TRIGO: RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA MATO GROSSO DO … · Claudio Alberto Souza da Silva -...
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ISSN 0100-6885 Março, 1987
NUMERO 15
TRIGO: RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS
PARA MATO GROSSO DO SUL
SAFRA 1987
PRO 828t 987 .V-PP-2011 .00752
TRIGO: recomendacoes ... lAgropecudria-EMBRAPA
1987 LV.PP-2011.00752 tira
iIIIO IIlIItIII I!lI Il1 Illt l Ii IIII ItE II II a de Âmbito Estadual de Dourados
AI-SEDE-51558-1
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidente: José Sarney
Ministro da Agricultura: Iris Rezende Machado
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
Presidente: Ormuz Freitas Rivaldo
Diretores:AIi Aldersi Saab
Derli Chaves Machado da Silva
Francisco Ferrer Bezerra
ISBN 0100-6885
CIRCULAR TÉCNICA N2 15 Março, 1087
TRIGO: RECOMENDAÇÕES TËCNICAS PARA MATO GROSSO DO SUL - SAFRA 1987
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - EMBRAPA
rulad
a ao Ministrio da Agricultura
ade de Execuçao de Pesquisa de mbito Estadual de
ados - UEPAE de Dourados
Dourados, MS•
Exemplares desta publicação podem ser solicitados ã:
EMBRAPA-UEPAE de Dourados Rodovia Dourados-Caarap6, km 5 Telefone: (067) 421_0411* Telex: (067) 2310 Caixa Postal 651 79800 - Dourados, MS.
Tiragem: 1.500 exemplares
Comit de Publicaç6es:
'Data 1 N.4 N.
' MCC
N. RegittrO
Amoacy Carvalho Fabricio (Presidente) Eli de Lourdes Vasconcelos (Secretaria) Carlos Virgilio Silva Barbo Francisco Marques Fernandes joao Carlos Heckier Sergio Arce Goniez
Empresa Brasileira de Pesquisa A9ropecuãria. Unída de de Execução de Pesquisa de Arubito Estadual de Dourados, MS. Trigo: recomendaç6es tcnicas para Mato Grosso do
Sul - safra 1987. Dourados,. 1987. 72p. iiust. (EMBRAPA. UEPAE Dourados. Circular
Técnica, 15).
l.Trigo-Cultivo-Brasil-MatO Grosso do Sul.I.TTtu lo.II.Serie.
CDD 6??.11098172
CC 1
-l987
Este trabalho foi organizado por
Paulo Gervini Sousa - Eng.-Agr. , da EMBRAPA-UEPAE de Dou
rados.
Colaboradores:
EMBRAPA-UEPAE de Dourados
Airton Noriemacher de Mesquita - Eng. -Agr. Amoacy Carvalho Fabricio - Eng.-Agr. Arnaldo Comes de Moraes - Técnico Agrícola Cayo Mano Taveila -.Eng.-Agr. Claudio Alberto Souza da Silva - Eng.-Agr. Claudio Lazzarotto - Eng.-Agr. Francisco Marques Fernandes - Eng.-Agr. Luiz Alberto Staut - Eng.-Agr. cosa Ubirajara Garcia Fontoura - Eng.-Agr. Olavo Roberto Sonego - Eng.-Agr. Rinaldo de Oliveira Calheiros- Eng.-Agr. Sergio Arce Gomez - Eng.-Agr.
COTRIJIJI
Carlos Pitol - Eng.-Agr.
Fazenda Itamarati
Francisco Alberto Boldt - Eng. -Agr.
CAC-CC
Ricardo Tomikazu Aoki - Eng.-Agr.
SUMÂRIO
Pãgina
1. INTRODUÇÃO .
2. FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS ...... 9
2.1. Pmostragem do solo ........................1 0
2.2. Acidez e calagem ....................... ... li
2.3. Adubação .................................. 13
2.4. Critérios t5cnicos para a escolha do cal cá
rio e fertilizantes ....................... 17
2.4.1. Calcário ................................ 17
2.4.2. Fertilizantes ........................... 17
3. ECOLOGIA, PRATICAS CULTURAIS E IRRIGAÇÃO ....... 18
3.1. Epoca de semeadura ........................ 18
3.1.1: Trigo não irrigado ...................... 18
3.1.2. Trigo irrigado .......................... 19
3.2. Introdução do cultivo de trigo não irriga
do na região norte de Mato Grosso do Sul
em áreas com altitude inferior a 800 rn 21
3.3. Espaçamento e densidade de semeadura ......22
3.4. Uso e manejo do solo ...................... 22
3.4.1. Preparo do solo ........................ 22
3.4.2. Semeadura direta ........................ 25
3.5; Manejo da água em irrigação por aspersão 26
3.5.1. Quando irrigar .......................... 26
3.5.2. Quanto irrigar ..........................29
Pâg i na
3.5.3. Exemplode cãlculo da lâmina de âgua pa
ra irrigação ............................31
3.6. Flerbicidas ................................32
4. MELHORAMENTO GENTICO ..........................32
4.1. Cultivares ................................3 2
4.1.1. Para solos de campo corrigidos ..........37
4.1.2. Nova cultivar para solos de campo corri
gidos.................................... 37
4.1.3. Para solos de mata .......................37
4.1.4. Novas cultivares para solos de mata .....38
4.1.5. Para cultivo irrigado na região da Gran
de Dourados ............................. 38
4.1.6. Cultivares e linhagens em fase final de
experimentação........................... 33
5. FITOSSANIDADE .................................. 41
5.1. Controle de doenças ....................... 4 1
5.1.1. Tratamento de sementes ..................41
5.1.2. Tratamento da parte area ...............43
5.2. Controle de insetos-pragas ...............55
5.2.1. Pulg6es ................................. 55
5.2.2. Lagartas ................................6 0
5.2.3. Observaç6es sobre o indice de segurança 61
6. SOBRE-SEMEADURA ................................ 61
7. COLHEITA ...................................... 62
7.1. Perdas na colheita ....................... 62
7.1.1. Velocidade do molinete .................63
P5Ú i na
7.1.2. Como reduzir as perdas . 64 7.1.3. C1cu10 das perdas na operação de colhei
a...................................... 7.2. Correço.de problemas na colheita.........70
TRIGO: BECC'flDAÇÕES TÉCNICAS PARA NATO GROSSO DO SUL -
SAFRA 1987
1. INTRODUÇÃO
Esta circular tknica tem a finalidade de divulgar re
comendaç6es para o cultivo do trigo, em Mato Grosso do
Sul, baseadas em trabalhos desenvolvidos pela Empresa Bra
sueira de Pesquisa Agropecuária-Unidade d Execução de
Pesquisa de Ambito Estadual de Dourados (EMBRAPA-UEPAEde
Dourados), Cooperátiva Agricola de Cotia-Cooperativa Cen
tral (CAC-CC), Cooperativa Regonal Tritfcola Serrana
Ltda (COTRIJUI), Fazenda Itamarati e outras instituiç6es
de pesquisa.
Estas recomendaç6es foram aprovadas na III Reunião da
Comissão Centro-Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo, rea
lizada em Cascavel, PR, de 19 a 23 de janeiro de 1987.
A atualização deste documento será realizada anualmen
te pela UEPAE de Dourados.
2. FERTILIDADE DC) SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS
O Mato Grosso do Sul apresenta solos com aptidão agrT
cola que, racionalmente explorados, poderão trazer gran
des benefícios aos triticultores. A fertilidade natural
dos mesmos está relacionada com a vegetação de origem.
Os solos de campo e cerrado possuem alta saturação de
alumínio e são pobres em nutrientes, necessitando de
uma boa correção para a sua utilização. Já os de mata,
lo
em geral , não apresentam aluminio t6xico e são muito bem
supridos de nutrientes, com excessão do f6sforo (P).
Os solos de várzea tambni poderão ser cultivados com
trigo, desde que sejam sistematizados. Neste tipo de so
lo há necessidade de uma boa adubação, para que ocorra
mineralização da mat&ria orgãnica, com conseqUente libe
ração de nit,'ogánio.
2.1. Arrostragem do solo
a prática mais eficiente para estimar a necessidade
de calcário e adubo. A maior fonte de erro rta recomenda
ção da calagem e adubação, proveniente da má amostrageni
realizada no campo. Assim, a amostra deve representar, o
mais fielmente possTvel, a área a ser trabalhada, deven
do obedecer certos critários em relação à topografia, cor
e textura do solo, cobertura vegetal, condiç6es de uso,
drenagem e hist5rico (calagem e aduoaç6es anteriores e
rendimentos obtidos).
Deve-se dividir a propriedade em glebas e,em cada uma
destas, caminhar em zigue-zague, coletando-se, ao acaso,
quinze a vinte subamostras, que deverão ser depositadas
num balde plástico ou em outro recipiente bém limpo. Da
dos tTpicos de amostragem do solo sugerem que são neces
árias cerca de dez subamostras para representar ade
quadamente 2 ha, quinze para representar 4 ha e 20 para
representar 8 ha. As subamostras deverão ser homogeneiza
das, obtendo-se a amostra composta, a qual deverá ser
11
acondicionada em sacos plásticos limpos e enviada ao la
borat6rio. A ainostragem deve ser feita anualmente e anali
sada em laborat&rios oficiais ou credenciados.Aprofundi
dade de amostragem deverá atingir a camada arável , ou se
ia, os primeiros 20 cm, usando-se pá de corte ou trado.
2.2. Acidez e calagem
O conhecimento do Tndice de acidez e do teor de alumí
nio trocável no solo Efator importante para a utilização
racional de uma área. Mdidas corretivas deverão ser toma
das, a fim de tornar estes Tndices adequados ás exigân
cias da cultura. A aplicação de calcário, em doses reco
mendadas, constitui-se em fator de aumento da disponibili
dade de nutrientes, uma vez que.os solos, na grande maio
ria, são ácidos.
Os efeitos benâficos da calagem se fazem sentir de
forma distinta nas cultivares de trigo. As cultivares
criadas no Brasil geralmente apresentam boa tolerância á
acidez e ao alumTnio porque foram selecionadas nessa cor
dição. Já as originárias do Mxico foram selecionadas em
solo sem acidez e sem alumTnio, e por isso apresentam
grande suscetibilidade a estes fatores.
Os efeitos da calagem tamb&rn podem ser prejudiciais
ao trigo, especialmente se o calcário for desuniforrnemen
te distribuTdo e incorporado superficialmente, causando
a supercalagem em certos pontos da lavoura.
Recdmenda-se aplicar calcário sempre que a percenta
gem de saturação de ALa+ for superior a 10 %, calculada
12
com a equação:
Aea + % de saturação de A&3 = x 100
AZ3 t +Ca 2 + Mg2 t +
AZ3+, Ca2+, Mg2+ e K+ são expressos emmeq/lOO cm 3 de
solo.
A necessidade de calcãrio (NC),em t/ha, é calculada
com a equação:
MC = AZ3t x 2 x f
Se o teor de Ca 2 t + Mg2+ for inferior a 2 meq, a ne
cessidade de calcãrio & calculada pela equação:
MC .= [AZ3t x 2 + 2 - (Ca 2 + + Mg2] x f
AZ3 +, Ca2t e Mg 2 t são expressos em meq/100 cm 3 de so
lo; f = 100/PRNT.
Quando a anãlise de solo fornecer o teor de H+ +
a necessidade do calc5rio pode tambãm ser determinada em
função da percentagem de saturação de bases, utilizando-
se a equação:
v 2 - NC=Tx xf
"dpi
MC = necessidade de calagem, em t/ha.
T = capacidade de troca de ctions ou.S + (H+ +
em mcq/100 cm3.
13
5 = soma de bases trocáveis (Ca2+ + M92+ + K+), em nieq/
lOD crn3 .
= % de saturação de bases desejada (no mTnimo, deve
ser igual a 50 %).
= % de saturação de bases fornecida pela análise=l00
x S/T.
f = lOD/PRNT.
2.3. Mubação
O rendimento de urna cultura depende da quantidade de
nutrientes absorvidos pela planta. As adversidades clim5
ticas e a incidncia de doenças e pragas causam transtor
nos ãs transformaç6es dos nutrientes em produtos colhj
dos.
Os fertilizantes constituem uma fração considerável
do custo de produção de trigo e sua utilização, na quan
tidade correta, dará maior retorno económico, mantendo a
fertilidade do solo.
Um dos problemas de interpretação dos resultados ana
lTticos de fósforo do solo, está ligado ao emprego ante
nor de fosfatos naturais. Se o extrator for um ácido,
como ê o caso do mõtodo de Mehlich, usado em Mato Grosso
do Sul e Paraná, este extrairá mais fósforo do que efeti
vamente está disponTvel ãs plantas. Assim sendo, o conhe
cimento do histórico da área pode auxiliar muito na toma
da de decisão da dose à aplicar.
A interpretação dos teores de fósforo (P) e potássio
(K) estão na Tabela 1. Para a adubação de manutenção de
14
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15
ve-se conhecer a análise do solo e aplicar as doses reco
mendadas (Tabela 2), observando-se os seguintes crit&
rios t&cnicos:
a) realizar a adubação nos sulcos de serneadura;
b) não aplicar adubação nitrogenada na base (semeadu
ra), quando o trigo for cultivado em sucessão á
soja e sem irrigação;
b) utilizar adubação nitrogenada, em cobertura, somen
te quando for observada deficincia nas plantas.
Neste caso, a apli'cação deverá ser feita de .quihze
a 20 dias apds a emergncia at& o inTcio do embor
rachamento, com as plantas livres de umidade prove
niente do orvalho ou da chuva, e nas horas menos
quentes do dia. Aaplicaçãodonitrognio em cobertu
ra pode ser feita ao solo, quando este apresentar
umidade suficiente, ou via foliar atrav&s de equi
pamentos de pulverização (concentração de ur&iade,
no máximo, 10 %);
d) utilizar doses de potássio maiores que as recomen
dadas (Tabela 2), se o trigo for cultivado em su
cessão ao arroz ou milho;
e) a aplicação de micronutrientes só deverá ser feita
após verificada a deficincia, através de análise
do solo ou de tecidos. No se recomenda aplicar mi
cronutrientes via foliar;
f) em regi6es onde já foi observada a ocorrncia de
chochamento Øas espigas (esterilidade masculina),
o mesmo pode ser prevenido com o uso na base (se
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17
meadura), de 0,65 a 1,30 kg/ha do elemento boro,
na forma de b6rax ou FTE;
g) em lavouras irrigadas, as doses de nutrientes re
comendadas (Tabela 2) poderão ser aumentadas, a
critério da assist&ncia t&cnica. A adubação Mtra
genada em cobertura poderá ser feita atravës da
água de irrigação.
2.4. Critérios técnicos para a escolha do calcário e Ler.
tjlizantes
2.4.1. Calcário
A legislação vigente estabelece quatro tipos de calcã
rio:
A = com PRNT entre 45,0 e 60,0 %
8 '= com PRNIT entre 60,1 e 75,0 %
O = com PRNT entre 75,1 e 90,0 %
O = com PRNT suøerior a 90,0 %
Escolher o produto que apresentar o menor custo por
unidade de PRNT, levando em consideração, tamb€m, o cus
to do transporté e da aplicação.
2.4.2. Fertilizantes
a) Nitrognio - as principais fontes são uréia e sul
fato de am6nio. Escolher a fonte que apresentar o
menor custopor unidade de N;
b) f6sforo - a escolha da fonte de f6sforo deve ser
M.
baseada no custo da unidade de P205, posto na pro
priedade, e solüvel nas seguintes soluç6es:
- citrato neutro de am6nio mais ãgua para superfos
fato triplo, superfosfato simples e fosfatos par
cialmerite acidulados;
-. ácido citrico a 2 %, relação 1:100, para termo
fosfatos, esc5rias de desfosforização e fosfatos
naturais do Brasil.
No caso do fosfato natural era pS de Gafsa (Norte da
Africa), a eficincia agron5mic aproximadamente
equivalente ao dobro da solubilidade em ácido ci
trico a 2 %, relação 1:100;
c) potássio - as fontes principais são cloreto de p0
tássio e sulfato de potássio. Deve-se preferir a
fonte que apresentar o menor custo por unidade de
K 2 0 1 posto na propriedade;
d) f6rmulas NPK - a análise do solo e outros crit
rios tácnicos devem definir a f6rmuia a usar. Deve-
se optar por aquela que apresentar o menor custo
por unidade de NPK, posto na propriedade. Nos cál
culos, considerar o teor de P . 2 0 5 solve1 em citra
to neutro de am6nio mais água ou ácido cinco a
2 %, relação 1:100, conforme a origem do produto.
3. ECOLOGIA, PRÁTICAS CULTURAIS E IrRIGAçÁo
3. 1. Época de sorrcadura
3.1.1. igo não irrigado
19
3.1.1.1. Município de DDurados
A época recomendada é de 15 de março a 15de maio, sen
do o periodo mais aconselhável durante o mês de abril. To
lera-se aumentar este limite em até quinze dias, a crité
rio da assistência técnica, quando ocorrerem adversida
des climáticas que o justifiquem.
3.1.1.2. Região de fronteira
Compreende os niunicTpios de Antonio JoTo, Ponta Porá,
Aral Moreira, Amambai e Coronel Sapucaia. A época reco
mendada nesta região é de 15 de março aiS de junho. Quan
do semeado entre 15 de abril a 15 de maio está sujeito a
maiores riscos devido ás freqUentes estiagens que ocorrem
nesta época e ás geadas na segunda quinzena de julho.
3.1.1.3. Região norte
Em áreas com altitude acima de 800 m a época reconien
dada é de 01 de fevereiro a 15 de março.
3.1.1.4. Demais regiões do Estado
A época recomendada é de 15 de março a 31 de maio sen
do o mês de abril, o perTodo mais aconselhável. Admite-
se aumentar este limite em até quinze dias, a critério
da assistência técnica, quando ocorrerem adversidades
climáticas que o justifiquem.
3.1.2. Trigo irrigado
20
A época recomendada é de 15 de março a 31 de maio.
Admite-se aumentar este limite, em até quinze dias,a cri
tério da assistência técnica, quando ocorrerem adversida
cles climãticas que o justifiquem.
Observação geral
Á medida que a semeadura dd trigo é retardada dentro
de cada faixa recomendada, aumenta o risco de maior ind
dência de doenças fUngicas nos estãdios iniciais de de
senvolvimento das plantas, e conseqüentemente, a necessi
dade de maior cuidado no controle dás mesmas.
3.1.2.1. Municípios climaticamente viãve4s para o culti
vo do trigo irrigado
Amambai Eldorado
Anaurilândia Fãtima do Sul
Antonio João Gl5'ia de Dourados
Arai Moreira Iguatemi
Bataguassu Itaporã
Bataiporã ItaquiraT
Bela Vista Ivinhema
Bonito JateT
Caarapé Maracaju
Cronel Sapucaia •Mundo. Nov?
Deodãpol is NaviraT
Douradina Nova Andradina
Dourados Ponta Porã
21
Rio Brilhante Tacuru
Sete Quedas Taquaruçu
Sidrolândia
Observação: Pode ser cultivado em municTpios do norte do
Estado desde que atendam ãs seguintes condi
ç6es:
- altitudes mnimas de 600 m
- vrzeas com boa drenagem
- aplicação generalizada de boro (b6rax ou'
ETE BR 12)
- utilização das demais recomendaç6es tcni
cas para trigo irrigado
- exclusão das vãrzeas com solos orgánicos
ou turfosos e•regi6es de geadas.freqüentes.
3.2. Introdução do cultivo de trigo não irrigado na re
gião norte de Mato Grosso do Sul, em áreas cori altI
tudo inferjor a 800 tu
Serão implantadas unidades de observação de trigo não
irrigado nos municipios de São Gabriel do Oeste, Camapuã
e Bandeirantes: Serão observadas as seguintes condiçEes:
a) esta concessão apenas para 1987;
b) áreas das unidades de observação de no máximo 20
ha por propriedade;
c) utilização .das tecnologias recomendadas pela CCSBPT
para o cultivo do trigo em Mato Grosso do Sul
d) cultivp do trigo em solos que apresentem no máximo
22
10 % de saturação de alumTnio;
e) utilização somente das cultivares de trigo toleran
tes ao aluminio, as quais são: BEl 1146, IAC 5-Na
ri ngã, IAC 13-Lorena, IAC 1 8-Xavantes e Trigo BR
20;
f) poca de semeadura de 15 de março a 15 de abril;
g) uso do elemento boro para evitar o choèhamento;
h) coleta de dados climato16gicos;
i) acomphnhamento tcnico das unidades de observação;
j) apresentação dos resultados na VII Reunão Sul-Mato
grossense de Pesquisa de Trigo e na IV Reunião da
Comissão Centro-Sul-Brasileira de Pesquisa de Tri
go.
3.3. Espaçamanto e densidade de semeadura
O espaçamento normalmente usado para o trigo ë de li
cm entre linhas. A densidade recomendada de 350 a 450
sementes viãveis por metro quadrado, para trigo não irri
gado e de 300 sementes viáveis por metro quadrado, para
trigo irrigado.
3.4. Uso e manejo do solo
3.4.1. Preparo do solo
a) Caracterizar a existncia ou não da camada superf
dai adensada (pé-de-arado ou p&-de-grade);
b) a presença de camada compactada caracteriza-se por
23
baixa infiltração de ãgua, raTzes deformadas, plan
tas com sintomas de deficigncia de ãgua em perTodos
de pequena estiagem, estrutura do solo degradada
na camada mobilizada e presença constante de sul
cos de erosão na lavoura.
Identificado o problema, abrir pequenas trinchei
ras (0,30 x 0,30 x 0,50 m) e detectar a profundida
de de ocorr&ncia da compactação, através do aspec
to morfol5gico da estrutura e do toque, com um ins
trumento pontiagudo qualquer, verificando-se a re
sistãncia oferecida pelo solo. Normalmente, o limi
te da camada compactada não ultrapassa a 0,30 m de
profundidade. Para descompactar, utilizar implenien
tos de dentes com ponteiras estreitas (não superior
a 8 cm de largura), regulados para ooerar logo abai
xo da camada compactada. Estes implernentos deverão
permitir regulagens do espaçamento entre as hastes,
bem como a possibilidade de substituição das pon
teiras. Para cada centTmetro de profundidade deve
rã haver 1,2 e 1,3 cm de espaçamento entre as has
tes. A descompactação deverá ser realizada cru coe
diç6es de solo com baixo teor de umidade. Sua dura
bilidade estará relacionada com posterior redução
da intensidade de preparo de solo e emprego de cul
turas densas com abundante sistema radicular. Nova
descompactação será necessária quando forem verifi.
cadas as situaç6es descritas anteriormente;
c) tanto nas áreas compactadas, como naquelas sem es
24
te problema, deve ser reduzido, ao mTnimo, o nUme
ro de operações, sempre preservando o máximo de
palha na superficie do solo;
d) para a implantação do plantio direto, recomenda-se
um levantamento inicial da situação fTsica e de
fertilidade do solo. As medidas corretivas devem
ser adotadas antes do inicio de utilização do sis
tema;
e) a semadura em áreas com resteva facilitada pela
utilização de semeadeiras com discos;
f) encontram-se atualmente no mercado nacional vários
sistemas de elementos rompedores do solo, equipan
do a maioria das máquinas de plantio direto de tri
go. Alguns destes sistemas foram testados no pla
nalto do Rio Grande do Sul e em Dourados (MS), vi
sando avaliar rendimento operacional (ha/h), movi
mento do solo (m/ha), cobertura de sementes (%),
população de plantas (plantas/m2) e numero de espi
gas de trigo (espigas/m2). Nesses trabalhos verifi
cou-se que o sistema de semeadura com enxada rota
tiva, foi o que apresentou menor rendimento opera
cional (1,32 ha/h), sendo 43 e 42 % inferior aos
sistemas de triplo disco (2,30 ha/h) e duplo disco
(2,14 ha/h), respectivamente. Quanto ao movimento
de solo, a enxada rotativa movimentou 298 % mais
solo que os sistemas de triplo e duplo disco. Para
cobertura de sementes, a enxada rotativa cobre em
média 86 %, enquanto que triplo é duplo disco co
25
brem 95 e 96 %, respectivamente. A população de
plantas e o número de espigas, pelo sistema de trj
pio disco foi superior ao sistema de enxada rotati
va 74,5 e 57 %, respectivamente.
3.4.2. Seneadura direta
A disponibilidade de 5gua no solo, durante o cico do
trigo, urna das principais liniitaç6es à produtividade
da cultura no Estado. Isto se deve às poucas precipita,
ç6es, que ocorrem a partir do inTcio da semeadura, e ao
manejo de solo, que não visa a retenção de unidade.
Os resultados de pesquisa e de avaliação de lavouras
de trigo demonstram que o uso da serneadura direta pode
proporcionar um acrëscino de atg 40 % na produtividade,
quando em comparação ao sistema de preparo do SOlO con
grade pesada mais grade niveladora, utilizado em 70 % da
ãrea de cultivo do trigo no Estado. Este último provoca
grande perda da ãgua armazenada no solo, atrasa a sernea
dura do trigo e tem um custo maior.
O bom desempenho da seneadura direta depende:
a) corrigir a acidez e a fertilidade do solo, quando
necessãrio;
b) descompactar e preparar adequadamente o solo antes
da semeadura das culturas de verão;
c) manter um sistema de conservação do solo, evitando
a erosão;
d) deixar a superfcie do solo bem nivelada;
e) efetuar o controle de plantas daninhas nas cultu
26
ras de verão;
f) na colheita, se possTvel , fazer dupl agem dos pneus
das colheitadeiras, para evitar a formação de sul
cos;
g) eliminar a queima dos restos culturais, triturando-
os por ocasião da colheita e mantendo-os bem dis
tribuidos na superfcie;
h) realizar a semeadura direta com assistôncia técni
ca.
O alto custo das mãquinas de plantio di-eto uru fa
tor que pode ser resolvido atravgs da adaptação de semea
deiras convencionais.
3.5. Manejo da água em irrigação por asrsão
Tendo em vista a não disponibilidade de recomendações
especfficas para a Região Centro-Sul , sugere-se adotar,
como orientação para niànejo da ãgua em irrigação por as
persão em trigo, as da Comissão Centro Brasileira, para
a região dos Cerrados do Brasil Central
3.5.1. Quando irrigar
No manejb de ãgua em sistemas irrigados, um dos aspec
tos fundamentais ë a definição do momento das irrigações,
pois a aplicação de ãgua no momento certo õ um dos fato
.res mais importantes para o sucesso da agricultura irri
gada.
Existem vgrias metodologias e critarios para se esta
27
belecer programas de irrigação, que vão desde simples
turnos de rega atë complexos esquemas de integração do
sistema so1o/gua/planta/atmosfera. Portanto, devem ser
fornecidas ticnicas simples e precisas que possibilitem,
a nTvel de campo, a determinação criteriosa do momento
mais adequado para as irrigaç6es.
No caso dos Latossolos dos Cerrados, o critêrio ba
seado na tensão de ãgua no solo, medida çom tensi6me
tros, pode ser adotado, pois estes solos retém cerca de
65 % da ãgua disponTvel , a tenses inferiores a 1 atm,
portanto, dentro da faixa de atuação da tensiometria.
Al&n disso, recomendaç6es para o manejo de ãgua, com ba
se em valores de tensão, refletem as variaç6es edafocli
mãticas, bem como a diferenciação de consumo de igua,
nas diversas fases de crescimento da planta.
Considêrafldo o exposto e com base nos resultados de
pesquisa, jã obtidos nas condiçães dos Latossolos dos Cer
rados, recomenda-se para o momento das irrigaç5es:
a) ap6s a semeadura do trigo, deverã ser aplicada uma
lâmina de ãgua, lTquida, entre 40 a 50 mm, com a
finalidade de umedecer o solo ata, aproximadamente,
50 cm. Essa lâmina de ãgua, inicial, poderã ser
aplicada em uma ou mais vezes, de acordo com a ca
pacidade do equipamentd de irrigação;
b) os tensi6metros devem ser instalados na linha de
semeadura, logo ap6s a aplicação da lâmina de ãgua
inicial, em pelo menos dois pontos da área, com a
extremidade inferior da cápsula porosa a 12 cm de
23
profundidade;
c) as irrigaç6es deverão ser efetuadas quando a média
das leituras dos tensi6metros estiver em torno de
o,6 bar;
d) a instalação dos tensi6metros deve ser feita de mo
do que a câpsula porosa apresente um bom contato
com o solo.Inicialrnente faz-se um buraco, com tra
do, do mesmo diâmetro da câpsula, at a profundida
de de 12 cm; em seguida, introduz-se o tensi6metro.
Deve-se comprimir levemente o solo da superficte,
ao redor do tensi6metro, para que a ãgua de irriga
ção não alcance a cãpsula pelo espaço deixado en
tre o tubo e o solo;
e) devem ser selecionados locais representativos da
ãrea, para intalação dos tensi6metros, assinalan
do-se visivelmente suas posições para evitar dani
ficã-los;
f) as leituras devem ser mais freqüentes quando se
aproxima o momentQ da irrigação, preferencialmente
no mesmo horârio e na parte da manhã;
g) a ãgua do tensi6metro deve ser completada sempre
que o rTvel no seu interior estiver em torno de
2,5 cm abaixo da extremidade do tubo;
h) a ãgua utilizada deve ser destilada e colocada sob
vãcuo, porõm se as condições locais não permitirem
esse tratamento, pode ser usada ígua filtrada e
fervida.
29
3.5.2. Quanto irrigar
O requerimento de ãgua das culturas (evapotranspira
cão) de grande utilidade na agricultura irrigada, para
que haja adequada programação das quantidades a serem
aplicadas pelos diferentes sistemas de irrigação.
Sua estimativa, a partir de dados de clima, baseia-
se na premissa de que existe uma boa correlação entre os
valores de evaporação medidos no tanque c'asse A e a ne
cessidade de ãgua da cultura. Tal correlação foi obtida
através dos coeficientes K, determinados para cada estã
dio de desenvolvimento do trigo (Tabela 3).
Os coeficientes, denominados K, são obtidos da seguin
te relação:
K = Kc x Kp
Kc = coeficiente de cultura
Kp = coeficiente do tanque classe A.
Com base nesses valores, recomendam-se os seguintes
critérios para estimar-se a lâmina lTquida a ser aplica
da por irrigação:
a) a lâmina lTquida deve ser calculada multiplicando-
se a evaporação acumulada medida no tanque classe
A, no intervalo entre irrigaç5es, pelo coeficiente
indicado na Tabela 3, observando-se os diferentes
estâdios de desenvolvimento do trigo.
Para valores intermediários do período mâdio de du
ração, o coeficiente K deve ser obtido através de
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b) o tanque classe A deve ser cheio de ãgua at E cm
da borda superior. A evaporação pode ser medida
atravs do micr6metro de gancho, com uma r&gua gra
duada, no poço tranquilizador (neste caso, a râgua
deve ser colocada em posição inclinada, para que
seja maior a precisão das leituras), ou ainda, com
pletando diariamente a água evaporada no tanque,
com um recipiente de volume conhecido;
c) a oscilação do nivel da àgua não deve exceder a
aproximadamente 2 cm;
d) deve-se ter cuidado para que animais não utilizem
a àgua do tanque, pois isto implicaria num erro
muito grande de leitura;
e) as leituras de evaporação da água no tanque classe
A devem ser feitas diariamente às 9 horas da manhã.
3.5.3. Exemplo de cálculo da lâmina de água para irriga
ção
Supondo-se que em determinada lavoura as plantas de
trigo encontram-se com 10 dias ap6s a emergncia (K= 0,4)
e que no perTodo compreendido entre a últirsa e o momento
da nova irrigação (indicado pelo .tensi6metro) tenha sido
medida, atrav&s do tanque classe A, uma evaporação acumu
lada de 40 mm, pergunta-se: que lâmina de igua deverã ser
aplicada na lavoura em questão?
Lâmina lTquida (mm) = 0,4 x 40 mm = 16 mm
32
Considerando-se um sistema de irrigação com eficin
cia de distribuição de ãgua de 80 %, a lâmina de âgua a
ser aplicada serã:
16 ram x 100 = 20 mm 80
3.6. Herbicidas
As recomendaç6es de herbicidas, para o trigo, estão
nas Tabelas 4, 5 e 6.
4. kIELROBANENTO GENÉTICO
4.1. Cultivares
A recomendação de cultivares de trigo, para o Estado,
feita com base nos resultados de experimentação dos
trs ultimos anos, obtidos em solos de campo corrigidos
(UEPAE de Dourados e Ponta Porã) e em solos de mata (In
dãpolis e Fãtima do Sul), em duas épocas de semeadura.
Para que uma nova cultivar possa ser lançada ou recomen
dada, necessârio que a mesma apresente prpdutividade,
no minirno, 5 % superior a média do rendimento de grãos
d.as três melhores cultivares, escolhidas entre as jã re
comendadas. A resistência ãs prifcipais doriças, que ocor
ram na região (ferrugens da folha e do coljno e helmintos
poriose), é outra caracterTstica importante para õ lança
manto ou recomendação de uma nova cultivar.
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TADELA 6. Eticiéiicla dos herbicidas recomendados para o controle de plantas danirrhas na
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Mantas daninhas 4U Ia, o
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Polyqaiuct convoivulas L. CM CM CM C. C' C MC MC (cipõ-do-veado de Inverno) idciospp C C C C C C MC MC (picão preto)
Ior'oca spp CM CM CM C C C MC MC (corriola) -
Vraoic[i spp C C C C. C. C. MC MC (mostarda) Eopaanuo rpkanistrwd L. C C C. C C. C MC MC (nabo)
GalCnsc-p2 ' - rzr-, if lora Cav. CM CM CM C C C MC MC (picão branco) RCcjsrdia beaaiticncia Corez C C C C C MC MC MC (poaia branca)
Soncaaus o!eraceus L. C C C C C C MC C (serralha) -
SiZcr.2 galtica 1. CM CM CM C C. C MC MC (alfinete da terra) S'ei'gitta ,i'i'êr.sio L. CM CM CM C CM SI MC C (gurga) Stalicria ncdia (L.) Cyrill CM CM CM C CM SI MC SI (es te lã ria Loliwi muítiftorccn Iam. MC MC MC MC MC MC C O (azevIa) -
Avera spp MC MC MC MC iNC MC C CM (aveia) $rachi,.zria ptactaginea (Link) Hltch. MC MC MC MC NC MC C CM (capim marMelada) Dígitaria -.orontatia Willd. - MC MC MC MC MC MC MC C (capim colchao) - -
a C • controle acima de 80 %; CM • controle mádio 60 a so Mc:- nZo controla; SI sem inronsacão; C' • controle acima de 90 %.
37
Para uma maior estabilidade de produção, aconselha-
se a semeadura de mais de uma cultivar de caracterTsti
cas diferentes, principalmente, quanto à resistncia s
doenças e ao ciclo.
Em função das caracterTsticas dos solos da nigião,
existe recomendação de cultivares para solos de campo
corrigidos e para solos de mata, aprovadas tambm pela
Comissão Regional de Avaliação e Recomendação de Cultiva
res de Trigo-Região II (CRC Trigo ii).
4.1.1. Para solos de canw corrigidos (em ordem decrescen
te de preferëncia)
BH 1146, IAC 13-Lorena, IAC 5-Maringã e IAC 18-Xavan
te s
4.1.2. t'bva cultivar para solos de cairpo corrigicios
i;i:WLSP
4.1.3. Para solos de mata (em ordem decrescente de preto
rncia)
BR 18-Terena, ER 11-Guarani, Anahuac, Jupateco 73,
IAPAR 6-Tapejara, Cocoraque, INIA 66, BR 17-Caiuã, IAC
13-Lorena, BH 1146, MC 18-Xavantes e Alondra 4546.
Übs.: A cultivar Alondra 4546 sairã de recomendação a
partir de 1989. Em 1987, pode-se produzir semantes
dessa cultivar, porEm, em 1988, toda a produção da
mesma destinar-se-à ao comErcio de grãos.
38
4.1.4. Novas cultivares para solos de mata
BR 20, BR 21 e IAPAR 17-Caetë.
4.1.5. Para cultivo irrigado na região da Grande Doura
dos (em ordem alfabética)
Anahuac, IAPAR 6-Tapejarae Jupateco 73.
4.1.6. Cultivares e linhagens em fase final de experinan
tação
a) Para cultivo não irrigado (solos de campo corrigi
dos e de mata):
PF 81191
b) Para cultivo não irrigado (solos de mata):
Glenson, MS 815, MS 8166, MS 81129, PF 79649 e PF
791037.
c) Para cultivo irrigado na região da Grande Dourados:
BR 10-Formosa, BR 17-Caiuã, BR 18-Terena, BR 21,
Glenson, IAC 24-TucuruT, IAPAR 17-Caeté e OCEPAR
7-BatuTra.
Observação: Estas cultivares e linhagens, no seu proces
so de multiplicação, poderão receber os mes •
mos benefTcios de financiamento e Proagro,
estabelecidos às cultivares recomendadas.
A Tabela 7 apresenta a carac€erização ae dezesseis cul
tivares recomendadas, qüanto ao ciclo, altura de plantas,
reação às doenças e ao crestamento.
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41
S. FIWSSANIDnE
5.1. Controle de doenças
Entre as medidas de controle das doenças do trigo, o
emprego de cultivares resistentes E a medida mais econ5
mica e eficaz. Entretanto, não se disp6c at o momento
de cultivares resistentes a todas as enfermidades. T-am
bani a rotação de culturas, o enterrio da resteva e a eh
minação de hospedeiros alternativos (gramTneas nativas
ou trigos voluntãrios), 'auxiliam na redução do in6culo
das doenças. Alëm dessas, hã o controle quTmico. Essa
prtica, por exigir um adr&scimo signifleativo no cus
teio, deve ser utilizada somente em lavouras tecnicamen
te bem planejadas e que apresentem um alto potencial de
rendimento de grãos.
5.1.1. ftatarnento de sementes
£ indicado para o controle ou prevenção de doenças
transmissTveis pela semente. Preferencialniente, deve ser
utilizado quando se cultivar ãreas novas ou em rotação
de culturas e, tambgm, quando a germinação estiver abai
xo dos padr6es, em decorrncia da presença de fungos. O
cultivo contTnuo com cereais de inverno, na mesma grea,
pode ser responsãvel pelo grande aumento de inôculo de
fungos que atacam o sistema radicular do trigo. Para o
controle desses fungos e de outros vinculados às semen
tes, recomendam-se os fungicidas que estão nas Tabelas 8
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5.1.2. Trataxtento da parte acrea
Excesso de chuvas e altas temperatura e umidade, rola
tiva do ar favorecem a incid&ncia de diversas moi stias,
que podem tornar-se limitantes ao cultivo do trigo, As
perdas causadas pelas doenças são geralmente significati
vas, justificando medidas apropriadas e econ3niicas de
controle quïniico. Com base em resultados de pesqtiisa eni
diversos anos, recomenda-se, para o controle das princi
pais moléstias fngicas do trigo, a aplicação dos fungi
cidas relacionados nas Tabelas 10 e ll
Os fungicidas clorotalonil, pirazof6s, propinebe, tri
forme, zienbe e ziram e as misturas ATE + mancozebe,
captafol + manebe e piracarbolide + manebe, foram exclui
dos da relação da Tabela 10, devido ao pouco uso dos mes
mos no trigo. Quando houver disponibilidade efetiva dos
tes produtos no mercado, as firmas interessadas poderão
solicitar reinclusão na tabela de recomendaço. Entretan
to, todos permanecem recomendados, e informaç6es sobre
os mesmos estão na Tabela 12.
5.1.2.1. Ferrugens da folha e do coLlD
A determinação do 9'ndice inical de infecção deve ser
realizada atrav&s de anostragem de plantas em locais re
presentativos da lavoura. Quando 50 % das p1 anta5 amos
tradas tiverem traços ou 5 % de infecção (Fig. 1), reco
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feita, quando for observada evolução da doença.
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FIO. 1. Indice de infecção das ferrugens da folha e do
colmo, expresso em percentagem.
Quando as primeiras pústulas da ferrugem da folha fo
rem observadas somente a partir do final do florescimen
to e inicio da formação do grão, não recess5rio reali
zar a aplicação. No caso da ferrugem do coimo, recomen
da-se aplicar, desde que seja observada a carncia dos
produtos.
5.1.2.2. fleL'nintosperiose e septeriose
A utilização de sementes sadias ou tratadas com fun
gicidas, associada à rotação •de culturas ou pousio, dimi
nuem o in6culo de fungos que causam manchas da folha e
gluma. No Estado, o principal fungo causador destas man
49.
chas o Helrninthosforium sativuin.
A determinação do indice inicial de infecção deve ser
realizada atrav&s de amostragem de plantas em locais re
presentativos da lavoura. Quando 50 % das plantas amos
tradas apresentarem 5 ou 10 % de 5rea foliar infectada
(Fig. 2), deconsiderando-se as folhas em senescncia, re
comenda-se o inTcio da aplicação. A reaplicação deve ser
feita, quando for observada evolução da doença, para man
ter baixo o Tndice de infecção at o final do floresci
mento.
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FIG. 2. Indices de infecção da helmintosporiose e septo
riose, expressos em percentagem.
50
5.1.2.3. Oldio
O controle do oidio deve ser feito, quando aparecerem
as primeiras püstulas. Porém, se estas forem observadas
somente a partir do final do florescimento e inicio de
formação do grão, não necessário realizar a aplicação.
5.1.2.4. Giberela
o confrole da giberela, na espiga, deve ser realizado
em ãreas onde historicamente ocorre a doença.
Quando houver condiç6es climáticas favoráveis de umi
dade e témperatura elevadas antecedendo a antese, deverá
ser feita uma aplicação no inicio do florescimento.
5.1.2.5. Bacterioses
São de dificil controle, não existindo, at o momeri
to, um método eficiente. A semente o principal veiculo
de disseminação desta doença. Por este motivo, sugere-
se que os campos de produção, onde for observada a ocor
rncia de bacteriose, não sejam aproveitados para semen
tes.
5.1.2.6. Observações
a) Quando ocorrer mais de uma doença, simultaneamente,
dar preferncia ao fungicida com maior espectro de
controle;
b) tõdos os fungicidas recomendados são compativeis
5)
com os inseticias indicados para o controle dos
insetos-praga do trigo.
5.1.3. T&cnicas de aplicação de fungicidas
a) A época de aplicação ë um dos fatores mais impor
tantes na obtenção de bons resultados. Portanto,
deve-se observar rigorosamente as indicações conti
das no programa de tratamento;
b) nas aplicações de fungicidas, adicioar ou não es
palhante adesivo, de acordo com a recomendaçã(;
dos fabricantes;
o) em dias nublados com possibilidade de chuva, adiar
a aplicação. Caso chova logo ap6s a pulverização,
repetir o tratamento;
d) em aplicações terrestres, por ser de altb volume e
devido a presença do orvalho, aplicar os fungicidas
apõs o seu desaparecimento;
e) o operador deve usar sempre equipamento de segurança;
f) evitar a contaminação do meio ambiente.
5.1.3.1. Apilcação de funqicidas via terrestre
a) Usar pul veri zadores de barra com bicos tipo core,
com XH4 ou D 2 13. Não i recomendado o uso de bicos
tipo leque;
b) a distância entre bicos deve ser de 25 cm (Fig. 31, ;
c) a altura da barra deve permitir uma boa cobertura
de toda a parte aérea da planta;
d) trabalhar sempre com volumes de 200 a 300 litros
de ãgua por hectare;
rrado
53 cri, cm
52
FIG. 3. Distância entre bicos na aplicação de fungicidas.
e) planejar o caminho do trator ha lavoura, a fim de
evitar danos nas plantas e áreas sem o tratamento;
f) evitar o "ziue-zague". O amassamento do trigo, pe
las rodas do trator, pode causar perdas de rendi
mento de grãos que variam de 5 a 8 %.
5.1.3.2. Aplicação de fungicidas via a&rea
Nas pulverizaçdes por via area em que se trabalha
com volume de calda bem abaixo daquele das terrestres,
por fatores t&cnicos e econ6micos, deve-se ter o cuidado
no sentido de obter-se a melhor cõbertura das folhas, es
pigas e colmos das plantas, prindipalmente com os fung
cidas de ação preventiva.
5.1.3.2.1. Uso da barra
a) Usar de 20 a 30 litros por hectare; os maiores vo
lumes oferecem maior segurança de controle;
b) bicos Teejet, jato cone vazio, pontas D6 a D12,com
53
disco (core) nunca maior que 45;
c) pressão da barra de 30 a 50 libras por polegada
quadrada;
d) largura da faixa de pulverização de 15 tn para aero
naves tipo IPANEFIA;
e) densidade de gotas do, no mTnimo,80 por centTme
tro quadrado, quando medida sobre superfTcie plana.
(no topo da planta);
f) o diâmetro da gota deve ser ajustado para cada vo
lume de aplicaçã6 Lt/ha), de forma a proporcionar
a adequada densidade de gotas, devendo ser respei
tadas as condiç6esde vento, temperatura e umidade
relativa doar, visando minimizar as perdas por de
riva e evaporação;
g) o espalhante adesivo deve ser condicionado ãcalda,
de. acordo com a recomendação do fabricante;
h) ventos calmos são ideais, sendo a velocidade naxi
ma em torno de 15 km por hora;
i) a altura de v6o deve ser de 2 a 3 metros sobre a
cultura. Em locais onde a aeronave não possa voar
a esta altura, devido a ondulação acentuada do
terreno ou a presença de obstáculos, não se deve
esquecer o arremate, fazendo-se passadas transver
sais, parelelas aos mesmos.
5.1.3.2.2. Usodoatomizador rotativo (Micronair AU 3.000)
a) Usarde 10a 20 litros por hectare, sendo que os
54
maiores volumes oferecem maior segurança de contro
le;
b) o número de atomizadores deve ser quatro;
c) o VRU deve ser posicionado de acordo com a vazão
utilizada (verificar a tabela sugerida pelo fabri
cante);
d) a pressão deve ser de acordo com a vazão (verifi
car a tabela sugerida pelo fabricanté)
e) o ãngulo da pã deve ser 25 a 350, devendo ser ajus
tado em função da gota desejada, respeitando-se as
condiç6es de vento, temperatura e umidade relativa
do ar, visando-se minimizar as perdas por deriva
e evaporação;
f) a densidade deve ser de, no mTnimo, 80 gotas por
centimetro quádrado, quando medida sobre superfí
de plana (no topo da planta);
g) a largura da faixa de pulverização, para aeronaves
tipo IPANEMA, ú de 18 m;
h) a altura de v6o situa-se em torno 3 a 4 metros so
bre a cultura;
1) o espalhante adesivo deve ser adicionado ã calda,
de acordo com a recomendação do fabricante;
j) os ventos devem ser calmos, sendo a velocidade mE
xima em torno de 10 km por hora;
1) para o caso especifico do Micronair AU 3.000 em
volume de 10 £jha, deve-se dar prefer&ncia a produ
tos com formulação oleosa.
Observaç6es gerais
55
a) Durante as api icaç6es , deverj haver constante moni
toramento da vazão, evitando-se variaç6es ao iongo
da aplicação;
b) o balizamento da lavoura deverã ser feito de forma
precisa, demarcando-se as faixas previament& (bali
zamento fixo) ou no momento da aplicação, mediante
o emprego da trena ou corda de comprimento àdequa
do. Não utilizar o balizamento medido a passo;
c) o sistema de agitação do produto, no tanque, deve
ser mantido em funcionamento durante toda a aplica
çgo;
d) o preparo da calda deverã ser feito com equipamen
to adequado, de forria a possibilitar urna eficiente
pr&-homogeneização antes do carregamento do avião;
e) para o uso de equipamento Micronair, a temperatura
máxima deverã ser de 2500 e umidade relativa do ar
de 55 %.
5.2. Controle de insetos-pragas
As perdas causadas pelos insetos-pragas justificam me
didas apropriadas e econ6micas de controle quTmico. Com
base em resultados de pesquisa em diversos anos, recomen
da-se, para o controle dos principais insetos-pragas do
trigo, a aplicação de inseticidas relacionados nas Tabe
la l3e 14.
5.2.1. Pulgões
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59
a) Pulg6es na folha: no sub-perTodo da emerqância ao
emborrachamento, recomenda-se o controle, quando a
população mëdia atingir dez puiges por afilho;
b) pulg6es na espiga: a partir do espigamento, reco
menda-se o controle, quando a população m&dia atin
gir dez pulg6es por espiga;
o) puigcs na raiz: recomenda-se o uso do inseticida
vamidotiom, na dose de 300 cj i.a./ha, em locais de
ataque intenso.
Obsenraç6es
a) Para se determinar a população niádia de pulg3es,
deve-se fazer arnostragem dc afilhos ou espigas,
em vários locais représentativos da lavoura;
b) entre os inseticidas recomendados, deve-se dar pre
ferância aos que possuem menor toxicidade aos mi migos naturais e mamTferos. O uso generalizado des
ses produtos permitirá o aumento das populaç6ez
dos inimigos naturais dos pulg6es, e, em conseqü&i
cia, a possibilidade de redução do nUmero de apli
caç6es;
o) após o estádio de grãos em massa, não ó necessário
fazer controle;
d) o Schizaphis grcrminwn causa maior dano no trigo
que as outras espâcies de pulges, por possuir sa
uva t6xica e elevado potencial de proliferação.
5.2.2. Lagartas
5.2.2.1. Lagarta elasno
Tem-se observado que a lagarta elasmo (Elasmopalpus
lignoselius) ocorre com populaç6es mais elevadas, em
anos de seca prolongada, havendo necessidade de estudos
mais completos sobre os seus danos nessas condiç6es. Pes
quisas em.andarnento tgm demonstrado que o trigo no siste
ma de plantio direto apresenta menor incidncia de lagar
ta elasmo, quando comparado com o sistema de plantio áon
vencional.. Os resultados, obtidos até o momento, não per
mitem recomendação para o controle químico dessa lagarta.
5.2.2.2. Lagarta do trigo
O melhor efeito dos inseticidas, no controle da lagar
ta do trigo (Pseudaletia sp.), & através da ingestão dos
produtos com as folhas. Recomenda-se, portanto, o início
do controle nos focos de infestação, quando ainda existi
rem folhas verdes nas plantas de trigo.
5.2.2.3. Lagarta militar
Recomenda-se a inspeção freqüente, da lavoura, para
identificar a ocorrncia da lagarta militar (Spodoptera
sp.) logo no seu início. Os inseticidas recomendados de
vem ser aplicados, preferenciaimente, quando as lagartas
estiverem expostas.
61
5.2.3. Observações , sabre o índice de segurança
a) O Tndice de segurança (IS) calculado pela f6rrnu
la:
DL 50 x 100 IS =
g i.a./ha
b) quanto maior o indice, maior a se9urança;
c) para as misturas, calcular o Tndice de segurança de
cada produto integrante das mesmas;
d) para os produtos, recomendados na forma de interva
lo de doses, considerar a maior para o cãlculo do
Tndice de segurança;
e) as DL 50 (oral e drmica), tornadas corno referncias,
foram obtidas dos registros dos produtos no Funis
t€rio da hgricultura.
6. SOBRE- SH4EPIDURA
Esta prãtica só poderj ser realizada ap5s o dia 15 de
março, para que o trigo se desenvolva dentro da ôpoca re
comendada. Deve-se obedecer, ainda, as seguintes condi
ç6es:
a) nTvel de fertilidade do solo de módio a alto;
b) lavoura de soja com excelente desenvolvimento (ve
getaço exuberante);
c) pouca incidôncia de invasoras;
d) a ópoca adequada de se realizar a sobre-semeadura
62
será quando a soja estiver com o grão formado e
20 - 25 % das folhas caTdas;
e) usar uma densidade de 150 a 180 kg/ha de sementes;
f) efetuar a colheita da soja com colheitadeira equi
pada com picador de palha bem ajustado;
g) aplicar os fertilizantes imediatamente ap6s a co
lheita da soja;
h) assistncia de técnicos devidamente treinados; e
i) garantia da empresa de aviação agrcola em execu
tar e seguir as t&cnicas de sobre-semeadura.
7. QDLHEITA
Apesar dos agricultores, de modo geral, preocuparem-
se com a escolha da cultivar, adubação e outras tcnicas
indispensãveis para melhorar o rendimento da lavoura, o
mesmo não acontece com a operação de colheita. Elevadas
perdas podem ocorrer devido à má regulagem da colheita
deira ou por defici&ncia em sua operação.
7.1. perdas na colheita
De acordo com a sua natureza, existem trs tipos de
perdas:
a) anteriores à colheita - estas ocorrem antes de qual
quer operação, e são devidas princip21mente às
condiçaes da lavoura e aos seguintes fatores: graus
de maturação, acamamento e debulha;.
b) no recolhimento - as perdas de recolhimento ou per
63
das na plataforma, devem-se às falhas do molinete
e da barra de corte. Em condições normais tais per
das representam cerca de 80 % da perda total da co
lheita. Da a importãncia da regulagem adequada da
altura de corte, da velocidade de deslocamento, da
rotação do molinete e da afiação das navalhas. Quan
do for usada urna cultivar suscetTvel à debulha ou
houver retardamento na colheita, essas perdas po
dem ser mais acentuadas, nessas condiç6es deve-se
operar com meno' velocidade da máquina e do molina
te;
c) na trilha - são de menor importârcia, representan
do cerca de 10 % da perda total. As principais cau
sas destas perdas são: fluxo de ar inadequado e
má regulagem do cilindro.
7.1.1. Velocidade do riolinete
£ muito comum as plantas se enrolarem no molinete quan
do a lavoura está muito densa ou infestada de plantas da
ninhas. A regulagem da posição do molinete faz com que
ele seja deslocado no sentido horizontal ou vertical.
O molinete deve fazer com que o material cortado caia
dentro da plataforma, imediatamente ap6s o corte, e seja
trazido ao centro do caracol, para ir ao sistema de tri
lha pelo túnel transportador. Para que o molinete reali
ze seu trabalho, al&m do correto posicionamento, i neces
sário que, tenha urna velocidade adequada. Dados experimer
64
tais indicam que esta deve ser de 15 a 25 % maior que a.
velocidade de deslocamento da mãquina. Para obter-se a
velocidade do molinete, deve-se determinar primeiramente
a velocidade de trabalho da mâquina. Hã dois métodos pa
ra determinar esta velocidade:
a) cronometrar o tempo gasto para fazer um percurso
de 100 metros;
100 m V (km/h)
x 3,6 tempo cronometrado em segundos
b) medir a distância percorrida pela mâquina em um
minuto.
V (km/h) = distância percorrida x 0,06
A velocidade do molinete será:
V molinete = 1,25 V, onde V = velócidade de trab
lho da mâquina
Como a velocidade angular & dada em rotaç6es por
minuto, temos:
N = x 6,6 onde: N = rotaçEes por minuto do moli o nete
D = diâmetro do molinete, em me
tros
V = velocidade de trabalho em
km/h
7.1.2. ODIro reduzir as perdas
65
Algumas decisdes tomadas antes da semeadura podem con
tribuir para a redução das perdas totais:
a) utilização de cultivares de ciclos diferentes;
b) escalonamento da semeadura.
Essas medidas possibilitam melhor planejamento da co
lheita e diminuem o risco de perdas com mudanças climãti
cas bruscas. A escolha de bom operador tambm fator im
portanto.
7.1.3. Cálculo das perdas na ooeração de colheita
Para calcula-las, necessrio construir-se urna arma
ção, sendo o comprimento desta igual ao da plataforma da
colheitadeira (Fig. 4); ou simplesmente introduz-se no
solo quatro estacas, de modo que estas fiquerii rentes à
superfTcie e passa-se uma corda fina unindo-as, de tal mc
do que no su interior fique unia suporfTcie de 1 m 2 .
Medidas da armação:
Lado maior Lado menor
2,40 m 0,42 m
3,00 m 0,33 m
3,60 ni 0,28 m
4,20 m 0,24 ru
4,80 m 0,21 ni
- - .r-
------ 1
FIG. 4. Armação utilizada para avaliação de perda de
grãos na colheita.
7.1.3.1. Perda total
-
Para calculá-la, proceder da seguinte maneira:
a) estacionar a colheitadeira num local representati
vo da lavoura;
b) colocar a armação sobre a largura do corte efetua
do, atrgs da mquina (Fig. 5);
c) recolher do solo todos os grãos e espigas que esti
67
verem dentro da armação;
d) fazer a contagem dos grãos encontrados;
e) repetir a operação em mais dois ou trâs pontos e
fazer uma média dos grãos coletados.
Se a perda for menor ou igual a 5 % do rendimento da
lavoura, a colheita deve prosseguir normalmente. Se for
maior que 5 % do rendimento, o problema merece ser estu
dado.
• ..
• ...... • ......
..
..
...
...
FIC-. S. Procedimento para calcular a perda total de
grãos na colheita.
7.1.3.2. Na plataforma de corte
Para calculé-la,proceder da seguinte maneira:
a) estacionar a colheitadeira num local representati
vo da lavoura;
b) desligar os mecanismos da plataforma, levantã-la e
dar marcha-a-ré por 4 a 5 m;
c) desligar o motor e travar os freios;
d) colocar a armação cerca de 2 m na frente da plata
forma, na 5rea já colhida (Fig. 6);
e) recolher do solo todos os grãos e espigas que esti
verem dentro da armação;
f) fazer a contagem dos grãos encontrados;
g) repetir a operação em mais dois ou trs pontos e
fazer uma rndia dos grãos coletados;
h) descontar a luantidade de grãos, determinada antes
da colheita, e tem-se assim a quantidade de grios
de trigo perdidos na plataforma.
A produtividade fator importante para determinar a
perda, e deve ser calculada antes da colheita total da
lavoura.
. a a ......a
MIMa a ........
FIG. 6. Procedimento para calcular a perda de grãos ha
plataforma de corte.
M.
7.1.3.3. Nos rrecanisrros internos
E calculada subtraindo-se da perda total a da plata
forma de corte. Estas geralmente são pequenas, exceto se
estiverem ocorrendo situaçôes anormais de operação da co
lheita&eira.
7.1.3.4. carrpos de prução de sementes
As perdas são calculadas pelo mesmo procedimento, p0
riu outros cuidados devem ser tomados para garantir a
qualidade do produto:
a) o campo de produção de sementes deve ser conduzido
de acordo com as recomendaç6es oficiais;
b) a época de colheita condição importante e influi
na qualidade da semente;
c) a umidade dos grãos na colheita deve ser de 15 a
17 %;
d) a velocidade do cilindro deve ser de 500 rpm;
e) no perTodo da manhã os grãos estão mais Umidos e
a tarde mais secos; portanto, se a colheita mi
ciar pela manhã, com maior umidade do grão, a velo
cidade pode ser ligeiramente maior;
f) o ideal colher nas horas mais frescas do dia, ou
ã noite; no último caso, deve-se observar que a
umidade relativa do ar esteja baixa;
g) a limpeza da colheitadeira deve ser riorosa para
evitar a mistura das sementes de diferentes culti
vares.
70
Observação: Al&n destas perdas, deve-se considerar as de
transporte, principalmente, quando for a gra
nel.
7.2. wrreção de problemas ria CX)lheita
A Tabela 15 apresenta problemas, causas e soluç6es,
para reduzir as perdas de grão na colheita.
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