renal é a modalidade de trombose mais frequentemente diagnosticada nas UTI neonatais. Geralmente é diagnosticada nos primeiros 2 dias de vida, o rim mais frequentemente acometido é o esquerdo e em 30% dos casos o envolvimento é bilateral. As complicações agudas da trombose renal incluem hemorragia adrenal e extensão do trombo para a veia cava inferior. Das outras modalidades de trombose, 89% estão associadas com a presença de cateter venoso central e 29% com infecção sistêmica. Os outros sítios que podem ser envolvidos incluem a veia cava inferior, a veia cava superior e o átrio direito, com ou sem trombose de uma das cavas. As veias femorais são o segundo sítio mais comum de trombose associada a cateter venoso. Vasos afetados mais raramente incluem a braquiocefálica, subclávia, jugular e ilíacas.
Trombose neonatalAutor(es): Alexandre Peixoto Serafim
(Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 3ª Edição,ESCS, 2013
![Page 77: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/77.jpg)
• Redução significativa da taxa de falha de infusão em cateter periférico quando usada heparina em infusão contínua (Dose adequada parece ser 0.5U/ml)
• Efeitos concordantes com o uso de heparina em acessos profundos, centrais ou periféricos
• Infusão intermitente mostrou efeitos mínimos• Sem efeitos adversos relacionados ao uso da heparina
:: Uso de baixa dose de heparina e patência dos cateteres periféricos Intravenosos na criança: revisão sistemática
Autor(es): Manoj Kumar, Ben Vandermeer, Dirk Bassler and Nadia Mansoor. Apresentação:Ana Carla Borges de Oliveira, Paulo Roberto Margotto
![Page 78: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/78.jpg)
• Os sistemas pró-coagulantes, anticoagulantes e Os sistemas pró-coagulantes, anticoagulantes e fibrinolítico são únicos e diferentes de outras faixas fibrinolítico são únicos e diferentes de outras faixas etárias.etárias.
• Estão em um Estão em um relativo estado pró-trombóticorelativo estado pró-trombótico, balanceados , balanceados com fatores que previnem eventos tromboembólicos em com fatores que previnem eventos tromboembólicos em neonatos a termo e prematuros “relativamente bem”.neonatos a termo e prematuros “relativamente bem”.
• Quando esse balanço é desfeito o neonato permanece Quando esse balanço é desfeito o neonato permanece com alto risco de desenvolver tromboses. Infecções e com alto risco de desenvolver tromboses. Infecções e cateteres aumentam o risco.cateteres aumentam o risco.
Avaliação e manejo da trombose pós-natalAutor(es): M A Saxonhouse and D J Burchfield. Apresentação:Antenor Couto Neto, Márcio Teixeira de Campos, Ciro Mendes Vargas, Leonardo Alves, Paulo R. Margotto
![Page 79: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/79.jpg)
• A trombose dos seios venosos cerebrais parece exercer papel na patogênese da HIV dos RN a termo saudáveis, não diagnosticada outrora devido a não disponibilidade de dados da moderna imagem. O fato do sistema venoso profundo drenar as veias coroidal, atrial e tálamo-estriata, o coágulo ali, primariamente formado, pode levar a hipertensão venosa e hemorragia acima do coágulo. No estudo de Wu, em 31% dos recém nascidos a termo com HIV, tinham trombose dos seios venosos cerebrais, diagnosticado pela ressonância magnética e pela venografia cerebral. Neste estudo, a origem mais comum do sangramento intraventricular foi o tálamo. Nos nossos quatro bebês evidenciamos hemorragia talâmica em um. A ressonância magnética realizada no quarto caso, após 22 dias da ocorrência da hemorragia intraventricular, não evidenciou trombose nos seios venosos cerebrais. Segundo Wu e cl, coágulos nos seios venosos cerebrais podem se dissolver muito rapidamente, escapando a detecção se a ressonância não é feita inicialmente Em nenhum dos nossos recém- nascidos foi feita venografia cerebral.
Hemorragia intraventricular no recém-nascido a termoAutor(es): Paulo R. Margotto
(Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 3ª Edição,ESCS, 2013
![Page 80: TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA](https://reader030.fdocument.pub/reader030/viewer/2022013115/5681465b550346895db37b06/html5/thumbnails/80.jpg)
Dra. Lívia Faria realizando ecografia transfontanela na Unidade de Neonatologia
do HRAS/HMIB