Trabalho final construção civil 2
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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
UNOCHAPECÓ
COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA
André Scapin
João Manoel Balestrin
Mauro de Couet
Mateus Pandolfo
Chapecó - SC, Março de 2012.
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
Àrea de Ciências Exatas e Ambientais
Curso: Engenharia Civil
Disciplina: Construção Civil II
Professor: Marcelo Fabiano Costella
COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA
André Scapin
João Manoel Balestrin
Mauro de Couet
Mateus Pandolfo
Chapecó - SC, Junho de 2011.
SUMÁRIO
1. Estrutura de Madeira para telhados.................................................................................... 4
1.1 Estrutura de Madeira de um telhado é composto ...................................................... 4
1.2 Estrutura Pontaletada .............................................................................................. 5
1.3 Tesouras em Madeira .............................................................................................. 6
1.4 Terças em Madeira .................................................................................................. 6
1.5 Caibros em Madeira ................................................................................................. 6
1.6 Ripas em Madeira .................................................................................................... 7
1.7 Ligações .................................................................................................................... 7
1.8 Ligações com Pregos ................................................................................................ 8
2. Telha de Cerâmica ....................................................................................................... 10
2.1 Tipos de telhas ....................................................................................................... 10
2.2 Execução de telhados Cerâmicos ................................................................................. 12
3. Telhados de Fibrocimento .................................................................................................. 12
3.1 Modelos de Fibrocimento ...................................................................................... 13
3.2 Colocação ............................................................................................................... 15
4. Referencias Bibliograficas ................................................................................................... 16
1
1- ESTRUTURA DE MADEIRAS PARA TELHADOS
A madeira geralmente é usada como material nas estruturas de telhados, para as
1mais variadas coberturas.
As principais madeiras utilizadas para esse fim são o Ipê, Cabriúva ou Itaúba,
porém, segundo THOMAZ (1982) “Todos os elementos utilizam geralmente a peroba
como madeira padrão, por ser mais resistente ao apodrecimento e também por não ser
tão duro quanto o ipê e a cabreúva, entre outras razões.”
As principais funções da estrutura de madeira são sustentar e fixar as telhas e
transmitir os esforços solicitantes para os elementos estruturais do edifício, garantindo
assim a estabilidade do telhado.
1.1 Estrutura de madeira de um telhado é composta por:
1- Ripas: são peças de madeira pregadas sobre os caibros, que servem de apoios para
as telhas cerâmicas;
2- Caibros: peças de madeira, apoiadas sobre as terças, servindo como suporte para as
ripas;
3- Terça de Cumeeira: terça da parte mais alta do telhado;
4- Terças: peças horizontais de madeira colocadas na direção perpendicular à estrutura
de apoio. Elas apoiam-se geralmente sobre tesouras, pontaletes, oitões, ou paredes
intermediárias, com a função de sustentar os caibros;
5- Contrafrechal: terça da parte inferior do telhado;
6- Frechal: viga de madeira colocada em todo o perímetro superior da parede de
alvenaria, para amarração e distribuição da carga concentrada da tesoura;
7- Chapuz: calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio
lateral para a terça
Tesoura: treliça de madeira que serve de apoio para a trama:
8- Asna, perna, empena ou banzo superior;
9- Linha, tirante, tensor ou banzo inferior;
10- Montante principal ou pendural;
11- Diagonal ou escora;
12- Pontalete, montante ou suspensório;
13- Ferragem ou estribo;
14- Ferragem ou cobrejunta;
15- Testeira ou aba;
2
16- Mão francesa: peça disposta de forma inclinada, com a finalidade de travar a
estrutura.
17- A estrutura é composta por uma armação principal (tesoura) e uma secundária, mais
conhecida por trama.
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 2,
1.2 Estrutura pontaletada
As vigas principais da estrutura, a terça da cumeeira e as demais terças são
apoiadas sobre pontaletes e devem ser contraventadas com mãos francesas. Estas devem
ser colocadas dos dois lados dos pontaletes, sendo recomendável que a estrutura seja
contraventada nas duas direções.
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 19
3
O apoio das peças de madeira (cumeeira , terça ou viga principal) sobre os
pontaletes deve ser feito por encaixe, utilizando-se ainda talas laterais de madeira, fita
ou chapas de.
Os pontaletes não devem apoiar-se diretamente sobre a laje de forro, mas sim
sobre placas de apoio, que podem ser constituídas por seções de pranchas ou vigas de
madeira. As vigas principais devem apoiar-se sobre coxins, cintas de amarração ou
frechais, e não diretamente sobre as paredes.
Apenas devem-se apoiar as terças nos oitões de alvenaria desde que sejam
adotados reforços na região do apoio.
1.3 Tesouras em madeira
As intersecções entre eixos de três ou mais barras da tesoura devem ocorrer em
um único ponto.
As tesouras não devem ser apoiadas diretamente sobre a alvenaria, mas sim
sobre coxins, cintas de amarração ou frechais.
As tesouras devem ser contraventadas com mãos francesas e diagonais cruzadas
entre as tesouras centrais, ou com diagonais cruzadas entre todas as tesouras.
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 33
1.4 Terças em madeira
As terças devem ser posicionadas sobre os nós da tesoura, para que assim
transmitam a carga diretamente sobre eles, ou sobre os pontaletes das estruturas
pontaletadas. Devem ser apoiadas e fixadas às empenas de tesouras ou às vigas
principais de estruturas pontaletadas, com o emprego de chapuzes de madeira,
cantoneiras metálicas, tarugos de madeira, parafusos passantes ou outros dispositivos
similares.
1.5 Caibros em madeira
Recomenda-se que o espaçamento entre os caibros não seja superior a 50 cm.
Os caibros devem ser pregados às terças, sendo que a penetração do prego na
terça deve equivaler no mínimo a metade do comprimento do prego.
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COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 29
Para madeiras resistentes à umidade, ou que receberam tratamento preservativo
adequado, pode-se fixar totalmente o caibro em lajes inclinadas de concreto armado.
Nesse caso, a fixação do caibro à laje pode ser efetuada mediante a cravação de pregos
ao longo do caibro, sendo o conjunto chumbado ao concreto.
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 38
Deve-se evitar a emenda de caibros. Quando houver necessidade, a emenda
sobre caibros deve ser feita sobre a terça, seguindo os seguintes critérios:
Quando a espessura da terça for maior ou igual a 5 cm:
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30
5
Quando a espessura da terça for menor que 5 cm:
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30
1.6 Ripas de madeira
O espaçamento entre ripas (galga) é dado em função das dimensões da telha
cerâmica e do recobrimento longitudinal. Para isto deve-se construir uma guia para
ripamento com base nas dimensões das telhas a serem empregadas.
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 39
As ripas são simplesmente pregadas nos caibros, sendo que a penetração do
prego no caibro deve ser pelo menos igual a metade do seu comprimento. As emendas
das ripas devem ser feitas de topo, sempre sobre os caibros.
As ripas também podem ainda ser fixadas diretamente sobre lajes inclinadas
através de parafusos e buchas.
1.7 Ligações
Todas as operações de corte e furação das peças de madeira devem ser feitas
com ferramentas apropriadas, a fim de evitar quaisquer tipos de danos à maneira e
garantir a perfeita ajustagem das superfícies em contato na ligação.
As partes das peças de madeira na região da ligação devem ser isentas de
qualquer defeito, como nós, rachaduras, etc.
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1.8 Ligações com pregos
Recomenda-se que sejam rebatidas as pontas dos pregos que eventualmente
atravessarem as peças pregadas. Quando forem pregadas conjuntamente três peças de
madeira, recomenda-se que os pregos atravessem pelo menos duas delas.
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 23
As ligações sujeitas a esforços de tração devem ser efetuadas com o auxilio de
cobre-juntas. Não sendo deve ser feita a pregação de topo.
COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 33
Nas tesouras, as ligações pregadas devem apresentar pelo menos 4 pregos em
cada peça a ser ligada.
2-TELHA DE CERÂMICA
As telhas cerâmicas são constituídas por argilas ricas em ilita e montmorilonitas
(boa resistência da massa seca, telhas com elevada resistência a flexão e baixa
porosidade, etc.).
Características de um telhado de boa qualidade:
- O som emitido ao bater na peça deve ser metálico;
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-Não devem apresentar fissuras, esfoliações, quebras e rebarbas que dificultem o
acoplamento entre elas e que prejudiquem a estanqueidade do telhado.
-Não devem possuir manchas, superfícies esbranquiçada com sais solúveis ou nódulos
de cal.
- Devem ter regularidade de forma, dimensões e coloração; fraca absorção de água e
impermeabilidade; baixa porosidade; resistência a flexão.
Outras características, como impermeabilidade, absorção de água, resistência a
flexão, tolerâncias dimensionais e empenamento, devem estar de acordo com o conjunto
de Normas Técnicas Brasileiras (NBR).
2.1 TIPOS DE TELHAS
As telhas cerâmicas são classificadas em duas categorias: telhas de encaixe e
telhas de capa e canal.
Telhas cerâmicas de encaixe: este tipo de telha cerâmica apresenta em suas bordas,
saliências e reentrâncias que permitem o encaixe entre elas. Nesta categoria as telhas
mais conhecida e utilizadas são a francesa, a romana, a portuguesa e a termoplan.
Telha Francesa: as telhas francesas são planas, com encaixes laterais e nas
extremidades, com agarração para fixação às ripas. Suas dimensões são,
aproximadamente, 24 cm de largura, 40 cm de comprimento e 14 mm de espessura, com
peso em torno de 2,6 kg. A galga para esse tipo de telha é de 34 cm.
Telha Romana: a telha romana apresenta uma capa e um canal interligados. Suas
dimensões são, aproximadamente, 21,6 cm de largura, 41,5 cm de comprimento e 10
mm de espessura, com peso em torno de 2,6 kg. A galga para esse tipo de telha é de 36
cm.
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Telha Portuguesa: evolução da antiga e tradicional telha colonial. Ao contrario da
colonial, a portuguesa é composta por apenas uma peça. Suas dimensões são,
aproximadamente, 20,0 cm de largura e 38,0 cm de comprimento.
Telha Termoplan: apresenta uma camada interna de ar, projetada com intuito de
otimizar o desempenho térmico da telha. Suas dimensões são, aproximadamente, 21,4
cm de largura, 45,0 cm de comprimento e 26 mm de espessura, com peso em torno de
3,2 kg. A galga para esse tipo de telha é de 38 cm.
Telhas cerâmicas de capa e canal: caracterizadas por peças côncavas (canais),
apoiadas sobre as ripas e por peças convexas (capas) que se apoiam nos canais. Tanto as
capas quanto os canais apresentam detalhes (encaixes, apoios, etc.) que visam impedir o
deslizamento das capas em relação aos canais. Os principais tipos de telhas deste tipo
são a colonial, a paulista e a plan.
Telha Colonial: nesta telha não há distinção entre a capa e o canal, pois podem ser
usadas indistintamente, ou seja, um catnal como capa e vice-versa. Suas dimensões têm
as seguintes variações: largura – 14 a 18 cm; comprimento – 46 cm; espessura – 13 mm.
Seu peso é, em média, 2,25 Kg.
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Telha Paulista: tem seção circular que vai afunilando em direção a uma das
extremidades, apresenta a capa com largura ligeiramente inferior à largura do canal.
Suas dimensões têm as seguintes variações: comprimento – 46 cm; largura da capa – 12
a 16 cm; largura do canal – 14 a 18 cm; espessura 13 mm. A capa pesa, em média, 2,0
Kg, e o canal 2,15 Kg.
Telha Plan: apresenta as formas acentuadas retas. O canal é de seção retangular e mais
ampla. São telhas muito pouco empregadas, pois são difíceis de cortar bem como
encontrar peças no mercado para substituição. Suas dimensões têm as seguintes
variações: comprimento – 46 cm; largura da capa – 12 a 16 cm; largura do canal – 14 a
18 cm; espessura 13 mm. A capa pesa, em média, 2,29 Kg, e o canal 2,28 Kg.
A ABNT e o INMETRO decidiram normalizar apenas os 3 tipos mais
consagrados de telhas de capa e canal (colonial, paulista e plan), estabelecendo ainda
um único comprimento (46 cm) e uma única galga (40 cm) para essas telhas.
2.2 - EXECUÇÃO DE TELHADOS CERÂMICOS
O telhado deve ser executado com telhas com dimensões padronizadas, com
tolerâncias dimensionais que atendam a sua respectiva especificação, dessa forma,
haverá perfeito encaixe entre as telhas, facilitando a colocação e garantindo a
estanqueidade à água do telhado
É recomendado adquirir uma quantidade de telhas aproximadamente 5%
superior à quantidade calculada para o telhado, como margem de folga.
Colocação das telhas: segundo o livro Coberturas com Estrutura de Madeira e
Telhados com Telhas Cerâmicas: Manual de Execução (p. 39, 1988):
A colocação das telhas deve ser feita por fiadas, iniciando-se pelo beiral e
prosseguindo-se em direção a cumeira.
A sequência de colocação das telhas de encaixe em cada fiada varia de
acordo com o seu desenho, isto é, de acordo com a posição relativa das
saliências e das reentrâncias que definem o recobrimento lateral. Assim
sendo, em cada fiada as telhas podem ser colocadas da direita para a esquerda
ou vice-versa. As telhas da fiada seguinte são colocadas de forma a
encaixarem-se perfeitamente naquelas da fiada inferior [...]
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É orientado que, telhados com inclinação entre 45% e 100% , tenham um
esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com
inclinação maior que 100%, recomenda-se amarrar todas as telhas à estrutura de apoio,
a cada cinco telhas uma é fixada.
45% e 100% 25% e 100%
Para telhados, com declividades entre 25% e 100%, todos os canais devem ser
fixados à estrutura de apoio, e as capas devem ser fixadas de maneira alternada, a cada
cinco telhas uma é fixada.
Durante a execução do telhado, devem-se dispor pilhas de telhas sobre a trama,
nos cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o montador caminhe com telhas
na mão sobre a parte já coberta. Para a distribuição das telhas pode-se dispor algumas
tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os
montadores possam caminhas sobre elas.
Beiral: o primeiro apoio da primeira fiada de telhas deve ter duas ripas
sobrepostas ou por testeiras.
Em beirais desprotegidos, recomenda-se amarrar as telhas de encaixe às ripas. Já
as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais
devem ser fixados às ripas, caso haja platibanda ou caso seja empregado forro no beiral,
as telhas não necessitarão ser fixadas à estrutura de madeira, já nos beirais laterais o
emboçamento de peças cerâmicas apropriadas (cumeeiras ou capas de telhas do tipo
capa e canal).
Cumeeira: deve ser executada com peças cerâmicas denominadas “cumeeiras”, ou
pode-se utilizar capas de telhas do tipo capa e canal.
Essas peças devem ser colocadas obedecendo-se um sentido de colocação
contrario ao dos ventos dominantes.
11
Primeiramente, com a colher de pedreiro coloca-se o emboço nas extremidades
das telhas, de forma a criar duas linhas contínuas, em toda extensão da cumeeira
também deve-se colocar o emboço no rebaixo da telha anterior. Então encaixam-se as
peças, sendo que deve-se observar ainda um recobrimento longitudinal mínimo de 60
mm entre as peças
Espigão: também pode ser executado com peças de cumeeiras ou capas de telhas de
capa e canal. As peças são colocadas da mesma forma que na cumeeira sendo que
devem ser colocadas no beiral em direção à cumeeira.
As telhas das águas do telhado são cortadas no seu encontro com o espigão, de
forma que o recobrimento entre as peças de espigão e as telhas seja no mínimo 30 mm.
Rincão ou água furtada: é constituído por uma calha metálica fixada na estrutura de
madeira do telhado, elas devem ser cortadas na direção do mesmo, recobrindo a calha
metálica em pelo menos 60 mm de cada lado. A largura livre da calha deve ser de
aproximadamente 150 mm, também pode ser executado com peças especiais com
recobrimento longitudinal mínimo de 60 mm.
Arremates: com fim de garantir a estanqueidade do telhado, os encontros dos telhados
com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das telhas devem ser executados
empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos.
3 TELHADOS DE FIBROCIMENTO
Depois das telhas cerâmicas, as telhas de fibrocimento são as mais conhecidas
dos brasileiros. Constituídas por fibras de amianto e cimento, estas telhas são fabricadas
em diversos modelos, tamanhos e espessuras.
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O fibrocimento é composto basicamente de água, cimento e amianto, uma fibra
mineral presente em abundancia na crosta terrestre. Esses elementos, quando usados em
conjunto proporcional à cobertura: durabilidade, estanqueidade, resistência mecânica,
baixo peso, trabalhabilidade, versatilidade, incombustibilidade, isolamento acústico, são
bastante utilizadas em edifícios habitacionais de padrão popular, inclusive unifamiliares,
embora não proporcionem adequado conforto, sobretudo térmico. Devem atender às
disposições da norma “NBR 7581 – Telha ondulada de fibrocimento – Especificações”.
3.1 MODELOS DE FIBROCIMENTO
Telha ondulada
A telha ondulada de fibrocimento, por ser apoiada em estrutura leve é uma
opção racional muito utilizada para telhados residenciais, depósitos, galpões e
edificações rurais. Possui características adequadas para a aplicação em indústria, sendo
usada tanto em coberturas com em fechamentos laterais.
Suas espessuras mais comuns são a de 5 mm, 6 mm e 8 mm, sendo que as mais
utilizadas são as de 6 e 8 mm. O peso do telhado em fibrocimento varia conforme a
espessura das peças, sendo de 15 Kg/m² para as de 5 mm, 18 Kg/m² para as de 6 mm e
24 Kg/m² para as de 8 mm.
Peças complementares
Existem peças complementares para as telhas onduladas de fibrocimento com as
seguintes finalidades:
- Arremate entre duas ou mais águas de uma cobertura (Cumeeira normal, cumeeira
universal, cumeeira articulada ondulada, espigão)
Cumeeira normal: Cumeeira Universal:
Cumeeira articulada ondulada: Espigão:
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- Arremate entre uma água de cobertura e uma parede ou fechamento lateral (Cumeeira
shed, rufo);
Cumeeira shed: Cumeeira shed simétrica: Rufo:
- Proporcionar recursos de ventilação e arejamento à área coberta (telha de ventilação,
telha com claraboia);
Telha de ventilação:
-
Arremate entre dois ou mais fechamentos laterais (cantoneira e aresta).
Cantoneira: Aresta:
Além destes ainda existe uma ampla gama de peças complementares que
resolvem detalhes de arremate, ventilação e iluminação.
3.2 MANUSEIO E ESTOCAGEM
- o corte, lixamento e furação dos produtos devem ser feitos em locais abertos, com boa
ventilação e, se possível, separados das demais tarefas;
- recomenda-se realizar o trabalho com ferramentas manuais, que provocam menor
desprendimento de poeira fina no ambiente;
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- é preciso umidificar o piso ao redor do local de trabalho e as peças que estão sendo
trabalhadas, reduzindo a possibilidade de geração de poeira;
- a retirada de rebarbas e a limpeza das peças, ferramentas e demais equipamentos
deverá ser feita utilizando um pano ou esponja umedecidos, ou sistema de aspiração;
- os equipamentos fixos – furadeira de bancada, serra circular etc. – deverão possuir
necessariamente um sistema de captação de poeira;
- a lavagem das peças de trabalho será feita separadamente das demais peças de uso
diário;
- durante o trabalho, o operador deve usar máscara específica (descartável do tipo P2
para poeira);
- terminado o trabalho, o operador deve tomar banho no serviço antes de trocar de
roupa;
A aplicação dessas recomendações garante ao usuário dos produtos de
fibrocimento uma utilização segura e sem riscos à saúde.
3.3 COLOCAÇÃO
O melhor aproveitamento das telhas se dá com a inclinação de 15° (27%) e
procurar utilizar esta inclinação sempre que possível.
Na montagem da primeira fiada as chapas precisam ser fixadas com um parafuso
por chapa (colocado na crista da 2a onda), necessitando a última chapa ser fixada com
dois parafusos (na crista das 2a e 5a ondas). Nas chapas das fiadas intermediárias, terão
de ser aplicados dois ganchos chatos na cava da 1a e 4a onda. As cumeeiras deverão ser
fixadas com um parafuso de cada lado, sendo a última delas com dois parafusos de cada
lado. O caimento mínimo a ser empregado é de 10º, ou seja, 17,6% (abaixo desse limite,
estar-se-á arriscando infiltração de água através da junção das telhas).
A superposição das chapas varia conforme sua inclinação, sendo, portanto:
- para telhados com menos de 15º de inclinação, usar recobrimento longitudinal mínimo
de 20 cm;
- para caimentos maiores de 15º, pode-se usar recobrimento longitudinal de 14 cm.
O espaçamento máximo entre as terças é de 1,69 m. Por essa razão, a chapa mais
econômica é a de 1,83 m, já que para as telhas maiores se torna indispensável a
colocação de terça intermediária (para telhas de 6 mm de espessura). Quanto aos beirais,
os comprimentos das chapas, máximo e mínimo, em balanço são:
- beirais sem calha: máximo 40 cm e mínimo 25 cm;
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- beirais com calha: máximo 25 cm e mínimo 10 cm.
- beiral lateral: 10 cm
A montagem das telhas deverá ser iniciada a partir do beiral para a cumeeira.
Para uma montagem e utilização do sistema de cobertura em telhas onduladas de
fibrocimento eficientes, precisam ser seguidas as seguintes recomendações:
- não se pode pisar diretamente sobre as telhas; usar tábuas apoiadas em três terças, em
coberturas muito inclinadas, amarrar as tábuas;
- utilizar ferramentas manuais (serrote, arco de pua, etc.). Se houver a necessidade de
utilização de serras elétricas, recomenda-se as de baixa rotação para evitar a dispersão
do pó de amianto;
- procurar sempre realizar o trabalho ao ar livre;
- umedecer as peças de fibrocimento antes de cortá-las ou perfurá-las.
16
4 - REFENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pini Web – Telhas Cerâmicas – Bianca Antunes.
Disponível em: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/telhas-ceramicas-80046-1.asp Acesso em: 12 mar. 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA.
Manual Técnico de Fibrocimento. São Paulo: PINI. 1988
COMO Construir. Fev. 2002. Disponível em:
http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/como-construir-81765-1.asp. Acesso
em: 15 mar. 2012.
ESCOLHA sua Telha. Disponível em: http://www.hinkel.arq.br/hhtelhas.html.
Acesso: 11mar. 2012.
IPT - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO
PAULO S.A. Cobertura com Estrutura de Madeira e Telhados com Telhas
cerâmicas. São Paulo: IPT, 1988.
MAYER, Marcio. Coberturas em Madeira. Disponível em:
http://www.eternit.com.br/produtos/index.php. Acesso em: 17mar. 2012.
PATOLOGIAS mais Frequentes Encontradas em Coberturas com Telhas Cerâmicas.
Disponível em: http://www.pintpor.com/pdf/patologiasdostelhadosetelhas.pdf. Acesso
em: 16 mar. 2012.
Catalogo Eternit. Disponível em: http://www.eternit.com.br/produtos/index.php/.
Acesso em: 18mar. 2012.