Toxicologia Generalidades , Historia , Clases de Toxicologia
toxicologia dos pesticidas
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••TOXICOLOGIA DOS TOXICOLOGIA DOS PESTICIDASPESTICIDAS
••AÇÕES TÓXICAS E AÇÕES TÓXICAS E TRATAMENTOTRATAMENTO•• Dra. Dulcidéia da C. PalhetaDra. Dulcidéia da C. Palheta
•• Laboratório de Toxicologia AnimalLaboratório de Toxicologia Animal•• ISPAISPA--UFRAUFRA
AGROTÓXICOS AGROTÓXICOS –– USO NO CAMPOUSO NO CAMPO
PESTICIDAS E SAÚDE ANIMALPESTICIDAS E SAÚDE ANIMAL
•• 1. EXPOSIÇÃO A AGROTÓXICOS1. EXPOSIÇÃO A AGROTÓXICOS•• 1. 1. Pesticidas diversas classes químicas1. 1. Pesticidas diversas classes químicas
•• 1.2. BIOACUMULAÇÃO NA CADEIA 1.2. BIOACUMULAÇÃO NA CADEIA TRÓFICA E INTOXICAÇÃO NOS ANIMAIS TRÓFICA E INTOXICAÇÃO NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS E SILVESTRESDOMÉSTICOS E SILVESTRES
Pesticidas diversas Pesticidas diversas classes químicasclasses químicas
CLASSIFICAÇÃO QTO. A PRAGA CONTROLADA
CLASSIFICAÇÃO QTO AO GRUPO QUÍMICO
EXEMPLOS (SUBSTÂNCIA,AGENTES)
Inseticidas Inorgânicos Organoclorados Organofosforados Carbamatos Piretróides
Fosfato de Al, Arsenato de Cálcio Aldrin, DDT, BHC Fenitrotion, Paration, Malation Carbofuran, Aldicarb, Carbaril Deltametrina, Permetrina
Fungicidas Inorgânicos Ditiocarbamatos Dinitrofenóis Organomercuriais Antibióticos Fentalamidas
Calda bordalesa, Enxofre Mancozeb, Tiram, Metiram Binapacril Acetato de fenilmercúrio Estreptomicina Captafol, Captam
Herbicidas Inorgânicos Dinitrofenóis Fenoxiacéticos Dipiridilos
Arsenito de sódio, NaCl Bromofenoxim, Dinoseb 2,4-D; 2,4,5-T Diquat, Paraquat
Desfoliante Dipiridilos Dinitrofenóis Fenoxiacéticos
Diquat, Paraquat Dinoseb 2,4-D; 2,4,5-T
Rodenticidas Hidroxicumarinas Indationas
Cumetetralil, Difenacum Fenil-metil-Pirozolona
HISTÓRICO HISTÓRICO -- ontemontem
•• 1950 1950 -- póspós--guerraguerra•• COMBATE A PRAGAS, AUMENTO DA COMBATE A PRAGAS, AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE ANIMAL E VEGETALPRODUTIVIDADE ANIMAL E VEGETAL
AUSÊNCIA DE PROGRAMAS DE QUALIFICAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO RISCOS DESCONHECIDOS AOSSERES VIVOS
HISTÓRICO HISTÓRICO -- hojehoje•• Atualmente, cerca de 2,5 a 3 milhões de Atualmente, cerca de 2,5 a 3 milhões de
toneladas de agrotóxicos são utilizados a cada toneladas de agrotóxicos são utilizados a cada ano na agricultura, envolvendo um comércio de ano na agricultura, envolvendo um comércio de cerca de 20 bilhões de dólares;cerca de 20 bilhões de dólares;
•• Atualmente o Brasil ocupa o quarto lugar no Atualmente o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking dos países consumidores de agrotóxicos;ranking dos países consumidores de agrotóxicos;
•• O consumo de agrotóxicos na região sudeste do O consumo de agrotóxicos na região sudeste do Brasil está estimado em 12kg de Brasil está estimado em 12kg de agrotóxico/trabalhador/ano podendo atingir agrotóxico/trabalhador/ano podendo atingir valores bem superiores a este em algumas áreas valores bem superiores a este em algumas áreas produtivas.produtivas.
AGROTÓXICOSAGROTÓXICOS•• Quais os principais utilizadosQuais os principais utilizados--
INSETICIDASINSETICIDAS
•• 1. ORGANOCLORADOS 1. ORGANOCLORADOS –– os mais os mais persistentespersistentes
•• 2. ORGANOFOSFORADOS (O.F.)2. ORGANOFOSFORADOS (O.F.)–– mais mais reativos (ação imediata)reativos (ação imediata)
•• 3. CARBAMATOS 3. CARBAMATOS –– semelhante aos OF.semelhante aos OF.•• 4. PIRETRÓIDES 4. PIRETRÓIDES –– menos persistentesmenos persistentes•• 5. OUTROS 5. OUTROS -- inespecíficosinespecíficos
AGROTÓXICOS AGROTÓXICOS ––AÇÕES AÇÕES TÓXICASTÓXICAS
•• 1. ação aguda1. ação aguda-- sistema nervoso sistema nervoso central e periféricocentral e periférico
•• 2. ação generalizada 2. ação generalizada –– outros outros sistemas como o reprodutor, sistemas como o reprodutor, glandular, hepático, renalglandular, hepático, renal
Agrotóxicos Agrotóxicos –– SNCSNC
AGROTÓXICOSAGROTÓXICOS
•• SISTEMA SISTEMA NERVOSO NERVOSO CENTRAL (SNC)CENTRAL (SNC)
•• Sistema Somato SensorialSistema Somato Sensorial
•• MECANORECEPTORES: pressão na pele, nos MECANORECEPTORES: pressão na pele, nos órgãos, nos vasos sanguíneosórgãos, nos vasos sanguíneos
•• NOCICEPTORES: estímulos danososNOCICEPTORES: estímulos danosos
•• TERMORECEPTORES: temperaturaTERMORECEPTORES: temperatura
•• PROPRIOCEPTORES: posição do corpoPROPRIOCEPTORES: posição do corpo
•• QUIMIORECEPTORES: respondem a ação de QUIMIORECEPTORES: respondem a ação de substâncias químicassubstâncias químicas
MECANORECEPTORES DA PELEMECANORECEPTORES DA PELE
SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMOAUTÔNOMO
ALTERAÇÃO NA VOCALIZAÇÃO E ALTERAÇÃO NA VOCALIZAÇÃO E ATENÇÃOATENÇÃO
APRENDIZADO– córtexestriado
RECONHECIMENTOVISUAL
CONTROLE MOTORDA VOCALIZAÇÃO DISCURSO
NEUROTRANSMISSORESNEUROTRANSMISSORES•• NeurNeurôônios Colinnios Colinéérgicos rgicos –– a ACh (acetilcolina a ACh (acetilcolina éé o o
neurotransmissor nas junneurotransmissor nas junçõções neuromusculares, es neuromusculares, sintetizada por todos os motoneursintetizada por todos os motoneurôônios na medula nios na medula espinhal). A suplementaespinhal). A suplementaçãção de COLINA nos alimentos o de COLINA nos alimentos ajuda a manter os najuda a manter os nííveis de acetilcolina nos veis de acetilcolina nos neurneurôônios.nios.
•• NeurNeurôônios Catecolaminnios Catecolaminéérgicos rgicos –– o aminoo aminoáácido cido TIROSINA TIROSINA éé o precursor de tro precursor de trêês DIFERENTES AMINAS s DIFERENTES AMINAS que contque contéém a estrutura CATECOL.m a estrutura CATECOL.
•• DOPAMINA, NORADRENALINA E ADRENALINA DOPAMINA, NORADRENALINA E ADRENALINA --
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOSORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS
•• TOXICIDADETOXICIDADE EE SINAISSINAIS CLÍNICOSCLÍNICOS ––sãosão anticolinesterásicosanticolinesterásicos..•• GeralmenteGeralmente osos sinaissinais sãosão observadosobservados dentrodentro dede minutosminutos atéaté umauma
horahora apósapós aa exposiçãoexposição..•• OsOs animaisanimais podempodem absorverabsorver oo compostocomposto apósapós lambeduralambedura dasdas
patas,patas, focinhos,focinhos, pelagempelagem emem geralgeral..•• OsOs principaisprincipais sintomassintomas sãosão:: salivação,salivação, lacrimejamento,lacrimejamento, micçãomicção
ee defecaçãodefecação..•• AsAs fasciculaçõesfasciculações sãosão evidentesevidentes ee asas pupilaspupilas estãoestão emem
estenoseestenose (miose)(miose)..•• PodePode--sese observarobservar convulsõesconvulsões emem casoscasos graves,graves, depressão,depressão,
fraquezafraqueza ee paralisiaparalisia..•• Broncoconstrição,Broncoconstrição, congestãocongestão pulmonarpulmonar ee edemaedema contribuemcontribuem
parapara aa angústiaangústia respiratóriarespiratória..•• AA mortemorte sobrevemsobrevem muitasmuitas vezesvezes emem decorrênciadecorrência dada paralisiaparalisia
dada respiraçãorespiração ee dodo edemaedema pulmonar,pulmonar, acompanhadosacompanhados dedechoquechoque circulatóriocirculatório..
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOSORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS
•• DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO –– históriahistória dede exposição,exposição,sinaissinais patognomônicospatognomônicos ee aa respostaresposta aoaotratamentotratamento dãodão sustentaçãosustentação aoaodiagnósticodiagnóstico..
•• confirmaçãoconfirmação laboratoriallaboratorial dosdos níveisníveisplasmáticosplasmáticos dede colinesterasecolinesterase..
•• EmEm casoscasos dede óbito,óbito, colhercolher conteúdoconteúdogástrico,gástrico, fígado,fígado, urinaurina ee pêlo/pelepêlo/pele paraparaanáliseanálise químicaquímica porpor cromatografiacromatografia gasosagasosa(CG)(CG)..
TRATAMENTO – uma resposta à atropina, AGE0NTEBLOQUEADOR MUSCARÍNICO sustenta o diagnóstico.Animais gravemente envenenados podem necessitar deoxigenação suplementar antes da atropinização.
A ATROPINA deve ser lentamente administrada na dose de 0,2 a 0,4 mg/Kg I.V.lentamente durante cinco minutos.Em alguns casos, fazer dose adicional de atropina, sempre monitorando osbatimentos cardíacos.A resposta à atropina pode ser observada dentro de 3 a 5 minutos, com visívelalívio do broncoespasmo e ressecamento das membranas mucosas orais.
Em geral, na intoxicação por CARBAMATOS, inibidor REVERSÍVEL daCOLINESTERASE, o uso do sulfato de atropina é eficaz como antídoto, e otratamento de suporte garante a eliminação sistêmica do agente tóxico.
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS --TRATAMENTOTRATAMENTO
INSETICIDAS PIRETRÓIDESINSETICIDAS PIRETRÓIDES
•• ExemplosExemplos -- deltametrina,deltametrina, cipermetrina,cipermetrina, outrosoutros
•• TOXICIDADETOXICIDADE EE SINAISSINAIS CLÍNICOSCLÍNICOS –– sãosão neurotóxicos,neurotóxicos, sendosendoqueque aa gravidadegravidade dependerádependerá sempresempre dada dosedose dede exposiçãoexposição.. OSOSSINAISSINAIS SÃOSÃO TREMORES,TREMORES, AUMENTOAUMENTO DADA SALIVAÇÃO,SALIVAÇÃO,ATAXIA,ATAXIA, DEPRESSÃO,DEPRESSÃO,..TABILIDADE,TABILIDADE, HIPERATIVIDADE,HIPERATIVIDADE,CONVULSÃO,CONVULSÃO, DISPNÉIADISPNÉIA EE MORTEMORTE..
DIAGNÓSTICO – observar a história de exposição, ocorrência dos sinais clínicos, análise química de amostras de sangue e conteúdo gástrico, principalmente.
TRATAMENTO – controlar as convulsões ouhiperatividade. Remover o pesticida da pele e tratodigestivo, proporcionando os cuidados auxiliares. Emgeral os animais recuperam-se dentro de 72 horas.
INSETICIDAS INSETICIDAS ORGANOCLORADOSORGANOCLORADOS
BAIXABAIXA VOLATILIDADE,VOLATILIDADE, ESTABILIDADEESTABILIDADE QUÍMICA,QUÍMICA, LIPOSSOLUBILIDADE,LIPOSSOLUBILIDADE,BAIXABAIXA TAXATAXA DEDE BIOTRANSFORMAÇÃOBIOTRANSFORMAÇÃO EE DEGRADAÇÃODEGRADAÇÃO conferemconferem suasuapersistênciapersistência nono meiomeio ambienteambiente comocomo BIOCONCENTRAÇÃOBIOCONCENTRAÇÃO EEBIOMAGNIFICAÇÃOBIOMAGNIFICAÇÃO dentrodentro dada cadeiacadeia biológicabiológica..
TOXICIDADE E SINAIS CLÍNICOS•Os organoclorados interferem com o fluxo de cátions atravésdas membranas das células nervosas excitabilidadeneuronal.•contrações mioclônicas, envolvendo pálpebras, orelhas emembros.•Os sinais podem persistir durante dias, principalmente se oanimal for manipulado constantemente.•A temperatura corporal pode estar mais elevada que oesperado.
INSETICIDAS INSETICIDAS ORGANOCLORADOSORGANOCLORADOS
•• TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃOTRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO
•• 1. anticonvulsivantes1. anticonvulsivantes•• 2. reposição de eletrólitos, hidratação2. reposição de eletrólitos, hidratação•• 3. SUPORTE HEPÁTICO3. SUPORTE HEPÁTICO•• 4. CARVÃO ATIVADO4. CARVÃO ATIVADO
CADEIA DE BIOACUMULAÇÃO DE CADEIA DE BIOACUMULAÇÃO DE AGROTÓXICOSAGROTÓXICOS
Fontes Naturais eAntropogênicas
Meio Ambiente
CLÍNICA
ALIMENTOS