Trajetória Produzir

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Trajetória do Ministério da Integração Nacional Secretaria de Programas Regionais PROJETO PRODUZIR

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Prublicação para o Ministério da Integração Nacional

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Trajetória do

Ministério da Integração Nacional Secretaria de Programas Regionais

PROJETO PRODUZIR

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Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da Integração NacionalJoão Reis Santana Filho

Secretário ExecutivoMarcelo Pereira Borges

Secretária de Programas RegionaisDiretora Nacional do Projeto Produzir – FAO/UTF/BRA/040/BRAMárcia Regina Sartori Damo

Diretor de Programas das Regiões Norte e NordesteFábio Eduardo de Mello Cunha

Diretor de Programas das Regiões Sul e SudesteMarcelo Ribeiro Moreira

Coordenadora Geral de Projetos EspeciaisCoordenadora Nacional do Projeto Produzir – FAO/UTF/BRA/040/BRADorotea Blos

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Coordenação e RedaçãoDorotea Blos

Revisão de ConteúdoCleber Lago do Valle Mello FilhoJuliana Maria Coutinho Vieira

FotografiasLeonardo PradoArquivo da Coordenação Nacional do Projeto Produzir

ColaboraçãoEmerson Nogueira SantanaAndrea Fernanda Carvalho SilvaRonny Soares DutraAntonia Figueiredo RiosGina Regina PalatucciCleber Bezerra AguiarRenan Zerbini Ribeiro LeãoMozart de Carvalho

ApoioAlessandra Gonçalves de Araújo

Projeto GráficoCartaz Criações e Projetos Gráficos

Arte e DiagramaçãoMarcelo Rubartelly

Revisão de TextoYana M. PalankofRejane de Meneses

ImpressãoEstação Gráfica

Ministério da Integração Nacional (Brasil) Trajetória do Projeto Produzir / Ministério da Integração Nacional, Secretaria de Programas Regionais. – Brasília : MI, SPR, 2010.

96 p.: il.; 21 cm 1. Políticas públicas. 2. Capacitação. 3. Desenvolvimento regional. 4. Geração de trabalho e renda. I. Título.

CDD 351 CDU 35.08

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Mensagem do Ministro .............................................................................. 7

Mensagem da FAO. .................................................................................... 8

Apresentação. ............................................................................................. 9

Sessão 1 – Projeto de Cooperação Técnica – 1994 a 2010 ...................... 11

Sessão 2 – O Produzir: metodologia de ação em campo para organização produtiva de comunidadades ...................................... 23

Os Eventos de Organização Produtiva (EOPs) ...................................... 28

Uma nova etapa do Produzir ................................................................ 40

A Oficina de Gestão .............................................................................. 41

Novas metas: ampliar o fortalecimento de empreendimentos ............. 47

Sessão 3 – Os resultados da ação nas comunidades ................................. 53

A importância da parceria local ............................................................ 73

As parcerias externas na garantia da sustentabilidade ......................... 75

A continuidade da ação em busca da sustentabilidade ......................... 78

O fortalecimento da ação em rede ........................................................ 80

Uma ação regional no foco do Produzir ............................................... 82

Considerações finais ................................................................................ 85

Sessão 4 – Anexos ..................................................................................... 87

SUMÁRIO

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O Ministério da Integração Nacional conta com a colaboração de importantes parceiros para o cumprimento de suas atribuições de formulação e condução da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que instituciona-

lizou instrumentos e mecanismos importantes para a valorização do potencial latente das sub-regiões brasileiras e a consequente redução das desigualdades regionais. No âmbito da Secretaria de Programas Regionais, as parcerias estabelecidas com entida-des nacionais e internacionais visam a potencializar os efeitos dos programas de de-senvolvimento regional, trazendo novas contribuições técnicas e recursos necessários para a aceleração do processo de integração nacional.

O Produzir, resultado de um acordo de cooperação técnica internacional em 1994, é um exemplo de parceria de sucesso entre o Ministério da Integração Nacional e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) na área de desenvolvimento regional. Durante os 16 anos de execução das atividades, as enti-dades parceiras contaram também com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio de sua Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

Com o objetivo de valorizar a produção local e incluir os produtos comunitários no mercado, o projeto capacitou milhares de agentes locais e estruturou diversos empre-endimentos produtivos. Todas as ações foram realizadas em sintonia com os anseios e as necessidades das comunidades beneficiadas, buscando sempre incorporar as lideranças locais nos processos de decisão. Com foco na redução das desigualdades regionais, as ações foram baseadas em uma política estruturada de desenvolvimento regional que vislumbra o processo produtivo como elemento de geração de renda e distribuição de riquezas.

Nos últimos anos, o Produzir caminhou segundo as novas estratégias de desenvol-vimento do Brasil defendidas pelo governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alargando os meios de articulação com os programas governamentais de desenvol-vimento regional. Exemplo disso foi a participação ativa do Projeto Produzir – jun-tamente com a FAO/ONU – na organização das duas edições da Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional, ocasiões nas quais os produtores apoiados pelos pro-gramas de desenvolvimento regional puderam mostrar seus produtos e ampliar sua articulação com parceiros e territórios.

Enfim, por meio das ações de apoio às comunidades dos espaços prioritários de desenvolvimento e em benefício dos moradores das regiões brasileiras que ainda apresentam baixos índices de desenvolvimento socioeconômico, o Produzir superou obstáculos e apresentou uma nova visão do Brasil para a sociedade.

João Reis Santana FilhoMinistro da Integração Nacional

Mensagem do Ministro

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A história mais recente da cooperação técnica da Organização das Nações Uni-das para Agricultura e Alimentação (FAO) com o Ministério da Integração Nacional remonta à celebração do Acordo de Cooperação Técnica em 1994,

que passou a apoiar o então denominado Projeto Nacional de Geração de Emprego e Renda em Áreas de Pobreza (Proger) e se estendeu até a atualidade na continuidade dos programas Pronager, Novo Pronager e Produzir – Projeto Organização Produtiva de Comunidades –, uma trajetória de 16 anos de trabalho conjunto, desafios e impac-tos nas realidades locais.

Com a proximidade do encerramento do Projeto, em dezembro de 2010, a FAO manifesta a satisfação com que participou ao longo de todos esses anos do Projeto Produzir, cumprindo o seu papel de disponibilizar seu acervo de conhecimentos técnicos e experiências, particularmente nas áreas de produção e processamento de alimentos, desenvolvimento de comunidades e combate à pobreza com geração de emprego e renda.

Além disso, ao prestar o apoio técnico operacional necessário para a execução das ações do Programa com a população das regiões priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional, a FAO acrescentou sua contribuição ao trabalho do Minis-tério da Integração Nacional na implementação do Produzir.

Essa experiência de cooperação técnica, repleta de desafios, aprendizados e inova-ções, fez com que, em 2007, o Produzir fosse um dos cinco programas escolhidos pela FAO em nível mundial como exemplo de projeto de sucesso. O Programa foi inserido em um livreto produzido para o Serviço de Desenvolvimento do Programa de Campo sobre recursos direcionados para alimentação e agricultura.

Com sua forma inovadora de atuação e objetivos relacionados à busca pela integra-ção produtiva do seu público-alvo aos arranjos produtivos locais, o Produzir foi clas-sificado pela FAO como elo entre as políticas de desenvolvimento social e as políticas voltadas ao desenvolvimento regional em razão da atuação do Projeto na identifica-ção e na viabilização de alternativas de trabalho e renda para as comunidades caren-tes excluídas da dinâmica socioeconômica do país.

A FAO está pronta para dar continuidade à proveitosa parceria com o Ministério da Integração Nacional por meio de ações de apoio aos novos projetos, contribuindo com os grandes desafios que o Brasil ainda deve encarar na integração nacional e no desenvolvimento territorial e regional.

Hélder MuteiaRepresentante da FAO no Brasil

Mensagem da FAO

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A presença do Projeto de Coopera-ção Técnica (PCT) Organização Produtiva de Comunidades (Pro-

duzir) na Secretaria de Programas Regio-nais do Ministério da Integração Nacional marcou um período de transformações nas formas de interação social e aproxi-mação entre o poder público e as comu-nidades das regiões brasileiras estagnadas ou pouco desenvolvidas.

A parceria estabelecida com a Organiza-ção das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) trouxe contribui-ções imediatas inestimáveis e permitiu a introdução de novas metodologias de tra-balho que se perpetuarão nos programas governamentais gerenciados pela Secreta-ria de Programas Regionais: Programa de Promoção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais (Promeso), Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira (PDFF) e Programa de Desenvol-vimento Integrado e Sustentável do Semiá-rido (Conviver).

A atuação do Produzir envolveu mudan-ças de paradigmas, estratégias e formas de atuação, introduzindo uma nova aborda-gem sistêmica para a inclusão econômica e social do público-alvo atendido pelos programas regionais. O enfoque assisten-cialista, que gera resultados pontuais, foi substituído pela aposta na capacidade de organização produtiva das comunidades que vivem nas áreas prioritárias para o de-senvolvimento regional. O Produzir inovou também nas formas de construção de par-cerias com organizações governamentais e

Apresentação

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não governamentais regionais e locais, facilitando o contato com o habitante dos espaços prioritários da Política Nacio-nal de Desenvolvimento Regional, que se caracterizam pelos baixos índices de desenvolvimento socioeconômico.

O Produzir mostrou-se ainda um eficiente elemento de integração social, na medida em que promoveu a inserção produtiva e competitiva das comuni-dades situadas em regiões estagnadas, valorizando os arranjos produtivos locais que apresentavam potencial de desenvol-vimento e ajudando na implantação de empreendimentos produtivos coletivos sustentáveis. As atividades produtivas apoiadas fortaleceram o capital humano e social dessas comunidades.

Esta publicação tem como objetivo co-roar o processo de encerramento, em 31 de dezembro de 2010, da larga trajetória do projeto de cooperação técnica que deu suporte ao atual Projeto Produzir. Ela visa a apresentar um panorama das contribuições do Produzir na consolida-ção de uma metodologia de atuação nas comunidades e os resultados alcançados com esse trabalho. Seu foco são as ações desenvolvidas pelo Módulo Central da Cooperação Técnica Internacional, hoje implementado no âmbito da Coorde-nação-Geral de Projetos Especiais, da Secretaria de Programas Regionais.

A Seção 1 da publicação mostra a evolução da cooperação técnica e sua contribuição às políticas públicas ante o público-alvo. Foram muitas mudanças e aprimoramentos, desde as primeiras propostas do Proger até a consolidação do Produzir nos programas de desenvol-vimento regional.

A Seção 2 deixa o registro da meto-dologia de execução das suas ações em campo por meio dos Eventos de Orga-nização Produtiva (EOPs) e Oficinas de Gestão (OGs), com o objetivo de permitir sua disseminação junto aos parceiros do Ministério da Integração Nacional e de entidades que possam vir a utilizar os ensinamentos do Produzir.

Por fim, a Seção 3 traz um balanço da execução do Produzir focando em espe-cial seu período mais recente, os últimos seis anos, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os resultados con-cretos da sua execução e dos benefícios que sua metodologia pode aportar às comunidades locais.

O balanço final do Produzir aqui apresentado traz informações relevan-tes sobre a execução de um acordo de cooperação técnica que deixa grandes contribuições para a consolidação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), de responsabilidade do Ministério da Integração Nacional.

Márcia Regina Sartori Damo Secretária de Programas Regionais

Diretora Nacional do Projeto ProduzirFAO/UTF/BRA/040/BRA

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Projeto de Cooperação Técnica – 1994 a 2010

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O Acordo de Cooperação deu ori-gem ao Programa Nacional de Geração de Emprego e Renda

em Áreas de Pobreza (Proger), cujo obje-tivo principal foi acelerar o desenvolvi-mento social e econômico das zonas de elevada concentração de pobreza – rurais ou urbanas – mediante o investimento em pequenas empresas associativas ou cooperativas, potenciais geradoras de emprego e renda, permitindo a seus membros incorporar-se e beneficiar-se dos processos de modernização econômi-ca e social.

O Programa foi criado no contexto do processo de redemocratização no Brasil e da instituição da nova Constituição, quando ganharam força as iniciativas de descentralização das políticas, de fortale-cimento do poder local e as abordagens participativas, sendo esses novos elemen-tos e essas novas abordagens também absorvidos pelas iniciativas de geração de emprego e renda em todo o país.

A trajetória do Projeto de Cooperação Técnica Internacional: 1994-2010

O Projeto de Cooperação Técnica

(PCT FAO – UTF/BRA/040/BRA) teve sua

origem no Acordo de Cooperação Técnica

celebrado entre o Ministério da Integra-

ção Regional (MIR), a Organização das

Nações Unidas para Agricultura e Alimen-

tação (FAO), a Sudene e a Sudam, em

24/06/1994, contando com a interveniência

da Agência Brasileira de Cooperação (ABC),

do Ministério das Relações Exteriores, e se

estendeu até a atualidade na continuida-

de dos programas Proger, Pronager, Novo

Pronager e Produzir. Durante os 16 anos

de sua trajetória, o PCT atravessou várias

fases, com mudanças nas suas vinculações

institucionais, nas orientações metodológi-

cas e nas estratégias operacionais.

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finidas as diretrizes de operacionalização do Pronager Central.

O Pronager foi criado com o objetivo de gerar ocupações produtivas e ren-da, potencializando todos os recursos e vocações econômicas da comunidade a partir da capacitação de trabalhadores desempregados e/ou subempregados para sua organização em empresas, as-sociações e cooperativas de produção de bens e/ou serviços com competitividade no mercado.

Em 1999, foi rea- lizada a primeira revisão substantiva do Pronager com o objetivo de transfor-mar o projeto em um programa de gover-no, previsto no Plano Plurianual 2000-2003, integrando-o às demais iniciativas de combate à pobre-za e ao desemprego então vigentes, bem como prorrogando sua vigência até o ano de 2003.

Em maio de 2000, o Pronager foi incorporado ao Ministério de Integra-ção Nacional (MI), que sucede a Sepre e assume sua execução nacional. Esse processo teve como consequência o es-tabelecimento de mecanismos de arti-culação e estreitamento de relações com os organismos e instituições do governo brasileiro responsáveis pelas políticas e pelos programas de geração de emprego e renda e pela revisão dos aspectos con-ceituais e metodológicos da Metodologia de Capacitação Massiva.

A criação do Ministério da Integra-ção Nacional e a incorporação a ele do Pronager aproximam o programa dos referenciais conceituais do desenvolvi-

No seu início, o Proger funcionava sob a responsabilidade do Ministério da Integração Regional, extinto em janei-ro de 1995. A partir desse momento o Projeto passa para a responsabilidade da Secretaria Especial de Políticas Regionais (Sepre), do Ministério do Planejamento e Orçamento (MP).

Durante sua existência, o Proger atuou em áreas selecionadas, visando, em especial, ao estabelecimento do marco conceitual e logístico para sua implanta-ção, com ações pontuais e dispersas nas Regiões Norte e Nordeste, no Estado de São Paulo e no Município de Vitória-ES.

A execução era realizada por meio dos módulos (unidades executoras) regionais, estaduais e/ou municipais, responsáveis pela descentralização dos processos formativos para reciclar o pessoal técnico que atuaria nas atividades de formação e capacitação, foco do programa, por meio dos Laboratórios Organizacionais de Curso (LOCs) e Laboratórios Organi-zacionais de Terreno (LOTs), principais instrumentos de ação previstos na Meto-dologia de Capacitação Massiva adotada nos primeiros anos do Proger.

Buscou-se também nesse período inicial de estruturação aperfeiçoar os mecanismos de coordenação institucio-nal – articulando organismos públicos e privados das regiões, das sub-regiões, dos estados e dos municípios envolvidos no Proger – e definir mecanismos de articulação com as fontes de financia-mento dos projetos.

Em 01/04/1998, foi assinado o Termo de Cooperação entre o Governo Brasilei-ro e a FAO, garantindo a continuidade do Projeto, que passou a denominar-se Projeto Nacional de Geração de Empre-go e Renda em Áreas de Pobreza (Pro-nager). O Termo de Cooperação veio acompanhado de um novo Documento de Projeto (Prodoc), no qual estavam de-

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As origens da Metodologia de Capacitação Mas-siva, criada pelo professor Clodomir Santos de Mo-rais, remonta à década de 1960 no Brasil, e existem referências de que teria sido aplicada inicialmente em trabalho desenvolvido nas Ligas Camponesas na Região Nordeste. Posteriormente, já na déca-da de 1970, foi utilizada largamente em diferen-tes países, como Honduras, México, Nicarágua e Portugal, e a partir dos anos 1980 foi expandida para os países da África, como Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.

Ainda na década de 1980, a Metodologia passa a ser aplicada em diversas ações de apoio à geração de trabalho e renda no Brasil, sob a responsabilidade do Instituto de Apoio Técnico aos Países do Terceiro Mundo (Iattermund), que a partir de 1995 passa a ser a entidade parceira do governo brasileiro e da FAO na execução do Proger e, posteriormente, do Pronager.

A Metodologia de Capacitação Massiva é um método fundamentado na Psicologia Social e na Teoria da Organização, tendo a atividade focada na aprendizagem e na construção do conhecimento. Como método, baseia-se na relação dialética prática/teoria/prática nas experiências concretas de geração de emprego e renda. Sua ênfase está na mobilização social e política como forma de construção de autono-mia dos sujeitos sociais e superação da pobreza.

No âmbito do Proger, a metodologia passa a utilizar o Laboratório Organizacional de Terreno, que se constitui no instrumento básico de ação do método. A ideia central é de que os participantes do LOT experimentem na prática do “aprender fazendo” uma situação real de atividade produtiva organizada nos laboratórios. A perspectiva é de que por meio deles as pessoas de baixa renda alcancem um processo de transformação cultural e venham a se tornar capazes de criar e gerir empreendimentos coletivos. Se-gundo essa concepção, no interior do LOT é constituída uma empresa artificial com funcionamento real, fazendo com que as pessoas se capacitem em organização e administração autogestionária e que nesse processo aconteça a transformação do sujeito.

O LOT foi o instrumento criado para trabalhar a consciência organizativa de grupos sociais e criar as bases de empresas associativas de produção de bens e serviços. Na experiência do Laboratório, viven-ciava-se, num primeiro momento, a desorganização inicial, a incerteza da própria capacidade de organi-zação, denominada Síncrese, que desafia a tomada de decisões sem análises críticas, e num segundo momento passava-se à Análise, na qual os participantes manejavam os elementos da administração até a Síntese, quando conseguiam o melhor nível organizativo ao aliar a teoria à prática.

Como condições básicas para a realização dos Laboratórios, a Metodologia de Capacitação Massiva definia um mínimo de quarenta participantes, mas possibilitava a incorporação de centenas de trabalha-dores desempregados e/ou subempregados nos eventos de capacitação; a exigência de insumos indivisí-veis disponíveis (meios de produção nas mãos dos participantes que não pertenciam ao indivíduo, e sim ao coletivo); e a liberdade de organização para a utilização coletiva desses insumos (a gestão participativa dos meios de produção e a possibilidade de apropriação coletiva do produto do trabalho). Esses elemen-tos estão presentes durante todo o Laboratório.

METODOLOGIA DE CAPACITAÇÃO MASSIVA

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mento regional, assim como promovem sua articulação com a Casa Civil e os programas Comunidade Solidária e Comunidade Ativa, contribuindo para aproximá-los dos novos referenciais do desenvolvimento local.

Estabelecem-se, então, várias parce-rias nesse período, como aquela com a Presidência da República – Gabinete de Segurança Institucional, para executar ações na recém-criada Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) e com a Secretaria de Estado de Assistência Social, do Minis-tério da Previdência e Assistência Social, para inclusão na ação do Pronager de famílias de crianças beneficiadas pelo Programa de Erradicação do Traba-lho Infantil (Peti). Da mesma forma se deu a parceria com o Projeto Alvorada, ligado à Casa Civil da Presidência da República, o qual buscava integrar ações e programas sociais em municípios de estados com os menores índices de de-senvolvimento humano. Essas parcerias viabilizaram um significativo aporte de recursos, possibilitando o incremento das atividades do Pronager no período 2000-2003.

No modelo desenhado para operar o Programa, constituiu-se um módulo central no MI que desempenhava as funções de coordenação-geral, apoio téc-nico e articulação com outras instituições do governo e da sociedade civil, sendo responsável pelos aspectos conceituais, metodológicos, técnicos e operacionais comuns a todos os módulos e submódu-los do Pronager, com o papel de apoiá--los na execução de suas ações.

Os demais módulos – regionais, es-taduais e municipais –, com autonomia operacional, administrativa e financeira, eram os responsáveis pelo desenvolvi-mento das atividades concretas de capa-

citação massiva e de criação de empresas.O módulo central, no seu papel de

coordenação, atuava de maneira descen-tralizada, articulando os módulos regionais (Sudam e Sudene), os estaduais (Tocantins, Alagoas e São Paulo) e os municipais (Vi-tória-ES e São Paulo-SP). Posteriormente, o Projeto estendeu-se para todo o territó-rio nacional, e outros módulos foram sen-do constituídos com base na assinatura de Termos de Compromisso de Cooperação (TCCs), que estabeleciam metas de LOTs e ações de suporte ao Sistema de Partici-pação Social para a Geração de Emprego e Renda (Sipger).

Esse sistema estava previsto para ser constituído pelos trabalhadores capacita-dos e por suas organizações empresariais, pelos técnicos envolvidos no Projeto e pelos membros de estruturas primárias, devendo ser implementado em todos os módulos do Pronager.

O Sipger teria como funções princi-pais: ser o espaço mobilizador e articu-lador entre os capacitados; disponibi-lizar a assistência técnica, tecnológica e metodológica; apoiar o acesso dos participantes dos laboratórios e suas empresas ao crédito; e constituir-se num sistema de informações técnicas, tecno-lógicas e mercadológicas, documentação e divulgação, com o apoio da informáti-ca, sempre que possível.

Em 2003, ano de mudança no governo federal, o Pronager diminui o ritmo da ação em campo e passa por novo pro-cesso de mudanças, que vai conduzi-lo a buscar maior integração às políticas públicas e aos programas de desenvol-vimento regional de base territorial do Ministério da Integração Nacional.

A retomada das ações em campo acon-tece a partir de 2004, com a institucio-nalização do Novo Pronager, que passa a atuar em consonância com as diretrizes

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da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). O Programa articula suas ações e os empreendimentos por ele gerados a setores e arranjos produtivos locais capazes de abrigar esses novos empreendimentos no âmbito das sub--regiões prioritárias de atuação do MI.

O Novo Pronager buscou também am-pliar a articulação com outras políticas sociais dos governos federal, estaduais e municipais e com iniciativas da socieda-de civil organizada e iniciativa privada, tornando-se parceiro desses programas e iniciativas na luta contra as desigual-dades sociais e na geração de trabalho e renda para as comunidades carentes brasileiras. Foi uma fase de articulação ao Programa Fome Zero e ao Programa Primeiro Emprego, bem como o início de uma ação focada nos espaços prioritários da PNDR. Foram propostas mudanças no sentido de enfatizar as ações de campo mediante os Eventos de Capacitação em Campo (ECCs), direcionados para o apoio ao desenvolvimento de atividades produtivas e sua inserção em sistemas de arranjos produtivos locais (APLs).

Nesse período, o Novo Pronager passou a constar no PPA 2004 a 2007 como um dos cinco programas para

uma ação concertada do Ministério da Integração Nacional e alcançou um bom grau de integração com os programas de desenvolvimento regional, entre os quais se destacam: Programa de Pro-moção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais (Promeso); Programa de Desenvolvimento Integrado Sustentável do Semiárido (Conviver) e o Programa de Desenvolvimento da Faixa de Frontei-ra (PDFF), imprimindo maior sustentabi-lidade às iniciativas e não mais operando em iniciativas isoladas, mas como parte de uma política de desenvolvimento regional.

Outra mudança significativa foi ado-tada na sua estratégia operacional e consistiu na inserção de instituições executoras no processo de implantação dos Eventos de Capacitação em Campo. Para a execução das ações, o Programa passou a utilizar o instrumento Carta de Acordo, firmado com instituições sem fins lucrativos, idôneas e com experiên-cia na execução de ações de capacitação. Essas instituições passam a atuar como entidades responsáveis pela execução técnica e financeira das ações em campo, garantindo os subsídios necessários para a consecução dos objetivos do Projeto.

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Desde a década de 1980, no Brasil, uma visão diferente de desenvolvimento vem se traduzindo em iniciati-vas de planejamento voltadas à valorização do potencial endógeno das regiões. Segundo essa visão, o objetivo de crescimento econômico necessariamente se associa à mobilização cívica, à cooperação, à valorização das identidades locais e regionais e à inclusão participativa de amplos setores da sociedade.

Nesse contexto, a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) é uma estratégia de desenvolvi-mento alternativa à guerra fiscal e à fragmentação territorial que predomina desde a década de 1980 para que a retomada do crescimento resulte, de fato, num Brasil de todos.

Assim, a PNDR vai ter como objeto as profundas desigualdades de nível de vida e de oportunidades de desenvolvimento entre regiões do país. A matéria-prima da Política é o imenso potencial de desenvolvimento contido na diversidade econômica, social, cultural e ambiental que caracteriza o Brasil.

A PNDR atua no sentido de contrabalançar a lógica centrípeta das forças de mercado por meio da promoção e da valorização da diversidade regional, conciliando, assim, competitividade e expressão produtiva de valores socioculturais diversos.

Ao contrário do que se pode imaginar, o objeto da PNDR não é exatamente o combate à pobreza, mas expressa-se na coincidência espacial entre pobreza individual e regional. Visto por uma perspectiva espaço-temporal, a PNDR concentra-se nas regiões que, por sua situação de debilidade econômica e estagnação, geram expressivos fluxos migratórios, os quais constituem a maior parte dos bolsões de po-breza das grandes metrópoles. Em outras palavras, a PNDR focaliza a causa da desigualdade e da pobreza em sua expressão territorial.

A Política atua nas escalas macro e sub-regionais. Nas instâncias macrorregionais prevalece a elaboração dos planos estratégicos de desenvolvimento, a articulação de diretrizes e ações de desenvolvimento e a pro-moção de iniciativas em territórios priorizados. A instância macrorregional é especialmente relevante no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste. As áreas especiais de planejamento, como a Faixa de Fronteira e o Semiárido, constituem objeto de programas específicos para a escala sub-regional.

Na instância sub-regional, destacam-se, ainda, as mesorregiões diferenciadas, que consistem em espaços subnacionais contínuos, menores que os das macrorregiões, com identidade comum, que compreendam áreas de um ou mais estados da Federação. Esses espaços são definidos para fins de identificação de potencialidades e vulnerabilidades que norteiem a formulação de objetivos socioeconômicos, culturais, político-institucionais e ambientais. Foram definidas 13 mesorregiões diferenciadas, quais sejam: Alto Solimões, Vale do Rio Acre, Bico do Papagaio, Chapada das Mangabeiras, Xingó, Chapada do Araripe, Seridó, Águas Emendadas, Vale do Jequi-tinhonha e do Mucuri, Bacia do Rio Itabapoana, Vale do Ribeira/Guaraqueçaba, Grande Fronteira do Mercosul e Metade Sul do Rio Grande do Sul.

POLÍTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL – PNDR

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Em 2005, o Programa assume nova denominação, Organização Produtiva de Comunidades (Produzir), mantendo as ações exitosas de suas denominações anteriores, notadamente quanto à sua capacidade de atuação articuladora em campo. O Programa busca, essencial-mente, pautar suas ações na formação profissional e na geração de postos de trabalho, por meio da estruturação de empreendimentos de forma autônoma e participativa da comunidade. Sua estra-tégia operacional pauta-se no processo de integração com os programas de de-senvolvimento regional e com a Política Nacional de Desenvolvimento Regional para a realização dos Eventos de Organi-zação Produtiva (EOPs).

No ano de 2005 é implantada a nova metodologia da Teoria da Administração para o Desenvolvimento (TAD), com foco em resultados, sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro de Administração para o Desenvolvimento (Ibrad), encar-

regado de fazer as adequações

metodoló-gicas

recomendadas e a capacitação de novo quadro de técnicos multiplicadores para a execução dos EOPs.

Após a sistematização da metodolo-gia, em julho de 2005, é elaborado o Guia de implementação do Produzir, con-tando com a participação da equipe técnica do Projeto e de um grupo de técnicos multiplicadores com o objetivo de fornecer subsídios teóricos e concei-tuais para a realização dos EOPs.

Ao final de 2007, em sua última revi-são substantiva, é autorizada a prorroga-ção do Projeto de Cooperação Técnica, tendo como objetivos a realização de avaliação do PCT em toda a sua trajetó-ria, a prestação de contas final do Projeto e a finalização do processo de transferên-cia e integração da sua metodologia aos programas de base territorial a cargo da Secretaria de Programas Regionais do Ministério da Integração Nacional.

Em 2008, com o processo de amadu-recimento da prática da metodologia do Produzir, é introduzida a realização das Oficinas de Gestão para fortalecimento e consolidação dos empreendimentos produtivos originados nos EOPs ou nos programas de desenvolvimento regional. Apesar da realização de 11 EOPs entre 2008 e 2009, a estratégia nesse período centra-se no fortalecimento de empreen-dimentos criados pelo Projeto Produzir e pelos demais programas de desenvol-vimento regional. Esse fortalecimento

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outras ações de estruturação física e produtiva para o alcance dos objetivos da Política Nacional de Desenvolvimen-to Regional.

Com esse panorama, grande parte das atividades do Projeto Produzir vol-tadas à ação em campo é finalizada em 2009, e o foco das ações do Projeto em 2010 passa a ser direcionado à avalia-ção final e ao encerramento do PCT, com a elaboração do seu relatório final.

se dá também pela participação de empreendimentos na I e na II Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional.

Por fim, é preciso enfatizar que a ação desenvolvida no biênio 2008-2009 permitiu uma maior articulação do Pro-jeto Produzir com os outros programas da Secretaria de Programas Regionais (Promeso, Conviver e PDFF), possibi-litando a integração de ações de capa-citação e organização produtiva com

MUNICÍPIOS BENEFICIADOS PELO PRODUZIR E SUB-REGIÕES ATENDIDAS

Faixa de FronteiraSemiárido

Alto SolimõesVale do Rio AcreBico do PapagaioChapada do AraripeXingóChapada das MangabeirasVales do Jequitinhonha e do MucuriItabapoanaVale do Ribeira/GuaraqueçabaÁguas EmendadasGrande Fronteira do MercosulMetade Sul do Rio Grande do SulSeridó

RIDE do Entorno do DFRIDE do Polo de Juazeiro e PetrolinaRIDE da Grande Teresina – Timon

São Raimundo NonatoMédio e Baixo JaguaribeVale do AçuSousa PiancóSertão do MoxotóSantana do IpanemaSergipana do Sertão do São FranciscoBrumado/Bom Jesus da Lapa/GuanambiSerra Geral (Janaúba)

Cidades gêmeas prioritárias

Regiões Integradas de Desenvolvimento - RIDEs

Mesorregiões

Sub-regiões do Semiárido

Municípios beneficiados pelos Eventosde Organização Produtiva – 2008/2010

Municípios beneficiados pelos Eventosde Organização Produtiva – 2003/2007

Tabatingae Letícia

AM

PA

MT

RO

RRAP

MA

PI

CE

RN

PB

PE

AL

SEBA

Ponta Porãe Pedro JuanCaballero

Dionísio Cerqueirae Barracão Bernardode Irigoyen

Uruguaiana ePaso de los Libres

Santana doLivramentoe Rivera

MG

ES

RJSP

MS

PR

SC

RS

TO

GO

DF

0 445 890 1.780 Km

N

Page 21: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

21

Para a atuação da PNDR na escala sub-regional, o Ministério da Integração Nacional conta em sua estrutura com a Secretaria de Programas Regionais (SPR), que se responsabiliza pela implementação e pela articulação de uma série de ações e programas que traduzem a orientação e a forma de atuação do governo federal nessa área.

Os programas de desenvolvimento regional têm iniciativas voltadas para a reversão do quadro de de-sigualdades e de exclusão de áreas brasileiras selecionadas e de suas respectivas populações, são eles: Programa de Promoção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais (Promeso), Programa de Desenvol-vimento Integrado e Sustentável do Semiárido (Conviver) e Programa de Promoção de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira (PDFF).

O Promeso promove a articulação das políticas públicas para aumentar a sustentabilidade das mesorre-giões, buscando incentivar potencialidades de ativos locais para a superação de desequilíbrios regionais e a melhoria das condições socioeconômicas das regiões em que está presente. A atuação do Promeso tem início na organização social, por meio da constituição de fóruns de desenvolvimento regional concebidos como instâncias locais de articulação e integração de atores públicos e privados, responsáveis pela identificação, pela priorização e pelo encaminhamento das demandas locais e pelo acompanhamento da implementação de projetos para a melhor destinação de recursos públicos. O Promeso, por meio da SPR, volta suas ações às 13 mesorregiões e também às Regiões Integradas de Desenvolvimento (Rides) do Entorno do DF e de Juazeiro/Petrolina e Teresina/Timon.

Com a mesma filosofia e forma de atuação, mas concebido sob uma orientação territorial mais proeminente, o Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Semiárido (Conviver) busca aumentar a autonomia e a sustentabilidade das atividades econômicas da Região do Semiárido, no Nordeste, por meio da inserção produtiva de sua população, também estimulada a se organizar socialmente em torno do aproveitamento de seus potenciais endógenos. Nove sub-regiões foram selecionadas para a ação prioritária do Conviver: São Raimundo Nonato/Piauí; Médio e Baixo Jaguaribe/Ceará; Vale do Açu/Rio Grande do Norte; Sousa-Piancó/Paraíba; Ser-tão do Moxotó/Pernambuco; Santana do Ipanema/Alagoas; Sergipana do Sertão do São Francisco/Sergipe; Brumado-Bom Jesus da Lapa-Guanambi/Bahia e Serra Geral (Janaúba)/Minas Gerais.

Por sua vez, o Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira (PDFF) tem como objetivo promover a estruturação física, social e produtiva da Faixa de Fronteira, sendo cada vez maior a ênfase que o Programa vem dando à articulação com nossos países vizinhos da América do Sul, visando à identificação e à viabilização de projetos de integração transfronteiriça relevantes para essa articulação. O Programa contempla ações de planejamento estratégico e apoio às atividades econômicas, de infraestrutura urbana e de melhorias sociais na região.

O Programa agrega a seus objetivos e iniciativas diversas parcerias, sejam organizações públicas ou priva-das, buscando a transversalidade institucional para a integração de ações convergentes, reunindo contribui-ções específicas à estruturação da Faixa de Fronteira. A elegibilidade dos projetos prioritários para o apoio do PDFF é definida, em grande parte, por essas parcerias, mantendo-se como norteador o caráter estruturante de seus objetivos e a integração, quando for o caso, com as ações do Promeso. Quatro mesorregiões (Alto Soli-mões, Vale do Rio Acre, Grande Fronteira do Mercosul e Metade Sul do Rio Grande do Sul) situam-se integral ou parcialmente na Faixa de Fronteira.

No que se refere ainda aos programas de desenvolvimento regional, vale ressaltar também que, no período do Plano Plurianual de 2004-2007, eram cinco os programas em atuação: Promeso, Conviver, PDFF, Promover e Produzir. Entretanto, a partir de 2008 passaram a ser em número de três os programas de desenvolvimento regional constantes do Plano Plurianual, na medida em que tanto o Promover quanto o Produzir foram incor-porados como ações aos demais programas. O Projeto Produzir, além disso, continuou a desenvolver suas atividades no âmbito do PCT com a FAO até 2010.

PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Faixa de FronteiraSemiárido

Alto SolimõesVale do Rio AcreBico do PapagaioChapada do AraripeXingóChapada das MangabeirasVales do Jequitinhonha e do MucuriItabapoanaVale do Ribeira/GuaraqueçabaÁguas EmendadasGrande Fronteira do MercosulMetade Sul do Rio Grande do SulSeridó

RIDE do Entorno do DFRIDE do Polo de Juazeiro e PetrolinaRIDE da Grande Teresina – Timon

São Raimundo NonatoMédio e Baixo JaguaribeVale do AçuSousa PiancóSertão do MoxotóSantana do IpanemaSergipana do Sertão do São FranciscoBrumado/Bom Jesus da Lapa/GuanambiSerra Geral (Janaúba)

Cidades gêmeas prioritárias

Regiões Integradas de Desenvolvimento - RIDEs

Mesorregiões

Sub-regiões do Semiárido

Municípios beneficiados pelos Eventosde Organização Produtiva – 2008/2010

Municípios beneficiados pelos Eventosde Organização Produtiva – 2003/2007

Tabatingae Letícia

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Ponta Porãe Pedro JuanCaballero

Dionísio Cerqueirae Barracão Bernardode Irigoyen

Uruguaiana ePaso de los Libres

Santana doLivramentoe Rivera

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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O Produzir: metodologia de ação em campo para a organização produtiva de comunidades

2

Page 24: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

24

Page 25: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

25

Já decorrida uma larga trajetória do Pro-

jeto de Cooperação Técnica Internacional,

o Programa Organização Produtiva de Co-

munidades (Produzir), em 2005, passa por

uma reestruturação no que diz respeito às

suas diretrizes metodológicas e operacio-

nais, aprofundando sua integração com os

programas de desenvolvimento regional.

Um conjunto de mudanças vai ao encon-

tro do objetivo de combater o desemprego

e o subemprego nas comunidades pobres,

urbanas e rurais, melhorando a qualidade

de vida de seus membros e concorrendo

para o desenvolvimento local sustentável

e a inclusão social e econômica de pes-

soas e comunidades.

O Produzir: metodologia de ação em campo para a organização produtiva de comunidades

O enfoque dado foi a atuação in-tegrada em regiões prioritárias, privilegiando os arranjos e as

atividades produtivas e levando em con-sideração a questão de gênero, as etnias diversas e a transferência de conheci-mentos tecnológicos à comunidade.

Nesse contexto, a Teoria da Adminis-tração para o Desenvolvimento (TAD) institucionaliza-se como o marco orien-tador da ação do Produzir junto ao público-alvo dos espaços prioritários da Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Essa forma de atuar está vin-culada a uma ação planejada de caráter social, educacional e técnica, levando os participantes a tomarem contato com sua realidade, aprendendo a conviver com seus problemas e tentando resolvê-los. Essa atuação parte da premissa de que o principal instrumento do desenvolvimen-to do território é a organização produti-va, entendida como um processo educati-vo de troca e produção de conhecimento, porém dirigido para o trabalho e para a ação social produtiva. A teoria objetiva, além da aprendizagem, a autonomia dos indivíduos e das organizações.

Com base na realidade, essa concep-ção metodológica reconhece e valoriza as

Page 26: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

26

potencialidades e as experiências tanto do local quanto dos indivíduos. Explorando a relação entre a teoria e a prática no proces-so de formação, busca contemplar também o projeto político e a construção coletiva dos participantes, em apoio aos processos gerados de iniciativas empreendedoras.

Assim, a abordagem proposta não se assenta tanto em o que fazer, mas princi-palmente no porque fazer, com suas claras repercussões sobre o como fazer.

Com relação ao porque fazer, o Produzir considera que a organização da comuni-dade é a condição meio para atingir seus objetivos e reconhece que ali o desafio reside em modificar a atitude dos par-ticipantes em relação ao modo como se organizam e como se posicionam politi-camente perante sua própria condição. O que se pretendeu foi transformar a maneira como essas populações se incor-poram e se acomodam aos processos de desenvolvimento regional.

A metodologia proposta buscou pro-porcionar a inserção dos beneficiários e das comunidades no mercado regional, promovendo oportunidades de ocupação e renda, por meio da organização produ-tiva obtida no processo coletivo de capa-citações, que se vale do desenvolvimento das capacidades empreendedoras integra-

Com essa orientação, o Produzir segue a linha mestra praticada, desde a década de 1960, pela maioria das me-todologias voltadas para a promoção do desenvolvimento de comunidades, que, de forma geral, contemplam as seguin-tes etapas:

conhecimento ou compreensão da realidade local;

identificação, sensibilização e mobilização dos atores relevantes na área de atuação;

organização da comunidade como um processo mais amplo que perpassaria toda a estratégia de implantação;

desenvolvimento de capacidades e conhecimentos específicos voltados para o objetivo do programa ou da iniciativa em andamento;

apoio às organizações locais, em maior ou menor escala, para que estas pudessem assumir seu papel na condução de seus destinos.

das à lógica do desenvolvimento regional.A alocação dos insumos e da força de

trabalho não deve ser encarada como con-sequência de um parâmetro mais ou me-nos adequado, mas como a seleção daquela alternativa que proporciona vantagens competitivas e comparativas para a ativida-de econômica que se pretende apoiar.

Assim, as atividades econômicas estão vinculadas à lógica da viabilidade do mercado e às estratégias de suporte aos arranjos produtivos locais, preferencial-mente aqueles apoiados pelos progra-mas do MI.

Contudo, as iniciativas promovidas pelo Produzir observaram o ideal da economia solidária (ou empreendedoris-mo solidário), em que são reconhecidas e respeitadas as capacidades individuais de produção dos participantes e, ao mesmo tempo, estimula-se o desen-volvimento de um ambiente solidário e cooperativo de produção econômica competitiva e sustentável.

Page 27: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

27

A metodologia propõe que a forma de organização dos empreendimentos apoiados pelo Produzir deve ser aquela que garanta maior flexibilidade e van-tagem para a consolidação dos negócios que se pretende desenvolver. De acordo com as circunstâncias e as peculiaridades de cada grupo participante, podem ser apoiados empreendimentos familiares ou comunitários de menor porte, sem-pre privilegiando o estabelecimento de parcerias estratégicas que promovam a participação competitiva e eficiente des-sas novas organizações no processo de desenvolvimento regional.

A sustentação dos resultados e dos empreendimentos ao longo do tempo seria, portanto, garantida com ativida-des de monitoramento dos empreendi-mentos, nas quais os agentes vinculados à execução das ações do Produzir tra-balhariam como uma “incubadora de novos negócios”.

O como fazer proposto pela metodolo-gia do Produzir tem início com a sensibi-lização das pessoas para a construção de empreendimentos produtivos e estende--se até a construção de uma consciência coletiva e de objetivos comuns, passando pela consciência de seus objetivos e ex-pectativas individuais e pela identificação de potenciais e oportunidades, traba-lhando o exercício concreto das parcerias e conduzindo à apropriação coletiva dos resultados do crescimento pela comuni-dade e ao desenvolvimento sustentável do território em que se vive.

Durante a realização dos Eventos de Organização Produtiva, o foco dos trabalhos de capacitação desloca-se para os empreendimentos e os indivíduos que o compõem, organizados por projeto produtivo (ou Plano de Negócio), isto é, cada empreendimento será convertido na unidade organizativa dos grupos e das pessoas, e todo o seu desenvolvimento

e capacitação ocorrerá à medida que o empreendimento proposto venha a ser desenvolvido e implementado. Assim, as pesquisas de mercado, a identificação de parceiros e constituição de redes e alian-ças, a contratação das capacitações para a produção ou, ainda, a identificação de fontes alternativas de financiamento de-vem ser conduzidas para dar suporte ao Plano de Negócio e à sustentação e à sus-tentabilidade, a médio e a longo prazos, dos empreendimentos desenhados.

No âmbito do como fazer, o Produzir estabelece, também, uma sistemática de operacionalização das suas ações em campo, compatíveis com as orientações das políticas públicas federais e com a cooperação técnica internacional presta-da pela FAO. Os trabalhos nos territórios são conduzidos por entidades executoras selecionadas pelo Projeto, com compro-vada experiência na área de atuação da ação em campo.

O processo de seleção dos espaços prioritários e das atividades produtivas a serem trabalhadas parte de demandas manifestadas pelos Fóruns de Desenvol-vimento, que são captadas pelos respon-sáveis técnicos do MI por esses espaços. A seleção é feita de forma articulada com o Plano de Ação Anual da Secretaria de Programas Regionais com base nos seguintes critérios: devem ser instituições sem fins lucrativos e com idoneidade comprovada, além de demonstrar capa-cidade técnico-operacional para a exe-cução e a atuação em conformidade com a Política Nacional de Desenvolvimento Regional; seus objetivos devem ser com-patíveis com os objetivos dos programas de desenvolvimento regional.

Com base na definição do município e da atividade produtiva a ser desenvolvida (APL), bem como da entidade executora, é assinada uma Carta de Acordo entre esta e a FAO, instrumento de pactuação

Page 28: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

28

que estabelece as atividades a serem desenvolvidas, o cronograma, os recursos disponibilizados, bem como produtos a serem apresentados na forma de rela-tórios, que permitem o planejamento e o monitoramento das atividades desen-volvidas, que são condicionantes para a liberação dos recursos pactuados.

Segundo o formato operacional do Produzir, cada entidade executora deveria contar com uma equipe central composta de profissionais do seu quadro permanen-te encarregados da coordenação técnica,

operacional e financeira do evento, bem como do suporte e da orientação à equipe de campo contratada para o desenvolvi-mento das ações junto aos beneficiários. Essa equipe de campo seria composta por um técnico com conhecimento e formação na metodologia do Produzir (denominado técnico multiplicador), assessorado por profissionais de apoio, que seria respon-sável pela condução dos trabalhos em campo. Para apoio à equipe de campo poderiam ser contratados instrutores para capacitações ou assessorias específicas.

A realização dos Eventos de Organização Produtiva orienta-se por três eixos estratégicos:• dinamizar as capacidades criativas e pesquisadoras dos indivíduos, incentivando a busca por

novos caminhos, novas soluções e promovendo o desenvolvimento do empreendedorismo;

• promover a construção e o fortalecimento das capacidades organizativas, instrumentalizando os indivíduos para a gestão participativa e o desenvolvimento empresarial de suas organizações;

• estimular a constituição e o fortalecimento de alianças estratégicas intersetoriais, aumentando a capacidade de diálogo para a articulação política e a integração das propostas dos vários atores e dos segmentos da sociedade com interesses e capacidade de intervenção nos territórios benefi-ciados pelo Programa.

Os Eventos de Organização Produtiva (EOPs)

Page 29: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

29

Quanto às etapas do processo de capacitação nas comunidades, o méto-do adotado pelo Produzir não difere, em excelência, das fases clássicas de qualquer plano: o diagnóstico, o plane-jamento, a programação, a execução, a avaliação e a retroalimentação.

A organização do processo de capa-citação é, no entanto, tão dinâmica que permite ressaltar apenas as etapas-chave apresentadas de forma esquemática a

ETAPA I ETAPA II ETAPA III ETAPA IV ETAPA V ETAPA VI

Preparando para implantar o Projeto

Produzir(mobilização)

Implantando o Projeto Produzir

Aprendendo a competir

Empreendimento em funcionamento

Monitorando e avaliando os

empreendimentos

Análise e sistematização das

informações

• Realização de diagnóstico primário e secundário e preparação do plano de trabalho

• Articulação interinstitucional e formação das parcerias

• Formação da equipe técnica

• Mobilização das comunidades

• Preparação da instalação no local

• Apresentação do Produzir/apresentação e integração dos participantes

• O indivíduo e seus sonhos

• Visão coletiva de futuro

• Instrumento de apoio à realização dos projetos

• Noções de Plano de Negócio La

nçam

ento

do

Prod

uzir

• Implantando o Plano de Negócio

• Aperfeiçoamento do processo de comercialização

• Aprimoramento do processo produtivo

Dem

onst

rativ

o de

resu

ltado

s do

Pro

duzir

• Produção autônoma

• Avaliação do empreendimento

• Avaliação coletiva

• Avaliação dos empreendimentos e ajustes, caso necessário

• Avaliação de impacto

• Atividades para garantir a sustentação e a sustentabilidade dos empreendimentos

• Análise e sistematização das informações para prestação de contas

Capacitação permanente (em ação)

Capacitação instrumental (para a ação)

PRODUTO 1Plano de Trabalho

PRODUTO 2Relatório das Etapas I, II e III;

Plano de Negócio

PRODUTO 3Relatório das Etapas IV e V

seguir para facilitar a compreensão da metodologia proposta.

Segundo o modelo proposto, o proces-so de capacitação de um EOP desenvolve--se em seis etapas não estanques que se articulam permanentemente, constituindo um todo dinâmico, com duração total de 330 dias. O diagrama a seguir apre-senta de forma esquemática as etapas do processo para facilitar a compreensão da aplicação da metodologia proposta.

90 dias 15 dias 45 dias 30 dias 120 dias 30 dias

ETAPAS DA INTERVENÇÃO EM UM EVENTO DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA (EOP)

Page 30: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

30

A entidade executora exerce um papel fundamental durante todo o processo de implementação do EOP em uma localida-de, especialmente e de maneira estratégi-ca, quando da aproximação do Produzir com o município selecionado.

Nesta etapa, busca-se a mobilização da sociedade local, por intermédio de suas entidades e instituições, para a construção da rede de apoio institucional e dos gru-pos de interesse potencialmente vincula-dos aos arranjos produtivos identificados para aquela região. Dessa forma, a articu-lação deve promover a aproximação entre os poderes públicos constituídos, as empre-sas, as lideranças e as instituições que possam e queiram contribuir para o desenvolvimen-to do território.

Especialmente nesta etapa inicial, são funda-mentais os contatos da equipe de técnicos com os grupos ou as comunidades locais. Assim, por meio de alianças e de diagnósticos, os técnicos desenvolvem uma base para a compreensão e a construção de afetividade e de compromisso com a tarefa que deve-rão empreender.

Neste momento são identificadas as for-ças que movem aquele território, o capital humano, os conhecimentos, as habilidades e as competências, assim como as condi-ções e a qualidade de vida da população local. Da mesma forma, são fundamentais a percepção do capital social e dos níveis de confiança, bem como a cooperação e a reciprocidade. O conhecimento da organização social e dos níveis de empo-deramento da população tem importân-cia estratégica, bem como os diferentes modos de liderança, participação e nego-ciação de conflitos nos processos decisó-

rios locais e de como se dá a utilização do capital natural. O desafio a ser vencido é inserir o EOP num conjunto de iniciativas integradas com a realidade social e eco-nômica local em um ambiente de diálogo, ações e reações.

Do somatório dessas percepções resulta o mapa inicial de cada localidade, conven-cionado como diagnóstico socioeconômico. Com base nesse quadro serão construídas as estratégias para atingir os objetivos defi-nidos pelo Produzir.

O diagnóstico deverá considerar as dife-rentes dimensões locais em que se inserem

as comunidades beneficiá-rias e as relações que man-têm com seu meio, bem como permitir a estrutu-ração de ações em torno de três eixos centrais: o indivíduo, as organizações e o empreendimento.

Para a realização do diagnóstico podem ser utilizados documentos

existentes, consultas a bancos de dados secundários, pesquisas de opinião e de mercado e demais instrumentos de pesqui-sa, tais como grupos focais e entrevistas em profundidade que se mostrarem mais ade-quados às necessidades e às especificidades de cada arranjo produtivo.

Os dados levantados servirão ainda ao processo de compreensão e motivação dos grupos com relação ao seu estágio atual de desenvolvimento, às possibilidades de cres-cimento e ao esforço a ser empreendido.

O diagnóstico poderá identificar em seu conjunto questões para a caracteriza-ção dos arranjos produtivos locais (APLs), tais como: localização, história, dados socioeconômicos, contexto socioeconômi-co-cultural, estrutura da cadeia produtiva, pessoas e/ou instituições-chave, líderes, atores e protagonistas locais, identificação

ETAPA I – PREPARANDO PARA IMPLANTAR O PRODUZIR

Com duração de noventa dias, esta etapa é utilizada para providenciar a estrutura logística necessária à realização do EOP, bem como para elaborar diagnóstico e Plano de Trabalho, além de sensibilizar e mobilizar os beneficiários e os par-ceiros locais.

Page 31: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

31

de gargalos produtivos, tecnológicos, co-merciais, de acesso ao crédito, de recursos humanos, levantamento de necessidades de estudos específicos para a promoção e a inserção das iniciativas produtivas no mercado, canais de comercialização, tecnologias de uso comum, concorrência, logística, opções estratégicas e recursos cognitivos e institucionais dos atores que compõem o sistema local.

O que se pretende nesta fase, além da sen-sibilização e da conscientização das comuni-dades locais sobre a proposta de atuação, é identificar, de forma sistemática, o conjunto de oportunidades, ameaças e riscos que envolvem a dinâmica e a sustentabilidade de cada APL específico, levando os atores locais a um comportamento proativo de maior cooperação e integração dos interesses.

Trata-se, portanto, de construir uma primeira análise do posicionamento competitivo do APL, que envolve o co-nhecimento do mundo e a visualização de suas efetivas possibilidades em termos de mercado. Um dos métodos para avançar nesse domínio é a construção do mapa de ameaças/oportunidades, pontos fortes/pontos fracos do arranjo.

Considerando esse diagnóstico, a entidade executora apresenta seu Plano de Trabalho, que demonstrará como serão desenvolvidas as ações na localidade, quais os parceiros identificados que poderão apoiar os empre-endimentos locais, quantas e quais pessoas comporão a equipe de execução e quais as atividades que serão desenvolvidas. O Plano de Trabalho, após a aprovação do MI e da FAO, será o instrumento orientador das ativi-dades a serem desenvolvidas no EOP.

Como base para a construção do Plano, é sugerido que a entidade executora monte uma planilha semelhante a uma matriz ló-gica, na qual são sintetizadas as informações essenciais do Projeto: objetivos principais e intermediários, metas a serem alcança-das, respectivos indicadores de verificação e responsabilidades, os quais nortearão a execução do trabalho e seu monitoramento, apontando o que será feito, como, onde, quando e quanto custará a execução. Por fim, deverão estar delineados os meios para verificação e os pressupostos necessários para sua consecução.

Ao final desta fase de mobilização é defini-da uma agenda de lançamento e de implan-tação do Evento de Organização Produtiva.

CONTEÚDO ESTRATÉGIA

Realização de diagnóstico com base em dados primários e secundários e preparação do Plano de Trabalho

• Conversações, observações, entrevistas informais e abertas, histórias de vida, caminhadas sistemáticas acompanhadas por lideranças locais

• Diagnóstico Rápido Rural e Diagnóstico Rápido Participativo (métodos que permitem que a população local compartilhe, enriqueça e analise seu conhecimento sobre suas condições de vida, viabilizando o planejamento e a ação)

Articulação interinstitucional e formação das parcerias

• Visitas, reuniões.• Realização de pactos, convênios, acordos, etc

Formação da equipe técnica • Identificação de profissionais, contato• Nivelamento de métodos e informações

Sensibilização e mobilização das comunidades • Visitas, contatos, reuniões. Identificação das comunidades que participarão do EOP

Preparação da instalação no campo

• Preparação do material a ser utilizado• Identificação do número e dos tipos de empreendimentos que poderão ser apoiados• Identificação e contato com assessores técnicos• Identificação dos beneficiários• Definição da agenda de lançamento e implantação do EOP

Quadro síntese: Etapa I – Preparando para implantar o Produzir

Page 32: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

32

Segundo o método adotado, nesta fase é importante se ter em conta que, para o alcance de suas metas, o EOP deve ser, além de tecnicamente consistente, gerador de uma intensa mobilização dos segmentos da sociedade civil, em regime de pacto e parceria com as autoridades e as instituições locais e regionais.

Para a Teoria de Administração para o Desenvolvimento, o aprimoramento de capacidades empreendedoras, um dos objetivos centrais do evento, baseia-se em ações de estímulo à formação de empre-endimentos coletivos, que passam desde o apoio ao empreende-dorismo individual até a transferência sistemá-tica de competências em gerenciamento empresarial, organiza-ção produtiva, inovação tecnológica, design de produtos e estratégias de mercado.

A capacidade em-preendedora é tratada, inicialmente, do ponto de vista do indivíduo, de seu plano de vida, suas expectativas e seus interesses. Com base no plano de vida de cada um, constroem-se a visão de futuro do grupo e a articulação existente entre os sonhos individuais e coletivos. Nesta fase, pretende-se trazer para o nível da consciência individual e cole-tiva as potencialidades e as esperanças, demonstrando as interdependências entre os participantes, como grupo, na construção e no desenvolvimento de um projeto comum.

Capacidade e gestão empreendedora, trabalho em equipe, formas de orga-nização dos empreendimentos, entre outras, são questões discutidas em con-

junto, buscando despertar nas pessoas o reconhecimento e as vantagens de um processo mais solidário de desenvolvi-mento, demonstrando os benefícios da cooperação e da participação dos inte-grantes de um grupo para que se atin-jam objetivos comuns.

Ainda nesta etapa, são fornecidos instru-mentos de planejamento que auxiliarão na elaboração de um Plano de Negócio.

EVENTO DE LANÇAMENTO DO EOP

Conforme mencionado anteriormen-te, na fase de mobilização é definida

uma agenda para a realização do evento de lançamento do EOP, que deve ocorrer imediatamente após o término da segunda etapa e antes do início da terceira. São convi-dados todos os atores ligados ao APL e ao território, e o evento deverá contar com um alto grau de represen-tatividade das lideran-ças locais.

Por ocasião do even-to de lançamento, sugere-se a assinatura dos termos de parcerias acordadas até aquele momento e a apresentação do cronograma de execução do Plano de Trabalho para aquele município.

O evento será aberto à participação dos órgãos de imprensa, visando a dar publicidade e transparência às ações do EOP, especialmente para as comuni-dades locais e da mesorregião onde se localiza o município, o que pode ajudar no acompanhamento das ações, assim como contribuir para a ampliação do ambiente propício ao desenvolvimento fomentado na região.

ETAPA II – IMPLANTANDO O PRODUZIR

As atividades desta etapa ocorrem em 15 dias e nelas os beneficiários reforçam seus laços de solida-riedade a fim de criar a noção de grupo e recebem noções de Plano de Negócio e de ferramentas ge-renciais. Ao final desse período é realizada uma cerimônia de lança-mento do EOP da qual participam os beneficiários e os demais atores locais e regionais envolvidos direta ou indiretamente na intervenção.

Page 33: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

33

Quadro síntese: Etapa II – Implantando o Produzir

CONTEÚDO ESTRATÉGIA

Apresentação

• Apresentação do Produzir• Apresentação/integração do grupo• Levantamento de expectativas• Dúvidas e conhecimentos• Contrato de convivência

O indivíduo e seus sonhos• Discutir a missão do indivíduo nos processos de mudança• Como enfrentar a descrença que domina grande parte das pessoas• Apoiar o desenvolvimento de habilidades que permitam que o indivíduo realize seus sonhos

Visão coletiva de futuro

• Enfocar a importância de conhecer a si e ao outro, de exercitar a percepção e a comunicação para ampliar as relações interpessoais e, assim, explorar, descobrir e partilhar necessidades, interesses, ideias e experiências que possibilitem a construção de projetos comuns

• Demonstrar a importância da cooperação e da participação de todos para o alcance de objetivos comuns

• Promover a reflexão sobre valores associativistas

Instrumentos de apoio à realização dos projetos

• Discutir o desenvolvimento local e territorial• Discutir políticas públicas para um desenvolvimento local sustentável – o Produzir e o

desenvolvimento local• Despertar para o desenvolvimento de atitudes cooperativas e para o uso de instrumentos de

planejamento e organização como formas de ter bons resultados nos seus empreendimentos

Noções do Plano de Negócio

• Disponibilizar instrumentos que permitam o planejamento para implantação de uma atividade produtiva, abordando os temas a seguir:- conhecimento da realidade- conhecimento da atividade econômica- formas de organização dos empreendimentos (associativismo, cooperativismo, consórcios, redes,

iniciativa privada)- empreendedorismo e gestão empreendedora- liderança- trabalho em equipe- instrumentos de planejamento

Page 34: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

34

Para o apoio ao desenvolvimento de um determinado setor, é importante que sejam congregadas diferentes entidades e instituições que possam apoiar o processo e o fortalecimento das ações propostas, tais como as-sociações empresariais, poder público, universi-dades, centros tecnológi-cos, escolas de formação de mão de obra, agentes financeiros, órgãos de desenvolvimento, entre outras, que devem estar articuladas em torno de uma base fixa de ope-rações. Por isso, é importante que esses agrupamentos disponham de governan-ças atuantes e comprometidas com a co-munidade diretamente beneficiada e que estejam dispostas a disponibilizar pessoas e recursos no território para abrigar as ações a serem realizadas.

Essa base de operações não substitui nenhuma entidade local ou estadual e deve nascer do reconhecimento das

governanças locais quanto à necessida-de de trabalhar em conjunto em prol do desenvolvimento do arranjo produtivo em questão. A dinâ-mica desse conjunto inclui atividades de articulação, de discus-são de propostas, de desenvolvimento de projetos, de coordena-ção, além da busca de

outros parceiros e patrocinadores para viabilizar o processo.

Nessa etapa de implantação do em-preendimento, a metodologia orienta para um conjunto de valores e normas a serem assimilados e cumpridos pelos empreendedores, tais como:

ETAPA III – APRENDENDO A COMPETIR

Durante 45 dias os participantes são capacitados por profissio-nais, instrutores ou consultores, nas áreas de produção, gestão e comercialização, visando à imple-mentação do Plano de Negócio proposto. No final desta etapa é realizada outra cerimônia denomi-nada Demonstrativo de Resulta-dos, quando são apresentados os avanços obtidos até o momento.

envolvimento e articulação de instâncias estatais, privadas e não governamentais;

modelo de gestão que garanta controle social, mapeamento e resolução de conflitos, eficiência, transparência e ética numa estrutura que permita igualdade;

ter um “espaço” que garanta um ambiente social saudável que propicie a continuidade dos processos iniciados;

quem norteia o “negócio” sempre é o “NÓS” e não o “EU”;

além das regras internas, as normas/regras externas deverão sempre ser consideradas;

elaboração de projetos para solicitação de apoios financeiros às mais diversas instituições de fomento e financiamento.

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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QUADRO SÍNTESE: ETAPA III – APRENDENDO A COMPETIR

CONTEÚDO ESTRATÉGIA

Implantação do Plano de Negócio

• Identificação de necessidades e gargalos existentes no aprimoramento do processo de gestão• Definição de normas e procedimentos administrativos• Avaliação do espaço, das estruturas e dos ambientes apropriados para a instalação do empreendimento, com o levanta-

mento da infraestrutura básica instalada, tais como fontes de energia disponíveis, vias de acesso, comunicação e estru-tura de apoio, rede bancária, assessoria contábil, assistência técnica, gráfica, dentre outras de relevância para o processo

• Planejamento das atividades a serem implementadas, aliadas ao monitoramento para verificar o percurso, acom-panhar a geração de resultados (positivos e negativos) e avaliar impactos em tempo real

Aprimoramento do processo produtivo

• Envolve treinamentos específicos, de acordo com a atividade econômica selecionada, que poderá ser desde uma simples assessoria técnica para os grupos que já estão em fase avançada do processo produtivo ou uma consulto-ria de maior duração para aqueles que estão iniciando o empreendimento e ainda não sabem produzir

Visão coletiva de futuro

• Mapeamento da cadeia produtiva, segundo APL proposto, identificando insumos, mão de obra disponível e mercados• Avaliação dos mercados potenciais, locais, regionais, nacionais e internacionais por meio de observação participa-

tiva e dados secundários• Apropriação de dados socioeconômicos da população direta e indiretamente beneficiada pela iniciativa• Desenvolvimento da marca do produto, da embalagem, dos padrões de qualidade, das formas de comercialização

e divulgação da produção (marketing)• Prospecção de negócios para apoiar a comercialização de produtos e serviços, identificando novas parcerias,

clientes e nichos de mercado

Quadro síntese: Etapa III – Aprendendo a competir

Implantando o Plano de NegócioO técnico facilitador, a equipe local e

os assessores técnicos acompanham os grupos produtivos na elaboração e na implantação do Plano de Negócio, para colaborar na identificação das principais necessidades e gargalos existentes no mercado, nos processos ligados direta ou indiretamente aos arranjos produtivos se-lecionados e no aprimoramento da gestão dos empreendimentos coletivos.

Esse Plano envolve o funcionamen-to do empreendimento, atendendo às normas e aos procedimentos adminis-trativos. Para a Etapa III do processo, o Plano deve contemplar os fluxos de ma-teriais, de recursos humanos e de capital, bem como os trâmites técnicos e legais, administrativos e financeiros, de forma dinâmica e respeitando a periodicidade com que são exigidos.

O plano administrativo e gerencial deve contemplar o completo planejamento das

atividades a serem implementadas, aliadas ao monitoramento para verificar o percur-so, acompanhar a geração de resultados (positivos e negativos) e avaliar impactos.

Aprimoramento do processo produtivoA partir da elaboração do Plano de

Negócio, é possível oferecer capacitações para aprimoramento do processo pro-dutivo, de acordo com as necessidades identificadas na fase anterior e conforme previsto no Plano de Trabalho.

Esta fase envolve treinamentos específi-cos, de acordo com a atividade econômica selecionada, que podem ser desde uma simples assessoria técnica para os grupos que já estão em fase avançada do processo produtivo até uma consultoria de maior duração para aqueles que estão iniciando o empreendimento e ainda não sabem produzir. Mas deve-se ter a preocupação de que este momento da ação não se re-duza a meros treinamentos.

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Um dos instrumentos propostos pela Teoria da Admi-nistração para o Desenvolvimento e utilizados tanto pelos Eventos de Organização Produtiva como pelas Oficinas de Gestão é o Plano de Negócio (PN). Para mostrar como ele funciona, vamos usar como exemplo um PN desen-volvido para criar uma sinergia entre dois empreendimen-tos apoiados pelo Produzir na região da tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai que foram unificados em fevereiro de 2009 em torno de um objetivo estratégico conjunto. Estamos nos referindo a um arranjo produtivo local (APL) de vitivinicultura desenvolvido nos municípios de Barracão, no Paraná, e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, e a um APL de bovinocultura de leite implantado na cidade paranaense de Bom Jesus do Sul. Vale destacar que cada um dos empreendimentos manteve indepen-dência em relação à sua gestão financeira, mas os produ-tores de uvas e de leite dos três municípios participaram ativamente da ampliação da produção e da discussão dos Planos de Negócio para cada unidade produtiva partici-pante desta ação integrada.

A exemplo dos demais PNs, também nesse caso a equipe de consultores da Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná – entidade executora do EOP que deu suporte a este trabalho – elegeu para cada beneficiária – cantina, fábrica de sucos e fábrica de queijos – uma metodologia focada nas suas reais necessidades, o que exigiu estudos preliminares e pesquisas de mercado de toda a cadeia produtiva dos municípios envolvidos.

Na busca da eficiência e do sucesso desses dois empreendimentos, foram geradas informações e pro-cessos sistemáticos levando-se em conta os aspectos produtivo, comercial, administrativo, social, ambiental, econômico e financeiro.

No caso da Associação dos Vitivinicultores da Tri-fronteira (Avitri), formada em janeiro de 2009 com a integração de pequenos produtores de uvas dos três municípios já citados, foi elaborado um PN para viabili-zar a produção de vinho, suco de uva, doces e geleias e o fomento a outras atividades, como o artesanato. Ele também previu a utilização da Cantina de Vinho construída com o suporte do Programa PDFF para a comercialização desses produtos.

As alianças são fundamentais neste momento. Elas podem facilitar e promo-ver o acesso à formação específica, além de agregar valor à produção, particular-mente aquelas com parceiros estratégicos, tais como universidades, escolas técnicas e outros, que podem repassar aos empre-endedores ferramentas adequadas para melhoria do processo de produção.

Aperfeiçoamento do processo de comercialização

Além do aprimoramento do proces-so produtivo, também é importante oferecer capacitações específicas que contribuam para o aperfeiçoamento do processo de comercialização, identifica-das no Plano de Trabalho e na fase de aprimoramento do processo produtivo.

A intenção é subsidiar os grupos produ-tivos com um amplo leque de informações sobre comercialização, introduzindo con-ceitos de mercado, logística e de mape-amento da cadeia produtiva, de acordo com o empreendimento proposto.

Para isso, devem ser identificados insu-mos e mão de obra disponível com base na análise e na apropriação de dados socioeconômicos nas escalas regional, nacional e internacional. O objetivo é compreender e localizar os mercados por meio de observação participativa, levan-tamento ou compilação de dados primá-rios e secundários.

Para esta etapa está programado também o desenvolvimento da marca do negócio e do produto, das embalagens, dos padrões de qualidade, das formas de comercialização e divulgação da produ-ção (marketing). Além disso, o aperfeiço-amento do processo de comercialização inclui a prospecção de negócios, a iden-tificação de clientes e nichos de mercado potenciais e a formação de parcerias que podem apoiar a inserção dos produtos e dos serviços no mercado.

PLANO DE NEGÓCIO: O EXEMPLO DA CANTINA DE VINHO DE BARRACÃO-PR

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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PLANO DE NEGÓCIO: O EXEMPLO DA CANTINA DE VINHO DE BARRACÃO-PR

Com amplo pátio de estacionamento e localiza-da ao lado de um grande estabelecimento comercial que serve o tradicional café colonial, a Cantina foi montada em um trevo na beira da estrada que vem de São Miguel d’Oeste e liga Barracão a Dionísio Cerqueira, um dos principais caminhos do entronca-mento que faz a ligação do Sul do Brasil e o restante do país, sendo grande o fluxo de veículos e de turis-tas para a Argentina, para o caminho das praias de Santa Catarina e para Foz do Iguaçu.

Esse PN partiu do princípio de que o projeto é praticamente autossuficiente, pois as uvas usadas no processo de beneficiamento são produzidas pelos próprios membros da associação, mas não foi des-cartada a possibilidade de adquirir matéria-prima de

Missão do empreendimento Vinho: ser referência entre os melhores vinhos coloniais da região e do Brasil, proporcionando um sabor diferencia-do e contribuindo para uma vida saudável. Sucos e geleias: ser referência em produção de sucos e doces na região sudoeste do Paraná e no Brasil, ofere-cendo produtos de qualidade e contribuindo para uma vida mais saudável.

Objetivo do empreendimento Promover a verticalização das diversas atividades relacionadas à agricultura e à agroindústria familiar, agregando valores, integrando os produtores da região e proporcionando aumento de rentabilidade e sustentabilidade.

Objetivos de cada atividade Vinho: promover a verticalização da atividade da vitivinicultura, agregando valores, integrando os produtores da trifronteira e proporcionando aumento de rentabilidade e sustentabilidade. Suco: proporcionar renda, integrar os produtores dos três municípios, respeitando os princípios da sustentabilidade.

Produtos, serviços e a tecnologia instalada Os produtos que fazem parte do mix inicial que já foram produzidos e serão comercializados no mercado final serão os itens abaixo, no entanto até o momento não foi realizada produção de subprodutos, mas que serão contemplados futuramente, o que desde já evidenciamos para ser avaliado no processo contínuo de expansão.

Vinho colonial: garrafão de 4,6 litros; garrafa de 750 ml e de 500 ml (tinto, rosé e branco, tanto seco quanto suave).

A loja de conveniência Contará com showroom de diversos produtos da agricultura familiar, artesanato e principalmente de vinhos, sucos e geleias, buscando solidificar-se como ponto turístico e de parada para quem trafega pela região.

outras regiões, mesmo se, na fase de estruturação, alguns produtores já manifestavam interesse em expandir seus parreirais e outros de iniciar o cultivo de uva, o que garante um crescimento susten-tável. Com relação aos tipos de produtos, foi sugerida a produção de vinho colonial e suco de uva, mesmo se ali perto estão disponí-veis vinhos argentinos. A ideia é abocanhar uma boa fatia de mer-cado que atualmente é dos vinhos argentinos por meio de uma polí-tica de fornecimento contínuo e preços justos.

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Nesta etapa espera-se que os parti-cipantes tenham condições de operar de maneira autônoma seus empreen-dimentos, na medida em que todos os recursos materiais, teóricos e tec-nológicos foram disponibilizados aos grupos. Tem-se a expectativa também de que os segmentos de apoio local este-jam desempenhando efetivamente seus papéis previamente assumidos. De manei-ra formal ou não, o empreendimento está pronto para um “voo solo”.

Produção autônomaOs grupos produti-

vos dão continuidade à produção, agora sem a supervisão diária dos técnicos e sem acompa-nhamento de equipes de execução ou quaisquer outros, para continuar a colocar em prática de forma autônoma tudo o que apreenderam do processo, podendo assim vivenciar as dificulda-des inerentes à gestão, à produção e à comercialização de qualquer empreen-dimento em seu período inicial.

Avaliação por empreendimentoEnquanto os trabalhos são desenvolvi-

dos pelos grupos produtivos, os técnicos fazem auditorias constantes para avaliar o andamento dos processos de gestão, produção e comercialização, verificando como cada grupo de empreendedores está

desenvolvendo o Plano de Negócio, como estão sendo aplicados os conhecimentos adquiridos ao longo do processo e, caso necessário, sugerindo correções de rumo.

Avaliação coletivaAo final desta quar-

ta etapa, os técnicos reúnem os partici-pantes do Produzir

para uma avaliação coletiva do processo de implantação do EOP. Essa avaliação permite que a entidade executora identi-fique pontos a serem aprimorados. Serve também para que cada grupo reavalie seu Plano de Negócio, reflita sobre os rumos do empreendimento e produza uma estratégia de mais longo prazo, co-tejando os avanços alcançados com suas expectativas e seus planos de vida.

Trata-se de um evento que se realiza entre as etapas III e IV, com o objetivo de tornar público o resultado das ações do EOP, mediante a exposição dos produtos e da realização de outras atividades a critério do grupo. Participam como convidados o MI, o poder público local, os parceiros, os possíveis compradores e todos aqueles que tiverem interesse em verificar as ações promovidas ou adquirir os produtos. A imprensa local e regional também deve

ETAPA IV – EMPREENDIMENTO EM FUNCIONAMENTO

Em um período de trinta dias, os beneficiários conduzem seus em-preendimentos de forma autôno-ma, e, ao final da etapa, ocorre uma avaliação de cada empreen-dimento e uma avaliação coletiva com o objetivo de identificar os pontos fracos que ainda persistem e montar um plano de ação para a próxima etapa.

estar presente neste evento que marca a saída do técnico multiplicador e prepara os beneficiários para a etapa autônoma (etapa IV), na qual terão a possibilidade de gerir sozinhos seu próprio negócio.

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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meio de ações pontuais de capacitação, assistência técnica especializada ou con-

sultorias. O objetivo é assessorar o em-preendimento, principalmente nas áreas de processos de produção, gerenciais e mercadológicos, ampliando dessa forma a possibilidade

de sucesso das iniciativas produtivas e a garantia de sua viabilidade econômica. Também é o momento de levantar as fontes de financiamento e encaminhar as demandas a elas.

Quadro Síntese: Etapa IV – Empreendimento em funcionamento

CONTEÚDO ESTRATÉGIA

Produção autônoma • Grupos produtivos dão continuidade à produção sem a supervisão dos técnicos

Avaliação do empreendimento • Auditoria técnica nos processos de gestão, produção e comercialização verificando como estão sendo aplicados os conhecimentos adquiridos

Avaliação coletiva• Reunião entre a equipe de técnicos e beneficiários para avaliação dos empreendimentos e da

implantação do EOP• Realização de evento para exposição dos produtos

Desde a concepção do Projeto até sua finalização, o monitoramento e a avaliação são uma constante e ofe-recem elementos para a tomada de decisões e para a definição das es-tratégias mais recomen-dadas em cada situação. Essa compreensão leva em conta que o planeja-mento é um processo de conversação sempre aberto que combina cálculo e improvisação, ação e espera.

A etapa de monitoramento deve focar a garantia da sustentabilidade e a viabilida-de econômica dos empreendimentos por

ETAPA V – MONITORANDO E AVALIANDO OS EMPREENDIMENTOS

Com duração de 120 dias, esta eta-pa busca sanar as fragilidades dos grupos produtivos, a fim de consoli-dar os empreendimentos e viabilizar economicamente as atividades.

CONTEÚDO ESTRATÉGIA

Monitoramento

• Retorno dos técnicos às comunidades para avaliação dos empreendimentos e realização de ajustes, caso necessário

• Assessoramento ao empreendimento nas áreas de assistência técnica especializada, financiamento, mercado e outras deficiências identificadas

Avaliação de Impacto • Avaliação pela entidade executora do impacto socioeconômico da implantação do Produzir

Quadro síntese: Etapa V – Monitorando e avaliando os empreendimentos

ETAPA VI – ANÁLISE E SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

Nesta etapa final do processo, a entidade trabalha para sistematizar os resultados obtidos com o evento, os quais serão organizados em um relatório sintético, de acordo com os crité-rios da coordenação do Produzir. A entidade deverá, também, preparar a prestação de contas dos recursos aplicados na execução do evento.

No período de trinta dias, a entida-de executora elabora os relatórios finais e a prestação de contas.

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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A metodologia do Produzir foi sendo aperfeiçoada na sua aplicação no período de 2005 a 2007, com a realização de Eventos de Organização Produtiva (EOPs). Em setembro de 2007, foi aprovada nova revisão do Docu-mento de Projeto, estendendo sua vigência até 31 de dezembro de 2009, tendo como objetivo promover a avaliação dos resultados do PCT ao longo de sua execução, bem como realizar um processo de transição gradativa da forma de execução do Projeto por meio da sua incor-poração como ação integrante dos projetos de desenvolvimento regional de base territorial: Promeso, Conviver e PDFF.

Ainda no ano de 2009, foi proposta na re-visão do Plano Plurianual (PPA 2008-2011) a inclusão da ação Apoio à Geração de Empreendimentos Produtivos no âmbito dos três programas de desenvolvimento territo-rial da Secretaria de Programas Regionais, antes citados, buscando a aplicar neles a metodologia desenvolvida pelo Projeto Pro-duzir, assim como ampliar a integração da ação capacitadora dos eventos aos arranjos produtivos locais.

Entre os resultados buscados com essa integração, destaca-se a continuidade do apoio às comunidades locais e aos empreen-dimentos gerados, permitindo que recursos fossem agregados em favor da infraestru-tura de produção, além de dar suporte aos processos de desenvolvimento econômico e social sustentável. A realização de parcerias com as instituições locais e regionais e com outros parceiros governamentais em favor dos empreendimentos gerados pela ação dos projetos e programas é fator fundamental para sua sustentabilidade.

Novos procedimentos internos foram estabe-lecidos nesse período, visando à ampliação e à articulação com os espaços prioritários e com os Fóruns de Desenvolvimento, assim como com as demais ações dos programas de desenvolvimen-to regional. Dentre eles, cabe destacar a realiza-

Uma nova etapa do Produzir

ção de três Reuniões de Planejamento da Ação em Campo ocorridas em Brasília, com a parti-cipação dos principais parceiros na realização dos eventos – MI, entidades executoras, parcei-ros locais/regionais, beneficiários – objetivando iniciar o processo de discussão das prioridades e definição de estratégias para a ação em campo. Para cada um desses eventos foi articulada a participação daqueles EOPs e OGs que tinham início simultâneo, gerando um espaço de dis-cussão da metodologia, de esclarecimento de dúvidas, de troca de experiências e de articu-lação das parcerias institucionais que iriam dar sustentação à ação em campo, tendo em vista a ampliação dos resultados a serem alcançados.

Junto à maior articulação com os progra-mas da SPR, uma nova demanda surgiu: a necessidade de trabalhar mais intensamente o fortalecimento e a sustentabilidade dos empreendimentos gerados pelos Eventos de Organização Produtiva, assim como aqueles gerados pelo apoio dos Programas Promeso, Conviver e PDFF.

Nesse contexto, foi elaborado pela equipe do Produzir, juntamente com a FAO, um novo modelo de evento, denominado Oficina de Gestão, com a função de aperfeiçoar as capa-cidades empreendedoras, de planejamento e de gestão de micro e pequenos empreendi-mentos geridos coletivamente. Para a sele-ção dos empreendimentos nos quais seriam realizadas as Oficinas de Gestão, era condição necessária que estes tivessem uma estrutura produtiva em consolidação e o empreendi-mento em funcionamento.

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

A estrutura da Oficina de Gestão foi for-mulada para oferecer a empreendimentos já constituídos e em funcionamento apoio intensivo de capacitação e assessoramento, com vistas a qualificar sua estrutura de gestão e de produção, visando a seu fortalecimento e sua sustentabilidade.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se-brae), a gestão e o planejamento são apon-tados como responsáveis por mais de 80% dos casos de insucesso dos pequenos em-preendimentos. Por essa razão, a Oficina de Gestão define como premissa básica o apoio e o fortalecimento do empreendimento nos aspectos de sua gestão administrativa,

A Oficina de Gestão operacional e estratégica, tendo como refe-rencial a elaboração e a implementação de seu Plano de Negócio. Além disso, a Oficina permite também um esforço de qualificação de aspectos relacionados à produção ou à comercialização, definidos como prioritários para o fortalecimento dos empreendimentos, identificados como gargalos a serem supera-dos para alcançar sua sustentabilidade.

O modelo de organização de uma Oficina de Gestão prevê um processo de capacitação a ser implementado num período de 120 dias e permite distinguir três etapas, não estanques, que se articulam entre si, constituindo um todo dinâmico e cambiante. A seguir são apresenta-das as estratégias previstas para a implementa-ção de uma Oficina em suas etapas.

ETAPA I – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

ETAPA I ETAPA II ETAPA III

PLANEJAMENTO DAS AÇÕES EXECUÇÃO

DEM

ONST

RATI

VO D

E RE

SULT

ADOS

FINALIZAÇÃO DA OFICINA DE GESTÃO

• Elaborar Plano de Trabalho, que deverá ser composto por um Diagnóstico Técnico e Participativo da atividade produtiva e um Plano de Ação

• Realizar reunião de apresentação da Oficina de Gestão e articulação de parcerias

• Revisar e sistematizar as informações• Analisar os antecedentes• Realizar Oficina de Diagnóstico

Participativo• Elaborar o Plano de Ação• Realizar reunião de validação com o

público-alvo e parceiros locais• Entrega do Plano de Trabalho ao MI

para aprovação

• Realizar Ações de Planejamento da Ofincina de Gestão

• Realizar reuniões preparatórias• Realizar planejamento orçamentário• Providenciar as condições necessárias à

realização da Oficina de Gestão• Mobilizar e sensibilizar• Providenciar as equipes necessárias• Nivelamento de conhecimentos

• Implementar o Plano de Traballho de para responder objetiva e pragmaticamente aos gargalos identificados (e priorizados) nas unidades produtivas beneficiadas

• Inserção do empreendimento no contexto do APL

• Realizar capacitações e criar as condições para o fortalecimento da gestão

• Realizar capacitações específicas para produção e comercialização

• Elaborar e implantar o plano de negócios• Dar suporte à formalização do

empreendimento• Monitorar o processo produtivo• Superar os gargalos da gestão• Superar os gargalos da produção e/ou

de comercialização

• Elaboração do Manual de Orientações e Procedimentos (MOP)• Estabelecer um Quadro de Frequência de

Incidentes Críticos• Confeccionar um plano para correção

dos desvios• Redigir o Manual de Orientações e

Procedimentos (MOP)

• Adotar os procedimentos para a finalização da Oficina de Gestão

• Auxiliar beneficiários em uma reunião de planejamento com os parceiros

• Fortalecer parcerias locais e regionais• Auxiliar na composição de uma agenda de

desenvolvimento da atividade produtiva• Aplicar questionário de avaliação• Preparar Relatório Final de Execução e

Prestação de Contas

Capacitação permanente (em ação)

PRODUTO 1Plano de Trabalho

PRODUTO 2Manual de Orientações e Procedimentos (MOP); Plano de Negócios e Relatório das Etapas I e II

Preparar Relatório Final de Execução e Prestação de Contas

(em até 60 dias após o término da Etapa III)

30 dias 50 dias 40 dias

ETAPAS DA INTERVENÇÃO

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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seguida, faz-se uma Oficina de Diagnóstico Participativo com o grupo beneficiário a fim de levantar as principais necessida-des do grupo para o desenvolvimento do empreendimento. Com base nessas infor-mações é elaborado o Plano de Ação que, juntamente com o diagnóstico, compõe o Plano de Trabalho. Para validação do Plano de Trabalho, é realizada reunião

com o público-alvo e parceiros locais (poder público local; organiza-ções não governamen-tais, iniciativa privada). Após a validação local, o Plano de Trabalho é encaminhado para aprovação do MI e da FAO.

Em seguida, a enti-dade executora realiza reuniões prepara-tórias com todos os atores envolvidos para apresentar o Plano de Ação e consolidar a mobilização e a sensibilização dos parceiros locais, estaduais e mesorregionais, estabele-cendo alianças estratégicas. Nesse momento são definidas as equipes necessárias para a realização da Oficina de Gestão, identifi-cando os consultores e os instrutores para as ações pretendidas, bem como definindo a logística e a adequação da estrutura física de produção, equipamentos e máquinas, aquisição de insumos e outras medidas pro-postas no Plano de Trabalho.

Na sua forma de aplicação, a Oficina de Gestão parte da mobilização e da sensibi-lização da sociedade civil organizada, das lideranças locais, da iniciativa privada e do poder público local e estadual para estabe-lecer alianças estratégicas tendo em vista a construção da rede de apoio institucional e dos grupos de interesse potencialmente vinculados ao empreendimento produtivo apoiado na Oficina de Gestão e no arranjo produtivo local a ele relacionado.

Para a mobilização pretendida é realizada uma reunião de apre-sentação da Oficina de Gestão, com a partici-pação de representantes do MI, quando se dá início à articulação e à mobilização dos parceiros locais, regionais e estaduais, estabelecendo uma aliança intersetorial para a Oficina de Gestão. São revisadas e sistematizadas as informações disponíveis sobre a localidade selecionada e, em parti-cular, sobre o empreendimento e a comu-nidade na qual está inserido por meio de um diagnóstico técnico.

São analisados os antecedentes exis-tentes na estratégia de desenvolvimento sub-regional, considerando o arranjo pro-dutivo local (APL) e os projetos que deram suporte à criação do empreendimento. Em

Com duração de trinta dias, esta etapa é utilizada para providenciar a estrutura logística necessária à reali-zação da OG, bem como para elabo-rar diagnóstico e Plano de Trabalho, além de sensibilizar e mobilizar os beneficiários e os parceiros locais.

CONTEÚDO ESTRATÉGIA

Mobilização • Realização de reunião de apresentação da Oficina de Gestão• Mobilização de parcerias para diagnóstico e execução da Oficina de Gestão

Elaboração do Plano de Trabalho

• Diagnóstico (técnico e participativo) da atividade produtiva, composto de informações técnicas, de logística e financeiras do empreendimento e do APL, bem como dos resultados da Oficina de Diagnóstico Participativo realizada com o grupo

• Plano de Ação: proposta de intervenção elaborada de forma participativa, visando ao estabelecimento da grade de atividades a serem executadas na Etapa II

Preparação para a ação em campo

• Definição e contratação de pessoal• Organização da logística para a realização da OG

Quadro síntese: Etapa I – Planejamento das ações

ETAPA I – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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A Oficina de Gestão busca a discussão com a comunidade local de questões como capacidade e gestão empreende-dora, assim como trabalho em equipe e formas de organização dos empreen-dimentos, no intuito de despertar nas pessoas o reconhecimento das vantagens de um processo mais solidário de desen-volvimento e a superação de gargalos de gestão, comercializa-ção e produção. Outra questão importante a ser discutida refere-se ao contexto do APL no município e às poten-cialidades endógenas da localidade, recupe-rando/fortalecendo a cidadania e a inserção do empreendimento nesse contexto.

O primeiro passo na execução da Oficina é o acompanha-mento e o monitoramento do processo produtivo. Nesse momento, são obser-vados e anotados os comportamentos e os resultados dos processos de produção, gestão e comercialização que escapem da normalidade, positiva e negativamente, estabelecendo um Quadro de Frequência de Incidentes Críticos. Com base nessas informações, são realizadas reuniões com o grupo de beneficiários para apresenta-ção dos resultados positivos e negativos da avaliação dos processos e confecção de um plano para correção dos desvios e replica-ção das práticas exitosas.

Nesta etapa são realizadas capacitações e criadas condições para o fortalecimento do empreendimento coletivo, que vão do apoio ao empreendedorismo individual até a transferência sistemática de compe-tências em gerenciamento empresarial, com vistas a fortalecer as formas de orga-nização – associativismo, cooperativismo,

iniciativa privada, entre outras – e intro-duzir práticas de economia solidária, empreendedorismo, gestão empreende-dora e alfabetização financeira. Também são feitas capacitações específicas sobre organização produtiva, inovação tecno-lógica, design de produtos, marcas, co-mercialização e estratégias de mercado, conforme prioridades definidas no Pla-

no de Ação, ao tempo em que é fomentada a formalização do empreendimento.

Outros elementos de destaque são o monitoramento e o acompanhamento das atividades produtivas do empreendimento, buscando assessorar seu desenvolvimento por meio da supe-

ração de gargalos relativos à produção, à gestão e à comercialização, lançando mão de instrumentos diversos, como a elaboração do Manual de Orientações e Procedimentos (MOP) e do Plano de Ne-gócio, a fim de obter êxito nas iniciativas produtivas e gerenciais.

O Plano de Negócio continua sendo, assim como no EOP, o instrumento nor-teador da organização administrativa e financeira do empreendimento, no qual é definida uma série de aspectos fundamen-tais a serem trabalhados e fortalecidos: a definição do negócio, produtos e serviços, o preço, o mercado, o plano de marketing e o plano financeiro. O MOP define-se como um instrumento complementar, de caráter mais operacional. Trata-se de um conjunto de normas, procedimentos, instruções e atividades que devem ser cumpridos pelos membros de um empreendimento, bem como a forma como estas serão implemen-tadas, quer seja individualmente ou em

ETAPA II – EXECUÇÃO DAS AÇÕES

Com duração de cinquenta dias, esta etapa é destinada à execução propriamente dita, na qual o Plano de Trabalho deve ser implementa-do inserindo o empreendimento no contexto do APL e corrigindo os gar-galos da gestão, da produção ou da comercialização, ao tempo em que oferece suporte à sua formalização.

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Pode estar focado em atividades de ges-tão ou em aspectos de produção e comer-cialização do empreendimento, refletin-do o foco de trabalho desenvolvido na Oficina de Gestão.

conjunto. Descreve atividades e formas de realizá-las, informando e padronizan-do os procedimentos a fim de garantir a execução eficiente, além de estabelecer uma rotina para funções específicas.

CONTEÚDO ESTRATÉGIA

Implementar o Plano de Trabalho

• Consultorias, estudos e capacitações que atendam às necessidades dos beneficiários nas áreas de organização social empreendedora, gestão de empreendimentos, bem como capacitação técnica específica na área de produção ou comercialização, conforme priorização estabelecida no Plano de Trabalho

Elaborar e implantar o Plano de Negócio

• Auditoria técnica nos processos de gestão, produção e comercialização, verificando como estão sendo aplicados os conhecimentos adquiridos

Elaborar o Manual de Orientações e

Procedimentos (MOP)

• Estabelecer Quadro de Frequência de Incidentes Críticos• Elaborar o Manual de Orientações e Procedimentos como instrumento de consulta e orientação aos

empreendimentos apoiados, focando nas áreas de gestão, produção, comercialização ou outras que tenham sido trabalhadas no âmbito da OG. Seu objetivo principal é orientar os participantes sobre os procedimentos, bem como padronizar suas ações

Quadro síntese: Etapa II – Execução das ações

Ao final desta fase deve ser realizada cerimônia para apresentação dos resul-tados da Oficina de Gestão, bem como permitir a comercialização dos produtos dos beneficiários. É importante utilizar

esse espaço para pactuar parcerias, de forma que os parceiros assumam publi-camente apoio aos beneficiários, seja por meio da assinatura de um protocolo de intenções seja por outro instrumento.

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Outro fruto do novo modelo de Oficina de Gestão criado e implantado pelos técnicos da Secretaria de Programas Regionais (SPR) do Ministério da Integração Nacional (MI) para ma-ximizar os resultados do Produzir é o Manual de Orientações e Procedimentos (MOP).

Além de normas, este Manual traz ainda um conjunto de instruções e descreve todas as ativi-dades a serem implementadas naquele empreen-dimento, assim como a forma de realizá-las. Além disso, o MOP busca orientar os beneficiários sobre procedimentos e rotinas a serem adotados, por exemplo, quando surgirem entraves após a Oficina de Gestão.

Para ilustrar no que consiste este Manual, vamos mostrar aqui o MOP preparado pelo Instituto Agropolos do Ceará para prestar assistência aos beneficiários de um arranjo produtivo local (APL) de apicultura implantado na Mesorregião Chapada Araripe pela realização de uma Oficina de Gestão do Produzir em 2009.

O programa Promeso já havia disponibilizado recursos para a instalação de casas de mel nos municípios de Assaré, Araripe, Campos Sales, Salitre e Jardim e de um entreposto em Barbalha, todos no Ceará, que apre-sentavam dificuldades na sua gestão e na sua operacionalização.

Além de instruir sobre a melhor localização dos apiários, destacando que este é um dos procedimentos mais importantes para garantir uma boa produção de mel, o Manual também descreve todas as etapas do processo produtivo e relaciona os equipamentos de proteção e segurança para os apicultores.

Também constam do MOP detalhes sobre o transporte das melgueiras até a unidade de extração do mel, o fluxograma da coleta de mel, a higienização da caixa d’água e o tratamento da água a ser usada durante a pro-dução, a higienização da unidade de extração de mel e dos equipamentos usados nesse processo e os cuidados pessoais que cada um deve observar antes de realizar suas tarefas.

Também é importante nesse Manual o capítulo referente à gestão participativa, no qual os beneficiários tomam conhecimento da sua importância para o sucesso de um APL que engloba muitos parceiros, como é o caso do de apicultura.

Por fim, esse MOP instrui os beneficiários do APL sobre a melhor forma de comercializar seus produtos. Logo na abertura, esse capítulo vaticina: “Quando o apicultor e demais produtores iniciam um processo produti-vo, os resultados dependem basicamente de três fatores: produtividade, custos de produção e preço de venda”.

Logo em seguida, o Manual lembra que o apicultor só domina completamente sua produtividade e seus custos de produção, uma vez que o preço é determinado pela lei da oferta e da procura, ou seja, pelo mercado.

“Portanto” – reza o MOP – “cabe ao produtor rural planejar estrategicamente a comercialização dos seus produtos, procurando mercados cada vez mais vantajosos. Para que isso aconteça, o produtor deve manter-se informado por intermédio de jornais, revistas, sindicatos, cooperativas, associações, palestras, cursos, etc. A informação é o recurso mais adequado para auxiliar o produtor na tomada de decisão.”

MANUAL DE ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS (MOP):APICULTURA NA MESORREGIÃO CHAPADA DO ARARIPE

Page 46: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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CONTEÚDO ESTRATÉGIA

Apoio ao encaminhamento de

demandas

• Consultorias, estudos e capacitações que atendam às necessidades dos beneficiários nas áreas de organização• Realizar reunião de planejamento com os parceiros• Pactuar com parceiros uma Agenda de Desenvolvimento da Atividade Produtiva

Avaliação e encerramento

• Questionário de avaliação com os beneficiários• Elaboração de relatório final e prestação de contas

A etapa final da Oficina de Gestão tem como objetivo orientar os integrantes do empreendimento na continuidade da aplicação dos conhecimentos e das práti-cas apreendidas durante a execução dos trabalhos.

É o momento em que a entidade exe-cutora busca também auxiliar os beneficiários na organização de uma reunião de planeja-mento com os parceiros para encaminhar as de-mandas diagnosticadas na Etapa I, de planejamento das ações, e que não foram priorizadas anteriormen-te. Serão fortalecidas as parcerias locais e regionais, com vistas ao encaminhamen-to e ao atendimento das demandas não priorizadas. Outro objetivo desta reunião é auxiliar na composição de uma agenda de desenvolvimento da atividade produti-va a ser pactuada com os parceiros.

Está prevista a aplicação de um questionário de avaliação da Oficina de Gestão aos beneficiários. Após a realização dessas atividades, a entidade executora deverá elaborar um relatório

final de execução e prestação de contas.

No período de 2008 a 2010, foram realizadas 12 Ofi-cinas de Gestão no novo formato, per-mitindo alcançar o fortalecimento de empreendimentos

resultantes de sete EOPs e de outros projetos do Promeso, do Conviver e do PDFF. Como resultado desse pe-ríodo, deve também ser salientada a realização de eventos – EOPs e OGs – de âmbito regional, abarcando vários municípios e atendendo a uma deman-da recorrente dos demais programas e espaços prioritários.

Com duração de quarenta dias, esta etapa é utilizada para o fortalecimen-to das parcerias locais e a constitui-ção de agenda do desenvolvimento da atividade produtiva.

ETAPA III – FINALIZAÇÃO DA OFICINA DE GESTÃO

Quadro síntese: Etapa III – Finalização da Oficina de Gestão

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

47

O fortalecimento e a integração dos empreendimentos resultantes do Projeto Produzir com as demais ações e progra-mas da Secretaria de Programas Regio-nais também foram buscados por meio da ação conjunta do Produzir com a FAO e o MI para a realização da Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional.

Este evento, que se consolidou nacio-nalmente a partir de 2009, teve como objetivo principal reunir e mobilizar os segmentos empresariais e as princi-pais instituições governamentais e não governamentais na construção de um espaço de debate e aprimoramento das políticas públicas de estímulo ao desenvolvimento regional. A Mostra foi formatada em quatro frentes de atuação: divulgação – tornando visíveis iniciativas de desenvolvimento terri-torial em curso, com seus avanços e desafios; formação – proporcionando a aprendizagem compartilhada em torno do desenvolvimento regional; articulação – facilitando a constituição de novas alianças, parcerias e elos de rede que impulsionem o desenvolvi-mento com base territorial; e fortaleci-mento de agenda estratégica – fortalecen-do o desenvolvimento regional como estratégia de inclusão e transformação social no contexto brasileiro e no diá-logo internacional.

Para o alcance dos objetivos, o evento foi dividido em módulos com atividades

paralelas: Mostra de Produtos, na qual o público pôde adquirir produtos associa-dos ao desenvolvimento regional; Mostra Institucional, que permitiu ao público co-nhecer ações e programas do Ministério da Integração Nacional, de suas agências vinculadas e parceiros; Mostra Cultu-ral, na qual o público pôde desfrutar da diversidade cultural brasileira; Congresso Internacional, em que palestras, painéis temáticos, apresentações e debates de ex-periências concretas, oficinas e minicursos ofereceram oportunidades para o debate e a consolidação de conhecimentos sobre desenvolvimento regional; e Rodada de Negócios, com encontros agendados com empresários vinculados aos setores apoia-dos pelos programas de desenvolvimento regional. A primeira edição do evento ocorreu em 2009, na cidade de Salvador, e a segunda, em Florianópolis, no ano seguinte, constituindo-se em evento anual de referência para os setores ligados ao desenvolvimento regional.

Portanto, a Mostra Nacional de De-senvolvimento Regional apresenta-se como espaço propício para a integração de programas, projetos e atores em favor das comunidades atendidas pelos pro-gramas de desenvolvimento regional, favorecendo espaço de comercialização de produtos e de ampliação de relações com vistas ao fortalecimento dos em-preendimentos produtivos considerando o marco da Política Nacional de Desen-

Novas metas: ampliar o fortalecimento de empreendimentos

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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volvimento Regional. Constitui-se em estra-tégia de difusão de resultados das iniciativas desenvolvidas até o momento, assim como de construção de vias para a sustentabilidade econômica dos empreendimentos fomen-tados pelos programas de desenvolvimento regional promovidos pelo MI.

A ação conjunta do Projeto Produzir e da FAO na realização da I e da II Mostra Nacio-nal de Desenvolvimento Regional objetivou, portanto, o fortalecimento de empreendimen-tos originários de Eventos de Organização Produtiva e Oficinas de Gestão, ampliando sua capacidade de inserção no mercado e de acesso a um ambiente de capacitação. A participação do Produzir nas atividades da Mostra Nacional, em 2009 e 2010, vinculada à dos demais repre-

Capacitação e integração com as ações de desenvolvimento regional: o acesso irrestrito dos participantes (representantes dos empreendimentos) a uma extensa programação de atividades pautadas na informação, no conhecimento e na capacitação permitiu ampliar o conhecimento e as relações com a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), com seus espaços prioritários, com parceiros institucionais e com outros produtores e empreendimentos de atividades produtivas similares, ampliando suas perspectivas e permitindo a troca de experiências.

Comercialização direta de produtos na Mostra de Produtos: realizada por meio de estandes dos espaços prioritários da PNDR, permitiu a venda direta de produtos aos visitantes da feira. Os empreendedores tiveram acesso a um espaço de exposição e venda de seus produtos, apoio para armazenamento e controle de estoques, além do apoio para transporte terrestre ou aéreo de produtos a comercializar.

Participação na Rodada de Negócios: coordenada em cada Mostra pelo Sebrae local, visando a criar canais de comercialização dos produtos dos empreendimentos participantes, proporcionando o contato direto com compradores por meio de reuniões de negócios.

sentantes e produtores, permitiu ampliar sua inserção nos espaços prioritários da PNDR.

Para a participação na Mostra, os em-preendimentos foram selecionados prio-rizando aqueles que já haviam alcançado um nível de produção e qualidade de pro-dutos compatível com sua comercialização na Mostra de Produtos. Da totalidade dos empreendimentos apoiados, alguns deles apresentaram também qualidade e produção compatíveis para sua participação na Roda-da de Negócios, que ocorreu em paralelo às demais atividades da Mostra. Portanto, o objetivo central da participação de represen-tantes dos empreendimentos do Produzir foi dar suporte ao fortalecimento destes pelo acesso a atividades em três níveis:

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Mostra de Produtos

• Comercializaram produtos em estandes das sub-regiões 37 empreendimentos oriundos do Produzir dos setores de artesanato, bordados, apicultura, movelaria, tecelagem, extrativismo da castanha-do-brasil, cultura da pupunha, gemas e joias, fruticultura, processamento de alimentos, bovinocultura e vitivinicultura

• Visitação de cerca de 8 mil pessoas em quatro dias de evento

Rodada de Negócios

• Participaram da Rodada de Negócios 11 empreendimentos oriundos do Produzir• Em números gerais, a Rodada de Negócios teve 130 inscritos – 73 ofertantes e 57 compradores. Em 438 reuniões

agendadas foram comercializados produtos de vários segmentos, gerando negócios no valor total de R$ 1 milhão, computando as negociações pós-evento que se originaram na ocasião

Atividades paralelas do Projeto Produzir

• O Seminário de Avaliação da Ação em Campo do Projeto Produzir, com a participação de representantes das entidades executoras, técnicos multiplicadores e beneficiários do Projeto, permitiu extrair informações e reflexões relevantes das experiências vividas pelos diversos atores sociais que já haviam participado dos programas de base regional e da implementação de ações do Produzir, possibilitando a adequação metodológica da sua atuação em campo para utilização como base para a ação de apoio à geração de empreendimentos produtivos, incorporada aos programas Promeso, Conviver e PDFF

• O Painel Experiências da Atuação em Campo do Projeto Produzir relatou experiências em campo do Projeto e ofereceu subsídios para pensar novas estratégias a serem incorporadas à Ação Apoio à Geração de Empreendimentos Produtivos dos programas Promeso, Conviver e PDFF

Resultados da participação do Projeto Produzir na I Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional

1. Bordadeiras de Caicó 2. Apicultores de Poço Redondo 3. Seminário de Avaliação da Ação em

Campo do Projeto Produzir 4. Painel Experiências da Atuação em

Campo do Projeto Produzir

1

2

3

4

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

50

1

2

54

3

6 7 8

1. Bordados – Associação das Bordadeiras de Timbaúba dos Batistas (Caicó-RN – 2008)2. Derivados de cana-de-açúcar– Engenho São Lourenço (Água Branca-AL – 2008)3. Castanha-do-Brasil – Associação dos Produtores e Beneficiadores de Castanha do Município de Amaturá (Aprocam)

(Amaturá-AM – 2004, 2006 e 2009)4. Associados da Cooprap e da Coopalm com a visita do Ministro da Integração Nacional (Ituberá-BA – 2008)5. Artesanato e biojoias – Associação dos Artesãos de Tabatinga (Artetaba) (Tabatinga-AM – 2007 e 2009)6. Representante da Amatü – Associação das Mulheres Artesãs Ticuna de Bom Caminho participando da Rodada de

Negócios da II Mostra 7. Artesanato – Associação Regional dos Artesãos e Artistas Plásticos do Oeste Catarinense (Arapoc) (Chapecó-SC – 2009)8. Artesanato em palha da Serra das Viúvas – Associação dos Artesãos (Água Branca-AL – 2008)

Empreendimentos apoiados pelo Produzir

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Mostra de Produtos

• Comercializaram produtos em estandes das sub-regiões 36 empreendimentos oriundos do Produzir dos setores de artesanato, bordados, apicultura, bovino e ovinocultura, movelaria, extrativismo da borracha e castanha-do-brasil, gemas e joias, fruticultura, processamento de alimentos, vitivinicultura

• Nos estandes foram comercializados R$ 240 mil em produtos diversos durante o evento• Visitação de cerca de 16 mil pessoas em cinco dias de evento

Rodada de Negócios

• Participaram da Rodada de Negócios 12 empreendimentos oriundos do Produzir• Em números gerais, a Rodada de Negócios teve 129 inscritos – 85 ofertantes e 44 compradores –, participando

efetivamente 94 inscritos. Em 420 reuniões agendadas foram comercializados produtos de vários segmentos, como alimentos, bebidas, confecção, joias, adornos, móveis e artesanatos, o que gerou negócios no valor total de R$ 990 mil, além de contatos e potenciais negócios que podem ser viabilizados futuramente

Como fechamento das ações desen-volvidas nos 16 anos de implementação do Acordo de Cooperação Técnica com a FAO, o ano de 2010 teve como foco principal as atividades técnicas para o encerramento do Projeto de Coopera-ção Técnica em 31 de dezembro. Nesse sentido, a avaliação do PCT revestiu-se de particular importância, tendo em consideração que o Acordo de Coo-peração Técnica Internacional que dá suporte ao Projeto Produzir se desenvol-

veu incorporando uma diversidade de procedimentos e adequações realizadas, particularmente nos últimos seis anos, com a adoção de mudanças metodológi-cas de fundo no seu processo de desen-volvimento.

Para tanto, foi contratado, median-te licitação, o Instituto de Assessoria e Desenvolvimento Humano (IADH) para realização da avaliação final do Produzir, fornecendo subsídios para a elaboração do seu relatório final.

Resultados da participação do Projeto Produzir na II Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Os resultados da ação nas comunidades

3

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Os resultados da ação nas comunidades

Vários conceitos e objetivos fo-ram acrescidos na consolidação da sua missão institucional: em

1998, o propósito de “combate ao de-semprego e ao subemprego”; em 2000, por ocasião da primeira revisão do Do-cumento de Projeto (Prodoc), é incluída a “contribuição para o Desenvolvimento Local Sustentável”; em 2002, na segun-da revisão, é acrescentada a “inclusão social” e o “enfoque de gênero e etnia”; em 2004, são trazidas orientações que ampliam a visão conceitual, como o “en-foque em regiões prioritárias”, a “atua-ção integrada” e a “atuação em arranjos e atividades produtivas”.

O Projeto passou por transformações, no entanto manteve durante toda a sua existência o objetivo de despertar a auto-nomia econômica e produtiva das po-pulações mais carentes. Essa orientação tornou-se sua principal missão, expressa também em seus resultados.

Apesar da longa trajetória de 16 anos do Projeto de Cooperação Técnica com a FAO,

que se encerra em 2010, o Projeto Produzir não se afastou dos objetivos definidos nos

seus primórdios: promover uma ação em comunidades carentes visando a organizá-

-las e capacitá-las em busca de melhoria da sua qualidade de vida.

Como política pública, as ações do acordo de cooperação permitiram a aplicação de um volume considerável de recursos, da ordem de 21,7 milhões de dólares, tanto nas atividades-meio, correspondentes aos objetivos de consoli-dação da metodologia de trabalho e dos meios de sua operacionalização técnica e logística, como nas atividades-fim, desen-volvidas nas comunidades beneficiadas.

A atuação em campo no período que se estende de 1994 a 2003 foi marcada pela utilização da metodologia da capa-citação massiva como forma de organi-zação das comunidades, permitindo a capacitação de cerca de 90 mil pessoas por meio de Laboratórios Organiza-cionais de Terreno (LOTs), atendendo a atividades produtivas diversificadas, que vão desde a realização de serviços urbanos – tais como mecânicos, serven-tes, cabeleireiras, garçons, eletricistas, costureiras, produtores de alimentos e

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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artesãos – como atividades ligadas ao meio rural – apicultura, piscicultura, caprinocultura, entre outros.

Os LOTs, que permitiam uma ação ca-pacitadora focada em 45 dias de ação nas comunidades, expandiram-se em todo o território nacional, chegando a atender 234 municípios de todas as regiões do país. A articulação com outros progra-mas de redução da pobreza do governo federal – tais como o Peti e o Alvorada – permitiu uma ampliação significativa do aporte de recursos e uma ação dissemi-nada nas populações pobres do país.

Novas orientações dadas à ação em campo mudaram o perfil da metodologia de intervenção, tanto pela maior adesão desta a ações, projetos e programas do próprio Ministério da Integração Nacio-nal, em especial com as regiões prioritá-

rias da Política Nacional de Desenvolvi-mento Regional, como pelos resultados alcançados. Assim, no período que vai de 2004 a 2010, a ação em campo passou a ser focada na organização de empreen-dimentos produtivos, e a ação capacita-dora ampliou-se para um período de 330 dias nos Eventos de Organização Produ-tiva (EOPs), ou de 120 dias nas Oficinas de Gestão.

Nesse período, correspondente aos programas Novo Pronager e Produzir, foi desenvolvida ação em 127 municípios, capacitando um total de 15.300 pessoas. A ação local foi realizada mediante par-ceria com entidades, em especial organi-zações privadas sem fins lucrativos, por meio de assinatura de Cartas de Acordo, que definiam a amplitude das atividades a serem desenvolvidas localmente.

Fases do Acordo BRA/040/BRA Período Recursos aplicados (US$) Resultados da ação em campo*

Proger e Pronager 1994 a 2003 12.961.313,12 90.363 pessoas capacitadas

Novo Pronager e Produzir 2004 a 2010 8.585.812,41** 15.300 pessoas capacitadas404 empreendimentos criados

* Ver no Anexo a relação completa de eventos realizados e municípios beneficiados no período de 1994 a 2010.** Corresponde a recursos executados até 31/10/2010, acrescidos de recursos comprometidos mediante contrato até 31/12/2010.Fonte: Coordenação Nacional do Projeto Produzir

A ampliação dos prazos da ação local permitiu uma consolidação maior de grupos produtivos – denominados em-preendimentos – que passaram a focar atividades produtivas mais estruturado-

ras da economia local e regional, tanto urbana como rural, permitindo uma maior adesão aos objetivos de redução das desigualdades regionais e de desen-volvimento econômico endógeno.

Dados básicos da implementação do Acordo de Cooperação nº 020/1994 – módulo central

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Sudeste15,3%

Norte12,2%

Sul13,3%

Centro-Oeste6,1%Nordeste

53,1%

Gráfico 1: Cartas de Acordo por Macrorregião

Gráfico 2: Percentual de Cartas de Acordo por Estado/UF

Fonte: Coordenação Nacional do Projeto Produzir

Fonte: Coordenação Nacional do Projeto Produzir

6,3%

5,2%

5,2%

5,2%

5,2%

1,0%

1,0%

1,0%

1,0%

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10%

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7,3%

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7,3%

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4,2%

4,2%

4,2%

4,2%

4,2%

3,1%

3,1%

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Noventa e oito Cartas de Acordo permitiram a pactuação de ativida-des para a realização de Eventos de Organização Produtiva e Oficinas de Gestão entre 2004 e 2010. Apesar de os estados da Região Nordeste terem sido os grandes beneficiados pela ação

do programa no período citado, com 53% das intervenções locais (52 Car-tas de Acordo executadas), o Produzir fez-se presente em todas as regiões brasileiras, estendendo-se às Regiões Sudeste (15%), Norte (12%), Sul (13%) e Centro-Oeste (6%).

Grandes c

ulturas

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ltura)

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7,3%

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2,8%

2,8%

2,3%

2,3%

1,4%

0,5%

0,5%

Gráfico 3: Percentual de ocorrência de capacitações por setores produtivos

Setores produtivos

Observação: o termo “grandes culturas” envolve as atividades de cafeicultura, cotonicultura, mandiocultura, fruticultura, olericultura, rizicultura, floricultura e cana-de-açúcar, e o termo “aquicultura” abrange as atividades de piscicultura, carcinicultura e ostreicultura.Fonte: Coordenação Nacional do Projeto Produzir

A diversidade de atividades produtivas apoiadas, tanto urbanas como rurais, pode ser verificada pela análise da ocor-rência de intervenções realizadas por se-tores produtivos. As atividades apoiadas permitiram uma forte atuação no meio rural, com 70% das capacitações voltadas a atividades vinculadas à agricultura e à produção animal, setores potencialmente fomentadores do desenvolvimento local

e regional no contexto dos territórios prioritários da PNDR.

Conforme mostra o Gráfico 3, a produ-ção agrícola destaca-se com cerca de 27% de capacitações realizadas, trabalhando com uma extensa gama de produtos que resultam tanto de produção de caráter mais extensivo, como café, algodão, arroz, cana-de-açúcar e pupunha, como daquela voltada para o consumo mais local, como

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

59mandioca e hortaliças. A floricultura e, em especial, a fruticultura também foram obje-to de ações de capacitação no setor agrí-cola. No caso desta última, a experiência mostrou que a produção de frutos regio-nais pode funcionar como base importante para o desenvolvimento econômico de

Arroz vermelho em Santana dos Garrotes-PBHorticultura em Orós-PE

comunidades locais e de aproveitamento das potencialidades regionais. O apoio a essas atividades esteve centrado especial-mente na transmissão de técnicas de exten-são agrícola, mas, em casos específicos, a aspectos de produção ou processamento de alimentos associados a esses produtos.

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

60 Produção e plantio de mudas de pupunha em Ituberá-BA

A metodologia de ação do Produzir permitiu também uma ação integrada com público-alvo bastante específico, como é o caso de assentamentos de reforma agrária. Algumas experiências desse tipo foram de-senvolvidas, por exemplo, em Mambaí, em Goiás, ou Eldorado dos Carajás, no Pará. Uma experiência que se destaca foi aquela ocorrida nos assentamentos Lucas Dantas e Margarida Alves, na Região do Baixo Sul da Bahia, no município de Ituberá. Nessa região, o declínio da produção de cacau e dos seringais obrigou os assentamentos de reforma agrária a busca-rem novos cultivos, como o plantio de palmito de pupunha, para sua sustentabilidade. O EOP realizado ali conseguiu mobilizar 240 pessoas capacitadas para receber e operar dois germi-nadores coletivos destinados à produção de embriões de pupunha e cinquenta viveiros para produção de mudas. A garantia de canais de comercialização foi alcançada com a filiação dos assentados à Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm),

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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juntando-se a 465 cooperados de outras 43 comunidades rurais que produzem 8,5 mil potes de palmitos de 300 gramas por dia na fábrica Ambial.

Por sua vez, o apoio à vitivinicultura contribuiu para o alcance de resultados significativos com as comunidades rurais da Região Sul do país, apesar do baixo percentual de capacitações realizadas pelo Produzir com esta atividade produtiva (cerca de 2% do total das capacitações realizadas). O município de Francisco Beltrão, no Rio Grande do Sul, recebeu, em 2005, um evento cujo foco principal era a fabricação de vinhos e subprodutos da uva, como a graspa e o vinagre, inte-grados a outra potencialidade local – a produção de doces e massas.

O apoio do Programa PDFF e da Prefeitura Municipal para a plantação de vinhedos e construção de uma cantina permitiu um salto qualitativo nesse setor produtivo no município de Uruguaiana. A Oficina de Gestão realizada ali em 2009 apoiou a Cooperativa Vitivinícola de Uruguaiana (Vinoeste), com seus 24

associados, fortalecendo o empreendi-mento na adequação do processo pro-dutivo e no fomento à comercialização. Os resultados desse processo conjunto são evidentes: a Vinoeste, que iniciou sua produção em 2007, já alcançou em 2009 capacidade para produzir 260 mil litros de vinho nas variedades cabernet sauvig-non, cabernet franc, merlot e tannat e um vinho branco elaborado com uvas riesling italianas. O sucesso da iniciativa permitiu que a cooperativa colocasse seus produtos no mercado local, com boas perspectivas de entrar no Rio de Janeiro e em São Pau-lo. Além disso, foi fechada uma grande venda de vinho a granel para a Rússia.

Uma experiência de âmbito regional, que abrangeu três municípios da tríplice fronteira da Argentina com os Estados de Santa Catarina e Paraná, permitiu uma ação integrada de produtores familia-res rurais dos municípios de Barracão, Dionísio Cerqueira e Bom Jesus do Sul, articulando, complementarmente, os setores produtivos da vitivinicultura e da bovinocultura leiteira.

Produção de vinhoem Uruguaiana-RS

Feira de produtos emFrancisco Beltrão-PR

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

62

A produção animal constitui-se, tam-bém, como ramo de atividade de grande potencialidade para o fomento do desen-volvimento econômico local e regional, sendo definida com frequência pelos fóruns de desenvolvimento dos espaços prioritários da PNDR como atividade potencial para a estruturação de arranjos produtivos locais. Cerca de 39% das ca-pacitações realizadas tiveram seu foco em atividades desse ramo, abarcando desde a ovinocaprinocultura (5,6%) e a aquicul-tura (10,6%), mais incidentes na Região Nordeste, assim como a bovinocultura (6,9%) e a apicultura (11,6%), que foram apoiadas em todas as regiões brasileiras.

A apicultura tem especial importância na organização produtiva de comuni-dades rurais do Nordeste brasileiro. Sua

grande potencialidade como atividade paralela a outras culturas locais, seu baixo custo de produção, bem como sua adapta-bilidade a condições ambientais desfavo-ráveis, como o agreste e o sertão nordes-tinos, foram fatores que indicaram essa atividade como solução para a inserção produtiva de comunidades rurais bastante desfavorecidas. O Produzir

Apicultura em Poço Redondo-SE

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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desenvolveu 25 experiências com apicul-tura, 16 delas na Região Nordeste.

Um bom exemplo desse tipo de experiência aconteceu no município de Poço Redondo, em Sergipe, onde 130 pessoas das comunidades de Sítios Novos, Cururu, Queimada Grande, Barra da Onça, Flor da Serra e Garro-te do Emeliano foram capacitadas em distintas atividades, como o manejo da apicultura, o processamento de cera alveolada, o manejo da meliponicultura

(que trabalha com abelhas nativas sem ferrão), a produção de mudas e o reflo-restamento e a culinária à base de mel. As matas nativas e uma rica florada silvestre na região favorecem a produ-ção de mel orgânico, sem agrotóxicos, produto diferenciado que pode buscar um mercado mais seletivo. A apicultura beneficia também as culturas agrícolas, ajudando na polinização e contribuin-do para a preservação do meio ambien-te, evitando desmatamentos.

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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No caso da aquicultura, o Produzir buscou articular-se com outros progra-mas de infraestrutura hídrica apoiados pelo Ministério da Integração Nacional na região nordestina. Realizou-se um percentual de 10,6% das capacitações, especialmente na área da piscicultura, tendo sido apoiadas 25 experiências em 14 estados brasileiros.

Em 2004, no Açude Orós, no semi-árido cearense, a experiência da pis-cicultura consolidou-se com o uso da tecnologia de tanques-rede, uma espé-cie de gaiola para criação de peixe em cativeiro. A experiência exitosa repetiu-se

em Jaguaribara-CE, na Mesorregião da Chapada do Araripe, onde a cons-trução do Açude do Castanhão alagou dois terços do território municipal. Com o apoio do Produzir, em 2005, os pescadores iniciaram a criação de tilá-pias em tanques-rede. No total, foram capacitadas 135 pessoas em atividades como piscicultura e processamento de pescado. As mulheres aprenderam o curtimento da pele de tilápia e tive-ram capacitações para a confecção de artesanato com esta matéria-prima, e os jovens aprenderam a taxidermia, empalhando peixes.

Piscicultura em Orós-CE

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

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Cabe citar ainda no meio rural o ex-trativismo mineral e vegetal, responsável por cerca de 2% do total das ações de capacitação do Produzir, com destaque para o extrativismo da castanha-do-bra-sil, na experiência de Amaturá (AM), e da borracha na região amazônica.

A meio caminho entre o rural e o urbano, está o arranjo produtivo local do setor mineral, uma vez que foram implementadas nesse setor ações como a qualificação das atividades no garimpo, atividade eminentemente rural, ocorri-das nos municípios de Várzea-PB e Ouro Branco-RN, bem como a produção de joias e adereços utilizando pedras pre-ciosas e semipreciosas, atividade urbana, apoiada pelo Produzir nos municípios de

Quaraí e Ametista do Sul, ambos no Rio Grande do Sul.

Na Mesorregião do Seridó, o Projeto deu apoio aos trabalhadores dos garim-pos de quartzito nos municípios vizi-nhos de Várzea-PB e Ouro Branco-RN. A capacitação dos garimpeiros deu-se, em especial, no incentivo ao associativis-mo, no respeito ao meio ambiente, no uso de tecnologias apropriadas às lavras – inclusive no uso de explosivos –, de cuidados com a saúde e na prevenção de acidentes. Em paralelo a esse evento do Produzir, o Programa Promeso apoiou a construção de uma unidade de benefi-ciamento de quartzito em Ouro Branco, apostando na continuidade do fortaleci-mento deste arranjo produtivo local.

Atividade mineradora em Várzea-PB e Ouro Branco-RN

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A integração entre programas tam-bém aconteceu na outra ponta da cadeia mineral, na transformação das gemas em adorno e bijuterias. Em Quaraí, na Me-sorregião Metade Sul do Rio Grande do Sul, a compra de equipamentos, também com o suporte do Programa Promeso, permitiu o apoio à Cooperativa Regional Mineral (Coopergema) por meio de uma Oficina de Gestão. A cooperativa, que já tinha uma produção de cabochões (nome dado à pedra lapidada) de pedras dispo-níveis na região, como ágata, ametista e cornalina, recebeu suporte para a diver-sificação de sua produção, criando uma linha de produtos acabados (bijuterias) que agregam valor às peças. O suporte para o design de suas peças, a criação de uma linha de produtos adequada ao mercado local e regional, a confecção de um mostruário de produtos e o suporte para a busca de canais de comercialização também foram resultados alcançados.

No ambiente urbano, as ações do Pro-duzir possibilitaram também atuar com propriedade na organização de comuni-dades para a produção coletiva e para a constituição de empreendimentos. Com essa característica, destaca-se a produção de artesanato local e regional como o principal demandante de capacitações (15,3% do total). A grande variedade de atividades produtivas dessa moda-lidade apoiada pelo projeto reflete a importância da produção dos artesãos e do artesanato de raiz cultural e regio-nal na geração de trabalho e renda nas comunidades. Podem ser citadas desde as biojoias produzidas de sementes, em Tabatinga-AM, na região amazônica, até o artesanato de forte componente da cultura local e regional, como as borda-deiras do Seridó-RN e o artesanato em couro de Serrita-PE, remanescente da cultura dos boiadeiros e cangaceiros do sertão nordestino.

Produção de joias em Quaraí-RS

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68 O artesanato foi ainda mobilizador do fortalecimento da consciência étnica nas experiências do Alto Solimões, com as co-munidades indígenas Ticuna, de Benjamin Constant-AM, e das comunidades quilom-bolas da região do Baixo Sul da Bahia, que imprimiram seus referenciais culturais na elaboração de artesanato produzido com a palha de uma palmeira local, a piaçava.

Como resultado significativo, cabe destacar a Oficina de Gestão desenvol-

vida nos municípios de Ituberá, Nilo Peçanha e Cairu, do Baixo Sul da Bahia, que abrangeu 11 comunidades quilom-bolas e afrodescendentes, permitindo o resgate da cultura das comunidades com a capacitação de 102 artesãos em design para a produção de artesanato da piaçava e de seus subprodutos, como o bagaço, o coco e a palha da piaçava. O trabalho centrou-se na redefinição de peças, que passaram a valorizar a

Artesanato Ticuna em Benjamin Constant-AM

Trabalhos quilombolas em piaçava no Baixo Sul da Bahia

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sintonia tanto com os usos locais como com grafismos que representam os re-ferenciais da cultura quilombola ou das comunidades locais.

A Cooperativa das Produtoras e Produtores Rurais da Área de Proteção Ambiental do Pratigi (Cooprap), à qual estão associados os artesãos da região, diversificou seus produtos e ampliou sua capacidade de acesso ao merca-do. Além da qualificação do pessoal e

da qualidade dos produtos, o projeto agregou valor a estes, que hoje são comercializados até para grandes redes nacionais de lojas, como, por exemplo, a Tok Stok. Também pela qualidade de seus resultados, a Cooprap foi selecio-nada para receber, em 2010, da Secre-taria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o Selo Quilombola de certificação de origem de seus produtos.

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Com a certificação de origem, os artesãos têm valor agregado ao seu trabalho

Produtos feitos com frutos do cerrado em Mambaí-GO

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Muitas outras experiências de produ-ção artesanal foram exitosas e permi-tiram o estabelecimento de uma base de sustentação econômica e integração social nas comunidades apoiadas.

Outras atividades urbanas apoia-das com eventos de capacitação foram aquelas vinculadas aos setores de turismo (7,4%), de processamento de alimentos (1,4%) e de confecções (2,3%), dando suporte à criação de empreendimentos ou qualificando mão de obra absorvida por esses setores.

Considerando a totalidade das ativi-dades apoiadas pelo Produzir tanto no meio urbano quanto no rural, cabe des-tacar a importância de seus resultados na ação de gênero, ou seja, em relação à integração social e econômica de mulheres às atividades produtivas. Isso

ocorreu na quase totalidade de eventos de capacitação realizados, nos quais as mulheres conquistaram espaço com seus maridos na execução de atividades rurais e urbanas.

Em outras experiências, o protago-nismo feminino foi hegemônico nas atividades de capacitação. Isso ocorreu, por exemplo, no Alto Solimões, onde as mulheres ticunas conseguiram, pela força do seu trabalho artesanal, ter voz junto às lideranças indígenas de suas comunidades. Outro exemplo vem das bordadeiras do Seridó, que alcançaram mercados internacionais pela qualidade e pela originalidade das suas habilidades, ou ainda pelas mulheres da Associação Arte Peixe, de São João da Barra-RJ, que se organizaram para produzir embutidos e outros quitutes à base de peixe, em

Bordadeiras do Seridó-CE

Tecelagem em Ponta Porã-PR

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complemento ao trabalho dos seus mari-dos pescadores.

Os resultados dos Eventos de Orga-nização Produtiva e Oficinas de Gestão multiplicaram-se por todo o territó-rio nacional, tendo como referência a aderência aos espaços prioritários dos programas de desenvolvimento regional (mesorregiões, semiárido nordestino e faixa de fronteira).

Merece destaque a realização de even-tos de abrangência regional nos últimos anos de implementação do Produzir, o que se coaduna com a missão da SPR e facilita o suporte à consolidação dos arranjos produtivos locais dos espaços prioritários, a exemplo dos EOPs e das OGs apresentados no Quadro 1.

Algumas das OGs, no seu formato mais recente, se enquadram nesses casos. Consultorias e capacitações específicas permitiram a melhoria da capacidade técnica dos empreendimentos, com resultados importantes na consolidação de redes e associações regionais, como é o caso da Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (Amoesc), do se-

tor de movelaria, e do Comitê Regional das Associações e Cooperativas Artesa-nais do Seridó (Cracas), que agrega as entidades de bordadeiras do Seridó, no Rio Grande do Norte.

As Oficinas de Gestão permitiram também a melhoria na gestão de empre-endimentos já constituídos, utilizando os instrumentos Plano de Negócio e Manual de Orientações e Procedimentos (MOP), o que incentivou a discussão e a reestruturação dos procedimentos de produção e gestão. É o caso da OG realizada em Amaturá-AM em 2009. Ali se reestruturou a unidade de beneficiamento de castanha e foi criada a Cooperativa dos Beneficiadores de Produ-tos Agroextrativistas de Amaturá (Coopa-ma) para a gestão da unidade de pro-cessamento e para a comercialização dos produtos. Ou ainda o caso da Associação Regional dos Artesãos Profissionais e Ar-tistas Plásticos do Oeste Catarinense (Ara-poc), constituída por trinta associações municipais, contemplando 1.100 artesãos, beneficiada por uma OG que permitiu a reorganização e o fortalecimento da sua rede de organizações.

A importância da participação das mulheres nas capacitações do Projeto Produzir

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Evento Municípios Atividade produtiva Resultados

EOP

• Barracão-PR• Bom Jesus do Sul-PR• Dionísio Cerqueira-SC

VitiviniculturaBovinocultura

• Maior integração entre os municípios participantes e os beneficiários e criação de um Consórcio Intermunicipal

• Elaboração de Planos de Negócios de cada empreendimento apoiado – cantina, fábrica de vinhos e fábrica de queijos – articulados entre si com base nos APLs da bovinocultura e da vitivinicultura

Vitivinicultura:• Criação da Associação dos Vitivinicultores da Trifronteira (Avitri), responsável

pela gestão da cantina de vinho e da fábrica de suco de uva, localizadas respectivamente em Barracão e Bom Jesus do Sul

• Melhoria na qualidade dos produtos e aumento no volume de produçãoBovinocultura:• Fortalecimento da Cooperfarbom, unidade de processamento de leite e

derivados• Melhoria no sistema de gestão, com a implantação de um software para

gerenciar o empreendimento• Melhoria na qualidade dos produtos da cooperativa• Ampliação do volume de produção pela incorporação de novos cooperados

EOP

• Caicó-RN• São Fernando-RN• São José do Seridó-RN• Jardim do Seridó-RN• Timbaúba dos

Batistas-RN• Cruzeta-RN

Artesanato (bordados)

• Fortalecimento das associações localizadas nos municípios e da Cooperativa de Bordadeiras e Artesãos do Seridó (Coobarts), melhorando a qualificação dos participantes e promovendo a articulação entre as associações e delas com a Cooperativa

• Criação do Comitê Regional das Associações e Cooperativas Regionais do Seridó (Cracas), cuja finalidade é operacionalizar o processo de gestão compartilhada entre as associações

• Formação de novos parceiros e busca de novos nichos de mercado

EOP • Várzea-PB• Ouro Branco-RN Mineração

• Constituição da Cooperativa dos Mineradores da Serra do Porção (Coomsp), composta por trinta extratores de quartzito

• Especialização dos extratores, que receberam cursos sobre segurança e manejo de explosivos

• Formação de parcerias para continuar o apoio técnico aos beneficiários

OG

• Chapecó-SC, sede da Arapoc, que atua em 21 municípios do oeste catarinense

Artesanato

• Fortalecimento da Associação de Artesãos e Artistas Plásticos do Oeste Catarinense (Arapoc), que congrega trinta associações e três cooperativas distribuídas pela região oeste catarinense

• Criação da identidade visual do artesanato regional• Aumento do comprometimento dos artesãos em relação ao associativismo• Fortalecimento da comercialização dos produtos, com a manutenção dos

relacionamentos já estabelecidos e a formação de parcerias

OG

• Chapecó-SC, sede da Amoesc, que atua em 75 municípios do oeste catarinense

Movelaria

• Fortalecimento da estrutura da Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (Amoesc), composta de 123 empresas e abrangendo 75 municípios mediante o comprometimento dos associados e o desenvolvimento de novas ferramentas gerenciais

• Reestruturação da estrutura da Amoesc com a criação de cinco diretorias regionais e de diretorias por segmento

• Reformulação do estatuto da entidade• Elaboração da identidade visual da Amoesc

OG

• Araripe-CE• Assaré-CE• Barbalha-CE• Campos Sales-CE• Jardim-CE• Salitre-CE

Apicultura

• Promoção da articulação entre as cinco casas de mel e do entreposto localizado em Barbalha

• Melhoria na qualidade do mel por meio da qualificação dos apicultores• Reativação de quatro das cinco casas de mel• Elaboração de um Manual de Orientações e Procedimentos (MOP), que

regulamenta aspectos de produção e gestão, articulando as casas de mel e o entreposto regional

Quadro 1. Eventos do Produzir de âmbito regional

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Devido à ampla trajetória do Projeto, não seria possível relatar aqui a totalidade de suas experiências em um balanço final de resultados. No entanto, apresentaremos a seguir algumas experiências que refletem os princípios buscados pelo Produzir.

A importância da parceria localA Associação de Beneficiadores de

Frutas e Derivados do Povoado São José (Abfrud), da qual fazem parte jovens do povoado de São José, a 32 km da sede do município baiano de Chorrochó, foi informalmente criada em 2001. O grupo uniu-se para evitar o caminho de outros da mesma idade que, por falta de opor-tunidades, seguiam em direção ao Cen-tro-Sul do país. A intenção dos jovens era trabalhar com o beneficiamento de frutas. A prefeitura municipal colaborou com eles, construindo a infraestrutura necessária com recursos do Pronaf.

Em 2009, o empreendimento foi indi-cado pelo Fórum de Desenvolvimento da Mesorregião de Xingó como apto a ser beneficiado pela Oficina de Gestão do Projeto Produzir, uma vez que, além de já possuir um mínimo de organização social para produção – a associação fora forma-lizada em 2006 –, os associados já conta-vam com a infraestrutura necessária.

A Abfrud trabalha com o beneficia-mento de frutas nativas – umbu e juá – ou adaptadas ao clima da região, como goiaba e manga, transformando-as em doces e outros derivados, a exemplo da caipirinha de umbu. Os jovens já deti-nham o mínimo de conhecimento para o beneficiamento, mas foi com o Projeto Produzir, em parceria com o Instituto Xingó, que os conhecimentos do grupo foram aprimorados e deu-se o início do funcionamento da agroindústria. Parti-ciparam do processo 22 jovens, e todos

Produtos de Chorrochó-BA

Sede da Abfrud, em São José-BA

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eles faziam parte do grupo que em 2006 criou a Abfrud.

Um diagnóstico inicial evidenciou a situação da unidade produtiva e dos beneficiários: a unidade não tinha or-ganização social nem instalações ade-quadas. Constatou-se que a fábrica pre-cisava de reforma das instalações físicas e aquisição de alguns equipamentos, os quais permitiriam o aumento da pro-dução, a obtenção do selo de qualidade e o CNPJ. Os beneficiários precisavam também de capacitações específicas para sua operacionalização.

Considerando os gargalos encontra-dos, foram feitos contatos com a Prefeitu-ra Municipal, com o Sebrae e com a Coo-perativa Agropecuária de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) com o intuito de firmar parcerias para fornecer assistência técnica aos produtores e para adequar a unidade produtiva.

Dos cursos ministrados, vale destacar os de associativismo, cooperativismo, meio ambiente, plantio e enxertia de umbuzeiro, reciclagem ecológica, bene-ficiamento e manejo de frutas, comer-cialização e projetos de venda. Também foram importantes as oficinas para a elaboração de Plano de Negócio e para a criação da logomarca e das embala-gens, além de palestra sobre recursos hídricos. Durante os eventos, foram elaborados o estatuto e o regimento interno do empreendimento.

Entre os produtos processados pela Associação, o umbu tornou-se o carro- chefe da linha de produtos da Abfrud pela sua excelência e, sobretudo, pela demanda regional. Nas feiras de agri-cultura familiar, a fruta e seus derivados produzidos pela Fábrica São José são apontados como o produto de melhor qualidade da região.

Quanto ao apoio local, destaque desta OG, a Prefeitura de Chorrochó traçou

um plano de ação para a Associação com o objetivo de melhorar o estabelecimento por meio da instalação de lava-botas e exaustores de parede protegidos com tela para garantir a higienização das áreas de produção e a construção de vestiários masculinos e femininos, assim como a reforma das instalações elétricas, pintura, forro, etc. Além disso, a municipalidade deu suporte logístico, apoiou a divulga-ção e fez o acompanhamento local das atividades e do desenvolvimento do em-preendimento em apoio às ações da OG.

O sucesso da ação do Projeto Produ-zir em prol da Abfrud deve também ser compartilhado com parceiros como o Sesi e o Sebrae. Este último, por exem-plo, apoiou a adequação das instalações da fábrica e orientou os associados no sentido de regularizar o empreendi-mento por meio da obtenção dos do-cumentos necessários à contratação de financiamentos com instituições finan-ceiras. Parceira importante foi também a Cooperativa de Produção de Doces e Derivados do Município de Uauá (Coo-percuc), entidade legalizada que fabrica e comercializa produtos orgânicos, que ajudou na capacitação do grupo, com vistas a incorporar inovações técnicas ao empreendimento.

Com apenas um ano de funciona-mento após a capacitação, a fábrica do povoado São José tem capacidade para beneficiar anualmente 37,2 toneladas de frutas – com potencial para ser ampliada – e perspectivas de atender a demandas de comercialização de outras regiões. Quando concluída e com a documenta-ção adequada para a comercialização, vai contribuir para diversificar a economia local. Mercado não lhe falta: ao apre-sentar seus produtos nas feiras da agri-cultura familiar do município de Paulo Afonso, a Abfrud recebeu encomendas, inclusive de outros estados.

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As parcerias externas na garantia da sustentabilidade

Em Serrita-PE, localizada na Mesor-região Chapada do Araripe, o projeto Produzir vem apoiando, desde 2006, o artesanato em couro. As tradições cultu-rais locais, que incluem a Missa do Va-queiro, as festas juninas e a festa do santo padroeiro, impulsionam a atividade artesanal. A prática do artesanato é bene-ficiada também pela criação de ovelhas e cabras, que, após o abate, fornecem o couro que servirá de matéria-prima para os artesãos. Mas a primeira intervenção do projeto no local beneficiou outras atividades, além do artesanato: o apoio dado em 2006 incluiu também o turis-mo, com a formação de jovens agentes de turismo para enfatizar o potencial da cidade neste ramo.

A fim de estruturar a cadeia produtiva, as atividades iniciais desse EOP objetiva-ram demonstrar a importância do traba-lho coletivo e propiciar aos beneficiários

a vivência dessa realidade. Posteriormen-te, os participantes foram divididos em dois grupos focados nas atividades de ovinocaprinocultura e de artesanato em couro. Um dos grupos recebeu capacita-ção em manejo reprodutivo de caprinos e ovinos, cuidados sanitários, produção e manutenção de forragens e silagem, fenação e aproveitamento da caatinga, enquanto o outro foi capacitado nas modalidades iniciante e intermediário/avançado do artesanato, em informações turísticas e técnicas de recepção. Entre criadores, artesãos e agentes jovens, 86 pessoas foram envolvidas no processo.

Um ano depois do encerramento das atividades do projeto, o Sebrae entrou em campo, implementando o projeto Arquitetando Arte, que mobilizou arqui-tetos e designers de Recife para a criação de peças e de um catálogo destinado a um mercado mais exigente, visando à ampliação da visibilidade e à divulgação dos trabalhos e da cultura sertaneja.

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Artigos em couro fabricados em Serrita-PE, Mesorregião da Chapada do Araripe

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Em 2009, o Produzir retornou a Serrita, desta vez para implemen-tar uma oficina de gestão. Parte dos artesãos que em 2006 iniciavam seu processo de organização formavam agora a Associação de Artesanato do Sertão Pernambucano (Aasp). O objetivo da OG foi reforçar nos associados a importância do associa-tivismo e do cooperativismo, além de adequar o processo produtivo à realidade, expandir a comercializa-ção dos produtos e criar a identidade visual da Associação, entre outras metas. Nessa oficina houve, ainda, o aprimoramento de algumas técnicas de artesanato em couro.

No plano organizativo, a oficina foi responsável pela reestruturação da Aasp, que teve seu quadro de associados ampliado de apenas sete artesãos para cerca de 27 associados, durante a OG e a redefinição das atribuições dos associados.

A boa receptividade do trabalho desenvolvido pelas empresas e pelas entidades envolvidas com o empreen- dimento pode ser medida pela

decisão de rearticular o processo de encontros e promover a integração entre as empresas a fim de planejar as ações de apoio ao segmento com base na demanda dos artesãos.

Como consequência de todo esse esforço, pôde-se verificar o incremen-to da produção e das vendas, com ampliação do mercado para o traba-lho dos artesãos ligados à Aasp.

Além do investimento aportado pelo Produzir, o apoio significativo de várias entidades parceiras, na forma de transporte, aquisição de máquinas, etc., foi fundamental para o sucesso do empreendimento. Por sua vez, o Ministério da Integra-ção Nacional (MI) lançou mão de recursos do Promeso para apoiar a construção da Casa do Artesão de Serrita. A Aasp também contou com parceiros como a Capacitação, Pesquisa e Assessoria para o Desen-volvimento Local Sustentável (Valer), entidade executora tanto do EOP quanto da OG, o Sebrae, a Prefeitura de Serrita, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, a Codevasf e o Banco do Nordeste.

Hoje, a Aasp participa da rede de comercialização Bodega da Caatinga, que assessora os artesãos no que diz respeito ao comércio de seus produtos e os insere na agenda de feiras e even-tos, inclusive em outros estados da Federação. O desafio é ampliar ainda mais esse mercado para dar sustenta-bilidade ao empreendimento.

Outro aspecto positivo que merece menção são os convites que a Aasp passou a receber para ministrar cursos de capacitação de artesãos em outros municípios, tendo se tornado referência potencial para a constitui-ção de novos empreendimentos.

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A continuidade da ação em busca da sustentabilidade

Amaturá está localizada no Estado do Amazonas, distante da capital, Manaus, 900 km em linha reta e 1.251 km por via fluvial. Cerca de 20% de seu território são terras indígenas e 4% fazem parte da Unidade de Conservação Javari/Buriti (Arie), situada no Corredor Ecológico Central da Amazônia.

O município de Amaturá faz parte de um conjunto de nove municípios que compõem a Mesorregião do Alto Soli-mões, contando com uma população de 240 mil habitantes. O rio Solimões é sua principal via de acesso, assim como o meio que demarca as relações econômi-cas e sociais locais.

É nesse lugar que o projeto Produzir, em conjunto com os programas da SPR e com o governo do Estado do Amazonas, vem apoiando o extrativismo vegetal, mais especificamente a extração e o be-neficiamento da castanha-do-brasil.

O apoio a essa atividade teve início em 2004, com a implementação de um Evento de Capacitação em Campo (ECC) que objetivou dar suporte a uma peque-na associação de produtores já existente. Nesse período, o projeto contou com a colaboração do governo do estado e da Diocese do Alto Solimões, selecionada para atuar como entidade executora do

projeto. A base da capacitação para os produtores concentrou-se nas boas prá-ticas de manejo para a coleta, o trans-porte, a secagem e o armazenamento de castanha. Mulheres e familiares jovens, no entanto, foram capacitados para utili-zar a castanha na culinária e no artesana-to locais.

Como resultado da capacitação, a associação fortaleceu-se e conseguiu o suporte do MI e do governo do Estado do Amazonas para a construção de uma usina para o beneficiamento da casta-nha, com capacidade para processamen-to de 8 mil hectolitros de castanha por ano, produzindo castanha dry (seca), óleos e farinha. A obra foi financiada com recursos do Fundo de Desenvolvi-mento Humano do Amazonas (FDH), e os equipamentos foram adquiridos pela Agência de Florestas e Negócios Susten-táveis do Amazonas, por intermédio de convênio com o Ministério da Integra-ção Nacional (MI).

Uma Oficina de Gestão do Produzir, em 2005, foi realizada pela Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis, do governo do Estado do Amazonas, com o objetivo de capacitar os integrantes da Aprocam para a agroindústria, com cursos de higienização e manipulação de alimentos, capacitação tecnológica e segurança no trabalho. Para ampliar a ca-

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Trajetória do PROJETO PRODUZIR

pacidade de produção local, a OG realizou capacitações para coletores de comunida-des ribeirinhas e indígenas (etnia Ticuna). A Aprocam passou então a denominar-se Associação de Produtores e Beneficiadores de Castanha do Município de Amaturá.

Com seu fortalecimento, a Aprocam passou a atuar em outros grupos de produ-tores e comunidades ribeirinhas e indíge-nas na compra, no manejo e na venda da castanha, em princípio no próprio municí-pio e depois em outros sindicatos e coope-rativas de municípios da região, também produtores de castanha (Jutaí, Tonantins, São Paulo de Valença, Santo Antônio do Içá e Tabatinga, dentre outros).

Em 2009, a Aprocam foi novamente se-lecionada para ser beneficiada com outra OG. A Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) – Amazonas – foi a executo-ra desta oficina, que teve como principal objetivo a organização de uma cooperati-va capaz de realizar de forma mais efetiva os trabalhos de beneficiamento e comer-cialização da usina. Foi então constituída

a Cooperativa dos Beneficiadores de Produtos Agroextrativistas de Amaturá (Coopama) como parceira da Aprocam na gestão da usina.

As capacitações buscaram aprimorar o processo produtivo por meio da racio-nalização no uso dos equipamentos da usina e da manutenção destes, da re-dução dos custos e da maximização das sobras. Com relação à gestão, investiu-se na área de administração, contabilidade e Plano de Negócio. E o processo de ca-pacitação poderá ser aprofundado, visto que a Coopama filiou-se à rede de coo-perativas da OCB Amazonas e poderá ter acesso ao seu menu de treinamentos e capacitações conforme forem surgin-do as necessidades. Vale destacar nesse projeto a ampla articulação de forças de parceiros locais, estaduais e federais, no período de 2004 a 2009, o que vem permitindo um processo de continui-dade e evolução, buscando vencer as deficiências locais e dar sustentabilidade ao empreendimento.

Participantes da Oficina de Gestão 2009

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O fortalecimento da ação em redeLocalizada na Mesorregião Grande

Fronteira do Mercosul – que envolve ain-da o sudoeste do Paraná e o noroeste do Rio Grande do Sul –, a cidade catarinen-se de Chapecó também foi alvo da ação de mais uma oficina de gestão realizada pelo Produzir.

Diferentemente de outras OGs reali-zadas pelo projeto, que buscam o apri-moramento de apenas um empreendi-mento, em Chapecó as ações se voltaram para a reestruturação de toda uma rede de associações que compõem a Associa-ção Regional de Artesãos e Artistas Plás-ticos do Oeste Catarinense (Arapoc).

As trinta associações e as três coo-perativas que compõem a Arapoc têm como principais atividades o artesanato de palha de milho e trigo, o beneficia-mento da lã de ovelha, o tricô, o crochê e o patchwork. Essas associações foram formadas para atender à necessidade de cooperação e representatividade. No entanto, o diagnóstico apontou que ainda estavam em um estágio inicial de desenvolvimento, necessitando melhorar alguns aspectos relacionados à gestão.

A implementação do projeto foi feita em parceria com a Associação dos Mu-nicípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc), instituição mantida exclusiva-mente com recursos dos municípios e que atua em projetos dessa natureza há cerca de quarenta anos.

Para atingir todo o conjunto de asso-ciações da Arapoc, a proposta foi que participassem da OG representantes de

Capacitação de artesãs da Arapoc em Chapecó-SC

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81cada município que compõe a Asso-ciação, totalizando 68 participantes. Esses técnicos seriam responsáveis, posteriormente, por transmitir às suas associações os conhecimentos adquiridos durante a OG como mul-tiplicadores do conhecimento.

A Arapoc tem como objetivo a busca de parcerias para o fortalecimento da atividade regional e é responsável pela comercialização dos produtos das associações filiadas, realizada em feiras e no Mercado Público Regional e Centro Público de Economia Solidá-ria, em Chapecó.

Conforme diagnóstico realizado, a Arapoc tinha como principal problema justamente a gestão de todas as asso-ciações, o que criava limitações para o desenvolvimento do artesanato local e regional e para a comercialização con-junta. Era necessário desenvolver uma marca regional, um plano de design e incentivar os artesãos a vivenciar o

associativismo, entre outras ações.Para sanar essas dificuldades, foram

realizados com os multiplicadores oficinas de comportamentos empreen-dedores; formação para o atendimen-to e a venda; aplicação de pesquisa de mercado e análise em grupo; elabo-ração de plano de negócio; análise e diagnóstico dos produtos; identifi-cação e formatação dos processos de produção com foco no mercado; ofici-na para a introdução da metodologia de formação e estruturação da rede de economia solidária.

Com a Diretoria da Arapoc foram realizadas oficinas para elaboração de um plano de ação da organização. A realização de pesquisa de mercado deu suporte à definição do seu posi-cionamento no mercado e das vanta-gens competitivas para os produtos do artesanato regional. Com base nessas definições conjuntas, foram definidas a logomarca e a identidade institucional da Arapoc.

O salto qualitativo na organização da Arapoc, alcançado pela Oficina de Gestão, foi coroado com uma parceria, ao final do evento, com o Banco do Brasil, o que gerou uma série de atividades complementares, como a continuidade do processo de capacitação, o acesso a linhas de cré-dito para os artesãos e a aquisição de uma camionete para apoio à comer-cialização dos produtos. Assim, a Arapoc segue seu caminho rumo à sustentabilidade.

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Uma ação regional no foco do ProduzirA possibilidade de uma ação regional

com base na metodologia do Produzir foi sempre uma demanda dos espaços prioritários dos programas de desenvol-vimento regional.

Assim, em 2008, uma ação no sul do país envolveu, simultaneamente, três municípios: Barracão e Bom Jesus do Sul, no Paraná, e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, articulados entre si por setores produtivos que permeiam a vida de muitas famílias da região – a bovinocultura leiteira e a vitivinicultura.

O Fórum de Desenvolvimento Inte-grado e Sustentável da Mesorregião da Grande Fronteira do Mercosul já havia estabelecido como foco de desenvolvi-mento para esta região esses dois setores, e o Programa Faixa de Fronteira deu uma importante contribuição no proces-so de estruturação das duas atividades, uma vez que investiu na construção da

cantina de vinhos de Barracão, na aqui-sição de equipamentos para a fábrica de sucos e para a unidade de processamento de leite, bem como na implantação de cinco hectares de videiras.

Em relação à vitivinicultura, o pú-blico-alvo consistiu em 120 produtores de uva e derivados. Foram realizados cursos de manejo de parreirais, de fa-bricação de suco de uva, de doces e ge-leias de uva, para fabricação de vinho, graspa e vinagre.

O objetivo foi despertar a consciência coletiva desses produtores para traba-lhar nas duas estruturas disponíveis: a cantina de vinho de Barracão e a fábrica de sucos de uva de Bom Jesus do Sul. É importante observar que esses dois municípios são limítrofes e que Dioní-sio Cerqueira localiza-se a cerca de 15 minutos de distância de Bom Jesus do Sul, o que facilita a interação entre os beneficiários dos três municípios.

Cantina de Barracão-PR

Page 83: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

83

Cooperfarbom em Bom Jesus do Sul-PR

A ação na bovinocultura teve como base a Cooperativa Agroindustrial dos Agricultores Familiares de Bom Jesus do Sul (Cooperfarbom), já existente, que recebeu em 2007 recursos do PDFF para a compra de equipamentos e a amplia-ção de sua capacidade de beneficiamen-to para 50 mil litros por dia. A ação do Produzir, além de estar voltada para as boas práticas de fabricação, para melho-rar a qualidade da mozarela colonial, carro-chefe da cooperativa, capacitou oitenta produtores rurais, buscando aumentar a capacidade de produção e a qualidade do leite.

Na vitivinicultura, os resultados das in-tervenções foram os melhores possíveis: é importante mencionar os avanços ocor-ridos no campo da organização, como a criação da Associação dos Vitivinicultores da Trifronteira (Avitri), englobando pro-dutores dos três municípios. Além disso, foram criados mecanismos de controle para os fluxos monetários e de mercado-rias. A cantina foi preparada para, além do processamento do vinho e de outros subprodutos, ter um espaço de comercia-lização dos produtos locais.

Na área de gestão, foi possível alcançar um avanço significativo, com a imple-mentação de softwares e o treinamento contínuo, além do aprimoramento dos sistemas de gestão dos três empreendi-mentos apoiados – cantina, fábrica de sucos e unidade de processamento de leite – e de orientações sobre marketing.

Tão importante como destacar os resultados concretos das atividades pro-dutivas apoiadas, cabe destacar ainda a grande interação entre as prefeituras municipais, os empresários e os pro-dutores, levando à construção de um projeto regional conjunto e à criação de um Consórcio Intermunicipal formado pelos municípios de Barracão, Dionísio Cerqueira e Bom Jesus do Sul.

Page 84: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

84

Page 85: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

85Uma longa trajetória foi traçada até

os dias atuais. A ação capacitadora do Projeto Produzir levou conhecimento, organização e perspectiva de futuro para inúmeras comunidades espalhadas em todo o território nacional. Após a apresentação da trajetória do Projeto, o detalhamento de sua metodologia e a ex-plicitação de seus resultados, cabe agora olhar para o futuro.

O Acordo de Cooperação Técnica In-ternacional cumpriu com seu objetivo de consolidar uma metodologia de ação que atendesse às comunidades mais desfavo-recidas das diversas regiões brasileiras com ações visando à sua organização e à sua capacitação para o desempenho de atividades produtivas que permitissem o seu sustento e que viessem a ser o ele-mento propulsor para a sua integração social e econômica. A consolidação dessa metodologia foi, ao mesmo tempo, ele-mento de sua disseminação, na medida em que instituições parceiras na imple-mentação das ações nas comunidades,

Considerações finais

Page 86: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

86

bem como os técnicos que foram capa-citados para serem seus multiplicadores, vão permitir a incorporação dos seus princípios em suas práticas institucionais e profissionais.

Destaca-se também a importância da ação inovadora e participativa utilizada no processo de capacitação, buscando a incorporação do conhecimento, de novas técnicas e tecnologias adaptadas ao per-fil do público-alvo, levando em conta a construção coletiva desse conhecimento e sua adequação ao perfil da comunida-de. Por isso, a ação do Projeto Produzir teve papel destacado como instrumento complementar aos demais programas de desenvolvimento regional da Secretaria de Programas Regionais. Tanto os Eventos de Organização Produtiva, com a função de iniciar um processo de organização produtiva em comunidades com poten-ciais econômicos ainda latentes, como as Oficinas de Gestão, que buscam o apri-moramento de empreendimentos tendo como foco sua sustentabilidade, exerceram papel complementar às demais ações nos espaços prioritários da Política Nacional de Desenvolvimento Regional empreendi-da ao longo dos últimos 16 anos.

As parcerias, desde as locais, com as próprias comunidades beneficiadas e as prefeituras municipais, até as regio-nais e mesorregionais, mostraram-se

fundamentais para a amplificação dos resultados imediatos da capacitação e para a sustentabilidade dos empreendi-mentos em uma perspectiva de médio e longo prazos. Aprender a buscar e a fazer parcerias é ensinamento básico do Projeto Produzir.

Na perspectiva de futuro que o Projeto propiciou, a metodologia desenvolvida no processo de organização e capacitação de comunidades para o desenvolvimento de atividades produtivas deve consolidar-se no interior dos programas de desenvolvi-mento regional existentes. A integração das ações que o Produzir fomentou com os demais programas de desenvolvimen-to regional promovidos pelo governo federal deverá favorecer o acesso a infra-estruturas de produção necessárias para a trajetória de fortalecimento das comuni-dades e de seus empreendimentos. Este desafio mostra-se como estratégia a ser ampliada e fortalecida.

Por último, a continuidade na apli-cação da metodologia do Produzir por meio da ação Apoio à Geração de Em-preendimentos Produtivos, incluída no PPA 2007-2011 como ação dos Progra-mas Promeso, Conviver e PDFF, lança os fundamentos para a continuidade desta parceria. Cabe agora esperar que os bons frutos plantados pelo Produzir sigam florescendo em cada canto deste país.

Page 87: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

87

Anexos

4

Page 88: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

88

EventoFonte de recurso

MunicípioAno de

execuçãoPessoas

capacitadas

LOT Nacional Pão de Açúcar/AL 1998 118

LOT Nacional Águas Lindas/GO 2000 323

LOT NacionalValparaíso de Goiás/

GO2000 297

LOT Nacional Recanto das Emas/DF 2000 585

LOT Nacional Paranoá/DF 2000 91

LOT Nacional Unaí/MG 2000 336

LOT Nacional Formosa/GO 2000 317

LOT Nacional Luziânia/GO 2000 716

LOT Nacional Cocalzinho/GO 2000 255

LOT Nacional Planaltina/GO 2000 397

LOT Nacional São Sebastião/DF 2000 694

LOT Nacional Vila Guairá/GO 2000 325

LOT Nacional Padre Bernardo/GO 2000 521

LOT Nacional Cidade Ocidental/GO 2000 521

LOT NacionalSão Miguel do Gostoso/RN

2000 172

LOT Alvorada Caririçu/SE 2000 294

LOT Alvorada Gararu/SE 2000 115

LOT Alvorada Poço Redondo/SE 2000 200

LOT Peti Itabaianinha/SE 2000 251

LOT Peti Itabi/SE 2000 250

LOT Peti Macambira/SE 2000 109

LOT Peti Neópolis/SE 2000 224

LOT Peti Propriá/SE 2000 342

LOT Peti Três Lagoas/MS 2000 115

LOT Peti Campo Grande/MS 2000 651

LOT PetiNova Alvorada do

Sul/MS2000 266

LOT PetiRibas do Rio Pardo/

MS2000 250

LOT Nacional Trindade/GO 2001 s/d

LOT NacionalConceição do Coité/

BA2001 560

LOT NacionalSanto Antônio do Descoberto/GO

2001 426

LOT Nacional Campina Grande/PB 2001 460

LOT Nacional Padre Bernardo/GO 2001 257

LOT Alvorada Pé de Serra/BA 2001 541

LOT Alvorada Nordestina/BA 2001 217

LOT Alvorada Sairé/PE 2001 185

LOT AlvoradaNossa Senhora da

Glória/SE2001 667

LOT Alvorada Lagoão/RS 2001 333

LOT Alvorada Lages/RN 2001 576

EventoFonte de recurso

MunicípioAno de

execuçãoPessoas

capacitadas

LOT Alvorada Jangada/MT 2001 554

LOT Alvorada Feijó/AC 2001 333

LOT Alvorada Porto Grande/AP 2001 586

LOT Alvorada Quijingue/BA 2001 239

LOT Alvorada Teofilândia/BA 2001 333

LOT AlvoradaSão João do Baliza/

RR2001 326

LOT Alvorada Mari/PB 2001 460

LOT AlvoradaSão Miguel de Taipu/

PB2001 165

LOT Alvorada Sapé/PB 2001 837

LOT Alvorada Brejinho/RN 2001 340

LOT Alvorada Lucréia/RN 2001 230

LOT Alvorada Patu/RN 2001 431

LOT AlvoradaTenente Laurentino

Cruz/RN2001 535

LOT Alvorada Aquidabã/SE 2001 328

LOT Alvorada Porto da Folha/SE 2001 339

LOT Alvorada Capoeiras/PE 2001 100

LOT Alvorada Garanhuns/PE 2001 190

LOT Alvorada Tamandaré/PE 2001 155

LOT Alvorada Xexéu/PE 2001 s/d

LOT Alvorada Alvorada do Norte/GO 2001 400

LOT Alvorada Cavalcante/GO 2001 152

LOT Alvorada Damianópolis/GO 2001 417

LOT Alvorada Flores de Goiás/GO 2001 214

LOT Alvorada Monte Alegre/GO 2001 350

LOT PetiConceição do Coité/

BA2001 560

LOT Peti Retirolândia/BA 2001 332

LOT PetiRiachão do Jacuípe/

BA2001 283

LOT Peti Santa Luz/BA 2001 350

LOT Peti Valente/BA 2001 224

LOT Peti Água Preta/PE 2001 228

LOT Peti Barreiros/PE 2001 364

LOT PetiCabo de Santo Agostinho/PE

2001 173

LOT Peti Jaqueira/PE 2001 548

LOT Peti Palmares/PE 2001 421

LOT Peti Primavera/PE 2001 749

LOT PetiSão Benedito do

Sul/PE2001 238

LOT Peti Vicência/PE 2001 457

LOT Peti Arauá/SE 2001 244

LOT - Laboratório Organizacional de Terreno

EVENTOS REALIZADOS NO PERÍODO DE 1994 A 2003

Page 89: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

89

EventoFonte de recurso

MunicípioAno de

execuçãoPessoas

capacitadas

LOT Peti Parintins/AM 2001 570

LOT Peti Nova Andradina/MS 2001 1100

LOT PetiNovo Horizonte do

Sul/MS2001 650

LOT Peti Cáceres/MT 2001 814

LOT Peti Sena Madureira/AC 2001 210

LOT Peti Mazagão/AP 2001 337

LOT Peti Pé de Serra/BA 2001 541

LOT Peti Nova Fátima/BA 2001 242

LOT Peti São Domingos/BA 2001 1026

LOT Peti Rorainópolis/RR 2001 392

LOT PetiSão Miguel do Tocantins/TO

2001 623

LOT Peti Nova Santa Rita/PI 2001 278

LOT Peti Ribeiras do Piauí/PI 2001 410

LOT Peti Malhador/SE 2001 220

LOT Peti Moita Bonita/SE 2001 291

LOT Peti N. Sra. das Dores/SE 2001 503

LOT PetiRiachão dos Dantas/

SE2001 231

LOT Peti Amaraji/PE 2001 650

LOT Peti Catende/PE 2001 664

LOT Peti Cristalina/GO 2001 445

LOT Peti Novo Gama/GO 2001 548

LOT Peti Posse/GO 2001 225

LOT Peti Segredo/MT 2001 702

LOT Peti Laguna Carapã/MS 2001 201

LOT Peti Teotônio Vilela/AL 2001 350

LOT Peti Laranjal do Jari/AP 2001 550

LOT Peti Água Clara/MS 2001 618

LOT Nacional Boa Vista/RR 2001 334

LOT Nacional Portalegre/RN 2002 160

LOT Nacional Taipu/RN 2002 270

LOT Nacional Pau dos Ferros/RN 2002 215

LOT Nacional Umarizal/RN 2002 750

LOT NacionalCarnaúba dos Dantas/

RN2002 320

LOT Nacional Canguaretama/RN 2002 331

LOT Nacional Parnamirim/RN 2002 581

LOT Nacional Recife/PE 2002 180

LOT Nacional Águas Belas/PE 2002 337

LOT Nacional Cupira/PE 2002 250

LOT Nacional Itaíba/PE 2002 783

LOT Nacional Itambé/PE 2002 350

LOT Nacional Terra Nova/PE 2002 482

LOT Nacional Cuiabá/MT 2002 227

LOT Nacional Rio Branco/AC 2002 414

EventoFonte de recurso

MunicípioAno de

execuçãoPessoas

capacitadas

LOT Nacional Assis Brasil/AC 2002 213

LOT Nacional Ji-Paraná/RO 2002 s/d

LOT Nacional Porto Velho/RO 2002 s/d

LOT Nacional Campo Alegre/AL 2002 451

LOT Nacional Delmiro Gouveia/AL 2002 647

LOT NacionalPalmeira dos Índios/

AL2002 150

LOT Nacional Rio Largo/AL 2002 s/d

LOT NacionalUnião dos Palmares/

AL2002 563

LOT Alvorada Rosário Oeste/MT 2002 200

LOT Alvorada Catanhede/MA 2002 500

LOT Alvorada Miranda do Norte/MA 2002 639

LOT Alvorada Fronteiras/PI 2002 342

LOT Alvorada Patos/PI 2002 276

LOT Alvorada Poço Verde/SE 2002 700

LOT Alvorada São Domingos/GO 2002 765

LOT Alvorada Sítio d’Abadia/GO 2002 212

LOT Alvorada Mata Grande/AL 2002 507

LOT Alvorada São José da Lage/AL 2002 426

LOT AlvoradaSão José da Tapera/

AL2002 625

LOT Alvorada Arez/RN 2002 322

LOT Alvorada Extremoz/RN 2002 240

LOT Alvorada Touros/RN 2002 372

LOT Alvorada Chã Grande/PE 2002 800

LOT Alvorada Escada/PE 2002 385

LOT Alvorada Água Branca/AL 2002 289

LOT Alvorada Arapiraca/AL 2002 688

LOT Alvorada Arapiraca Canaã/AL 2002 489

LOT Alvorada Branquinha/AL 2002 117

LOT Alvorada Ibateguara/AL 2002 134

LOT Alvorada Junqueiro/AL 2002 82

LOT Alvorada Murici/AL 2002 493

LOT Alvorada Pão de Açúcar/AL 2002 s/d

LOT AlvoradaSantana do Ipanema/

AL2002 249

LOT Alvorada Monteiro/PB 2002 720

LOT Alvorada Pedra Lavrada/PB 2002 250

LOT Alvorada Capela/SE 2002 365

LOT Alvorada Brejo Grande/SE 2002 231

LOT AlvoradaCanindé do São

Francisco/SE2002 665

LOT Alvorada Gracho Cardoso/SE 2002 507

LOT Alvorada Japoatã/SE 2002 387

LOT Alvorada Pacatuba/SE 2002 502

LOT Alvorada Melgaço/PA 2002 s/d

LOT - Laboratório Organizacional de Terreno

Page 90: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

90

EventoFonte de recurso

MunicípioAno de

execuçãoPessoas

capacitadas

LOT AlvoradaVista Alegre e Marapanim/PA

2002 448

LOT Alvorada Bonfim/RR 2002 182

LOT Alvorada Candeal/BA 2002 364

LOT Alvorada Cansação/BA 2002 398

LOT Alvorada Canudos/BA 2002 469

LOT Alvorada Euclides da Cunha/BA 2002 447

LOT Alvorada Ichu/BA 2002 300

LOT Alvorada Itiúba/BA 2002 304

LOT Alvorada Monte Santo/BA 2002 580

LOT Alvorada Uauá/BA 2002 500

LOT Alvorada Lagarto/SE 2002 237

LOT Alvorada Tobias Barreto/SE 2002 s/d

LOT Alvorada Buíque/PE 2002 187

LOT Alvorada Passira/PE 2002 492

LOT Alvorada Barreirinhas/MA 2002 390

LOT Alvorada Vargem Grande/MA 2002 385

LOT Alvorada Miguel Calmon/BA 2002 448

LOT Peti Assis Brasil/AC 2002 213

LOT Peti Campina Grande/PB 2002 s/d

LOT Peti Catolé do Rocha/PB 2002 s/d

LOT Peti Paraíba/PB 2002 s/d

LOT Peti Vila Velha/ES 2002 213

LOT Peti Carauari/AM 2002 495

LOT Peti Fonte Boa/AM 2002 340

LOT Peti Tabatinga/AM 2002 1.040

LOT Peti Caçador/SC 2002 126

LOT Peti Erechim/SC 2002 411

LOT Peti Xanxeré/SC 2002 s/d

LOT Peti Parelhas/RN 2002 1.418

LOT Peti Codó/MA 2002 1.056

LOT Peti São Luís/MA 2002 1.432

LOT PetiCruz do Espírito

Santo/PB2002 320

LOT Peti Pedras de Fogo/PB 2002 481

LOT Peti Ceará-Mirim/RN 2002 599

LOT Peti Joaquim Nabuco/PE 2002 270

LOT Peti Maraial/PE 2002 168

LOT Peti Anhanduizinho/MS 2002 519

LOT Peti Amambai/MS 2002 s/d

LOT Peti Antônio João/MS 2002 518

LOT Peti Aral Moreira/MS 2002 200

LOT Peti Bela Vista/MS 2002 295

LOT Peti Bodoquena/MS 2002 275

EventoFonte de recurso

MunicípioAno de

execuçãoPessoas

capacitadas

LOT Peti Bonito/MS 2002 257

LOT Peti Coronel Sapucaia/MS 2002 620

LOT Peti Corumbá/MS 2002 300

LOT Peti Maracaju/MS 2002 629

LOT Peti Porto Murtinho/MS 2002 122

LOT Peti Sidrolândia/MS 2002 342

LOT PetiBarra de Santa Rosa/

PB2002 481

LOT Peti Cacimbas/PB 2002 338

LOT Peti Mamanguape/PB 2002 489

LOT Peti Picuí/PB 2002 265

LOT Peti Rio Tinto/PB 2002 433

LOT Peti Cubati/PB 2002 405

LOT Peti Frei Martinho/PB 2002 196

LOT Peti Parari/PB 2002 203

LOT Peti Pombal/PB 2002 580

LOT Peti Prata/PB 2002 400

LOT PetiRiacho dos Cavalos/

PB2002 412

LOT Peti Serra Branca/PB 2002 401

LOT Peti Sousa/PB 2002 s/d

LOT Peti Sumé/PB 2002 754

LOT PetiArapiraca/Bananeiras/

AL2002 118

LOT PetiBoa Vista do Ramos/

AM2002 502

LOT Peti Boca do Acre/AM 2002 382

LOT PetiSão Paulo de Olivença/AM

2002 300

LOT Peti Alexânia/GO 2002 111

LOT Nacional Belém/PA 2002 306

LOT Nacional Capixaba/AC 2002 180

LOT Nacional Cruzeiro do Sul/AC 2002 194

LOT Nacional Manaus/AM 2002 480

LOT Nacional Poço Verde/SE 2002 700

LOT Nacional Taquari/RS 2002 148

LOT Nacional Tarauacá/AC 2002 198

LOT NacionalBenjamin Constant/

AM2003 131

LOT Nacional Brasiléia/AC 2003 98

LOT NacionalDivino São Lourenço/

ES2003 123

LOT Nacional Dr. Ulysses/PR 2003 82

LOT Nacional Jardim/CE 2003 574

LOT Nacional Pio IX/PI 2003 138

LOT Nacional Teófilo Otoni/MG 2003 215

LOT Nacional Urucuia/MG 2003 216

LOT - Laboratório Organizacional de Terreno

Page 91: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

91

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

ECC Diocese do Alto Solimões Amaturá/AM Produção de mudas da castanha-do-brasil, coleta e armazenagem; produção de derivados da castanha e artesanato

21/6/2004 a 10/9/2004 211 4

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Pará (Senar-AR/PA)

Marabá/PA Olericultura, processamento da mandioca, do leite e de frutas 23/6/2004 a 16/9/2004 93 3

ECCServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amazonas (Sebrae/AM)

Atalaia do Norte, Jutaí e Fonte

Boa/AM

Atalaia do Norte: extração vegetal, serralheria, marcenaria, mecânica de mo-tosserra, reaproveitamento de resíduos de madeira e classificação de madeira. Jutaí: processamento de pescado e artesanato. Fonte Boa: processamento de pescado e cozinha regional

13/10/2004 a 13/12/2004 695 11

ECCServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Acre (Sebrae/AC)

Capixaba e Plácido de Castro/AC

Piscicultura, avicultura e alimentação alternativa 13/10/2004 a 20/8/2005 461 9

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional de Tocantins (Senar/TO)

Augustinópolis e Araguatins/TO

Augustinópolis: beneficiamento do leite, de frutas e avicultura. Araguatins: beneficiamento do leite, de frutas e apicultura

13/10/2004 a 13/11/2004 195 6

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Pará (Senar/PA)

Pau d´Arco e Parauapebas/PA

Pau d'Arco: fruticultura, pecuária de leite e apicultura. Parauapebas: fruticultura, pecuária de leite e olericultura

12/10/2004 a 30/6/2005 186 8

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Pará (Senar/PA)

Santa Isabel do Pará e

Santo Antônio do Tauá/PA

Santa Isabel do Pará: piscicultura, joias artesanais e fruticultura. Santo Antônio do Tauá: aquicultura (carcinicultura) e processamento de frutas nativas

14/9/2005 a 31/3/2007 257 7

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Pará (Senar/PA)

Faro e Óbidos/PA

Faro: pescado e derivados. Óbidos: cadeia produtiva da mandioca e piscicultura

14/9/2005 a 31/1/2007 345 9

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Tocantins (Senac/TO)

Mateiros/TO Ecoturismo (trade turístico), artesanato (capim dourado e buriti) e fabricação de doces

13/9/2005 a 31/1/2007 126 4

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional de Tocantins (Senar/TO)

Sampaio/TO Cadeia produtiva da mandioca (cultivo da mandioca, derivados e culinária) 13/9/2005 a 31/1/2007 63 3

ECC

Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (Seplands/AC)

Brasiléia e Xapuri/AC Brasiléia: avicultura (galinha caipira). Xapuri: cadeia produtiva da borracha 19/9/2005 a

31/1/2007 260 2

ECC e OGAgência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas (Afloram)

Tonantins e Amaturá/AM

Tonantins: cadeia produtiva da madeira (manejo florestal, movelaria e artesanato). Amaturá: manejo da castanha-do-brasil, higienização e mani-pulação de alimentos, capacitação tecnológica e segurança no trabalho

20/12/2005 a 30/7/2007 249 2

EOPServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amazonas (Sebrae/AM)

Santo Antônio do Içá/AM

Piscicultura em canal de igarapé, beneficiamento do pescado, artesanato em couro e escamas do pescado

15/4/2006 a 30/6/2007 101 4

ECC – Evento de Capacitação em Campo EOP – Evento de Organização Produtiva OG – Oficina de Gestão.

EVENTOS REALIZADOS NO PERÍODO 2004 A 2010

NORTE

Page 92: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

92

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

EOPInstituto de Apoio Técnico aos Países do Terceiro Mundo (Iattermund)

Bom Jesus da Lapa e Ponte Alta do Tocantins/TO

Bom Jesus da Lapa: manejo, plantio e processamento da mandioca e fa-bricação de vestimentas femininas e masculinas. Ponte Alta do Tocantins: apicultura: confecção de caixas/colmeia, culinária de produtos à base de mel, decoração de embalagens com capim dourado; horticultura

3/10/2006 a 29/8/2007 88 6

EOP Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Ides)

Guajará-Mirim/RO

Fabricação de filé de pescado, linguiça natural, defumada, costelinha de tambaqui e empanados; conserva de pimenta e pratos regionais; mantas de couro, carteiras masculinas e femininas, porta-moedas e porta-cartões; produção de tambaqui; artesanato da fécula da mandioca; produção de mandioca, coleta de sementes florestais; biojoias e cestarias; projetos

16/1/2007 a 12/12/2007 194 8

EOPServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amazonas (Sebrae/AM)

Tabatinga/AM Biojoias, beneficiamento de frutas, culinária com peixes, turismo e serviços de hotelaria

8/3/2007 a 31/5/2008 189 3

EOP Instituto Vitória-Régia Eldorado dos Carajás/PA

Produção de leite e queijo coalho, produção de mel, culinária apícola; produção de cosméticos à base de mel

30/4/2008 a 24/7/2009 47 2

EOP Associação dos Apicultores de Ponte Alta do Tocantins (Aapat)

Ponte Alta do Tocantins/TO

Produção de artesanato de capim dourado, produção de cera (bruta e alveolada)

10/12/2008 a 5/11/2009 107 2

OGSindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB/AM)

Amaturá/AMAtividades voltadas para formalização de cooperativa, regularização da agroindústria junto aos órgãos ambientais e fiscalizadores e realização de reforço em boas práticas de fabricação

12/3/2009 a 9/9/2009 50 1

NORDESTE

Evento Entidade Executora Município Capacitações Realizadas Período de Execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional da Paraíba (Senar/PB)

Sousa/PB Piscicultura em tanque-rede e artesanato da fibra de palha de coqueiro 13/10/2004 a 13/12/2004 50 2

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Ceará (Senar/CE)

Orós/CE Piscicultura em tanque-rede, beneficiamento do pescado, beneficiamento do couro da tilápia e horticultura

13/10/2004 a 13/12/2004 97 4

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional da Bahia (Senar/BA)

Paulo Afonso, Ibotirama e

Irecê/BA

Paulo Afonso: piscicultura, fruticultura, floricultura e apicultura. Ibotirama: apicultura, cosméticos apícolas, processamento do mel, produção de propólis. irecê: avicultura, apicultura, hortifruticultura e reciclagem

13/10/2004 a 26/12/2004 522 10

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Sergipe (Senac/SE)

Canindé de São Francisco/SE

Produção de mudas frutíferas, beneficiamento de frutas (polpa), horticul-tura orgânica, artesanato, negócios em turismo, apicultura, piscicultura, comercialização e gestão

13/10/2004 a 13/12/2004 137 7

ECC Fundação de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Fundesf)

Itamaraju e Mucuri/BA

Itamaraju: plantio, manejo e beneficiamento de frutas. Mucuri: produção de mel, produção de pólen, manejo e administração de mel e pólen

6/12/2004 a 30/9/2005 342 3

ECC Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) Nova Olinda/CE Nova Olinda: arte em mosaico, modelagem, escultura e talhado; criação e inter-

pretação de trilhas; formação de condutores de trilhas e atendimento ao cliente6/12/2004 a

4/9/2005 85 3

ECC – Evento de Capacitação em Campo EOP – Evento de Organização Produtiva OG – Oficina de Gestão.

NORTE

Page 93: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

93

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

ECC Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec)

Campos Sales/CE

Ovinocaprinocultura (manejo produtivo de ovinos e caprinos, artesanato em couro, beneficiamento do leite e da carne)

14/9/2005 a 31/1/2007 121 5

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Ceará (Senar/CE)

Acopiara e Jaguaribara/CE

Acopiara: apicultura e avicultura (galinha caipira). Jaguaribara: piscicultura (manejo, processamento do pescado, artesanato da pele do peixe, taxidermia e fabricação de sabão)

14/9/2005 a 31/1/2007 245 14

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional de Alagoas (Senar/AL)

Santana do Ipanema/AL Leite e derivados, inseminação artificial 13/9/2005 a

31/1/2007 130 3

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Sergipe (Senac/SE)

Graccho Cardoso/SE Fruticultura (manejo e beneficiamento do abacaxi) 19/5/2005 a

31/11/2006 97 6

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional da Paraíba (Senar/PB)

Coremas e Piancó/PB

Coremas: piscicultura (criação de peixe e processamento do pescado). Piancó: apicultura e ovinocaprinocultura (manejo, beneficiamento e cortes especiais)

13/9/2005 a 31/3/2007 125 4

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado do Piauí (Senac/PI)

São Raimundo Nonato/PI

Ecoturismo (turismo de aventura e ecorreciclagem) e artesanato (biojoias, argila, fibra do coroá e madeira)

13/9/2005 a 31/1/2007 123 9

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Rio Grande do Norte (Senar/RN)

Assu/RNOrganização social, custo de produção, comercialização, administração, transformação caseira de frutos, consultoria em produção de derivados de pescado e piscicultura (criação em tanque-rede de tilápias)

13/9/2005 a 31/1/2007 80 4

ECC Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Xingó

Floresta e Salgueiro/PE

Floresta: ovinocaprinocultura (manejo da produção e cortes especiais). Salgueiro: ovinocaprinocultura (manejo da produção e cortes especiais)

13/9/2005 a 31/1/2007 262 5

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Maranhão (Senar/MA)

Loreto e São Francisco do Brejão/MA

Loreto: hortifruticultura, olericultura e cadeia produtiva da mandioca. São Fran-cisco do Brejão: tecnologia de alimentos e derivados do leite/produção de silo

13/9/2005 a 31/1/2007 228 10

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Piauí (Senar/PI)

Francisco Santos e Palmeira/PI

Francisco Santos: ovinocaprinocultura (beneficiamento da carne, curtimento do couro e artesanato) e apicultura. Palmeira: agroindústria (cachaça) e artesanato da palha do buriti

30/9/2005 a 31/1/2007 161 5

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional da Bahia (Senar/BA)

Brumado e Campo Formoso/

BA

Brumado: fruticultura, cotonicultura e ovinocaprinocultura. Campo Formo-so: artesanato com sisal e apicultura

30/9/2005 a 31/1/2007 619 5

ECC Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta/PE) Ibimirim/PE Fruticultura e piscicultura 7/10/2005 a

1/8/2006 98 4

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado da Bahia (Senac/BA)

Juazeiro/BA Turismo (informações turísticas, artesanato, garçom/garçonete de barraca de praia, preparação de drinques e coquetéis, culinária regional)

7/10/2005 a 31/1/2007 61 2

ECC – Evento de Capacitação em Campo EOP – Evento de Organização Produtiva OG – Oficina de Gestão.

NORDESTE

Page 94: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

94

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

EOPServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Sergipe (Senac/SE)

Porto da Folha/SE

Manejo em apicultura, produção de fármacos e cosméticos à base de mel, culinária à base de mel

1/6/2006 a 31/7/2007 215 3

EOP Care Internacional BrasilGuaribas e Queimada Nova/PI

Guaribas: apicultura: mel, cera, própolis e cosméticos; panificação: pães, doces e salgados e olericultura: hortaliças e leguminosas. Queimada Nova: manejo em apicultura; culinária à base de mel; cosméticos à base de mel e avicultura - manejo na criação de galinha caipira

17/7/2006 a 31/8/2007 228 7

EOPAgência para o Desenvolvimento Sustentável e a Inclusão Social (Tear)

Campo Grande do Piauí e

Monsenhor Hipólito/PI

Campo Grande do Piauí: beneficiamento e processamento do caju; bene-ficiamento e processoamento do mel: culinária e cosméticos; artesanato: embalagens e biojoias. Monsenhor Hipólito: processamento do caju; manejo apícola e produção artesanal de velas e processamento do mel; artesanato da palha de carnaúba e babaçu

18/9/2006 a 31/12/2007 318 6

EOPInstituto de Cooperação para o Desenvolvimento Local Sustentável (Icoderus)

Poço das Trincheiras/AL Beneficiamento da carne de caprinos e ovinos 15/9/2006 a

11/8/2007 175 2

EOP

Capacitação, Pesquisa e Assessoria para o Desenvolvimento Local Sustentável (Valer)

Serrita/PE Ovinocaprinocultura e artesanato em couro 13/9/2006 a 31/12/2007 115 2

EOP Cooperativa dos Profissionais em Atividades Gerais (Coopagel) Inajá e Buíque/PE

Inajá: manejo apícola, beneficiamento de produtos apícolas e culinária do mel. Buíque: cajucultura: manejo e substituição de copas, beneficia-mento da castanha e beneficiamento da fruta; caprinocultura: manejo e melhoramento genético

2/10/2006 a 31/10/2007 168 7

EOP Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Xingó

Piranhas/AL e Granito/PE

Piranhas: artesanato em areia; artesanato em cerâmica; artesanato em bordado; artesanato em marcenaria. Granito: manejo em ovinocaprino-cultura; processamento da carne caprina e ovina; beneficiamento da pele; artesanato em couro e apicultura

20/11/2006 a 29/2/2008 361 8

EOP Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) Assaré/CE Manejo em apicultura e turismo 27/9/2007 a

29/2/2008 156 3

EOPServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Pernambuco (Senac/PE)

Petrolina/PE Turismo com foco na gastronomia 19/1/2007 a 15/12/2007 122 1

EOP

Capacitação, Pesquisa e Assessoria para o Desenvolvimento Local Sustentável (Valer)

Serra Talhada/PEObjetos decorativos e utilitários em fibras de bananeira e caruá, em palha de milho, em pedra, em barro; turismo rural sustentável, receptivo e dança de xaxado

9/1/2007 a 5/12/2007 68 3

EOPInstituto de Cooperação para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Icoderus)

Monte Alegre/SE Manejo em apicultura e marcenaria com ênfase em colméia langstroth 9/1/2007 a 5/12/2007 183 3

EOP Instituto de Capacitação e Cidadania do Nordeste (ICN)

Santa Maria da Boa Vista e Cabrobó/PE

Santa Maria da Boa Vista: cadeia produtiva da horticultura irrigada: pimen-tão, tomate, cenoura, abóbora, batata-doce, berinjela, beterraba, inhame, repolho, alface, pepino e couve; cadeia produtiva do artesanato local; cadeia produtiva de ovinocaprinocultura. Cabrobó: rizicultura: arroz branco e arroz integral; hortaliças em geral; criação de caprinos e ovinos

25/1/2007 a 31/3/2008 239 8

ECC – Evento de Capacitação em Campo EOP – Evento de Organização Produtiva OG – Oficina de Gestão.

NORDESTE

Page 95: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

95

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

EOPServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional da Paraíba (Senar/PB)

Aparecida/PB Beneficiamento e processamento do leite; fabricação de queijos, doces e iogurte; aprimoramento técnico da produção

26/1/2007 a 22/12/2007 77 1

EOPServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Ceará (Senar/CE)

Jaguaribe/CE Beneficiamento de leite e artesanato em filé 13/2/2007 a 31/3/2008 125 3

EOPServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Sergipe (Sebrae/SE)

Poço Redondo/SE

Apicultura (produção de mel), processamento de cera alveolada, meliponi-cultura (abelha sem ferrão), produção de mudas e reflorestamento

30/4/2008 a 9/7/2009 130 1

EOP Cooperativa dos Profissionais em Atividades Gerais (Coopagel)

São José de Piranhas/PB Produção de algodão colorido; artesanato de algodão colorido 30/4/2008 a

31/7/2009 100 2

EOP Cooperativa dos Profissionais em Atividades Gerais (Coopagel)

Santana dos Garrotes/PB

Produção e beneficiamento do arroz vermelho e artesanato de seus resíduos

30/4/2008 a 31/7/2009 148 1

EOP Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Xingó Água Branca/AL Produção em singeleza, em barro, em palha e em cipó; tecelagem e

produção de derivados da cana-de-açúcar.30/4/2008 a

1/7/2009 154 5

EOPServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional da Paraíba (Senar/PB)

Várzea/PB e Ouro Branco/RN

Saúde e segurança do trabalho, extração de D104, blasto, cooperativismo, design e gestão empresarial

15/12/2008 a 10/11/2009 85 2

EOP

Capacitação, Pesquisa e Assessoria para o Desenvolvimento Local Sustentável (Valer)

Caicó/RN Bordados, criação de gado e produção de carne de sol 10/12/2008 a 5/11/2009 173 2

EOP Associação Guardiã da APA do Pratigi (Agir) Ituberá/BA Construção de dois germinadores coletivos, construção de viveiro,

produção de plântulas de pupunha28/11/2008 25/8/2009 232 1

OG Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Ides)

Ituberá, Nilo Peçanha e Cairu/BA

Reorganização da gestão do empreendimento; adequação do processo produtivo; produção de vassouras e artesanato de fibras de piaçava; ofici-na de criação e desenvolvimento do design de bijuteria, cestaria e papel

1/12/2008 a 1/6/2009 17 1

OGServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Maranhão (Sebrae/MA)

Imperatriz/MA Realização de oficinas para melhorar os processos de gestão e comerciali-zação; aprimoramento do processo produtivo

21/1/2009 a 30/6/2009 108 1

OG Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Xingó Chorrochó/BA

Implementação da estrutura funcional, formalização do empreendimento, adequação do processo produtivo e sensibilização do grupo de beneficiários para o aproveitamento dos frutos com preservação do meio ambiente

21/1/2009 a 20/7/2009 21 1

ECC – Evento de Capacitação em Campo EOP – Evento de Organização Produtiva OG – Oficina de Gestão.

NORDESTE

Page 96: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

96

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

OG Instituto Agropolos do Ceará

Assaré, Araripe, Campos Sales, Salitre, Jardim e

Barbalha/CE

Atividades relacionadas aos seguintes objetivos: melhoria dos conhecimentos técnicos dos produtores, apoio ao associativismo e ao cooperativismo, articulação da interação da cadeia produtiva da apicultura no Estado do Ceará e fomento à comercialização

8/4/2009 a 5/10/2009 250 5

OG

Capacitação, Pesquisa e Assessoria para o Desenvolvimento Local Sustentável (Valer)

Serrita/PE

Atividades voltadas à reestruturação da associação de artesãos do sertão pernambucano; capacitação e qualificação para o processo de organiza-ção, gestão e produção; revisão do plano de negócio; realização do plane-jamento estratégico do empreendimento e expansão da comercialização

13/1/2009 a 16/7/2009 85 2

CENTRO-OESTE

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de Goiás (Senai/GO)

Cristalina/GO Confecção industrial, bordado, ourivesaria, acessórios e jornalismo comunitário

13/10/2004 a 13/11/2004 77 4

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Goiás (Senac/GO)

Uruaçu/GOEcoturismo (gestão de hotéis e pousadas; recepcionista de meios de hospedagem; garçom/garçonete; cozinheira; excelência em atendimento; artesanato e guia de turismo)

19/9/2005 a 31/1/2007 197 0

ECCServiço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Mato Grosso do Sul (Sebrae/MS)

Ponta Porã/MS Ovinocultura (manejo básico e beneficiamento da lã) 13/9/2005 a 31/1/2007 97 2

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de Goiás (Senai/GO)

São Patrício/GO Fruticultura (manejo do maracujá e beneficiamento-agroindústria) 14/9/2005 a 31/1/2007 60 1

ECCSecretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo do Mato Grosso (Sedtur/MT)

Vila Bela da Santíssima Trindade e Reserva do Cabaçal/MT

Vila Bela da Santíssima Trindade: ecoturismo, artesanato (acessórios e bebidas) e apicultura. Reserva do Cabaçal: entalhe em madeira, artesanato em cerâmica, em sementes (biojoiais), costura em retalhos, processa-mento de doces, recepcionista, gerenciamento e condutor local

24/11/2005 a 30/4/2007 223 10

EOPAgência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação (Ecodata)

Mambaí/GO Processamento de frutos do cerrado e frutos de quintal, viveiro de mudas e artesanato

30/4/2008 a 19/7/2009 65 3

SUDESTE

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado do Rio de Janeiro (Senar/RJ)

Bom Jesus do Itabapoana e São

Francisco do Itabapoana/RJ

Bom Jesus do Itabapoana: beneficiamento do leite,· bovinocultura de leite,· produção de mudas de frutas, flores e para reflorestamento,· fabricação de doces e compotas e jornalismo comunitário. São Francisco do Itabapoana: fruticultura básica, beneficiamento de frutas, beneficiamento do leite e jornalismo comunitário

13/12/2004 a 30/6/2005 247 7

ECC Fundação Rural Mineira (Ruralminas)

Berizal e Jaíba/MG Berizal: mandiocultura e avicultura. Jaíba: fruticultura (limão e derivados) 14/9/2005 a

30/4/2007 174 4

ECCServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Rio de Janeiro (Senar/RJ)

Porciúncula e Varre-Sai/RJ Porciúncula: apicultura, cafeicultura e caprinocultura. Varre-sai: apicultura 14/9/2005 a

31/1/2007 300 6

ECC – Evento de Capacitação em Campo EOP – Evento de Organização Produtiva OG – Oficina de Gestão.

NORDESTE

Page 97: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

97

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

ECC Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) Iporanga/SP Ecoturismo (culinária, monitoria ambiental, guia de atrativos naturais e

culturais, artesanato em taquara e apicultura)13/9/2005 a 31/7/2007 86 4

ECC

Agência de Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Mesorregião dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (Mesovales/MG)

Jequitinhonha e Ponto dos Volantes/MG

Jequitinhonha: fruticultura irrigada (manejo, olericultura e viveiro de mudas) e horticultura orgânica. Ponto dos Volantes: cafeicultura

13/9/2005 a 6/7/2006 160 5

ECCAgência de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Vale do Urucuia

Buritis/MG Cadeia produtiva da mandioca (cultivo, processamento da farinha, proces-samento da ração e doces).

30/9/2005 a 31/1/2007 97 2

EOP Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) Diamantina/MG Lapidação de pedras calibradas, fabricação de joias, fabricação de

bijuterias, moda/estilismo11/4/2006 a

7/3/2007 108 4

EOPServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Rio de Janeiro (Senar/RJ)

São João da Barra/RJ

Boas práticas do beneficiamento do pescado, curso de formação de preços e embalagens

25/9/2006 a 31/1/2008 50 2

OGServiço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Rio de Janeiro - Senar/RJ

São João da Barra/RJ

Atividades com vistas à obtenção da certificação estadual e federal; ela-boração do plano de marketing; fortalecimento da gestão administrativa, financeira e comercialização dos produtos.

9/1/2009 a 13/8/2009 25 1

SUL

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

ECC Fundação dos Municípios das Missões

São Miguel das Missões/RS

Artesanato, confecção de vestuário, tecelagem, estamparia/serigrafia, produção de eventos e jornalismo comunitário.

21/6/2004 a 10/9/2004 107 6

ECC Instituto de Desenvolvimento Regional (Saga)

São Sepé, Dom Feliciano e São José do Norte/

RS

São Sepé: fruticultura; gestão rural; produção de doces, compotas e con-servas e produção de salgados. Dom Feliciano: fruticultura; horticultura; piscicultura; manuseio de tear de grampada e artesanato em lã. São José do Norte: horticultura, beneficiamento de peixe, cebola, frutas e legumes

21/6/2004 a 10/9/2004 178 14

ECCAgência de Desenvolvimento da Mesorregião Vale do Ribeira-Guaraqueçaba

Bocaiúva do Sul/PR Artesanato, piscicultura, olericultura e produção de alimentos 21/6/2004 a

08/11/2004 84 4

ECCAgência de Desenvolvimento da Mesorregião Vale do Ribeira-Guaraqueçaba

Rio Branco do Sul e Guaraqueçaba/

PR e Bocaiúva do Sul/PR

Rio Branco do Sul: avicultura, apicultura, horticultura; tecnologia de alimentos. Guaraqueçaba: artesanato; cultivo da ostra; panificação

13/10/2004 a 10/6/2005 179 8

ECC Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná

Francisco Beltrão/PR

Vitivinicultura (fabricação de vinho e subprodutos da uva: graspa, vinagre) e produção de massas

3/10/2005 a 31/1/2007 140 2

ECCAgência de Desenvolvimento da Mesorregião Vale do Ribeira-Guaraqueçaba

Guaratuba e Morretes/PR

Guaratuba: pescado (processamento e suporte à pesca) e artesanato/confecção. Morretes: olericultura (minhocário e plantio), artesanato (em bambu) confecção e turismo

14/9/2005 a 31/10/2006 91 6

ECC – Evento de Capacitação em Campo EOP – Evento de Organização Produtiva OG – Oficina de Gestão.

SUDESTE

Page 98: Trajetória Produzir

Trajetória do PROJETO PRODUZIR

98

ECC – Evento de Capacitação em Campo EOP – Evento de Organização Produtiva OG – Oficina de Gestão.

Evento Entidade executora Município Capacitações realizadas Período de execução

Pessoas capacitadas

Empreendimentos criados

ECC Fundação Cultural Xingu Paraná Goioerê/PR Tecnologia de alimentos (frutas e grãos) e apicultura 14/9/2005 a 14/7/2006 68 4

ECC Instituto de Desenvolvimento Regional (Saga)

Campos Novos/SC Piscicultura 30/9/2005 a

31/1/2007 89 3

ECC Prefeitura Municipal de Santana do Livramento

Santana do Livramento/RS Fruticultura e leite e seus derivados 30/9/2005 a

31/7/2007 99 2

EOPAgência de Desenvolvimento da Mesorregião Vale do Ribeira-Guaraqueçaba

Campina Grande do Sul e

Cananéia/PR

Campina Grande do Sul: turismo rural, cozinha industrial - beneficiamento de frutas. Cananéia: horta comunitária orgânica, beneficiamento de frutas e verduras, artesanato em fibra de banana, turismo rural

5/7/2006 a 31/8/2007 125 5

EOPAgência de Desenvolvimento da Mesorregião Vale do Ribeira-Guaraqueçaba

Manoel Ribas/PR Oficina de cooperativismo; curso de produção de derivados do leite 14/12/2006 a 10/10/2007 25 1

EOPConselho Regional de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai (Codemau)

Ametista do Sul/RS Lapidação de gema, criação e montagem de bijuterias e artesanato 18/9/2007 a

31/1/2008 63 2

EOPCentro de Educação Popular e Pesquisa em Agroecologia (Ceppa)

Candiota/RS

Manejo e sanidade do rebanho leiteiro; tratamento fitossanitário preventivo em fruticultura; higienização nos resfriadores de leite; poda em frutíferas; agroecologia e produção de sementes; processamento de frutas; produ-ção de mudas de hortaliças em ambiente protegido

18/10/2007 a 31/12/2007 120 3

EOP Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná

Barracão e Bom Jesus do Sul/PR e Dionísio Cerqueira/SC

Produção de leite e derivados (queijo colonial e mozarella); produção de uva e derivados (vinho, suco, geleia, graspa e vinagre)

30/4/2008 a 24/6/2009 200 4

OG Agência Sul-Americana de Desenvolvimento (Adesul) Quaraí/RS

Reorganização institucional da cooperativa; estabelecimento de padrões de organização institucional, produtiva e valoração do trabalho; incorporação formal dos equipamentos produtivos ao patrimônio da cooperativa; definição e organização da estratégia comercial; formação e capacitação -aprimoramento profissional dos cooperados

28/8/2008 a 24/6/2009 22 1

OG Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc) Chapecó/SC Artesanato em palha de milho e trigo, tecelagem e beneficiamento da lã de

ovelha, tricô, crochê e patchwork10/12/2008 a

1/7/2009 58 1

OG Agência Sul-Americana de Desenvolvimento (Adesul) Uruguaiana/RS Adequação do processo produtivo, fomento à comercialização, articulação

interinstitucional9/12/2008 a

1/6/2009 21 1

OGConselho Regional de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai (Codemau)

Ametista do Sul/RS

Estruturação do empreendimento e formação de capital de giro mínimo; criação de uma equipe de vendas e capacitação dos cooperados para comercialização; formação de rede de fornecedores de matéria-prima; criação de peças únicas e exclusivas para diversificar a produção; recu-peração de máquinas e equipamentos do empreendimento; reorganização do layout de produção

9/12/2008 a 15/8/2009 64 1

OG Instituto de Desenvolvimento Regional (Saga) Chapecó/SC

Atividades voltadas para elaboração do planejamento estratégico, defini-ção do manual de orientação e procedimentos, capacitação em gestão e empreendedorismo e elaboração de um posicionamento de marca para fortalecer a associação

21/1/2009 a 20/7/2009 48 1

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