Tributo à Yvonne do Amaral Pereira
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TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Rosalina Alves da Silva Malzone
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Nasceu 24/12/1900 – Desencarnou 09/03/1984.
L.M. – 159 – O que é mediunidade? Toda pessoa que sente a influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Faculdade inerente ao homem. Todos são médiuns em maior ou menor intensidade.
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Yvonne possuía quase todos os tipos de mediunidade como “testemunho vivo do valor do Espiritismo na recuperação de uma alma para si mesma e para Deus”.
Doutrina Espírita – remediou e consolou-a diante das pessoas que foram pedra de escândalo para sua expiação
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
- Psicografia desde os 12 anos (sem noção do fenômeno).
Caso: Vigilância e Oração – BH – presidir sessões de desenvolvimento de 120 médiuns. Conselho de Bezerra. Comportamento diferente. Queda. Bezerra: “Sofreu o mínimo para não sofrer o máximo”. Obsessão? (Camilo, 2006, p.39).
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Assistiam-na: Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Augusto Silva, Charles (Carlos Felipe – França) e Camilo Castelo Branco dentre outros.
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Estudo da Doutrina Espírita: Não só para os médiuns, como para qualquer outro adepto do espiritismo...médium que não estuda, expõe-se a perigos, além de prejudicar a própria doutrina. ...acabam obsediados pela auto-sugestão; espíritos obsessores (médiuns) – ensinamentos apócrifos como obtidos do Alto. Médiuns – presas de mistificações e prejuízos para o bom andamento da causa espírita; psicografia e oratória – médium fornecer cabedal intelectual afim de que a produção mediúnica não sofra deficiências. Não basta a fé, assistência dos guias para suprirem deficiências dos médiuns.
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
“Espiritismo é uma ciência transcendente, uma filosofia celeste, a religião da moral e do amor que nos encaminha a Deus “ (p.58).
- Para exercer a mediunidade o médium deve ter: boa saúde física, bom estado moral e psíquico (perda e interrupção da mediunidade); reforma íntima diária = bases seguras que protegem a boa prática mediúnica; leitura L.M.
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- Funções do Médium: Explicar os princípios doutrinários – usar
franqueza com as pessoas que julgam solucionar próprios problemas por meio de um médium;
Conselheiro; pedir orientação de um espírito protetor em se tratando de casos dolorosos de família.
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Falta de Pureza Doutrinária – Riscos: Movimento quantitativo – desconhecimento dos
princípios doutrinários; Livros com conhecimentos doutrinários diminutos; Idéias pessoais infiltradas na doutrina, mal que deve
ser evitado pelo adepto sincero.“ a causa é divina e imortal... cada um faça a sua
parte...deixe o resto ao Mestre”. Bezerra, (p. 91) Leituras indispensáveis além das básicas: Velho
Testamento, História, História do Cristianismo, Novo Testamento – bem entendê-lo para não fazer citações erradas.
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
2006 – CINQÜENTENÁRIO DE MEMÓRIAS DE UM SUICIDA
Escreveu-o em 1926 – C.E Lavras. Motivo do trabalho – reparar o
passado...desde pequena via o martírio dos suicidas...
Memórias de Um Suicida (1926), guardado até 1956. Crítica: 30% C.C.Branco; 70% L. Denis – faltava doutrina, filosofia; Camilo desconhecia doutrina espírita...narrou o que se passou com ele.
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FEB – tinha 5 examinadores de livros: Carlos Embassay (crítico terrível) – obra
monumental. Especialista de obras de Camilo.
Yvonne até então, não estudava o L.M. – “Esse livro tem salvado do suicídio muitas pessoas...” (p. 102). Vê tudo que escreve. Sofre. Prece sempre. Trabalho difícil, escreveu o final no RJ, num quartinho...apagava a luz, quartinho continuava claro. Espíritos tiravam-na do corpo e a revigoravam durante o sono...às vezes via hindus – Mestres...
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Recompensas – auxílio dos espíritos. Companhia de L. Denis. Obra dois estilos: 1 Camilo, outro, Denis que desencarna em 1927. Yvonne começa a ler suas obras em 1930.
Contou com Denis por vinte anos. Ler suas obras atraiu-o. (p.97-125)
Denis – ordem: “Vamos continuar e terminar o livro. Denis foi “o controle” desse como de outros livros.
Hospital Maria de Nazaré – Esfera inferior, outra dimensão. Reencarne de Mario Sobral – RJ. Eulina também. Camilo reencarna em 1948. Portugal (p. 107).
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Revisão da 2ª edição. Denis tirou 60 páginas – excesso de literatura.
“O suicídio é atestado de fraqueza e descrença geral, de desânimo generalizado, de covardia moral, terrível, complexo que enreda a criatura num emaranhado de situações anormais”. Charles
Memórias de Um Suicida – quinto lugar entre as 10 melhores obras espíritas do século 20.
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OBRAS
Obras Doutrinárias Recordações da Mediunidade (10 capítulos) Devassando o Invisível (10 capítulos) Memórias de Um Suicida – C.C. Branco 568 p.
1ª parte – Os Réprobos
2ª parte – Os Departamentos
3ª parte – Cidade Universitária Cânticos do Coração – vol.I Cânticos do Coração – vol. II À Luz do Consolador (coletânea de artigos) Pelos Caminhos da Mediunidade Serena (entrevistas e outros
escritos) – org. Pedro Camilo.
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Romances e Contos Doutrinários Nas Voragens do Pecado - Charles O Cavaleiro de Numiers - Charles O Drama da Bretanha - Charles Nas Telas do Infinito - Bezerra/Camilo A Tragédia de Santa Maria - Bezerra Dramas da Obsessão – Bezerra Ressurreição e Vida - Tolstoi (8 contos) Sublimação – 6 contos - Tolstoi (4) Charles(2) Amor e Ódio – Charles Um caso de reencarnação – Eu e Roberto de
Canallejas (pós-mortem)
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Conto: O Reino de Deus
“E, tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade. E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica. E procurava ver Jesus, para saber quem era, mas não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura.
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E correndo adiante subiu a um sicômoro para o ver, porque por ali havia ele de passar. E quando Jesus chegou àquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse: - Zaqueu, desce depressa, porque importa que eu fique hoje em tua casa. E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o, satisfeito. Vendo isso, todos murmuravam, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador.
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Entretanto, Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe: - Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lhe-ei quadruplicado. Ao que lhe disse Jesus: - Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão. Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”. (Lucas, 19: 1 a 10)
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Eu trouxera para a Vida do Além o desejo sincero de aprender a amar e servir o próximo.... Aprendi no além que o nosso mérito é aquele que o amor confere...entendi que nada sabia, que nada fizera de bom.
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Um dia vi, sentado meditando, um homem parecido com os discípulos do Nazareno. Aproximei-me... O Homem falava para pequena assembléia, sentados pelo chão à sua volta. Reconheci! Era Zaqueu. Sentei-me.
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Zaqueu, sereno, bondoso, enternecido, ainda jovem, olhos cintilantes, lábios finos, pequena barba negra em ponta, tez alva, sobrancelhas espessas, mãos pequenas, pequena estatura, coifa discreta, listrada em azul forte e branco, manto azul forte, barrado de galões amarelos...
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– materialização do homem que teria sido há dois mil anos, aquele espírito. Eu o entrevia através da narração de Lucas.
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Palestra de Zaqueu: Honra de ter Jesus em casa, era publicano, renegado pela sociedade, Ele compreendeu minhas necessidades morais e de estímulo para o bem... conquistou-me por toda a consumação dos séculos. Sofri e chorei e seu suplicio na cruz.
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Eu não O abandonei desde aqueles dias em que passou por Jericó! Teve-me em suas pegadas para ouvi-Lo e admirá-Lo.... Transitava pelas ruas e assisti aos estertores da agonia sublime naquele 14 de Nisan...soube da ressurreição....se apresentou aos discípulos – homens e mulheres e aos apóstolos.
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Procurei a granja de Lázaro, visitei Pedro, os filhos de Zebedeu...nenhum deles prestava atenção em minha insignificante pessoa. Eram muitos os candidatos ao aprendizado do Amor, ao redor deles.
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Um dia em Jerusalém ouviu falar de Paulo: ouviu dele o encontro em Damasco. Muitos choraram, eu inclusive, e também Paulo. Compreendeu-me. Nunca mais o deixei, até hoje. Aconselhou-me (p. 22).
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Tolstoi: Zaqueu foi um dos mestres que encontrei aquém do túmulo. Sob seus conselhos amorosos orientei-me, dispondo-me a realizações conciliadoras da consciência. Digo-lhe meu amigo: “Se desejas encontrar aquele Reino de Deus de que Jesus dá notícias, ama os desgraçados!
TRIBUTO A YVONNE DO AMARAL PEREIRA - II
Cada lágrima que enxugares em seus olhos, cada conselho bom que dispensares ao pobre desarvorado da vida é mais um passo que darás em direção a esse Reino, que, finalmente, encontrarás dentro do teu próprio coração, que assim aprendeu o cumprimento da suprema lei: Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo....