Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos aplicação da metodologia survey
Transporte de-cargas-especiais
-
Upload
iandra-gasparini -
Category
Documents
-
view
9.406 -
download
0
Transcript of Transporte de-cargas-especiais
0
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR MENELEU DE ALMEIDA TORRES
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE
CARLOS FABIANO VERWIEBE
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS ESPECIAIS INDIVISÍVEIS:
MONITORAMENTO E CONTROLE
PONTA GROSSA
2011
1
CARLOS FABIANO VERWIEBE
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS ESPECIAIS INDIVISÍVEIS:
MONITORAMENTO E CONTROLE
Trabalho apresentado à Banca Examinadora como pré-requisito para a obtenção do certificado do Curso Técnico em Logística.
Profº Orientador: Dirceu Klemba
PONTA GROSSA
2011
2
Dedico este trabalho aos meus pais, filha, irmã e sobrinha, pelo carinho e compreensão nos períodos subtraídos do nosso convívio.
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da inteligência e sabedoria;
Agradeço aos Professores que, durante este curso, dedicaram sua vida
profissional e tempo na transmissão dos seus conhecimentos;
Aos colegas do curso;
Aos colaboradores da CCR RodoNorte, Mauro Cesar Bertelli, Luiz de Almeida que
me ajudaram no estudo de caso, e ao Diretor Sr. Silvio Rogerio Marchiori pelo
tempo prestado ao responder as perguntas do questionário e incentivo aos
estudos em geral;
A assessoria de comunicação da CCR RodoNorte;
Em especial a Professora Daniela Esteche, que sempre nos apoiou durante o
curso.
5
RESUMO
O transporte de cargas especiais indivisíveis cada vez mais imprescindíveis ao desenvolvimento do nosso país exige uma atenção especial da área de logística neste setor seja ela pela qualidade dos serviços prestados, infra estrutura e meios de transporte. O trabalho visa como podemos movimentá-las de forma segura e eficaz de modo que não prejudique os demais usuários da rodovia em que transitam. As transportadoras especializadas neste tipo de serviço tem se atualizado a cada dia, pois a globalização faz existir uma grande concorrência onde somente aqueles que entregam o produto certo, no tempo certo, em perfeitas condições, com redução dos custos e agregando valor permanecerão neste mercado.
Palavras-chave: Cargas especiais indivisíveis; Transporte; Monitoramento e controle.
RESUMEN
El transporte de cargas indivisibles especiales cada vez más indispensable para el desarrollo de nuestro país requiere una atención especial de la logística en este sector sea por la calidad de servicios, infraestructura y transporte. El objetivo de este trabajo es verificar cómo movernos de forma segura y eficaz para que no dañe a los demás usuarios de la carretera de paso. Las compañías especializadas en este tipo de servicio se han actualizado cada día, porque la globalización tiene una gran competencia donde sólo aquellos que entregan el producto correcto en el momento adecuado, en perfectas condiciones, con menores costos y agregando valor manteneran en el mercado.
Palabras-clave: Cargas Indivisibles Especiales; Transporte; Supervisión y control.
6
LISTA DE FOTOS
FOTO 1 – Carga especial preparando para dar início ao deslocamento...............23
FOTO 2 – Vista da BR-376 próximo ao km 499....................................................23
FOTO 3 – Carga especial adentrando a BR376 – Ponta Grossa/PR....................24
FOTO 4 – Equipes da RodoNorte e COPEL dando apoio ao deslocamento........24
FOTO 5 – Levantamento de cabos para passagem da carga especial.................25
FOTO 6 – Centro de Controle Operacional – CCR RodoNorte.............................25
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Dimensões cargas especiais.............................................................12
TABELA 2 – Dimensionamento e Qualificação de Escolta....................................16
TABELA 3 – Planilha com dados hipotéticos para acompanhamento de cargas
especiais como é hoje............................................................................................20
TABELA 4 – Planilha com dados hipotéticos para acompanhamento de cargas
especiais como poderá ser feita incluindo o campo dos ícones coloridos.............21
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................09
2 LOGÍSTICA ......................................................................................................09
2.1 Logística no Brasil .........................................................................................10
3 TRANSPORTE .................................................................................................10
3.1 Transporte de Cargas Rodoviárias ................................................................11
3.2 Transporte de Cargas Especiais Indivisíveis .................................................12
3.2.1 Roteirização do Transporte.........................................................................14
3.2.2 Dimensionamento do Conjunto Transportador ..........................................14
3.2.3 Cálculo de Taxas e Tarifas ........................................................................14
3.2.4 Pesagem do Conjunto Transportador ........................................................14
3.2.5 Gestão do Processo de Obtenção da AET ................................................15
3.2.6 Auditagem do atendimento à legislação ....................................................15
3.2.7 Contratação de Batedores .........................................................................15
3.2.8 Programação de Travessias ......................................................................15
4 ESTUDO DE CASO .........................................................................................16
4.1 SOBRE A CONCESSIONÁRIA .....................................................................16
4.2 OBJETIVOS...................................................................................................18
4.3 ESTUDO DE CASO NA CCR RODONORTE ...............................................19
4.4 ANÁLISE E PROPOSTA ...............................................................................20
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................21
8
6 REFERÊNCIAS ...............................................................................................21
7 ANEXOS ..........................................................................................................22
7.1 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ESTUDO DE CASO ......................22
9
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos é fato que a logística vem crescendo de forma
exponencial, desde um pequeno comerciante que precisa controlar seus
estoques, até as grandes multinacionais com suas cadeias de suprimentos bem
definidas, focado no modal rodoviário é apresentado neste estudo de caso o
transporte de cargas especiais indivisíveis, com seu início na obtenção de
autorização de trânsito, breve relato do cálculo de taxas e tarifas como AET
(Autorização Especial de Trânsito); TUV (Taxa de Utilização de Via); COPEL;
PRF entre outras, contratação batedores e programação de travessias e
deslocamento.
Esses fatores requerem que façamos um breve relato do que é logística, de
que maneira surgiu no Brasil, passando por uma breve síntese do que são
transportes e transportes rodoviários, almejando o objetivo final do estudo de caso
visando o melhor aproveitamento dos recursos utilizados, garantindo assim a
fluidez, confiabilidade e segurança das estradas para seus usuários, de forma que
não sejam afetados pelos deslocamentos das cargas especiais.
Foram efetuadas entrevistas no setor de planejamento e controle de forma
resumida a fim de identificar em um breve relato a passagem de cargas especiais
por um determinado trecho.
Além disso, em anexo complementando o que foi analisado temos os
registros fotográficos na parte final deste estudo.
2 LOGÍSTICA
Para iniciarmos o estudo devemos saber o que é logística e como ela vem
sendo tratada nos dias atuais por isso são necessárias algumas definições sendo
assim podemos dizer que logística é a área da administração que gerencia o
transporte e armazenamento das mercadorias desde a matéria prima, passando
pelo processo de transformação em produtos semi acabados ou acabados até a
entrega ao consumidor final.
Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e
10
armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes (Carvalho, 2002, p. 31).
Também podemos dizer que é o controle e movimentação de bens,
serviços e pessoas de forma organizada para que as expectativas do mercado
sejam atendindos de forma rápida, segura e eficaz.
2.1 Logística no Brasil
Segundo Santos em seu artigo publicado na web podemos dizer que no
Brasil a logística surgiu no início da década de 80, após a explosão da tecnologia
da informação e a criação de várias entidades como: ASBRAS (Asssociação
Brasiliera de Supermercados); ASLOG (Associação Brasileira de Logística); IMAM
(Instituto de Movimentação e Armazenagem), mas somente com foco em
tranportar e armazenar. Já na década de 90 entrou os calculos, conhecimento
científico, estudo das relações, dispersões e movimentos. Nos dias atuais já
contamos com Planemento, Controle, Tecnologia da Informação, Finanças e
Serviço ao Cliente.
Essas tecnologias melhoraram bastante as relações entre fornecedores e empresas varejistas distribuidores e atacadistas, tornando possível interface na comunicação de dados, a ponto dos fornecedores controlarem on-line (tempo real) a necessidade do mercado, através do monitoramento dos estoques. Aliado as ferramentas de marketing de relacionamento que tem como finalidade principal controlar o consumo de cada cliente final, a exemplo da utilizada pelo grupo Wall Mart (Bom Club), pode se chegar á variadas característica de consumo de um determinado mercado. (SANTOS, 2007, p.152)
Com isso as grandes empresas brasileiras como a AmBev adaptaram-se
ao mercado para continuarem competitivas.
3 TRANSPORTE
Neste capítulo será representado em síntese o que é transporte de maneira
geral, com foco principalmente em transporte de cargas rodoviárias e transporte
de cargas especiais indivisíveis.
11
Sendo assim transporte nada mais é que o deslocamento de pessoas e
mercadorias de um local para outro, feito através de veículos, aeronaves,
embarcações, ou equipamento de movimentação. (GUIA DE COMPRA, 2010)
3.1 Transporte de Cargas Rodoviárias
De acordo com Castiglioni temos uma definição para carga:
Carga é todo e qualquer material a ser transportado independente do tipo, forma, tamanho ou embalagem , e constitui o maior objeto de uma empresa transportadora, cuja obrigação é conduzi-la de um lugar a outro, no menor tempo possível, sem danificá-la. (CASTIGLIONI, 2010, p. 122)
No que diz respeito à movimentação de bens, as atividades de transporte
proporcionam a possibilidade de união entre os esforços da produção e os
desejos de consumo entre agentes que estão localizados em pontos distintos. A
diversidade e a complexidade das relações socioeconômicas resultante dessas
interações sugerem que sua plena compreensão requer análise com
características científicas, isto é, sistematizada e aprofundada.
Os estudos nas áreas de transportes têm relevância na atual realidade da
globalização. A logística, na qual o transporte é normalmente seu principal
componente, é vista como a última fronteira para a redução dos custos das
empresas, enquanto, por outro lado, não se concebe uma política de
desenvolvimento regional e nacional com a adequação da infra estrutura de
transportes.
Segundo estimativas da Associação Nacional dos Transportadores de
Carga (NTC), circulam pelo Brasil cerca de 600 milhões de toneladas de
carga/ano. Esse volume gera movimentação anual de cerca de R$ 30 bilhões em
fretes, destinados em sua maioria às empresas de transporte rodoviário.
Assim, os transportes são essenciais tanto para a circulação interna de
mercadorias, como para as empresas com atividades exportadoras, pois os
custos podem amenizar ou encarecer o preço pago pelo consumidor final.
(CAIXETA e MARTINS, 2010, p. 88).
12
Podemos comprovar o que foi citado anteriormente através da grande
competitividade que existe nos dias de hoje, pois cada vez mais os caminhões e
navios estão se tornando cada vez maiores e com mais capacidade.
3.2 Transporte de Cargas Especiais Indivisíveis
De acordo com o Guia do TRC – GUIA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO
DE CARGAS (2009) a definição para carga indivisível é:
A carga unitária representada por uma única peça estrutural ou conjunto de peças fixadas por rebitagem, solda ou qualquer outro processo, para o fim de ser utilizada diretamente como peça acabada ou parte integrante de conjuntos de montagem, máquinas ou equipamentos e que pela sua complexidade, somente possa ser montada em instalações apropriadas.
Neste estudo de caso foi dado foco ao modal rodoviário pois a empresa em
questão é uma concessionária de rodovias, porém sabemos que também podem
ser transportadas pelo modal aquaviário, mas o percentual é muito baixo.
Na tabela abaixo está demonstrado os limites para uma carga especial
resolução nº 11 de 25 de outubro de 2004, retificada em 04 de janeiro de 2005 e
16 de junho de 2005:
LARGURA 4,50 METROS
ALTURA 5,50 METROS
COMPRIMENTO 25,00 METROS
PESO BRUTO TOTAL RODOVIAS
ESTADUAIS
45 TONELADAS
PESO BRUTO TOTAL RODOVIAS FEDERAIS
70 TONELADAS
Tabela 1: Dimensões cargas especiais – Fonte: CCR RodoNorte (2005)
A lei que dispõe sobre cargas especiais é a nº 10.233 de 5 de junho de
2001, onde constitui a esfera da ANTT (Agência Nacional de Transportes
Terrestres) para que possam ser estabelecidos padrões e técnicas
complementares relativos às operações de transporte terrestre de cargas
especiais.
13
Parafraseando Silveira (2009) em seu artigo publicado na web a carga de
projeto ou heavy-lift (outro nome pelo qual as cargas especiais são conhecidas) é
qualquer tipo de carga pesada ou volumosa que, em razão de suas dimensões ou
tonelagem, não pode ser transportada em contêiner, exigindo, portanto,
equipamentos, carretas, trens, navios ou aeronaves especiais.
A título de exemplo, pode-se apontar como cargas de projeto partes e
peças de usinas, transformadores, reatores, caldeiras, vagões, torres, guindastes,
geradores, pás eólicas e outros equipamentos de grandes dimensões. Como se
sabe, raros complexos portuários no mundo estão preparados para receber esse
tipo de carga e os portos brasileiros não fogem à regra, apresentando faixa
portuária estreita, retroáerea deficiente, equipamentos inadequados e pouco
espaço para atracação dos navios especializados nesse segmento, aqueles do
tipo heavy-lift, que possuem guindastes capazes de içar cargas superpesadas.
Sem contar as dificuldades de acesso, pois poucos portos no mundo podem
receber esse tipo de carga por via ferroviária.
Uma exceção é o Porto de Houston, especializado nesse segmento e porta
de entrada desse tipo de carga nos EUA, já que está ligado a 80% do território
norte-americano por ferrovias. É, então, que entra em ação o operador logístico
com seus profissionais altamente preparados para desenvolver estudos
detalhados de todas as etapas do transporte rodoviário, ferroviário, marítimo ou
aéreo, sempre com cuidados especiais nas manobras de transbordo, estivagem e
peação, ou seja, a fixação da carga nos porões ou conveses da embarcação,
visando evitar sua avaria pelo balanço do mar. Tudo isso inclui análise de
viabilidade de tráfego e orientação para elaboração de fundações, instalações
adequadas e sistemas de manuseio, transporte e içamento.
Essa equipe especializada em lidar com carga de projeto precisar estar
capacitada a atuar em projetos turn key, incluindo re-supply, inspeções, transporte
de fábricas, equipamentos pesados ou volumosos, projetos door to door, por ar ou
mar. Esses serviços abrangem ainda as possibilidades de armazenagem,
embalagem, chartering, transporte rodoviário especial e estudos para soluções
logísticas. Tudo sem improviso para que nada dê errado e os custos não sejam
14
afetados. Para tanto, o operador logístico precisa dispor ainda de um sistema
computadorizado de rastreamento e monitoração de carga (cargo tracking) em
que o cliente pode coordenar e gerenciar em tempo real o andamento da carga de
projeto. Isso permite que sejam fornecidos relatórios precisos para cada projeto,
de acordo com as necessidades do cliente. Um dos principais gargalos,
obviamente, está na falta de estrutura dos portos.
No Brasil, por exemplo, o Porto de Santos, com todas as dificuldades,
ainda é o que melhor atende a esse tipo de carga, embora não se descarte a
opção por portos menores, dependendo de cada projeto. É o caso, por exemplo,
de exportadores/importadores de Minas Gerais que acabam optando pelo Porto
de Vitória, em vez de Rio de Janeiro ou Santos, em função da infra estrutura e
dos acessos oferecidos para o tipo de carga em questão.
3.2.1 Roteirização do Transporte
O transporte de cargas de projeto requer a realização de uma série de
estudos prévios, tais como, o levantamento do itinerário a ser percorrido, a
geometria da via, a aferição dos gabaritos verticais e horizontais e a capacidade
portantes das pontes e viadutos.
3.2.2 Dimensionamento do Conjunto Transportador
Definido o itinerário e identificadas às exigências específicas dos órgãos
com jurisdição sobre as vias, em especial pesos e dimensões máximas
permitidas, a próxima etapa é a definição do conjunto transportador mais
adequado para a realização do transportes com base nas características físicas e
geométricas da via e, principalmente, o impacto sobre os custos.
3.2.3 Cálculo de Taxas e Tarifas
O transporte de cargas excedentes está sujeito a uma extensa lista de
taxas e tarifas, específicas. As mais comuns se referem àquelas para obtenção de
licenças especiais – AET’s, acompanhamento por escoltas policiais e por equipes
técnicas de concessionárias e pela utilização da via (TUV; TAP; TUR).
3.2.4 Pesagem do Conjunto Transportador
15
A maioria dos órgãos rodoviários e as concessionárias de rodovias
começam a se equipar com balanças móveis para aferição do conjunto
transportadora carregado. Constatado o excesso ou a distribuição do peso
divergente da apresentada no projeto poderá acarretar em aumento de custos e
atraso no cronograma. Para evitar possíveis divergências, torna-se importante a
realização prévia da pesagem do conjunto transportador carregado.
3.2.5 Gestão do Processo de Obtenção da AET
O processo de concessão de AET exige um monitoramento contínuo de
todas as etapas do processo, desde a análise da documentação exigida a ser
entregue aos órgãos e concessionárias até a emissão da AET, bem como, a
realização de programação junto às concessionárias de rodovias e os diversos
prestadores de serviço que envolvem a execução do transporte da origem ao
destino.
3.2.6 Auditagem do atendimento à legislação
Além dos problemas com excesso de peso, a não observação aos
requisitos como a sinalização do conjunto transportador pode resultar em
entraves na hora da execução do transporte que devem ser evitados a todo custo.
3.2.7 Contratação de Batedores
O processo de contratação de empresas credenciadas para a realização do
serviço de escolta, deve levar em consideração, principalmente, se a empresa
atende todos os requisitos legais em relação aos veículos, equipamentos
obrigatórios e pessoal devidamente, treinado e capacitado e é normalmente
exigida para cargas com dimensões e peso acima de 3,20m largura; 25,00m
comprimento; 5,00m de altura e 60,00 t de PBT/PBTC (DER/SP) e 74,00 t (DNIT).
3.2.8 Programação de Travessias
A travessia de cargas especiais nos trechos urbanos nas principais capitais
dos Estados Brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, assim
como nas rodovias concessionadas, está sujeita à realização de programação da
16
passagem do conjunto transportador junto as Prefeituras, Concessionárias,
Empresas de Telefonia e Cabo e órgãos responsáveis pela operação nas vias.
Para complementar logo abaixo demonstramos através de uma tabela a
necessidade dos recursos para acompanhamento de uma carga especial de
acordo com suas dimensões:
Tabela 2: Dimensionamento e Qualificação de Escolta – Fonte: Guia do Transporte Rodoviário de Cargas, 2004.
4 ESTUDO DE CASO
4.1 SOBRE A CONCESSIONÁRIA
As rodovias administradas pela CCR RodoNorte, no Paraná, têm extensão
total de 567 quilômetros, formando o corredor de escoamento de um dos
principais polos de produção agrícola do Estado. O sistema abrange: a BR-277 e
a BR-376, que ligam Curitiba às principais cidades no norte do Estado; a PR-151,
17
entre Ponta Grossa e Jaguariaíva; e a BR-373, entre Ponta Grossa e o Trevo do
Caetano, saída para o norte do Paraná e Foz do Iguaçu.
Com fluxo médio de 58 mil veículos por dia, suas rodovias ligam a região
norte do Paraná a Curitiba, e Ponta Grossa à divisa com o Estado de São
Paulo.
Quarta empresa do Grupo CCR, a CCR RodoNorte é a maior das seis
concessionárias do Programa de Concessão de Rodovias do Estado do Paraná
(Anel de Integração). Entre os investimentos feitos na melhoria da malha viária,
foram realizadas a recuperação do pavimento e dos acostamentos, limpeza das
pistas e renovação da sinalização.
A CCR RodoNorte também investiu nas obras de restauração para a
recuperação definitiva do pavimento, nas duplicações, construção de terceiras
faixas, de acostamentos e de pistas marginais, instalação de passarelas,
construção de postos da Polícia Rodoviária Estadual e de pesagem, além do
alargamento e reforço das estruturas de pontes e viadutos.
A execução desses serviços significou uma valiosa contribuição agrícola à
economia do Estado, cuja atividade agrícola passou a contar com rodovias
seguras em direção ao Porto de Paranaguá e aos países do Mercosul.
Nesse período, também foram instituídos os serviços 24 horas para o
usuário e criados os primeiros programas de responsabilidade social, como o
Programa de Atendimento ao Caminhoneiro (Estrada para a Saúde) e o Apoio
ao Parto Humanizado, que auxilia os municípios na redução da mortalidade
infantil.
Todas essas melhorias ajudam no desenvolvimento econômico das
regiões. Rodovias bem conservadas fomentam o turismo, atraem novas
indústrias, facilitam a movimentação de cargas e melhoram o escoamento da
produção agrícola e industrial do Estado.
A CCR RodoNorte recebeu, em 1998, o prêmio Inovação em Rodovias
Pedagiadas, da Associação Internacional de Pontes, Túneis e Autoestradas
(IBTTA). Foi à primeira vez na história que uma empresa brasileira recebeu o
18
prêmio da entidade, que congrega concessionárias de rodovias do mundo
inteiro. A concessionária voltou a receber o Prêmio Inovação, com a realização
do projeto Sou 10 no Trânsito e, mais tarde, com o Programa de Apoio ao Parto
Humanizado, considerado o melhor programa de responsabilidade social entre
todas as concessões do mundo.
A concessionária também contribui para o aumento da qualidade de vida
e do poder aquisitivo da população local. A empresa é uma das maiores
empregadoras da região, com 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.
O sistema rodoviário operado pela CCR RodoNorte abrange: BR-277,
entre Curitiba e São Luís do Purunã; BR-376, entre Apucarana e São Luís do
Purunã, passando por Ponta Grossa;PR-151, entre Ponta Grossa e Jaguariaíva;
BR-373, entre Ponta Grossa e o Trevo do Caetano, saída para o norte do
Paraná e Foz do Iguaçu.
4.2 OBJETIVOS
Este estudo de caso tem como objetivo monitorar e controlar as cargas
especiais que transitam pelas rodovias administradas pela Concessionária CCR
RodoNorte garantindo a fluidez do tráfego bem como a segurança dos usuários
que por ela transitam. Foi entrevistado o atual Presidente da CCR RodoNorte Sr.
Silvio Marchiori referente ao questionário e o Sr. Luiz de Almeida Supervisor de
Interação no setor de planejamento e controle do atendimento responsável pela
administração das cargas especiais.
A concessionária dispõe de vários métodos de controle para as cargas
especiais tanto por meios eletrônicos como planilhas, sistemas operacionais,
entre outros, quanto por outros tipos, por exemplo, o centro de controle
operacional (CCO), além disso ao longo dos trechos conta com câmeras de
monitoramento na rodovia, viaturas de inspeção/monitoramento, supervisores,
etc, entretanto quando é emitido o processo para liberação existe uma orientação
que as transportadoras entrem em contato com a concessionária com
antecedência de 48 horas para que possam ser escaladas as equipes para o
atendimento, porque muitas vezes há interdições parcial/total de pista como
obras, acidentes, manifestações que devido às dimensões das cargas não
19
conseguiram transpor, também muitas vezes elas são obrigadas a transitar em
alguns trechos na contra mão ou em desvios devido aos viadutos, passarelas,
PMV (Painel de Mensagem Viária), fato é que quando isso não acontece as
equipes devem ser mobilizadas emergencialmente, para que isso não ocorra as
transportadoras deveriam cumprir o procedimento de aviso à concessionária.
4.3 ESTUDO DE CASO NA CCR RODONORTE
Conforme assessoria de comunicação da CCR RodoNorte através de
publicação na intranet (2011), um grande trabalho de logística é necessário a
cada vez que uma carga especial passa pelas rodovias do estado mostrando que
por aqui passa o desenvolvimento do país. Em certa ocasião na passagem de
uma delas pelas BRs 376 e 277, exigiu um grande planejamento da
concessionária CCR RodoNorte e diversos órgãos e empresas.
A carga, uma torre com 68,7 metros de altura, 6 de largura e 170
toneladas, seguiu da fábrica da Iesa, em Araraquara, para a Refinaria Getúlio
Vargas (Repar) em Araucária, onde fará parte do refino do petróleo, dentro do
programa de modernização da refinaria. R$ 12 bilhões estão sendo investidos
pela Petrobras no parque industrial. A torre é transportada por dois caminhões-
trator, sob duas estruturas manobradas constantemente por pessoas que seguem
viagem em bancos ao lado da estrutura. O veículo tem 30 eixos e 120 pneus.
Em alguns trechos, é preciso seguir na contramão. No domingo pela
manhã, o trânsito ficou parado em um segmento de 5 quilômetros perto de Ponta
Grossa. Outro trecho será percorrido na contramão, entre o trevo do Sprea até a
praça de pedágio em São Luiz do Purunã, durante a semana.
O trabalho envolve diretamente cerca de 25 pessoas da empresa
fabricante, Polícia Rodoviária Federal, Copel, Departamento de Estradas de
Rodagem (DER) e concessionária CCR RodoNorte. “Nosso trabalho é preparar o
percurso e coordenar com outros órgãos, como a PRF, a segurança para a carga
e os usuários, orientando o fluxo e paralisando quando necessário, para que tudo
corra bem e com a menor interferência na viagem dos usuários”, conta Luiz
Almeida, coordenador de Planejamento da RodoNorte.
20
“Já passamos por aqui com 16 cargas de grandes proporções em direção a
Araucária. Cada uma exige um planejamento diferente, mas aqui na rodovia é que
a coisa acontece. E sempre tivemos apoio total da RodoNorte”, conta o
diligenciador Sylvio Sicchiroli, responsável pelo transporte. Os caminhões já estão
na estrada desde 22 de janeiro e devem chegar até o fim da semana, após uma
parada para manutenção em um posto às margens da BR-376.
Através disto fica evidente que é necessário a movimentação de várias
pessoas de empresas diferentes que atendam cada uma na sua especialidade
para um perfeito deslocamento das cargas pelas rodovias.
4.4 ANÁLISE E PROPOSTA
A sugestão é que seja feita uma adaptação fictícia na planilha de controle
onde através de ícones coloridos possam ser identificadas aquelas cargas que
exigem maior atenção e acompanhamento antes da entrada nas rodovias
administradas pela concessionária como no exemplo a seguir:
Nº DATA DE VENCIMENTO TRANSPORTADORA VEÍCULO PLACA ORIGEM DESTINO FINAL ALTURA LARGURA COMPRIM PESO OBJETO
2/2011 22 de abril de 2011 IZAM AR BADY COM . E M ERC. LTDA VOLVO CSK-5197 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,30 5,00 27,00 66,70 TORRE EÓLICA
25/2011 03 de fevereiro de 2011
CERRO AZUL TRANSPORTES
PESADOS LTDA. VW BTO-3840 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 3,80 26,00 35,00 01 SILO
34/2011 03 de fevereiro de 2011
CERRO AZUL TRANSPORTES
PESADOS LTDA. VW BTO-3797 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 3,80 26,00 35,00 01 SILO DE INOX
89/2011 03 de fevereiro de 2011
CERRO AZUL TRANSPORTES
PESADOS LTDA. VW BTO-3919 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 3,80 26,00 35,00 01 SILO DE INOX
Tabela 3: Planilha com dados hipotéticos para acompanhamento de cargas especiais como é hoje.
Então ficaria assim a mesma tabela com os ícones propostos com o grau
de atenção máximo em vermelho, médio em amarelo e baixo em verde:
21
Nº DATA DE VENCIMENTO TRANSPORTADORA VEÍCULO PLACA ORIGEM DESTINO FINAL ALTURA LARGURA COMPRIM PESO OBJETO GRAU DE ATENÇÃO
2/2011 22 de abril de 2011 IZAM AR BADY COM . E M ERC. LTDA VOLVO CSK-5197 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 4 ,50 27,00 66,70 TORRE EÓLICA
25/2011 03 de fevereiro de 2011
CERRO AZUL TRANSPORTES
PESADOS LTDA. VW BTO-3840 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,4 0 5,4 0 26,00 12 7,0 0 01 SILO
34/2011 03 de fevereiro de 2011
CERRO AZUL TRANSPORTES
PESADOS LTDA. VW BTO-3797 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,4 0 5,4 0 26,00 12 7,0 0 01 SILO DE INOX
89/2011 03 de fevereiro de 2011
CERRO AZUL TRANSPORTES
PESADOS LTDA. VW BTO-3919 JAGUARIAÍVA - PONTA GROSSA SÃO M ATEUS DO SUL 5,00 3,80 26,00 35,00 01 SILO DE INOX
Tabela 4: Planilha com dados hipotéticos para acompanhamento de cargas especiais como poderá ser feita incluindo o campo dos ícones coloridos.
É fato que as transportadoras possuem sistema de rastreamento em seus
veículos, então é proposto que através do monitoramento diário das cargas que
exigem grau de atenção máximo (vermelho) através de telefonemas para a
transportadoras a fim de saber se as cargas estão próximas da chegada nas
rodovias administradas pela concessionária, com isso evitaria o efeito “surpresa”
e as equipes poderiam estar melhor preparadas para o atendimento.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo de caso teve como objetivo resolver a questão de
agendamento de cargas especiais que trafegam pelas rodovias administradas
pela concessionária CCR RodoNorte. A análise demonstra que pela falta de
informação ocorrem situações de emergência não previstas anteriormente, de
modo que por meio de uma simples adaptação em uma planilha com futuros
parâmetros que terão que ser diagnosticados junto ao setor de planejamento e
controle da empresa poderiam ser evitadas, garantindo assim a fluidez,
confiabilidade e segurança das estradas e de seus usuários que diariamente
transitam por elas.
6 REFERÊNCIAS
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO CCR RodoNorte 2011.
ANTT. 2011. Disponível em: www.antt.gov.br Acesso em: 28 de maio de 2011.
CAIXETA Filho, José Vicente; MARTINS, Ricardo Silveira. Gestão Logística do
Transporte de Cargas. São Paulo: Atlas, 2010.
22
CASTIGLIONI, José Antonio de Mattos. Logística Operacional Guia Prático.
São Paulo: Editora Érica Ltda, 2010.
CCR RODONORTE. 2011. Disponível em: www.rodonorte.com.br Acesso em: 28
de maio de 2011.
GUIA DE COMPRA. 2010. Disponível em:
http://www.guiadecompra.com/transporte-e-
logistica/artigos/Veja%20a%20defini%C3%A7%C3%A3o%20para%20transporte/3
5.html. Acesso em: 28 de maio de 2011.
GUIA DO TRC. 2009. Disponível em: http://www.guiadotrc.com.br/ Acesso em: 28
de maio de 2011.
LEI Nº 10.233 de 5 de junho de 2001. Disponível em:
http://www1.dnit.gov.br/download/lei%20n%C2%BA10233.pdf Acesso em: 28 de
maio de 2011.
LOGISPRO. 2011. Disponível em:
http://www.logispro.com.br/Logispro/solucoes.asp Acesso em: 28 de maio de
2011.
SANTOS, Josival Novaes dos. Evolução Logística no Brasil. 2007. Disponível
em: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/evolucao-logistica-no-
brasil/13574/ Acesso em: 28 de maio de 2011.
SILVEIRA, Antonio. Blog Nextrans. 2009. Disponível em:
http://blog.nextrans.com.br/2009/05/27/cargas-de-projeto-solucoes/ Acesso em:
28 de maio de 2011.
7ANEXOS
7.1 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ESTUDO DE CASO
23
Foto 1: Carga especial preparando para dar início ao deslocamento. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte
Foto 2: Vista da BR-376 próximo ao km 499. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte
24
Foto 3: Carga especial adentrando a BR376 – Ponta Grossa/PR. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte
Foto 4: Equipes da CCR RodoNorte e COPEL dando apoio ao deslocamento. Fonte: Assessoria de Comunicação CCR RodoNorte