Trabalho realizado por: -Ricardo Barca -Pedro Paiva.
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Trabalho realizado por:-Ricardo Barca-Pedro Paiva
Quiralidade
Como se relaciona o efeito dos fármacos com a quiralidade?
Exemplos de fármacos quirais
Interacção dos fármacos no organismo e resposta biológica associada
Conclusão
Quiralidade
Quiralidade Uma molécula que não se sobrepõe
com a sua imagem especular, originando dois enantiómeros é chamada molécula quiral. Já numa molécula aquiral a imagem especular pode ser sobreposta ao objecto original;
Centros estereogénicos são átomos
de carbono, azoto, enxofre ou fósforo presentes numa molécula e que estão ligados a quatro substituintes diferentes.
Estes não definem quiralidade, mas podem conferir quiralidade.
Como se relaciona o efeito dos fármacos com a quiralidade? Alguns fármacos são quirais, ou seja, têm na sua estrutura um ou
mais átomos (na maioria das vezes carbono) que têm a sua orientação tridimensional muito bem definida, essa mesma orientação pode levar à diminuição do efeito biológico, à sua total supressão ou ao aparecimento de um efeito biológico adverso.
Esta particularidade na estrutura deste tipo de fármacos tem uma importância fundamental para a actividade biológica.
Há muitas substâncias utilizadas como fármacos que apresentam centros estereogénicos.
Como se relaciona o efeito dos fármacos com a quiralidade? A inversão da orientação dos agrupamentos no centro
estereogénico poderá levar a uma modificação importante da actividade biológica, sendo que nesse caso, a regra R e S é importante, pois permitirá determinar qual o arranjo espacial correcto para cada estereoisómero do fármaco.
Assim, ao associar ao efeito biológico, será possível saber qual é a configuração absoluta do estereoisómero que tem actividade farmacológica.
Exemplos de fármacos quirais
Ibuprofeno
Exemplos de fármacos quirais Talidomida
Exemplos de fármacos quirais
Anomalias de formação causadas pelo enantiómero S da talidomida.
Interacção dos fármacos no organismo e resposta biológica associada
Um fármaco pode interagir com uma enzima. Se estas estruturas
têm quiralidade, pode-se dizer que para ter interacção com elas, o fármaco deve ter um arranjo espacial da sua estrutura muito bem definido. Esse arranjo deve coincidir com aquele da estrutura com a qual ele irá interagir.
A existência de enzimas e receptores estereoespecíficos no organismo conduz a características biológicas diferentes para as estruturas quirais. O resultado desta acção estereoselectiva pelos receptores proteicos deve-se a uma ocupação preferencial de um sítio receptor por um dos enantiómeros.
. Como consequência directa existem as mais diversas respostas biológicas para os estereoisómeros.
Boletim do c e n t r o d e i n f o r m a ç ã o d o m e d i c a m e n t oOR D EM DOS F A RMA C Ê U T I COSImportância dos Estereoisómeros na Terapêutica
«Considerando que o último local onde um fármaco irá exercer a sua acção – o receptor alvo – é maioritariamente de natureza quiral, incluindo proteínas e polissacarídeos, é
fácil deduzir que a tridimensionalidade tem um papel determinante no fenómeno do reconhecimento molecular entre a molécula do fármaco e a biomacromolécula receptora.
Boletim do c e n t r o d e i n f o r m a ç ã o d o m e d i c a m e n t oOR D EM DOS F A RMA C Ê U T I COSImportância dos Estereoisómeros na Terapêutica
.Esse fenómeno é fundamental para que a bioactividade se manifeste; daí que a existência de qualquer tipo de isomeria, e muito especialmente a estereoisomeria, tenha implicações na actividade de um fármaco.
.Esta influência pode ser encontrada em várias famílias de compostos existentes na terapêutica, com aplicações tão importantes e variadas como agentes antidepressores,antiarrítmicos,anti-hipertensivos,
anti‑inflamatórios,anti-histamínicos, antitumorais, opióides, psicotrópicos, antibióticos, antifúngicos, antitrombóticos, entre outros.»
Conclusão Fármacos quirais têm na sua estrutura um ou mais átomos com
orientação tridimensional muito bem definida. A modificação dessa orientação poderá levar à diminuição do efeito biológico, à sua total supressão ou ao aparecimento de um efeito biológico adverso que pode ser extremamente prejudicial para a saúde de quem os consumir.
Os exemplos apontados são elucidativos dessa mesma necessidade de uma utilização criteriosa dos fármacos quirais, pois a presença do “outro” enantiómero pode ser “benéfica” ou
“prejudicial”, dependendo da situação em causa.
Assim, necessitam de cuidados especiais por parte do sector farmacêutico, para garantir que só o estereoisómero responsável pela actividade desejada seja vendido nas farmácias.
http://www.ordemfarmaceuticos.pt/xFiles/scContentDeployer_pt/docs/doc2201.pdf
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/2quimica/7quiral.jpg
http://143.107.180.237/cbme/var/news_site/storage/images/biblioteca_de_midia/multimedia/imagens/fotografias/farmacos_1/11893-1-por-BR/farmacos_1.jpg
Trabalhos realizados em anos anteriores
Slides das aulas teóricas