Trabalho seminário
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1
Universidade de Lisboa
Instituto de Educação
Licenciatura em Educação e Formação
1º Ano - 1º Semestre
2014/2015
Seminário I – Atores e Contextos de Educação e Formação
Da Investigação à Educação, o que nos reserva o
nosso curso
Docente: Profº. Hélder Bernardes
Discentes: Lisandra Araújo
Maria Núncio
Maria Sousa
12-01-2015
2
ÍNDICE
Resumo Pág.3
Introdução Pág.4
Enquadramento metodológico Pág.6
Apresentação e interpretação de dados Pág.8
Conclusão Pág.12
Referências Bibliográficas Pág.14
Anexos Pág.15
3
RESUMO
Este trabalho tem como objectivo o envolvimento da teoria com a prática - através de
uma entrevista, de carácter semi-directico, com um docente licenciado em Ciências da
Educação. No âmbito das disciplinas de Introdução à Investigação Educacional e de
Seminário I - Atores e contextos em Educação e Formação, foram integrados processos
da actividade investigacional, tendo a entrevista sido o meio de recolha de dados mais
adequado para a análise dos factos que se pretendiam estudar. Esta fase do processo foi
muito bem sucedida como explicitamos no conteúdo deste mesmo trabalho.
Essencialmente, a experiência elucidou-nos relativamente às potencialidades do nosso
curso, recentemente reestruturado e denominado Educação e Formação.
Conseguimos aperceber-nos, de uma forma mais objectiva, da versatilidade que o curso
nos permite.
As ciências da educação abrangem uma serie de ciências que futuramente permitirão a
abertura do nosso campo de acção.
De um modo geral, o presente trabalho contribuiu para aumentar as nossas expectativas
relativamente aos caminhos que a licenciatura em Educação e Formação nos permite
seguir, ilustrando a sua abrangência e como se mantém essencial no mercado de trabalho.
ABSTRACT
This work aims the involvement of theory and practice - through an interview, with a
Educational Sciences profissional. As part of the courses of Introdução à Investigação
Educacional and Seminario I - Actores e Contexto em Educação e da Formação, the
investigational activity processes have been integrated, and the interview was the most
appropriate method of data collection for the analysis of the facts that were intended to
study . This stage of the process was very successful as we make explicit in the content
of this work.
Essentially, the experience elucidated to the potential of our graduation, recently
restructured and named Educação e Formação.
We were able to perceive us, more objectively, the versatility that allows us to work in
Educacional Sciences.
The educational sciences include a series of sciences that the future will allow the opening
of our profissional field.
4
In general, this study helped to raise our expectations for the paths that degree in
Educação e Formação allows us to follow, illustrating its scope and how remains essential
in the labor market.
5
INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular de Seminário I – Atores
e contextos em Educação e Formação, a pedido do professor Hélder Bernardes.
Em primeiro lugar a escolha do título deste trabalho prede-se com o facto de nos ter
proporcionado um reconhecimento acerca do que nos pode reservar o futuro. Futuro este
que pode passar pelas áreas de investigação, educação, formação, tutoria, auditoria e entre
outras possibilidades.
O conteúdo do mesmo inclui um enquadramento que comtempla a descrição da
metodologia utilizada pelo grupo. Além disso conta com a explicação de todo o processo
através do qual foi possível retirar algumas conclusões, muito úteis na posição de futuras
profissionais da Educação.
Os seus objectivos foram definidos no contexto da unidade curricular supra referida e
também no âmbito da disciplina de Introdução à Investigação Educacional. Por um lado,
permitiu um primeiro contacto com a investigação em educação tendo possibilitado uma
primeira abordagem aos métodos e técnicas desse mesmo trabalho. Por outro lado, através
desta experiência foi-nos possível uma outra que consideramos fundamental: a do
contacto com a realidade do mundo laboral, através de profissionais da área da Educação
– numa entrevista semi-directiva.
No seu conjunto, as referidas disciplinas permitiram, ao longo do semestre, a construção
de uma base de conhecimentos essenciais à componente prática, mais tarde desenvolvida.
Desde os conhecimentos teóricos que nos foram transmitidos, até à preparação de todo o
processo de entrevista e sua análise, o presente trabalho passou por diversas fases
essenciais à desmistificação de alguns conceitos e ideias.
Posto isto, para a realização deste trabalho o grupo esteve bastante motivado.
Consideramos, sem dúvida, uma mais-valia no programa da licenciatura em Educação e
Formação, trabalhos que permitam uma multifuncionalidade e abrangência. Desta forma,
foi-nos possível relacionar os temas de ambas as disciplinas adoptando uma atitude
científica.
6
ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO
Após um enquadramento teórico proporcionado pela unidade curricular de Introdução à
Investigação Educacional, o grupo ficou a conhecer todo um conjunto de processos no
que toca à actividade investigacional. Além disso, os respectivos métodos e técnicas
usadas para estudar determinados acontecimentos constituíram uma importante
componente de base para que pudéssemos de facto passar à prática, neste caso através de
uma entrevista de tipo semi-directiva.
Tendo em vista também o contacto com profissionais da área das Ciências da Educação,
a realização de uma entrevista foi o processo escolhido para um contacto mais próximo
com um dos processos da investigação.
Para que se procedesse ao contacto com o entrevistado, bem como à marcação da
entrevista, foram tidos em conta vários critérios de escolha. Estes critérios recaíam sobre
os seguintes aspectos:
1. O entrevistado teria que ter uma licenciatura em Ciências da Educação pré-
Bolonha (de 5 anos), ou uma licenciatura pós-Bolonha (3 anos) e um mestrado.
2. Teria também que ter pelo menos cinco anos de experiência no mercado de
trabalho na área da educação e/ou da formação.
Posto isto, procedemos ao contacto com vários nomes sugeridos pelo prof. Hélder
Bernardes, e pelos tutores prof. Fernando Albuquerque Costa e prof. Tomás Patrocínio.
Após vários contactos sem sucesso, procedemos então à marcação da entrevista.
Já no local onde a mesma decorreu, preparámos a sua futura análise gravando em formato
áudio as perguntas e respostas (após autorização da entrevistada).
De seguida, um elemento do grupo procedeu ao início da entrevista tendo esta decorrido
sem percalços e respeitando o guião previamente estabelecido e fornecido ao grupo.
Após a recolha de dados deste testemunho, seguiu-se a transcrição de todo o processo de
um ficheiro áudio para um documento escrito em formato digital. Desta forma, o grupo
teve acesso às informações recolhidas de forma a prosseguir para a análise das mesmas.
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Seguidamente a este processo, foi feita uma reflexão que se debruçou não só nos
resultados práticos da entrevista, mas também em todo o processo de aprendizagem ao
longo do semestre acerca da actividade de investigar.
Desta forma, e segundo a bibliografia recomendada pelos professores, pudemos ter uma
noção mais real daquilo que implica investigar. Nas palavras de Bogdan
Após um breve ensaio de uma entrevista, realizado em aula, todos os grupos da turma
puderam aperceber-se dos erros mais comuns, tentado corrigi-los no momento do
contacto com o profissional escolhido.
Assim, o grupo teve em conta uma série de requisitos na preparação do trabalho.
Previamente foi-nos fornecido pelos professores um guião no qual nos deveríamos basear,
orientando a entrevista segundo blocos temáticos.
Além disso, antes de iniciar a entrevista deveríamos garantir ao entrevistado o anonimato
das respostas, bem como pedir a sua autorização para a gravação em ficheiro áudio de
todo o processo. Explicitar os objectivos e finalidades da recolha de dados e agradecer a
colaboração foram também questões abordadas pelas alunas.
Assim sendo, seria iniciada a entrevista tendo em vista cuidados como o de não fazer
perguntas às quais o entrevistado já tivesse respondido anteriormente.
Desta forma, estiveram garantidas as condições para o processamento e tratamento da
informação. Após a transcrição da entrevista para um ficheiro escrito, prosseguiu-se à
organização da mesma por temas, tornando facilitada a sua análise e de seguida a
organização de uma síntese.
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APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Nas palavras de Bogdan “A entrevista é um dos mais poderosos meios para se chegar ao
entendimento dos seres humanos e para a obtenção de informações nos mais diversos
campos.” (BOGDAN & BIKLEN, 1991 citado por Amado, J. & Ferreira S., p. 207)
Foi através de uma entrevista de carácter semi-directivo que o nosso grupo tomou
contacto com uma profissional da educação. Deste modo, o guião a que tivemos acesso
constituiu um plano prévio da orientação do trabalho. No entanto, e como é característico
desde método de recolha de dados foi dada “(…) uma grande liberdade de resposta ao
entrevistador.” (BOGDAN & BIKLEN, 1991 citado por Amado, J. & Ferreira S., p. 208).
Tendo em conta a análise a que procedemos, podemos então caracterizar os profissionais
de educação como sendo sobretudo muito versáteis, flexíveis e dotados de grande
multifuncionalidade. São estas características, imprescindíveis em muitas outras
profissões, mas essencialmente em projectos relacionados com educação e formação, que
tornam os profissionais de Educação necessários em múltiplas empresas.
Prova desta multifuncionalidade foi o relato da entrevistada a que o nosso grupo teve
acesso. Tendo por base um guião previamente elaborado e fornecido pelos professores, a
entrevista decorreu durante sensivelmente trinta minutos, numa das salas disponíveis do
edifício da empresa Nova Sabe, no Parque das Nações.
Numa primeira abordagem, a pedido da entrevistada, foi mostrado o guião a fim de
conseguirmos respostas mais objectivas da sua parte e uma análise consequentemente
facilitada. Após uma breve leitura do mesmo deu-se início à gravação da entrevista
(depois de devidamente autorizada).
Dividido por blocos temáticos, o guião da entrevista é o documento na qual “(…) constam
a formulação do problema, os objectivos que se pretendem alcançar, as questões
fundamentais (orientadoras) numa ordem lógica ou prática, e as perguntas de recurso a
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utilizar apenas quando o entrevistado não avançar no desenvolvimento do tema proposto
(…)” (BOGDAN & BIKLEN, 1991 citado por Amado, J. & Ferreira S., p. 214).
Em primeiro lugar foi então fundamental o bloco de apresentação no sentido em que
explicitou e deixou claros os objectivos da entrevista e “ (…) evita interpretações
enviesantes das perguntas.” (FODDY, 2002:23 citado por BOGDAN & BIKLEN, 1991
citado por Amado, J. & Ferreira S., p. 215).
Assim, o guião para este trabalho continha uma primeira abordagem acerca do momento
de frequência escolar e universitária, no Instituto de Educação; um segundo momento que
visava a integração no mercado de trabalho; um terceiro acerca da formação ao longo da
vida e, por fim, questões debruçadas sobre a visibilidade dos profissionais da educação.
Posto isto, a entrevistada caracterizou primeiramente o seu percurso escolar como bem-
sucedido, sem grandes percalços, tendo optado pela área de Línguas e Humanidades para
concluir o ensino secundário. Após essa fase, quando deparada com a escolha do curso
em que iria ingressar, tinha como principal interesse a investigação, sendo as Ciências da
Comunicação a sua principal ambição profissional. Licenciando-se nessa área conseguiria
conciliar o Jornalismo com a Investigação, opção que lhe agradava. Assim, ao candidatar-
se ao ensino superior hierarquizou da seguinte forma as opções de ingresso: a primeira
opção foi Jornalismo, a segunda Publicidade e Marketing e, em terceiro lugar, optou por
Ciências da Educação, no Instituto de Educação.
Acabou então por ingressar na terceira opção, não tendo tido média suficiente para
integrar os restantes cursos. No entanto, rapidamente se apercebeu de que aquilo que tinha
sido a sua terceira opção lhe abriria muitas portas ao que realmente ambicionava fazer
profissionalmente: investigar.
Por este motivo, a entrevistada manteve em todo o percurso académico as expectativas
altas relativamente aos caminhos a que o curso a levaria, tendo-se mantido desta forma
positiva até à finalização do mestrado.
Ainda relativamente à frequência académica, foi perceptível o agrado da entrevistada
relativamente à preparação que lhe foi proporcionada pela licenciatura. No fundo, destaca
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as bases que apreendeu durante os cinco anos como fundamentais para uma posterior
entrada no mercado de trabalho.
Como pontos fortes do programa da licenciatura destaca sobretudo a componente prática,
que permitiu uma noção da realidade importante para a realização de futuros trabalhos. O
estágio profissional que realizou constituiu uma aprendizagem que considera a mais
significativa pois permitiu que não sentisse um grande choque ao entrar no mundo
profissional vindo de uma licenciatura essencialmente teórica. Foi numa empresa de
consultoria que a entrevistada estagiou, tendo por lá permanecido durante um ano e meio,
no qual fez questão de aprender todos os processos com os quais iria tomar contacto
futuramente.
Destaca como pontos menos favoráveis as unidades curriculares que apesar de fazerem
parte do programa da licenciatura, não são exactamente aplicadas na prática profissional
acabando por acrescentar apenas um conhecimento teórico, que, a seu ver, não colabora
na preparação para o meio laboral.
Além deste aspecto, refere ter sentido algumas lacunas no que diz respeito à proximidade
com as tecnologias. Apesar de, antes da reformulação do curso de Ciências da Educação,
fazerem parte do seu programa algumas disciplinas sobre tecnologias, a entrevistada
considera que foi dada pouca atenção a esse aspecto. Neste âmbito, sentiu alguma falta
de preparação aquando da entrada para a empresa Nova Sabe, quando lhe foram pedidos
alguns trabalhos que implicavam o uso de programas que desconhecia. Além disso, teve
conhecimento dos trabalhos internacionais feitos na área da educação, deparando-se com
um significativo atraso relativamente ao que é feito em Portugal. Ao aperceber-se deste
factor desvantajoso, foi necessário uma maior preparação do que noutras tarefas com as
quais estava familiarizada.
No que toca à pós-graduação e à escolha da área de especialização, a entrevistada refere
que foi um importante passo no seu percurso tendo em conta que teve uma melhor
percepção daquilo que realmente objectivava fazer enquanto profissional da educação.
Passando à integração no mercado de trabalho, a entrevistada relata que o seu percurso
foi bem-sucedido tendo passado por empresas como a CNS, o centro de novas
oportunidades da Universidade Autónoma e actualmente, a Nova Base. Neste âmbito
11
exerceu funções relativas a recursos didácticos e a ensino à distância, nomeadamente o
E-Learning e coordenação de curos à distância.
Além disso apoiou programas de tutoria e o recrutamento de professores para uma
Universidade Angolana. Atualmente dedica-se à formação de empresas de áreas variadas,
desde a banca à administração pública.
Esta variedade de funções permitiu um amplo conhecimento sobre múltiplos processos
aos quais a profissional contactada teve que se adaptar. De facto, não existiram, neste
caso, barreiras à integração no mercado de trabalho. Pelo contrário, por todos os meios
profissionais por onde passou, foi recepcionada de forma entusiasta sendo sempre
reconhecido o valor da faculdade que frequentou bem como a necessidade de
profissionais de Educação nas mais diversas funções.
Posto isto, em suma podemos concluir que a entrevistada é um caso de sucesso dos
profissionais de educação pois além do percurso académico bem-sucedido, o âmbito
profissional é agora uma área na qual se sente plenamente realizada.
Relativamente à formação ao longo da vida, foi-nos dito que a variedade de clientes da
Nova Sabe, actual empregadora de vários profissionais formados no Instituto de
Educação, exige uma constante adaptação e aprendizagem de novos temas. Esta
componente do trabalho desenvolvido na referida empresa reflecte-se numa necessidade
de actualização por parte dos empregados, constantemente desafiados a cada projecto que
surge.
No âmbito social, foi discutido o reconhecimento dos profissionais de Ciências da
Educação por parte da sociedade e dos empregadores. Assim, constatou-se que e
necessária uma desmistificação das verdadeiras potencialidades da licenciatura. Neste
âmbito, os professores da mesma tem um papel fundamental no sentido em que preparam
desde cedo os alunos a responder às questões.
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CONCLUSÃO
Concluindo todo este trabalho, o grupo reflectiu sobre as várias experiências por que
passou fazendo um balanço muito positivo. Podemos então afirmar que se tratou de
processo altamente complexo e demorado em todas as suas vertentes. Reconhecemos o
apoio que nos foi dado como essencial uma vez que alguns dos elementos base da
realização do trabalho nos foram, à partida, fornecidos.
Apesar disso, este trabalho exigiu do grupo uma enorme disponibilidade. Por não
incorporar apenas a teoria, mas também a prática, exigiu encontros sistemáticos em que
foram discutidas as etapas do processo e diferentes pontos de vista; bem como a
deslocação ao local onde decorreu a entrevista.
No entanto, frisamos a sua importância, num primeiro semestre da licenciatura, por nos
ter proporcionado tamanha diversidade de experiências essenciais ao futuro.
O elemento essencial para a realização deste trabalho foi, sem dúvida, a recolha de dados
através de uma entrevista semi-directiva. Apesar das dificuldades para conciliar as
disponibilidades do grupo e dos entrevistados, o processo foi bem-sucedido.
Após a realização da entrevista, podemos concluir que o factor mais marcante foi sem
dúvida a motivação que foi transmitida ao grupo. Esta motivação prendeu-se com o
percurso bem-sucedido da entrevistada que frisou a crucial preparação que lhe foi
proporcionada pela licenciatura em Ciências de Educação no Instituto de Educação.
Além disso, e analisando o seu percurso profissional, com todas as funções que
desempenhou, constatamos que a multifuncionalidade está presente na vida profissional
dos licenciados em Ciências da educação.
Tendo referido vários exemplos de colegas de curso, a entrevistada frisou mais uma vez
a importância da licenciatura no seu ingresso no mundo laboral. Isto porque, ao integrar
as equipas de algumas empresas apercebeu-se de que a componente prática exercitada ao
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longo dos 5 anos de licenciatura seriam imprescindíveis para o cumprimento das funções
que lhe competiam.
Destacou também, como já foi referido, o facto de ser necessária uma constante
capacidade de adaptação nos cargos que até agora desempenhou, tornando-se necessária
a formação ao longo da vida como meio de actualização.
Apesar deste ponto do trabalho representar apenas um caso de uma profissional de
educação, simbolizou um importante contributo no sentido da clarificação de algumas
ideias que, para nós, enquanto alunas de uma licenciatura recentemente reformulada,
foram essenciais. Em conversa com a entrevistada foi-nos possível compreender que não
só o seu caso foi de sucesso como também outras colegas licenciadas na mesma época
têm sido bem recebidas no mundo do trabalho o que transmitiu uma grande confiança ao
grupo.
Além disso, saímos da entrevista com a motivação reforçada devido ao entusiasmo com
que fomos recebidas e com que se debateu o valor do curso, por vezes desvalorizado. No
fundo, há funções que dizem respeito aos profissionais da educação e são exactamente
quem continua a ser procurado para determinados cargos, devido à sua reconhecida
preparação. Em contraste com outras instituições, o Instituo de Educação destaca-se em
contexto laboral visto que os seus alunos são para as empresas e instituições garantia de
profissionalismo.
Seguindo-se a análise da entrevista, o grupo teve um acesso facilitado às informações e
tal como foi referido, o entusiasmo que nos foi transmitido facilitou esta fase do processo,
uma vez que nos foi útil rever toda a informação e reter os conselhos que consideramos
mais importantes. Em suma, a realização deste trabalho, tendo exigido uma grande
dedicação e disciplina, contribuiu em grande medida para o nosso crescimento enquanto
alunas.
14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, N. (2000). Trajetórias Académicas e de Inserção Profissional dos Licenciados.
1994-1998. Lisboa: Reitoria da Universidade de Lisboa.
ALVES, N. (2005). Trajetórias Académicas e de Inserção Profissional dos Licenciados.
1999-2003. Lisboa: Reitoria da Universidade de Lisboa.
BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma
Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.
15
ANEXOS
16
Anexo1:
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19
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21
Anexo 2:
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23
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Anexo 3:
Transcrição da Entrevista
Entrevistador: Gostaríamos de lhe pedir autorização para a entrevista ser gravada.
Entrevistado: Claro. Podem estar à vontade.
Entrevistador: Desde já queríamos-lhe agradecer por nos ter recebido, como lhe
tínhamos dito, esta entrevista ira ser realizada no âmbito da disciplina de Seminário I e
de Investigação, onde a parte tórica é referente à disciplina de Investigação e a parte da
entrevista à disciplina de Seminário I. Como sabe, garantimos o anonimato das respostas
iram ser apenas para efeitos da realização deste trabalho. Então, podemos assim dar inicio
à nossa entrevista … Que razões a levaram a entrar na licenciatura em Ciências da
Educação?
Entrevistado: Ok … Eu não tinha a licenciatura de Ciências da Educação como primeira
opção, como é o caso de muitos dos vossos colegas ou até do vosso, era a minha terceira
opção fiquei a saber do curso na altura das candidaturas à faculdade e vi que o curso tinha
a parte de investigação e da educação e como me atraia muito essa área, pois a minha
primeira opção era jornalismo e como queria investigar alguma coisa acabei então por
optar em terceiro lugar por esta e acabei por entrar em ciências da educação. No início,
do primeiro ano foi muito bem defendido o curso e fiquei muito motivada para o fazer.
Portanto continuei …
Entrevistador: E como foi o seu percurso escolar até à entrada na licenciatura em
Ciências da Educação? Ou seja no secundário …
Entrevistado: Eu sempre tive um percurso no secundário super normal, optei na altura
pelo quarto agrupamento, ou seja área de humanidades, que me dava mais abertura para
entrar em vários caminhos, pois na altura andava um bocado perdida entre o jornalismo
e outra área, e tudo o que tivesse a ver com a educação também me motivava mas gostava
mais da outra vertente … Foi um percurso normal sem grandes sobressaltos, sempre fiz
as disciplinas em todos os anos sem interrupções.
Entrevistador: Quais as expectativas que construiu no inico do curso?
Entrevistado: Como vos disse ainda há pouco, as espectativas foram logo muito
positivas porque acho que o curso é muito bem defendido logo assim na entrada, pois ao
início achamo-nos um bocado perdidos porque o curso não é muito conhecido. E no início
os professores mostram-nos exemplo de pessoas que já tiraram o curso, e o mundo do
mercado de trabalho porque ao início não sabemos muito bem o que o curso nos dá, e vão
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nos ensinar e nos ligar a este curso. Portanto, eu fiquei logo de início agarrada e
motivada…
Entrevistador: Como evoluíram essas expectativas? Sempre de forma positiva?
Entrevistado: Sim, sempre em forma bastante positiva…
Entrevistador: E atualmente como se sente enquanto profissional?
Entrevistado: A formação que tive… foi em formação de base, ou seja, foi que eu já no
estágio curricular não fiz, não apliquei aquilo que aprendi, ou seja, taxativamente eu não
levei ferramentas e apliquei. Mas tudo aquilo que o curos nos dá, experiencias de falar
com outras pessoas que me preparou para aquilo que eu tinha há minha espera no estágio
curricular e no mercado de trabalho. Portanto, prepara-nos muito bem mas não quer dizer
que vamos aplicar tudo o que aprendermos.
Entrevistador: Quais os pontos fortes? E os fracos?
Entrevistado: Os pontos fortes é a parte muito prática, na licenciatura dos 5 anos, a
componente prática era ainda maior e depois tínhamos muitos trabalhos onde tínhamos
varias cadeiras conjuntas e tínhamos esses trabalhos de investigação, analise e etc. e tal…
E são esses os trabalhos que mais nos dão ferramentas e a atitude que depois não vão
fazer a referência no mercado de trabalho, e acho que é muito isso que distingue o nosso
curso dos outros por ter uma componente pratica muito importante. Não tenho a certeza,
mas penso que ainda hoje é um bocado assim… Em relação aos pontos fracos, existem
algumas disciplinas, na altura tive história da educação e apesar de serem interessantes
acaba se por não saber muito bem para a parte da investigação, acaba se por não saber
muito bem onde vamos aplicar esses conhecimentos. Eu não tenho muitos pontos fracos
para dar ao curos, mas talvez alguns componentes mais teóricos não existem grande forma
de os aplicar.
Entrevistador: Que aspetos não fora contemplados no curso e que pensa que deveriam
ser?
Entrevistado: A parte tecnológica, eu tive na altura quatro cadeiras de tecnologias
educativas e estavam muito atras, eu aprendi a lidar com o MSN, fiz Blogues, trabalhei
com FrontPage, eram coisas interessantes na altura mas podíamos estar mais a frente.
Quando vim para o mercado de trabalho e me pediram para trabalhar no StoryBoard e no
E-Learning, eu não sabia o que isso era, então acho que na parte da investigação na parte
de tecnologias educativas devia-se de investigar mais para a frente para as pessoas não
estarem a pensar só no que se passa no momento. Não é questão de estarmos alinhados
no agora, eu acho que devíamos estar a pensar sempre no que há mais para a frente. No
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caso do Elarning, o nosso curso é um curso que se encaixa lindamente, não há quase
informação sobre isso mas o que é facto é que nós conseguimos adaptar-nos a isso.
Existe muita informação, mas o que existe de informação é quase tudo brasileiro.
Entrevistador: Que importância teve para si a escolha da área de
especialização/mestrado?
Entrevistado: Portanto, no terceiro ano, quando escolhíamos a área de especialização,
foi importante porque consegui entrar naquilo que mais gostava. Na altura balancei um
bocadinho entre administração e educação de adultos, porque também gostava do tema
de administração educacional era interessante, mas foi bom para mim ter escolhido a
formação de adultos porque comecei a ter disciplinas que eram mais focadas para aquilo
que eu queria realmente explorar em vez de estar a receber toda a informação, já estava
focada naquilo que eu pretendia no futuro.
Entrevistador: Qual o contributo do estágio no panorama geral da sua formação?
Entrevistado: Fiz estágio claro, e é super importante porque são os momentos mais
fundamentais no nosso curso. Quando fiz o estágio foi como se tivesse entrado para o
mercado de trabalho, porque estava mesmo a tempo inteiro, fiz o estágio numa consultora
que já não existe que era a CNS, onde estagiei já na área do E-Learning. Foi numa altura
em que o E-Learning ainda era um recurso didático, mas em formato de CD mas já era
numa perfectiva de se falar sobre o Elarging etc. Esse estágio foi muito importante para
mim porque comecei a pisar o mercado de trabalho, que depois viria a ser o meu local de
trabalho, e via uma realidade de forma completamente diferente e é um dos momentos
mais importantes e é importante fazer esse acompanhamento para receber algum feedback
por parte de quem nos orienta.
Entrevistador: Pode falar-nos um pouco do seu percurso profissional?
Entrevistado: Ok… Eu tive um percurso profissional muito feliz graças a Deus, portanto,
eu fiz o estágio curricular nessa consultora e depois fui logo convidada para fazer o
estágio profissional e nem sequer estive uma semana sem estar desempregada, dizemos
assim. Continuei nessa consultora, onde eu fazia um pouco de ID, ou seja na área do E-
Learning, e também fiz consultoria e mais tarde tutoria online com o Moodle. Depois, sai
desse ramo, porque senti falta de estar em contacto com os adultos presencialmente, e na
altura tínhamos só centros de novas oportunidades e como era uma área que me
interessava e trabalhei la durante um ano e meio, da Universidade Autónoma, ate aprender
tudo aquilo que achava que devia de aprender sobre os processos de formação de adultos.
Depois voltei a sentir falta do E-Learning, que é o que eu realmente gosto de fazer, e na
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área onde estou também consigo contactar na mesma com pessoas dando à mesma
formação, e existem momentos em que damos formação à distancia e temos que interagir
com os candidatos e agora que estou aqui na Nova Base sinto que consigo fazer tudo
aquilo que eu gosto de fazer, mas sinto que estas mudanças de postos de trabalho foram
bastante importantes.
Entrevistador: Ao terminar o curso, quais as dificuldades que encontrou na inserção no
mundo do trabalho?
Entrevistado: Nunca estive desempregada, se é isso que querem saber, todos os locais
de trabalho onde tive foi sempre por opção que mudei.
Entrevistador: Qual o papel da faculdade/instituto na sua inserção profissional?
Entrevistado: Acho que é fundamental porque o curso preparamos para tanta coisa.
Saímos de la com muitas ferramentas, e faz nos ter uma forma de ser que nos distingue
das outras universidades, senti isso quando entrei na CNS porque não conheciam o nosso
curso e nunca tinham tido contacto com o curso. Pois não conhecem e muitas vezes nem
sabem para o que é que servem, nos vamos ser desde sempre preparadas para responder
a essa pergunta e ainda bem, e depois vamos dar provas disso no local de trabalho e foi
isso que senti. Desde sempre, eu e outra minha colega que também estava a trabalhar la
na CNS, recebemos sempre um óptimo feedback e quando saímos de lá e avisamos que
queríamos agarrar outros desafios, estivemos a ajuda-los no recrutamento de pessoas
porque a coordenadora queria exatamente uma pessoa com o nosso perfil, e sei que
enquanto durou eles procuram sempre uma pessoa com o nosso perfil. A sensação que
tenho é que nós marcamos sempre pela diferença, porque vimos realmente muito bem
preparadas e depois deixamos na instituição vontade de irem buscar uma pessoa com
aquele perfil e ai, só para fazer um aparte, já tive contacto com pessoas foram preparadas
para o nosso curos noutras instituições e não tem o mesmo tipo de preparação, considero
que nos saímos muito mais bem preparados. Dos meus colegas, que tiraram o curso
comigo, não conheço nenhum que esteja desempregado. Foi sempre muito fácil arranjar,
e cada vez há mais procura. Ainda, por cima, é um curso que dá para trabalhar la fora,
tanto na área do E-Learning como na área que quiserem, a Educação é sempre precisa em
qualquer lado seja qual for a área, pois a formação é fundamental em qualquer empresa e
vai haver sempre espaço. Na minha altura, notava imenso que não percebia muito bem
onde me poida enquadrar, mas as tantas percebi que cada desafio que agarramos
conseguimos faze-los sem qualquer tipo de problema, o que vejo é que há outras pessoas
licenciadas que estão habituadas a fazer um tipo de tarefa e quando só chamadas para
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fazer outra coisas não estão tao bem preparadas e é preciso que sejamos muito
multidisciplinares e nos quando saímos de um determinado trilho nunca nos sentimos
perdidas. Nós de uma forma ou de outra somos investigadores, vamos a procura de
arranjar uma solução e isso é fundamental.
Entrevistador: Quais os locais onde tem trabalhado?
Entrevistado: Trabalhei na CNS, no centro de novas oportunidades da Universidade
Autónoma e agora aqui na Nova Base.
Entrevistador: Que tipo de funções tem exercido?
Entrevistado: Como já falei um bocadinho, só para recapitular, na CNS comecei por
fazer ID sobre recursos didáticos e cursos de E-Learning para outras instituições, depois
fiz tutoria e coordenação de curos à distância. Ajudei também a fazer recrutamento de
professores para uma Universidade que ia abrir em Angola, pois na altura tínhamos
contacto com eles, e todo o tipo de tarefas que passasse pela educação. Aqui na Nova
Base faço um pouco de tudo, faço ID numa escala mais pequena, por exemplo guiões,
fazemos muitos cursos para clientes por exemplo a Vodafone, na área da banca e
administração pública e para a EDP, temos muitos contactos. Depois também estou
presente em projetos de formação presencial, já tive situações onde tive que dar formação
a pessoas, faco também acompanhamento a clientes, onde desenhamos uma solução,
acompanhamento e mudança do cliente para integrarmos uma plataforma ou sistema.
Entrevistador: Quais as principais dificuldades com que se tem deparado? Como as
ultrapassou?
Entrevistado: Eu acho que as dificuldades que podem existir se prendem mais com o
que se passa agora no país, é mais a valorização que se calhar nós esperamos quando
fazemos uma licenciatura ou quando temos um determinado perfil e estamos a espera de
uma certa valorização ou progressão da carreira, e hoje em dia é mais complicado que
isso aconteça de acordo com as nossas ambições ou espectativas. Em relação ao mercado
de trabalho, esta complicado mas também conheço casos de pessoas que agarraram novos
desafios e conseguiram faze-los e depende muito do tipo de currículo que se vai contruído.
Entrevistador: Como se sente enquanto profissional?
Entrevistado: Como me sinto como profissional?! Sinto me realizada, porque tenho a
sorte de fazer aquilo que gosto e os desafios que são lacados fazem-me crescer e nunca
tenho um projecto igual ao outro, os projetos que me lançam tem sempre qualquer coisas
e diferentes; o tipo de cliente, exigência, de contruído, a forma como preparo as pessoas
para uma nova tecnologia e eu própria tenho que aprender essa tecnologia antes de poder
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apresentar o projecto final. Sinto mesmo que estou feliz, a equipa com quem trabalho são
criativas e fazemos coisas diferentes e estamos um bocadinho a frente porque
conseguimos ver o que se passa la fora e conseguimos ir correspondendo um bocadinho
a isso. O balanço que faço é sem dúvida muito positivo, apenas a questão da valorização
do perfil, e que se isso melhora-se eu sentia me completa.
Entrevistador: Quais as suas perspetivas futuras enquanto profissional?
Entrevistado: Eu para já tenho as espectativas de continuar aqui na Nova Base porque é
uma casa que me tem feito crescer, que me tem valorizado, para já pretendo manter me
por cá, a agarrar projetos novos e aprender coisas novas. Por exemplo, agora estamos a
preparar para falarmos da realidade aumentada em formas de como aplicar isso ao mundo
da educação etc. portanto estamos sempre a pensar um bocadinho naquilo que vem ai, e
não sei se conseguiria encontrar outro sítio do nosso pais onde pudesse estar assim sempre
a aprender e a desenvolver conhecimento. Por isso espero manter me por ca…
Entrevistador: Apos a sua formação inicial, que outro tipo de formação tem selecionado?
Entrevistado: Muita investigação, muita pró-atividade na procura de todas as coisas que
desconheça, seja uma palavra; seja em termos do E-Learning ou do StoryBoard, pois foi
o que me aconteceu logo no estágio curricular, pediram me para fazer um e eu não fazia
ideia do que isso era, então tive que procurar muito junto dos profissionais que me
rodeiam. Sobre instrumentos ou ferramentas de autores, ou coisas que temos que trabalhar
é tudo muito por auto conhecimento…
Entrevistador: Que razão a tem levado a optar pela formação?
Entrevistado: Porque é mais fácil conduzir o meu percurso de aprendizagem, porque
sabemos que os adultos aprendem melhor quando estão motivados e de a concordo com
o que lhes interessa, é muito mais fácil conduzir me para chegar ao objetivo e também
porque no local de trabalho não há tempo nem espaço, porque muitas vezes a nossa
profissão ocupa-nos muito tempo. Mas claro que gostaria de mais tarde tirar uma pós-
graduação para aprender um pouco mais.
Entrevistador: Que relação tem essa formação com a formação inicial?
Entrevistado: Alguma dela pode-se dizer que se encaixa para nos dar melhor as bases, e
nós vamos fazendo depois o resto do lego com base nessas bases. Acabo sempre em ter
em alguns pontos muito claros na nossa memória aquilo que é importante reter, agora por
exemplo, tenho que trabalhar com objetivos pedagógicos e defini-los, a forma de os
avaliar. Há coisas da licenciatura que hoje em dia aplico e que me recordo, e quando não
me recordo vou à procura, mas normalmente procuro sempre coisas relacionadas.
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Entrevistador: Que relação tem essa formação com as exigências do mercado de
trabalho?
Entrevistado: Exatamente.
Entrevistador: Que expectativas tem de continuidade da sua formação?
Entrevistado: Deixar de aprender ´morrer, e nesta área há uma frase muito importante
que é: “quem não se atualiza nesta área desatualiza-se”, então respetivamente é
continuar a fazer o que tenho feito ate agora, ou então como disse a pouco, apostar a
qualquer momento numa pós-graduação.
Entrevistador: Em seu entender, como são vistos os profissionais de Educação? Pela
sociedade em geral?
Entrevistado: É assim, pelo contacto que tive com as pessoas foram sempre vistas de
uma forma sempre muito positiva… Não tinham conhecimento inicial sobre este perfil,
não sabiam o que é que as pessoas poderiam fazer, ou seja, de que forma poderiam ajudar
e ainda assim pelas entrevistas e pelo trabalho apresentado, ficavam estupefactos com as
coisas que eramos capazes de fazer e tao surpresos que a opinião geral era continuar a
contratar pessoas com este perfil.
Entrevistador: Considera-se uma profissional em educação e formação?
Entrevistado: Neste momento considero-me sim, porque faço varias coisas relacionadas
com a nossa área, por isso estou sempre relacionada com a construção de novas
atividades. Cada tarefa que faço estou sempre a pensar pedagogicamente como vou
facilitar a vida de quem vai aprender, de quem esta do lado de la.
Entrevistador: Que poderá ser feito para que se passe à identificação com uma profissão?
Entrevistado: Eu acho que nos faltava, pelo menos na minha altura, faltava-me dizer
qual era o meu nome, ou seja, quem tira engenharia é engenheiro, quem tira economia é
economista, e eu não sabia o que era. Ou seja, nós não temos um nome, porque podemos
fazer tantas coisas que fazemos, o nosso nome vai variando consoante aquilo que
fazemos. Somos polivalentes… E acho que os professores já fazem um trabalho brutal
em tentar com que nós percebamos o que realmente vamos ser apos a licenciatura.
Nenhum de nós consegue ter um percurso igual ao outro, apesar do curso ser o mesmo.
Nós na realidade podemos fazer mil coisas, não temos uma coisa definida, para além de
todas as coisas relacionadas com a educação. O que eu acho que se saísse da Universidade
com um chavão, a dizer eu sou isto, eu acho que as pessoas iam intender muito melhor o
nosso curso. E eu acho que é isso que nos falta, para mostrarmos o leque das coisas que
poderemos fazer. Eu cai neste curso por sorte e comecei a ver o que ia ser realmente o
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curso pouco a pouco, porque o problema é não estar devidamente desenvolvido la fora.
O nosso curso por um lado tem uma coisa a favor, é que temos muito mais facilidade a
encontrar um local de trabalho. Eu sou uma fã do curo, e tenho tido sucesso, nunca tive
desempregada nem uma semana. Faco sempre o que gosto de fazer, dá-me luta e faz-me
crescer. Para além disso tenho tido sempre contacto com pessoas que em trabalhar na
nossa área, o facto de não termos um chavão temos mais portas abertas porque somos
muito abrangentes.
Entrevistador: Deseja acrescentar algum aspeto que não tenha sido contemplado nesta
entrevista?
Entrevistado: Não, eu acho que falei bastante. Penso que respondi a tudo… Se não
tiverem percebido alguma coisa estou a vosso dispor para vos ajudar.
Entrevistador: Obrigada!