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Memorial do Convento
Filipe Ribeiro, n.º 4João Coito, n.º 7
Mariana Santos, n.º 10
Nuno Henriques, n.º12
8 de junho de 2012
A tipologia da narrativa A linguagem e o estilo do romance
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Índice
Introdução ............................................................................................................ 2
A tipologia da narrativa ........................................................................................ 3
História .............................................................................................................. 3
Ficção ................................................................................................................ 6
A linguagem e o estilo do romance ...................................................................... 9
Figuras de estilo ................................................................................................ 9
Discurso direto livre ........................................................................................ 10
Construção paralelística do discurso .............................................................. 10
Uso do neologismo ......................................................................................... 10
Uso do Superlativo sintético ........................................................................... 10
Marcas da oralidade ....................................................................................... 11
Conclusão ............................................................................................................ 12
Bibliografia .......................................................................................................... 13
Índice de figuras
Imagem 1 - Palácio Real ........................................................................................ 5
Imagem 2 - Terreiro do paço ................................................................................ 5
Imagem 3 - Rossio ................................................................................................. 5
Imagem 4 - Palácio dos Estaus .............................................................................. 5
Imagem 5 - Rua Nova ............................................................................................ 5
Imagem 6 - Odivelas ............................................................................................. 5
Imagem 7 - Quinta do Duque de Aveiro em S. Sebastião da Pedreira ................. 6Imagem 8 - Serra da Arrábida ............................................................................... 6
http://c/Users/Mariana%20Santos/Documents/Escola/Portugu%C3%AAs/6.%20M%C3%B3dulo%2012/Memorial%20do%20Convento%20(1).docx%23_Toc327546665http://c/Users/Mariana%20Santos/Documents/Escola/Portugu%C3%AAs/6.%20M%C3%B3dulo%2012/Memorial%20do%20Convento%20(1).docx%23_Toc327546666http://c/Users/Mariana%20Santos/Documents/Escola/Portugu%C3%AAs/6.%20M%C3%B3dulo%2012/Memorial%20do%20Convento%20(1).docx%23_Toc327546666http://c/Users/Mariana%20Santos/Documents/Escola/Portugu%C3%AAs/6.%20M%C3%B3dulo%2012/Memorial%20do%20Convento%20(1).docx%23_Toc327546665
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Íntrodução
No âmbito da disciplina de português, a professora Maria do Céu pediu-nos que
fizéssemos uma pesquisa acerca da obra Memorial do Convento, de José Saramago, a
fim de ficarmos a compreender melhor certos aspetos. Como tal, a turma foi dividida
em vários grupos, sendo atribuído um ou dois temas a cada um. Os temas propostos
para o nosso grupo foram a tipologia da narrativa e a linguagem e estilo do romance.
Relativamente à tipologia da narrativa, trata-se de um romance histórico. Ao
longo do presente documento, vamos procurar explicar as razões pelas quais se trata
do tipo de narrativa anteriormente referido, dando exemplos de situações em que se
trata de ficção e situações em que se trata de realidade.
Em relação à linguagem e estilo do romance, trata-se da escrita específica do
escritor, José Saramago, que escreve muitas vez de uma maneira diferente, tentando
fazer com o leitor leia as suas obras como se estivesse a falar, como se estivesse ele
próprio a contar a história que está a ler.
Em suma, vamos procurar fazer uma pesquisa completa sobre os dois temas
anteriormente referidos de modo a explicar tudo sem deixar dúvidas.
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A tipologiã dã nãrrãtivã
História
Personalidades
D. JOÃO V
João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança, nasceu a 22 de
Outubro de 1689 e morreu a 31 de Julho de1750, foi Rei de Portugal desde 1 de
Janeiro de 1707 até à sua morte.
D. MARIA ANA JOSEFA
Arquiduquesa de Áustria, nasceu em Linz a 7 de Setembro de 1983 e morreu a
14 de agosto de 1754 em Lisboa. Foi rainha consorte de Portugal de 1708 a 1750,enquanto mulher do Rei D. João V de Portugal.
OS IRMÃOS DO REI:
o D. Francisco
Nasceu em Lisboa a 25 de Maio de 1691 e morrei em Óbidos a 21 de julho de
1742 cheio de dívidas.
o D. Miguel
OS INFANTES REAIS
o
Maria Bárbara
Nasceu em Lisboa a 4 de Dezembro de 1711 e morreu em Aranjuez a 27 de
Agosto de 1758. Foi
o Pedro
D. Pedro nasceu em 1392 e morreu em 1449, foi infante de Portugal, um
príncipe da Dinastia de Avis
o José
PADRE BARTOLOMEU LOURENÇO DE GUSMÃO
“O romance histórico é um tipo de narrativa em que, de maneira evidente,
se manifestam as chamadas modalidades mistas de existência (…) o que significa
que personalidades, eventos e espaços que conhecemos ou podemos conhecer como
históricos (…) coexistem com personagens, eventos e espaços ficcionais.”
Carlos Reis e Ana Cristina M. Lopes, in Dicionário Narratologia, Coimbra, Almedina
http://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_Outubrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_Outubrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1689http://pt.wikipedia.org/wiki/31_de_Julhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1750http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_reis_de_Portugalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1707http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainha_consortehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rainha_consortehttp://pt.wikipedia.org/wiki/1707http://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_reis_de_Portugalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1750http://pt.wikipedia.org/wiki/31_de_Julhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1689http://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_Outubrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_Outubro
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Nasceu em Santos (Brasil) em 1685 e morreu em Toledo em 1724. Foi
sacerdote secular, cientista e inventor, ficou famoso por inventar o primeiro aeróstato
operacional, a que chamou de “passarola”, cognominado “O Padre Voador”. É uma das
maiores figuras da história da aeronáutica mundial.
DOMENICO SCARLATTI
Filho do também músico e compositor Embora tenha vivido no período que
corresponde ao auge da música barroca europeia, as suas composições têm um estilo
mais próximo daquele do início do período clássico.
ARQUITETO ALEMÃO LUDWING
Nasceu em Aachen, a 27 de março de 1886 e morreu em Chicago a 17 de
agosto de 1969. Considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX.
OUTRAS FIGURAS DA ÉPOCA
o Madre Paula de Odivelas
Nasceu em Lisboa a 17 de junho de 1701 e morreu em 1768, foi uma freira
portuguesa. Tornou-se a amante mais célebre do rei João V de Portugal, de quem teve
vários filhos, entre os quais D. José de Bragança, um dos "Meninos de Palhavã".
o Bispo Inquisidor D. Nuno da Cunha
Nasceu em Lisboa a 8 de dezembro de 1664 e morreu em, a 3 de dezembro de
1750, está sepultada na sé da cidade.
o
Frei Boaventura de S. Gião
o Censor do Paço
Eventos
CASAMENTO REAL, 1709
VOO DA MÁQUINA VOADORA, NA CASA DA Í NDIA, 1709
AUTOS DE FÉ, 1711 E 1739
CONSTRUÇÃO DO CONVENTO DE MAFRA, 1717 A 1730
BÊNÇÃO DA PRIMEIRA PEDRA DO CONVENTO, 17 DE NOVEMBRO DE 1717PROCISSÕES RELIGIOSAS, COMO O CORPO DE DEUS, A 8 DE JUNHO DE 1719
TOURADAS
EPIDEMIA DE CÓLERA E FEBRE-AMARELA, EM LISBOA, 1723
ABALO SÍSMICO, 1723
CORTEJOS NUPCIAIS, 1729
SAGRAÇÃO DA BASÍLICA DE MAFRA, 22 DE OUTUBRO DE 1730
Espaços
LISBOA E ARREDORES:
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Imagem 3 - Rossio Imagem 4 - Palácio dos Estaus
Imagem 5 - Rua Nova Imagem 6 - Odivelas
Imagem 1 - Palácio Real Imagem 2 - Terreiro do paço
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Imagem 7 - Quinta do Duque de Aveiro em S. Sebastião da Pedreira
Imagem 8 - Serra da Arrábida
o Ribeira
o Azeitão
MAFRA E ARREDORES
o Alto da Vela
o Pero Pinheiro
o Serra do Barregudo
o Serra de Montejunto
ALENTEJO o
Aldegalega
o Palácio de Vendas Novas
o Montemor
o Évora
o Vila Viçosa
o Fronteira do Caia
o Elvas
Ficção
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Personalidades
SEBASTIANA MARIA DE JESUS, FEITICEIRA E MÃE DE BLIMUNDA
BLIMUNDA, COM PODERES VISIONÁRIOS
BALTASAR, SOLDADO, MANETA, OPERÁRIO
PAIS DE BALTASAR o João Francisco
o Marta Maria
INÊS ANTÓNIA, IRMÃ DE BALTASAR
ÁLVARO DIOGO, CUNHADO DE BALTASAR
JOÃO ELVAS, AMIGO DE BALTASAR E ANTIGO SOLDADO
TRABALHADORES DO CONVENTO
o Manuel Milho
o Francisco Marques
o
José Pequeno
o Joaquim Rocha
o João Anes
o Julião Mau-Tempo
Eventos
A RECOLHA DAS VONTADES
O VOO TRIPULADO DA PASSAROLA
A PARTICIPAÇÃO DA MÚSICA DE SCARLATTI NA CURA DE BLIMUNDA
A PEREGRINAÇÃO DE BLIMUNDA DURANTE NOVE ANOS
Espaços
ABEGOARIA
CASA DE BLIMUNDA
CASA DOS PAIS DE BALTASAR
OUTROS ESPAÇOS
Podemos deste modo concluir que Memorial do Convento se integra
perfeitamente na definição de romance histórico, já que tem uma parte real e uma
parte ficcional, conforme provado anteriormente.
O autor da obra, quando questionado sobre esta problemática (relação entre
História e ficção) disse:
“Não há nada fora da história, a ficção acaba por refletir sempre a história, a
história está nela mesmo que seja na última franja do que se narra.”
“A minha arte consiste em tentar mostrar que não existe diferença entre o
imaginário e o vivido. O vivido pode ser imaginário, e vice-versa.”
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“Se não ligasse o meu trabalho à História não faria qualquer trabalho (…) o que
eu quero escrever liga-se aos factos e aos homens passados, mas não em termos de
arqueologia. O que eu quero é desenterrar os homens vivos.”
Esta última afirmação de José Saramago aponta para uma outra característica
do romance (e de outras obras publicadas por ele), em que, através da história, refletesobre temas da atualidade, políticos, sociais, entre outros. Por exemplo, quando o
povo é reduzido a uma massa de escravos (na construção do convento), ele apenas
quer tentar intervir no processo social, com o objetivo de mudar esta situação.
Em suma, Memorial do Convento é um texto que não se integra apenas na
tipologia do romance histórico, como também na de intervenção social.
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Figura que sugere o contrário doque se quer dizer.
Repetição do esquema ou cons-trução da frase ou do verso.
“[…] se este rei não se acautela acaba santo.”
PARALELISMO ANAFÓRICO
“[…] gente que foge espavorida, gente que se ajoelha ao
acaso e levanta as mãos implorativas de misericórdia, gente
que atira pedras […]”
Discurso direto livre
“Por uma hora ficaram os dois sentados, sem falar. Apenas uma vez Baltasar de
levantou para pôr alguma lenha na fogueira que esmorecia, e uma vez Blimunda
espevitou o morrão da candeia que estava comendo a luz e então, sendo tanta a
claridade, pôde Sete-Sóis dizer, Por que foi que perguntaste o meu nome, e Blimunda
respondeu, Porque minha mãe o quis saber e queria que eu o soubesse, Como sabes,se com ela não pudeste falar, Sei que sei, não sei como sei, não faças perguntas a que
eu não posso responder, faze como fizeste, vieste e não perguntaste porquê, E agora,
Se não tens onde viver melhor, fica aqui, Hei de ir para Mafra, tenho lá família, Mulher,
Pais e uma irmã, Fica, enquanto não fores, será sempre tempo de partires, Por que
queres tu que eu fique, Porque é preciso”
Construção paralelística do discurso
“Castigámos a carne pelo jejum, maceremo-la agora pelo açoite. Comendo
pouco purificam-se os homens, sofrendo alguma coisa escovam-se as costuras da
alma.”
Uso do neologismo
Termo utilizado para classificar uma palavra nova que surge numa língua
devido à necessidade de designar novas realidades - novos conhecimentos técnicos,objetos gerados pelo progresso científico e até por questões estilísticas e literárias,
tornando a língua mais expressiva e rica.
“A corte saiu, retirou-se a rainha, foram-se os infantes, os frades atrás
ladainhando.”
“Beijou a mão do provincial, humildando o poder do céu.”7
Uso do Superlativo sintético
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“Refulgem á luz dos grossíssimos brandões.”
“Uma oração será dita em vossa intenção, não pela salvação da alma, que vos
está garantidíssima pelas obras.”
“Adora confeitos, nem admira, está na idade, mas já é habilíssima caçadora.”
Marcas da oralidade
Aforismos, Provérbios e ditados populares
“Se é certo que o hábito não faz o monge, faz sem dúvida a fé”
“O que vale e que de noite todos os gatos são pardos e vultos todos
homens.”
Uso popular do cujo
“Que não era o azeite que faltava, ali derramado pelo chão, mas sim as
lâmpadas, cujas eram de prata.”
Outras
Para além da das marcas de oralidade anteriores saramago, usava também a
maiúscula no interior da frase e não usava pontuação convencional.
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Conclusão
Ao realizarmos este trabalho conseguimos aprofundar os conhecimentos sobre
o Memorial do Convento, ao mesmo tempo que desenvolvemos as nossas aptidões de
pesquisa e trabalho em grupo.
Também aprendemos muito sobre a História do nosso país e do nosso povo
através da literatura.
Esperamos com este trabalho alcançar todos os objetivos que nos foram
propostos, assim como todos os que nós traçamos ao longo deste trabalho. Para além
disso como referimos antes com este trabalho conseguimos adquirir conhecimentos,
enriquecendo-nos e também dá-los a conhecer aos elementos da turma expondo-os à
mesma.
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Bibliogrãfiã
Auxília Ramos e Zaida Braga, Memorial do Convento, Coleção Resumos,1.ª ed.,
Ideias de Ler, 2011 (págs. 9-11 e 33-34)
Olga Magalhães e outros, Manual de Português, Ensino Profissional – nível 3,
Porto Editora, 2010 (págs. 205-208,)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco,_Duque_de_Beja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_de_Portugal,_1.%C2%BA_Duque_de_Coimbra
http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CFIQ
FjAA&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FDomenico_Scarlatti&ei=TA
vGT8qZJ8jn8QOs4ZXVBQ&usg=AFQjCNFu2sYxte3sZl1hd09EbK-eaHoyZA&sig2=xtb4FhBCEwjnui6XZ9ts6A