Trabalho detalhado
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Formação de Professores
Estágio Supervisionado IV
Professora: Larissa de Oliveira e Gabarra
Equipe: Bruna Vieira Gomes
Camilla
Elizabeth Ribeiro Paixão
Fernanda Pereira Pessoa
Flávio Rodrigues Neves
Rosilene Vieira da Costa
TRABALHO DETALHADO SOBRE O MUSEU IMPERIAL
PETRÓPOLIS: UM POUCO DA HISTÓRIA
Petrópolis abriga-se na parte interna da Serra da Estrela, espremida entre vales e emoldurada por altas montanhas de
largas pedreiras. Na parte plana, seus rios - Quitandinha, Piabanha e Palatino – unem-se em vários pontos e conferem a
cidade um panorama pitoresco com a presença de várias pontes. A exuberante vegetação com a presença de matas, que
tanto impressionaram os primeiros viajantes, a pesar da crescente urbanização, mantem-se, em parte, nas montanhas
próximas. O clima foi e é dos maiores atrativos da cidade, bastante frio no inverno e agradável no verão, quando as chuvas
são freqüentes. Muito comum ter-se em Petrópolis, principalmente ao amanhecer, a presença do “ruço”, marca registrada
da cidade
A história da cidade de Petrópolis, localizada 809 metros acima do nível do mar, com 70% de sua área encravada em
uma das últimas reservas de Mata Atlântica do planeta, começa quando seu clima excelente e natureza exuberante
ganharam mais um ilustre admirador: D. Pedro I. Percorrendo o chamado "Caminho do Ouro" em direção a Minas Gerais,
no ano da proclamação da Independência - 1822 - aquele que seria o primeiro Imperador do Brasil ficou encantado com a
região, após hospedar-se na fazenda do Padre Corrêa, atual Distrito de Cascatinha. Durante os anos seguintes, D. Pedro
continuou como hóspede freqüente da fazenda, trazendo a família e, mais tarde, se propondo a comprá-la. Contudo, D.
Arcângela Joaquina, irmã e herdeira do Padre Corrêa, acabou sugerindo ao Imperador a compra da fazenda vizinha:
Córrego Seco, onde hoje se encontra o Centro Histórico da cidade de Petrópolis, um dos mais significativos conjuntos
arquitetônicos referentes ao século XIX de todo o mundo - um rico patrimônio histórico que atrai, hoje, mais de 300.000
turistas/ano, nacionais e internacionais.
Porém, muitas águas rolaram sob as pontes dos rios Quitandinha, Palatino e Piabanha, que cortam a cidade, antes que
esta viesse, de fato, a se tornar uma realidade. Apesar de ter sido adquirida em 1830 para abrigar um grande palácio, a
fazenda passou 12 anos praticamente abandonada, envolvida nas discórdias políticas que se seguiram à abdicação de D.
Pedro I, em 1831. Somente em 1843, D. Pedro II começa a dar forma ao projeto "Povoação-Palácio de Petrópolis", de
forma mais efetiva, graças à orientação de dois ilustres patronos: o mordomo da Casa Imperial e administrador dos bens de
Sua Majestade, Paulo Barbosa e o major alemão Júlio Frederico Koeler, já há alguns anos servindo na engenharia das
Forças Armadas.
As dificuldades da empreitada não eram poucas. A área onde hoje se encontra o Centro Histórico era pouco mais que
um charco, cujo clima úmido e frio assustava os brasileiros. A distância era considerada impeditiva, já que vir até
Petrópolis era uma viagem que incluía a travessia da Baía de Guanabara por barco e depois, uma áspera subida de 14 léguas
em lombo de cavalos ou carruagem em declive acentuado. Koeler, porém, guardava um trunfo especial: a sua crença na
superioridade do trabalho livre sobre o escravo, comprovada anos antes quando, com a anuência do Imperador, contratou
238 trabalhadores alemães para a construção da Estrada Normal da Serra da Estrela: o primeiro caminho que veio a
substituir as trilhas abertas pelos bandeirantes e outros aventureiros, durante os dois séculos anteriores. Os primeiros
alemães, na verdade, permaneceram no Brasil por acaso: após embarcarem no Velho Mundo com destino à Sidney,
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Austrália, acabaram se amotinando por conta dos maus-tratos sofridos no navio francês Justine e, a partir do Rio de Janeiro,
não quiseram mais seguir viagem. Permaneceram na região de "Serra Acima" e adaptaram-se muito bem.
Paralelamente a Petrópolis Imperial, existia a cidade de imigrantes estrangeiros. Atualmente, ela é facilmente
identificada pelo nome de alguns bairros, como Bingem Remânia, Ingelheim, Mosela, Quarteitão Suíço e Morro do
Alemão. Partindo deste dado, Koeler uniu-se à Paulo Barbosa, para convencer o Imperador a fundar uma colônia agrícola
na fazenda do Córrego Seco. Entusiasmado, o Imperador assinou, em 16 de março de 1843, o decreto que criou Petrópolis -
primeira cidade planejada do Brasil. É neste ponto que surge um fator importantíssimo para a fisionomia que a cidade iria
adquirir ao longo do tempo: os novos colonos alemães. O que gerou um fato interessante. Um intermediário foi contratado
em Dunkerque para enviar, por acordo firmado com o Governo Brasileiro, 600 casais de agricultores para Petrópolis: a
firma Delrue & Cia. Porém, valendo-se de um artifício desonesto, a empresa aproveitou-se da grande crise econômica
reinante na Alemanha naquela ocasião, para trocar a palavra "casais" por "famílias" e enviar para o porto do Rio de Janeiro,
em levas quinzenais totalmente desorganizadas, um grupo imenso de pessoas ligadas por laços distantes - tios, primos,
cunhados, sogros, etc. - com qualificações profissionais inteiramente diversas das estabelecidas. Até a suspensão do
contrato com Delrue, os alemães já somavam mais de 2.000 pessoas, que o Imperador D. Pedro II recebeu com tão notória
generosidade, que a colônia não deixou de homenageá-lo nem mesmo após a Proclamação da República, chamando-o
sempre, carinhosamente, de "Unser Kaiser" (Nosso Imperador). Petrópolis acabou tendo um destino diferente do imaginado
por Koeler. Não se tornou uma povoação agrícola, mas sim uma cidade que não parou mais de progredir, mostrando uma
clara vocação para a beleza, a cultura, a arte e a introspecção que facilita o estudo, a pesquisa e a meditação.
Durante todo o Império e também na República, foi a preferida de inúmeros nobres e intelectuais, para descanso e
lazer. D. Pedro II - e, em conseqüência, toda a sua corte - passava na cidade seis meses por ano, de novembro a maio: neste
período, Petrópolis era, de fato, a capital administrativa do Império. Soberano afeito às artes e à ciência, D. Pedro II
inaugurou a tradição que estabeleceu, em Petrópolis, uma concentração incomum de pessoas ilustres, reconhecidas ao
longo destes 155 anos: França Júnior, Afonso Arinos, Raimundo Correia, Rui Barbosa, Santos Dumont, Stephan Zweig,
Gabriela Mistral, Alceu Amoroso Lima, Sylvia Orthof, e muitos outros.
Na República, a cidade manteve este "status", já que o Palácio Rio Negro, residência oficial de verão dos Presidentes
da República, hoje a primeira "guest-house" oficial aberta à visitação do país, continuou a receber todos os presidentes, de
1904 a 1960 - tradição retomada em 1997, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mas o crescimento começara bem antes. Já em 1854, por iniciativa do maior empresário do século passado, Irineu
Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, a cidade recebe novo impulso, com a construção da primeira estrada
de ferro brasileira, que ligava o Porto de Mauá à Raiz da Serra. Nesta fase, o pioneirismo e espírito vanguardista da cidade
se solidificaram. Em 1861, a primeira estrada de rodagem do país, a União e Indústria, foi inaugurada ligando Petrópolis à
Juiz de Fora. Em 1883, a Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará, mais tarde Leopoldina Railway, fez com que o primeiro
trem subisse a serra. Em 1897, Petrópolis assistiu no Teatro Cassino Fluminense, à primeira exibição pública de filme
produzido em território nacional: uma película de menos de um minuto de duração, que retratava justamente a chegada do
trem à estação de Petrópolis. De 1894 a 1903 - ano em que a cidade assistiu a assinatura do Tratado de Petrópolis, que
anexava o Acre ao território Nacional - Petrópolis tornou-se a capital do Estado do Rio de Janeiro. E, no ano seguinte, o
Palácio Rio Negro foi adquirido para ser residência oficial de verão dos presidentes da República. A conseqüência direta
desta íntima relação com o poder foi a inauguração, em 1928, da Rodovia Washinton Luís, a primeira do país a ser
asfaltada, ligando Petrópolis ao Rio. E a permanência de Petrópolis no cenário decisório do país até o início do governo
militar, em 1964.
Paralelamente, outros pólos da cidade se desenvolviam. Nos anos 40, Petrópolis destacava-se no cenário têxtil e
também no turismo. Um marco desta época é a inauguração do Hotel e Cassino Quitandinha, em 1944, que atraiu para a
cidade artistas e personalidades do jet set internacional, como Errol Flynn, Orson Wells e Carmen Miranda. No final dos
anos 90, Petrópolis se prepara para o século XXI disposta a guardar o melhor de suas tradições e a entrar, decisivamente, na
era tecnológica. A inauguração do Laboratório Nacional de Computação Científica - LNCC coloca a cidade em posição de
destaque no desenvolvimento de setores que dependem de alta tecnologia e pesquisa para sua produção. Petrópolis abrigará
então, o SP-2, que é o computador mais avançado da América Latina. E o projeto de revitalização do Centro Histórico, que
teve como prévia a restauração e abertura ao público do Palácio Rio Negro e do Palácio de Cristal de Petrópolis, único nas
Américas, bem como o amplo desenvolvimento do centro gastronômico e de lazer da região de Itaipava e adjacências, está
estimulando o crescimento turístico nos seus segmentos ecológico, de compras e de convenções, devolvendo à cidade todo
o charme que seduziu D. Pedro I, há mais de 150 anos.
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MUSEU IMPERIAL
Museu Imperial de Petrópolis - Rua da Imperatriz, 220 - Centro - Petrópolis - RJ CEP 25610-320
Tel.: (24) 2245-5550/ Fax: (24) 2245-5560
www.museuimperial.gov.br
ATIVIDADES OFERECIDAS
Visitação ao Museu
De terça a domingo das 11h às 18h
Bilheteria: de terça a domingo das 11h às 17h30
Jardins: das 8h às 18h
Setores técnicos: de 13h30 as 17h30
Preços do Museu Imperial
Adultos: R$ 8,00
Estudantes, professores e maiores de 60 anos: R$ 4,00
Visitas Orientadas
A narrativa utilizada pela equipe de monitores do museu procura dar sentido ao acervo trabalhado, como também
gerar questionamentos que levem os alunos a se entenderem dentro de um contexto histórico-temporal. Dessa forma, adota-
se a metodologia dialógica de análise e exploração dos objetos e espaços do Museu, propondo hipóteses sobre o que eles
significam, buscando um movimento de recriação e interpretação das informações, dos conceitos, significados e sentidos
neles contidos e na exposição que os apresenta.
Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental, Médio e Superior.
Horário: De terça a sábado, de 11h as 16h30min. É necessário agendar previamente.
Duração: 1 hora e 10 minutos
Objetivo: Instigar a percepção, a análise e a comparação dos objetos expostos, levando à compreensão dos
aspectos sociais, políticos, econômicos, históricos e tecnológicos da sociedade brasileira no século XIX.
Atendimento: Cada grupo de 20 a 25 alunos será acompanhado por um monitor do museu.
Espetáculo Som e Luz
Quem nunca pensou em voltar no tempo? O Som e Luz Petrópolis oferece esta oportunidade ao reviver alguns dos
mais importantes momentos do segundo reinado no Brasil. Trata-se de uma superprodução que utiliza efeitos especiais de
iluminação e sonorização para reviver a história de d. Pedro II.
A viagem começa no dia do baile das princesas, quando as irmãs Isabel e Leopoldina são apresentadas a seus futuros
maridos: o conde d'Eu e o duque de Saxe. Toda a corte está subindo a serra para comparecer ao evento. Você vai ouvir o
cocheiro convidá-lo para embarcar na carruagem que leva os convidados para o palácio imperial. Seus acompanhantes são
ninguém menos do que o marquês de Caxias – futuro duque de Caxias, e o barão do Bom Retiro, amigo pessoal de d.
Pedro II.
Enquanto a narração em off guia os espectadores pelo jardim do atual Museu (simulando o trajeto de subida da serra),
a iluminação cenográfica complementa a magia do espetáculo. De frente para a fachada do prédio, uma das principais
surpresas do espetáculo: o palácio está iluminado e pronto para a festa, como há 150 anos. Inclusive, é possível ver, através
das janelas, as silhuetas de d. Pedro II e seus convidados. Estão todos lá: a família imperial e a corte brasileira.
Mas como a viagem apenas começou, o Som e Luz Petrópolis prepara outra surpresa: uma cortina d'água –
posicionada estrategicamente no lado oposto à fachada do palácio – torna-se a tela em que são projetadas cenas do filme
que complementa o show. Será possível acompanhar a fofoca das convidadas sobre a dança da princesa Isabel com André
Rebouças, um negro que frequentava os salões da família imperial.
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O espetáculo ainda reserva espaço para contar sobre a Guerra do Paraguai, a assinatura da Lei Áurea e termina com a
chegada da República. Em 45 minutos, a noite de Petrópolis é iluminada pelos efeitos especiais que permitem oferecer uma
das mais inesquecíveis e emocionantes aulas de história brasileira.
Apresentações: de quinta-feira a sábado às 20h.
Valor: Adultos: R$ 20,00
Estudantes, professores e maiores de 60 anos: R$ 10,00
Um Sarau Imperial
Em 1878, a “princesa Isabel e seus amigos” recebem convidados especiais para uma reunião social. Embalado por
modinhas imperiais cantadas por uma soprano e acompanhadas por um (a) pianista, o sarau conta ainda com declamação de
poesias e conversas sobre assuntos políticos, sociais e culturais da época, retirados da correspondência particular da família
imperial.
Os convidados poderão também apreciar os mais belos figurinos daquela época, entrar em contato com notícias
jornalísticas daquele período e com a rotina de vida da princesa Isabel e de outros personagens históricos como a condessa
de Barral, baronesa de Loreto, Isidoro Bevilacqua (professor de piano da princesa Isabel) e Adelaide Taunay (canto).
A atividade tem como levar ao conhecimento dos alunos alguns aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais do
século XIX, bem como divulgar o acervo documental do Arquivo Histórico do Museu Imperial, do qual foi extraído o
conteúdo utilizado no texto apresentado pelas personagens do sarau.
O projeto apresenta como novidade a interatividade entre as personagens e o público como forma de suscitar
comparações entre o passado e o presente, estimulando, ao mesmo tempo, a reflexão crítica sobre as mudanças ocorridas no
país.
Valor: Adultos: R$ 10,00
Estudantes, professores e maiores de 60 anos: R$ 5,00
É concedida gratuidade aos alunos de escolas públicas e privadas que estejam acompanhados de seus professores.
Horário: sextas-feiras e sábados, às 18h30, para grupos de 20 a 120 pessoas. E às quintas-feiras, às 13h30 e às 15h para
escolas, mediante agendamento.
Duração: 45 minutos.
Local: Sala da Batalha de Campo Grande do Museu Imperial devidamente ambientada para a realização do Sarau. '
Atendimento: Grupo com o mínimo de 20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) alunos.
Agendamento: (24) 2245-4668 / 2245-4668
O Museu que não se vê
Os espaços do Museu Imperial geralmente não acessíveis ao público agora podem ser visitados por todos os
interessados. Com o projeto “O Museu que não se vê”, os participantes conhecem de perto os “bastidores” de um dos
museus mais visitados do país, incluindo seu acervo e setores técnicos: Biblioteca, Museologia/Reserva Técnica,
Laboratório de Conservação e Restauração, Arquivo Histórico e Educação.
O projeto existe desde 2002 e é parte integrante do calendário de eventos permanentes do Museu Imperial. O objetivo
da atividade, além da otimização pedagógica, é oferecer ao público a oportunidade de conhecer "curiosidades" do acervo
histórico, artístico e paisagístico preservado nos setores técnicos da instituição.
Horário: última quarta-feira do mês, às 9h e às 14h, para grupos de 5 a 15 pessoas
Duração: 2 horas
Local: setores técnicos do Museu Imperial – Educação, Biblioteca, Laboratório de Conservação e Restauração, Arquivo
Histórico e Museologia
Valor: gratuito, mediante agendamento
Agendamentos: (24) 2245-4668 ou [email protected]
Projeto "Dom Ratão"
O teatro conta a história de Dom Ratão e sua família, que chegam a Petrópolis para uma visita ao Palácio Imperial. Os
personagens descobrem como vivia a família imperial, percorrendo os diversos ambientes da residência de verão
e estabelecendo um diálogo ativo e lúdico com as crianças.
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Após o teatro, todos são convidados a vivenciar, em cada sala do museu, as observações e emoções experimentadas
pelos ratinhos, levando-os a uma apropriação visual e afetiva dos espaços, das imagens e dos objetos percebidos.
Público-alvo: Da Educação Infantil ao 2º ano do Ensino Fundamental.
Horário: De terça a sexta-feira, de 11h as 16h30min. É necessário agendar previamente no setor.
Duração: 1 hora e 10 minutos, com visita orientada.
Objetivo: Introduzir as crianças no ambiente do museu, através de uma experiência motivadora e preparatória à visita: o
teatro de fantoches.
Valor: gratuito, mediante agendamento
Atendimento: Sua realização só é possível com grupos de no mínimo20 e no máximo 45 alunos.
Agendamento: (24) 2245-7735 / 2245-7735 FAX: (24) 22457751.
Um Verão no Palácio Imperial
O teatro de fantoches “Um verão no Palácio Imperial” narra um dia da infância das princesas Isabel e Leopoldina ao
lado de Franz, um menino, filho de colonos alemães que vem visitar a residência do imperador. Durante a visita, são
apresentados alguns objetos existentes no palácio, em especial aqueles que tiveram seus usos transformados ao longo do
tempo, como é o caso dos relógios, das canetas de pena e dos grandes lustres à vela. Dom Pedro II surge, ao longo da
história, para cumprir um de seus compromissos favoritos: cuidar de perto da educação de suas filhas. Brinquedos e
brincadeiras comuns no século XIX também fazem parte do enredo desta história apresentada de forma alegre e interativa.
Ao término da peça, os alunos são levados a conhecer as dependências do palácio, identificando os objetos e os espaços
apresentados pelos personagens.
Público-alvo: Alunos da Educação Infantil ao 2º ano do Ensino Fundamental.
Horário: De terça a sexta-feira, das 11h às 16h30min. É necessário agendar previamente.
Duração: 1 hora, com visita orientada.
Objetivo: Apresentar ao público infantil personagens da família imperial e algumas de suas atividades no Palácio Imperial
durante os verões na cidade de Petrópolis.
Atendimento: Sua realização só é possível com grupos de no mínimo 20 e no máximo 45 alunos.
Valor: gratuito, mediante agendamento
Agendamento: (24) 2245-7735 / 2245-7735 FAX: (24) 22457751.
Caixa das Descobertas
Caneta
Ao abrir uma grande caixa, os alunos partem para a descoberta da trajetória histórico-temporal de um objeto
cultural de uso comum: a caneta. No seu interior, quinze caixas contendo, cada uma, um tipo de instrumento de escrita e
seus respectivos acessórios que podem ser retirados e explorados de forma dinâmica e lúdica. É possível experimentar
todos os tipos, observando a época em que foram utilizados. Assim, pode-se conhecer a história da escrita desde o uso do
carvão, na Pré- História, até o computador de hoje. Durante a exploração, uma série de indagações sobre o objeto de escrita
é feita, construindo-se coletivamente o conhecimento e despertando no participante a capacidade investigativa e o prazer de
redescobrir a realidade cultural que o cerca. Também é possível explorar textos informativos, curiosidades e ilustrações
complementares sobre o tema. A atividade inclui a organização de uma linha do tempo, sistematizando-se a trajetória
histórica do objeto desde a sua origem até os dias atuais.
Público-alvo: Alunos do 5º ao 7º ano do Ensino Fundamental.
Horário: Quartas ou sextas-feiras, das 11h às 15h30min. É necessário agendar previamente.
Duração: 1 hora e 30 minutos, com visita orientada adaptada ao projeto.
Objetivo: Estimular a descoberta, a exploração e a experimentação de instrumentos de escrita desde a sua
origem até os dias atuais.
Atendimento: Grupo de, no máximo, 25 alunos.
Valor: gratuito, mediante agendamento
Agendamento: (24) 2245-7735 / 2245-7735 FAX: (24) 22457751.
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Chapéu
Nesta atividade, a história do chapéu encontra-se guardada em uma caixa de grandes dimensões. Os alunos são
convidados a abrir sua tampa para descobrir e explorar esta história contida em dezesseis sacos com chapéus femininos,
masculinos e acessórios que combinam com o seu uso. Acompanhando cada tipo de chapéu, há uma cartela com
informações, imagens, curiosidades e passatempos sobre a sua criação. Todos os chapéus podem ser experimentados,
observando-se a época em que foram utilizados. Assim, pode-se conhecer desde o capuz de pele do homem das cavernas
até o popular boné. Uma linha do tempo também é montada, sistematizando-se a trajetória do objeto desde a sua origem até
os dias atuais.
Público-alvo: Alunos do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
Horário: Quartas ou sextas-feiras, das 11h às 15h30min. É necessário agendar previamente.
Duração: 1 hora e 30 minutos, com visita orientada adaptada ao projeto.
Objetivo: Estimular a descoberta, a exploração e a experimentação de chapéus femininos e masculinos desde a sua origem
até os dias atuais.
Atendimento: Grupo de, no máximo, 25 alunos.
Valor: gratuito, mediante agendamento
Agendamento: (24) 2245-7735 / 2245-7735 FAX: (24) 22457751.
Além das atividades realizadas no prédio principal, o complexo do museu Imperial compreende ainda:
Biblioteca do Museu Imperial
A Biblioteca do Museu Imperial é especializada em História, principalmente a do Brasil no período imperial. Possui
também biografias, história de Petrópolis e artes em geral; seu acervo é constituído por meio de permuta, doação e compra.
Hoje a Biblioteca conta com, aproximadamente, 60 mil títulos, com 8 mil obras raras, organizados em seis grandes
coleções.
Arquivo Histórico do Museu Imperial
O Arquivo reúne hoje uma coleção que alcança cerca de 250 mil documentos originais, tendo como ponto forte os
documentos do século XIX. Entretanto, dentro deste espaço também podem ser encontrados registros históricos que vão
desde o século XIII até o início do XX.
Outra valiosa contribuição para a memória do país é o precioso conjunto de fotografias que recupera parte da história
visual do Brasil, do estado do Rio de Janeiro e da cidade de Petrópolis desde o início da fotografia.
O acervo do Arquivo Histórico é constituído de documentos de caráter privado que, pela atuação política da maior
parte de seus autores e destinatários, são significativamente importantes pela complementaridade ou elucidação que
oferecem à documentação de caráter público conservada no Arquivo Nacional e no Arquivo Histórico do Itamarati.
Tais documentos abrangem principalmente o século XIX e o 1º quartel do século XX e estão relacionados aos
seguintes assuntos: Brasil - Reino; Rio da Prata e América Espanhola; Brasil - Império (1º e 2º Reinados); fase inicial da
República e assuntos relativos
ao estado do RJ e à cidade de
Petrópolis. Além desses, o
acervo possui arquivos
semipúblicos ligados à
formação histórica do estado
do RJ e, especialmente, de
Petrópolis.
Conservação e Restauração
No Laboratório de Conservação
e Restauração são realizadas
atividades de conservação,
conservação preventiva e
restauração com intuito de
preservar o acervo bibliográfico,
arquivístico e museológico sob
a guarda do Museu Imperial.
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SOBRE O MUSEU IMPERIAL
O Museu acha-se instalado no antigo Palácio Imperial de Petrópolis, morada predileta de D. Pedro II, que até surgir
Brasília, foi o único prédio construído para residência de um Chefe de Estado.
Construído com recursos particulares do Imperador, suas obras começaram em 1845, sendo dado como concluídas em
1864, em estilo neoclássico.
Estando em 1830, mais uma vez, na fazenda do Padre Correia, D. Pedro I, em razão da amenidade do clima e beleza
natural da região, pretendeu adquirir a fazenda.
Diante, porém, da negativa da proprietária, irmã do padre Correia, o Imperador comprou por 20 contos de réis, a
Fazenda do Córrego Seco, onde em 1843, nasceria Petrópolis, onde D. Pedro sonhava em erguer o Palácio da Concórdia,
nome esse que se identificava com seus propósitos políticos.
A crise política de 1831, seguida da abdicação de D. Pedro I, o sonho de construção do Palácio, acabou nas mãos de
seu filho, Pedro II, a quem a fazenda coube como herança.
Pelo Decreto nº 155, de 16 de março de 1843, criou a povoação de Petrópolis, autorizando aforamentos, reservando
uma área para a construção do Palácio, e concedendo outra para a construção da Igreja, sob a invocação de São Pedro de
Alcântara, seu padroeiro e do Império.
Surgiu a povoação, formada por imigrantes alemães, contratados pelo Governo da Província do Rio de Janeiro, para
os trabalhos na região, e que aqui chegaram em 29 de julho de 1845.
D. Pedro II costumava passar suas férias, e por vezes prolongando essa estada por seis meses, onde aproveitava para
seus estudos, visitas as escolas e longos passeios a pé ou á cavalo.
Quando de seu exílio, escrevia ao seu amigo o Visconde de Taunay – “Fale-me de Petrópolis”.
Com o “Exílio” da Família Imperial, estabeleceram-se no Palácio, os colégios Sion e S. Vicente de Paula.
A idéia de transformar a antiga residência de D. Pedro II em um museu, preservando a memória do período Imperial,
só foi caracterizada em 1939, com o decreto assinado pelo Presidente Getúlio Vargas.
As obras de limpeza e restauração duraram três anos e o Museu foi inaugurado em 1943, no primeiro centenário de
fundação da cidade de Petrópolis.
Como a maioria dos objetos do Palácio havia sido leiloada, foram necessárias doações particulares e requisições de
objetos que se encontravam em outros locais públicos, originários do Império.
Deste modo, nem todos os objetos e móveis, como também as obras de arte que aparecem no Museu pertenceram ao
Palácio.
As salas de exposições procuram manter suas funções com o passado para que se possa sentir o ambiente da época do
Imperador.
OS ANTECEDENTES DO PALÁCIO
A fazenda do Padre Correia
A idéia de uma residência fora da Corte, para fugir do calor carioca, era uma velha aspiração que vinha dos tempos de
D. João, Príncipe Regente.
Por terem sido pensados de improviso, os Paços do Rio, da cidade e de São Cristóvão, não
mereciam sequer o nome de Palácios. Porém, durante o reinado do acomodado e pacato Rei D.
João VI, ficou ele nos velhos prédios – o da cidade, construído no tempo dos Vice-Reis, como
armazém do Rei, e Casa da Moeda, e o de São Cristóvão, antiga propriedade dos jesuítas e que foi
adquirida em leilão por Elias Antônio Lopes, que a ofereceu ao Rei, e não se sabe em troca do
que. Mas em nenhum desses Palácios, ficavam as pessoas reais livres do calor do verão carioca.
Por isso foi sempre uma preocupação da Corte, ter um refúgio nas montanhas, para lá passar a
época do verão.
Em 1815, em comunicado ao Jornal do Comércio, escrevia o Major Koeler:
“Uma das maiores necessidades que experimentam os habitantes da Corte e da
Capital do Rio de Janeiro é de poder aliviarem-se do intenso calor que sofrem durante
os meses de verão. A Serra da Estrela, uma das mais elevadas da cordilheira,
lhes oferece esse refrigério, tanto pelo clima sumamente saudável e
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temperado, como pela comodidade e rapidez com que é possível efetuar-se a mudança de atmosfera
abrasadora para outra temperadíssima”.
D. Pedro I, bom cavaleiro e andador conhecera a fazenda do Padre Correia, no alto da Serra da Estrela, desde sua
primeira viagem a Minas, quando em março de 1822, ali pernoitou em missão política.
O Padre Antônio Tomás de Aquino Correia possuía uma das mais prósperas fazendas da região, oriunda da primitiva
sesmaria, que herdara de seus pais. A casa patriarcal, que ainda lá está de pé, possuía a frente um amplo pátio, em cujo
centro erguia-se monumental figueira que abrigava, com sua sombra, um batalhão inteiro.
Depois dessa viagem a Minas Gerais, tornou-se D. Pedro I, um assíduo freqüentador da Fazenda, principalmente por
motivo de saúde de sua filha a Princesinha D. Paula, a quem recomendaram os médicos, mudança de ares. A presença de D.
Paula nessa propriedade rural é documentada por vários visitantes que por ali passaram.
As primeiras estadas do Imperador foram em companhia da Imperatriz D. Leopoldina, mais tarde pela Imperatriz D.
Amélia. Mas a presença ali da Família Imperial devia causar grande transtorno à nova proprietária, D. Arcângela Joaquina
da Silva, irmã e herdeira do Padre Correia, pois a comitiva do Imperador era bastante numerosa.
Tal numerosa comitiva compunha-se, entre outros servidores, de cocheiro, cozinheiro, fora o pessoal de serviço. Todo
esse transtorno das estadas do Imperador foi notado pela Imperatriz, D. Amélia que sugere ao marido a compra da
propriedade.
A fazendeira alegou motivos sentimentais – a fazenda era um bem da família e não desejava passar para as mãos
estranhas – para recusar a oferta, e, talvez, por indicação da própria D. Arcângela, procurou D. Pedro o Sargento-mór José
Vieira Afonso, proprietário da fazenda nas vizinhanças, a do Córrego Seco, ou Rio Seco, como também era chamada. Não
devia ser esse militar um estranho à fazenda Imperial, pois, ainda tenente, dera guarda ao Príncipe D. João “no lugar da
Serra” recebendo por esse motivo a patente.
A precária produtividade das terras e o mau estado das construções era tal que tudo foi avaliado por um preço
irrisório.
D. Pedro se entusiasmara pelo local, desde quando sua passagem para Minas, em 1822. Chegando ao Alto da Serra,
sugeriu-lhe o belo panorama dali descortinado, a idéia de construir um palacete naquele lugar.
O Palácio da Concórdia.
Com a compra da fazenda do Córrego Seco ia D. Pedro I, realizar, enfim, o seu sonho de 1822; construir na nova
propriedade o seu sonho de verão, ao qual daria o nome, de Palácio da Concórdia, nome que também atribuiria à fazenda.
D. Pedro tinha pressa na construção, tanto que o seu arquiteto particular Pedro José Pezerat apresentou orçamento,
pormenorizado, com detalhes do projeto, em 27 de fevereiro de 1830 dando a impressão de que o local já estava escolhido.
Entretanto, a situação política não estava de acordo com seus planos, uma vez que a 7 de abril de 1831, sobreveio a
Abdicação, ficando assim abandonado o plano carinhosamente elaborado.
D. Pedro II e o Córrego Seco.
Morto em Portugal o ex-Imperador, como Duque de Bragança, foi aberto o seu inventário, e por deliberação do
Conselho da Família, tocou a Fazenda do Córrego Seco a D. Pedro II.
O PALÁCIO IMPERIAL E SEU ACERVO
O Museu
O Museu Imperial é responsável guarda, preservação, estudo e divulgação de mais d e 9 mil peças dos séculos XVIII e
XIX, distribuídas em diferentes categorias, tais como: alfaias, armaria, cristais, esculturas, heráldica, indumentária e
acessórios, iconografia (óleos, aquarelas, guaches e outros), insígnias, instrumentos musicais, mobiliário, numismática,
ourivesaria, porcelanas, prataria, sigilografia e viaturas.
Após a criação do Museu Imperial, em 29 de março de 1940, a formação do seu acervo histórico e artístico teve início
com a transferência das coleções do extinto Museu Histórico de Petrópolis. Ao longo dos anos, o acervo foi ampliado com
a transferência de peças oriundas de outras instituições públicas e privadas, além de compras feitas a particulares e doações
de vários colecionadores como Guilherme Guinle, príncipe d. Pedro de Orléans e Bragança, conde Modesto Leal, Lineu de
Paula Machado, Sérgio Lemgruber, Tobias Monteiro, Edmundo da Luz Pinto, Luísa Leite de Sousa e Ítala Gomes de
Carvalho.
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O acervo do Museu Imperial tem na coroa de d. Pedro II a sua peça de maior destaque, assim como o cetro dos
imperadores brasileiros e a pena usada pela princesa d. Isabel para assinar a Lei Áurea em 13 de maio de 1888.
O acervo do Museu está disposto nos seguintes espaços:
A. Sala das viaturas (Ucharia)
Situada em edifício anexo ao Museu.
Neste local, na época de D. Pedro II, funcionava a “ucharia” – despensa, especialmente para carnes, nas casas reais,
ou casas abastadas, depósito de mantimento.
A ucharia do Museu Imperial era o prédio anexo ao antigo Palácio e foi construído nas décadas de 20/30, pelos padres
do Colégio São Vicente de Paula, no local onde se localizavam as ucharias do Palácio Imperial.
A expressão UCHARIA teve origem na palavra UCHA, que designava uma arca, usada pelos lavradores, para guardar
pão e outros gêneros alimentícios. A Ucha era um recipiente de madeira revestido de folhas de metal (zinco), tendo um
compartimento em baixo, forrado de metal que armazenava carvão em brasa, para manter os alimentos quente, uma vez que
não existiam cozinhas ao lado da sala de refeições, e assim os alimentos eram cozinhados fora, em outro local, e trazidos
para as salas de refeição, quentes, e depois servidos. Ao longo do tempo conceito foi ampliado, recebendo então, o nome
de Ucharia, que hoje significam Despensa.
Atualmente o prédio é conhecido como Sala das Viaturas, e apresenta os meios de transporte mais comuns de uma
época – séc. XVIII e XIXI.
Na sala de entrada, temos a “Tela: Batalha de Campo Grande, 1871 – Pedro Américo (1843 a 1905)”. Essa tela foi
exposta na Exposição Universal de Viena em 1873 - Também conhecida como “NHU-GUASSÚ ou ACOSTA ÑU – óleo
sobre tela.
Pedro Américo e Melo era Paraibano, nascido na cidade de Areias. Aos 11 anos já demonstrava o seu talento para o
desenho e assim foi contratado, por uma missão exploratória que passava pela Paraíba, como “desenhador” dessa missão
desenhando a flora e a fauna da colônia. D. Pedro II o presenteou com uma bolsa de estudos e foi para a França.
A pintura histórica – com as dimensões de 5,30 de altura por 3,32 m de comprimento - retratou momentos
significativos de nossa história. Nessa tela, temos retratado a última batalha travadas as margens do Rio Japuri, durante a
guerra do Paraguai. Pedro Américo nunca esteve na guerra, sua inspiração vinha do seu imaginário e relato de pessoas que
nela participaram. O momento culminante, representa o Conde D´Eu, marido da Princesa Isabel, atravessando um rio, para
estabelecer combate com tropas inimigas. Pedro Américo foi duramente criticado por opção de “reduzir” aquela sangrenta
batalha a uma ação individual do Conde D´Eu, retratando-o heroicamente como figura central da tela. Essa crítica afetou
Pedro Américo ao ponto dele pintar, em 1877, uma nova tela de ação bélica, de proporções gigantescas, foi a BATALHA
DO AVAI (Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro.) com as dimensões de 11 metros de comprimento por 6 metros
de altura, e essa tela apresenta uma ação guerreira coletiva, onde aparece todo um exército, incluindo seis negros, que ainda
não tinham sido alforriados.
Como era de costume Pedro Américo, retratou a si mesmo, e aparece como soldado de número 33.
B. O Prédio principal:
B.1. Vestíbulo
Apresenta piso em mármore de Carrara e mármore preto originário da Bélgica, colocado em 1854, destacando-se
ainda os assoalhos e as esquadrias em madeiras de lei, como o jacarandá, o cedro, o pau-cetim, o pau-rosa e o vinhático,
procedentes das diversas províncias do Império.
Do lado direito, temos o relógio-armário, em mogno, com pêndulo de bronze que pertenceu a este Palácio e nunca foi
retirado do local em que se encontra até hoje.
CONSOLO DE JACARANDÁ: e as Armas do Império do Brasil, estilo Império.
ESPELHO DE CRISTAL: MADEIRA DOURADA. Foi da antiga Fazenda do Córrego Seco.
CONSOLO DA JACARANDA: com coroa e as iniciais T de Teresa, na parte inferior, fundo de espelho.
RELÓGIO ARMARIO: Caixa de mogno com pêndulo de latão. Pertencia ao Palácio.
QUADRO:
D. PEDRO II: Óleo sobre tela, autoria de Felix Taunay. D. Pedro com 12 anos. Datada de 1837.
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B.2. Sala dos diplomatas
Quando D. Pedro II estava no Palácio, no verão – 6 meses do ano - toda a corte também se mudava para a cidade de
Petrópolis. Nesta sala D. Pedro II recebia as homenagens dos visitantes e diplomatas de outros países.
Destacamos, nesta sala, a fina mobília de jacarandá com as Armas do Império e os dragões, no alto dos espaldares.
O conjunto de Móveis fazia parte de uma sala equivalente no Palácio de São Cristóvão.
MOBÍLIA DE JACARANDA: com estofado tecido a mão, Aubusson.
MESA DE CENTRO: Com incrustações de madrepérola e bronze.
LUSTRE: para quatro luzes. Bronze prateado e mangas de cristal. Foram do Palácio.
ESPELHO DE CRISTAL com moldura de madeira dourada.
TAPETE AUBUSSON Século XIX.
CONSOLO DE MOGNO com tampo de mármore com a sigla PII.
RELÓGIO DE BRONZE DOURADO.
“MIMA”: Escultura em mármore branco, obra do Conde Artur de Gobineau (1816 – 1880),diplomata
francês,escritor e amigo do imperador d. Pedro II
ESCARRADEIRA de porcelana francesa. Limóges, século XIX.
CASTIÇAIS: Par, bronze, mangas de cristal.
PAINÉIS, par em gobeline francesa com motivos florais, tropicais. Moldura com armas o Império Brasileiro.
Foram do Palácio de S. Cristóvão.
QUADROS:
D. Maria II, rainha de Portugal, filha de Pedro I. Óleo sobre tela.
D. JOÃO VI, Óleo sobre tela.
ARMAS DO IMPÉRIO DO BRASIL, metal dourado.
B.3. Sala dos Cristais
Sala onde se guardavam os cristais para as refeições. Essa sala servia também para acomodar a UCHA, recipiente de
metal com carvão em brasa, que mantinha a comida aquecida que era feita em local fora do Palácio, na Ucharia, onde hoje
temos a Sala das Carruagens.
Possui um armário vitrine onde podemos observar diversos utensílios, como copos, pratos e outros.
B.4. Sala de jantar
O teto é decorado de maneira à compor o ambiente, é de estuque onde podemos ver flores, frutos, rosas e flores do
campo, peras, romãs, uvas, cajus, goiabas e abacaxis.
A mobília em mogno pertenceu ao Palácio de São Cristóvão, a saleta anterior (B.3), como já foi dito, possui a função
de distribuição de refeições. As uchas eram trazidas, aquecidas, e quando tudo estivesse pronto, as portas se abriam e tudo
era servido.
TAPETE: Manufaturado Aubusson. França, estilo Luiz XVI, século XIX.
LUSTRE: Para 48 luzes, em metal dourado, com fileiras de pingentes e bobeches de cristal, nas cores verde,
púrpura, rosa e branco.
MESA: Mogno, cadeiras, etagére e aparadores. Peças decoradas com dragões, notando-se nas portas da
etagére, troféus do Exército e da Marinha, como peças de cristal de Bacará.
VASOS: Par, de porcelana francesa com efígies de D. Pedro II e Teresa Cristina. Séc XIX.
SOBRE A MESA: Pratos rosa e pratos de sobremesa. Serviço do casamento de D. Pedro I e D. Amélia,
copos, garrafas, jarras e fruteiras de cristal de Bacará, francesa. Paliteiro na forma de pássaro pousado sobre
um araçá.
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QUADROS:
FRUTOS DO BRASIL: mesa posta para pequena refeição.
B.5. Corredor
CONSOLOS: Par. Vinhático com aplicações de metal dourado e tampo de mármore.
CANDELABROS: Par. Para cinco luzes. Bronze dourado.
QUADROS:
D. PEDRO II: Óleo sobre tela (1879)
D. PEDRO I: o Imperador traz no braço esquerdo os topes nacionais, usados na época da
Independência, escrito “Independência ou Morte” (1822).
LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL: Ermida N. S. dos Remédios (1863).
ASPECTOS DO RIO DE JANEIRO: Óleo sobre tela.
LARGO DO MACHADO.
ENTRADA DO RIO DE JANEIRO
PAISAGEM DO MORRO DA VIUVA (1887)
CORVETA CRISTINA: (1887).
PAISAGEM DA WESTFÁLIA: Petrópolis
CASCATA TIJUCA.
CASCATA GRANDE DA TIJUCA (1884)
VISTA DA BAIA DO RIO DE JANEIRO.
VISTA DO RIO DE JANEIRO.
B.6. Sala de costura da Imperatriz
Nessa época em que não se tinha nada para se fazer, fora de casa, os divertimentos eram poucos, se passava o tempo
ocupando as senhoras e meninas em trabalhos manuais.
CAIXA DE COSTURA: Com gravura Oriental – Chinesa -, aberta e com diversos instrumentos de costura.
MOBILIA: Completa com sofá e cadeiras em jacarandá e assento em palhinha.
RELÓGIO ARMÁRIO:
LUSTRE: Formato de coroa.
CONSOLOS: Pau-rosa e jacarandá, com tampo de mármore.
CANDELABRO: Para cinco luzes
TAPETE: Buscara.
QUADROS:
CENAS HISTÓRICAS – desembarque no Largo do Paço.
RETRATO DE JOSÉMARIA, engenheiro responsável pela construção do Palácio.
RETRATO DAMULHER DO ENGENHEIRO.
GUERREIROS – Par. óleo sobre tela.
B.7. Sala de piano da Imperatriz
Com um piano de cauda, em jacarandá, fabricado nos Estados Unidos – Presente do fabricante à Imperatriz D. Teresa
Cristina (1872).
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BUSTO DE D. PEDRO II.
COLUNA: De mogno.
MOBÍLIA; composta de sofá e cadeiras, estofo de veludo com as iniciais T, Teresa Cristina.
CONSOLO: Par em mogno.
VASO: Cristal da Boêmia.
MESA: Para jogos, desdobrável, em jacarandá.
QUADROS:
FAMÍLIA IMPERIAL. A Imperatriz, o Imperador e as princesas. Óleo sobre tela (1857).
TERESA CRISTINA: óleo sobre tela.
B.8. Sala de música
Neste ambiente onde se realizavam as festas – Saraus – do Palácio, estão expostos alguns instrumentos que animavam
os bailes da colônia.
Esta sala foi inaugurada em 1852, logo antes de concluído o Palácio, com um Sarau em homenagem aos 26 anos de D.
Pedro II.
De acordo com o ambiente, o teto, em painéis estucados, é decorado com instrumentos de música e dragões
heráldicos. O salão era aberto para os jardins. As portas são de cedro e o assoalho é em pequia-rosa, com friso de jacarandá
e pau-cetim. O espaço entre as janelas e portas efeito com pilastras jônicas.
MOBILIA: Jacarandá com estofo de Aubusson. Nos espaldares Armas do Império do Brasil nos espaldares.
MESA: Mogno com tampo de mármore
VASO DE CRISTAL BACARÁ: Decorado com a coroa Imperial e sigla PII. França.
JARRÕES: Par de porcelana Austríaca.
LUSTRES: De cristal com armação de metal.
TAPETE: Manufaturado de Aubusson. França
INSTRUMENTOS MUSICAIS:
HARPA: França século XIX.
ESPINETA: Madeira dourada e pintura a mão. Estilo Luiz XVI. Único exemplar no mundo..
PIANO: Mogno com incrustações de bronze dourado. Inglesa.
B.9. Saleta
MOBILIA: Mogno com aplicações de bronze dourado. Estilo Império.
LUSTRE DE CRISTAL: Século XIX.
TAPETE AUBUSSON: França.
QUADROS:
ENTRADA DA BAÍA DO RIO DE JANEIRO. Óleo sobre tela
FLORESTA: PAISAGEM. Guache de Edmundo Riviére. 1847
PRINCESA ISABEL. Óleo sobre tela. 1868.
B.10. Gabinete de trabalho D. Pedro Augusto
Neto mais velho do Imperador, filho da Princesa Leopoldina e do duque de Saxe. (1845-1907), e aqui era o seu
ambiente de trabalho e estudo.
MOBILIA; Mesa, armário, estante, cadeiras, fabricação francesa.
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CANDEEIRO PARA ÓLEO DE COLZA; Com mecanismo automático. Metal dourado, vidro e manga de
cristal.
CESTA DE PAPEIS: Madeira e tela de metal.
TAPETE: Manufaturado Persa, legenda em árabe “Congratulações por ordem de sua alteza”.
QUADROS:
D. PEDRO II: óleo sobre tela -1857.
ARMAS DO IMPÉRIODO BRASIL: Trabalho executado em miolo de salgueiro.
D. PEDRO AUGUSTO: Xilogravura.
D. TERESA CRISTINA; Litografia, segundo fotografia.Século XIX.
D. PEDRO II: Litografia, autoria de Marim-Lavigne, segundo fotografia de Joaquim Gomes Tourinho
da Silva. Estes dois retratos foram executados durante a visita dos Imperadores à Bahia, em outubro
de 1859.
B.11. Sala dourada
Além da fina talha dourada do mobiliário, estilo Luiz Felipe, podemos destacar dois quadros a óleo com temas
envolvendo momentos políticos importantes da vida de D. Pedro II: o da esquerda, a coroação em metade do século XIX de
François René Moreaux, o da direita, a abertura da Assembléia Geral, no Senado do Império, com D. Pedro II vestindo os
trajes majestático, pintado por Pedro Américo em 1872.
Os móveis ficavam na sala do reinado no Rio de Janeiro.
MOBÍLIA: Talha de ouro. Sofá, poltronas, mesa, consolo e espelho, estilo Luis Filipe.
TAPETE AUBUSSON
LUSTRE: Para 20 luzes.
JARRA DE CRISTAL BACARÁ: Com arma do Império.
CANDELABRO E RELÓGIO em bronze dourado.
QUADROS:
D. PEDRO II: em bronze de autoria de Cristiano Luster. Doação da Prefeitura de Petrópolis.
ATO DA COROAÇÃO DE SUA MAJESTADE O IMPERADOR: Óleo sobre tela. Autoria de François
René Moreaux. Assinado e datada, 1843. A cena retrata a cerimônia de coroação do Imperador, na
Capela Imperial, no Rio de Janeiro, no momento da imposição das mãos, pelo Arcebispo-Primaz do
Brasil, D. Romualdo Antônio Seixas à frente do qual está ajoelhado o Imperador. Com a Proclamação
da República, a tela que estava no Paço da cidade foi levada para o Castelo D´Eu, na França, de onde
retornou ao Brasil em 1975.
D. PEDRO II NA ABERTURA DA ASSEMBLÉIA GERAL: Óleo sobre tela de autoria de Pedro
Américo de Figueiredo Melo, Assinado e datado, 1872.
D. PEDRO I. Datado e assinado 1836.
D. MARIA DA GLÓRIA – 1827. Filha mais velha de Pedro I. Foi Rainha de Portugal como D. Maria II.
D. PEDRO II. Óleo sobre tela.
D. TERESA CRISTINA – 1850.
B.12. Sala da Jarreteira
A ORDEM DA JARRETEIRA: A Ordem da Jarreteira foi criada por Eduardo III da Inglaterra, em 1348. A
Condessa de Salisbury, amante do Rei, dançando com ele, quando caiu sua liga ou jarreteira, da perna esquerda. O Rei
apanhou-a e a entregou à Condessa, mas vendo que os cortesões riam de maneira maliciosa e ofensiva, disse – “Honi soit
qui mal y pense” (vergonha sobre quem puser nisso malícia). “Os que hoje riem, ufanar-se-ão amanhã de a usar”, e assim
criou a Ordem da Jarreteira. Os estatutos foram modificados por Henrique VIII, em 1552.
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A Ordem da Jarreteira foi concedida a D. Pedro II, em 11-071871 pela Rainha Vitória. O traje apresenta, além da
veste, manto luvas e chapéu, e a própria jarreteira usada na perna esquerda em veludo azul, com a famosa frase bordada em
ouro
VITRINE: Hábito da Ordem da Jarreteira de D. Pedro II, composto de:
VESTIA: Lamé prateado. Bordados e rendas de fio de prata.
MANTO: Veludo azul forrado de seda branca, com o emblema da Ordem bordada do lado esquerdo.
CAPELO MANTELETE: Veludo carmesim forrado de branco.
LUVAS: Pelica branca guarnecida de renda de fio de prata.
ROSETA: Cetim branco e renda de fio de prata. Era usada abaixo do joelho esquerdo.
CHAPEU: Veludo verde escuro. Tope de penas de garça.
Este traje era somente usado em cerimônias previstas nos Estatutos da Ordem (D. Pedro II jamais teve oportunidade
de usá-lo). As peças da Ordem pertencem a Dom Pedro de Orleans e Bragança.
QUADROS:
PRÍNCIPE ALBERTO SAXE – CORTISBURG – Gravura. Marido da Rainha Vitória da Inglaterra – O
Príncipe aparece trajando o hábito de Cavalheiro da Ordem da Jarreteira.
D. PEDRO II: Óleo sobre tela, autoria de Vitor Meireles – 1877.
B.13. Sala das insígnias majestáticas de D. Pedro I e D. Pedro II
COROA DE D. PEDRO II: Ouro cinzelado, 639 brilhantes e 77 pérolas, pesando 1.700 gramas, foi elaborada
no Rio de Janeiro por Charles Marin, ourives e fornecedor da Casa Imperial, para a coroação ocorrida em 18
de julho de 1841. Pronta com dez dias de antecedência foi colocada em exposição ao público em almofada
de seda branca, sob redoma de cristal, cercada de luzes para destacar sua riqueza e brilho. Para sua confecção
foram utilizados os brilhantes da coroa de D. Pedro I e fio de pérolas herdado por D. Pedro II. O Imperador
costumava usá-la duas vezes por ano: na abertura e encerramento da Assembléia Geral. Com a Proclamação
da República, a coroa ficou guardada no Tesouro Nacional, até 1943, quando foi transferida para o Museu
Imperial
COROA DE D. PEDRO I: Feita no Rio de Janeiro pelo ourives Manuel Inácio de Loiola, segundo desenho
de Inácio Luiz da Costa, para coroação do Imperador, ocorrida em 1º de dezembro de 1822. Pesando 2,684
Kg, a coroa também de ouro cinzelado, se encontra sem as pedras preciosas, pois foram usadas na coroa de
D. Pedro II. Outra peça em destaque é o Cetro de ouro, com um dragão de olhos de brilhantes e que serviu
aos dois Imperadores.
CETRO: Ouro e brilhantes, segundo elaboração dos mesmos ourives. Foi usado por D. Pedro I e D. Pedro II.
ESPADA DE CORTE: metal dourado, madrepérola e aço.
ESPADIM: Ouro, brilhante e aço de Toledo. Na Lâmina a legenda “Viva o Rei de Portugal”. Fabricação
portuguesa.
BASTÃO DO MORDOMO-MOR DA CASA IMPERIAL: Bronze dourado e Marfim. Feito para a ocasião
da coroação de D. Pedro II, quando foi usado pelo Marquês de São João da Palma, D. Francisco de Assis
Mascarenhas, como se vê na tela Ato de Coroação de Sua Majestade o Imperador (Sala dourada).
PUNHAL: Ouro, ébano e aço. Traz as Armas do Império do Brasil e a sigla PII. Doação de Benjamim
Vargas.
B.14. Sala dos trajes majestáticos de D. Pedro II
O manto de D. Pedro II é de veludo verde, bordado a ouro, com esferas armilares, dragões, estrelas, barra com
ramagens, placas com a sigla do Imperador e uma grega.
MANTO: Veludo verde forrado de Lhama com fios de ouro. Aplicação de Esferas Armilares, dragões,
estrelas e sigla PII; decoração de ramagens e grega, tudo bordado a fio de ouro e lantejoulas. Feita no Rio de
Janeiro para a coroação de D. Pedro II.
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MURÇA: Feitas de papos de Tucanos.
VÉSTIA: Cetim branco. Folhas e frutos de carvalho forrados com fios de ouro. Faixa do mesmo tecido com
franjas e bordados.
SAPATOS: Par. Cetim branco, bordado a fio de ouro.
LUVAS CÂNDIDAS: Malha de seda branca. Armas do Império do Brasil, bordadas a fio de ouro.
COLAR DE GRÂO CRUZ DA ORDEM DA ROSA: Insígnias e banda de Grão Cruz da Ordem do Cruzeiro.
QUADRO:
D. PEDRO II: Óleo sobre tela assinado por Francisco de Souza Lobo.
B.15. Sala do cofre do Príncipe de Joinvile
COFRE: Porcelana, biscuit e bronze dourado. Cenas da vida do Príncipe. Presente do Rei Felipe de França.
QUADROS:
PRÍNCIPE DE JOINVILLE: Autoria de Leon Noel. 1846.
PRÍNCESA DE JOINVILLE: Litografia. 1847.
LA BELLE PAULE: Óleo sobre tela. Fragata francesa que, comandada pelo Príncipe de Joinville,
transportou em 1840, os despojos de Napoleão I, da ilha de Santa Helena para a França. Comandada
pelo Príncipe chegou ao Rio de Janeiro (1843), para casar-se com a Princesa D. Francisca.
B.16. Corredor
SOFA DE JACARANDÁ.
VITRINE DE MOGNO.
ARCAS DE CEDRO OU CHIMBÓ: Peças do fim do século XVII, e ditas como sendo da Bahia.
MEIA CÔMODA: Jacarandá. Século XVIII.
QUADROS:
LARGO DOM AFONSO: Óleo de Augusto Duarte, datado de 1886. No primeiro plano, telhado do
antigo Hotel Orleans, hoje Universidade Católica de Petrópolis.
PAISAGEM: Aquarela: Vista da antiga estrada velha no Alto da Serra, antiga Volta do Carvão.
VISTA DA FAZENDA DO PADRE CORREIA: No primeiro plano a lendária figura de Tiradentes.
VISTA DE PETRÓPOLIS: Óleo sobre tela, datado e assinado 1888.
FILIPE FAULHABER: datado de 1902 e assinado. Filho do colono alemão que veio com seu pai com
a idade de 9 anos para Petrópolis.
MARIANA LAUTERBACH FAULHABER: Óleo sobre tela. Filha de colono que se casou com Filipe.
1859.
FREDERICO TEODORO STROELLE: Um dos fundadores do atual Coral Concórdia, 1863.
B.17. Escadaria nobre e Galeria
ESCADA NOBRE: Construída pelo colono Henrique Luis Lager, em dois anos - 1853. Degraus de peroba
rosa e jacarandá.
CONSOLOS: Par, acompanhado de espelhos.
CANDELABRO: Acompanhado de oito luzes.
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B.18. Saleta
RELÓGIO ARMÁRIO: Marchetaria e aplicações de bronze dourado. Monograma BSC – Barão de São
Clemente.
CADEIRA MADEIRA E PALHINHA. Monograma BSC. Pertenceu à Baronesa.
ESCRIVANINHA: Tuia. Com aplicações de bronze dourado e placas de porcelana decoradas. Fabricação
francesa. Pertenceu a Baronesa de São Clemente.
QUADRO:
VISTA DE TERESÓPOLIS: óleo sobre tela. Assinado e datado Jorge Mendonça – 1907.
B.19. Quarto da Princesa Isabel.
D. Isabel Cristina, filha mais velha de Pedro II e Dona Teresa Cristina assinou como regente do Império, a Lei do
Ventre Livre (28 de setembro de 1871), e a Lei Áurea que aboliu a escravidão, em 13 de maio de 1888. Casou-se com o
Príncipe Gastão de Orleans, Conde D´Eu, neto do Rei Luís Filipe de França.
TETO – ESTUQUE: Decoração de rosáceas de folhas de acanto orladas de estrelas, nos cantos coroas de
louro.
CAMA: Jacarandá, com coroa Imperial esculpida. Pertenceu a Princesa quando menina.
CRUCIFIXO: Imagem de cedro e gotas de rubi. Cruz de jacarandá com ornatos e resplendor de prata com
ametista. Foi da Capela do Padre Correia, em Correias.
COMODA ESCRIVANINHA: Jacarandá, embutidos de latão e tampo de mármore.
RELÓGIO: Bronze dourado, estilo Luis Filipe, séc. XIX.
CADEIRAS: (4) Jacarandá. Coroa Imperial de bronze no espaldar. Estofo de Albusson.
POLTRONA: Mogno, estofado de seda.
COSTUREIRO: Charão e incrustações de madrepérola. Luis Filipe.
LUSTRE: Metal e crista do século XIX.
QUADROS:
PRINCESA ISABEL E PRINCESA LEOPOLDINA: Litografia século XIX.
D. PEDRO II. Litografia – 1847.
PRINCESA ISABEL: Óleo sobre tela – 1886.
MUCAMA COM CRIANÇA NO COLO: Óleo sobre tela. Trata-se de retrato de Luis Pereira de
Carvalho, Nhozinho, no colo de sua mucama Catarina
B.20. Sala dos berços
BERÇOS: (2) de Jacarandá, bronze e latão dourado. Feitos para os filhos de D. Pedro II e Tereza Cristina.
Um dos berços tem dragões em sua cabeceira, ele pertencia ao Príncipe D. Pedro II.
CADEIRAS: Par em jacarandá com assento em palhinha, espaldar vazado com armas do Império do Brasil,
ladeado de dragões.
CONSOLO: Trabalho indo-português. Madeira Teca.
BERÇO: Talha de cedro dourado. Séc. XIX. Feito para o Príncipe D. Pedro Augusto, neto mais velho de D.
Pedro II, usado, mais tarde pelo Príncipe de Grão-Pará.
CADEIRA: Cedro dourado, e estofada de veludo verde.
TAPEÇARIA. Gobelin manufatura francesa. Cena campestre
QUADROS:
PRÍNCIPE DE JOINVILLE: Óleo sobre tela – 1823. Cópia executada sobre original.
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D. MARIA II, RAINHA DE PORTUGAL: Gravura feita de maneira negra de Guilherme Ward,
executada segundo a tela de João Zephaniah Bell, pintor inglês que retratou D. Maria II, em 1833,
quando passou por Lisboa.
D. PEDRO II: Óleo sobre tela – 1889
PAISAGEM: Óleo sobre tela, autoria de José Malhoa.
CAMPANÁRIO DE MONT-CHEVALIER: Óleo sobre tela, autoria de Álvaro Catanheda.
B.21. Quarto de vestir de D. Pedro II
Neste cômodo podemos ver os móveis utilizados por D. Pedro II, quando fazia sua troca de roupa, auxiliado por seu
mordomo especial.
CONSOLOS: Estilo Império. Mogno com aplicações de cedro dourado. Espelho com moldura de talha
dourada, tendo ao alto, entre outros motivos ornamentais as Armas do Império do Brasil e troféus da
marinha.
MESA: Estilo com aplicações em bronze dourado.
LAVATÓRIO: Estilo Império, com aplicações de bronze dourado.
ARMÁRIO QUARDA ROUPA: Estilo Império com aplicações de bronze dourado, no alto a coroa Imperial.
ESCOVAS E CALÇADEIRAS: De marfim com as siglas PII e T.
PORTA JOIAS: Nogueira com aplicações de marfim francesa.
QUADRO:
FRAGATA CONSTITUIÇÃO: Óleo sobre tela -1845. Foi a fragata que trouxe a Imperatriz Teresa
Cristina de Nápoles para o casamento com D. Pedro II
SAGRADA FAMÍLIA: Óleo sobre tela de autoria desconhecida.
D. PEDRO I. Cristal vista alegre.
B.22. Oratório do Imperador
ARTE SACRA BRASILEIRA SÉCULOS XVII, XVIII, XIX.
IMAGEM DE N. S. MENINA E SANT´ANA. MADEIRA POLICROMADA.
ORATÓRIO: Carvalho pintado de escuro. Forrado de damasco. Móvel de transição com características do
estilo D. João V e D. José I.
CRUCIFIXO: De jacarandá, com imagem, de madeira estofada, Remate da cruz, tabuleta e resplendor de
prata do Porto.
CASTIÇAIS: (Par) Prata, cujas arandelas afeta a forma de uma corola.
CÁLICES E PATENA: Prata, peças feitas a mão.
NAVETA: Forma de pomba de prata, da metade do século XVII.
NAVETA: Prata. Sugere uma galera de fins do século XVII, e princípio do XVIII.
OSTENSÓRIO E CUSTÓDIA: Prata dourada.
CALDEIRINHA DE ÁGUA BENTA: Prata.
CRUCIFIXO PROCESSIONAL: Prata, 2ª metade do século XIX.
LANTERNAS DE PROCISSÃO: Prata.
TOUCHEIROS: DE MADEIRA DOURADA. Estilo rococó florido da época de D. Maria I.
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B.23. Corredor C
QUADROS:
D. PEDRO II E D. TERESA CRISTINA: Óleo sobre tela.
PARADA DO DIA 2 DE DEZEMBRO NO LARGO DO PAÇO. Autoria Louis-Jules Armout e Victor
Adam.
PEDREIRA DO RIO DE JANEIRO. Vista do Palácio de São Cristóvão. Litografia.
PAVILHÃO DAS ARMAS DO IMPÉRIO DO BRASIL. Talha policromada. Estilizadas de tabaco e
carvalho nos centros dos retângulos, cartelas com as iniciais PT (Pedro e Teresa).
D. PEDRO II. Busto em bronze, mostrando o Imperador menino.
D. PEDRO II. Busto em bronze, mostrando o Imperador adolescente com a coroa cívica.
B.24. Quarto de Suas Majestades
Neste aposento pode-se apreciar o mobiliário do casal em jacarandá, decorado com as Armas do Império, e o
romântico trabalho do teto, com as iniciais P e T, e as papoulas, inspiradoras do sono.
Estuque em cornija e caixotão. Decoração que sugere as linhas da Bandeira Nacional. Grande rosácea formada de
folhas de acanto, no centro, contornado por papoulas e estrelas, dentro de um losango de folhas estilizadas de carvalho, nos
centros dos retângulos, cartelas com as iniciais P e T.
TETO: Estuque. Em cornija e caixotão. Decoração que sugere as linhas da bandeira nacional. Grande rosácea
formada de folhas de acanto, no centro, contornado por papoulas e estrelas, dentro de um losango de folhas
estilizadas de tabaco e carvalho nos centros dos retângulos, cartelas com as iniciais PT (Pedro e Teresa).
LUSTRE: bronze e cristal. Foi do Palácio de São Cristóvão.
MOBÍLIA: Jacarandá, conjunto de leito para casal, camiseiro, guarda roupa, penteadeira, mesas de cabeceira.
No leito, escudo com as siglas PII, coroadas e ladeadas por dragões. Guarda roupa com Armas do Império
do Brasil e ornados de bronze dourado.
CANDEEIROS: Par, para óleo de colza.
CRUCIFIXO: jacarandá com guarnições de prata, séc. XVIII.
GOMIL COM BACIA: (Jarro de boca estreita) de prata.
ESPELHO: Jacarandá com aplicações de bronze dourado e encimado pelas Armas do Império do Brasil,
estilo Império.
MESA: Mogno com tampo com trabalho de marchetaria.
CADEIRAS (6): Jacarandá com encosto e assento de palhinha. No espaldar as Armas do Império do Brasil,
ladeada de dragões.
FLOREIRA: Ferro dourado e cristal, com as Armas do Império do Brasil e do Reino de Duas Sicília e
monograma da Imperatriz Teresa Cristina a quem pertenceu.
TAPETE AUBUSSON.
VASO DE PORCELANA SÉVRES, que pertenceu a família Imperial.
QUADRO:
VIRGEM E O MENINO: Óleo sobre tela, sem assinatura e sem data.
B.25. Sala de Estado
O Trono que pertenceu ao Paço de São Cristóvão é de cedro dourado e veludo verde; possui duas esfinges nos pés
dianteiros, um dragão ao alto do espaldar, e bordado de prata e a sigla PII, entre duas palmas.
Desde a antiguidade, a cadeira em que se sentavam os Chefes de Estado, o Trono, adquiriu importância e passou a ser
suntuosamente decorado, pois significava autoridade e poder.
No Brasil D Pedro II possuía um Trono em todos os Paços, Senados e no Supremo Tribunal de Justiça.
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Mesmo que Petrópolis não tenha tido um Trono, a sala em que o Trono de São Cristóvão está exposto era o local das
recepções oficiais.
Os trabalhos em estuque do teto comprovam isto, pois são decorados com símbolos do poder Imperial: a sigla de D.
Pedro II, a Coroa, os ramos de fumo e café e os dragões.
TETO: Estuque, no centro, grande rosácea circundada por guirlandas de folha de acanto onde se alteram as
siglas PII e a Coroa Real. Nas extremidades, friso com cornucópias de flores, outro de palmetas e folhagens,
interrompidas por rosáceas na cornija a inicial P, entre ramos de tabaco e café ladeados por dragões,
alternados com volutas de flores e frutos.
ASOALHO: Pequiá-marfim tabeirado com jacarandá. Portas com maçanetas de cristal com Armas do
Império do Brasil e do Reino de Portugal.
LUSTRE: Para 18 luzes e pingentes e mangas de cristal.
TRONO: Talha dourada. No estofo verde do encosto, a sigla P2º I- P. Segundo Imperador, bordado com fios
de prata, entre duas palmas. Duas esfinges formam a parte dianteira dos braços e dos pés; no espaldar, um
dragão. Foi do Palácio de São Cristóvão.
TAPETE MANUFATURA AUBUSSON: França. Foi da Sala dos Embaixadores do Palácio de São
Cristóvão.
CONSOLOS: Par. Jacarandá. Século XIX. Foram do Palácio de São Cristóvão.
ESPELHOS: Par, jacarandá e cristal. Século XIX. Foram do Palácio de São Cristóvão.
ESPELHOS: Par. Cristal. Moldura dourada. Com Armas do Império do Brasil. Foram do Palácio de São
Cristóvão.
JARRAS: Par. Porcelana e bronze dourado. Uma com a efígie de D. Teresa Cristina e as Armas do Império
do Brasil, outra com a efígie de D. Pedro II e as Armas do Império do Brasil. Manufatura da França.
JARRÕES: Par. Porcelana. Manufatura Sévres, França. Decorados com as estações do ano. Presente de
Adolfo Thiers, Presidente da França, a D. Pedro II, por ocasião de sua visita à Europa em 1872.
BANCO: Jacarandá, assento estofado com damasco.
QUADROS:
D. PEDRO II. Óleo sobre tela, autor desconhecido, sem assinatura e sem data.
D. TERESA CRISTINA: Óleo sobre tela. Autoria desconhecida.
D. PEDRO II E D. TERESA CRISTINA. Busto de mármore. Assinado e datado.
D. PEDRO II. Óleo sobre tela. 1871.
B.26. Ante-sala do gabinete de D. Pedro II.
ESCADA: De ferro fundido, de uso particular de D. Pedro II.
ESTANTE-ARMÁRIO: Mogno com aplicações de bronze dourado e a sigla PII. Pertenceu ao próprio D.
Pedro II
JARRAS: Par. Porcelana, sem marca, séc. XIX. Com efígies de D. Pedro II e D. Teresa Cristina. Doação do
Estado da Bahia.
RELÓGIO: Bronze dourado, latão e cristal. Fabricação de Charles Oudin. Pertenceu a D. Pedro II.
POTE DE FARMÁCIA: Porcelana de Deroche. França, com as Armas do Império do Brasil e a inscrição
UNG/NEAP - abreviatura de Ungüento Napolitano.
QUADROS:
MÃO DE D. PEDRO II: Bronze. Autoria de Marc Ferrez. Modelado à época da Maioridade. Serviu de
modelo para a execução da Mão da Justiça para a coroação de D. Pedro II.
D. PEDRO II: Busto de bronze. Assinado. Autoria de A. Ranieri. Produzido em Paris.
D. PEDRO I: Busto de bronze, Sem assinatura e sem data.
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D. PEDRO II E D. TERESA CRISTINA: Fotografias. Autoria de Francisco Pesce. Feita em Nápoles. A
da Imperatriz tem o seu autógrafo, datado de Milão, 11 de maio de 1888.
MARINHA: Óleo sobre tele. Vê-se o vapor Alagoas, cercado por embarcações, ao partir para a
França, na manhã de 17 de novembro de 1889, levando a Família Imperial para o exílio.
CAPITÃO JOÃO HOMEM: Óleo sobre tela. Autoria de Antônio Firmino Monteiro. Assinada e datada,
1884. Cena de história anedótica do Brasil Colônia segundo a qual “costumava o Conde da Cunha
assistir a chegada de tijolos para a construção da Casa de Armas da Fortaleza da Conceição e, tendo
visto, por várias vezes o Capitão João Homem divertindo-se em vez de trabalhar, fê-lo um dia vir à
sua presença, vestido de chambre e touca de babado, como se achava, e obrigou-o a carregar tijolos”.
PRINCESA DE JOINVILE: Pastel. A princesa, D. Francisca de Bragança, era irmã de D. Pedro II.
B.27. Gabinete de D. Pedro II
Este gabinete registra, nas escrivaninhas e luneta, uma das atividades preferidas do Imperador, os estudos científicos;
D. Pedro II sempre foi apaixonado pelas artes e pelas ciências, além de nutrir grande interesse pelos idiomas.
Sua rigorosa educação, preparando-o para ser Imperador do Brasil, acabou por lhe dar um perfil liberal, humanista e
cientista.
O telefone foi feito em Londres e era do uso do Imperador no Paço de S. Cristóvão. Foi o primeiro instalado na
América do Sul.
A mobília é do estilo Império.
TETO DE ESTUQUE: Sigla PII no centro de uma coroa e palmas e folhas de louro.
MESA: Mogno com aplicações de bronze dourado. Estilo Império.
CADEIRA DE BRAÇOS E SEIS CADEIRAS SIMPLES: Mogno e couro, com aplicações de bronze
dourado.
ESCRIVANINHAS (2): Mogno com aplicações de bronze dourado. Tampo de mármore. Peças conversíveis.
TELEFONE: Fabricado por The Consolidated Telephone Construction Maintenance Company Limited
London. Século XIX. Foi de uso de D. Pedro II na fazenda de Santa Cruz que se ligava com o Palácio de
São Cristóvão.
PASTA PARA DOCUMENTOS: Couro gravado a ouro Armas do Império do Brasil sob a legenda Casa
Imperial.
CANDEEIRO: Latão e vidro. Foi deste Palácio.
CÔMODA: Mogno com aplicações de bronze dourado. Estilo Império.
LUNETA: Pertenceu a D. Pedro II.
TAPETE: Fabricação Aubusson. França.
LUSTRE: Para cinco luzes. Bronze e cristal.
ESPREGUIÇADEIRA: Mogno. Foi deste Palácio.
QUADROS:
D. PEDRO, PRÍNCIPE REAL E D. LEOPOLDINA, ARQUIDUQUESA D’ÁUSTRIA. Gravura.
D. TERESA CRISTINA: Óleo sobre tela, sem assinatura e sem data. Executado, provavelmente, à
época de seu casamento, em 1843. A Princesa traz ao peito um broche com efígie de D. Pedro II, seu
noivo. Em último plano vêm-se a baia de Nápoles e o Vesúvio.
B.28. Sala dos Titulares
COMODA JACARANDÁ; Estilo D. José I, identificado pelos motivos rococó dos ornatos embutidos e pelos
entalhados na linha inferior do móvel e nos pés. Séc. XVIII.
COMODA DE JACARANÁ: Estilo D. José I com influência de D. Maria I, pelos embutidos de pau-rosa e
folhagens nas quatro quinas. Séc. XVIII.
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SOFÁ JACARANDÁ: Assento e encosto de palhinha.
MESA: Jacarandá, estilo D. João V. SÉC. XVIII.
ESPREGUIÇADEIRA: Jacarandá com couro lavrado.
CADEIRAS: Par. Jacarandá. Assento estofado com damasco carmesim.
QUADROS:
VISCONDE DE MERITY; Manoel Lopes Pereira Bahia. Óleo sobre tela. Assinado e datado 1851.
MARIA CAROLINA DO ESPÍRITO SANTO: Retrato da primeira mulher do Visconde de Merity.
CONDESSA DA ESTRELA: Luisa Amália da Silva Monteiro. Óleo sobre tela.
VISCONDESSA DE SINIMBU: Valéria Tourner Vogeler. Óleo sobre tela.
CONDE DA ESTRELA: Joaquim Manoel Monteiro. Óleo sobre tela.
VISCONDE DE TAUNNAY: Alfredo Maria d´Escragnolle. Óleo sobre tela.
VISCONDE DO RIO BRANCO: José Maria da silva Paranhos. Óleo sobre tela.
BARIONES DE VASSOURAS: Ana Alexandrina Teixeira Leite. Casou-se com o Barão de Vassouras.
Óleo sobre tela datado e assinado 1861.
BARÃO DE IRAPUÃ: José Cardoso de Sales. Óleo sobre tela.
GABRIELA HERMÍNIA DE ROBERT d´ESCRAGNOLLE TAUNAY E ADELAIDE CAROLINA: Óleo
sobre tela.
B.29. Toucador
MESA DE ENCOSTAR: Jacarandá. Estilo D. José I.
COMODA: Móvel em escala reduzida, para ser usada sobre outro móvel.
COMUA (RETRETE): Peça de uso sanitário. Jacarandá. Caixa com abertura na parte superior e lateral
MEIA COMODA: Jacarandá. Da segunda metade do séc. XVIII. Estilo D. José I.
ESPELHO: com moldura de jacarandá, estilo D. João V.
ESCRIVANINHA: Jacarandá. Marcheteria com incrustações de madrepérola e latão.
CANETA E ESPATULA DE MADREPÉROLA.
PALMATÓRIA: De prata e espevitadeira.
PEÇAS DE TOILETE: Espelho, escova de cabelo e de roupa, caixas de pó de arroz, recipiente para talco, a
ser usado em luvas. Marfim com as iniciais P sob a coroa de conde. Pertenceram ao barão de Penedo.
JARRA, BACIA E FRASCO DE PERFUME: Cristal da Boêmia, cor topázio, lavrado a ácido.
QUADROS:
FRANZ PETER SCHUBERT: Óleo de autoria desconhecida.
FRANZ FERENC Lizt.: Óleo de autor desconhecido.
ENTRADADA CASA DO BARÃO DE MAUÁ: Óleo de autoria de Álvaro de Cantanheda.
PAISAGEM: Guache de autoria de Joaquim Insley Pacheco.
B.30. Quarto da Princesa Leopoldina
O local foi dormitório da Princesa Leopoldina, filha mais nova de D. Pedro II, que nasceu em 1847 no Palácio da Boa
Vista em São Cristóvão. Casou-se como Duque de Saxe, e faleceu em 1881.
CAMA COM DOCEL: Jacarandá.
MEIA COMODA: Jacarandá. Ângulos em estilo rococó, D. José I, vazados na linha inferior da caixa,
apresentando influência da época de D. Maria I, pelos embutidos de pau-rosa.
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MESA DE ENCOSTAR: Jacarandá. Séc. XVIII. Com pernas arqueadas e pés em garras com bolas. Móvel
baiano.
MESA DE ENCOSTAR: Jacarandá, com gaveta grande e pernas arqueadas. Fita larga de pau rosa embutida
em filetes. Fins do Séc. XVIII.
COMODA: Jacarandá. Fins do séc. XVIII. Móvel brasileiro.
PEQUENO ORATÓRIO: Jacarandá, contendo imagens de Sant´Ana e N. Senhora. Estilo D. João V, do
primeiro quartel do séc. XVIII.
CANDELABROS: (2) de madeira pintada e dourada. Era da antiga capela da Fazenda do Padre Correia.
ESPELHO: de cristal.
VASO DE PORCELANA.
QUADRO:
DOMINGOS GUIMARÃES FILHO – 1855 – 2º Barão do Rio Preto, quando criança.
B.31. Sala das jóias
JOIAS DA FAMÍLIA IMPERIAL: e outras dos séculos XVIII e XIX.
B.32. Gabinete de trabalho
MESA DE TRABALHO: Jacarandá.
ESCRIVANINHA: Francesa.
PASTA DE DOCUMENTOS: couro verde com as Armas do Império do Brasil, gravadas.
CANDEEIRO: de bronze e cristal. Foi deste Palácio.
MESA: Jacarandá, móvel da Bahia.
SOFA: Jacarandá.
CADEIRAS (5): Jacarandá.
POTE DE TABACO: Faiança.
MESA DE CENTRO: Jacarandá.
TAPETE: de lã.
ESPELHO: de moldura dourada.
LUSTRE: Bronze prateado.
MESA E COMODA SECRETÁRIA: Jacarandá.
QUADROS:
D. PEDRO II: medalhão de ferro.
PRINCESA MARIA AMÉLIA: Cópia. Óleo sobre tela. Doação SSMM os Reis da Suíça Carlos XV
Gustavo e Sílvia.
B.33. Sala do Primeiro Reinado – Sala dos Monarcas
Conjunto composto por três salas referindo-se aos primeiros anos do império no Brasil. Compreende da chegada da
Corte até o período regencial.
A primeira delas refere-se a D. João VI, e a vinda da Família Real para o Brasil.
A segunda ao processo de Independência e ao governo de D. Pedro I (Primeiro Reinado), onde se destacam a mesa e
as cadeiras, em jacarandá, que serviam para a Assembléia Constituinte de 1822; a mesa é de mogno e bronze dourados,
com tampo de mármore escuro, pintado em esmalte, na qual D. Pedro I assinou em 7 de abril de 1831, sua abdicação ao
Trono do Brasil: nas vitrines, pratas comemorativas da Independência do Brasil.
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A última sala refere-se à fase da Regência, período em que D. Pedro II era menor de idade.
MOBÍLIA: Madeira escura 1862.
DUNQUERQUE: (Par) Pequeno armário envidraçado para objetos.
CANDEEIROS: Par. Porcelana e bronze dourado com globo de vidro fosco.
CANDELABROS: Par. Para 6 luzes. Porcelana e bronze dourado.
RELÓGIO DE MESA: Bronze dourado, fabricação francesa.
ESPELHO DE CRISTAL: Par, moldura dourada -1862.
LUSTRE DE BACARA: Fabricação francesa.
QUADROS:
CONSELHEIRO PAULO BARBOSA DA SILVA – fotografia.
D. FRABNCISCA PAULA BARBOSA DA SILVA – mulher do Conselheiro
BARÃO DE PIABA: Óleo sobre tela.
BARONESA DE PIABA – mulher do Barão. Óleo sobre tela 1882.
B.34. Sala da Princesa Isabel
Filha mais velha do Imperador D. Pedro II. Foi Regente do Império em três oportunidades. Na primeira, 1871, assinou
a Lei do Ventre Livre, todos os filhos de escravas que nascessem a partir daquela data eram considerados livres, e na
terceira (1888) assinou a Abolição da Escravatura – Lei Áurea. Nascida em 1846, casou-se com o Conde D´Eu em 1864.
POLTRONA SOFA:
MESA DE CENTRO: Tampo de mármore verde e os dizeres gravados: “S.A.I., a Seren. Ma. Princesa
Isabel”.
CANDELABRO: para 11 luzes
VASOS: (2) De porcelana e biscuit.
TABULETA: Usada pelo cabeleireiro da Princesa e do Conde D´Eu. O Cabeleireiro Carlos Schimidt,
estabelecido no Rio de Janeiro. Madeira policromada com as Armas da Princesa e do Conde.
NA VITRINE:
TRAJE DE GALA DA PRINCESA: Tafetá e bordados a ouro. Manto de veludo verde, bordado a ouro.
CADEIRA DE MADEIRA: Cedro dourado. Encosto decorado com as Armas do Império do Brasil.
INSTRUMENTOS DE SUPLÍCIO: usado para castigar os escravos rebeldes.
PENCAS DE BALANGANDÃS: De prata, usadas pelas escravas baianas.
BATA DE ESCRAVA: encontrada na Senzala da Fazenda de Lordelo, situada em Porto Real do Cunha,
divisa com Minas e Rio de Janeiro.
LEQUE: Pintado pela Princesa Isabel. Madeira, Sândalo.
PRATOS E XICARAS DE CHÁ: Do serviço da Princesa. Porcelana francesa, na borda o monogramo
(IG) Isabel e Gastão.
JARRAS: (2) de cristal da Boemia.
CAIXA. Feita e pintada pela Princesa com as inscrições “Lembrança de nossa venda, a favor da obra
dos Seminários do Brasil”
PAR DE MEIAS: Pertencentes à Princesa.
PANO: Bordado pela Princesa e oferecido ao Conde da Mota Maia.
SOMBRINHA: Pertenceu a Princesa. Manufatura francesa, Seda cor de vinho, lavrado com motivos
florais em linha de prata. Cabo e ponteira de metal prateado, com pedras azuis e vermelhas.
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PENA DA ASSINATURA DA LEI ÁUREA: em ouro de 18 quilates e cravejada com 27 diamantes, a
pena foi presenteada à princesa Isabel especialmente para a assinatura da Lei Áurea
B.35. Sala de visitas da imperatriz
Chama a atenção a fina mobília, em jacarandá, com as iniciais T, da Imperatriz Teresa Cristina, sob a coroa Imperial,
e o estofamento francês de a Aubusson. Originariamente pertenceu ao Palácio de São Cristóvão.
TAPETE: Manufatura Aubusson. França. Século XIX.
LUSTRE DE BRONZE DOURADO: 18 luzes, estilo Luiz XVI.
DUNQUERQUES: (pequeno armário vitrine). Par em mogno com tampo de mármore. Foram deste Palácio.
CANDEEIROS: Par. Bronze e placas de porcelana. Cenas da Fábula de La Fontaine – A Raposa e a Cegonha
– Foram do Palácio de São Cristóvão.
DUNQUERQUE: Trabalho de marchetaria. Incrustações de diversas madeiras. Foi deste Palácio.
CASTIÇAIS: Par. Bronze dourado. Pingentes e mangas de cristal Bacará com a sigla PII entre ramos de café
e tabaco.
RELÓGIO DEBRONZE DOURADO: Século XIX.
ESPELHO DE CRISTAL: Moldura de madeira dourada
QUADROS:
CENA DO INTERIOR. Assinado e datado, 1885.
D. PEDRO II. Óleo de Francisco Peixoto Franco Sá. Assinado e datado, 1887
D TERESA CRISTINA. Datado e assinado, 1887.
C. Os jardins do Palácio
As obras dos jardins foram iniciadas em 1864 e foram projetadas pelo botânico Jean Baptiste Binot, e receberam a
orientação direta de D. Pedro II.
Em torno do Palácio, como perfeitas sentinelas, temos Palmeiras Imperiais. Com cerca de 100 espécies de árvores e
flores nacionais e estrangeiras, vindas de mais de 15 regiões do mundo (México, Japão, Argentina, Índia, Equador, China,
Austrália, Madagascar, entre outras) e grama francesa, os jardins conservam até hoje as linhas paisagísticas, tanto em
relação aos canteiros como à disposição das espécies vegetais.
O cinturão verde que envolve o Palácio possui desde árvores exóticas, como as bananeiras de Madagascar e árvores
de incenso, a flores como camélias, jasmins, manacás e flores do imperador. Como complemento, pedestais de granito com
esculturas de figuras mitológicas, tanques, repuxos, ânforas e fontes. Entre elas, a Fonte do Sapo, de onde os moradores
retiravam água, na época do império, por acreditarem que era de melhor qualidade.
As dimensões do jardim, na época de D. Pedro II eram bem maiores, e atingiam a Rua do Imperador, até próximo do
edifício dos Correios e Telégrafos.
Mesmo assim o jardim Imperial, mantem-se amplo e proporciona um delicioso passeio por caminhos cercados de
centenárias paisagens e vegetações.
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PERGUNTAS FREQUENTES
Onde ficavam os banheiros e a cozinha?
O palácio de verão da Família Imperial não possuía água encanada. No andar superior havia um quarto de banhos,
com uma banheira de folha de flandres e um lavatório de louça. A água era transportada em vasilhas apropriadas.
Utilizavam-se então as "comuas" ou chaises-percées, espécies de cadeiras com urinóis embutidos. Um exemplar pode ser
visto no sobrado.
A cozinha ficava em construção externa atrás do palácio. A comida era transportada para o corredor lateral à sala de
jantar, em caixas de madeiras forradas de zinco, com carvões em brasa ao fundo, para mantê-la quente. Ali era transferida
para as travessas que iam à mesa.
Onde era a senzala e onde ficavam os criados?
A construção que hoje abriga a coleção de viaturas está no lugar das antigas cocheiras e armazéns, chamados
"ucharias", onde ficavam os poucos escravos, cocheiros e auxiliares de serviços gerais, além de mantimentos e
instrumentos de trabalho. Os empregados do palácio que tinham acesso à Família Imperial eram assalariados (inclusive os
escravos), e se dividiam em diferentes níveis de hierarquia. Os "moços da câmara" eram em geral jovens de boas famílias,
que prestavam serviço direto ao imperador, à imperatriz e às princesas, que também contavam com suas damas de honra.
Hospedavam-se no próprio palácio, ou na Casa dos Semanários, atual Palácio Grão-Pará situado ao fundo da praça atrás do
Museu.
Referências bibliográficas:
SILVA, Maria Antonieta de Abreu. Guia do Museu Imperial. Petrópolis: Museu Imperial/ IPHAN/ MINC, 1996
MUSEU IMPERIAL [Home Page na Internet]. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / Ministério da
Cultura. Petrópolis (RJ). Disponível em: <http://www.museuimperial.gov.br/portal/> Acesso em 04 de abril de 2011