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Vírus da rubéola

Doença

Este vírus causa rubéola (sarampo alemão) e síndrome da rubéola congênita. A síndrome da rubéola congênita caracteriza-se por malformações congênitas.

Propriedades importantes

O vírus da rubéola é membro da família dos togavirus. É composto por um segmento de RNA de fita simples, um nucleocapsídeo icosaédrico e um envelope lipoproteico. Todavia, diferentemente dos paramixovirus, como os vírus do sarampo e da caxumba, o vírus da rubéola apresenta RNA de fita positiva e, portanto, não exibe polimerase do virion.

Suas espículas de superfície contem hemaglutinina. O vírus apresenta um único tipo antigênico. Anticorpos contra a hemaglutinina neutralizam a infectividade. Os humanos são os hospedeiros naturais.

Ciclo replicativo

Uma vez que o conhecimento sobre a replicação do vírus da rubéola é incompleto, o ciclo a seguir baseia-se na replicação de outros togavirus. Após a penetração na célula e o desencapsidamento, o genoma de RNA de fita mais é traduzido em diversas proteínas estruturais e não estruturais.

Observe a diferença entre togavirus e poliovirus, que também apresentam genoma de RNA com fita a mais, contudo traduzem seu RNA em uma única poliproteinas grande, posteriormente clivada. Uma das proteínas não estruturais do da rubéola é uma RNA polimerase RNA-dependente, que replica o genoma inicialmente sintetizando um molde de fita menos e, a partir desse, as fitas mais da progênie. Tanto a replicação quanto a montagem ocorrem no citoplasma, e o envelope é adquirido a partir da membrana externa à medida que o vírion deixa a célula.

Transmissão e epidemiologia

O vírus é transmitido por meio de gotículas respiratórias, bem como da mãe para o feto através da placenta. A doença ocorre em nível mundial. Em regiões onde a vacina não é utilizada, ocorrem epidemias a cada 6-9 anos.

Em 2005, o Centers For Disease control and prevention(CDC) declarou a rubéola eliminada dos Estados Unidos. Os poucos casos que ocorreram nos Estados Unidos foram adquiridos externamente e importados ao país. A eliminação foi possível pelo amplo uso da vacina. Como resultado, o citimegalovírus é uma causa mais comum de malformações congênitas nos Estados Unidos do que o vírus da rubéola.

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Achados clínico

A. Rubéola

A rubéola é uma doença mais branda e curta que o sarampo. Após um período de incubação de 14-21 dias, um breve período prodrômico, com febre e mal-estar geral, é seguido por uma erupção maculopapular, que se inicia na face e progride de forma descendente, as extremidades. A linfadenopatia auricular posterior é características da doença. A erupção perdura tipicamente 3 dias. Quando a rubéola ocorre em adultos, especialmente mulheres, a poliartrite causada por complexos imunes ocorre com freqüência.

B. Síndrome da rubéola congênita

A importância do vírus da rubéola não esta no fato dele causar uma doença branda da infância, mas por ser um agente teratogênico. Quando uma gestante não imune é infectada durante o primeiro trimestre de gestação especialmente no primeiro mês, importantes malformações congênitas podem ocorrer como resultado da viremia materna e da infecção fetal. A maior taxa de anomalias durante as primeiras semanas de gravidez é atribuída ao desenvolvimento de órgãos muito sensíveis que ocorre nesse período. As malformações são generalizadas e envolvem principalmente o coração.

Além disso, algumas crianças infectadas no útero podem continuar a excretar vírus da rubéola durante meses após o nascimento, o que representa uma importante ameaça a saúde publica, já que o vírus pode ser transmitidos a gestante. Alguns eliminadores congênitos são assintomáticos e não apresentam malformações e, portanto, somente podem ser diagnosticados com base no isolamento do vírus. Bebês infectados congenitamente também apresentam títulos de IgM significativos e títulos de IgG persistentes por longo período após o desaparecimento dos anticorpos maternos.

Diagnóstico laboratorial

O vírus da rubéola pode ser em culturas celulares, entretanto produz pequeno efeito citopático(ECP). É, portanto, geralmente identificado por sua capacidade de interferir com o ECP de enchovírus. Quando o vírus da rubéola encontra-se presente no espécime do paciente e cresceu na cultura celular, não haverá ECP quando a cultura for super infectada com um enchovírus. O diagnóstico também pode ser realizado pela observação de um aumento em quatro vezes ou mais no titulo de anticorpos entre os soros da fase aguda e da fase de convalescença no teste de inibição da hemaglutinação ou de ELISA, bem como pela observação da presença de anticorpos IgM em uma única amostra de soro da fase aguda.

Em uma gestante exposta ao vírus da rubéola, a presença de anticorpos IgM indica infecção recente, enquanto um titulo de 1:8 ou superior de anticorpos IgG indica imunidade e conseqüente proteção de feto. Se houve infecção recente, uma amniocentese pode relevar a presença de vírus da rubéola no liquido amniótico, indicando infecção fetal evidente.

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Tratamento

Não existe terapia antiviral

Prevenção

A prevenção envolve a imunização com a vacina viva atenuada. A vacina é efetiva e de longa duração (pelo menos 10 anos) e causa poucos efeitos colaterais, exceto pela ocorrência de artragias transientes em algumas mulheres. É administrada por via subcutânea a criança aos 15 meses de idade (geralmente em combinação com a vacina contra sarampo e caxumba) bem como mulheres adultas jovens que não estejam grávidas que fará uso de contraceptivos nos três meses seguintes. Não há evidências de que vírus da vacina causem malformações. Pelo fato de ser uma vacina viva, não deve ser administrada a pacientes imunocomprometidos ou a mulheres grávidas.

A vacina foi responsável por uma redução significativa na incidência de rubéola e da síndrome da rubéola congênita. Ela induz a formação de IgAs respiratórias, interrompendo, assim, a disseminação de vírus virulentos por portadores nasais.

Imunoglobulinas (iG) séricas podem ser administradas em mulheres grávidas no primeiro trimestre em que foram expostas a um caso de rubéola. Os principais problemas relacionados à administração de IG é que existem circunstâncias em que se esse método não impede a infecção fetal, bem como pode confundir a interpretação de testes sorológicos.

A fim de proteger mulheres grávidas contra exposição ao vírus da rubéola, vários hospitais requerem que seus profissionais comprovem sua imunidade por testes sorológicos, ou apresentem o certificado de imunização.

Bibliografia;

LEVINSON, Warren. Microbiologia Médica e Imunologia; 10ª Ed. Porto Alegre; Artmed, 2010. p. 282, 283.